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R E V I S T A
ISSN 2763-9487 46ª Edição - Outubro 2021
Ciências: Magnética e Espírita
O Magnetismo
Resolve...
ENXAQUECA?
Nunca mais!
Lei de
Justiça,
Amor e
Caridade
Enfermidades
cruéis dilacerando
e abreviando
a existência na Terra
Atração_ outubro de 2021
1
Festival de
Poesia
Falada
é realizado
no
Povoado
Baixa Verde
É no caminho do esperançar que seguimos e convidamos cada
202
Atração_outubro outubro de 2021
A noite do último domingo, 03/10/21, ficará marcada na memória e
nos anais da história de Monte Alegre de Sergipe e do Povoado Baixa Verde.
Nesta noite, ocorreu a 2ª edição do Festival de Poesia Falada da Baixa Verde
(FESPOFABV). Esse tipo de evento ocorria de modo regular há muito tempo
atrás, mas com o passar dos anos a tradição foi sendo quebrada. Hoje, registramos
a permanência de três Festivais de Poesia Falada em nosso estado,
nos municípios de Estância, Japaratuba e Propriá. Sendo o de Estância
inspiração para uma das idealizadoras do projeto “De Mãos Dadas com a
Poesia”, Maria Eduarda, desenvolvido na Escola Municipal Antônio Barbosa
do referido povoado, criar, junto a outros jovens, este Festival. Diga-se de
passagem, ele veio para ficar. Em 2019, ocorreu a primeira edição do FESPO-
FABV, mas devido à pandemia não foi possível realizá-lo em 2020.
Nesta edição, o Festival recebeu inscrições de pessoas de diferentes lugares,
sendo textos de Poetas em Geral, tais como: Aquidabã, Carira, Monte
Alegre de Sergipe, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora das Dores, Nossa
Senhora Aparecida, Porto da Folha, São Cristóvão, Bahia, Vitória – ES, Estância,
Itabaiana e Capela. Vale ressaltar que o Festival é dividido em duas
categorias: Poetas do Ensino Fundamental e Médio e Poetas em Geral, mas
por não haver as aulas presenciais só foi contemplada a categoria “Poetas
em Geral”.
O evento contou com o apoio da Lei Aldir Blanc que foi implementada
pela Prefeitura Municipal de Monte Alegre de Sergipe e a Secretaria Municipal
de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo com comando da Secretaria Especial
da Cultura do Ministério do Turismo.
Durante o evento houve apresentação musical do artista Jhony Santos
com um repertório eclético.
Em uma noite regada por declamações realizadas pelos(as) finalistas
ou intérpretes, através de vídeos, ficamos conhecendo as ganhadoras.
1º Lugar – CONSUELO PAGANI VIEIRA MACHADO – Vitória-ES - NAS
ASAS DA POESIA
2º Lugar - JOSEANE DIAS SOARES – Estância-SE - EM MAIS UM DIA
DE PANDEMIA
3º Lugar - MARIANE FERREIRA DE ANDRADE – Povoado Segredo –
Aquidabã-SE - ORGULHO DE SER NORDESTINO
INTÉRPRETE - ANDERSON MARTA VALFRÉ - NAS ASAS DA POESIA
Em um espaço acolhedor, autoridades e amantes das letras se
reuniram para acompanhar as apresentações. Dentre elas destacamos
Marinez Silva Pereira Lino, Prefeita Municipal; Antônio Gomes,
Vice-prefeito; vereadores Ariosvaldo Dantas, Jailson Nunes e Robson
Soares; José Correia Filho, ex-prefeito; Aliny Kelly Amorim
Santana, Secretária Municipal de Educação; Matheus Borges, exsecretário
municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo; Lucas
Lamonier, escritor e vice-presidente da Academia Gloriense de Letras;
moradores da comunidade; professoras (Geilza e Maria José)
e funcionários da Escola Municipal Antônio Barbosa, dentre outras
pessoas.
É no caminho do esperançar que seguimos e convidamos cada
um a apoiar e seguir junto conosco. Vida longa ao FESPOFABV!
Carlos Alexandre N. Aragão
Coordenador do Festival
um a apoiar e seguir junto conosco. Vida longa ao FESPOFABV!
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Atração_ outubro de 2021 3
O SUCESSO
SEMPRE
ACOMPANHA O
A Psicóloga LILIANA FÁBIA é bastante
atuante naquilo que faz com dedicação e prazer.
LilianaFábia
O talento aqui representado,
é a alagoana Liliana.
Especializada nas áreas de
Desenvolvimento Humano e Psicologia.
Tem formação em Psicologia das Emergências e Desastres,
além de especialização em Gerontologia pela
UNCISAL( Universidade Estadual de Ciências da Saúde
de Alagoas), com participação e implementação como
uma das membros fundadoras do Grupo de Envelhecimento
Ativo da Santa Casa de Misericorida de Maceió
por mais de 10 anos, com programas de psicoeducação
para a promoção de práticas para um envelhecimento
saudável para centenas de idosos.
REVISTA
O magnetismo de Deus em nossas vidas
46ª Edição - Outubro de 2021
Revista Atração, ano 04 nº 46
ISSN 2763-9487
Aracaju - Sergipe - Brasil
É um veículo destinado a promover e fortalecer o Movimento Espírita, assim como
levar a ciência Magnética ao conhecimento da humanidade em prol da saúde física e
espiritual no cenário mundial. Visa também consolidar o intercâmbio doutrinário em
favor da humanidade, resultante da união das duas ciências.
COLABORAM NESTA EDIÇÃO:
Antônio Francisco (Saracura), Domingos Pascoal, Jacob Melo, Célia Mônica, Rita
Freire, Euza Missano, Telma M S Machado, Silvan Aragão, Lourdinha Lisboa, Graziela
Nunes, André
4
Ricardo,
Atração_
Telma Costa, Said
outubro
Pontes de Abuquerque,
de 2021
Joacenira Oliveira,
Paiva Neto, Prof. Halley F. Oliveira, Mehry Seba, Ana Paula Costa Rodrigues
ACESSE NOSSO SITE E DEGUSTE AS EDIÇÕES
www.revistaatracao.com.br
atracao.magnetismo.emrevista@gmail.com
Publicidade / Contato
Fones: (79) 99650.4887 oi
Diretora Responsável
IVONETE SANTOS CONCEIÇÃO
Editor
ISAIAS MARINHO CONCEIÇÃO
Revisor(a)
GRAZIELA NUNES
Diagramação
BERGSON MARINHO
Atendimento ao Leitor:
CÉLIA MÔNICA pedagoga e poetisa
Nossa CAPA
A CAPA, traz a presença
da professora e
advogada Ana Paula
Costa Rodrigues, que
com seu dinamismo e
alegria, vem chamar a atenção de todos para
o despertar, do real valor que devemos dar à
saúde em todos os sentidos.
Ela, por ser detentora de um coração magnânimo,
aceitou o convite para se fazer presente
nessa edição da revista Atração, com sua
beleza e carisma sempre contagiante, mesmo,
tendo que abordar um assunto que atinge a
muita gente - a ENXAQUECA.
Conversa com o LEITOR
Admirável sacada de MESTRE
Quero aqui chamar a atenção dos amigos e, ao mesmo tempo, revelar o meu
contentamento com o artigo do amigo/irmão Jacob Melo, escrito na 45ª edição da
Revista ATRAÇÃO, de setembro de 2021.
O artigo por ele escrito foi pequeno e de uma felicidade sem tamanho. Aparentemente
nada tem de novo, pois já conhecemos de cor e salteado o assunto abordado.
Porém, o que me chamou a atenção foi o TÍTULO. Uma escolha, uma sacada de mestre!
Afirmo isso porque sou publicitário e, como tal, vi ali os insights dos grandes criadores
do marketing profissional. Claro que Jacob não teve este objetivo profissional.
Olha... Eu aplaudi de primeira e me peguei lendo por três vezes, indo além. O
artigo incentivou-me a escrever este editorial pela grandeza da chamada. Para quem
não se recorda, vou lembrar o título do dito artigo escrito por Jacob: “A CHAVE QUE
ABRE” – extraído da lição 555 de O Livro dos Espíritos.
Mas não foi só isso que me fez escrever sobre o artigo. Quero ENFATIZAR e corroborar
com o objetivo do mestre Jacob Melo. Pois o conteúdo, já conhecido por todos
que buscam estudar com profundidade a Doutrina dos Espíritos, leva-nos à reflexão
sempre que voltamos a lê-lo.
Vou repetir aqui um trecho de suas palavras:
“Sim... O Magnetismo é uma das chaves mestras nas investigações sérias que se
precise fazer, tanto no sentido espiritual como nas ciências humanas”.
Isso me levou a outra reflexão. Vamos entender:
Nós, magnetizadores, costumamos trabalhar a prática magnética na casa espírita,
pelo ambiente e apoio espiritual, além de sermos espíritas, o que é lógico e
vem sendo uma constante. Só houve mudança com a presença da pandemia, pois nos
levou a trabalhar à distância.
Então, meus amigos, ao desempenhar a prática magnética na casa espírita, por
inúmeras vezes, a espiritualidade benfeitora vem em nosso auxílio, levando-nos a
atender os pacientes de maneira segura e com resultados excelentes.
Aí vocês poderiam até dizer que não fomos nós, mas a espiritualidade que fez
o trabalho. Afirmo que não. Eles não vão fazer o que compete ao encarnado realizar.
Vamos entender melhor: se nos processos magnéticos, ensinando e atendendo
ao mesmo tempo, o que podemos afirmar sobre a presença espiritual nos apoiando?
Que isso significa uma verdadeira autenticação espiritual, com seu respaldo
ao nosso ideal magnético, afirmando que estamos no caminho certo.
Conclusão: a Ciência Espírita e a Ciência Magnética fortalecem este parentesco e
parceria de sucesso visando ao bem comum. Completam-se e se explicam uma pela
outra. Entenderam a essência da obra do Criador? É como se fosse um entrelaçamento
fluídico magnético entre encarnado e desencarnado durante os trabalhos.
Mas é bom enfatizar que a espiritualidade fica a postos, como se fosse fiel
guardiã da Divina Providência.
Pergunto: Será que a Espiritualidade Superior (de luz) estaria
corroborando com o nosso propósito, se essas duas ciências não
fossem irmãs e benfeitoras?
A hora é de somar, multiplicar e buscar a valorização do ideal
espírita com o fortalecimento da união das duas ciências irmãs.
Parafraseando o Dr. Paulo César Fructuoso, “Mais cedo ou mais tarde,
todos serão alcançados pela verdade, porque a ciência jamais deterá sua
marcha”. Eu complementaria: Com a adesão racional e equilibrada, que
será uma realidade a curto e médio prazo, em favor da humanidade do
mundo de regeneração.
O TEMPO DIRÁ, e os que se interpõem
se renderão à verdade.
Isaias Marinho
AQUI está
meu Contato
TELMA COSTA
telmacosta_escritora@hotmail.com
Tel.: 79. 98829-9773
Que ENSINA
Obra
“Estela e Serafim, uma sensível
HISTORINHA, para ficar no coração da
gente!!!
Respeito as diferenças, amor e
alegria, sempre gerando pazzzzzzzzz
VOCÊ FAZ PARTE DA VIDA
DOS ESCRITORES E
CONTADORES DE HISTÓRIAS
Atração_ outubro de 2021
Telma
Costa
5
Por Isaias Marinho
Aracaju
SERGIPE
BRASIL
Cirurgias e
Atendimentos Espirituais
Realizadas por Médicos do
Espaço nos Encarnados
Magnetizador Espírita. Facilitador do ESDE - Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita
Rio de
Janeiro
RJ - BRASIL
Os atendimentos aos encarnados realizados pelos médicos
do espaço, objetivando à recuperação dos que sofrem algum tipo
de distúrbio orgânico (físico e espiritual), são constantes e muitas
vezes imperceptíveis. Não podemos olvidar que, em certas ocasiões,
o beneficiado pode detectar, sentir ou ver as ações espirituais.
Digo isso com conhecimento de causa: já vi, senti e obtive
resultados após as ações extracorpóreas.
Vamos falar de como se processa.
