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R E V I S T A
50ª Edição - Fevereiro 2022
Ciências: Magnética e Espírita
ISSN 2763-9487
Elas impulsionam
a CULTURA e
fazem SUCESSO
Atração_ fevereiro de 2022
1
IVANILDO
(Poeta Afamado)
EUNICE
GUIMARÃES
JAPOATÃ se posiciona como fonte cultural inspiradora de SERGIPE
JAPOATÃ demonstrou seu verdadeiro valor, ao se posicionar elevando
a cultura e as artes ao ponto de evidência no cenário cultural
nordestino. O seu Festival Cultural, nesta edição, mostrou a grandeza
de seu povo que tem na raiz e no coração o calor das almas vencedoras.
Para alegria dos que fazem JAPOATÃ, a presença e valorização dos
artistas locais, foi de uma beleza inigualável, onde a alegria se fazia
evidente. E para aumentar o sucesso, o povo vislumbrou a presença dos
representantes da AJLA – Academia Japoatanense de Letras e Artes e
ALEJ – Academia de Letras Estudantil de Japoatã, que subiram ao palco
para mostrar o poder e versatilidade do saber, através da poesia.
A Cidade, era só energia positiva estampada na fisionomia de
seus moradores e visitantes.
GISELI, JOICE e KEVIN
NATHÁLIA, KELLIN MILENA, SOPHIA e JOICE
HELOYSA
22 Atração_fevereiro de 2022
KETILYN MILENA
NATHÁLIA
Cidade da Cultura
e das Artes.
Coração MULTICOR
e Plena de
VALORES
A prefeitura de Japoatã e seus colaboradres, estão de forma
decisiva, impulsionando essa nova caminhada.
Vejamos abaixo, alguns nomes de abnegados e comprometidos
trabalhadores que valorizam a Cultura de Japoatã.
* Olívia Andrade de Souza Santos; * Graça Barboza;
* Gustavo Ramalho Gomes; * Manoel Lucas
CHICO
LÚCIO
Atração_fevereiro de 2022 3
Anália
Franco
Nossa CAPA
Nacimento 01 de fevereiro de 1853
FEVEREIRO, um mês mais que especial. Um mês que marca o nascimento
de uma mulher que esteve a frente de seu tempo. Anália era uma
mulher de visão aguçada e uma grande empreendedora.
É um exemplo, do ontem para hoje, de humildade e empatia feminina,
quando ao invés de julgar mulheres e seus passados, traz à tona o
amor próprio de cada uma. Por mais que o Espiritismo trate da igualdade
dos gêneros, este conceito é um tanto esquecido por uma parcela da
humanidade. Então o feminismo vem para relembrar, por meio de luta, o
direito à mesma oportunidade, independente do gênero.
IRINÉA e MARILENE
A CAPA, traz a presença da escritoras
que vem impulsionando o mundo da CULTURA
e das letras, através de seus exemplos e simpatia.
Elas, além de serem apaixonadas pela
literatura, são também ligadas a educação
pedagógica e a comunicação radiofônica.
Marilene Scarlati, já fez programas de
rádio em São Paulo e Aracaju. Hoje, está a
todo vapor com sua publicações que são sucessos.
Empresária, empreendedora, escritora, jornalista, educadora, teatróloga,
literata, feminista, abolicionista e espírita vigorosa. Venha conhecer
mais sobre *ANÁLIA FRANCO*, no link abaixo:
O SUCESSO SEMPRE
ACOMPANHA O
Cleane
Mayara
Cleane Mayara, graduanda em Pedagogia(UNIT), coordenadora do projeto "De Mãos dadas com a Poesia" e
da Comissão Organizadora do "Festival de Poesia Falada", desenvolvidos no Povoado Baixa Verde,
Monte Alegre de Sergipe-SE. Projetos voltados ao universo da leitura e da escrita.
Atração_ fevereiro de 2022
5
Conversa Com o Leitor
NOVO ANO,
NOVAS ESPERANÇAS
Olá, meus amigos!
Mais um ano se inicia e com ele surgem novos compromissos e
esperanças, já que estamos deixando para trás inúmeras situações
tormentosas que abalaram a humanidade em todos os sentidos.
Porém, neste momento, quero evitar falar e sequer mensurar
os danos causados a todos que fazem parte desta "UNIVERSIDADE"
chamada TERRA, que muitos chamam de escola, no entanto, atrevome
a promovê-la a um patamar mais avançado (kkkkkkkkk).
Quanta pretensão! Só Deus pode fazer isso. Tomara que o Chefão
lá de cima não leia isso. Nem mesmo nos ouça, já que estamos conversando
ao “pé do ouvido” (kkkkkkkkkkk).
O bom de tudo é que estamos vencendo e vencendo inúmeras
barreiras. Com dificuldade, nós sabemos.
Outra coisa muito boa, não, excelente, foi o surgimento de uma
vacina viabilizada em tempo recorde e promovida pela união de
vários cientistas. Foi a concretização de novas esperanças que corroboram
com tudo aquilo que a espiritualidade vem nos afirmando,
que a medicina encontrará a cura para muitos males que atormentam
a humanidade. Isso ocorrerá a curto e médio prazo.
Irmãos! O primeiro passo foi dado. "Deus dá o frio, conforme
o cobertor". Já se aproxima o momento em que viveremos nova
etapa de sucesso, mas também de novos compromissos perante o
CRIADOR.
O mundo não para, e nós continuaremos rumo à ascensão espiritual.
Diria que é chegada a hora de colocar todas as bagagens positivas
e amealhadas durante várias existências a serviço do PAI, que
já enxerga cada um de nós com certo grau de maturidade e prontos
para encarar uma nova etapa.
Lembrei-me do TÍTULO da crônica da escritora Irinéa Borges,
publicada na edição passada, "Somos passageiros desse trem", e
eu concluiria que a cada um será dado o passaporte com o destino
a seguir. Cada um vai colher, ou melhor, definir o seu destino mediante
suas obras. Observemos que a mudança de estação já está
acontecendo a todo vapor. Mas, em qual estação de destino muitos
estão descendo? Já imaginou? E esses que estão colocando o
mundo em agonia, através da guerra e da invasão, causando dor
e sofrimento para uma nação pacífica, onde irão desembarcar?
Os anos 2019, 2020 e 2021, acredito serem divisores de água.
Não preciso externar mais nada, pois somos capazes de refletir sobre
tudo isso.
Meus irmãos, hoje, como outrora, na organização social com
diversos comprometimentos, Jesus avança no mundo restaurando
a esperança e a fraternidade, para que o santuário do amor seja
reconstituído em seus legítimos fundamentos.
Para todos, aquele abraço.
REVISTA
O magnetismo de Deus em nossas vidas
50ª Edição - Fevereiro de 2022
Revista Atração, ano 05 nº 50
Aracaju - Sergipe - Brasil
ISSN 2763-9487
É um veículo destinado a promover e fortalecer o Movimento
Espírita, assim como levar a ciência Magnética ao conhecimento
da humanidade em prol da saúde física e espiritual no cenário
mundial. Visa também consolidar o intercâmbio doutrinário em
favor da humanidade, resultante da união das duas ciências.
COLABORAM NESTA EDIÇÃO:
Antônio Francisco (Saracura), Domingos Pascoal, Jacob Melo,
Célia Mônica, Rita Freire, Euza Missano, Telma M S Machado,
Silvan Aragão, Graziela Nunes, André Ricardo, Telma Costa,
Said Pontes de Abuquerque, Joacenira Oliveira, Paiva Neto, Prof.
Halley F. Oliveira, Mehry Seba, Célia Mônica, Mª Victória, Colégio
Alternativo (Itabaiana), Tâmara Mannis.
Diretora Responsável
IVONETE SANTOS CONCEIÇÃO
Editor
ISAIAS MARINHO CONCEIÇÃO
Revisor(a)
GRAZIELA NUNES
Diagramação
BERGSON MARINHO
Atendimento ao Leitor:
Através do nosso SITE
ACESSE E DEGUSTE AS EDIÇÕES
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NATHÁLIA SOUZA
Publicidade / Contato
atracao.magnetismo.emrevista@gmail.com
Fones: (79) 99650.4887
@revista atracao
6 Atração_fevereiro de 2022
Isaias Marinho
atracao.magnetismo.emrevista@gmail.com
Viaje no mundo
DAS EMOÇÕES
Martha Hora
Escritora de sucesso,
que vem externando
valores positivos
através de suas obras.
Ela continua
desenvolvendo seu
trabalho com o
apoio e presença
constante do
nosso CRIADOR.
Aqui!
Você vai descobrir
neste espaço,
OBRAS E AUTORES
de sucesso como a
nossa querida
escritora que aqui
apresentamos
APRESENTAMOS
Célia Mônica
A presidente da AJLA - Academia
Japoatãnense de Letras e Artes,
apoia incondicionalmente os
literatos e a cultura nordestina
Na próxima edição, traremos outra obra especial
Atração_ fevereiro de 2022 7
Por Isaias Marinho
Contaminação Fluídica ou
Bloqueio Fluídico
Circulatório Interno
Aracaju SE BR
Magnetizador Espírita. Facilitador do ESDE - Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita
"Descoberta" e resultados obtidos com a prática do MAGNETISMO
Sempre aparece, em nossa prática magnética, elementos
favoráveis às nossas pesquisas e debates.
Narrarei aqui algo que nos chamou a atenção, porque
não foi um caso isolado.
Não podemos esquecer que cada magnetizador tem
algo peculiar, ou melhor, tem uma maneira particular de detectar
problemas nos pacientes. Nossa companheira de trabalho,
a magnetizadora Ivânia Moreira, ao tratar de alguns
pacientes, sentia intenso e/ou moderado formigamento,
mas não conseguia decifrar o porquê dessa incidência, que
poderia indicar inúmeros fatores, já que cada magnetizador
pode ter a mesma percepção, com significados diferentes.
Em relação ao FORMIGAMENTO, temos conhecimento
de que sua incidência, pode se dar por conta de
algumas doenças que afetam o fígado ou o baço. Também
pode nos dar a conhecer a presença da bílis mais
ou menos acre, segundo a frequência e a quantidade
desses formigamentos. Podem designar, também, um
sangue mais ou menos carregado de humores acres.
Os lugares onde sentis esses formigamentos ajudam o
nosso parecer: quando os sentimos, percorrendo a cabeça,
os ombros, o peito, o ventre, os braços, as coxas e
as pernas, eles indicam a acidez no sangue, mas quando
essas sensações se limitam ao estômago, ao fígado,
ao baço ou aos intestinos, eles são, ordinariamente,
ocasionados pela bílis. Quando os sentimos apenas em
um lugar, eles designam um grande calor, um grande
abrasamento nesse lugar, principalmente se eles são
picantes, muito frequentes, e que a isso se junta uma
sensação de calor.
Um calor suave e úmido é um sintoma favorável;
ele anuncia quase sempre uma circulação livre, um relaxamento
na parte ou um humor que pode ser facilmente
evacuado (DURVILLE, Hector. Teorias e Procedimentos
do Magnetismo. Do Diagnóstico, p. 314-315).
A afirmativa acima supracitada nos incentivou a seguir
pesquisando a situação de Adrianna Pinhal Boclado (nome
fictício). Nesse caso, não podíamos afirmar ou mesmo externar
algo (patologia) de cunho científico, que representasse
o caso em questão, pois não havia diagnóstico ou direcionamento
concreto que nos desse essa certeza, de modo a poder
descrever aqui. Posteriormente, no entanto, após várias
buscas (pesquisas), detectamos uma reportagem veiculada
na “Revista Planeta”, edição de 2011, onde há uma abordagem
sobre febre. É que, de acordo com a Ciência Acadêmica,
existe a FEBRE BOA (e isso acontece) e, nesse caso, não há
necessidade de absorção de remédios, pois não seria uma
solução. A febre que mencionamos na pesquisa funciona
como fator bloqueador energético dentro do processo de circulação
energética.
A paciente, há vários anos, vinha tendo sensações de
inchaço e constante febre na região craniana, dando a perceber
que havia algo além de uma febre corriqueira, o que
a incomodava bastante e impedia de executar suas funções
de trabalho normalmente. E já que não havia nada de caráter
científico que nos levasse relacionar com alguma doença,
resolvemos dar sequência a nossas pesquisas em busca de
resultados.
Adrianna tinha passado por tratamento espiritual à
distância. Tinha feito tratamento psicológico e psiquiátrico
8 Atração_ fevereiro de 2022
antes de nos procurar. Chegou a usar
remédios controlados, além de fazer
uso de fitoterápicos. Outra informação
dada pela paciente era que não sabia
lidar com a mediunidade, de modo que
absorvia energia em demasia, principalmente
a nociva. Foi a partir daí que
houve o “descortinar do véu” que nos
levou ao aprofundamento das pesquisas.
