Código de Boa Conduta_Modelo VFA
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
[Empresa]<br />
[Morada, Localida<strong>de</strong>, <strong>Código</strong> Postal]<br />
CÓDIGO DE BOA CONDUTA<br />
A prevenção e o combate das práticas <strong>de</strong><br />
assédio no contexto laboral<br />
Lei n.º 73/2017, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Agosto
A prevenção e o combate das práticas <strong>de</strong> assédio no contexto laboral<br />
O que é o assédio no trabalho?<br />
PREENCHEM O CONCEITO DE ASSÉDIO AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS:<br />
• Um comportamento in<strong>de</strong>sejado;<br />
• Que seja praticado aquando do acesso ao emprego ou no próprio emprego, trabalho<br />
ou formação profissional;<br />
• Que o objectivo do comportamento in<strong>de</strong>sejado seja o <strong>de</strong> perturbar ou constranger a<br />
pessoa, <strong>de</strong> a afectar na sua dignida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> lhe criar um ambiente intimidativo, hostil,<br />
<strong>de</strong>gradante, humilhante ou <strong>de</strong>sestabilizador.<br />
QUE TIPOS DE ASSÉDIO EXISTEM?<br />
I. Moral discriminatório: o comportamento in<strong>de</strong>sejado e com efeitos hostis baseia-se em<br />
qualquer factor discriminatório que não sexo do trabalhador (religião, raça,<br />
convicções políticas);<br />
II. Moral não discriminatório: o comportamento in<strong>de</strong>sejado não se baseia em nenhum<br />
factor discriminatório, mas pelo seu carácter constante, tem os mesmos efeitos hostis,<br />
po<strong>de</strong>ndo, em última análise, ter como objectivo afastar o trabalhador da empresa;<br />
III. Sexual: é um tipo <strong>de</strong> imposição <strong>de</strong> carácter sexual praticado, geralmente, por uma<br />
pessoa em posição hierárquica superior em relação a um subordinado, normalmente em<br />
local <strong>de</strong> trabalho. O assédio sexual caracteriza-se por:<br />
a. Ameaça;<br />
b. Insinuação <strong>de</strong> ameaça;<br />
c. Hostilida<strong>de</strong> contra o subordinado.<br />
Página 1
A prevenção e o combate das práticas <strong>de</strong> assédio no contexto laboral<br />
A PRÁTICA DE ASSÉDIO NO TRABALHO PODE SER DISCIPLINARMENTE SANCIONADA?<br />
• Sim, po<strong>de</strong>.<br />
• A entida<strong>de</strong> empregadora tem o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> instaurar um processo disciplinar sempre<br />
que tenha conhecimento <strong>de</strong> alegadas situações <strong>de</strong> assédio no trabalho.<br />
• Não instaurar o procedimento disciplinar constituiu uma contraor<strong>de</strong>nação grave,<br />
sujeito ao pagamento <strong>de</strong> uma coima.<br />
QUE DIREITOS TEM O TRABALHADOR VÍTIMA DE ASSÉDIO?<br />
• Direito a receber uma in<strong>de</strong>mnização por todos os prejuízos causados;<br />
• Direito a apresentar uma queixa crime;<br />
• Direito a não ser sancionado disciplinarmente por <strong>de</strong>nunciar o assédio <strong>de</strong> que é vítima,<br />
salvo se agir com a intenção <strong>de</strong> prejudicar a entida<strong>de</strong> empregadora,<br />
• Direito à reparação dos danos emergentes <strong>de</strong> doenças profissionais resultantes da<br />
prática <strong>de</strong> assédio.<br />
A PRÁTICA DE ASSÉDIO PERMITE AO TRABALHADOR RESOLVER O CONTRATO DE TRABALHO<br />
COM JUSTA CAUSA?<br />
Sim. A prática <strong>de</strong> assédio que seja <strong>de</strong>nunciada à Autorida<strong>de</strong> para as Condições do Trabalho po<strong>de</strong><br />
constituir justa causa <strong>de</strong> resolução do contrato.<br />