Sendo merecedores ou não, por motivos que desconhecemos
e que não podemos mensurar, deparamo-nos com os benefícios
que chegam até nós em forma de socorro imediato.
Os sensitivos, entre os quais posso me inserir, em alguns
momentos já devem ter percebido, durante os tratamentos efetuados
pelos médicos do espaço, que há incidência de energia
luminescente e de cores variadas. Isso é fato. E essa energia possui
dois níveis de intensidade, uma forte e outra fraca. Não podemos
esquecer que elas, dependendo das cores, podem ter um poder de
penetração maior ou menor em nosso corpo. Vide Dr. Paulo César
em A Face Oculta da Medicina, p. 214 - Tecnologia Espiritual.
Não podemos, contudo, esquecer que, durante os tratamentos
e intervenções, pode haver o uso de instrumentos espirituais
para os procedimentos, de acordo com as necessidades do momento
e/ou em momentos em que a manipulação da energia
mental não seja suficiente. Vamos esclarecer que os instrumentos
são visíveis apenas pelos sensitivos, ou quando as entidades espirituais
os materializam, tornando-os visíveis aos nossos olhos.
Aqui, enfatizo que não existem instrumentos com os encarnados
na execução dos trabalhos, como se fossem da Terra e nem com
os magnetizadores).
Nós temos inúmeros casos narrados nos quais se menciona
a presença de instrumentos no mundo espiritual e percebidos
pelos médiuns. Até mesmo nas casas espíritas, que são Prontos
Socorros Avançados da Espiritualidade aqui na Terra. Em alguns
momentos, é possível escutar, com os ouvidos da alma, o manu-
seio de instrumentos, assim como sentir o cheiro de éter. É fantástico
e já pude vivenciar.
Divaldo Franco foi submetido a uma cirurgia em que o espírito
Scheilla utilizou-se de um aparelho parecido com um bisturi,
sendo acionado como um laser. Essa ação se deu em sua garganta
e, à época, não se tinha conhecimento do laser.
No livro A Face Oculta da Medicina, o Dr. Paulo César Fructuoso
transcreve a citação do espírito que afirma ter em mãos um
objeto feito de metal semelhante ao cobre, porém se tratava de
mineral de composição química não existente no planeta Terra.
Também é enfatizado que os médicos do espaço conseguem
visualizar o interior do corpo, distinguindo uma célula cancerosa de
uma normal. É uma ação microscópica, que pode ajudar na separação.
E o padrão vibratório, entre outras características existente
nessas células, pode facilitar e muito essa classificação. Nestes
processos, há ocorrência decisiva do poder da mente e do pensamento.
É a energia mental direcionando as energias terapêuticas.
Outra coisa importante é a presença da ação mental sendo
exercida também à distância.
Os MAGNETIZADORES da atualidade estão fazendo isso
com maestria, agindo terapeuticamente e até realizando
curas.
Temos diversos grupos pelo Brasil afora agindo magneticamente
à distância, usando o poder da mente dado por DEUS.
Quem não se lembra da afirmativa do Mestre Jesus, externando a
grandeza do Pai Criador ao afirmar para todos os seus filhos: "Vós
sois deuses e podeis realizar tudo que desejares". Claro que isso é
um tanto relativo, porque há incidência de condições que darão a
certeza desse poder de realizar.
Também há a questão da força de vontade em relação à
grandeza espiritual de cada um, que é adquirida através das inúmeras
existências.
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O Magnetismo
Resolve...
Enxaqueca?
Nunca mais!
Cybelle Gadelha Brandão de Miranda
Magnetizadora do CELEC - Centro Espírita Luz,
Esperança e Caridade, na grande Recife/PE
Marcelo Alves da Silva
Magnetizador do CELEC - Centro Espírita Luz,
Esperança e Caridade, na grande Recife/PE
Ambos, são membros do CMEPE - Comissão de
Magnetizadores Espíritas de Pernambuco
Ao lermos o
título acima
pensamos que o
artigo levar-nos-á
a adentrar o mundo da
soberba, e muitos podem
até achar que se trata de
uma pretensão desmedida,
mas não é.
O que desejamos aqui é mostrar o valor
de uma ciência que traz inúmeros benefícios
para a humanidade. O campo da vaidade e/
ou da pretensão não é o nosso ideal.
Modelo da foto:
RITA FREIRE,
professora, poeta, presidente da
ALEJ - Academia de Letras
Estudantil de Japoatã/SE.
É também radialista.
8 Atração_outubro outubro de 2021
Durante a aplicação, Cybelle Gadelha, no início, ficou
agoniada e com o desejo de "gritar" e pedir que parasse.
No instante em que iria impedir a continuação do PASSE,
ela sentiu um estalo no frontal, acompanhado de um alívio
imediato, e teve a sensação de que algo escorria do ponto
de origem da dor, descendo pelas laterais do crânio. Foi
quando abriu os olhos e viu Marcelo (esposo) com o dedo
apontando para o AJNA, na região do frontal, como se estivesse
injetando uma carga energética ativante. Então ela
perguntou o que ele estava fazendo, ao mesmo tempo em
que pedia que não parasse, que continuasse.
Daquele dia em diante, ela não sabe mais o que é ter
enxaqueca. De vez em quando, tem dores normais e até
imperceptíveis.
P R O C E D I M E N T O S
(Aqui, colocamos a proposta para tratamento de enxaqueca pelo Magnetismo)
Enxaqueca:
0. Longitudinais gerais. Fluxo e refluxo.
1. Dispersivos transversais cruzados no CF Gástrico
e toda a região do plexo solar(principalmente no fígado),
durante 2 a 3 minutos (tanto na parte anterior
como na dorsal).
2. Dispersivos transversais cruzados nos CF Coronário,
Frontal, Ajna, Têmporas, e parte posterior dos referidos
CF e também onde persiste a dor.
3. Energizar e dispersar alternadamente cada CF do
item 2.
4. Alinhar os CF com longitudinais
gerais. Fluxo e refluxo.
5. Perpendiculares.
À todos, bons estudos
e práticas plenas de
resultados favoráveis.
CELEC.Centro Espirita Luz, Esperança e Caridade
Magnetizador
Marcelo Alves
Explicação à parte, é necessário externar, ou melhor,
mostrar para o mundo que existe um instrumento que só
traz benefício à humanidade. A própria espiritualidade corrobora
o nosso pensamento, que é o de servir ao próximo
com aquilo que temos em mãos, e que existe em abundância
no universo. Esse é o nosso objetivo. Tornar conhecida
e aplicada em situações diversas essa Ciência Magnética.
Por incrível que pareça, sempre existe um motivo que
nos leva ao aprofundamento dos estudos/pesquisas, visando
à obtenção de soluções. Isso foi o que ocorreu com Marcelo
Alves da Silva, magnetizador do CELEC - Centro Espírita
Luz, Esperança e Caridade, na grande Recife/PE, que, com
sua vontade de querer ajudar a humanidade, em particular
os portadores dessa enfermidade - ENXAQUECA, enfronhouse
no universo das pesquisas. E nessa busca havia um
elemento determinante: sua esposa Cybelle, que desde os
15 anos vinha sofrendo com essa “companheira” indesejável
chamada enxaqueca. Eram dores e sensações insuportáveis
que partiam da fronte, descendo pela lateral do rosto
na região das têmporas.
Estando Cybelle no CELEC, em uma de suas visitas, precisou
sair às pressas, pois não estava suportando as dores,
que atingiam até os olhos. Tomou dipirona e, ali mesmo,
recebeu aplicação de passes, porém nada lhe amenizou o
sofrimento. Chorava aflitivamente de dor, com aquele martírio
insuportável.
Ao chegar em sua residência, começou a vomitar. Mas
foi a partir daí que algo novo aconteceu: surgiu um DIVISOR
DE ÁGUAS em sua vida. Tudo mudaria da água para o vinho,
devido a uma descoberta, se assim podemos rotular.
Marcelo, que já vinha estudando a CURA PRÂNICA e
buscava associar o conhecimento adquirido ao MAGNET-
ISMO, resolveu socorrer a esposa com aquilo que ele tinha
em mãos - sua vontade e o imenso desejo de ajudar a sua
esposa querida. Não se fez de rogado e pôs-se em ação.
Essa técnica encontrada e aplicada, vem sendo utilizada
em inúmeras pessoas que sofrem desse mal, e os
resultados são incríveis, animadores.
Marcelo e Cybelle narram esse caso e os resultados
colhidos com sorrisos que vão de orelha a orelha. É prazeroso
ver a alegria contagiante e a descontração dos dois.
Não dá para mensurar o valor da prática magnética e,
principalmente, quando associada a outros conhecimentos.
Outra coisa importante para os magnetizadores que
estão lendo este artigo: é buscar colocar em prática e fazer
as anotações possíveis, visando a comprovação dessa técnica
bendita. Aos que desejarem, podem entrar em contato
com o casal. Convidamos os estudiosos dessa ciência a
acessarem o LINK da Comissão de Magnetizadores de Pernambuco,
da qual os dois fazem parte. Lá, vocês poderão
obter informes e indicações de estudos que irão levá-los
ao mundo do magnetismo, para o estudo e prática dessa
ciência maravilhosa.
Siga o Link http://cmepe.org/
Atração_ outubro de 2021 9
9
Por Jacob Melo
Natal
R. G. NORTE
BRASIL
E assim
falou
Deleuze
Estudioso e praticante do Espiritismo e do Magnetismo há mais de 50 anos. Autor de vários livros sobre
o tema, é um dos fundadores do EMME, bem como da Casa que dirige: o Lar Espírita Alvorada Nova, de
Parnamirim (RN). Reside em Natal (RN). É formado em Engenharia Civil e pós-graduado em Psicanálise.
No mais recente livro publicado no Brasil, de Joseph François
DELEUZE, História Crítica do Magnetismo Animal, podemos
deduzir facilmente o quão lentos temos andado com o Magnetismo.
No seu livro encontramos frases muito reveladoras. Por
exemplo, no capítulo 6, lemos:
A fé é necessária ao magnetizador; sem ela ele agirá fracamente,
mas ela não é necessária àquele que se magnetiza.
Se este não sentir os efeitos tanto quanto estava previamente
persuadido de que ia senti-los poderíamos atribuir esses efeitos à
imaginação. Entretanto, a incredulidade absoluta do magnetizado
pode inibir a ação do magnetizador, contrariá-la, retardá-la e oporse
aos efeitos por um tempo mais ou menos longo.
E quantas e quantas vezes ouvimos cobranças da fé do
assistido em vez de se estabelecer mais firmemente a fé no
magnetizador?!
Ele esclarece sobre questões recorrentes e pouco avaliadas
na prática. Aqui está ele, no capítulo 9, comentando sobre a participação
simultânea de magnetizadores num mesmo paciente:
“Um doente não deve ser magnetizado por vários magnetizadores;
às vezes a ação de dois magnetizadores não tem analogia,
e o segundo faz mais mal do que bem. Quando se está obrigado
a se substituir é preciso começar por estabelecer a relação (entre
o substituto e o magnetizado)”.
Sua visão sobre o magnetismo prático era muito democrática
e feliz. Veja o que ele diz logo na introdução da obra:
Se este escrito cair nas mãos de uma mulher aflita por ver
seu marido sofrendo, de uma mãe cuja filha esteja em estado
de langor, de um amigo que deseje aliviar seu amigo, de um
rico habitante do campo a quem os pobres vêm pedir socorro e
conselhos por sua saúde, eu os convido a tentarem os meios que
proponho. Não lhes prometo inicialmente grandes sucessos, mas
lhes garanto que abrandarão sensivelmente os males que não
puderem curar; eu lhes prometo que sua convicção se tornará
mais forte, dia após dia, e que os cuidados que eles se derem
em silêncio serão recompensados por uma nova força nos laços
de amizade, e talvez pela felicidade de haver restituído a saúde a
uma mãe, a uma esposa, a um amigo ou a um desafortunado. Não
aconselho este meio a não ser quando os remédios da Medicina
não pareçam mais necessários, ou quando sejam insuficientes,
ou mesmo quando se possa associar a Medicina ao Magnetismo.