Sabemos que existem inúmeros
fatores que podem levar um paciente a
essa situação e, muitas vezes, eles são
desconhecidos. Há os de ordem física,
que podem ser: ANSIEDADE, ESTRESSE,
COLESTEROL ALTO, ABORRECIMENTOS E
PREOCUPAÇÕES DIVERSAS. Continuando
com as análises, encontramos outros
elementos que fortaleceram nosso
pensamento: fatos ocorridos e coletados
com ela e com outros pacientes, os
quais nos deram segurança no resultado
obtido. Assim, rotulamos a “doença”
de Contaminação Fluídica ou
Bloqueio Fluídico Circulatório Interno,
pois as pessoas são passíveis de contrair
contaminação de energias pesadas
(contaminadas) provenientes do mundo
espiritual. Mas não podemos deixar
de enfatizar que os fatores orgânicos
presentes em nossas vidas contribuem.
Durante o tratamento, percebemos
que havia constante desarmonia
no gástrico e no esplênico. Seguimos
buscando outros pontos que nos levassem
a eliminar quaisquer tipos de
reações negativas na paciente. Após
descoberta de técnicas favoráveis, a
assistida começou a se sentir melhor
e bem-disposta, a ponto de perguntar
constantemente sobre a data de sua
ALTA. Mesmo não tendo concluído o
tratamento 100%, tivemos que liberá-la,
devido a sua vontade de terminar.
Alegava que já estava boa, embora
ainda víssemos a necessidade de dar
continuidade, culminando com a total
segurança nesse processo de obtenção
de cura.
Dias de
Luta,
Dias de
Glória
A vida requer de nós
Esperança pra sonhar
Coragem pra prosseguir
Força pra continuar
E mesmo quando cair
Ânimo pra levantar.
Cada queda ou tropeço
Traz consigo uma lição:
Todo abismo tem saída
Todo caos tem salvação
Todo fim tem recomeço
Toda briga tem perdão.
Que a vaidade e o orgulho
Não guiem nossa viagem;
Que a mentira e o engano
Não escureçam a paisagem;
Sejamos bons e humildes
Durante a nossa passagem.
A ambição escraviza
Orgulho faz prisioneiro;
Quantos corações fechados
Pela chave do dinheiro.
Quem ama o material
Não sabe o que é verdadeiro.
Peça a Deus sabedoria
Pra escrever sua história
Tenha sempre essa lição
Presa na sua memória
Todo mundo irá passar
Pela luta e pela Glória.
Emilly Barreto
Poeta cordelista, que tem a natureza nordestina, como
fonte inspiradora na realização dos seus sucessos
Atração_ fevereiro de 2022 9
domingospascoalmelo
dpascoalmkt@gmail.com
Domingos Pascoal
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Atração_fevereiro de 2022
A Academia Maruinense de Letras e Artes-AMLA, teve a subida
honra e a felicidade de, às 19 horas do dia catorze de dezembro, do ano
pretérito, comemorar, com toda a pompa e circunstância, que a data
merecia, o seu quarto ano de fundação e utilizou, como palco de tão
importante solenidade, o Magnífico Gabinete de Leitura de Maruim,
que já se consagrou como o Templo das Letras e das Artes maruinenses.
A SESSÃO MAGNA foi Presidida pela Sapientíssima Presidente,
Profa. Maria Lúcia Marques e contou com a presença do seu ilustre
quadro acadêmico, além dos acadêmicos mirins que formam com muito
garbo e competência, a futura Academia Maruinense Estudantil de
Letras, atualmente Academia Estudantil Felipe Tiago Gomes.
A solenidade foi abrilhantada com o lançamento de sua I Antologia
Literária, retratando a saga de seus fundadores para dotar a
histórica cidade de Maruim, de uma instituição independente, voltada
para a compilação, catalogação e imortalização da história das Letras e
das Artes que compõem a cultura do município, resgatando o passado
para poder preparar o futuro das novas gerações, além de contar com o
resultado do I Concurso Literário João Rodrigues da Cruz para escritores
mirins, onde os estudantes foram agraciados com a publicação de seus
poemas, crônicas e contos. O ponto culminante da festa ocorreu com a
posse dos seguintes novos Membros Efetivos e Honorários:
Maria Inácia S. Dória Cadeira no 19, Terezinha de Jesus Cadeira no
20, José Ivan dos Santos Cadeira no 21; Emanoel Barbosa Cadeira no 22;
Renan T. Figueiredo Cadeira no 23; Alberto Deodato M. Neto – Membro
Honorário; José Wellington Bonfim – Membro Honorário; Roberto Flávio
C. de Almeida – Membro Honorário; Joelma Soares M. de Santana –
Membro Honorário; Jorge Paulo de França – Membro Honorário; Antônio
Cruz - Membro Honorário; João José Bonfim - Membro Honorário.
Apesar dos tempos difíceis com a pandemia, a AMLA conseguiu
reunir, com relativa facilidade, os ilustres acadêmicos, as autoridades
municipais, os membros da Academia Estudantil e a comunidade que
sempre prestigia seus eventos, com muito entusiasmo e orgulho. Estes
fatos são indubitávelmente, comprobatórios de que a ACADEMIA foi
uma iniciativa positiva e vitoriosa para os Maruinenses que, demonstram
enorme gratidão à Profª Maria Lúcia Marques.
POR JOÃO BARBOSA PEREIRA - Membro Honorário
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Por Jacob Melo
Quem não se
interessa por ler
Natal R. G. NORTE BR
Estudioso e praticante do Espiritismo e do Magnetismo há mais de 50 anos. Autor de vários livros sobre
o tema, é um dos fundadores do EMME, bem como da Casa que dirige: o Lar Espírita Alvorada Nova, de
Parnamirim (RN). Reside em Natal (RN). É formado em Engenharia Civil e pós-graduado em Psicanálise.
Você conseguiria imaginar o número de pessoas que
não se interessa por ler? Creia-me, é bem maior do que
se pensa. Não falo de ler qualquer outdoor ou posts na
mídia; refiro-me a leituras mesmo, ainda que sejam de
romances ou temas sem grandes conteúdos.
Acredito que na base disso esteja uma má avaliação
dos efeitos benéficos que uma boa leitura proporciona.
Reflito isso a partir de mim mesmo: tenho uma quantidade
enorme de livros em minhas estantes. Sempre fui
leitor que gosta de ler, mas não consigo dar conta. E não
é por não lhes atribuir os devidos valores, mas sim porque
são tantos ainda não lidos, afora aqueles que tenho necessidade
de reler e reler, anotando, destacando frases ou
ideias, ou simplesmente pontuando coisas que me agradam,
mais ou menos... Por conta disso, de vez em quando
eu me pego pensando: “Jacob, você precisa ler mais!”.
Não quero transferir a ninguém, de forma coercitiva,
esse bom hábito de gostar de ler, mas imagino o quanto
nossa sociedade não estaria melhor posicionada se maior
fosse o número de leitores regulares...
Já viajei inúmeras vezes aos Estados Unidos e, em
menor número, a alguns países da Europa. Muitas coisas
me chamam a atenção nesses lugares, contudo se
destaca o quão comum é encontrarmos leitores focados
em seus livros. Seja nos ônibus, metrôs, aviões, sentados
aguardando em filas, até mesmo à beira da piscina ou
da praia. É enorme a quantidade de pessoas totalmente
concentradas em suas leituras. Como consequência, facilmente
percebemos como, nesses lugares, há um nível
relativamente alto de pessoas bem decididas e que influenciam
outras criaturas com ideias interessantes, muitas
delas renovadoras.
Quando se pensa em termos de religião, nós, os espíritas,
somos muito privilegiados. Temos livros e livros,
obras e mais obras sobre o tema, e a cada dia surgem
novas. Pensando e reconhecendo isso, seria de se esperar
que o chamado público espírita fosse bastante conhecedor
das realidades práticas da vida, com vistas à vida futura, e
também das visões verdadeiramente espirituais, tão bem
descritas em obras sérias dessa Doutrina. Mas a primeira
grande falha cometida é que, se já lemos pouco, as chamadas
obras fundamentais são praticamente descartadas
desse interesse.
E quando se pretende argumentar em cima dessa
questão - a pouca leitura do público espírita -, surge o frágil
argumento que indaga: e as pessoas que não sabem
ler? Bem, a elas deveríamos estimular e dar meios para
que aprendessem, mas... e os que sabem ler, por que não
leem? Preguiça? Falta de hábito? Ou dizem acreditar na
reencarnação como uma fonte de reservas para transferências
que devem ser entendidas como inadiáveis nesta,
posto que não sabemos exatamente o que virá pela frente?
Por isso agradeço muito que você tenha lido este artigo
até o fim, pois isso demonstra que você tem, no mínimo,
a vontade de ver mais, saber mais, conhecer melhor.
E termino lembrando de Jesus, quando nos disse:
“Veja quem tem olhos de ver”, certamente nos assegurando
que quem não vê é porque é cego. Mas... cego de quê?
12 Atração_ fevereiro de 2022
Valores que
cabem no bolso
Chegou a hora tão esperada!
A Casa do Sentido, abre as
inscrições para as novas
formações clínicas e de logoeducadores.
Agora com quatro habilitações, como
saídas para o atendimento clínico; além
da formação de “Logoeducador Vocacional”.
Aceitamos Psicólogos e estudantes de psicologia,
além de Psiquiatras para as [FORMAÇÕES CLÍNICAS] e, para a
Formação de Logoeducadores
[PROFISSIONAIS DE QUALQUER ÁREA DO CONHECIMENTO].
Venha fazer parte dessa história!
Solicite-nos outras informações através do seguinte
WhatsApp: (79) 9 9174 2759.
Atração_ fevereiro de 2022
13
A História de Um
Espírito que Iluminou
a Terra do Cruzeiro
"nebulosa radiante"
“Sua inteligência superava à das outras crianças do mesmo período
escolar. Aprendeu a ler muito cedo e a formar trovas elogiadas
pelos professores, pelo cabedal de conhecimento que as ilustravam,
no sentido poético e de teor educativo.”
Bittencourt Sampaio, ainda estudante de Direito na Faculdade
de São Paulo, interrompeu, em 1856, o seu curso acadêmico para
acudir os conterrâneos enfermos, por ocasião da epidemia de
cólera-morbo. Por esses serviços, a que se entregou desinteressadamente,
foi condecorado pelo Governo Imperial com a Ordem da
Rosa, que não aceitou por incompatível com suas ideias políticas.
Quando ele interrompeu a faculdade para socorrer conterrâneos
a cerca de 1.500 milhas náuticas de distância, que demandavam
vários dias de navio, mesmo sem ser da área da saúde, deu
mostras do notório sentimento cristão que possuía, já aos 22 anos
de idade, muito antes de conhecer o Espiritismo.
“Bittencourt Sampaio buscava, através da fé, forças para ajudar
os médicos que, pela precariedade dos recursos medi-cinais, procuravam
manter a higiene. Era aí, no princípio energético, através
da água, que Bittencourt buscava, junto a Deus, o auxílio de que
precisava. Ele não sabia explicar, mas sentia que suas mãos ficavam
diferentes, ao tocar num recipiente com água. Até a mediunidade
de cura começara a aflorar, além de sua facilidade poética e do carisma
pessoal. Durante todo o tempo da epidemia, ele não parou.
Os médicos ficaram admirados pelo quanto representava um filete
de água que Bittencourt deixava correr pelas faces dos doentes,
quando muitos se curavam. Ele só agradecia a Deus, em preces ditas
em voz alta, para que todos pudessem crer num poder supremo
que ultrapassava a ciência médica.”
Bastante querido pelos seus colegas, colaborou na revista “O
Guaianá” (1856), dos estudantes de Direito, e em outras publicações
literárias de S. Paulo, como em “A Legenda”, nos “Ensinos
Literários” do Ateneu Paulistano, na “Revista Mensal do Ensaio
Filosófico Paulistano”, no “Correio Paulistano”, etc.
“Bittencourt Sampaio era afável com todos, mas de poucos
amigos. Sua conversação não agradava aos jovens e ele não encontrava
assuntos porque o seu interesse era discutir os contrastes
nas teorias de Victor Hugo, o futuro literário tão precário, para ele,
no Brasil, as ideias de George Sand e seus escritos. O único amigo
que acompanhava seus ideais, a respeito da poesia, música etc. era
o senhor Tavares Bastos”.
