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método de atuação e<br />
ferramentas utilizadas
EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES<br />
Janeiro de 2018<br />
Kleber de Melo Morais<br />
Presidente<br />
Paulo Henrique Bezerra Rodrigues Costa<br />
Diretor Vice-Presidente Executivo<br />
Pedro Costa Ferreira<br />
Coordenador de Gestão de Processos<br />
Coordenadoria de Gestão de<br />
Processos<br />
Janeiro/2018<br />
VERSÃO 2.0
1. APRESENTAÇÃO DO DOCUMENTO<br />
2. GESTÃO POR PROCESSOS<br />
3. MÉTODO<br />
3.1. MÉTODO DE TRANSFORMAÇÃO DE PROCESSOS<br />
3.2. MÉTODO DE GESTÃO DO DIA A DIA<br />
3. GUIA DE FERRAMENTAS e técnicas<br />
4. ANEXO: NOTAÇÃO BPM
Nos últimos anos, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares vem amadurecendo institucionalmente como Rede, com<br />
esforços colaborativos de padronização e construção de modelos de gestão. Esse esforço vem ganhando robustez com a<br />
elaboração e posterior publicação dos Cadernos de Processos e Práticas.<br />
Os Cadernos de Processos e Práticas são documentos que trazem referências de como devem ser executados processos<br />
em diferentes temáticas, trazendo os fluxos dos processos da temática trabalhada, com seu detalhamento em atividades e<br />
práticas recomendadas pela Rede. A construção dos cadernos é um processo colaborativo que começa nas Diretorias<br />
Técnicas com a construção de fluxos base, fluxos que têm por objetivo guiar reuniões de levantamento de práticas. Em visitas<br />
à Hospitais de diferentes realidades e contextos, são levantadas as práticas e, com base as práticas levantadas,<br />
posteriormente é elaborado um questionário que deve ser respondido por toda a Rede. As práticas escolhidas pela Rede como<br />
as mais recomendadas são então compiladas na publicação oficial do Caderno de Processos e Práticas.<br />
Foram publicados, em 2016, os cadernos nas temáticas de Hotelaria Hospitalar e Engenharia Clínica, enquanto os cadernos<br />
nas temáticas de Manutenção Predial e Patrimônio estão em construção. No ano seguinte, aconteceu a implantação piloto dos<br />
Cadernos de Processos e Práticas de Engenharia Clínica e Hotelaria Hospitalar em seis Hospitais Universitários da Rede<br />
Ebserh, que resultou em expressivos ganhos, tanto na eficiência dos processos quanto na redução de custos. Após a<br />
implantação piloto dos Cadernos, surge uma demanda por um método replicável de implantação, que seja flexível e didático,<br />
não só auxiliando na replicação de Cadernos de Processos e Práticas, mas capacitando os funcionários dos Hospitais<br />
Universitários na Gestão por Processos e entregando ferramentas para que o próprio hospital consiga, com autonomia,<br />
conduzir projetos de transformação de processos.<br />
De um conjunto amplo de experiências, tanto na sede quanto nos hospitais. nasceu o <strong>Método</strong> de Gestão por Processos da<br />
Rede Ebserh, uma metodologia de transformação de processos e gestão do dia a dia que pode ser adaptada e utilizada por<br />
qualquer Hospital em qualquer temática, não ficando mais condicionado à replicação dos Cadernos de Processos e Práticas.<br />
6
O <strong>Método</strong> de Gestão por Processos aqui apresentado é o resultado da consolidação de todo o aprendizado acumulado de<br />
dezenas de visitas e trabalhos realizados em conjunto com os Hospitais Universitários, e continuará sendo atualizado<br />
conforme o método é aplicado e replicado nos diversos Hospitais da Rede Ebserh, que possuem os mais variados tamanhos,<br />
complexidades, localizações e contextos.<br />
As etapas e atividades aqui propostas fornecerão um norte para que as equipes dos Hospitais Universitários da Rede<br />
Ebserh possam trabalhar a gestão por processos em suas rotinas, trazendo práticas modernas de gestão, cada vez mais<br />
presentes nas organizações, para dentro do universo complexo e diverso dos HUFs.<br />
Nos próximos capítulos, o leitor encontrará um material completo e didático sobre os fundamentos da gestão por processos,<br />
além do detalhamento do <strong>Método</strong> de Gestão por Processos em si, o qual traz informações cruciais para o sucesso de projetos<br />
de transformação, assim como dicas e ferramentas que podem ser utilizadas.<br />
Boa leitura e faça bom proveito!<br />
7
Antes de iniciar a discussão da disciplina de Gestão por Processos, é necessário definir alguns conceitos que serão<br />
fundamentais para a compreensão da metodologia. Tais conceitos serão os blocos com os quais construiremos conceitos mais<br />
complexos, assim, seu entendimento auxiliará o entendimento do <strong>Método</strong> de Gestão por Processos e suas etapas.<br />
O QUE É GESTÃO?<br />
É um conjunto de tarefas que buscam garantir a execução<br />
eficaz dos recursos disponíveis para conseguir-se atingir<br />
objetivos propostos. Diz-se que gerir é tomar decisões e<br />
implementá-las<br />
O QUE SÃO PROCESSOS?<br />
É uma sequência de atividades logicamente ordenadas que<br />
tenham como objetivo a produção de um produto ou<br />
serviço<br />
COM PROCESSOS, PODEMOS...<br />
• Melhorar a eficiência do serviço e aumentar a<br />
satisfação do paciente;<br />
• Viabilizar a transformações de processos<br />
• Implantar sistemas de uma maneira mais ágil e com<br />
menos transtornos.<br />
Na administração pública, se ouve muito falar em processos. Contudo, muitas vezes os processos mencionados no<br />
ambiente de trabalho são processos administrativos, enquanto o objeto de estudo da metodologia são os processos de<br />
negócio.<br />
PROCESSO ADMINISTRATIVO<br />
Conjunto de documentos que<br />
fornecem informação, análise e a<br />
parecer, suscetível de consulta,<br />
estudo, prova e pesquisa<br />
Coleção de atividades que<br />
possuem um ou mais insumos e<br />
geram um ou mais resultados que<br />
representam agregação de valor<br />