E quando encerra a obra aponta, cheio de esperanças:
Entretanto seria de desejar para o progresso das luzes que
a Ciência do Magnetismo fosse associada a outros conhecimentos
humanos; que após ter constatado a existência do agente fosse
determinado o papel que ele desempenha na Natureza. A coisa
está mais fácil hoje do que estava à época da descoberta, não
somente porque foram recolhidos muitos fatos, mas porque estando
o fenômeno principal sucessivamente apartado de todas as
circunstâncias acessórias, pode-se examiná-lo em si mesmo. Eu
sei que é difícil demais unir a prática do Magnetismo ao exame
das causas; seria preciso para isso colocar-se alternadamente por
dentro e por fora da cena, pois o papel do ator e o de espectador
não pode ser cumprido ao mesmo tempo.
Esse é mais um livro – com 480 páginas – que precisa ser
lido com madureza, atenção e proporcionando sérias reflexões.
Se por um lado ensina técnicas e aponta saídas para muitas necessidades
terapêuticas da humanidade, na segunda parte da
obra, ele demonstra os equívocos e prejuízos oriundos dos adversários
do Magnetismo, assim como do excesso de entusiasmo
de muitos magnetizadores iniciantes. Indica nomes, fontes
e transcreve coisas muito relevantes: de Jesus às pitonisas, de
Sócrates a Mesmer, de Puységur aos seus grandes contemporâneos,
tudo de uma forma encadeada e muito esclarecedora.
Por fim, algo de triste sobra: lendo tudo o que esse passado
produziu, descobrimos que andamos a passos de lesmas, quase
imóveis, enquanto o mundo eletrônico se transporta à velocidade
da luz. Daí ser tão importante conhecer mais esse livro, pois
quem sabe ele produza novas disposições interiores e realizemos
mais e melhor!
10 Atração_ outubro de 2021
Acredito que você já deve ter notado que o mundo está nos convidando a
todo momento para mudanças, certo? Mas você sabe o porquê disso? A verdade
é que estamos sendo impelidos para um mundo melhor. E para isso precisamos ir
conquistando paz, amor, saúde, equilíbrio, harmonia, prosperidade, bem estar, auto
estima, equilíbrio do sono, assim como, alívio emocional, das dores e do estresse.
Quer aprender a como conquistar tudo isso? Então eu te convido para fazer o meu
curso de Reiki. E se você é uma pessoa que acha que esse curso não cabe para sua
vida, por não se sentir á vontade para aplicar em outras pessoas, fique tranquila.
Com o curso, você vai perceber que a auto aplicação é um caminho que contribuirá
com a sua mudança e consequentemente a das outras pessoas ao seu redor. Venha
fazer parte dessa família! Te aguardo com muita luz e harmonia. Temos vagas limitadas,
não deixe de aproveitar essa chance.
Atração_ outubro de 2021
11
Domingos Pascoal
domingospascoalmelo
dpascoalmkt@gmail.com
Por: Cris Souza
No dia 24 de outubro (domingo), dia da Sergipanidade, a Academia Literocultural
de Sergipe (ALCS) completou um ano de instalada. A casa de Manoel José
Bomfim, como é chamada a instituição por este ser o Patrono-mor da nova arcádia
tem como objetivo de disseminar e fomentar a cultura, arte, ciências e a literatura.
A ALCS surgiu como instrumento transformador, uma academia que vem fazendo a
diferença com ações já propostas e aprovadas pelo grande público. Tem como sua
mais relevante propositura, resgatar as biografias de personalidades sergipanas
que tanto fizeram pelo estado e que não tiveram o destaque merecido, a exemplo
de Dona Maria Guiomar dos Santos, uma salgadense que se destacou por ter toda
sua vida dedicada as ações voluntárias, e é a Patrona da cadeira nº 1, pertencente
a Educadora Cris Souza, fundadora e primeira Presidente da entidade recém instalada.
Sua diretoria é formada por: Presidente, Tânia Cristina dos Santos Souza
(Educadora Cris), Vice-presidente, José Ginaldo de Jesus, Diretor Financeiro, Antônio
Marcos Camilo dos Santos, Diretor Secretário, Marcos André de Souza e Diretor de
Comissões, Domingos Pascoal de Melo. O Conselho Fiscal: Maria Salete da Costa
Nascimento, Francisco dos Santos (Chico Buchinho) e José Severo dos Santos (Severo
D’Acelino).
12 Atração_ outubro de 2021
Academia
LÍTEROCULTURAL de Sergipe
Sobre a idealizadora, a Educadora Cris
Souza, é uma ativista literária que desde 2013,
organiza vários eventos literários exitosos. Sob
sua batuta, acontece o Café Poético Sergipano,
o Sarau Sergipano de Mulheres, os Insones
Poéticos (plataforma virtual), o Prêmio Café
Poético Sergipano, que aconteceu este ano em
sua primeira edição e a Academia de Letras
Estudantis de Sergipe-ALES. Antologista, já organizou
seis antologias e uma delas, somente
com as crianças das escolas públicas. Acredita
na força jovem e que a literatura tem a força
necessária para transformar uma sociedade,
deixando mais justa e igualitária.
Durante esse primeiro ano da ALCS, mesmo
em pandemia estivemos sempre em movimento.
Aconteceram várias conferências com
temáticas bem selecionadas e condizentes
com o momento que estamos presenciando,
dentre elas: A História das Academias e o perfil
do Acadêmico no século XXI, com o filósofo Domingos
Pascoal; O Segundo ano da pandemia
e a crise da Educação básica no Brasil, com o
prof. dr. Jorge Carvalho do Nascimento; O Poder
da Empatia, com o coach Antônio Neto; A Formação
cultural de Sergipe, com o presidente da
Academia Sergipana de Letras, Dr. José Anderson
Nascimento; A Origem da Língua Portuguesa,
com o empresário Joselito Miranda; A
Literatura como refúgio em tempos de angústia,
com a escritora Taylane Cruz; Pandemia,
Negro e Necropolítica, com o PhD Dagoberto
José Fonseca; Cordéis antológicos: de Leandro
a Bandeira, com o escritor Antônio Marcos
Bandeira; Direitos e deveres previdenciários ao
cidadão brasileiro, com o técnico do INSS, Márcio
Cardoso Lima.
Concomitantes a todas estas ações, criamos
o estandarte da instituição, alguns banners
para uso em eventos literários e divulgamos o
cotidiano da arcádia, nas redes sociais. Foram
criados a fanpage no Facebook e perfil no Instagram;
O canal do Youtube, está em andamento,
sendo alimentado com os vídeos das sessões
ordinárias e festivas, que aconteceram de forma
virtual. É necessário dizer que a academia tem o
Zoom como instrumento de trabalho.
O livro das biografias, está no prelo e somente
estamos aguardando a finalização para
marcarmos o lançamento desta nossa primeira
publicação. e coroamos este nosso primeiro ano
de existência, com o hino que está sendo elaborado.
A data natalícia de instalação, que é 24 de
outubro, não pôde ser festejada devido ainda
não estarmos seguros neste contexto pandêmico,
mas a posteriori faremos uma linda homenagem,
tanto a ALCS, quanto aos 40 membros
efetivos e correspondentes, empossados neste
dia, há um ano atrás. Vida longa à ALCS.
Os Acadêmicos fundadores são:
CADEIRA Nº 1
Patrona: Maria Guiomar dos Santos
Fundadora: Tânia Cristina dos Santos Souza (Cris Souza)
CADEIRA Nº 2
Patrono: José Ferreira Lima
Fundador: Domingos Pascoal de Melo
CADEIRA Nº 3
Patrona: Maria Lígia Madureira Pina
Fundadora: Maria Eunice Guimarães Santos Garcia
CADEIRA Nº 4
Patrono: Dom Luciano José Cabral Duarte
Fundadora: Ilda Rezende da Costa Santos
CADEIRA Nº 5
Patrona: Genésia Fontes (Dona Bebé)
Fundador: José Ginaldo de Jesus
CADEIRA Nº 6
Patrona: Maria Thetis Nunes
Fundadora: Rita de Cácia Santos Souza
CADEIRA Nº 7
Patrona: Maria Beatriz Nascimento
Fundador: Frederico Dantas Vieira
CADEIRA Nº 8
Patrono: Laudelino de Oliveira Freire
Fundador: Luís Laércio Gerônimo Pereira
CADEIRA Nº 9
Patrono: João Firmino Cabral
Fundador: Gilmar Ferreira
CADEIRA Nº 10
Patrono: Oscar Ribeiro dos Santos (Seu Oscar)
Fundador: Marcos André de Souza
CADEIRA Nº 11
Patrono: Elias do Rosário Montalvão
Fundador: Martin Esteban Mansilla
CADEIRA Nº 12
Patrona: Ofenísia Soares Freire
Fundador: Matheus Batalha Moreira Nery
CADEIRA Nº 13
Patrona: Maria Consuelo Camilo dos Santos
Fundador: Marco Antônio Camilo dos Santos
CADEIRA Nº 14
Patrono: João Costa
Fundador: José Ricardo Marques dos Santos
CADEIRA Nº 15
Patrono: Pe. Pedro Alves de Oliveira (Padre Pedro)
Fundadora: Anatilde de Jesus (Anabi Jesus)
CADEIRA Nº 16
Patrona: Argentina Vieira Barreto
Fundadora: Josefa Maria Apolonio Santos
CADEIRA Nº 17
Patrono: Pedrinho dos Santos
Fundador: Antônio Oliveira Neto
CADEIRA Nº 18
Patrona: Gizelda Santana Morais
Fundadora: Mª Helena Ferreira dos Santos (Lenna Sarai)
CADEIRA Nº 19
Patrona: Maria Emília dos Santos
Fundador: José Severo dos Santos (Severo D’Acelino)
CADEIRA Nº 20
Patrono: Júlio César Leite
Fundador: Ivan Santos Leite
CADEIRA Nº 21
Patrono: Raymundo de Paiva Mello
Fundador: Raymundo Mello Filho
CADEIRA Nº 22
Patrono: Américo Seixas
Fundadora: Mª Zélia Silva Rocha (Ailezz Silva)
CADEIRA Nº 23
Patrono: Frei José Gonçalves Barroso
Fundadora: Maria Rita dos Santos
CADEIRA Nº 24
Patrona: Alina Leite Paim
Fundadora: Dirce Rodrigues da C. Nascimento
CADEIRA Nº 25
Patrono: Walmir Lopes de Almeida
Fundador: Carlos Eduardo Muniz de Almeida
CADEIRA Nº 26
Patrono: Manuel Joaquim de Oliveira Campos
Fundador: Sergio Teles das Chagas
CADEIRA Nº 27
Patrono: Marcelo Déda Chagas
Fundadora: Ana de Araújo Reis
CADEIRA Nº 28
Patrona: Núbia do Nascimento Marques
Fundador: Luiz Henrique Santos Vieira
CADEIRA Nº 29
Patrono: José Eugênio de Jesus
Fundador: Carlos Magno do Espírito Santo
CADEIRA Nº 30
Patrono: Artur Bispo do Rosário
Fundador: André Lucas Trindade Correia (André Comanche)
CADEIRA Nº 31
Patrono: Manoel Cardoso Reis
Fundadora: Ana Cláudia Sousa Mendonça
CADEIRA Nº 32
Patrona: Maria Judite de Melo Andrade
Fundador: Hélio de Souza Oliveira
CADEIRA Nº 33
Patrona: Maria das Graças Azevedo Melo
Fundadora: Maria Salete da Costa Nascimento
CADEIRA Nº 34
Patrono: Leosírio Guimarães
Fundador: Edson Silva Nascimento (Maestro Dida)
CADEIRA Nº 35
Patrono: Luiz Alberto dos Santos
Fundador: João Francisco dos Santos (Chico Buchinho)
CADEIRA Nº 36
Patrono: João Oliva Alves
Fundadora: José Expedito de Souza
CADEIRA Nº 37
Patrona: Rosa Moreira Faria
Fundador: Charles Henri Oliveira Santos
CADEIRA Nº 38
Patrono: Mário Jorge Menezes Vieira
Fundador: Everton José dos Santos (Everton Poeta)
CADEIRA Nº 39
Patrono: João Silva Franco (João Sapateiro)
Fundador: Adelmo Pelágio de Andrade Filho
CADEIRA Nº 40
Patrono: Eliziário Prudêncio da Lapa Pinto
Fundador: José Denivaldo dos Santos
Os Acadêmicos Correspondentes são: 1.Francisco da Chagas Vasconcelos – Portugal, 2.João Paulo Araújo de
Carvalho – Nossa Senhora das Dores – SE, 3.Jennifer Silva Melo – Itaocara – RJ , 4.José Inácio Ribeiro Marinho –
São José de Ubá – RJ, 5.Maria da Conceição de Castro – Salvador- BA, 6.Helvia Miranda Machado de Melo – São
Caetano do Sul-SP, 7.Celina Bezerra da Silva – Salvador- BA, 8.Uberlange da Silva Barreto – Nossa Senhora de
Aparecida – SE, 9.Edilde da Conceição Cândido – Cabo Frio – RJ, 10.Magna Cristina de Oliveira Silva – Arapiraca - AL,
11.Solange da Gama Pinheiro – Cristinápolis – SE, 12.Evanilson Oliveira de Santana – Canindé do São Francisco –
SE, 13.Augusto César Leite de Carvalho – Brasília, 14.Silvanira Francisca – Barcelona-Espanha, 15.Antônio Charles
Melo Feijão – Groaíras – CE, 16.Cícero Thiago Sotero da Silva – Maravilha – CE, 17.Maria Alice Lima Ferreira – Estrela
Dalva – MG, 18.Elinalva Alves de Oliveira – Fortaleza – CE, 19.Antônio Marcos Bandeira – Fortaleza – CE, 20. Tina
Correia – Rio de Janeiro – RJ.