“Escreveu a música, verdadeiramente inspirada, do Hino
Acadêmico, o gênio de Carlos Gomes, que assim legou á mocidade
do Brasil uma das suas mais emocionantes criações. Quem
quer que tenha percorrido, estudante, os sombrios corredores do
velho Convento de S. Francisco (3), ouve, sempre, com redobrada
emoção, as estrofes cheias de fé, e a música cheia de arrancos
heroicos, do “Hino Acadêmico.” - Spencer Vampré –
Rua Direita (Rio de Janeiro
Segunda metade do século XIX)
Silvan Aragão
Bacharel em Administração, aposentado do
Banco do Brasil, membro do NEPE
(Núcleo de Estudo e Pesquisa do Evangelho)
Bittencourt Sampaio.
20 14 Atração_janeiro fevereiro de de 2022 2022
I Antologia
Poética
EspíritadeSergipe
&Convidados
Organização:
PANIFICAÇÃO PÃO E POESIA
e REVISTA ATRAÇÃO
Atração_ fevereiro de 2022
15
Por Merhy Seba
Perfeição Moral,
muitos caminhos e um
ponto de chegada.
Ribeirão Preto SP BR
Professor de Marketing e Propaganda e Publicitário – Vice-Presidente do Centro
Espírita Meimei, Editor do jornal Roteiro Espírita - Ribeirão Preto-SP
Diante dos inúmeros cenários de desamor na Terra, que
a realidade mundial nos apresenta, falar sobre perfeição moral,
nesse momento, pode parecer impróprio e até mesmo fora de
propósito.
Como iremos atingir esse patamar de perfeição em nossas
vidas se, a todo o momento, vemos desfilar ante nossos
olhos situações de desamor, de crueldade?
Pensando assim, dá impressão que o sentimento de
amor ao próximo fora extinto da Terra, dando lugar ao mal,
relegando o bem a planos inferiores.
Mas não entendemos dessa forma. Embora a escalada
de violência e crueldade campeiem na sociedade humana, a
onda de atitudes no bem é muito intensa. E curioso: enquanto
a primeira situação é repudiada pela Humanidade, a segunda é
aplaudida, desejada e só tende a crescer.
Essa visão de predominância do mal sobre o bem é uma
visão equivocada, que se explica pela ampla divulgação do
mal, enquanto que o bem é pouco divulgado, é silencioso e,
por isso, muitas vezes se oculta aos olhares da multidão.
A destinação do homem na Terra é conquistar a sua felicidade,
embora relativa.
Segundo a Doutrina Espírita, as razões da presença humana
no planeta se prendem ao processo de evolução moral
e à colaboração do homem com o progresso geral. Assim, pelo
mecanismo da reencarnação, o espírito precisa passar por experiências
na matéria, mediante um planejamento reencarnatório
que prevê quando deverá ocorrer, em que família e em
que condições físicas e mentais ele virá, para o ressarcimento
de débitos de existências anteriores. Dessa forma opera a justiça
divina: a cada um segundo as suas obras.
A Doutrina Espírita nos ensina também que, por mais que
sejamos repetentes nos quesitos morais, nós, Espíritos, somos
perfectíveis, isto é, dia chegará que poderemos alcançar a tão
almejada posição de espíritos elevados, por se tratar de um
desiderato divino inexorável.
As ideias só se transformam gradativamente com o tempo.
Assim, o materialismo, que tem sido a fonte principal da
geração e da alimentação do egoísmo e do orgulho, deverá
desaparecer tão logo a humanidade mude a sua visão egocêntrica,
substituindo-a pela do bem coletivo.
O progresso moral, opondo-se ao materialismo, dará ao
homem nova visão da realidade, que, ampliada, tornar-se-á
capaz de eliminar as atitudes de preconceitos de toda ordem
e fará prevalecer os sentimentos de solidariedade que devem
unir a população mundial, como irmãos.
Diz-nos Cora Coralina em sua previsão do futuro que nos
aguarda:
Tempo virá. Uma vacina preventiva de erros e violência
se fará. As prisões se transformarão em escolas e oficinas. E
os homens, imunizados contra o crime, cidadãos de um novo
mundo, contarão às crianças do futuro estórias absurdas de prisões,
celas, altos muros, de um tempo superado.
Muitos são os caminhos para atingir a perfeição moral.
Deus, em Sua infinita bondade, justiça e misericórdia, concede
a cada criatura os recursos para o êxito. E Deus, na condição de
Pai, como nos revelou Jesus, Ele age, por meio das leis naturais
como tal: ama, ampara e quer ver, sem exceção, Seus filhos
felizes!
Contudo, é preciso que a criatura tenha discernimento e
faça escolhas certas nas relações com o próximo, a começar
no ambiente familiar, cuja convivência e conivência não são
casuais, mas previstas nos planos de retorno à vida corpórea,
de pleno conhecimento do reencarnante.
Pense nisso. Pense agora.
Bibliografia
• KARDEC, Allan. Obras da Codificação Espírita.
• CORALINA, Cora. Pensamentos.
16 Atração_ fevereiro de 2022
Centro Espírita que deu origem à cidade de Palmelo completou 93 anos
Fundado em 1929, o Centro Espírita Luz da Verdade, localizado no
município de Palmelo, em Goiás, completou no mês de fevereiro, 93
anos. Com quase um século de atuação, a unidade, que segue a linha
kardecista, continua recebendo diversas pessoas, dentre elas, personalidades
famosas, de todo o Brasil e até mesmo do exterior.
A unidade deu origem à cidade de Palmelo, conhecida como a
capital espírita do Brasil. “As pessoas foram mudando para Palmelo por
conta do Centro Espírita. Vinham pra cá pessoas obsediadas, doentes,
desenganadas por médicos, que iam sarando. Uma parte dessas pessoas
permaneceram e foram formando a cidade. O Centro Espírita foi
formado em 9 de fevereiro de 1929 e a cidade foi emancipada em
1953”, conta o presidente do local, Barsanulfo Zaruh, conhecido como
Barsanulfo de Palmelo.
Frequentador da unidade desde a infância, o líder destaca que o
Centro Espírita Luz da Verdade conta, hoje, com cerca de 350 médiuns,
que realizam atividades de forma voluntária. Durante o atual período de
pandemia da Covid-19, são realizadas reuniões online, com atendimentos
restritos presenciais, como o trabalho de psicografia, orientações e
tratamentos espirituais.
“Hoje o centro conta com escola espírita, abrigo de idosos, faz atividades
de ajuda às mães gestantes e tem o trabalho online, como a web
rádio e o tratamento à distância. As reuniões online chegam a ter 1.800
pessoas ao mesmo tempo”, relata. “Temos em torno de 350 médiuns,
cada um com sua atuação na área social, com doação do seu tempo a
um trabalho totalmente voluntário e gratuito”, acrescenta.
Transcrição parcial do site Diário de Goiás.
https://diariodegoias.com.br/centro-espirita-que-deu-origem-a-cidade-de-palmelo-completa-93-anos/
Atração_ fevereiro de 2022
17
Por Olynthes Corrêa
Aborto e Rejeição
x
Valorização da Vida
Ribeirão Preto SP BR
Graduado em Ciência da Computação, Administração de Empresas e Ciências Econômicas
Atua no Movimento Espírita de Ribeirão Preto-SP
O assunto aborto é um tema polêmico, profundo e
extenso. Aqui cabe um alerta: todo cuidado é pouco para
se abordar esse tema sem causar discriminação. Por isso,
evitarei julgamentos e direitos, apenas trazendo uma reflexão
sobre a valorização da vida e como a Doutrina Espírita
trata esse assunto em O Livro dos Espíritos (Questões 357
a 359).
357. Que consequências tem para o Espírito o
aborto?
"É uma existência nulificada e que ele terá de recomeçar."
358. Constitui crime a provocação do aborto, em
qualquer período da gestação?
"Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma
mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que
tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por
isso que impede uma alma de passar pelas provas a que
serviria de instrumento o corpo que se estava formando."
359. Dado o caso que o nascimento da criança pusesse
em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em
sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?
"Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe
a sacrificar-se o que já existe."
O Espiritismo veio para esclarecer os valores eternos e
a nossa condição de Ser Espiritual Eterno, temporariamente
numa experiência física passageira, revestido por um corpo
material com a finalidade de promover o nosso progresso
espiritual. Assim, todo espírito que ingressa nessa vida, é
para se melhorar, aperfeiçoar-se e evoluir.
O Espiritismo diz que o Corpo Físico é o Santuário do
18 Atração_ fevereiro de 2022
Espírito, daí a questão da valorização da vida. E a vida do
embrião começa exatamente no momento da concepção,
quando a mente do espírito fica acoplada (conectada) à
mente da mãe, dela recebendo a energia psíquica boa ou
má.
O aborto e suas consequências na visão espírita:
O Espírito abortado pode se revoltar contra a mãe e
os que participaram daquele ato. Vejamos o que diz Emmanuel
(Vida e Sexo, psicografado por Francisco C. Xavier, cap.
17, ed. FEB): “Admitimos seja suficiente breve meditação,
em torno do aborto delituoso, para reconhecermos nele
um dos fornecedores das moléstias de etiologia obscura
e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando
vastos departamentos de hospitais e prisões”.
Vejam que ele disse aborto delituoso, ou seja, ilegal,
criminoso. Admitindo, assim, a possibilidade do aborto não
delituoso (Questão 359 acima), o que chamamos normalmente
de aborto legalizado.
Qualquer julgamento que nos ocorra, o que não é o
nosso propósito, lembremos de Jesus: “Eu também não te
condeno; vai e não tornes a pecar.” (João, 8:11).
O compromisso de todos é valorizar a vida, tanto do
embrião quanto da mulher, principalmente para os que já
despertaram para a compreensão ampla da existência do
ser, isto é, para os que se dizem Cristãos.
“O amor cobre a multidão de pecados”, nos ensina o
apóstolo Pedro (I Epístola, 4:8).
Pensemos nisso!
12
https://jacobmelo.com/agenda?page=3
Atração_ fevereiro de 2022
19
Por Halley Ferraro Oliveira
Vampirismo espiritual:
sua ação e danos no corpo
físico e psicossomático
Aracaju SE BR
*Doutorando em Ciências da Saúde *Mestre Ciências da Saúde *Professor Adjunto da UFS *Professor Adjunto da UNIT
“O parasitado sofre duplo desgaste de suas energias mentais e vitais e o
parasita cai na sua dependência, perdendo a sua capacidade individual de
sobrevivência e conservação” (J. Herculano Pires - “Parasitas e vampiros”).
Se você tem estes sintomas de forma intensa
e relevante: sono irresistível, mãos “defendendo”
algum chacra, necessidade de comer doce, acordar
quase sempre de mau humor, carência afetiva, descompensação
energética constante, vivência sexual
fora do corpo físico (quem vê pornografia e sonha
com sexo tendo a nítida sensação de ter feito sexo
com vívidas percepções), lazer nunca é suficiente,
mudanças repentina de humor, dificuldade em instalar
alguma defesa energética, indisposição física
crônica – cuidado! Você pode estar com obsessão
ou em um processo de vampirismo. O vampirismo,
metaforicamente, é o termo empregado no estudo
espírita para designar o processo de parasitismo psíquico.
No parasitismo, o parasita (hóspede) causa
dano sugando a energia do outro organismo (hospedeiro).
No parasitismo psíquico, a energia envolvida é
a vital, e é sempre danoso para todos os envolvidos.
Nesse caso, espíritos desencarnados, almas encarnadas
e a mistura dos dois se nutrem da força vital de
suas vítimas, comumente em associação a prazeres
viciosos (bebidas, drogas, sexo). No vampirismo há
uma conexão entre as formas de pensamentos de
um indivíduo para outro. Havendo receptividade e
hospedagem entre elas, lá instalam as bases dos filamentos
e depositam as larvas mentais (fluidos perniciosos)
cujos efeitos são sempre nocivos 1 .
Para tratar a obsessão, varia de acordo com o caráter
que ela reveste 2 . A libertação (desobsessão) e
prevenção contra qualquer tipo de assédio obsessivo
estão no fortalecimento das virtudes e correção das
imperfeições 1 . Orai e vigiai, mas, às vezes, precisamos
dos amigos espirituais (passes e desobsessão)
para ajudar.
Não podemos e não devemos esquecer jamais,
que há vampiros nos dois planos existenciais da VIDA
- dos encarnados e desencarnados, que sugam ou
podem sugar a energia de seus desafetos e/ou incautos
que vivem possibilitando a abertura psíquica
emocional, mesmo que involuntariamente.
É aquela história. Orai e Vigiai, sempre.
