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PARA REFLEXÃO<br />
Amar é preciso. Qual o seu sentido?<br />
Amor: O Banquete de Platão<br />
e o Natal de Jesus<br />
¹ Delegada da ABRAME (Associação brasileira dos Magistrados Espíritas)<br />
em Sergipe, Diretora de Eventos da ALEESE e coordenadora de Estudos<br />
da FEES.<br />
herdadas do pai, Poros – o espírito de cobiça – e da mãe, Penia<br />
– o espírito do desespero. É um ‘intermediário’, um grande gênio<br />
ao qual cabe transmitir aos homens as ordens dos deuses e aos<br />
deuses as preces do homem. Deste modo, o amor não é um bem<br />
em si mesmo. Vale apenas por aquilo a que tende e só tem sentido<br />
quando submetido à inteligência, à razão”. (PLATÃO. O Banquete.<br />
Editora Nova Fronteira, 2011, p. 10/11).<br />
Da narrativa de Sócrates quanto ao diálogo com<br />
a sacerdotisa Diotima, transcrevo algumas partes:<br />
“[...] há muitos modos de dar satisfação ao amor e,<br />
entre eles, o de procurar as riquezas, os esportes,<br />
a filosofia, aos quais, todavia, não se aplicam correntemente<br />
os nomes de amante e amado; apenas<br />
uma determinada espécie de amor e aos seus sequazes<br />
é que se dá o nome que de direito pertence<br />
ao gênero todo: amor, amar, amante. [...]. Há uma<br />
lenda que diz que os que se amam nada mais fazem<br />
senão procurar a sua metade. Eu, porém, creio que<br />
amar não é procurar nem a metade nem o todo, se,<br />
meu caro, isso não for bom [...]. O amor consiste do<br />
desejo da posse perpétua do bem”. (Ibid., p. 62/63).<br />
Sócrates sabiamente fala através das lições de<br />
uma sacerdotisa, como a expressar que tão nobre<br />
sentimento é profundo, divino, transcendente.<br />
Pois bem. Alguns séculos depois, um homem<br />
inigualável iria exemplificar e legar a mais sublime<br />
forma com que o amor pode se expressar. Para isso,<br />
enfrentou, com altiva serenidade, o Sinédrio e o poderio<br />
do Império romano. Daí dizer-se que a “figura<br />
humana de Jesus confirma a sua procedência e realização<br />
como Ser mais perfeito e integral jamais<br />
encontrado na Terra. Toda Sua vida se desenvolveu<br />
num plano de integração profunda com a Consciência<br />
Divina, conservando a individualidade em perfeito<br />
equilíbrio psicofísico. [...]. Paciente e pacífico,<br />
mantinha-se em serenidade nas circunstâncias mais<br />
adversas, e jovial, nos momentos de alta emotividade,<br />
demonstrando a inteireza dos valores íntimos<br />
em ritmo de harmonia constante. Numa sociedade<br />
agressiva e perversa, elegeu o amor como a solução<br />
para todos os questionamentos [...]. Tornou-se e<br />
prossegue como sendo o símbolo do amor integral<br />
em favor da humanidade, à qual auspicia um sentimento<br />
humano profundo e libertador”. (Joanna de<br />
Ângelis in Jesus e atualidade, p. 16/17).<br />
Inquestionavelmente, segundo adverte o Espírito<br />
Joanna de Ângelis, a “atualidade necessita urgentemente<br />
de Jesus descrucificado, companheiro e<br />
terapeuta em atendimento de emergência, a fim de<br />
evitar-lhe a queda no abismo” (Ibid, p. 5).<br />
Há poucos dias comemoramos o nascimento<br />
d’Aquele que nos ofertou iguarias espirituais incomparáveis.<br />
Portanto, o nosso maior presente é:<br />
Que o Cristo nasça na gente<br />
A cada dia que chega.<br />
Que a Sua palavra seja<br />
O bálsamo da nossa mente,<br />
A estrada e a certeza<br />
De que os dias vindouros,<br />
Embora sem prata nem ouro,<br />
Serão plenos de riqueza<br />
Na fé, na luz que irradia<br />
Do Seu coração magnânimo<br />
Cujo amor é o ânimo<br />
A ensolarar nossos dias!<br />
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