Atração_ outubro de 2021
13
Por Merhy Seba
Ribeirão
Preto
SP - BRASIL
Lei de Justiça,
Amor e Caridade
2ª Parte
Professor de Marketing e Propaganda e Publicitário – Vice-Presidente do Centro
Espírita Meimei, Editor do jornal Roteiro Espírita - Ribeirão Preto-SP
Em sequência às reflexões sobre As Leis Morais, Cap. XI
– Lei de Justiça, Amor e Caridade, d’O Livro dos Espíritos, na
presente edição, focalizaremos o item II sob o título:
Direito de Propriedade. Roubo.
O homem é, por natureza, um ser gregário e, para viver em
sociedade, é imperioso que tenha um sentimento de justiça que regulamente
os direitos e deveres dos cidadãos – entendendo por justiça o
respeito aos direitos de cada um 1 .
A determinação desses direitos decorre de duas fontes: a lei
humana e a lei natural 2 .
No topo da lista de direitos naturais, está o direito de viver. Esse
direito, associado ao direito à liberdade de pensar, permite ao homem
desenvolver a inteligência, de tal modo que se torne útil a si mesmo
e à humanidade, fazendo jus aos objetivos essenciais dos princípios
que regem a Lei da reencarnação.
Nesse processo de desenvolvimento, o direito de viver confere
ao ser humano outros direitos como, por exemplo, o de ajuntar bens
materiais dos quais necessite para se sustentar e repousar quando
suas forças forem insuficientes para trabalhar.
Assim, cada país elege a sua legislação, adequada a seus costumes
e caráter e que, por ser humana, sofre constantes modificações
em função do adiantamento moral dos indivíduos.
Muito oportuno o comentário de Allan Kardec sobre a questão
de n° 795, de OLE:
Mas, sob a influência das suas paixões, o homem criou
muitas vezes direitos e deveres imaginários, condenados pela Lei
natural, e que os povos apagam de seus códigos à proporção que
progridem.
E complementa:
A Lei natural é imutável e sempre a mesma para todos. A lei
humana é variável e progressiva: somente ela pode consagrar, na
infância da Humanidade, o direito do mais forte 3 .
Como habitantes de um planeta em evolução, ainda titubeamos
em compartilhar com o próximo os bens amealhados; mas é da Lei do
progresso que caminhemos em direção a um futuro promissor, no qual
a solidariedade tornar-se-á hábito comum à vida moral dos indivíduos.
Comenta Allan Kardec:
Aquilo que o homem ajunta por um trabalho honesto é uma
propriedade legítima, que ele tem o direito de defender. Porque a
propriedade é fruto do trabalho e constitui um direito natural, tão
sagrado como o de trabalhar e viver 4 .
Entendemos, pelos conceitos expostos, que tudo aquilo que o
homem adquire honestamente pelo seu trabalho é uma propriedade
que ele tem direito de ajuntar na medida, usufruir e defender enquanto
está na Terra e, ao repartir esses bens com o próximo, ele estará
praticando a Lei de amor e caridade.
No tocante ao item Roubo, ato que se caracteriza pela apropriação
ou favorecimento indébito de algo que não nos pertence 5 , é uma
infração grave sob a ótica da Lei humana e da Lei natural. A primeira
pune o infrator, cerceando-lhe a liberdade e tentando regenerá-lo;
a segunda também não o deixará impune, uma vez que a voz da
consciência lembrá-lo-á de reparar a falta, onde quer que esteja, sob
o olhar inexorável e justo da Lei de causa e efeito.
Lembremos que
A Lei de Amor e de justiça nos recomenda que não se faça a outro o que
não queremos que nos seja feito e condena, por esse mesmo princípio, todo
meio de adquirir que o contrarie 6 .
É o que nos ensinam os Espíritos da Codificação, tal como Jesus
em Seu Evangelho, séculos atrás, e que a Doutrina Espírita revive nos
dias atuais, com clareza e lógica.
Pense nisso. Pense agora.
1 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Livro III, Cap. XI. 62. ed. São Paulo: Lake, 2001.
2.Ibidem, Q. 875.
3KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Livro III, Cap. XI. 62. ed. São Paulo: Lake, 2001, Q. 882
4.Ibidem, p. 221.
5. HOUAISS, Antonio. Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Ed. Objetiva, ano?, p. 339.
6. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Livro III, Cap. XI - Direito de Propriedade. Roubo. 62. ed.
São Paulo: Lake, 2001, p. 292, Q. 884.
14 Atração_ outubro de 2021
A Lição de Arte e Cultura
O SUCESSO que ficou na
mente de nossa gente
deixando saudades
https://www.capitaldosertao.com.br/flig-2021/
A Festa Literária de Glória- FLIG, foi um sucesso e o Capital do Sertão
registrou momentos, sorrisos, teatro, dança, livros, cordel e realizações.
Parabéns a Academia Gloriense de Letras-AGL,
pela realização deste grande evento.
Por Halley Ferraro Oliveira
Aracaju
SERGIPE
BRASIL
Enfermidades cruéis
dilacerando os tecidos
orgânicos e abreviando a
existência na Terra.
Aracaju
SERGIPE
BRASIL
*Doutorando em Ciências da Saúde *Mestre Ciências da Saúde *Professor Adjunto da UFS *Professor Adjunto da UNIT
“Não somos vítimas de nossos genes, mas donos do nosso destino” (Bruce Lipton).
“Doenças e obsessões são testes que nos põem à prova a capacidade de resistência moral,
ensinando-nos a valorizar a saúde do corpo e o equilíbrio da alma” (Emanuel).
O paciente é um ser completo, com suas queixas,
dores e doenças. Traz consigo experiências desta
e de outras vidas, e a doença passa a ser então a
própria cura, não sendo mais vista como o oposto de
saúde 1 . Então toda doença dignifica, servindo para a
evolução espiritual e recuperação do perispírito.
Doença é algo complexo, pouco sabemos
sobre suas verdadeiras origens e está relacionada
a um momento de transformação do corpo
espiritual, quando este procura eliminar os seus
desequilíbrios internos. A dor, para ser benéfica,
tem de nos transformar em pessoas melhores.
Com ela devemos aprender a ser mais pacientes,
generosos e humildes (Marlene Nobre, AME
-BRASIL) 2 .
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT)
são um conjunto de patologias de múltiplas causas e
fatores de risco, longos períodos de latência e curso
prolongado 3 . Além do mais, têm origem não infecciosa
e podem resultar em incapacidades funcionais.
Entre as DCNT, temos as cardiovasculares, as respiratórias
crônicas (asma, rinite), a hipertensão, o câncer,
as doenças autoimunes (lúpus, doença celíaca, esclerose
múltipla), as doenças metabólicas (obesidade,
diabetes, esteatose, osteoporose) e as doenças do
tecido conjuntivo (miosite autoimune, fascite eosinofílica,
esclerose sistêmica). Quando renascemos no
corpo terreno, ficamos sujeitos às leis de recapitulação,
hereditariedade e desenvolvimento fisiológico,
em conformidade com o mérito ou demérito que trazemos
e com a missão ou o aprendizado necessário,
e, portanto, a reencarnação reclama estudo, atenção
e atitude para não produzir deteriorações desnecessárias
para este corpo. Mas sabe-se que a química
fisiológica, como a química espiritual, não é casual
ou fatalista, ela emerge dos nossos atos, e podemos
evoluir pela dor ou pelo amor. A ninguém foi
dado buscar a doença ou o sofrimento como opção
de vida, ou seja, se viveremos de forma cautelosa,
fazendo escudo a nossa saúde física e espiritual, para
aproveitarmos melhor a experiência reencarnatória 4 .
1 Evans, L. Por que adoecemos? Saiba a explicação do espiritismo. Uai Entretenimento,
2013, disponível em: https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2013/08/26/
noticias-saude,193992/por-que-adoecemos-saiba-a-explicacao-do-espiritismo.shtml.
Acesso em: 19 out. 2021.
2 Barbosa, E. No mundo de Chico Xavier. ed. IDE: Araras. 1975. Cap.7, p. 83-86.
cemos-saiba-a-explicacao-do-espiritismo.shtml. Acesso em: 19 out. 2021.
3 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância à Saúde. Secretaria de Atenção à
Saúde. Diretrizes e recomendações para o cuidado integral de doenças crônicas nãotransmissíveis:
promoção da saúde, vigilância, prevenção e assistência. Brasília: Ministério
da Saúde, 2008. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
diretrizes_recomendacoes_cuidado_doencas_cronicas.pdf. Acesso em: 20 out. 2021.
4 Franco Jr; R. M. Compromisso Reencarnatório e Doenças Crônicas. Associação
Espírita Allan Kardec São José do Rio Preto, 2020, disponível em: https://www.kardecriopreto.com.br/compromisso-reencarnatorio-e-doencas-cronicas/.
Acesso em: 19
out. 2021.
16
Atração_ outubro de 2021
Hoje em fim é mais um dia
Que muitos serão lembrados
Sobre tudo nos esforcemos
Em refletir com cuidados
Priorizando os bons momentos
Que já são eternizados
(Vide continuidade na página 29)
Poeta e Escritor
Euvaldo Lima
N. Sra da Glória - SE
Poeta e Locutora
Rita Freire
Japoatã - SE
Professor e Cordelista
Júnior do Cordel
Jaguaribe - CE
Poeta e Escritor
EUVALDO LIMA
N. Sra. da Glória - SE
Este cordel tem nome?
Aqui, quero agradecer
Pela consideração
A todos que participam
Desta Revista Atração.
Com o seu magnetismo
Propaga o Espiritismo
Faz evangelização.
Até nossos cordelistas
Precisam de perfeição.
Fazer um cordel requer
Rima, métrica e oração.
Espero que não se ofenda,
Lendo estes versos aprenda
Nesta pequena lição.
Não vou generalizar
Que tem profissional
Com canal no Youtube
Fazendo cordel legal.
Mas quem quer aparecer,
Cordel não sabe fazer,
Quando faz é muito mal.
Patrimônio Cultural
Imaterial Brasileiro:
Com este título o cordel
Tem fama no mundo inteiro.
Quem nunca valorizou
E também nunca comprou
Cordel a um folheteiro?
Luiz Alves da Silva (Gauchinho).
Nasceu no povoado Baixa Limpa, Município de Nossa
Senhora da Glória/SE, em 25 de novembro de 1964.
Filho de Sebastião Alves da Silva (pernambucano), e
Sauvelina Alves da Silva (sergipana).
