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Por Olynthes Corrêa
Aborto e Rejeição
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Valorização da Vida
Ribeirão Preto SP BR
Graduado em Ciência da Computação, Administração de Empresas e Ciências Econômicas
Atua no Movimento Espírita de Ribeirão Preto-SP
O assunto aborto é um tema polêmico, profundo e
extenso. Aqui cabe um alerta: todo cuidado é pouco para
se abordar esse tema sem causar discriminação. Por isso,
evitarei julgamentos e direitos, apenas trazendo uma reflexão
sobre a valorização da vida e como a Doutrina Espírita
trata esse assunto em O Livro dos Espíritos (Questões 357
a 359).
357. Que consequências tem para o Espírito o
aborto?
"É uma existência nulificada e que ele terá de recomeçar."
358. Constitui crime a provocação do aborto, em
qualquer período da gestação?
"Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma
mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que
tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por
isso que impede uma alma de passar pelas provas a que
serviria de instrumento o corpo que se estava formando."
359. Dado o caso que o nascimento da criança pusesse
em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em
sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?
"Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe
a sacrificar-se o que já existe."
O Espiritismo veio para esclarecer os valores eternos e
a nossa condição de Ser Espiritual Eterno, temporariamente
numa experiência física passageira, revestido por um corpo
material com a finalidade de promover o nosso progresso
espiritual. Assim, todo espírito que ingressa nessa vida, é
para se melhorar, aperfeiçoar-se e evoluir.
O Espiritismo diz que o Corpo Físico é o Santuário do
18 Atração_ fevereiro de 2022
Espírito, daí a questão da valorização da vida. E a vida do
embrião começa exatamente no momento da concepção,
quando a mente do espírito fica acoplada (conectada) à
mente da mãe, dela recebendo a energia psíquica boa ou
má.
O aborto e suas consequências na visão espírita:
O Espírito abortado pode se revoltar contra a mãe e
os que participaram daquele ato. Vejamos o que diz Emmanuel
(Vida e Sexo, psicografado por Francisco C. Xavier, cap.
17, ed. FEB): “Admitimos seja suficiente breve meditação,
em torno do aborto delituoso, para reconhecermos nele
um dos fornecedores das moléstias de etiologia obscura
e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando
vastos departamentos de hospitais e prisões”.
Vejam que ele disse aborto delituoso, ou seja, ilegal,
criminoso. Admitindo, assim, a possibilidade do aborto não
delituoso (Questão 359 acima), o que chamamos normalmente
de aborto legalizado.
Qualquer julgamento que nos ocorra, o que não é o
nosso propósito, lembremos de Jesus: “Eu também não te
condeno; vai e não tornes a pecar.” (João, 8:11).
O compromisso de todos é valorizar a vida, tanto do
embrião quanto da mulher, principalmente para os que já
despertaram para a compreensão ampla da existência do
ser, isto é, para os que se dizem Cristãos.
“O amor cobre a multidão de pecados”, nos ensina o
apóstolo Pedro (I Epístola, 4:8).
Pensemos nisso!
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