1 LUZ ESPÍRITA. Vampirismo. Disponível em: https://www.luzespirita.org.br/index.
php?lisPage=enciclopedia&item=Vampirismo#:~:text=Vampirismo%20%C3%A9%20
um%20tipo%20de,em%20associa%C3%A7%C3%A3o%20a%20prazeres%20viciosos.
Acesso em: 18 fev. 2022.
2 Kardec, A. O livro dos médiuns, Cap. XXIII, item 249
20 Atração_ fevereiro de 2022
Vitória Barreto
Aracaju - Sergipe
Membro e vice-presidente da ALES.
Também é membro da ALEJ
Professor e Cordelista
Júnior do Cordel
Jaguaribe - CE
Quem Sabe?
Sergipe serviu de ventre
De berço e maternidade
Para a centelha Divina
Ser de escol que, em verdade,
Legou-nos com saber raro
Senhas para eternidade.
Na província de Laranjeiras,
A Atena Sergipana,
O filho de um português
Homônimo, de alma branda,
Eis o Bitencourt Sampaio
Forte expressão veneranda.
Tão longe de mim, quem sabe,
O vejo em nobre legado
Político, Jurisconsulto,
Jornalista, literato,
Alto funcionário público,
Poeta lírico afamado.
Como enfim não me encantar
Com tanta habilidade,
Compromisso, disciplina,
Poder, fama, humildade,
E, sobretudo, luz Divina,
Asas da mediunidade.
Todo onze de fevereiro,
No céu não precisa ensaio,
Para a fonte que o inspirou
Eu clamo, rogo e não saio,
Recolho-me e parabenizo,
Louvo ao Bitencourt Sampaio.
Poeta e Escritor
Euvaldo Lima
N. Sra da Glória - SE
DEGUSTE MINHA POESIA
Quanto eu fui
insensível
(Acesse a página 25)
Euvaldo Lima
O Pequeno Diminuto
Bittencourt Sampaio é um espírito de escol. Atuou como jurisconsulto, magistrado,
político, jornalista, literato e espírita vinculado a grupos que originaram a FEB.
Publicou o livro A Divina Epopéia de João Evangelista. Esta obra pioneira somente veio
a ser editada pela FEB no ano de 1938, com o título de A Divina Epopéia.
Autor da música “Quem Sabe?” e musicada pelo célebre Carlos Gomes, seu
amigo. Música de sucesso nacional interpretada por cantores de renome. Para quem
não se lembra, uma “palhinha”:
“Tão longe de mim distante,
Onde irá, onde irá teu pensamento...”
Bittencourt Sampaio
Atração_ fevereiro de de 2022 21
Por Tâmara Mannis
Transtorno Explosivo
Intermitente:
SÍNDROME DO PAVIO CURTO
Aracaju SE BR
*Doutorando em Ciências da Saúde *Mestre Ciências da Saúde *Professor Adjunto da UFS *Professor Adjunto da UNIT
A instabilidade emocional demonstrada pela inesperada
expressão de raiva é um acontecimento muito comum,
e alguns podem até dizer “natural”. Em algumas pessoas,
particularmente, estas explosões de raiva se tornam tão
repetitivas que acabam por caracterizar as mesmas como
aquelas que têm “sangue quente”, “pavio curto”, ou mesmo
que se encontram “na gota d’água”.
Atualmente, a ideia prevalente e a crítica realizada é
a de que tais pessoas necessitam de maior, e/ou melhor,
inteligência Emocional. Destacamos que os episódios de explosões
raivosas podem ocorrer nas relações sociais, profissionais,
afetivas (conjugais) e/ou familiar, o que acaba por
prejudicar cada um desses âmbitos, quiçá, todos.
Em um mundo globalizado, onde temos infinitas possibilidades
de comunicação, a habilidade de administrar suas
próprias emoções se tornou fator relevante para o sucesso
individual e profissional. Dessa forma, o autocontrole emocional
é requisito para alguém ser mais do que simplesmente
bem-sucedido, mas para, primordialmente, o seu
bem estar pessoal e social.
Abaixo pontuamos os principais sintomas:
• Perda de controle da agressividade superior a 2 vezes
por semana;
• Ataques de agressividade não premeditados desproporcionais
ao evento que o desencadeou;
• Sentimentos de culpa, vergonha, arrependimento,
depois de um certo tempo, em relação aos ataques agressivos;
• Presença de familiares que apresentem caracterís-
ticas semelhantes;
• Crises de agressividade impulsivas, repentinas;
• Destruição de objetos e propriedades;
• Comportamento precedido de sensações físicas
como: forte tensão, formigamento, tremores, palpitações,
aperto no peito, tensão nas costas, pressão na cabeça, pensamentos
raivosos que os levam a fortes impulsos de agir
agressivamente;
• Relatam vontade de “matar alguém”, “necessidade
de ferir ou atacar”, ou frases como “é como um pico
de adrenalina” ou “como se eu estivesse com sangue nos
olhos”;
• Sensação de alívio imediatamente após crise.
No entanto, quando se fala em controlar as emoções,
é preciso que não se confunda o controle emocional (para
evitar as explosões) com ficar isento de emoção demonstrando
indiferença irreal, pois é quase impossível alguém
conseguir não se mobilizar emocionalmente diante de um
estímulo de média ou alta intensidade que provoque a tão
temida alteração emocional. Todavia, analisando e ponderando
a intensidade das emoções, com auxílio de um
profissional da área de saúde mental como psicólogos e
psiquiatras, mediante observação e alguns possíveis exercícios
com a finalidade de reconhecer quando o controle vai
sair das mãos, é possível dominar tanto a expressão verbal
quanto a corporal indesejada e desqualificada. Técnicas respiratórias
e de relaxamento oferecidas, por exemplo, pela
Yoga, também são de grande importância na busca pela
manutenção do equilíbrio em toda e qualquer situação.
22
Atração_ fevereiro de 2022
CRÔNICA
Para frasearmos de princípio, cito José de Alencar:
“As mulheres são as flores da terra- rosas perfumadas que ocultam entre as folhas os seus
espinhos.”
E ao pensarmos nessa comparação do ilustre poeta, viajaremos no território delas, as mais belas
da flora natural - as flores! As mulheres somente seriam um passo maior na magnitude da criação
de Deus.
As flores são excelência na natureza, elas não somente enfeitam ou decoram, mas são reprodutoras
de frutos e sementes gerando uma continuação de suas espécies. Se diversificam em tamanhos
e formas, cores e aromas, beleza e essências majestosa de lugares específicos da vida. Algumas
com características instigantes, pois muitas delas nos servem de alimentos, como chás medicinais e
comestíveis que além de embelezar o prato é acompanhante de carnes, frangos ou peixes.
Que delícia, que prazer!!! Hora soubera somente que enfeitavam a mesa da sala, e até um tanto
para embelezar na hora da morte.
Mas, deveras esse assunto não nos interessa, por trazer um tanto de tristeza e desconforto. Certa
vez perguntei a uma pessoa que vendia flores.
Que sensação teria ao ser comerciante de flores? Imediatamente me respondeu:
_ É só um comércio, mas devo confessar que são lindas. E ela ainda me acrescentou:
_Mus pais eram desse ramo. Antigamente vendíamos mais, pois toda dona de casa as comprava
par decorar sua casa. E ainda muitos eram buquês de presente. Hoje isso não acontece! Isso
me deixou, de certa forma, triste e cheguei à conclusão de que poucas pessoas não veem nas flores
o verdadeiro sentimento, além de embelezar. Mas continuei a questionar sobre algumas espécies.
Então, vamos adiante o assunto a tratar são flores!
Continuei a questionar e ao fiz outras perguntas.
_ Qual ou quais são as mais vendidas? Então ela abriu um sorriso e me disse:
_ Depende! Rosas para os românticos, lírios para as senhoras e palmas.
E continuei a conversa, parecendo um repórter ou uma aluna em pesquisa de campo. E falei a
vendedora:
_ Minha maior tristeza é vê-las morrerem. Precisam de cuidados, não acha?
_ Sim, as flores são sensíveis demais , veja só:
Umas merecem muitos cuidados, outras nascem até no meio do nada (devemos essa aos pássaros),
já algumas são tão melindrosas que passam um ano para retornar a nascer. Por exemplo:
A Azaleia é uma flor que pode ficar em ambiente interno e externo, porque gosta de estar exposta
a luz, e sua floração é abundante. Já a Hortência é uma flor também que gosta de muita luz, mas
demora a nascer, como as orquídeas, contudo essas são muito delicadas e caras, olhou pra mim e
sorriu!
Seguiu sua fala, como se quisesse me dar aulas... Mas realmente fiquei empolgada, pois estava
no lugar que amava- perto das flores! E a deixei falar mais sobre. Acredito que minha importunação
já não era mais indesejada. E ela continuou
Os Antúrios são flores mais para decoração e se vê em muitos jardins. Os copos de leite são
flores com que muitas noivas gostavam de levar às mãos em seu casamento. E as Camélias flores
que muitos homens roubavam dos jardins para ofertar às donzelas, antigamente. E o Cravo que iam
às lapelas dos cavalheiros. E assim os populares como as Margaridas e as Dálias. Bem... gostaria de
saber algo mais?
_ Não, imagina! Acredito ter tomado muito seu tempo. E agradeci, levando uns lírios para casa.
E fui embora pensando: Não importa se grandes se pequenas, estejam em cachos ou ocupam
pouco espaço no vaso de tão minúsculas, ou mostram em jardins de praça pública, se enfeitam vasos
ou defuntos, enfeitam, sua grandeza é sua beleza e seu perfume. Não importa a estação, suas cores
transmitem magnitude, nunca tristeza e sim paixão!
As flores trazem consigo as belas histórias de amor. Ainda pergunto:
_ Existem pessoas que não gostam de flores?
Flores
A Beleza
das
ESCRITORA
Irinéa Borges Carvalho, nasceu em Santos,
estado de São Paulo. Formou-se na
Universidade Federal de Sergipe -UFS, no Curso de
Licenciatura Plena em Português/Francês.
Pós graduada em Português/Literatura, Supervisão e
Administração Escolar e em
Gestão Escolar. Confreira de duas Academias: ALVP
-Academia Literária de Vida de Propriá e
AJLA - Academia Japoatenense de Letras e Artes .
Atração_ fevereiro de 2022 23
Por Joacenira Oliveira
A ideia inata de Deus
São Pedro do Sul RS BR
Graduada em Ciências Econômicas (UFSM), Especialização em Ciências da Religião (UFS) e Mestrado em Sociologia (UFS).
Palestrante espírita e monitora de estudos espíritas vinculados à Federação Espírita Brasileira. Acadêmica da Academia de
Letras Espíritas do Estado de Sergipe (ALEESE).
A história da humanidade demostra que a crença na e-
xistência de um ser supremo, o qual, nas mais variadas culturas,
é designado Deus, é pura intuição que o homem tem
desde as épocas mais remotas de sua evolução na Terra. O que
os povos antigos não podiam explicar, tudo que representava
um poder maior, que não compreendiam, devia ser obra de
um poder sobrenatural, que todos temiam.
“Toda a Humanidade primitiva acreditou nos deuses do
mal, nas potências das trevas” (Léon Denis, Cristianismo e
Espiritismo, p. 109).
Havendo deuses, havia atos de adoração às divindades,
atos de adoração ainda muito materiais e exteriores mas já
com esse movimento de reconhecer ou de buscar reencontrar
um ser superior.
Herculano Pires, em sua obra O Espírito e o Tempo, aborda
a questão da ideia de Deus através do homem, em diferentes
fases, o que ele chama de “horizontes”. O autor apresenta 05
horizontes: o horizonte tribal, o horizonte agrícola, o horizonte
civilizado, o horizonte profético e o horizonte espiritual.
No primeiro momento, horizonte tribal, o autor fala daquela
adoração bem rudimentar. É aquele momento em que o
homem faz determinada oferenda de proteção para qualquer
ameaça desconhecida. Não tendo desenvolvido seu psiquismo,
o homem interpreta todas as coisas em termos exclusivamente
humanos.
O horizonte agrícola é caracterizado pelo cuidado com o
controle da chuva, do calor, da fertilidade da terra, das sementes.
Nesse horizonte, busca-se a proteção em forma de
rituais de benzedura, de rogativas e súplicas para atender às
necessidades de manutenção de uma forma mais organizada
de subsistência. O exame do horizonte agrícola nos remete à
natureza agrária dos deuses bíblicos, Javé ou Jeová, e à submissão
dos homens a esses Deuses.
Com a evolução, tivemos fases mais civilizadas. No horizonte
civilizado aparecem chefes respeitados como deuses.