ao cliente.<br />
PROCESSO DE NEGÓCIO<br />
10
Toda organização executa processos de negócio, a diferença entre as organizações normalmente se dá pela maturidade da<br />
gestão por processos, pelas diferenças em como os processos são estruturados:<br />
• Os processos possuem regras definidas?<br />
• Os processos são mapeados? Possuem manuais?<br />
• Existem procedimentos operacionais padrão (POPs)?<br />
No contexto hospitalar, vemos processos de negócio em todas as temáticas trabalhadas no hospital:<br />
Assistência<br />
REALIZAR ATENDIMENTO NA UTI<br />
GERIR ATA DE REGISTRO DE PREÇOS<br />
Setor de Compras<br />
Hotelaria Hospitalar<br />
Processar roupa na área limpa<br />
Movimentar bens<br />
Setor de Patrimônio<br />
Engenharia Clínica<br />
Realizar ativação de EMH<br />
Executar manutenção predial<br />
Manutenção Predial<br />
11
A Gestão por Processos é uma disciplina gerencial que tem por objetivo promover o controle, sustentação e transformação<br />
dos processos das organizações para o alcance de melhores resultados. As bases para a formação dos conceitos que<br />
permeiam BPM surgiram muito antes de sua titulação como disciplina gerencial. Segundo Paul Harmon, quatro importantes<br />
pilares formam as origens do Gerenciamento de Processos de Negócio, são elas:<br />
ESPECIALIZAÇÃO<br />
DO TRABALHO<br />
MOVIMENTO DA<br />
QUALIDADE<br />
Os princípios da administração científica estipulados por Taylor e posteriormente impulsionados por Ford<br />
ofereceram as bases para a especialização do trabalho, produção em larga escala e aumento de<br />
produtividade.<br />
A preocupação com a qualidade final entregue considerando preço, confiabilidade, prazo e satisfação do<br />
cliente, além da aplicação de técnicas estatísticas para controle da qualidade, foram conceitos trazidos<br />
por Juran e Deming, durante o movimento denominado Qualidade Total. Neste contexto, destaca-se as<br />
influências do Sistema Toyota de Produção, proposto por Ohno, que também ofereceu as bases para as<br />
metodologias Lean Manufacturing e o Six Sigma.<br />
12<br />
GESTÃO<br />
ESTRATÉGICA<br />
DO NEGÓCIO<br />
TECNOLOGIA DA<br />
INFORMAÇÃO<br />
O entendimento da organização como um conjunto de processos que entregam determinado valor ao<br />
cliente foi lançado por Porter, que afirma que a vantagem competitiva somente é alcançada por meio da<br />
transformação daqueles processos que reforçam a sua proposta de valor. Os conceitos trazidos por<br />
Kaplan e Norton também contribuem para a formação da disciplina de BPM, reforçando a importância do<br />
estabelecimento de métricas não financeiras para a gestão do desempenho das organizações.<br />
A evolução do suporte tecnológico à processos de negócio é evidente nas últimas décadas com o<br />
surgimento de diversas tecnologias como por exemplo: sistemas ERP, workflows, integração de<br />
aplicativos (EAI), sistemas BI e arquiteturas orientadas a serviço (SOA). A orientação do desenvolvimento<br />
de sistemas de informação de maneira aderente ao desenho dos processos de negócio é uma tendência<br />
trazida pelo BPM.
Dadas as influências históricas, evolução dos estudos acadêmicos e das aplicações práticas de mercado, a partir da<br />
década de 2000, o Gerenciamento de Processos de Negócio consagrou-se como uma disciplina gerencial. As organizações<br />
públicas e privadas no Brasil e no mundo estão se valendo dos conceitos, boas práticas, métodos e ferramentas propostos<br />
para aprimorar o dia a dia de seus processos.<br />
Para entender o que é o<br />
Gerenciamento de Processos de Negócio<br />
e como aplicá-lo na prática, é<br />
fundamental relembrarmos o que é um<br />
processo de negócio.<br />
Segundo Hammer & Champy, processo<br />
de negócio é uma coleção de atividades<br />
que possuem um ou mais insumos e<br />
geram um ou mais resultados que<br />
representam agregação de valor ao<br />
cliente.<br />
DEMANDA<br />
DEMANDA<br />
ATENDIDA<br />
Os processos de uma organização podem ser classificados em três tipos básicos:<br />
• Gerencial: direcionam a evolução da organização, através de planejamento e controle;<br />
• Finalístico: associados à criação do produto/serviço, comercialização, transferência para o cliente e assistência pósvenda.<br />
Agregam valor diretamente para o cliente externo;<br />
• Suporte: sustentam as atividades primárias fornecendo recursos tais como insumos adquiridos, tecnologia, recursos<br />
humanos e outras funções de apoio.<br />
13
Nos ambientes onde se trabalham com processos de negócio, uma visão comum é o pensamento que o<br />
processo é somente o fluxograma, a imagem das atividades ordenadas em uma sequência lógica. Contudo,<br />
os processos de negócio podem ser vistos por diversas óticas, considerando aspectos complementares ao<br />
fluxo de atividades.<br />
As principais visões de um processo de negócio são cinco, apresentadas abaixo e em seguida<br />
aprofundadas.<br />
CONTROLES<br />
Representa o conjunto de elementos do processo que exercem algum<br />
tipo de controle gerencial ou regulatório. Donos de processo<br />
orquestram o processo. Reguladores impõem requisitos operacionais<br />
ao fluxo. Indicadores quantificam o desempenho. Riscos ilustram o<br />
grau de exposição a incertezas operacionais.<br />
PESSOAS E ORGANIZAÇÃO<br />
Representa o conjunto de elementos que são recursos para o<br />
processo – do ponto de vista humano e organizacional. A estrutura<br />
organizacional determina a lógica de organização do trabalho<br />
funcional e hierárquica tradicional nas organizações. Os executores<br />
ilustram os atributos dos profissionais responsáveis pela execução do<br />
fluxo.<br />
14
FLUXO DE TRABALHO<br />
Representa a sequência lógica de atividades, que são iniciadas por<br />
entradas, produzem saídas e interagem com interfaces externas ao<br />
