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Capítulo 2

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elevados, tal como gostaria. Ou seja, não é que você pretendesse receber algo em troca<br />

do trabalho altruísta ou espiritual que realiza, mas que pensava que tais energias iam ser<br />

dedicadas a outros fins, porém pode estar observado que o destino não está sendo<br />

correto e que está se desvirtuando do propósito original. Isto pode ser especialmente<br />

certo se estiver colaborando ou participando de algum tipo de associação, escola, clube<br />

ou grupo no qual existe uma estrutura hierárquica muito definida, pois vai observar que<br />

alguma das pessoas que, teoricamente, tem que dar um exemplo de entrega e<br />

desinteresse estão praticando justamente o contrário.<br />

Durante o desenrolar deste aspecto tem uma forte inclinação a acertar a si mesma, e a<br />

achar ali todas as chaves e respostas, além das chaves e respostas, além das perguntas,<br />

com relação a qualquer assunto de sua vida, inclusive os que são de caráter concreto e<br />

material. Isto, em princípio, não tem porque ser negativo, obviamente. O problema é<br />

que um excesso de voltar-se sobre si o eu lhe faça evadir-se da realidade exterior, a qual<br />

tenderá a ver com certo receio e, assim, estará inclinada a pensar que o exterior é<br />

simplesmente efeito de ilusão e aparência, porém isto é perigoso porque está<br />

considerando que a realidade externa não tem validez. Por isto, se não aprender de seus<br />

erros e experiências concretas, é difícil que possa acertar nas iniciativas materiais e<br />

cotidianas que vá praticar proximamente, pois não é suficiente com as percepções<br />

subjetivas interiores, para fazer-se uma idéia de conjunto de qual é a realidade das<br />

coisas.<br />

Portanto, o equilíbrio há de encontrá-la ao desenvolver uma intensa vida interior, mas<br />

meditando sobre o externo, porque de outra maneira se gera um círculo vicioso se o<br />

único objeto de sua introspecção é simplesmente estar dando voltas sobre elementos<br />

simbólicos, utópicos, idealistas ou esotéricos. Este círculo sem fim que comentamos, lhe<br />

induzirá a tomar decisiões que lhe comprometem no mundo material, mas sustentandose<br />

somente em reflexões etéreas, vagas e subjetivas. Por exemplo, pode ver-se imersa<br />

em uma iniciativa de caráter econômico que lhe requer investir uma quantidade mais ou<br />

menos importante de dinheiro, porém você não se incomodou em averiguar quais são as<br />

oportunidades de mercado, os preços das coisas, até que ponto se está comprometendo e<br />

qual é a medida de seu risco. Simplesmente lhe bastou com perceber essa iniciativa<br />

econômica ou de negócio como uma oportunidade que lhe vem do alto, e você com sua<br />

fé pensa que se encontra protegida ante qualquer mal ou perigo, porque suas intenções<br />

são nobres, sinceras ou inclusive altruístas ao tomar essas decisões; porém isto pode<br />

resultar em uma combinação bastante delicada, pois talvez pensando que a simples<br />

proteção espiritual lhe vai salvar de tudo, pode estar comprometendo carmicamente seu<br />

futuro concreto e sua estabilidade profissional ou material.<br />

Todo o comentado tem como resultado que em você, não sem certo sofrimento, vai se<br />

ampliando a capacidade de clarividência, a qual é, nem mais nem menos que a que<br />

permite "ver as coisas claramente"; porém este processo conduz a brigas internas e<br />

também brigas do interno com o externo, até que você vá encontrando o equilíbrio entre<br />

seu mundo subjetivo interior e as vezes crua realidade exterior. O ponto no qual se

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