Capítulo 2

Não se lance contra as circunstâncias a peito descoberto ou em luta corpo a corpo,
sem saber o que é que está por trás delas, pois pode ver-se envolvida em forças ocultas
que não suspeitava que existissem por trás do que você viu. Talvez solucione uma briga
ou desavença entre dois amigos seus, e talvez não consiga outra coisa senão acentuá-la e
levá-la ao extremo. Para não equivocar-se, é preferível que observe, cale e medite o
suficiente, antes de tomar as decisões, pois de outra forma pode acender um pavio sem
dar-se conta. Incube dentro de si as coisas, como se sua mente fosse um avestruz e suas
idéias ovos do mencionado animal, e posteriormente aja com lentidão e com
consistência, sentindo que a cada momento tem o controle sobre as circunstâncias. Ou
seja, faça sempre uma introspecção antes de decidir.
Se perceber que alguém se lhe está opondo frontalmente, não vá ao enfrentamento
direto, pois isso não faria outra coisa senão gastar-lhe as energias, ou combustível
psíquico. Veja primeiro as causas profundas do conflito e seja antes de tudo uma
"homonauta", ou seja, uma viajante dentro do ser humano, para dentro de si mesma...
Se em seu meio-ambiente, tanto de trabalho, como de amizades, como social,
profissional ou econômico capta que existem interesses criados que estão impedindo a
evolução positiva das circunstâncias, medite muito sobre seus passos, antes de pretender
mudá-los todos de vez. Saiba que o ser humano tem a inclinação a gerar interesses
criados, muitas vezes ocultos em qualquer das atividades que desenvolve, e Por isso
você tem que ser prudente em suas atuações. Como princípio geral, cabe perfeitamente
dizer que "ninguém é capaz de mudar fora, mais do que mudou dentro de si mesmo".
Este é um ensinamento muito claro, que nos indica que para exigir ou para apresentar-se
aos demais como agente de mudança, é preciso haver atado antes todos os cabos
internos. Nunca se apresente ante uma batalha, sem haver adquirido previamente a
confiança necessária consigo mesma.
ÂNGULO CÁRMICO
A conjunção Marte/Plutão é como o impressionante e explosivo jato de uma bolsa
petrolífera, que de repente surge como uma fonte imponente em direção ao céu. O
primeiro dilema com o qual vai se deparar, portanto, é o controlar, armazenar, canalizar
e usar adequadamente essa fonte de energia. O grande problema pode estar em que se
deixe levar por algumas tendências ou inclinações que já havia manifestado em seu
passado cármico ancestral, tais como: entrar em batalhas ou desacertos de caráter
pessoal, descontrolar-se no manejo de sua energia sensual ou sexual, ou tomar atitudes
de caráter extremo, pretendendo arrumar tudo com dois ou tres acolchoados de penas.
A conjunção por trânsito Marte/Plutão requer fundamentalmente um trabalho de
"combustão controlada" pois, tal como sucede com a gasolina, é preciso que se gere no
motor um trabalho constante e dirigido, pois de outra maneira se poderia produzir uma
explosão descontrolada. Assim, estas inclinações atuais provém de aspectos de seu
caráter que não conseguiu controlar em alguma vida anterior, na qual pode haver-se