fluxo de trabalho em questão.<br />
DESEMPENHO<br />
Representa o conjunto de elementos capazes de mensurar o<br />
resultado gerado pelo processo. Valor para o cliente é o atendimento<br />
das necessidades daquele que motiva a existência do processo.<br />
Tempo refere-se ao esforço temporal consumido. Custo é o esforço<br />
empreendido em dinheiro. Entrega ilustra a capacidade de entregar o<br />
prometido ao cliente. Flexibilidade reflete o potencial de adaptação do<br />
processo à novas circunstâncias.<br />
TECNOLOGIA E INFRAESTRUTURA<br />
Representa o conjunto de elementos que são recursos para o<br />
processo – do ponto de vista hard, ou seja, físico e tecnológico. Os<br />
sistemas tangibilizam atividades automatizadas de um fluxo. A<br />
informação tramita no fluxo por meio da fala, escrita ou<br />
eletronicamente. O ativo físico representa os itens que compõem a<br />
estrutura física do ambiente.<br />
15
Tendo em vista que a Gestão por Processos tem por objetivo promover o controle, sustentação e<br />
transformação dos processos das organizações para o alcance de melhores resultados, é preciso ater-se ao<br />
propósito da Ebserh, ao valor que a Ebserh, como empresa pública, almeja passar aos Hospitais Universitários<br />
Federais:<br />
ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO<br />
&<br />
ASSISTÊNCIA À SAÚDE<br />
Dessa forma, espera-se que principais resultados sejam alcançados a partir da implantação da<br />
metodologia definida e do ganho de maturidade em gestão por processos na organização:<br />
Melhora na eficiência<br />
operacional dos processos<br />
trabalhados na Sede e nos<br />
Hospitais Universitários<br />
Federais<br />
Redução de custos na<br />
execução dos processos e<br />
contratos<br />
Aumento da satisfação<br />
dos pacientes atendidos<br />
pelos HUFs<br />
Melhora na qualidade<br />
assistencial prestada<br />
pelos Hospitais da<br />
Rede Ebserh<br />
16
O ESCRITÓRIO DE GESTÃO POR PROCESSOS NA EBSERH<br />
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17
O ESCRITÓRIO DE GESTÃO POR PROCESSOS NA EBSERH<br />
Lei de Criação<br />
da Ebserh<br />
Evento na<br />
história do<br />
escritório de<br />
processos<br />
Evento na<br />
história do<br />
escritório de<br />
processos<br />
Evento na<br />
história do<br />
escritório de<br />
processos<br />
Evento na<br />
história do<br />
escritório de<br />
processos<br />
Evento na<br />
história do<br />
escritório de<br />
processos<br />
18
Evento na<br />
história do<br />
escritório de<br />
processos<br />
Evento na<br />
história do<br />
escritório de<br />
processos<br />
Turma piloto do<br />
curso do <strong>Método</strong><br />
de Gestão por<br />
Processos da<br />
Ebserh<br />
Evento na<br />
história do<br />
escritório de<br />
processos<br />
Evento na<br />
história do<br />
escritório de<br />
processos<br />
Replicação piloto<br />
do <strong>Método</strong> de<br />
Gestão por<br />
Processos em 4<br />
HUFs<br />
19
20
21
Baseados no conhecimento adquirido de diversos projetos de gestão por processos aplicados na Rede<br />
Ebserh, além do conhecimento acumulado com os projetos de implantação dos cadernos, construímos um<br />
framework do <strong>Método</strong> de Gestão por Processos da Ebserh.<br />
Um framework nada mais é que uma representação visual do método, que de forma enxuta e simples,<br />
transmite as principais ideias de uma metodologia.<br />
O Framework do <strong>Método</strong> de Gestão por Processos da Ebserh foi construído com uma visão que traz, na<br />
própria representação visual um dos conceitos fundamentais da ótica processual, o conceito de entradas e<br />
saídas, de insumos e resultados:<br />
PRINCÍPIOS<br />
PREMISSAS<br />
NORMATIZADORES<br />
REDUÇÃO DE CUSTOS<br />
QUALIDADE ASSISTENCIAL<br />
EFICÊNCIA OPERACIONAL<br />
SATISFAÇÃO DOS PACIENTES<br />
Garantidos os insumos, o <strong>Método</strong> de Gestão por Processos da Rede Ebserh pode ser dividido em duas<br />
etapas: a de Transformação de Processos e a de Gestão do Dia a Dia. A primeira implica em um grande<br />
esforço, com intervenções consideráveis e ganhos expressivos de desempenho do processo. A segunda está<br />
relacionada ao acompanhamento próximo do processo, com ciclos de melhorias que promovem uma cultura<br />
de melhoria contínua.<br />
22
PRINCÍPIOS<br />
MÃO NA MASSA DECISÕES ORIENTADAS POR FATOS E DADOS VISÃO PONTA A PONTA<br />
ENTREGAS CONTÍNUAS ORIENTAÇÃO PARA GANHOS MÉTODO ORIENTADO AO DESAFIO<br />
SOLUÇÕES EXEQUÍVEIS E PRÁTICAS<br />
PREMISSAS<br />
PATROCÍNIO DA GOVERNANÇA<br />
ENVOLVIMENTO MULTIDISCIPLINAR<br />
APOIO DA REDE<br />
MONITORAMENTO DE RESULTADOS<br />
CADERNO DE<br />
PROCESSOS E<br />
PRÁTICAS<br />
PROCESSOS<br />
PADRONIZADOS<br />
MODELOS DE<br />
GESTÃO<br />
LEGISLAÇÃO<br />
APLICÁVEL<br />
EFICÊNCIA<br />
OPERACIONAL<br />
REDUÇÃO DE<br />
CUSTOS<br />
SATISFAÇÃO<br />
DOS<br />
PACIENTES<br />
QUALIDADE<br />
ASSISTENCIAL<br />
23
Os três pilares sobre os quais o <strong>Método</strong> de Gestão de Processos é construído são o que chamamos das Bases<br />
para o método. Essas bases condensam, em três categorias, os elementos que apoiam o <strong>Método</strong> de Gestão<br />
por Processos da Ebserh. São os alicerces que fundamentam a metodologia que será aplicada na Rede<br />
Ebserh para a transformação de processos e a gestão do dia a dia.<br />
Ao longo das próximas seções, serão apresentadas as bases que fundamentam o método, os princípios,<br />
inspirações e premissas que guiaram a construção da metodologia e devem ser aplicados nos projetos<br />
baseados no método.<br />
PREMISSAS<br />
PRINCÍPIOS<br />
INSPIRAÇÕES<br />
24
PREMISSAS<br />
O que precisamos para que<br />
o método funcione<br />
PRINCÍPIOS<br />
Os valores que direcionam<br />
nossa atuação<br />
INSPIRAÇÕES<br />
As disciplinas de gestão<br />
nos inspiram<br />
MÉTODO DE TRANSFORMAÇÃO DE PROCESSOS<br />
Para promover transformações disruptivas e saltos de desempenho em processos<br />
MÉTODO DE GESTÃO DO DIA A DiA<br />
Para garantir a sustentação e melhoria contínua dos processos<br />
25
As premissas, no contexto do <strong>Método</strong>, são algumas conjunturas que aceitaremos como fatos. São condições<br />
necessárias para viabilizar da aplicação do método no contexto do Hospital Universitário Federal. São quatro<br />
as premissas que adotamos para o bom andamento dos projetos:<br />
PATROCÍNIO DA GOVERNANÇA<br />
Quando executando projetos nos Hospitais Universitários Federais, é essencial que se tenha o<br />
aval e apoio da alta gestão do HUF, dos superintendentes e/ou gerentes administrativos. Tal<br />
apoio é essencial para viabilizar as mudanças que ocorrerão nos processos, empoderando a<br />
equipe e auxiliando na resolução de entraves.<br />
EQUIPES MULTIDICIPLINARES<br />
Projetos que envolvem a Gestão por Processos valorizam consideravelmente o envolvimento<br />
de equipes com diferentes formações e históricos, especialmente quando os processos<br />
trabalhados em si percorrem diferentes temáticas. Diferentes percepções enriquecem o<br />
debate e auxiliam a concepção de diversas soluções que não seriam possíveis sem o<br />
envolvimento multidisciplinar<br />
26
APOIO DA REDE<br />
Os Hospitais Universitários Federais filiados à Rede Ebserh possuem a grande vantagem de<br />
fazerem parte de uma Rede que conta com Hospitais com os mais diversos tamanhos,<br />
localizações e contextos. É interessante que as equipes dos Hospitais utilizem o<br />
conhecimento da Rede e das Diretorias Técnicas para alavancar resultados e potencializar<br />
melhorias.<br />
MONITORAMENTO DE RESULTADOS<br />
É muito comum que após a execução de um projeto de transformação, o desempenho volte<br />
para uma linha de base anterior, ou seja, que o desempenho do processo volte à ser um<br />
desempenho insatisfatório. Para que essa regressão não aconteça, é preciso que<br />
monitoremos o processo e seus indicadores, corrigindo desvios e garantindo que as<br />
mudanças e o desempenho desejado sejam respeitados<br />
27
Para traduzir a gestão por processos no <strong>Tronco</strong> <strong>Comum</strong> de Processos Ebserh, nos guiamos por sete valores<br />
básicos que norteiam a postura da Ebserh. Chamamos esses valores de princípios.<br />
MÃO NA MASSA<br />
O princípio da MÃO NA MASSA é correr atrás desses resultados vivendo as batalhas do dia a dia<br />
necessárias para fazer a mudança acontecer, como marcar reuniões, mobilizar equipes e<br />
buscar patrocínios .<br />
SOLUÇÕES EXEQUÍVEIS E PRÁTICAS<br />
Uma solução que não pode ser colocada em prática é tão útil quanto nenhuma solução. É<br />
sempre importante levarmos em conta a viabilidade da solução quando desenhamos as<br />
melhorias do processos estudados<br />
ORIENTAÇÃO PARA GANHOS<br />
Quando pensamos em qualquer tipo de iniciativa para Gestão por Processos, nunca podemos<br />
esquecer que devemos deixar um legado mensurável e relevante a cada novo passo dado,<br />
trazendo ganhos para organização e o sentimento de dever cumprido.<br />
28
DECISÕES ORIENTADAS POR FATOS E DADOS<br />
As decisões não devem ser tomadas baseadas em quem grita mais alto, mas sim na análise<br />
coerente dos dados disponíveis. Não se gerencia o que não se mede.<br />
ENTREGAS CONTÍNUAS<br />
Os resultados devem ser demonstrados rapidamente a partir de ciclos curtos e constantes de<br />
entrega. É interessante mostrar aos patrocinadores e aos espectadores do processo os<br />
resultados gerados pelo esforço de gestão do processo.<br />
MÉTODO ORIENTADO AO DESAFIO<br />
Temos, no método apresentado, uma sede por desafios. As ideias que são elaboradas se<br />
tornam cada vez mais fortes com cada ponderação. É importante deixarmos o ego de lado e<br />
abraçarmos as críticas e os desafios em prol do projeto.<br />
VISÃO PONTA A PONTA<br />
O princípio consiste em abordar os processos a partir de um olhar transversal no fluxo de<br />
trabalho buscando compreender qual o papel de cada área.<br />
29
O <strong>Método</strong> de Gestão por Processos da Ebserh foi concebido apoiando-se em diversas metodologias e<br />
disciplinas de gestão, adaptadas para a realidade da Rede Ebserh, de seus Hospitais Universitários. As<br />
principais inspirações que são utilizadas no método são as seguintes:<br />
BPM – BUSSINESS PROCESS MANAGMENT<br />
BPM é uma disciplina gerencial que integra a estratégia de uma organização com<br />
necessidades de clientes, por meio do foco em processos ponta a ponta, envolvendo qualquer<br />
combinação de modelagem, automação, execução, controle, acompanhamento e otimização<br />
de processos.<br />
GESTÃO DA MUDANÇA<br />
A gestão da mudança é a disciplina que guia como preparar, equipar e auxiliar indivíduos para<br />
adotar uma mudança organizacional de forma a transformar o desempenho de processos e<br />
organizações.<br />
DESIGN THINKING<br />
O Design thinking é uma metodologia que incorpora elementos de design ao universo da<br />
gestão: centrando a resolução dos problemas na perspectiva humana e utilizando fortemente<br />
conceitos como empatia, testes iterativos e ideação divergente-convergente<br />
30
SIX SIGMA (6σ)<br />
6σ<br />
Six Sigma é uma metodologia utilizada para a melhoria de processos utilizando-se análises<br />
estatísticas ao invés de decisões instintivas ou empíricas.<br />
METODOLOGIA LEAN<br />
Lean é um termo que significa, em sua tradução literal, enxuto. É uma metodologia que se<br />
concentra em entregar valor ao cliente utilizando somente os recursos necessários, com um<br />
grande foco em eliminação de desperdícios.<br />
LEAN SIX SIGMA (6σ)<br />
LEAN<br />
6σ<br />
É uma adaptação da metodologia 6σ, utilizando conceitos da metodologia enxuta para originar<br />
uma metodologia que possui foco tanto na agilidade e minimização de desperdícios quanto na<br />
qualidade da entrega e/ou do serviço.<br />
31
Projetos de transformação são projetos onde um processo ou um conjunto de processos é radicalmente<br />
revisto, de forma a gerar um grande impacto com grandes interferências, transformando a realidade do<br />
processo e seu desempenho. O <strong>Método</strong> de Transformação de Processos tem como objetivo oferecer o<br />
conhecimento e ferramentas para a condução desses tipos de projetos.<br />
As seções à seguir desdobram os método em suas etapas e atividades, apresentando dicas e sugerindo<br />
ferramentas, que serão explorada à fundo no capítulo IV.<br />
É importante ressaltar que o método apresentado aqui servirá como guia para a execução de projetos de<br />
transformação, mas precisa ser adaptado à realidade de cada Hospital e temática.<br />
O <strong>Método</strong> de Transformação de Processos da Rede Ebserh é divido em quatro grandes etapas:<br />
34<br />
AGENDA<br />
IMERSÃO<br />
SOLUÇÃO<br />
IMPLANTAÇÃO<br />
A representação visual do método possuí esse formato devido à sua<br />
natureza divergente-convergente. Uma vez que os problemas são<br />
identificados na imersão, divergimos, pensando em um grande leque de<br />
soluções. Na solução, convergimos, priorizando as soluções e que serão<br />
posteriormente implementadas
1. AGENDA<br />
2. IMERSÃO<br />
3. SOLUÇÃO<br />
4. IMPLANTAÇÃO<br />
Elaborar proposta de<br />
projeto<br />
Realizar entendimento do<br />
processo<br />
Realizar Workshop de<br />
Ideação<br />
Planejar Implantação<br />
Alinhar e validar com a<br />
Governança<br />
Entender principais<br />
problemas e oportunidades<br />
Consolidar e Priorizar<br />
melhorias<br />
Realizar Imlplantação<br />
Mobilizar a Equipe<br />
Expandida<br />
Consolidar diagnóstico<br />
Validar solução com a<br />
Governança<br />
Encerrar projeto e ativar<br />
Gestão do Dia a Dia<br />
Implementar ganhos rápidos<br />
Redesenhar processo<br />
Propor indicadores<br />
35
Para que o método de gestão de processos seja executado com sucesso e qualidade, um conjunto de novos<br />
papéis e responsabilidades surge na organização. Tais papéis e responsabilidades precisam ser entendidos<br />
pelos indivíduos e disseminado entre todos.<br />
EQUIPE DO PROJETO<br />
É composta pelo líder, que é a pessoa<br />
que está conduzindo o projeto, em<br />
conjunto com duas a três pessoas que<br />
são responsáveis por puxar as<br />
atividades necessárias.<br />
RESPONSABILIDADES<br />
• Executar as principais atividades do<br />
método, envolvendo os demais atores<br />
quando necessário. A equipe do<br />
projeto é responsável por conduzir o<br />
projeto<br />
• Disseminar o método e os resultados<br />
alcançados no projeto;<br />
GOVERNANÇA DO HUF<br />
Chamamos de governança do HUF as<br />
figuras da superintendência e gerências<br />
do hospital. A governança tem a<br />
responsabilidade de gerir o hospital.<br />
Também pode ser chamada de Alta<br />
Gestão.<br />
RESPONSABILIDADES<br />
• No contexto dos projetos de<br />
transformação, a governança é<br />
responsável por dar o aval à equipe<br />
do projeto para as interferências<br />
necessárias nos processos<br />
36
EQUIPE EXPANDIDA<br />
É composta por todas as pessoas que<br />
devem ser consultadas quanto ao<br />
projeto, ou seja, os principais envolvidos<br />
nos processos trabalhados, seja no víes<br />
assistencial ou de ensino. Podem<br />
pertencer à qualquer área do Hospital,<br />
serão envolvidos no projeto conforme a<br />
temática trabalhada.<br />
RESPONSABILIDADES<br />
• Compartilhar o conhecimento dos<br />
processos trabalhados, assim as<br />
percepções quanto à sua execução<br />
• Estar disponível e engajada para<br />
atuar nas diferentes etapas do<br />
processo<br />
PATROCINADOR<br />
Membro da gestão que apoia o projeto.<br />
Pode ser um membro da governança,<br />
mas não necessariamente.<br />
RESPONSABILIDADES<br />
• Define os objetivos e acompanha a<br />
execução do projeto<br />
• Articular a interface com a alta<br />
gestão do Hospital<br />
• Resolver possíveis entraves políticos<br />
ao longo do projeto de<br />
transformação<br />
37
ATORES<br />
• Líder do projeto<br />
• Governança do Hospital<br />
• Equipe expandida<br />
FERRAMENTAS<br />
• Apresentação Padrão para<br />
Governança<br />
• Termo de Abertura do<br />
Projeto (TAP)<br />
RESULTADOS<br />
• Expectativas alinhadas<br />
• Equipe mobilizada<br />
INTRODUÇÃO À ETAPA<br />
A etapa “Agenda” é o início da transformação do processo. Ela consiste no<br />
planejamento do projeto e na realização dos alinhamentos fundamentais para o<br />
sucesso das próximas etapas.<br />
ATIVIDADES<br />
Elaborar proposta de<br />
projeto<br />
Alinhar e validar com a<br />
Governança<br />
Mobilizar a Equipe<br />
Expandida<br />
A primeira atividade da etapa “agenda” é a etapa de planejamento, onde será<br />
definido o escopo do projeto, a equipe e os ganhos esperados. É necessário<br />
estudar os materiais de referência disponíveis à fim de definir e nivelar os<br />
envolvidos sobre o escopo do mesmo, abrangendo informações como: principais<br />
regulamentações e normas, suas principais atividades, interfaces de entrada e<br />
saída, sistemas envolvidos, indicadores, insumos, produtos e escopo. Antes de<br />
qualquer intervenção, é fundamental entender as frustrações e tentativas<br />
anteriores de se melhorar a atual realidade do processo.<br />
40<br />
Levando essas definições para a Governança e a Equipe Expandida, busca-se um<br />
ambiente colaborativo e fértil para que as intervenções necessárias sejam feitas<br />
causando o menor atrito e incômodo possível. O objetivo desse encontro é adquirir<br />
o aval da governança para mobilizar a equipe e realizar tais mudanças.
OBJETIVO<br />
A atividade “Elaborar Proposta do Projeto”, tem como objetivo definir o que exatamente será<br />
trabalhado, ou seja, definir qual o alcance do projeto. Chamamos isso de escopo do projeto. Além disso,<br />
precisam ser definidos os participantes, o cronograma e os ganhos esperados.<br />
PASSO A PASSO<br />
Estudo dos materiais de referência<br />
Existe alguma referência (fichas de processo,<br />
processos mapeados, procedimentos<br />
operacionais, cadernos de processos e<br />
práticas, etc)?<br />
Alinhamento da equipe<br />
Conversar previamente com a equipe<br />
desejada. Todos tem disponibilidade e<br />
interesse? Nesse momento, a equipe inicial<br />
se formaliza como a equipe do projeto<br />
PARTICIPANTES<br />
• Líder do projeto<br />
• Equipe inicial<br />
• Equipe do projeto<br />
FERRAMENTAS<br />
• Termo de Abertura do Projeto (TAP)<br />
DICAS<br />
• É interessante que os funcionários<br />
convidados à participar do projeto<br />
sejam funcionários proativos<br />
Primeiras reuniões do projeto<br />
Marcar uma ou mais reuniões com a equipe<br />
para as definições necessárias. O Termo de<br />
Abertura do Projeto deve ser preenchido e<br />
ajudará à guiar a discussão.<br />
41
42<br />
OBJETIVO<br />
A atividade de “Alinhar e Validar com a Governança”, tem como objetivo apresentar o planejamento à<br />
governança e validar as definições acertadas na atividade anterior. Além disso, temos como objetivo<br />
conseguir o aval da governança para realizar as intervenções necessárias no processo.<br />
PASSO A PASSO<br />
Planejamento da reunião<br />
Alinhar a reunião com o patrocinador do<br />
projeto, marcando a reunião e mandando os<br />
convites com antecedência<br />
Estudo e prática da apresentação<br />
Estude a apresentação e pratique-a. É<br />
importante estar confiante e dominando o<br />
assunto.<br />
Apresentação para a governança<br />
Na reunião de validação, apresente o projeto à<br />
governança, procurando o aval para interferir<br />
nos processos e a autonomia para tal. Em<br />
alguns casos, é interessante a assinatura de<br />
uma portaria instituindo formalmente o grupo<br />
de trabalho<br />
PARTICIPANTES<br />
• Líder do projeto<br />
• Equipe do projeto<br />
• Patrocinador<br />
• Governança<br />
FERRAMENTAS<br />
• Termo de Abertura do Projeto (TAP)<br />
DICAS<br />
• Pode-se utilizar o Termo de Abertura do<br />
Projeto como um sumário executivo<br />
para a governança.<br />
• É interessante levar uma visão de<br />
ganhos e resultados, uma visão de<br />
melhoria na eficiência dos processos,<br />
para convencer a governança do<br />
esforço de transformação
OBJETIVO<br />
Nesta atividade, de “Mobilizar a Equipe Expandida”, precisamos apresentar à equipe expandida o<br />
escopo e a natureza do projeto. As contribuições e disponibilidade da equipe expandida são fundamentais<br />
para o bom andamento do projeto, especialmente caso seja mais complexo, envolvendo diversas áreas e<br />
temáticas<br />
PASSO A PASSO<br />
Convite à equipe expandida<br />
Convocar a reunião, deixando claro qual a<br />
pauta e a importância da participação de todos<br />
os envolvidos<br />
Apresentação do projeto<br />
Apresentar o projeto, com uma clara visão do<br />
escopo e marcos do projeto<br />
Pactuação de prazos, papéis e responsabilidades<br />
Pactuar, durante a reunião como será a<br />
participação da equipe expandida no projeto.<br />
Quais serão os papéis, prazos e<br />
responsabilidades<br />
PARTICIPANTES<br />
• Líder do projeto<br />
• Equipe do projeto<br />
• Equipe expandida<br />
FERRAMENTAS<br />
• Não há<br />
DICAS<br />
• Pode-se utilizar a mesma apresentação<br />
da reunião com a governança para<br />
mobilizar a equipe expandida,<br />
apresentando também uma visão de<br />
ganhos, especialmente em eficiência<br />
operacional.<br />
43
ATORES<br />
• Líder do projeto<br />
• Equipe técnica<br />
• Equipe expandida<br />
FERRAMENTAS<br />
• Entrevistas semiestruturadas<br />
• Jornada do Cliente<br />
• Modelagem de Processos<br />
RESULTADOS<br />
• Entendimento da situação<br />
atual do processo<br />
• Levantamento dos<br />
Problemas<br />
• Melhorias de ganhos<br />
rápidos<br />
INTRODUÇÃO À ETAPA<br />
A etapa “Imersão” é a etapa onde a equipe começa a atuar no processo. Ela se<br />
caracteriza pelo entendimento do processo na prática, com o levantamento de<br />
problemas e primeiras soluções.<br />
ATIVIDADES<br />
Realizar entendimento<br />
dos processos, dos<br />
problemas e<br />
oportunidades<br />
Consolidar diagnóstico<br />
Implementar ganhos<br />
rápidos<br />
Para promover o entendimento da situação atual da temática que está sendo<br />
realizada o projeto, reuniões são realizadas para levantar informações como o<br />
detalhamento do passo a passo de execução dos processos e quais sistemas são<br />
utilizados. Pode também se utilizar de algum meio de mapeamento a fim de se<br />
verificar a saúde do processos. O resultado das análises é a consolidação de um<br />
conhecimento maduro a respeito dos processos e de suas principais<br />
problemáticas.<br />
Dados quantitativos a respeito do processo também são levantados a fim de<br />
entender, por meio dos números, a situação atual e quais são os problemas<br />
enfrentados.<br />
Além disso, novas melhorias podem ser identificadas para o processo do ponto de<br />
vista de quem está sendo entrevistado.<br />
46
OBJETIVO<br />
A atividade “Realizar entendimento dos processos, dos problemas e oportunidades ”, tem como<br />
objetivo realizar a imersão na realidade atual do processo, procurando verificar os problemas e gargalos<br />
que causam um desempenho aquém do desejado.<br />
PASSO A PASSO<br />
Estudo dos materiais de referência<br />
Estudar à fundo os materiais de referência,<br />
caso existam para a temática do projeto.<br />
Observação dos processos na prática<br />
Realizar a Jornada do Serviço, percorrendo os<br />
processos com quem os executa, observando<br />
como os processos são de fato executados<br />
Planejamento das entrevistas<br />
Estruturar um roteiro para as entrevistas que<br />
serão realizadas e estabelecer um cronograma<br />
em conjunto com a equipe expandida.<br />
Realização das entrevistas de entendimento do processo<br />
Realizar as entrevistas para o entendimento<br />
dos processos, mapeando-os, seja com fluxos<br />
lúdicos ou formais, além de outras ferramentas.<br />
PARTICIPANTES<br />
• Líder do projeto<br />
• Equipe do projeto<br />
• Equipe expandida<br />
FERRAMENTAS<br />
• Entrevistas semi-estruturadas<br />
• Jornada do Serviço<br />
• Jornada do Cliente<br />
• Mapeamento dos Processos<br />
DICAS<br />
• É muito importante que todos os passos e<br />
atividades do entendimento dos<br />
processos sejam documentadas, por meio<br />
de anotações e/ou fotografias.<br />
• Nem sempre o que está sendo falado<br />
corresponde à realidade! Converse com<br />
diferentes atores para buscar o cenário<br />
completo<br />
47
48<br />
OBJETIVO<br />
“Consolidar diagnóstico”, é a etapa onde recolhemos todo o conhecimento absorvido na etapa<br />
anterior e o analisamos, criando um diagnóstico robusto dos processos trabalhados na temática do projeto.<br />
É a etapa onde formalizaremos os problemas e observações da etapa “Realizar entendimento dos<br />
processos, dos problemas e oportunidades “<br />
PASSO A PASSO<br />
Levantamento de problemas<br />
Convocar uma reunião onde deve-se repassar<br />
pelas anotações tomadas na etapa anterior e<br />
discutir quais foram os principais problemas<br />
levantados.<br />
Consolidação e priorização dos problemas<br />
Consolidar os problemas levantados em<br />
conjunto com a equipe. Pode ser feito por meio<br />
de uma apresentação, de uma planilha e por<br />
meio da Agenda de Melhorias. Os problemas<br />
devem então ser priorizados, utilizando uma<br />
ferramenta como o Painel de Problemas<br />
Identificação de ganhos rápidos<br />
Identificar o que chamamos de ganhos<br />
rápidos, melhorias simples de serem<br />
implementadas que podem trazer um impacto<br />
considerável aos processos trabalhados<br />
PARTICIPANTES<br />
• Líder do projeto<br />
• Equipe do projeto<br />
FERRAMENTAS<br />
• Guia de Melhorias<br />
• Painel de Problemas<br />
• Agenda de Melhorias<br />
• Diagrama de Pareto<br />
DICAS<br />
• Os dados necessários para se consolidar<br />
o diagnóstico devem ser requisitados<br />
com antecedência, para garantir que as<br />
áreas responsáveis tenham tempo de<br />
providenciá-los.<br />
• Quando consolidando os problemas,<br />
tente pensar em o quais são as possíveis<br />
causas. Essa análise nos ajudará a<br />
encontrar uma solução na próxima etapa
OBJETIVO<br />
A atividade de “Implementar Ganhos Rápidos” tem como objetivo implementar pequenas melhorias<br />
de fácil implementação, a fim de agilizar o projeto e dar visibilidade, ainda na etapa inicial, ao projeto de<br />
transformação.<br />
PASSO A PASSO<br />
Alinhamento da equipe expandida<br />
Alinhe a implantação das melhorias, por mais<br />
simples que sejam, com a equipe expandida.<br />
Implantação das melhorias de baixo esforço<br />
Coloque a mão na massa e auxilie na<br />
implantação! Caso necessário, peça auxílio à<br />
equipe expandida.<br />
Acompanhamento da implantação<br />
Acompanhe e dê visibilidade aos resultados das<br />
melhorias!<br />
PARTICIPANTES<br />
• Líder do projeto<br />
• Equipe do projeto<br />
• Equipe expandida<br />
FERRAMENTAS<br />
• Agenda de Melhorias<br />
DICAS<br />
• Caso não exista uma melhoria muito<br />
simples de ser executada, pode-se fazer<br />
um teste de hipótese: uma<br />
implementação “piloto” da melhoria mais<br />
complexa. Assim, apesar de não<br />
implementarmos totalmente a melhoria,<br />
podemos ainda gerar ganhos enquanto<br />
testamos se a melhoria é viável ou não<br />
49
ATORES<br />
• Líder do projeto<br />
• Equipe do projeto<br />
• Equipe expandida<br />
FERRAMENTAS<br />
• Painel de Melhorias<br />
• Matriz de Priorização<br />
• Agenda de Melhorias<br />
RESULTADOS<br />
• Soluções levantadas e<br />
priorizadas<br />
• Indicadores estabelecidos<br />
INTRODUÇÃO À ETAPA<br />
A etapa “Solução” é a etapa onde, dentro do universo de problemas<br />
elencados, escolheremos quais problemas serão priorizados encontraremos<br />
soluções para tais problemas.<br />
ATIVIDADES<br />
Realizar Workshop<br />
de Ideação<br />
Consolidar e<br />
Priorizar melhorias<br />
Validar solução<br />
com a Governança<br />
Redesenhar<br />
processo<br />
Propor indicadores<br />
Após o entendimento aprofundado da situação atual, a equipe possuí<br />
mapeados todos os problemas e está preparada para conceber e consolidar as<br />
melhores soluções para os processos, visando o alcance dos ganhos<br />
desejados. Recomenda-se o envolvimento da equipe expandida a fim de<br />
refinar as informações relevantes, tais como: causas do problema<br />
identificado, o detalhamento da solução, o esforço de implantação e os<br />
impactos estimados.<br />
As melhorias levantadas são então priorizadas, considerando que o Hospital<br />
possui recursos humanos, tecnológicos e financeiros escassos, além de tempo<br />
restrito para implementação e alcance de resultados de curto prazo.<br />
50
OBJETIVO<br />
O Workshop de Ideação é a atividade do método onde realizaremos o processo de ideação, o<br />
processo de levantamento dos problemas levantados na etapa anterior. Nessa atividade, criaremos um<br />
espaço de co-criação, onde levantaremos um grande número de possíveis soluções, que serão<br />
posteriormente priorizadas e implementadas<br />
PASSO A PASSO<br />
Planejamento do Workshop<br />
Convocar o maior número de pessoas possível<br />
envolvidas no processo para o WS, queremos<br />
uma grande variedade de ideias.<br />
Levantamento de Melhorias<br />
Organização das ideias<br />
Utilizando o Painel de Melhorias, apresente os<br />
principais problemas e peça que pensem em<br />
ideias que resolvam tais problemas.<br />
Agrupe as melhorias nos tipos em que elas se<br />
encaixam, organizando as ideias e facilitando<br />
as consolidação. Lembre-se de documentar os<br />
resultados!<br />
PARTICIPANTES<br />
• Líder do projeto<br />
• Equipe do projeto<br />
• Equipe expandida<br />
FERRAMENTAS<br />
• Painel de Melhorias<br />
DICAS<br />
Durante a realização do workshop de<br />
ideação, não devemos:<br />
• Julgar as ideias apresentadas<br />
• Não aceitar novas ideias<br />
• Ser donos da ideia, não deixando com<br />
que construam e melhorem nossas<br />
ideias<br />
• Restringir a quantidade de ideias<br />
• Aderir à conversas paralelas<br />
• Ser detalhistas nesse momento<br />
51
OBJETIVO<br />
Na etapa de “Consolidar e priorizar melhorias”, temos como objetivo organizar as melhorias<br />
levantadas e priorizá-las, levando em conta o esforço necessário para implementação, o impacto gerado<br />
pela melhoria e o tempo exigido para implementar a melhoria.<br />
PASSO A PASSO<br />
Revisão das melhorias levantadas<br />
Em conjunto com a equipe do projeto, repasse<br />
as melhorias levantadas no workshop<br />
Priorização das melhorias levantadas<br />
Utilizando a Matriz de Priorização, classifique<br />
as melhorias nos eixos da matriz, utilizando<br />
post-its de cores diferentes para expressar o<br />
esforço de implementação<br />
Consolidação das melhorias priorizadas<br />