Começou a escrever logo cedo; ainda menino
costumava ler livros para a família
e os vizinhos escutarem.
A LUTA DE SEBASTIÃO PELO AMOR DE SAUVELINA, foi sua
primeira história, revisada por Manoel D’Almeida Filho,
que o incentivou e ensinou métrica, rima e oração.
Logo depois, conheceu João Firmino Cabral,
que se tornou amigo e companheiro de feiras nas
vendas de cordéis.
Reside na cidade de origem onde é locutor de Rádio
e Propagandista de feiras livres.
Autor de vários livros que
edita por conta própria e
vende nas feiras.
CONTATO 79 99837-5946
Ser um profissional
Na certa é uma conquista.
Quem não tem voz pra cantar
Não é cantor, tá na vista;
Mas tem gente se achando,
Se faz um verso rimando,
Se proclama cordelista.
A internet está cheia,
Em cordel, muitos falando.
Até fazer um livrinho
Já tem alguns ensinando.
Sem métrica, sem oração,
Sem rimas com perfeição,
Nosso cordel bagunçando.
Hoje diz que é cordelista
Pra na mídia aparecer.
Usurpa o lugar do outro
Sem cordel saber fazer.
Aceite esta correção:
Nesta revista Atração,
Eu disse o que quis dizer.
Poeta
Luiz Alves
(GAUCHINHO)
Atração_ outubro de 2021 17
Por André Ricardo
É verídica a história
narrada no livro
Paulo e Estêvão?
(Continuação da Segunda Parte)
São Paulo
SÃO PAULO
BRASIL
Doutor em sociologia pela USP, professor associado do Departamento de Sociologia da UFSCar,
integrante do paulistano Núcleo Espírita Coração de Jesus e autor do e-book: “A veracidade e
conexões da obra Paulo e Estêvão”, disponível gratuitamente em: http://www.oconsolador.
com.br/editora/evoc.htm
Outros indícios e um fato que denotam a veracidade
de Paulo e Estêvão
Além dos indícios de veracidade histórica de Paulo e Estêvão já apontados
anteriormente, cabe indicar ainda mais três, todos relacionados à cidade
grega de Corinto, onde nasceu o mártir e também sua irmã Abigail, que o
livro aponta como noiva do apóstolo dos gentios, falecida pouco depois de se
converter ao cristianismo.
Já foi dito no meio espírita, publicamente, por Haroldo Dias que as
ruas da capital da antiga província de Acaia - descritas por Emmanuel como
“suntuosas” - são de mármore, conforme as descobertas arqueológicas feitas
(Crook, 2018, p. 32-33). Em viagens à aquela cidade, outros dois militantes
espíritas observaram aspectos condizentes com o livro psicografado por Chico
Xavier. Parceiro de Dias, o músico Júlio Adriano Corradi indica que o tempo
de um mês, que era necessário para um navio atravessar a antiga estrada
de 6,4 km no istmo (estreita faixa de terra) sobre rodas de madeira - pois só
foi construído em 1893 um canal de água ali 5 - correspondia ao período que
Jesiel (nome hebraico e anterior de Estêvão) permaneceu preso, com feridas
cicatrizando, até que ele pudesse adentrar como escravo numa embarcação
típica da época, denominada galera. Por fim, o literato Altino Mageste, que
organiza viagens para grupos espíritas, sem fins lucrativos, àquela e outras cidades
constantes das obras históricas de Emmanuel, aponta que os mapas de
Corinto e a descrição detalhadamente feita no livro permitem localizar a prisão
onde Estêvão, sua irmã e seu pai Jochedeb foram encarcerados.
Vistos estes indícios todos, chegamos, enfim, a um fato que evidencia
a veracidade da história narrada por Emmanuel. Para entendê-lo, comecemos
pelo que diz Josef Holzner (2008, p. 63; 82) sobre Paulo de Tarso:
Ele próprio peferia chamar-lhe “o meu evangelho”. “que não
recebi nem aprendi de homem, mas por revelação de Jesus Cristo” (Gál
1, 12; cv. Ef 3, 4-5), ou seja, o seu conhecimento do plano de salvação
universal anunciado por Deus.
(...) Custa-nos avaliar como a permanência na Arábia e estes anos
passados em Tarso foram importantes e decisivos pra a evolução interior e
o amadurecimento da teologia paulina. Quando Paulo, nas suas cartas, fala
tanto do ‘seu Evangelho’, é em Tarso que devemos procurar os princípios
desse conhecimento maravilhoso.
E vejamos também a reflexão a respeito de Nicholas Thomas Wright
(2018, p. 79; 84):
Aparentemente, ele havia sido acusado de extrair, dos apóstolos
de Jerusalém, um “evangelho” de segunda mão. (...) Paulo, em
outras palavras, não está apenas deixando claro em Gálatas 1 - 2 que
seu “evangelho” lhe foi dado diretamente, e não adquirido, em segunda
mão, por meio dos líderes de Jerusalém, como também está
esclarecendo que seu chamado e comissionamento o posicionaram na
antiga tradição profética, seja de Isaías, Jeremias, seja do próprio Elias.
Além da Carta aos Gálatas e da Carta aos Efésios, tal referência de Paulo
a “seu evangelho” está presente ainda em dois trechos da Carta aos Romanos
(2:16 e 16:15) e naquela que foi a sua última epístola, a comovente Segunda
Carta a Timóteo (2:18). Chama, de fato, atenção esse estranho personalismo
de Paulo ao utilizar a expressão “meu evangelho” para a boa nova que, em
verdade, é de Jesus. Holzner, (2008, p. 63) buscou assim explicá-lo:
Isto não quer dizer que possuísse um evangelho diferente do
dos outros Apóstolos; nesse caso, teria sido expulso da Igreja nascente.
Mas anunciava-o com uma energia, uma coerência e uma força de
palavra sem igual, e imprimia-lhe um cunho tão pessoal e inigualável,
introduzindo nele o mundo do intelectual helênico, que bem podia dizer:
“o meu evangelho”.
Wright (2018, p. 80), por sua vez, também procurou dar uma explicação
a respeito:
Paulo está, portanto, insisistindo que sua mensagem partiu dele
mesmo: ele a havia recebido do próprio Jesus, não de outros membros
do movimento. Ela viera , diz ele “por meio de uma revelação de Jesus,
o Messias” (Gálatas 1:12).
Se a interpretação feita por Holzner é racional e verossímel, a de Wright
dá margem a pensar que Jesus teria feito revelações exclusivamente a Paulo
de Tarso, algo, porém que o mesmo, em verdade, não explicitou nas suas epístolas
e tampouco em Atos, escrito por Lucas. Considerando-se que o diálogo
com o messias às portas de Damasco foi várias vezes mencionado, seria de se
esperar que o mesmo ocorresse quanto a tais revelações, se elas houvessem.
Porém a interpretação feita por Josef Holzner não é, contudo, satisfatória.
Pois se considerarmos que o período paulino em isolamento de três anos,
18
Atração_ outubro de 2021
antes de ele dialogar por um período bastante curto (provavelmente algumas
semanas) com os apóstolos em Jerusalém e também o intervalo seguinte, novamente
isolado por três anos em Tarso, foram muito importantes para sua reflexão
sobre Jesus, uma dúvida permanece. Qual seja: somente a releitura minuciosa
dos textos da lei mosaica e dos profetas, à luz dos acontecimentos, então recentes
ainda, teriam sido suficientes para todo o discernimento feito por ele? Se
acrescermos a isso o fato de a expressão “meu evangelho” - ou se quisermos:
“a minha boa nova”, objetivamente, portanto: não a de Jesus - ser atribuída a
alguém como ele, cuja trajetória apostolar foi marcada pela abnegação, a dúvida
a respeito só faz aumentar.
Pois é na obra de Emmanuel que se encontra, não apenas a explicação
mais lógica do fato, mas a resposta a esse verdadeiro enigma: Paulo de Tarso
usou a expressão “meu evangelho” porque ele efetivamente possuía e guardava
com bastante zelo pergaminhos contendo anotações sobre os ensinos de Jesus
Cristo, ou seja, uma das cópias do evangelho escrito por Mateus, também chamado
de Levi. Sendo este o único apóstolo com ofício típico de alguém letrado
(cobrador de impostos) que permanecera seguindo o messias junto com humildes
pescadores, era natural que buscasse fazer tal registro.
Conforme narra o livro piscogradado por Chico Xavier, o “evangelho de
Paulo”, havia sido doado a ele por seu ex-professor de infância e juventude, o
também convertido rabino Gamaliel, ainda no início do primeiro período de isolamento
paulino. Este, por sua vez, recebera o documento como presente das mãos
de Simão Pedro, em retribuição por uma visita cordial feita à Casa do Caminho,
antes ainda do martírio de Estêvão. Relata Emmanuel que, durante a primeira
viagem missionária de Paulo, feita com seu amigo Barnabé à Ilha de Chipre 6 ,
ambos sofreram um assalto enquanto estavam, à noite, numa caverna falando
de um “verdadeiro tesouro”: o evangelho de Jesus em posse deles. Um dos dois
ladrões, disse ter ouvido e então exigiu a entrega de tal riqueza junto com outros
pertences, sendo isso feito serenamente pelo apóstolo tarsense. Vale reproduzir
o diálogo que Barnabé e Paulo tiveram na manhã seguinte:
- Estou resignado com a carência absoluta de recursos materiais,
mas não posso esquecer que nos subtraíram também as anotações evangélicas
que possuíamos. Como recomeçar nossa tarefa? Se temos de cor
grande parte dos ensinamentos, não poderemos conferir todas as expressões...
Paulo, todavia, fez um gesto significativo e, desabotoando a túnica,
retirou alguma coisa que guardava junto do coração [grifo meu].
- Enganas-te, Barnabé - disse com um sorriso otimista -, tenho
aqui o Evangelho que me recorda a bondade de Gamaliel. Foi um presente
de Simão Pedro ao meu velho mentor, que, por sua vez, mo deu pouco
antes de morrer.
(Xavier; Emmanuel, 2013 p. 312-313)
Como se pode ver, Paulo de Tarso não apenas possuía uma cópia do primeiro
escrito sobre a boa nova de Jesus, mas tinha nela um grande valor simbólico-sentimental
dada a trajetória que o documento teve até chegar às sua mãos,
permanecendo consigo após aquele assalto, algo que o fez permitir-se chamar
de “meu evangelho”. Com tal expressão o ex-rabino também parece advertir
com veemência as comunidades cristãs formadas por ele para não distorcerem
o evangelho, copiado igualmente por elas. Essa racional dedução só reforça a
constatação da existência daquelas anotações. Contrariamente ao que afirmam
pesquisadores, inclusive espíritas, em vez da Primeira lCarta aos Tessalonicenses,
portanto, foi aquele o primeiro documento do Novo Testamento 7 .
5 https://www.mdig.com.br/index.php?itemid=45269 Acesso em: 21/03/2021
6 Já sem a presença do jovem João Marcos que deixara o trio para retornar a Jerusalém, sem não antes
receber de Paulo de Tarso recomendações relevantes, algo que talvez o tenha influenciado a escrever,
mais tarde, o Evangelho de Marcos, com base nas memórias de Simão Pedro.
7 Ao referir-se à Epístola aos Tessalonicences em seu livro sobre as cartas paulinas, Cesar Perri de
Carvalho (2016), afirma: “Segundo Champlin [2014], seria o primeiro texto de autoria do Apóstolo
e também o primeiro do Novo Testamento”. Já no filme Paulo de Tarso e a história do cristianismo
primitivo, André Maouço assevera que o documento inaugural da segunda parte da Bíblia seria tal
epístola de Paulo.
Antônio Wantuil de Freitas nasceu em 23 de outubro
de 1895 na cidade do Patrocínio do Muriaé
(MG) e desencarnou no dia 11 de março de
1974, no Rio de Janeiro (RJ). Foi Presidente da
Federação Espírita Brasileira durante vinte e sete
anos consecutivos. Conheça mais sobre Antônio
Wantuil de Freitas: https://www.febnet.org.br/
wp-content/uploads/2012/06/Antonio-Wantuil-de-Freitas.pdf
Atração_ outubro de 2021 19
Por Silvan Aragão
Aracaju
SERGIPE
BRASIL
QUEM ESTÁ MORTO
E QUEM ESTÁ VIVO?
Bacharel em Administração, aposentado do Banco do Brasil, membro do NEPE
(Núcleo de Estudo e Pesquisa do Evangelho) Bittencourt Sampaio.
Um jovem estava próximo a Jesus e ele...
“Disse a outro: Segue-me! Ele, porém,
disse: (Senhor) permite-me ir primeiro enterrar
meu pai. Disse-lhe: Deixa que os
mortos enterrem seus próprios mortos. Tu,
porém, vai e anuncia o Reino de Deus” (Lucas
9:59-60).
Será que Jesus, Espírito evoluidíssimo intelectual
e moralmente, menosprezaria a saúde pública? Desconheceria
os perigos de contaminação bacteriológica dos
cadáveres em putrefação? Claro que não. É preciso estudarmos
os Evangelhos em vez de apenas lê-los.
Jesus leu o psiquismo do jovem que estava interessado
na herança do pai. No oriente, se o filho não
chora bastante no enterro do pai, não convence que
o ama e os bens vão para o Estado. Segundo historiadores,
aí está a origem das carpideiras
O Espírito Humberto de Campos (25 de outubro de 1886 – 5 de
dezembro de 1934), que depois adotou o pseudônimo Irmão X,
foi membro da Academia Brasileira de Letras quando encarnado.
Quase três anos após sua desencarnação, Humberto de Campos
transmitiu ao médium Francisco Cândido Xavier sua primeira obra
espiritual, _Crônicas de Além-Túmulo_, publicada em 1937. A FEB
Editora possui, ao todo, 12 publicações do autor em seu catálogo,
aqui apresentadas: _Crônicas de Além-túmulo; Brasil, coração do
mundo, pátria do Evangelho; Novas mensagens; Boa Nova; Reportagens
de Além-túmulo; Lázaro redivivo; Luz acima; Pontos e
contos; Contos e apólogos; Contos desta e doutra vida; Cartas e
crônicas; Estante da vida_.
Confira mais sobre as obras de Humberto de Campos no Livros que
iluminam: https://www.youtube.com/watch?v=45qmpyTB_GA
Atração_ outubro de 2021 21
Por Dra. Telma Mª S Machado
Aracaju
SERGIPE
BRASIL
“A letra mata, mas
o espírito vivifica”
Diretora de Comunicação da Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas (ABRAME), Graduada em Ciências Biológicas e
em Direito, Pós-Graduada em Direito Processual Público, Juiza Federal da Seção Judiciária de Sergipe, Mestre em Filosofia,
Em 1 Coríntios 15:33, o apóstolo Paulo adverte: “As
más companhias corrompem os bons costumes”.
Observemos Professor que essa exortação de Paulo se dá depois
de, no belíssimo capítulo 13, versículos 1 a 13, ele
ter escrito uma das mais tocantes lições sobre o amor (na
forma ágape), Gonçalo
encerrando o capítulo com a frase: “Assim,
permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor.
O maior Ferreira deles, porém, é Melo o amor”.
Ainda devemos ter em mente algumas afirmações de
Jesus no sentido de: i) “amar o próximo como a si mesmo”;
ii) “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”; iii)
“amai os vossos inimigos”; iv) “os sãos não necessitam
de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim
chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento”;
v) “eu não vim, senão para as ovelhas perdidas
da Casa de Israel”.
Poder-se-ia cogitar então uma contradição nessa frase
de 1 Coríntios 15:33 com as belas reflexões de 1 Coríntios
13, do mesmo Paulo, e com as inesquecíveis lições de
Jesus?
Uma importante bússola para encontrar as mais simples
explicações que rechaçam qualquer contradição de
Paulo com ele mesmo e com os ensinamentos do Cristo
está em uma frase do próprio apóstolo dos gentios, em 2
Coríntios 3:6: “A letra mata, mas o espírito vivifica”.
E é com base em tal verdade que as ponderações
serão feitas.
Ao dizer que as más companhias corrompem as boas
ações, Paulo provavelmente se valeu da etimologia da palavra
companhia (cum = com; panis = pão), que significa
aqueles com quem repartimos o pão, no sentido de ser
alguém de nosso círculo de amizade, mas, atualmente,
a palavra não tem esse significado profundo, usando-se
para indicar pessoas que vão juntas na mesma direção
ou para algum lugar. Em outras palavras, a frase de Paulo
pode ser entendida no sentido de que, para praticarmos
a caridade, não necessitamos ser íntimos e amigos, ser
companheiros no sentido que o vocábulo tinha.
Ora, o Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XII,
explica como podemos entender a exortação de Jesus de
que devemos amar os nossos inimigos. Tal se dá quando
não temos mágoa, rancor, ódio ou desejo de vingança; é
não pôr obstáculos à reconciliação; é desejar-lhe o bem
em vez do mal; é estender-lhe a mão prestativa em caso
de necessidade; é abster-se de prejudicá-lo. Não significa
ter a mesma ternura e confiança que se tem por um
amigo. Obviamente que, pelo fato de sermos seres fadados
à perfeição, no futuro, os hoje inimigos serão amigos,
porque todos evoluímos.
O maior exemplo de como devemos compreender a
frase de Paulo é o comportamento do nosso Mestre, que
jamais se absteve de estar presente em vários lugares e
situações, com diversas pessoas, mas nunca permitiu que
qualquer delas reduzisse um nanômetro (equivale a um
milionésimo de milímetro) da sua luminosidade.
Assim, Paulo não se contradisse e nem ensinou à revelia
da lição de Jesus, eis que dela devemos apreender
que estendermos as mãos em auxílio não significa deixarmos
a nossa mente ser conduzida pelos equívocos de
outrem, ainda que nos seja próximo, ressaltando-se que
muitas vezes a proximidade não é meramente transitória,
a exemplo de um parente, um colega de trabalho etc.
E tanto essa interpretação é verossímil que o próprio
Paulo, no versículo seguinte, aconselha: “Vigiai justamente
e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento
de Deus; [...]” (1 Coríntios, 15:34). Ou seja, podemos
estar com todos, no meio de todos por alguma necessidade
ou dever, mas precisamos ser vigilantes quanto
aos nossos sentimentos e valores, a fim de não sermos
sugados por sentimentos e ações deletérias de outrem,
afinal, a caridade não se incompatibiliza com a disciplina
e a prudência.
22 Atração_ outubro de 2021
Por Isaias Marinho
Quando foi fundada a ALEESE - Academia Espírita de Letras do Estado de
Sergipe, um fato, ou melhor, algo me chamou a atenção. Aliás, não foi só um,
mas alguns fatos. Para termos uma ideia do que estou falando, no ano de sua
fundação, 2016, o Velho Continente, assim como o mundo católico, acabara de
comemorar 3 (três) anos do pontifício de Jorge Mário Bergoglio, como orientador
espiritual / religioso, e o novo Papa, adotara o nome de Francisco, em homenagem
ao santo Francisco de Assis.
Isso me fez refletir bastante naquele momento, do dia 08 de outubro,
diante de intensa energia, presente naquele ambiente, particularmente, no auditório
da Sociedade SEMEAR.
Ao término da solenidade de posse, todos acorreram para o salão de
festas/recepção, para um breve coquetel. Ao chegar nesse ambiente, senti novamente
a força de uma energia ali presente, tomando conta de todos e de tudo
e que, me impulsionava a olhar ao redor, levando-me a fotografar. Outra coisa
interessante, foi o fato de ter levado para esse evento, a minha máquina fotográfica,
que raramente eu faço e/ou quase nunca faço.
Meus irmãos. Para minha surpresa, ao olhar detidamente o ambiente,
pude perceber a incidência de uma luz, que para muitos, poderia ser a luz artificial
daquele espaço (salão). Mas para mim, eu via algo pleno de mistérios, junto
àquelas imagens de São Francisco de Assis, ali presente em forma de esculturas.
Pensei. Meu Deus, o que significa tudo isso!? Aquela pergunta e a dúvida
corroiam meu coração, martelando em minha mente. E uma resposta surgia a
dizer-me:
" Filho! Francisco, está envolvendo a todos vocês neste ambiente, principalmente,
a todos que estão envolvidos nesse ideal acadêmico".
Mesmo assim, eu continuava resistente, relutante em aceitar aquelas palavras
que soavam em meus ouvidos.
Aí, diante daquela energia que nos envolvia, eu voltava a perguntar. Será
que Francisco, de fato está aqui, nesse momento nos dizendo que será o nosso
condutor e, protetor da ALEESE!?
Resolvi tirar novas fotos, naquele ambiente de imensurável energia salutar.
Convidei a presidente da Federação à época, Glicenita, para fotografa-la.
Mais uma vez, fui impulsionado a tirar fotos junto as esculturas que ornamentavam
o ambiente cultural ali existente.
Naquele momento, mais uma vez, veio novo direcionamento espiritual
revelador a nos dizer:
“É imprescindível a valorização das artes com o apoio de todos que
amam a natureza”.
Essa imagem, foi a que se
encontrava no ambiente
destinado a recepção.
Ela despertou minha
atenção. Daí, resolvi
fotografa-la.
O autor da obra, pelos traços,
é do artista Beto Pezão.
Fiquei a pensar nessa frase e, perguntei em minha “santa” ignorância.
- O que tem haver a natureza com as artes?
Outra resposta chegou aos meus ouvidos perispiritual.
"O homem está adentrando o século das artes e, com ele caminha a
valorização da natureza, de onde deve retirar com sabedoria, os elementos
para efetivação de um espetáculo que só será demonstrado com respeito ao
meio ambiente, utilizando-se do amor incondicional".
A ALEESE, é um caminho de incentivo as
artes e a cultura. Não só em forma de
livro em suas formas textuais, mas em
CRIATIVIDADE em todos os sentidos para
o bem da humanidade.
Atração_outubro outubro de de 2021 23
Por Joacenira Oliveira
São Pedro
do Sul
R. G. DO SUL
BRASIL
ESPIRITISMO
NO BRASIL
Graduada em Ciências Econômicas (UFSM), Especialização em Ciências da Religião (UFS) e Mestrado em Sociologia (UFS).
Palestrante espírita e monitora de estudos espíritas vinculados à Federação Espírita Brasileira. Acadêmica da Academia de
Letras Espíritas do Estado de Sergipe (ALEESE).
O Espiritismo, ao penetrar no Brasil a partir da segunda
metade do século XIX, seguiu as mesmas tendências
do Espiritismo francês, apresentando-se como uma
religião científico-filosófica. Sua expansão iniciou com
a adesão, sobretudo, de pessoas oriundas das classes
dominantes. Entretanto, a propósito de sua análise a respeito
da construção das identidades religiosas, Brandão
chama a atenção para o fato de que, aos poucos, “uma
identidade intelectualmente militante do espiritismo dos
‘primeiros anos’ foi sendo substituída por uma outra,
regida por uma dimensão mais popular de caridade assistencial,
ampla tolerância religiosa e um relativo alheamento
de questões políticas” (BRANDÃO, 1988, p. 43).
Se de um lado atenuou-se a ênfase no aspecto
científico dessa doutrina, do outro foi visível o seu crescimento
a partir de uma compreensão e uma vivência do
seu aspecto religioso.
Para os espíritas brasileiros, o aspecto religioso, é encontrado
no conjunto das obras básicas. O próprio Kardec
reintroduz e sincretiza alguns princípios fundamentais
a todas as religiões identificadas à matriz cristã, sobretudo
n’O Evangelho Segundo o Espiritismo: a existência
de Deus, a imortalidade da alma, o destino do homem
após a morte, a prática da oração e a revalorização de
noções cristãs como caridade, tolerância e compaixão.
Neste contexto, o Espiritismo não só ressemantiza aspectos
do Cristianismo como introduz o mundo dos espíritos
de uma forma mais ampla.
A ênfase na configuração religiosa do Espiritismo no
Brasil está também vinculado à pessoa de Francisco Cândido
Xavier (1910-2002), conhecido popularmente como
Chico Xavier. A figura proeminente do médium mineiro
influenciando a cultura e a sociedade brasileira, bem
como difundindo um Espiritismo brasileiro, com caracte-
rísticas religiosas, através de sua vida e obras psicografadas,
é de grande significação ao movimento espírita.
