Ebook Encontros cientificos 2016
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IDM Resumos <strong>Encontros</strong> Científicos <strong>2016</strong><br />
Sistema Antirotacional e Redução de plataforma<br />
O sistema do tipo cone Morse apresenta um bom comportamento mecânico, melhor<br />
dissipação das forças e redução do risco de afrouxamento do pilar quando submetido a função<br />
oclusal. Portanto, este tipo é considerado a primeira escolha para as coroas unitárias.<br />
Entretanto, este sistema exige uma precisão no posicionamento do implante que nas<br />
reabilitações parciais e totais pode gerar dificuldades na confecção da prótese. Por outro lado,<br />
o bom desempenho mecânico, não evita danos gerados pela carga oclusal sobre a interface<br />
osso-implante, podendo induzir a perda óssea.<br />
Com relação à periimplantite e a perda óssea marginal, é uma questão discutível.<br />
Tendo em vista que a perda óssea periimplantar pode estar relacionada não somente ao<br />
desenho da plataforma do implante, mas também ao trauma durante a instalação. Um torque<br />
de instalação elevado cria micro-fraturas no osso cortical e com isso promove uma perda óssea<br />
marginal.<br />
Outro aspecto importante está relacionado à falta de controle da qualidade na<br />
fabricação de componentes de prótese. Uma acoplagem deficiente dos pilares protéticos com<br />
“gaps” favorecem o infiltrado bacteriano. Esta condição não pode ser considerada como a<br />
causa principal da periimplantite e perda óssea marginal, mas sim um conjunto de fatores.<br />
A redução da plataforma (“Switching Platform”) favorece a estabilidade dos tecidos<br />
moles e duros, aspecto fundamental para o sucesso dos implantes em área estética.<br />
Entretanto, dados da literatura indicam que independente do sistema de acoplamento pilarimplante,<br />
hexágono externo, interno ou Morse, o posicionamento do implante é considerado<br />
um importante fator para um resultado estético satisfatório, haja visto os resultados obtidos<br />
com os diversos sistemas ao longo do tempo.<br />
Diâmetro e comprimento dos Implantes<br />
Atualmente existe muita dúvida por parte do clinico em relação ao comprimento dos<br />
implantes. Estudos clínicos demonstram que os implantes curtos e extra-curtos, com<br />
comprimentos inferiores a 10 mm, podem ser considerados uma excelente opção.<br />
Principalmente, para as áreas de atrofia de maxila e mandíbula posteriores, otimizando o<br />
tempo de tratamento e reduzindo a morbidade acarretada pelos enxertos.<br />
Os implantes longos com comprimentos acima de 13 mm são utilizados com o objetivo<br />
de obtenção de uma bicorticalização, geralmente em condições de baixa densidade óssea. Os<br />
implantes extra-longos, como os implantes zigomáticos viabilizaram a reabilitação de atrofias<br />
severas de maxila, antes dependentes de grandes reconstruções ósseas.<br />
Em relação ao diâmetro dos implantes, podemos considerar que convém uma análise<br />
criteriosa, para a sua indicação e utilização. Embora os implantes de diâmetro reduzido (finos)<br />
apresentem resultados satisfatórios, em especial nas áreas de estética crítica e rebordos<br />
atróficos, a sua resistência mecânica podem comprometer o tratamento ao longo prazo.<br />
Algumas empresas, com objetivo de melhorar esta limitação mecânica, propuseram a utilização<br />
de liga de titânio, denominado de titânio grau 5. Esta liga tem o inconveniente de liberar íons<br />
considerados tóxicos (vanádio e alumínio). A tendência é usar o titânio comercialmente puro,<br />
produzido com tamanho de cristais nanométricos e com resistência mecânica equivalente as<br />
ligas de titânio.<br />
Nos casos de implantes unitários nas regiões de molares, os implantes de largo<br />
diâmetro são considerados uma boa opção. O diâmetro do implante propicia um aumento na<br />
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Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM