Capítulo 2

Esta é uma fase de grande desenvolvimento para sua consciência e sua espiritualidade,
e se lhe apresentarão grandes e importantes vivências tanto em seu mundo psíquico
interno, como na realidade de todos os dias. Este aspecto astrológico pode gerar um
mágico equilíbrio entre as vivências interiores e as experiências cotidianas. De alguma
forma, você vai avançando para um estado no qual é capaz de visualizar o aspecto
divino ou elevado das coisas que lhe rodeiam. Isto é o que os esoteristas e Iniciados
chamam a integração ou fusão eu-ambiente, ou seja, o equilíbrio dinâmico entre o
mundo interior e a esfera exterior. Pouco a pouco ambos planos se vão aproximando, até
chegar ao chamado estado de realização, no qual tem, como já temos comentado, efeitos
mágicos na vida humana. Coisas que antes pareciam insignificantes, agora têm um
significado simbólico e evolutivo de grande alcance. Assim, elementos de sua vida que
pareciam de caráter rotineiro e mecânico, agora estão se convertendo em vivências não
isentas de significado espiritual. Assim, a transcendência de cada ato e acontecimento
da vida é o que começa a experimentar com este aspecto astrológico.
Sua fé lhe move a buscar experiências dinâmicas e evolutivas e, com frequência, sem
você saber, está sendo guiada em boa medida "desde o Alto". Segundo este preceito, a
existência humana e, portanto, cada uma das decisões do homem e da mulher, podem irse
conectando cada vez mais com a realidade superior. É o que se costuma chamar por
"missão individual oculta", que é a que nos vai guiando através da "auto-pista" da
evolução da consciência. Neste processo, podem se apresentar experiências e provas
duras, mas que no final supõem mudanças essenciais em sua própria estrutura
psicológica. Além disso, o tempo demonstrará que o que aparentemente haviam sido
simples obstáculos e barreiras, chegam a converter-se em modelos ou guias que
permitem corrigir o rumo da existência pessoal.
Se inclina, durante esta fase, à meditação, à introspecção e à reflexão pessoal, mas
verá o místico como algo em contato com a realidade da vida e não como algo separado
dela. Pensa que "o movimento se demonstra andando" e, também, que a mística se
demonstra com o movimento. Não se pode ser mística nem espiritual se se está
complexada, temerosa ou fugindo das circunstâncias, nem à margem desse elemento tão
essencial e sagrado que é o tempo. Ou seja, verá a realidade como a demonstração viva
do que funciona e do que não funciona, do que serve e do que não serve, do que há que
fazer e do que não há que fazer, e assim sucessivamente. Por isso, é imprescindível estar
atenta e concentrada frente os acontecimentos que vai apresentando a vida, para não
deixar escapar, como água entre as dedos, a própria essência vital.
Não há salvação sem concentração, ou seja, se a pessoa está desconcentrada consigo
mesma, se está fora de seu centro pessoal, ou se não é capaz de conectar com sua
realidade, então é praticamente impossível que se produza o verdadeiro despertar do
espírito. Por tudo isso, liberação e integração vão de mãos dadas, já que é preciso
fundir-se consigo mesma. É necessário fundir o eu com a realidade, para romper as
barreiras que se apresentam na evolução da consciência.