Nós já havíamos instituído alguém que nos representasse e
que referenciam Deus em nosso nome. Podemos remeter esse
momento à era dos oráculos: todos que procuravam os oráculos
acreditavam em força sobrenatural. Aqui, a divindade pode
falar por si mesma, como pode estar encarnada no santuário,
no templo, na pitonisa ou nos elementos da natureza.
Segue o homem na sua caminhada e alcança o horizonte
profético, que são aquelas fases em que profetas já apresentam
algum juízo ético, que já começam a trazer para nós algumas
definições, por exemplo, como o ser humano devia se
comportar com a sua vida de relação na sociedade e com sua
vida íntima. A exemplo dos ensinamentos trazidos pelo profeta
Moisés no Monte Sinai. Nesse horizonte, começa a raiar uma
nova perspectiva, a do horizonte espiritual.
O horizonte espiritual aparece com Jesus, marcando um
novo ciclo histórico no Ocidente. O Deus-Pai de Jesus transcende
os deuses do passado, as divindades pagãs, por isso o
Deus do Evangelho não é guerreiro, mas amoroso e justo; não
faz discriminação, não exige culto exterior, não quer lugares
específicos para adoração.
A Doutrina Espírita, em todo o seu arcabouço filosófico,
científico e religioso, assinala a culminância do horizonte espiritual
que se abre sobre todos os horizontes anteriores.
“Deus não é uma forma humana, não é uma figura mitológica,
não é um símbolo. Deus é a realidade fundamental,
a Inteligência suprema, a fonte de que surgem todas as coisas”
(Léon Denis, Cristianismo e Espiritismo, p. 69).
Deus é Espírito, e como Espírito deve ser adorado.
Na questão 649 de O livro dos Espíritos tem-se: “A
adoração consiste na elevação do pensamento a Deus”. No
mesmo livro, na questão 650, encontramos a seguinte afirmação:
“A adoração está na lei da natureza, é um sentimento
inato do ser humano”.
Bibliográfia:
Bibliografia:
PIRES, Herculano José. O Espírito e o Tempo. 13. ed. São Paulo: Editora Paidéia Ltda,
2019.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 6. ed. São Paulo: Mundo Maior Editora, 2012.
24
Atração_ fevereiro de 2022
QUANTO EU FUI
INSENSÍVEL!
Ex- presidente da Federação
Espírita do Estado de Sergipe e militar
reformado das Forças Armadas
(Exército Brasileiro).
Nos deixou em janeiro de 2019,
seguindo para a pátria espiritual,
Ele, deixou grandioso legado em
forma de exemplos à
todos que fizeram
parte de sua convivência
direta e indiretamente.
A sua participação efetiva Junto
ao Movimento Espírita Sergipano
Foi intensa efetiva e constante.
Esteve sempre apoiando a todos que
precisassem de uma mão amiga.
Esteve sempre ao lado dos dirigentes
em quaisquer situações.
As caravanas que partiam de
Aracaju rumo ao interior, contavam
com sua presença e seu apoio.
A Doutrina Espírita era sua bandeira
e seu porto seguro. A Federação, era
sua base de reflexão e crescimento
Junto aos companheiros de ideal.
Seu ideal sempre foi o de fomentar o
crescimentoda Doutrina
em todos os sentidos.
Ao demorar perceber
Ao longo do meu caminho
As plantinhas sem espinho
Como que a me dizer:
— Receba o nosso carinho
Jamais se veja sozinho
Nós estamos com você.
Que lição de humildade
Trago daquelas plantinhas
Quais passei tê-las por minhas
Pela doçura e bondade
Horas abandonadinhas
Pisadas, sujas, sozinhas
Vivas pra sociedade.
EuvaldoLima
Nossa Senhora da
Glória - SE
E enquanto lhes resta vida
Nos brindam com todo amor
E até pra quem as pisou
Essas centelhas queridas
Se expõem sem mudar de cor
Emitem todo o fulgor
Até seu final de vida.
Que eu perceba e valorize
Toda benção Divinal
Que rega o meu ideal
E me priva de deslize.
Que eu cresça de forma tal
Que o meu consciencial
Nunca mais me ponha em crise.
PEQUENO DIMINUTO
SERGIPE_Brasil
Atração_ fevereiro de 2022 25
És minha alegria, meu sacrifício, caminho para realização
dos meus sonhos que, como partes iguais, são nossos.
O filho jamais se separa do ventre que o gerou e do
coração que nunca deixa de amá-lo.
Se estás perto, unificamo-nos na formação biológica
criada por Deus; se distante, a minha essência capta os mais
profundos anseios de tê-lo junto ao coração. Chego a ouvir
tua voz e sentir teus passos bem próximos a mim, tamanha
é a força espiritual que nos une.
Ah, filho! Quanta espera! Como é dolorido vê-lo partir
em busca das verdades que habitam a tua alma! Uma vez li
uma frase de Chico Xavier que diz: “Tudo o que te pertence
sempre encontrará um meio de chegar até você”. No inconsolável
silêncio, guardei-a como esperança consoladora que
alimenta a fé. Assim, passo a entender os passos de Jesus
para refazer os meus.
Filho, as lágrimas, o sorriso, as lembranças são partes
de um todo que sempre pode ser recriado. Você, filho, é o
eterno que habita para sempre dentro de mim.
Com amor, mamãe Marcia
(Para que os filhos entendam o tamanho do seu valor dentro de cada lar, de cada família).
Marcia
Nunes Barreto
Formação acadêmica: tecnóloga em
Radiologia. Atualmente, exerço a função de
técnica em Radioterapia no Hospital João Alves
Filho/HUSE. Nasci em Cedro de São João. Desde
tenra idade sou agraciada por sensibilidades
espirituais, as quais, após falecimento do meu
filho Erick, tornaram-se mais evidentes. Passei
a registrar essas manifestações porque sei que
em algum lugar elas servirão de toques de
energias positivas e consoladoras.
26 Atração_fevereiro de 2022
Um jovem sergipano surge, no cenário da educação brasileira,
fazendo sucesso dentro do universo de mentes promissoras.
Estamos falando do itabaianense Filipe Nunes Rezende,
que, ao longo dos anos, vem se dedicando e se aprofundando
nos estudos, visando cursar a MEDICINA.
Aos 17 anos, ele demonstra todo seu potencial ao conseguir
a MAIOR NOTA DO BRASIL EM MATEMÁTICA, deixando sua
família e toda Itabaiana orgulhosas.
Parabéns ao Colégio Alternativo,
por fazer parte dessa história!
Ele nos revelou que não cansa de enaltecer e agradecer o
Curso e Colégio Alternativo, de sua cidade, pelo carinho, apoio
psicológico e acolhimento. E mais ainda: agradeceu todo apoio
obtido através dos experientes profissionais que fazem aquela
instituição de ensino, durante o seu pré-vestibular, ali realizado.
É inegável a presença positiva e motivadora desse jovem
de sucesso para todos os jovens de nosso estado, assim como o
Alternativo, que é mais que um colégio, é uma família geradora
de possibilidades na efetivação do sucesso de cada jovem que
ali aporta.
Parabéns, Filipe, por todo sucesso!
Atração_ fevereiro de 2022 27
Por Dra. Telma Mª S Machado
Difração, obediência
e resignação
Aracaju SE BR
Diretora de Comunicação da Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas (ABRAME), Graduada em Ciências Biológicas e
em Direito, Pós-Graduada em Direito Processual Público, Juiza Federal da Seção Judiciária de Sergipe, Mestre em Filosofia,
Difração é um termo conhecido da Física, o qual pode ser
definido como a capacidade da onda de contornar obstáculos,
ou seja, quando ela se choca com um obstáculo que possui uma
abertura com dimensões comparáveis a seu comprimento, as
partes da Professor
onda que passam pelo espaço aberto alargam-se e
atingem as regiões opostas ao obstáculo
Gonçalo
1 .
Em relação à onda sonora, a seguinte contextualização
auxilia a compreensão de quão interessante é essa ocorrência:
“duas pessoas separadas por uma parede. Sabendo que a difração
ocorre Ferreira com os fenômenos Melondulatórios podemos prever
que é possível as duas pessoas dialogarem perfeitamente, pois
as ondas sonoras contornam o obstáculo e chegam aos ouvidos
da outra pessoa” 2 .
Conforme foi dito acima, a difração ocorre com qualquer tipo
de onda. A propriedade desses movimentos ondulatórios foi estudada
em 1803, pelo cientista Thomas Young, que logrou, por
meio de um experimento, demonstrar que a luz é um movimento
ondulatório que também sofre difração, ao fazer com que
feixes de luz passassem por uma pequena e estreita abertura e,
com um anteparo localizado do outro lado, viu que não aparecia
somente uma linha reta, mas um conjunto de várias faixas com
diferentes intensidades. 3
Muitos termos afetos aos vários ramos da ciência podem ser
utilizados metaforicamente para auxiliar a compreender alguns
sentimentos. E a difração é uma deles, eis que o ser humano
somente evolui à medida que não se deixa paralisar pelos obstáculos/desafios
do percurso, obtendo e espargindo luz, mesmo
que seja por uma mera fresta, tal como se observou no comportamento
das ondas luminosas no experimento.
A Doutrina Espírita, por esclarecer com precisão irrepreensível
a gênese e a finalidade do sofrimento, inclusive quanto
a ser consequência inafastável das nossas ações, recompõe a
esperança de que sempre é tempo para a autoiluminação, não
obstante a provisoriedade de sombras densas que ocultam, mas
não removem a luz para a qual todos caminhamos inexoravelmente.
No item 4 do capítulo V de O Evangelho Segundo o Espiritismo,
intitulado “Bem-Aventurados os Aflitos”, encontra-se a
explanação de que as vicissitudes da vida promanam de duas
fontes bem diferentes: umas têm causa na vida presente; outras
remontam a existências anteriores. Mas, no item 9 do mesmo
capítulo, há a ponderação de que não se pode crer que todo
sofrimento suportado neste mundo denote a existência de uma
determinada falta, uma vez que muitas vezes são simples provas
buscadas pelo Espírito para concluir a sua depuração e ativar o
seu progresso. 4
Há de se indagar, então, de que forma, em nossa jornada
evolutiva, a difração atuará metaforicamente. Ou seja, como não
nos deixarmos inibir, aprisionar e anular diante da dor, talvez o
obstáculo mais temido pelos humanos?
No capítulo IX, item 8, também de O Evangelho Segundo
o Espiritismo, sob o título “Obediência e resignação”, aprendemos
que essas duas virtudes são companheiras da doçura,
muito ativas, embora haja quem as confunda com negação de
sentimento e de vontade, o que denota ausência de compreensão
sobre a riqueza de sentimentos que elas refletem. É que a
“obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento
do coração, forças ativas ambas, porquanto carregam
o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair” 5 . A
razão e o “coração”, conjuntamente, proporcionam a reflexão
sobre as causas dos sofrimentos que visitam o nosso percurso e
permitem-nos reconhecer que o amor a Deus, a si e ao próximo
é a mais eficaz estratégia para vencer os desafios existenciais.
Nas experiências citadas nos primeiros parágrafos deste artigo,
viu-se que, pela difração, as paredes não impedem que
ouçamos e sejamos ouvidos e nem que se tenha uma plêiade de
faixas de luz, com intensidades diversas, mesmo que passando
por uma diminuta abertura. Se abrirmos, ainda que minimamente,
os ouvidos e olhos do Espírito, ouviremos sons antes i-
naudíveis e veremos alguns espectros de luz que as nossas sombras
escondiam. Persistindo nessa decisão, a audição e a visão,
cada vez mais apuradas, nortearão passos resolutos ao encontro
do nosso desiderato de deuses, sal da terra e luz do mundo.
1 JÚNIOR, Joab Silas da Silva. O que é difração?. Brasil Escola. Disponível em: https://
brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-difracao.htm. Acesso em 29 de maio de
2021.
2 Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/o-fenomeno-difracao.
htm>. Data do acesso: 29 mai. 2021.
3 Idem.
4 Capítulo V, item 9 de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
5 Capítulo IX, item 8 de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
28 Atração_ fevereiro de 2022
Mês de fevereiro, um mês promissor para os que
fazem a Doutrina Espírita. Todos receberam um
presente, que foi o lançamento da obra do nosso
incansável seareiro do Cristo, FREDERICO MENEZES
Frederico
Menezes
No DIA 09 DE FEVEREIRO DE 2022, o GEAP, pode desfrutar
do LANÇAMENTO e PALESTRA do nobre e positor.
A renda obtida, foi revertida em benefício das obras do
complexo de saúde da Casa do Caminho
Atração_ fevereiro de 2022
29
Por Silvan Aragão
TOLERÂNCIA SIM,
CONFORMISMO JAMAIS
Aracaju SE BR
Bacharel em Administração, aposentado do Banco do Brasil, membro do NEPE
(Núcleo de Estudo e Pesquisa do Evangelho) Bittencourt Sampaio.