DE QUE FORMA O TRABALHADOR SE PODE QUEIXAR DE ASSÉDIO À AUTORIDADE PARA AS<br />
CONDIÇÕES DO TRABALHO?<br />
A Autorida<strong>de</strong> para as Condições do Trabalho e a Inspecção-Geral <strong>de</strong> Finanças<br />
disponibilizam en<strong>de</strong>reços electrónicos próprios para receberem estas queixas.<br />
Página 2
A prevenção e o combate das práticas <strong>de</strong> assédio no contexto laboral<br />
UM TRABALHADOR PODE SER TESTEMUNHA DE OUTRO NO ÂMBITO DE UM PROCESSO<br />
JUDICIAL INICIADO POR PRÁTICAS DE ASSÉDIO?<br />
Sim, po<strong>de</strong>. Inclusivamente, é o próprio tribunal que notifica o trabalhador, na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
testemunha, para comparecer e prestar o seu <strong>de</strong>poimento.<br />
A ENTIDADE EMPREGADORA PODE SANCIONAR DISCIPLINARMENTE UM TRABALHADOR<br />
POR SER TESTEMUNHA?<br />
Não. Só o po<strong>de</strong>rá fazer - após ter terminado o processo judicial - se o trabalhador que prestou<br />
<strong>de</strong>poimento na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> testemunha agir com a intenção <strong>de</strong> prejudicar a entida<strong>de</strong><br />
empregadora, sabendo que os factos que relata são falsos.<br />
QUE TIPOS DE COMPORTAMENTOS, ENTRE OUTROS, PODERÃO SER CONSIDERADOS COMO<br />
ASSÉDIO?<br />
• Impedir o trabalhador <strong>de</strong> ir à casa <strong>de</strong> banho;<br />
• Não lhe permitir o acesso à internet, quando a função que <strong>de</strong>sempenha assim o exige;<br />
• Proibir o trabalhador <strong>de</strong> estabelecer qualquer diálogo com os restantes colaboradores<br />
da empresa;<br />
• Discriminar o trabalhador por motivos religiosos ou políticos;<br />
• Forçar o trabalhador, pelos mais diversos meios, a <strong>de</strong>sistir do seu emprego;<br />
• Dirigir ao trabalhador, verbalmente ou por qualquer outro meio, comentários <strong>de</strong> cariz<br />
sexual.<br />
Note-se que o legítimo exercício do po<strong>de</strong>r hierárquico e disciplinar na empresa não configura<br />
qualquer caso <strong>de</strong> assédio, nas suas diversas modalida<strong>de</strong>s.<br />
Página 3
A prevenção e o combate das práticas <strong>de</strong> assédio no contexto laboral<br />
Deveres da entida<strong>de</strong> empregadora<br />
A ENTIDADE EMPREGADORA, EM ESTRITO CUMPRIMENTO DA LEI, COMPROMETE-SE COM<br />
OS TRABALHADORES A ADOPTAR AS SEGUINTES MEDIDAS:<br />
• Abster-se da prática <strong>de</strong> qualquer comportamento que prejudique o trabalhador na sua<br />
integrida<strong>de</strong> física e moral;<br />
• Instaurar procedimento disciplinar sempre que chegue ao seu conhecimento um caso<br />
<strong>de</strong> assédio;<br />
• Proteger e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o trabalhador na eventualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste ser vítima <strong>de</strong> assédio;<br />
• Prestar a colaboração necessária – caso exista qualquer comportamento <strong>de</strong> assédio –<br />
numa eventual <strong>de</strong>núncia à Autorida<strong>de</strong> para as Condições do Trabalho.<br />
• A adoptar o presente <strong>Código</strong> <strong>de</strong> <strong>Boa</strong> <strong>Conduta</strong> e a dá-lo a conhecer a todos os seus<br />
colaboradores.<br />
O presente <strong>Código</strong> <strong>de</strong> <strong>Boa</strong> <strong>Conduta</strong> está em perfeita harmonia com tudo o estabelecido na<br />
Lei n.º 73/2017, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Agosto.<br />
Nome do Administrador<br />
Título<br />
[Data]<br />
--<br />
O presente documento reveste carácter geral e abstrato, não dispensando o necessário<br />
aconselhamento legal.<br />
Página 4