A elaboração sincrética com a “cultura brasileira” foi
um traço marcante na sua proposta religiosa, que foi a
responsável pela popularização do Espiritismo no Brasil,
a partir de 1940, época em que passa a sofrer a concorrência
de outras crenças mediúnicas como a Umbanda.
O Espiritismo absorverá do Catolicismo popular a articulação
da intercessão e da graça, prática típica do culto aos
santos dentro das concepções católicas. A literatura de
Chico Xavier contém abundantes referências aos “benfeitores
espirituais” que, a pedido, intercedem em favor de
um irmão e que conquistam graça. A figura do intercessor
relativiza e muda o perfil da dívida, fazendo transitar
da lógica impessoal e absoluta da dívida cármica para a
lógica personalizada e mediadora da dádiva, sincretizando
suas posições com a cultura católica brasileira, na qual
encontramos seus anjos, santos e benfeitores.
Percebemos, neste ponto, um sistema de dádivas estranho
a uma concepção mais linear, impessoal da Lei
do Karma, presente no Espiritismo de Kardec. A obra de
Chico Xavier evidencia uma religião das letras, que difunde
a literatura, incentiva o hábito de ler, transmite respeito
ao saber científico e, através dela, ocorre a difusão
espírita como veículo de uma religiosidade.
Hoje, o Espiritismo ocupa uma posição de destaque
no cenário religioso no Brasil e vem se desenvolvendo
há mais de cento e sessenta anos no campo religioso do
país, de forma singular, contínua e duradoura.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Religião e identidade nacional. xx. ed. Rio de Janeiro:
Graal, 1988.
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. xx. ed. São Paulo: FEESP, 1993.
24 Atração_ outubro de 2021
No dia 8 de outubro, na Cidade do México, após o 9º Congresso
Espírita Mundial, ocorreu uma Assembleia Geral do Conselho
Espírita Internacional (CEI), sob a direção de Stevan Bertozzo,
representante da Irlanda e Edwin Bravo, representante
da Guatemala. Estiveram presentes 22 países com direito a
voto. Foram apresentados e aprovados os novos estatutos do
Conselho Espírita Internacional. As delegações da Bélgica e de
França candidataram-se à realização do 10º Congresso Espírita
Mundial de 2022, na Europa, tendo sido eleita a proposta
francesa com o tema “Reforma Íntima”, apresentada por
Richard Buono da L’Union Spirite Française et Francophone.
Para a realização do Congresso em 2025, no continente americano,
apresentaram candidaturas o Brasil, os EUA e o Uruguai,
tendo ganho este último. No final da Assembleia foi eleito
o secretariado para o triênio 2019/ 2022. A nova Secretária
Geral do CEI é Jussara Korngold dos EUA, sendo o 2º Secretário
Vítor Mora Féria de Portugal.
Há dois anos atrás
Faz bem lembrar
Nova Comissão
Executiva do CEI
Leia aqui a mensagem psicográfica do Sr. Nestor Masotti,
recebida pela médium Marta Antunes de Moura no encerramento
da reunião ordinária do CEI de 08 de outubro de
2019, na Cidade do México. VIDE site da FEB.
https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2019/10/MEN-
SAGEM-CEI-Nestor-Masotti.pdf
MENSAGEM
Queridos irmãos e irmãs,
Abraço-os com o coração, com muita gratidão.
Hoje estamos felizes, pois um momento decisivo marca as futuras
ações do nosso CEI, a fim de que os benfeitores- os orientadores espirituais
que agem em nome do Cristo - encontrem as necessárias condições
para que se estabeleça, efetivamente, o reino de Deus em nosso
coração, pela vivência simples, verdadeira e legítima do Espiritismo no
mundo.
O ideal de união com Jesus e com Kardec permanece. A unificação
acontecerá, pouco a pouco, desde que estejamos comprometidos com a
Causa, que é o Espiritismo, que o inesquecível mestre, Allan Kardec, nos
legou como patrimônio espiritual da Terra.
Vivenciar os postulados espíritas é desafio diário, em que não cabe
qualquer manifestação de personalismo, vaidade e orgulho.
O Movimento Espírita atual é o de sempre optarmos pela nossa
transformação em servidores da Causa Espírita.
A busca pelo Bem Maior – que é servir o Messias Divino – é semelhante
ao que fez aquele comerciante que encontrou a pérola mais
perfeita1 . Ele vendeu tudo o que tinha para obtê-la.
Cuidemos, pois, para alcançar o título de servidores humildes, mas
esclarecidos à luz do consolador prometido por Jesus.
Com o esforço e a perseverança, obteremos, um dia, o título maior:
o de amigo do Senhor, conforme esta sua orientação: “Agora já não vos
chamo servos, mas amigos” (João, 15:15)2 .
Deus está conosco!
Em nome de todos os membros do CEI do passado, abraçamos a
todos vocês, com muito amor,
Nestor João Masotti e equipe dos membros desencarnados do CEI
(Mensagem psicográfica recebida pela médium Marta Antunes de Moura no encerramento
da reunião ordinária do CEI de 08 de outubro de 2019, na Cidade do México - México)
PRECISAMENTE HÁ UM ANO ATRÁS E, QUE VALE APENA LEMBRAR à todos que fazem a
Doutrina Espírita, no Brasil e no mundo
Atração_outubro outubro de de 2021 25
Por Paiva Neto
Jamais
aposentar-se
da vida
Rio de
Janeiro
RJ - BRASIL
Reflexão
de Boa
Vontade
José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor. paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
Em primeiro de outubro comemoramos o Dia
Internacional das Pessoas Idosas. Por oportuno, apresento-lhes
trechos de meu editorial na 24 a edição da
Revista LBV (Jan/Fev. de 1992), publicado anteriormente
na década de 1980, pela Folha de S.Paulo, em
que exaltamos os jovens da Melhor Idade:
Vivemos época de constante progresso material.
Entretanto, não se verifica o correspondente avanço
no campo da ética e do Espírito. Resultado: males
como a fome, a violência e o desrespeito à Natureza
perduram. E lamentavelmente as pessoas da terceira
idade também são atingidas pela frieza dos sentimentos
humanos.
É verdadeiro crime não se reconhecer o valor
dos Irmãos idosos. Neste período da vida, mais do
que nunca se fazem merecedores do carinho e da
solidariedade dos mais moços, num justo reconhecimento
à contribuição que legaram à sociedade.
Na LBV, não acreditamos em velhice como sinônimo
de coisa deteriorada. Ninguém é velho quando
tem um bom e grande Ideal. Pode não mais carregar
um piano, não mais passear de motocicleta. Se possui,
porém, ânimo dentro de si, é jovem. As pessoas
a certa altura da vida precisam, com raras exceções,
aposentar-se de seus empregos, mas não o devem
fazer com relação à vida. Devem ir à luta enquanto
puderem respirar.
A Legião da Boa Vontade mantém com o seu
extenso trabalho de promoção humana e social Lares
de amparo aos velhinhos e espaços saudáveis de
convivência. Neles, os vovôs e as vovós são tratados
com muito Amor e, o que é melhor, aprendem que
nunca é tarde para colaborar com suas experiências,
em prol de uma humanidade mais feliz, pois é a força
dos bons exemplos que inspira as novas gerações
a vencerem os obstáculos da existência terrena. (...)
Pode parecer um paradoxo. Todavia, o país
que desampara os seus idosos não crê no futuro da
sua mocidade. Que é a nação, além de seus componentes?
Havendo futuro, os moços envelhecerão.
Viverão mais. Contudo, também irão aposentar-se...
Uma convicção arraigada do gozo imediato das coisas
é a demonstração da descrença no amanhã. E há
os que ainda moços pensam: “Vamos viver agora,
antes que tudo acabe! E os que conseguiram resistir
tanto, que se danem...” Não há exagero algum aqui.
É o que também se vê. Tem-se a impressão de que
alguns daqueles que desfrutam do vigor da juventude
ignoram a possibilidade de alcançar a decrepitude.
Mas poderão chegar lá... Não existe futuro sem
moços. Também não o há sem os idosos.
Temos de aliar ao patrimônio da experiência dos
mais velhos a energia dadivosa dos mais moços. (...)
Lutamos por um mundo que ofereça oportunidades
para todos. E isto não é impossível. Impossível
é continuar como está: a terrível paisagem das Almas
ressequidas pela indiferença ao Amor de Deus,
como os ossos secos da visão do livro do Profeta
Ezequiel, 37:1 a 14. O nosso planeta tem de receber
o sopro espiritual da Vida, pois é rico e muito amplo,
com espaço suficiente para todo mundo. (...)
26 Atração_ outubro de 2021
Sementinha de Abóbora e as escritoras-contadoras de
histórias Telma Costa e Nailde Santana espalham
sementes de gratidão aos colégios
aracajuanos que as acolheram com muito
amor e satisfação, entre eles:
Colégio Criativo, Babylândia,
Santa Chiara, Master,
Módulo, Espirito Santo,
Liceu de Estudos Integrados
e Escolinha e Berçário
Sonho Meu!
Sementinha de Abóbora,
personagem criado por Telma Costa
e ilustrado por Isaias Marinho
A todos o nosso
muito obrigada!!
Atração_ outubro de 2021 27
27
Por Antônio Saracura
O Itabaianista
A despedida de
Zé Sapo
Itabaiana
SERGIPE
BRASIL
Do livro -
Os Curadores
de Cobra e
de Gente
Os Cabaús governavam
Com o doutor Itajaí
Mas os Pebas vingativos
Teimavam em resistir
E o chefe dele: Sebrão
Mesmo na oposição,
Mandava aqui e ali.
Romancista, Contista, Cronista e Poeta, Formado em Administração pela Universidade Federal de SE
Membro da Academia Itanbaianense de Letras e da Academia Sergipana de Letras
— Até nunca mais lhe ver
Pois chefe como você
Não merece essa função.
— Mas, Zé Sapo, dê-me
um tempo, pois tenho um
pressentimento de
que vou me complicar.
O clima não era bom...
Provocações lado a lado
De quando em quando, uma morte
Por pistoleiro alugado.
Havia tocaia armada
Em cada encruzilhada
Na igreja e no mercado...
Zé Sapo era dos Pebas
Mas muito mais de Sebrão
Por quem tinha lealdade
E cega veneração;
Antes de o chefe pensar
Zé Sapo, a se coçar,
Organizava a ação.
Vendo Sebrão ser xingado
Como a um satanás
Sentiu em si as ofensas
Doerem cada vez mais
Seu sanguíneo coração
Avançou sobre a razão
Deixando ela pra trás
E então, o escudeiro
Navegando em sentimento
Foi em busca do aval
Certo do consentimento
Pra executar a missão
Que seria a solução
De tanto padecimento
28 Atração_ outubro de 2021
Sebrão olhou pra Zé Sapo
Armado até os dentes
E não viu tanta vantagem
Na morte do concorrente
Ele seria o suspeito
Pois era de seu proveito
O assassinato iminente.
Mas como parar Zé Sapo
Doidinho para matar
E o olhava nos olhos
Esperando ele aprovar?
— Mas, Zé Sapo, dê-me um tempo,
Pois tenho um pressentimento
De que vou me complicar.
Isaias Marinho
Zé Sapo viu que o medo
Avassalava o patrão,
Pegou a arma e saiu
e nem lhe apertou a mão:
— Até nunca mais lhe ver
Pois chefe como você
Não merece essa função.
Foi embora e desde então
Ninguém soube de Zé Sapo
O que carregou de casa
Coube tudo em um saco...
Sebrãos e itajaís
Continuam por aí
O jogo de gato e rato.
(Aracaju 2014. Livre adaptação do conto Zé Sapo, do livro História
Breve de uma Paixão, de Antônio Oliveira)
Minha Groaíras
Seu significado é “mel que os pássaros gostam”,
Felicidade aqui é sempre garantida.
Fé, prosperidade, amor é o que não falta,
Sua exuberância é grandiosa e infinita.
Não sou natural desta terrinha,
Mas já me sinto cidadã.