A tolerância é uma virtude recomendada por Jesus, já
que ninguém é perfeito: “Não julgueis para que não sejais
julgados, pois [...] com a medida com que medis sereis
medidos” (Mt 7:1-2). Por isso devemos ser tole-rantes
(indulgentes, misericordiosos, clementes) com as falhas
(distrações ou incompetências) do mecânico que faz a
manutenção da aeronave, mas intolerantes com a manutenção
imperfeita, a que puser em risco desencarnes
evitáveis. No mesmo passo, devemos dispensar tolerância
ao mentiroso, jamais à mentira, afinal, importa a morte do
pecado, não a do pecador (Lc 15:7,10).
Um equívoco ocorre quando a tolerância se confunde
com um estagnante e nocivo conformismo.
Allan Kardec, o emérito codificador da Doutrina Espírita,
perguntou aos mentores espirituais¹:
Por que, neste mundo, os maus exercem geralmente
maior influência sobre os bons?
- Pela fraqueza dos bons. Os maus são intrigantes
e audaciosos; os bons são tímidos. Estes, quando
quiserem, assumirão a preponderância.
De fato, em nossa sociedade, o cumpridor da lei dos
homens ainda é considerado um chato, um “cri-cri”, um
radical, e até um otário. Um exemplo bem atual é a não
adesão à vacina protetora, ou pelo menos minimizadora
da contaminação pelo COVID-19. E, em nome da tolerância,
do não radicalismo, a saúde pública vai sendo minada
e as variantes do vírus agradecem, porque “os bons são
tímidos”. Isso se aplica aos danos ambientais, às vagas de
estacionamento para preferenciais, à ocupação gratuita dos
espaços públicos etc.
Quando os verdadeiramente cristãos vão assumir a
política partidária? Ou mesmo as instituições não consideradas
plenamente dignas? Quando elas virão a sê-lo se
os bons não deixarem de ser tímidos? Se pela conveniência
ou pela filosofia do “politicamente correto” os bons não
exigirem o cumprimento das leis, dos estatutos e regula-
mentos, quem os exigirá? Ao que exige é declarada guerra
pelos infratores e logo lhe chegam as palavras “deixa para
lá”, “não vale à pena”, “não brigue”... E, assim, “tudo fica
como dantes no quartel de Abrantes”.
Para quê a Constituição? Para quê o Estatuto? Para
quê o Regulamento? Para quê a Lei se o procedimento for
estabelecido a partir da interpretação ou do interesse de
uma pessoa ou, no máximo, de um grupo? Dessa forma
tudo ficaria sujeito à força física. Quando não se tem argumentos
eleva-se a voz, ameaça-se, agride-se.
O normativo humano, assim como tudo o que existe
no Universo, está sujeito à divina Lei de Progresso e, por
isso, passível de aperfeiçoamento. Mas, enquanto esse não
ocorre, “CUMPRA-SE”. A propósito, vale lembrar o Senador
Ulysses Guimarães sobre a nossa Constituição Federal de
1988: “Quanto a ela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir,
jamais. Afrontá-la, nunca”. Se a lei dos homens é imperfeita,
porém é indispensável até o longínquo dia em
que seremos regidos tão somente pela Lei Divina.
Disse Jesus: “Seja, porém, a vossa palavra sim,
sim; não, não; o que excede disso é o mal” (Mt. 5:37). E o
evangelista João, em desdobramento mediúnico, ouviu de
Jesus a Palavra de Deus que o mandou escrever, dentre
outras coisas, ao Anjo da Igreja em Laodiceia: “Conheço
tua conduta: não és frio nem quente. Oxalá fosses frio ou
quente! Assim, porque és morno, nem frio nem quente,
estou para te vomitar de minha boca. (Bíblia de Jerusalém,
Ap. 3:15-16).
Os Mentores Espirituais, em resposta à questão
975 de O Livro dos Espíritos (op. cit), escreveram que “[...]
o Espírito sofre por todo o mal que fez ou do qual foi o
causador involuntário, por todo o bem que, tendo podido
fazer, não o fez, e por todo o mal que resultar do bem
que deixou de fazer.” (grifo nosso)
Logo, tolerância sim, conformismo jamais!
(1) KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 56. ed. São Paulo: LAKE, 1997, Q. 932.
30 Atração_ fevereiro de 2022
Scarlati
fala de
Sou um ser que busca...
Na longa caminhada, setenta e sete anos (idade
cronológica. Idade espiritual, vinte anos), isso é paradoxal!
Nas minhas reminiscências, vejo minha avó Filomena comentando: “O corpo envelhece,
mas o espírito não”.
Sigo caminhando e buscando… Vejo placas com os dizeres: “Siga em frente”, “Não
desista”, “Você vai conseguir”...
Acelero o passo. Quero chegar logo e me descobrir. De repente, uma encruzilhada.
Será o fim da busca? Da jornada? As setas continuam indicando “Siga em frente”.
A alma questiona: E agora? O coração bate forte, descompassado. Não sei qual
direção seguir. Então, quase escondida pela vegetação, vejo outra placa. Passo minhas
mãos para limpar a poeira, e aparece o que nela está escrito: RETORNO.
Olho ao redor. Somente eu e a encruzilhada. Decido que é hora de retornar.
Começo a procurar o caminho de volta, mas é a mesma estrada cujas placas dizem:
“Siga em frente”… Vou com passos lentos, pois quero recordar o máximo que puder
do que vi e vivi.
Às vezes, distraímo-nos com coisas do dia a dia, mas há um plano superior para
cada um de nós. Não existe ferramenta mais valiosa do que o conhecimento da palavra
de DEUS. Isto, somente percebi com o meu retorno.
Os valores aprendidos com meus pais. As orações na hora do jantar e as máximas
que tanto minha avó gostava de falar, as lições tiradas e guardadas na memória.
No meu retorno, fui percebendo as coisas que não tinha visto enquanto “seguia
em frente”: as flores, o cheiro da terra, o canto dos pássaros, casas tão humildes com
pessoas de sorriso largo e cheio de esperança.
Vou diminuir os passos para melhor sorver o que estava esquecido. É como passar
por vários portais e suas exigências:
PORTAL 1 - Flores multicoloridas e perfumes diferentes, mas nenhum se
sobressaía;
PORTAL 2 - Exalam cada qual seu próprio perfume;
PORTAL 3 - A fonte de águas límpidas e a conversa do MESTRE com
Sulamita;
PORTAL 4 - Rosa negra encontrada só nas montanhas altas do
planeta Terra;
PORTAL 5 - Quebra dos laços ilusórios;
PORTAL 6 - Encontro com o verdadeiro EU;
PORTAL 7 - Retorno para a casa do PAI.
No “atrio” dos portais, senti o despertar da consciência, a
sensação de renovação interior, causada pela descoberta da
Luz, da Vida e do Amor de DEUS, que tão somente através
da religião, seus símbolos, experiências, rituais e objetivos
comuns o homem consegue perceber sua infinitude, e que ele
não está só. Vive em uma Pátria espiritual, e numa comunidade
de confiança, fé e esperança.
A escritora Marilene é paulista e
oriunda de uma família tradicional
de 400 anos de história. Criadora do
Jornal PET NEWS, radialista com experiência
no Diário do ABC paulista
e na Rádio Cultura de Aracaju. Foi
TUTORA à Distância da Universidade
Federal de Sergipe, Universidade
Aberta à Terceira Idade.
Eu continuo minha caminhada... RETORNO
Atração_fevereiro de de 2022 31
Por André Ricardo
Paulo de Tarso, Maria
Madalena e a questão
da prostituição
São Paulo SP BR
Doutor em sociologia pela USP, professor associado do Departamento de Sociologia da UFSCar,
integrante do paulistano Núcleo Espírita Coração de Jesus e autor do e-book: “A veracidade e
conexões da obra Paulo e Estêvão”, disponível gratuitamente em: http://www.oconsolador.
com.br/editora/evoc.htm
No capítulo 20 do livro Boa Nova, psicografado por Francisco
Cândido Xavier, o espírito Humberto de Campos revela
que Maria Madalena era a mulher pecadora e anônima, que -
dentro da casa do fariseu Simão, na cidade de Naim - lavou em
lágrimas, ungiu com perfume e secou os pés de Jesus, usando
seus próprios cabelos (Lc 7, 33-50). Ela era, portanto, a prostituta
retratada no Evangelho de Lucas:
Maria de Magdala ouvira as pregações do Evangelho
do Reino, não longe da vila principesca onde vivia
entregue a prazeres, em companhia de patrícios
romanos [grifo meu], e tomara-se de admiração pelo
Messias. (...) Decorrida uma noite de grandes meditações
e antes do famoso banquete em Naim, onde ela
ungira publicamente os pés de Jesus com os bálsamos
perfumados de seu afeto, notou-se que uma barca tranquila
conduzia a pecadora a Cafarnaum. Dispusera-se
a procurar o Messias, após muitas hesitações. Como a
receberia o Senhor, na residência de Simão [apóstolo Pedro]?
Seus conterrâneos nunca lhe haviam perdoado o
abandono do lar e a vida de aventuras. Para todos, ela
era a mulher perdida [prostituta], que teria de encontrar
a lapidação na praça pública (Xavier, 2013, p. 128).
Já no capítulo 10 da segunda parte da obra Paulo e Estêvão
- ditada por Emmanuel e psicografada também por Chico
Xavier (2013, p. 466) - Paulo de Tarso se refere - com profundidade,
à prostituição condenando o machismo - ao se contrapor
à hipocrisia de quem o criticava pelo fato de ele recorrer a
Popeia Sabina (esposa do imperador Nero) para buscar, em
Roma, a libertação do, então, aprisionado apóstolo João Evangelista:
“Irmãos, é indispensável compreender que a derrocada
moral da mulher, quase sempre, vem da prostituição do homem
[grifo meu]”.
Mas o convertido de Damasco foi além. A cidade grega
de Corinto, onde ele formou comunidade cristã e viveu por quase
dois anos, tinha dois portos marítimos e, portanto, recebia
muitos estrangeiros 1 , contendo diversos templos, dentre eles
o dedicado à deusa da sexualidade Afrodite. Seu culto implicava
em relações sexuais, envolvendo cerca de mil prostitutas
cultuais, que, para serem identificadas na sociedade e como
forma de estigma, tinham a cabeça raspada 2 . Para que elas
pudessem também ser acolhidas e participar de reuniões na
comunidade cristã, sem serem identificadas e discriminadas,
Paulo de Tarso prescreveu e registrou na Primeira Carta aos
Coríntios (capítulo 11, versículos de 2 a 6) o uso do véu a todas
as mulheres da comunidade, algo que ele não fez em relação a
nenhuma outra igreja formada, dada a peculiaridade da cidade
grega. Isto evidencia o respeito do apóstolo dos gentios por
aquela marginalizada condição feminina, em consonância com
o excerto do livro Paulo e Estêvão, acima reproduzido.
Vale lembrar que, tanto Madalena quanto o tecelão de
Tarso foram discriminados pelos apóstolos, ela pela vida pregressa
de meretriz e ele por ter sido, efetivamente, assassino,
torturador e perseguidor de cristãos, ainda conforme a obra de
Emmanuel. Ambos foram também desacreditados após seus
respectivos encontros espirituais com Jesus, ela por ocasião da
ressurreição e ele após visão em Damasco. Os dois (ele muito
mais do que ela) se equivocaram e responderam por isso, abraçando
devotadamente o apostolado do Evangelho. Mostraramnos
que muito mais importante do que aquilo que cada pessoa
foi é o que ela se tornou. Tanto Maria de Magdala quanto Paulo
de Tarso, cada qual a seu modo, lidaram com a questão da
prostituição e têm muito a nos ensinar em prol da cristã eliminação
de preconceitos cultural e historicamente arraigados.
Referências bibliográficas:
XAVIER, Francisco Cândido. Paulo e Estêvão. Pelo espírito Emmanuel.
45ª edição. Brasília, FEB, 2013.
_______. Boa nova. Pelo espírito Humberto de Campos. 37ª edição.
Brasília, FEB, 2013.
1 O fato de ser uma localidade portuária, cabe dizer, estimulava a prostituição.
2 Ver: https://reavivadosporsuapalavra.org/2015/03/25/o-uso-do-veu-corte-epintura-do-cabelo-1co-113-15/,
assim como: https://metamorfosecrista.wordpress.
com/tag/prostitutas-de-corinto/ e: https://leituraorante.comunidades.net/47-usodo-veu-e-cabelos-segundo-1-corintios-11.