Tenho dela muito orgulho,
Amo mais a cada manhã.
Ouço falar do eterno Padre Cleano,
Que da Academia Groairense de Letras é patrono.
Para nossa cidade, motivo de muito orgulho,
Ao lembrar de suas histórias me emociono.
Terra de pessoas acolhedoras e singelas,
Sempre com alegria no coração.
Tenho honra de morar aqui,
Neste lugar que amo de paixão.
Groaíras, CEARÁ 01 de outubro de 2021
Rauanny Memória Feijão
CEARÁ
Atração_ outubro de 2021
29
Por Said Pontes de Albuquerque
Mediumeco per
Esperanto (2)
TRADUÇÃO desse texto, VIDE página 29 (seguinte), dentro da faixa VERDE.
Falando
em
Esperanto
B. Horizonte
MINAS GERAIS
BRASIL
Servidor aposentado da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais.
Antes de trabalhar nessa instituição, era Professor licenciado em Física. É associado à União Espirita Mineira,
que conheceu em 1975, quando iniciou os primeiros estudos de Esperanto.
En Brazilo multaj mediumoj jam ricevis grandvalorajn
verkojn, kiuj klarigas la kialon de la vivo kaj
la evolu-proceson de la kreitajoj, kun priskribo de sinsekvaj
travivadoj, per kiuj la homo sekvas la vojojn
de sia propra rehonorindigo sub la fundamentoj de la
legoj moralaj kaj de kauzo kaj efiko.
Malgrau ke la disvolvigo de la civilizacioj konsistis
el dolora sinsekvo da luktoj, militoj kaj disputoj
por superregado de unuj malprofite de aliaj, ekzistis
apartaj momentoj kiuj starigis malsamajn paradigmojn
por la morala kaj socia maturigo, kaj kiuj antauenigis
la progreson de la homaro. La apero de
Kristanismo, la progreso de la scienca pensmaniero
kaj la Spiritisma Revelacio sendube elstaras kiel tiaj
faktoroj.
Nuntempe oni klopodas esplori la konvergajn
punktojn inter scienco kaj spiritualeco, pritraktante interalie
la eblecojn malfermitajn de la qvantuma teorio
kaj la spurojn de la kunligiteco de cio en la Universo.
Por la celo de unuigo por iu pli bona mondo,
oni antauvidas specialan rolon al Esperanto, “la Evangelio
de la Lingvoj”, lau
Mediunidade com
o Esperanto (2)
No Brasil, muitos médiuns recepcionaram obras
variadas de grande valor para esclarecimento do
sentido da vida e do processo evolutivo das criaturas,
com foco nas vidas sucessivas, meio pelo qual
o homem trilha os caminhos de sua redenção sob
os fundamentos das leis morais e de ação e reação.
Embora o desenvolvimento das civilizações
tenha se dado em uma dolorosa sequência de lutas,
guerras e disputas pela supremacia de uns em
detrimento de outros, identificam-se momentos
especiais que estabeleceram diferentes paradigmas
para o amadurecimento moral e social, constituindo
avanços para a humanidade. O advento do Cristianismo,
a formação do pensamento científico e a Revelação
Espírita sem dúvida se destacam entre esses
avanços.
Na atualidade há reunir pontos de convergência
entre a ciência e a espiritualidade, considerandose
entre outros fatores as possibilidades abertas pela
teoria quântica e os indícios da interconectividade
de tudo no Universo.
Na busca da união para um mundo melhor,
prevê-se um papel especial para o Esperanto, o
“Evangelho das Línguas”, no dizer de alguns. Isso
foi bem realçado em muitas mensagens mediúnicas.
Surge então uma natural curiosidade: se o Esperanto
já é utilizado em muitas academias dos planos
espirituais, conforme assinalado em obras como
“Memórias de um Suicida”, da médium Yvonne
do Amaral Pereira, não seria plausível que muitas
“cartas do outro mundo” viessem na própria língua
Esperanto?
Pelas razões mostradas no artigo anterior, a
dificuldade se apresenta não do “lado de lá”, mas
entre nós, pois para tal manifestação os médiuns
deveriam ter profundo conhecimento e domínio do
Esperanto.
Foi assim que realmente aconteceu em relação
a dois médiuns que, a par de suas reconhecidas capacidades
mediúnicas, se destacaram entre os mais
eminentes esperantistas no Brasil: Luiz da Costa
Porto Carreiro Neto e Francisco Valdomiro Lorenz. O
primeiro traduziu obras de Allan Kardec diretamente
do original em francês para o idioma internacional,
e ficou conhecido pelo seu profundo domínio da
língua auxiliar. Reuniu poemas mediúnicos ditados
em Esperanto para a obra “Mediuma Poemaro”
(Coletânea Mediúnica). O segundo, grande pioneiro
do Esperanto no Brasil, foi um dos primeiros esperantistas
no mundo, tendo trocado correspondências
com o próprio criador do Esperanto. Autor de
inúmeras obras, traduziu o célebre Bhagavad Gita
diretamente do sânscrito para o Esperanto. É autor
de “Vocoj de Poetoj el la Spirita Mondo”, (Vozes
de Poetas do Mundo Espiritual) reconhecida como o
“Panasso de Além-Túmulo” esperantista.
Destacaremos no próximo artigo dois autores
espirituais, Cruz e Souza
Por Domingos Pascoal
Aracaju
SERGIPE
BRASIL
Você gosta de ser
bem tratado?
Formado em Filosofia e Ciências Jurídicas e pós-graduado em Gestão de Pessoas, Advogado, Jornalista e ocupante
da cadeira nº 17 da Academia Sergipana de Letras. Membro da Associação Cearense de Escritores - ACE
Você se sente prestigiado ao ser recebido, por exemplo:
pelo garçom do restaurante, pelo frentista do posto de
gasolina, pelo caixa do supermercado, pelo motorista do
ônibus, por seus colegas de trabalho, por seu patrão: enfim,
por todos que o cercam?
Imagine voltar para a casa e encontrar todos os seus:
cônjuge, filhos, pais e irmãos de braços abertos, felizes em
tê-lo de volta. É muito gostoso, não?
Pense como é gratificante constatar que a sua presença
ilumina o ambiente, agrada a todos e é desejada. Em contrapartida,
imagine que, ao ouvir seus passos na chegada,
as pessoas se sintam incomodadas e preocupadas. Lá vem
aquele chato! Acabou a nossa paz.
Em mais de meio século de existência, já me deparei
com diversas situações que retratam exatamente o que estou
expondo. Tanto a de receber com o coração transbordando
de alegria, uma pessoa querida, amada, desejada, assim
como o contrário: ser forçado a fazer mesura a outras com
quem, se fosse possível, sequer manteria qualquer tipo de
contato. Criaturas que sugam as nossas energias, escurecem
os nossos ambientes. As suas presenças, em vez de elevar
a nossa alma, sufocam-na, colocando-nos na defensiva para
justificar, quase sempre, o injustificável, criando, por consequência,
aquele clima de insegurança, de expectativa e
de terror.
Recebia e, certamente, tanto eu quanto você seremos
compelidos a receber, ainda, e muitas vezes pessoas assim;
pois infelizmente a convivência e a conveniência social
remete-nos ao sacrifício de nos relacionarmos com estes
espécimes de indivíduos; não por prazer, é claro, mas por
obrigação, pena ou caridade. Se nos fosse dado optar, certamente
evitaríamos momentos tão longos e ruins.
Ser bem recebido, ser aceito, ser querido é, ou deveria
ser, o sonho de todos. É uma coisa tão boa para nós, como
seres sociais, que deveríamos nos esforçar ao máximo na
busca dessa realização.
Lamentavelmente não é o que acontece. Existem pessoas
que ainda teimam em se mostrar azedas, ácidas, chatas.
São, como disse certa feita o acadêmico Manoel Cabral
Machado, “pedras pontiagudas que não podem tocar o outro
sem feri-lo”. E o pior é que fazem questão de demonstrar
isso.
A boa vontade abre portas; a má vontade fecha-as;
as boas maneiras adoçam relacionamentos; as grosserias
azedam amizades; a polidez pavimenta os caminhos, a indelicadeza
cria barreiras.
Dizia Mardem: “a gentileza é o óleo sutil que lubrifica
as nossas relações com os outros, permitindo à máquina
social desempenhar as suas funções sem atritos”.
É possível mudar? As pessoas que agem assim há muito
tempo poderão transformar-se em criaturas mais dóceis,
educadas, gentis?
Acredito que sim. Já vi muitas mudanças radicais, verdadeiras
metamorfoses.
Lamentavelmente, em sua grande maioria, aquelas mudanças
só acontecem nas adversidades, nas tragédias, nas
desgraças. Por exemplo: nas adversidades, era rico e de
repente ficou pobre; nos acidentes violentos que deixaram
sequelas profundas; nas doenças graves que transformam a
pessoa em sobrevivente etc.
O que quero dizer é que a maioria paga muito caro para
aprender uma coisa tão simples. Ou seja, paga caro para ter
aquilo que poderia sair de graça. Por vezes, é necessário
que a natureza o puna severamente para entender o óbvio.
Estas infelizes criaturas investem dinheiro para usufruir de
um bom atendimento, de uma boa companhia e, às vezes,
até de um amigo. Só que estas são “mercadorias” que, se
compradas, além de muito caras, não têm sabor. São “frias”.
Toda razão, e nenhuma emoção.
Não devemos nos olvidar de que só recebemos aquilo
que nos dispomos a dar também.
E, então, por que esta dificuldade imensurável de entender
e praticar algo tão simples?
Qual o grande óbice para que essa situação de paz,
alegria e prazer, tão desejada por todos, aconteça?
Alguém saberia apontar o tal empecilho que nos impede
de sermos felizes, de sermos queridos e desejados
nos ambientes
em que vivemos?
Não. Ninguém sabe? Pois eu sei. E vou passar para os
que não sabem: O grande embaraço a esta paz reside na
falta de amor das pessoas. Na nossa, inclusive.
Esta falta de amor não é só com o outro. É, sobretudo,
com nós mesmos. Nós não nos amamos o suficiente para
construir em nossa volta um mundo amável, de paz e concórdia.
Por isso vivemos num mundo tão sombrio, tão mesquinho.
32 Atração_ outubro de 2021
Curvo-me neste instante
A todas autoridades
A saudar em poesia
Em tons de felicidade
A todos seres humanos
Quais a noventa e três anos
Constroem a nossa cidade.
[...]
*Parabéns a todos vocês*
*Construtores desta história*
*Que não desviaram nada*
*Que brilham em nossa memória*
*Por mais um ano de idade*
*Tornando-se em verdade*
*Bênçãos para as glórias de Glória.*
*Euvaldo Lima*
O Pequeno Diminuto
26/09/21
O universo acadêmico gloriense está a todo vapor.
No dia 29 de setembro de 2021, os acadêmicos e convidados, deram uma verdadeira
“canja” à todos que esperavam com ansiedade, pela realização da FLIG. E isso
ocorreu com o 7° Encontro Gloriense de Escritores e Leitores. O evento foi muito
significativo para todos que fazem parte da AGL e MVL.
Estiveram presentes, a prefeita e vice prefeita do município de Glória, secretários,
escritores sergipanos e além fronteiras, que construíram a 7ª Antologia que
reuniu poesias dos mais diversos estilos.
Estão de parabéns o vice-presidente, Lucas Lamonier, por organizar tudo com
quase total perfeição, inclusive se vestindo com a roupa de um dos mascotes da FLIG
para apresentar o evento ao público presente. Também está de parabéns, o seu presidente,
Carlos Alexandre, pelo dinamismo e motivação de sempre.
A AGL continua firme nos seus propósitos em prol da cultura, arte e literatura gloriense.
Vida longa à AGL! Vida longa ao EGEL! Parabéns à Nossa Senhora da Glória!
Atração_ outubro de 2021
33
ACESSE E PEÇA ESTES E OUTROS ÍTENS
MERCATTO D’ITÁLIA DELICATESSEN
34 Atração_ outubro de 2021 https://xmenu.com.br/pedidos/?loja=17545
Pães
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Box/Combos
Pratos para duas pessoas
Massas Prontas
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