Acesso: 28 de dezembro de 2021.
32 Atração_ fevereiro de 2022
32
https://www.linkedin.com/pulse/sugest%25C3%25A3o-de-pauta-2022-um-ano-para-recordar-
Sugestão de Pauta 2022: um ano para recordar Chico Xavier
Resumo: Federação Espírita Brasileira prepara diversas atividades ao longo de 2022
em homenagem ao médium que psicografou mais de 450 obras em 30 idiom
Atração_fevereiro de de 2022
33
Por Antônio Saracura
O Itabaianista
Coringa joga pelo Salário
Itabaiana SE BR
Romancista, Contista, Cronista e Poeta, Formado em Administração pela Universidade Federal de SE
Membro da Academia Itanbaianense de Letras e da Academia Sergipana de Letras
Coringa era um atleta
Do time do Itabaiana
Um dos melhores que havia
E por isso pegou fama
Depois jogou no Bahia
No Vitória e pertencia
À Seleção Sergipana.
De uma vez, o contrato
Com o Itabaiana expirou
O salário que queria
Não queria o diretor
Que ofereceu a metade.
Com muita difi culdade,
Por fi m, Coringa assinou.
Daí pra frente, Coringa
Começou a não render
Perdia gol sem motivo
Brigava sem ter por quê
Ao pegar uma contusão
Demorava um tempão
Só sarava sem querer.
O diretor Jaconias
Procurou o jogador:
— Por que o seu futebol
Que era bom, se acabou?
Coringa disse a verdade:
— É o futebol da metade
Que o time contratou.
Isaias Marinho
34 Atração_ fevereiro de 2022
(Aracaju 2014. Livre adaptação do caso Momentos, do livro Causos de Itabaiana Grande, de José Augusto Baldock).
*OPORTUNIDADE ÚNICA*
Grupo Som em Movimento
https://youtu.be/b7XAzR9BL-c
[VÍDEO OFICIAL] Sentimento de Jesus
Sentimento
de Jesus
Recentemente, o Grupo Som em Movimento,
esteve lançando seu novo CLIPE que está fazendo
grande sucesso junto ao seu público alvo.
Assista, curta e viaje no mundo da música que
o levará ao encontro com o CRIADOR
"Existe um sentimento
No qual Jesus falou
Que vem tocar a alma
De cada sofredor
Levando o alimento
E a paz a quem o renegou
Mas a cada amanhecer
Tens uma nova chance
Para amar como Jesus amou"
VOCÊ pode sentir e descobrir
o SENTIMENTO DE JESUS.
É chegado o momento de
buscar a verdadeira
felicidade e de entender
"O verdadeiro sentindo de viver"
Laura Lins
Lúcio Lins Renato Araújo
36 Atração_ fevereiro de 2022
Esta é a Família Monteiro, a matriarca, dona Vicentina Monteiro, ao centro, de roupa verde, da esquerda para direita a professora Tereza Monteiro,
autora do presente texto, professora Rita Monteiro, José Lusmar Monteiro, médico naturista, Maria das Graças Monteiro, desembargadora Federal do Trabalho,
Dona Vicentina, a empresaria Fátima Monteiro, professor e advogado Francisco Paulo Monteiro, também conhecido como prof. Pimpão,
Adalberto Monteiro empresário do ramo Imobiliário e Ana Monteiro, Oficial de Justiça no Rio de Janeiro.
Queria pedir perdão a minha mãe por não conseguir falar sobre ela usando apenas
minhas próprias palavras, pois a dor é tão grande que não aperta só meu peito
mas também meu sistema nervoso central a ponto de travar a minha inspiração
para escrever. Assim, tive que me apropriar de alguns trechos dos textos postados
por netos e sobrinhos.
Começando pelas palavras do nosso primo José Mauro Oliveira, quando ele
disse: ¨Morre uma Fortaleza”. É verdade José Mauro, ela era uma pessoa muito forte,
superou muita coisa ruim e triste por causa dessa fortaleza, principalmente as perdas
de entes queridos e as doenças que de vez em quando insistiam em derrubá-la.
Já a Ana Cristina em seu texto, fez um verdadeiro retrato falado de minha mãe,
falou sobre sua voz mansa, sobre os conselhos dados, sobre a importância da oração
nas nossas vidas, em que devemos rezar até cair os queixos quando queremos
conseguir alguma coisa. Falou ainda sobre o medo que ela tinha de morrer porque
não sabia se no Céu tinha comida.
Assim mesmo era a dona Vicentina, era tão esposa, tão mãe, tão avó, tão tia
e tão madrinha a ponto de confundir a cabeça de todo mundo. Por um lado, o José
Mauro achava que ela também era mãe dele, por outro lado, bastou ela ser madrinha
do primogênito da família Saldanha para os demais filhos e netos até hoje a
chamarem de madrinha Vicentina e somente agora, por ocasião do seu desencarne
o Alberto Cesar atentou que ninguém sabia quem era mesmo o verdadeiro afilhado.
E por causa de toda essa confusão de parentesco e sentimentos, trouxe também
as palavras da Ivone Medeiros, quando ela escreveu “ Hoje o sentimento que
me vem é que enterramos uma outra parte de nossa história... sinto os nossos laços
familiares entrando em extinção”. Mas eu trouxe esse trecho para pedir, para pedir
não, suplicar, não vamos deixar nossos laços familiares entrarem em extinção. Como
dizia a mamãe “ se Deus quiser e ele quer” isso não vai acontecer.
E continuei sem palavras para falar sobre ela...
Ai, me veio a lembrança do tema da redação de quando fiz vestibular “Aos
Filhos só podemos dar duas coisas: raízes e asas “. Fiz minha redação na maior facilidade
do mundo porque me mirei nela, na minha mãe, que conduziu com tanta
maestria a criação de doze filhos, e ela nem conhecia esse pensamento filosófico,
apenas utilizou-se da Pedagogia do Amor para regar nossas raízes e fortalecer nossas
asas.
Como não tinha conhecimentos acadêmicos em Psicologia da infância e Psico
logia da adolescência, ela usou métodos errôneos mas eficazes, métodos
assertivos mas ineficazes e método dos corretos e eficazes. Dentre esses
métodos posso citar os vários conselhos que ela nos dava. Dentre eles
tem um que nunca esqueci: “ Cuidado! Não vão fazer besteiras por aí, pois
vocês são pobres e a única coisa que tem a zelar é o nome de vocês”. Eu
penso, que esse conselho foi a linha mais forte que ela usou para costurar
nossas asas.Como falava a minha mãe “ Oh abuso!” dessa história de
método de educar! Porque se você me perguntar qual o método que
minha mãe usou para nos educar? Eu respondo que foi o método CPA –
Cuidar, proteger e amar. Cuidar com toda dedicação, proteger como uma leoa
e amar incondicionalmente.
E continuei sem palavras.... Aí apelei para o Santo.
Ai me vieram as palavras de Santo Agostinho....
A morte não é nada.
Eu somente passei
para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês,
eu continuarei sendo.
Me dêem o nome
que vocês sempre me deram,
falem comigo
como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo
no mundo das criaturas,
eu estou vivendo
no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene
ou triste, continuem a rir
daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.
É nessa certeza que você, mãe, está
apenas do outro lado, é que todos os dias
vou te pedir a benção para você me responder
com a ladainha que usava para
abençoar a todos: Deus te abençoe, Deus
te dê alegria, Deus te dê saúde, Deus te
dê amor, Deus te dê paz, Deus te dê união
e somente para mim, acrescentava Deus
te dê juízo.
Autora do presente texto
professora Tereza Monteiro
Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi,
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.
A vida significa tudo
o que ela sempre significou,
o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora
de suas vistas?
Eu não estou longe,
apenas estou
do outro lado do Caminho…
Você que aí ficou, siga em frente,
a vida continua, linda e bela
como sempre foi.”
Atração_ fevereiro de 2022 37
Por Said Pontes de Albuquerque
La Ne-Perforta
Komunikiĝado kaj Esperanto
Falando em Esperanto
TRADUÇÃO desse texto, VIDE página 31 (seguinte), dentro da faixa VERDE.
B. Horizonte MG BR Servidor aposentado da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais.
Antes de trabalhar nessa instituição, era Professor licenciado em Física. É associado à União Espirita Mineira,
que conheceu em 1975, quando iniciou os primeiros estudos de Esperanto.
La nuntempeco alportas defiojn antaŭ la
vivkondiĉoj kaj sociaj strukturoj hereditaj de ĉiuj
homoj ekde ties naskiĝtago. La informoj disvastigataj
per la amaskomunikiloj bone montras
la situaciojn de streso, kiu regas la socion, same
kiel la konsekvencojn de la perfortoj, antaŭjuĝoj,
malriĉeco, kaj foresto de moralaj valoroj.
Multaj homoj elektas plezurajn kompensojn
por anstataŭi aŭ kvietigi la intimajn maltrankvilojn,
esprimante ribeliĝan sintenon kontraŭ
la moroj kutime starigitaj de la socio. Aliaj alprenas
religiojn celante transpasi seniluziiĝojn. Aliaj,
tamen, sekvas siajn intuiciojn pri la ekzisto de io
pli transcenda al la materiaj postuloj de la vivo.
La spiritualismaj movadoj jam de longe
anoncas novan tempon, kiam la spiritualeco estos
la ĉefa motoro por instingi la homan vivon elekti
pli kompletan vivstilon, bazitan sur la idealoj de
ne-perforto, de altruismo kaj kompato, de ia religieco
ne ligita al trudoj kaj estontaj rekompencoj,
al multfacetaj ektimoj kaj riproĉoj.
Prezentiĝas la kampo de memkonado kaj
de novaj formoj de komprenpovo, jam ellaboritaj
ekde la jaroj 60-aj de la pasinta jarcento. Temas
pri movadoj kiuj iras kaj reiras. Kelkfoje ili
alportas disociajn malkonsentojn, alifoje unuecon.
Ekestis la hipia movado, la okcidenta malfermiĝo
al la orienta mistiko, al la budhismaj konoj kaj al la
jogo-filozofio, same kiel konstruiĝis la sistemaj kaj
integraj scioj pri la vivo, pri la psikologio kaj pri la
ekologio.
La idealoj altiras, sed al ili kondukas la
38 Atração_ fevereiro de 2022
praktikoj, ĉar tiuj ĉi estas la veraj rimedoj por la
memedukado. Inter la tiurilataj transformaj agantoj
mi citos almenaŭ tri el ili, pro ilia renoviga kaj
unuiga karaktero. Unue, mi mencias Spiritismon,
kiu malfermas novan kampon, konsolan, pritraktantan
la evoluon de la estuloj, la universalajn
leĝojn, la ekziston de la spirito, kaj kiu klarigas,
ke la instruoj de la Kristo estas bazo por la atingo
de vivo sana kaj plena.
Mi ankaŭ citas la Ne-Perfortan
Komunikiĝadon, prilaboritecon disvolvitan de la
psikologo Marshall Rosenberg en la jaroj 60, por
perado ĉe komunikiĝo, kiu helpas la homojn ĉe
la kapablo aŭdi kaj paroli, reliefigante kvalitojn
de la koro kaj la ligitecon kun si mem. Ĝi ebligas
la manifestiĝon de ia natura paca kondiĉo kiu
forrifuzas internan perforton. Tia sciado, granda
stimulo por faciligo de la interrilatoj kaj por mempliboniĝado,
iom post iom disvastiĝas en la mondo.
Laste, mi elstarigas Esperanton, rimedon
por distingiĝa komunikado, kiu celas alproksimigi
la homojn kun nuligo de la linkvaj
kaj kulturaj baroj, ebligante efektivajn kondiĉojn
por kunfratiĝado inter ĉiuj. Laŭ siaj celoj, ĝi kontribuas
por la unuiĝo de la koroj kaj elmontras la
naturan fakton, ke ni apartenas al granda monda
familio, kun reala potencialo por solidareco kaj
frateco, kaj kiu portas interne de si neestingeblan
lumon, heredaĵon de la Primara Kreiva Fonto.
Vide tradução na PÁG. 39 (no quadro verde): Amor em vez de medo
A Comunicação
Não-Violenta e o Esperanto
Os tempos atuais trazem desafios diante das condições
de vida e estruturas sociais herdadas por todos
seres humanos desde seu nascimento. As informações
divulgadas pelos meios de comunicação traduzem bem
as situações de estresse a que a sociedade se submete,
bem como as desastrosas consequências da violência, dos
preconceitos, da pobreza e da escassez de valores morais.
Muitos buscam compensações prazerosas para substituir
ou aplacar as inquietações íntimas, expressando
atitudes de rebeldia contra os valores sociais tradicionalmente
aceitos. Outros, abraçam correntes religiosas procurando
ultrapassar desilusões. Outros, contudo, dão vazão
às intuições de que algo mais existe além das injunções
materiais da vida.
Os movimentos espiritualistas falam de um novo
tempo em que a espiritualidade será a tônica principal a
motivar a vida humana, acalentando a expectativa de uma
vida mais integral, baseada nos ideais da não-violência,
no altruísmo e compaixão, e em uma religiosidade não
sujeita às imposições de recompensas futuras, aos medos
e repressões multifacetados.
Apresenta-se o campo para o auto-conhecimento e
de novas formas de compreensão já desenvolvidas desde
os anos 60 do século passado. São movimentos que vêm
e passam. Às vezes podem trazer dissociação, outras vezes
integração. Vimos o surgimento do movimento hipie, a
abertura ocidental à mística oriental, aos conhecimentos
budistas e à filosofia iogue, bem como o estabelecimento
de visões sistêmicas e integrais da vida, da psicologia e
da ecologia.
Os ideais atraem, mas a eles conduzem as práticas,
pois são elas os verdadeiros recursos para a conquista
do auto-aprimoramento. Queremos destacar pelo menos
três diferente tipos de agentes transformadores, por seu
caráter renovador e aglutinador. Primeiramente, o Espiritismo,
que abre um campo novo, consolador, sobre a
evolução dos seres, sobre as leis universais e a existência
do espírito, e que esclarece que o ensinamento do Cristo é
a base para uma vida plena e saudável.
Citamos, também, a Comunicação Não-Violenta, uma
abordagem desenvolvida pelo psicólogo Marshall Rosenberg,
nos anos 60, para mediações na comunicação que
auxiliam os indivíduos na habilidade de ouvir e falar,
dando ênfase ao coração e à conexão consigo mesmo,
e permitindo a eclosão de uma condição passiva natural
com rejeição da violência interna. Esse conhecimento, um
grande aliado para a pacificação das relações e para o
auto-aprimoramento, tem-se progressivamente espalhado
no mundo.
Por último, destacamos o Esperanto, um meio de
comunicação por excelência, que objetiva aproximar as
pessoas vencendo as barreiras linguísticas e culturais, e
estabelecendo condições reais para confraternização entre
todos. Por seus objetivos e qualidades excepcionais, ele
propicia a união dos corações e realça a condição natural
de pertencermos a uma grande família universal, potencialmente
solidária e fraterna, e que traz no recôndito do
ser a luz imperecível, herança da Fonte Criadora Primordial.
Said Pontes de Albuquerque
A poeta cordelista registrando sua luta constante, para que todos possam erradicar
completamente os atos de violência contra as mulheres, valorizando-as sempre
Estar no Canta Nordeste/ É grande honra
pra mim/Que sigo a representar/A minha
amada BOQUIM. (Gratidão a toda equipe deste
maravilhoso programa)
E olha a nossa Cordelteca Foco no Cordel da
Esc. Munic. Dep. Lourival Baptista sendo
reconhecida pela Academia Brasileira de
Literatura de Cordel!!! Salve a todos que
apreciam e apoiam a nossa Literatura!!!
Gratidão a toda equipe da Escola Padre
Gumercindo pela maravilhosa receptividade e
pelo incentivo à nossa Literatura de Cordel!
Sucesso à toda equipe!!!
Atração_ fevereiro de 2022 39
Atração_ fevereiro de 2022 39
Por Paiva Netto
O equilíbrio como
objetivo
Rio de Janeiro RJ BR
José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor. paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
O mundo físico não mais evoluirá sem o auxílio flagrante
do Mundo Espiritual. Eis o grande ensinamento que as nações
aprenderão no transcurso do terceiro milênio.
O sentido lato de cidadania
O amadurecimento crescente de um povo, que
está descobrindo os seus direitos de cidadão, ainda
que tardiamente, porquanto mais de dois séculos
após a Revolução Francesa, o fará finalmente concluir
que nenhum país pode, na verdade, desenvolver
seus talentos se continuar subsistindo como uma vasta
senzala de senhores e escravos, ou fechar-se feito
uma ostra xenófoba ou abrir-se de forma temerária, a
ponto de perder sua identidade, sua soberania.
A compreensão das massas ir-se-á maturando
até que entendam o valor da cidadania, no sentido
lato, pois não é suficiente considerar o cidadão apenas
no seu contexto físico, mas também no espiritual,
pois qualquer componente dos grupos humanos
é, em resumo, constituído por corpo e Alma. Afinal,
somos na origem Espírito. Eis o significado completo
de cidadania, que não pode admitir tão só o analfabetismo
das letras humanas, como igualmente a ignorância
dos assuntos espirituais. O desconhecimento
desta realidade sobre a qual acabamos de discorrer
favorece a incrementação das ações causadoras da
fome, do desemprego, do sectarismo, do frio ideal individualista,
isto é, ególatra, a promoção do escárnio
com os que sofrem na sociedade, porque riqueza e
pobreza situam-se dentro do ser humano. Exteriorizá-
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las, ou não, depende da mentalidade e de fatores
culturais (no futuro, marcadamente espirituais), que
precisam ser exercitados. Essa é uma situação que
não afeta unicamente o Brasil, é mundial: durante
gerações foi-se oferecendo à grande parte das crianças
e dos jovens pouco mais que lixo.
Depois, há quem se surpreenda com o resultado
obtido por tão funesta sementeira, a cultura do crime,
que se compraz no conflito entre povos, ou mesmo
no seio das famílias, verdadeiras guerras civis não
declaradas, da qual a mocidade é a principal vítima
(Apocalipse, 8:7), a causar outras tantas em todas
as classes. “Primeira Trombeta — O primeiro anjo
tocou a trombeta, e houve saraiva e fogo de mistura
com sangue, e foram atirados à terra. Foi, então,
queimada a terça parte da terra, e das árvores, e
também toda a grama verde (a infância e a mocidade).”
Não basta levantar o vidro do carro. É suicídio
desviar a atenção dos fatos. Nunca foi eficiente esconder
a cabeça na areia, como o avestruz.
Estamos corpo, mas somos Espírito
Urge, com presteza, mudar a mentalidade que
entroniza o delito como exemplo, a exploração como
meta, a apatia diante do erro como “boa” acomodação
da existência, para que alcancemos uma
ordem social justa, produto da ação decisiva de
comunidades eficazes, fraternalmente combativas,
e de um governo, seja qual for, que tenha decididamente
como objetivo fazer progredir a população
de seu país, antes que grande parte dela se
fine, ou seja, quase isso, pela subnutrição física ou
mental, pela desesperança que lhe aponta, muitas
vezes como solução, à violência. Entretanto,
sob qualquer pretexto, jamais devemos abrir mão
do auxílio magnânimo dos amigos do etéreo supremo,
daí a Revolução Mundial dos Espíritos de
Luz, os quais apropriadamente chamamos de
anjos guardiães. Aliás, na verdade, concreto é o
espírito, não querendo afirmar que o corpo, sua
vestimenta, deva ser criminosamente desprezado.
Ensinam os mais velhos que “saco vazio não se
põe de pé”. Tenhamos, pois, o equilíbrio como objetivo.
Contudo, a Alma não pode ser, de maneira
alguma, menosprezada, porquanto, para argumentar,
podemos dizer — estamos corpo, mas somos
Espírito. A nação que compreender e administrar
essa verdade empolgará e governará o mundo. A
própria ciência o proclamará. Depois de Einstein
(1879-1955), onde se escondeu a matéria?
O outro lado da moeda
O outro lado da moeda não é nada apreciável:
o clamor do desespero acumulado durante séculos,
pronto a explodir. Não é sem propósito esta
meditação de Bonaparte (1769-1821): “Cada hora
perdida na juventude é uma possibilidade de infortúnio
na idade adulta”.
Busquemos o MUNDO NOVO
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nossas ALMAS
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Ora, isso também se aplica às nações que
nascem, crescem, tornam-se maduras, quando colherão
o que houver plantado nas fases anteriores,
se não souberem, mais que honrá-lo, sublimar
seu patrimônio espiritual, humano e social. Eis o
desafio a ser vencido no campo da educação: o
de aliar à instrução a espiritualidade. Tenho plena
certeza de que o Evangelho e o Apocalipse, longe
de abomináveis fanatismos, proporcionam uma estrutura
espiritual, psíquica e ética para que ocorra
essa transmudação, cuja hora é chegada, mais que
isso, urgentíssima.
Atração_ fevereiro de 2022
41
Por Domingos Pascoal
De onde vem tanta
violência?
Aracaju SE BR
Formado em Filosofia e Ciências Jurídicas e pós-graduado em Gestão de Pessoas, Advogado, Jornalista e ocupante
da cadeira nº 17 da Academia Sergipana de Letras. Membro da Associação Cearense de Escritores - ACE
De onde vem tanta violência? Muitos já têm
feito esta pergunta. E aí, hão de indagar: e por que
você está fazendo-a novamente?
Sinceramente? Não sei. Talvez baseado na
afirmativa de que a pergunta suscita dúvida, causa
expectativa, cria probabilidades, gera esperanças,
faz pensar e provoca movimento; ou talvez, por
constatar que as grandes evoluções da humanidade
aconteceram a partir de perguntas simples e objetivas.
Não são apenas as respostas que impulsionam
o conhecimento, pois elas não existiriam sem
as perguntas. Concluo, deste modo, que o determinante
é a pergunta, e não a resposta. Logo, talvez
por isso, quase sempre, inicio os meus textos com
uma indagação.
Quanto a esta inquirição que foi feita acima,
concordo que é um pouquinho difícil respondê-la
com precisão. De onde vem a violência que impera
entre nós? Por que somos violentos? A resposta que
nos parece mais óbvia, pois é aquela que permeia
o nosso ambiente social é: de que somos violentos,
porque somos animais, agimos, muitas vezes por
instinto como eles − afirmamos isto com o dedo
inquisidor apontando para os outros, os chamados
animais irracionais como se eles fossem a justificativa
para nossos atos. A meu ver, nós, homens,
é quem somos os agentes e os pacientes de toda
esta bestialidade, e não os pobres dos irracionais.
Ou seja, nós, seres com razão, seres pensantes,
achamos que a nossa violência vem dos bichos,
dos brutos, dos selvagens. Existem até sinônimos
da palavra violência relacionando-a diretamente
com os pobres e indefesos que habitam as nossas
selvas. Por exemplo, quando queremos justificar os
nossos exageros, as nossas violências, dizemos que
aquilo foi horrível, animalesco, animalejos, foi uma
atitude animália; aquilo foi uma bruteza, uma brutalidade,
uma feridade, uma fereza, ou ferocidade
e, por fim, ação de selvagem: uma selvageria.
Todas essas palavras, com sentido pejorativo,
determinem as nossas atrocidades, a nossa truculência,
nossa violência. São aquelas palavras e
seus derivativos que nós usamos para qualificar
aqueles que, diferentemente de nós, não têm o
dom da razão.
Será que aqueles, os chamados irracionais,
são verdadeiramente violentos ou apenas se defendem?
São violentos ou apenas atacam se têm
fome? Procedem assim pelo instinto, por necessidade
ou por autoproteção? Será que agem com violência
de modo gratuito, como fazemos nós, ditos
civilizados e racionais. Quero dizer que os animais,
por
mais brabos que sejam só usam do expediente
da “violência” para se defender e para sobreviver?
Por acaso já viram algum animal matar por matar?
Repito, a não ser para se alimentar ou para se defender.
O homem, ao contrário, mata somente por
matar. Concluo, por isso, que não é do irracional
que vem a violência. Ela tem outra origem, muito
mais próxima de nós do que pensamos. Aliás, a
violência vem de nós mesmos; somos nós − e não
os pobres e indefesos.
Só para refletirmos mais ainda, faço outra
pergunta: “Seria possível enumerar a quantidade
de violências que praticamos todo dia, entre nós
mesmos, em nossos relacionamentos, em nossas
casas, nas ruas, em nossos trabalhos?” Por mais
que nos policiemos, de vez em quando escapa um
pouco de “bílis” e alguém sai machucado. No que
diz respeito à nossa escola primeira, o nosso lar,
por sorte nas famílias mais bem-estruturadas há
um tímido cuidado, e, por isso, minimiza-se um
pouco. Porém pensemos naqueles, ricos ou pobres,
que às vezes nem lar têm nos porões do desamor
e da ignorância? Ali, moram juntos, têm filhos e
constroem a violência e os violentos do amanhã.
Lamento concluir que somos nós, e não os irracionais,
os responsáveis por tanta violência neste
mundo.
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