Consolide as melhorias, suas classificações e<br />
priorizações na agenda de melhorias, a fim de<br />
se ter um documento que unifique os<br />
problemas, as melhorias e suas priorizações.<br />
PARTICIPANTES<br />
• Líder do projeto<br />
• Equipe do projeto<br />
FERRAMENTAS<br />
• Matriz de Priorização de Melhorias<br />
• Agenda de Melhorias<br />
DICAS<br />
• Algumas melhorias são muito<br />
interessantes e teriam um impacto<br />
substancial no processo. Contudo, é<br />
importante que a melhoria seja exequível<br />
e prática. Uma solução que não<br />
conseguimos implantar não é útil como<br />
solução<br />
52
OBJETIVO<br />
A atividade de “Validação da Solução com a Governança” tem como objetivo alinhar as melhorias<br />
levantadas e convencer a governança que tais melhorias trarão impactos positivos para a execução do<br />
processo<br />
PASSO A PASSO<br />
Planejamento da reunião<br />
Alinhar a reunião com o patrocinador do<br />
projeto, marcando a reunião e mandando os<br />
convites com antecedência<br />
Planejamento da apresentação<br />
Estruture a apresentação de forma que o<br />
diagnóstico seja apresentado de maneira clara,<br />
demonstrando de onde saíram as soluções e<br />
quais problemas elas se propõem à resolver<br />
Apresentação para a governança<br />
Na reunião de validação, apresente as<br />
melhorias à governança, procurando o aval<br />
para interferir nos processos e a autonomia<br />
para tal.<br />
PARTICIPANTES<br />
• Líder do projeto<br />
• Equipe do projeto<br />
• Governança<br />
FERRAMENTAS<br />
• Agenda de Melhorias<br />
DICAS<br />
• Agora com um maior conhecimento dos<br />
processos e dos problemas, podemos<br />
apresentar uma versão mais confiante<br />
dos ganhos esperados. Essa visão<br />
ajudará a governança à validar a solução<br />
53
OBJETIVO<br />
O objetivo do redesenho é criar uma referência de como as melhorias nos processos serão executados.<br />
Deste modo, são desenvolvidos e validados o resenho do processo que contempla a sua visão de futuro,<br />
por meio da entrega de fluxogramas, manuais e indicadores para o processo.<br />
PASSO A PASSO<br />
Planejamento das reuniões<br />
Convocar reuniões com a equipe expandida<br />
para o redesenho do processo. Os executores<br />
dos processos ajudarão a tangibilizar as<br />
melhorias no dia a dia do processo.<br />
Redesenho do processo<br />
Utilizando o guia de notação BPMN e o auxílio<br />
de funcionários capacitados em Bizagi, realizar<br />
o redesenho do novo processo, ou como é<br />
chamado, TO BE.<br />
Divulgação dos fluxos redesenhados<br />
Divulgar para os envolvidos no processo o novo<br />
fluxograma, para que ele saibam como<br />
executar o processo redesenhado<br />
PARTICIPANTES<br />
• Líder do projeto<br />
• Equipe do projeto<br />
• Equipe expandida<br />
FERRAMENTAS<br />
• Agenda de Melhorias<br />
• Modelagem de Processos<br />
DICAS<br />
• Uma das vantagens do redesenho do<br />
processo é a padronização inerente à<br />
modelagem do processo. Redesenhando<br />
o processo, criamos uma nova referência<br />
de como o processo deve ser executado.<br />
54
OBJETIVO<br />
O objetivo da atividade de “Propor Indicadores” é encontrar meios de se quantificar a eficiência do projeto,<br />
para que se tenham informações gerenciais objetivas quanto à saúde do processo. Tais indicadores<br />
deverão ser monitorados nas próximas etapas<br />
PASSO A PASSO<br />
Estudo dos sistemas<br />
Verificar, caso aplicável, os sistemas que são<br />
utilizados no processo, observando que tipo de<br />
extração de dados pode ser feita.<br />
Composição dos indicadores<br />
Os indicadores devem ser compostos de dados<br />
fáceis de serem obtidos, e é vantajoso que a<br />
rotina de obtenção desses dados seja<br />
incorporada à execução dos processos.<br />
Consolidação dos indicadores<br />
Consolidar os indicadores levantados na Ficha<br />
de Indicadores, a fim de explicitar o que os<br />
indicadores significam, como são calculados, a<br />
fonte dos dados, a periodicidade e o<br />
procedimento de coleta<br />
PARTICIPANTES<br />
• Líder do projeto<br />
• Equipe do projeto<br />
FERRAMENTAS<br />
• Ficha de Indicadores<br />
DICAS<br />
• Não adianta termos muitos indicadores<br />
de baixa qualidade. Sugere-se utilizar<br />
poucos, porém, bons indicadores de<br />
acordo com temáticas mais aderentes ao<br />
ponto crítico de cada processo.<br />
55
ATORES<br />
• Líder do projeto<br />
• Equipe do projeto<br />
• Equipe expandida<br />
FERRAMENTAS<br />
• Agenda de Melhorias<br />
• Plano de Implantação<br />
RESULTADOS<br />
• Melhorias implantadas<br />
• Novos processos<br />
estabilizados<br />
INTRODUÇÃO À ETAPA<br />
A etapa “Implantação” é a culminação do projeto de transformação de<br />
processos. Nessa etapa implementaremos as melhorias levantadas e<br />
priorizadas nas etapas anteriores.<br />
ATIVIDADES<br />
Planejar Implantação<br />
Realizar implantação<br />
Encerrar projeto e<br />
ativar Gestão do Dia a<br />
Dia<br />
Não existe um passo a passo definido para implementar as soluções , sejam<br />
elas relacionadas às atividades dos processos, pessoas e organização,<br />
sistemas e infraestrutura. Cada solução de melhoria proposta para um projeto<br />
possui especificidades e cabe aos responsáveis pelas soluções de melhoria<br />
definir o método mais apropriado para a implementação das mesmas.<br />
Após a implementação das soluções propostas e consequente alcance dos<br />
ganhos estabelecidos inicialmente para o projeto, inicia-se a operação<br />
assistida do novo processo, a Gestão do Dia a Dia. Na próxima etapa, os<br />
processos serão monitorados, indicadores e ritos de gestão são estabelecidos<br />
para acompanhar a estabilização do processo.<br />
56
OBJETIVO<br />
O Planejamento da Implantação é a atividade onde realizaremos planejaremos o processo de<br />
implantação das melhorias levantadas na última etapa. Aqui pactuaremos quem serão os responsável<br />
pelas atividades que devem ser tomadas e o prazo para a realização de tais atividades.<br />
PASSO A PASSO<br />
Preenchimento do PIP<br />
Preencher, de acordo com as melhorias<br />
levantadas e consolidadas na Agenda de<br />
Melhorias, o Plano de Implantação, também<br />
chamado de PIP<br />
Validação do PIP<br />
Validar o Plano de Implantação com os atores<br />
envolvidos<br />
Divulgação do PIP para os executores dos processos<br />
Divulgar, para os executores da implantação, a<br />
versão final e validada do PIP, para que a<br />
equipe responsável esteja alinhada.<br />
PARTICIPANTES<br />
• Líder do projeto<br />
• Equipe do projeto<br />
FERRAMENTAS<br />
• Agenda de Melhorias<br />
• Plano de Implantação<br />
DICAS<br />
• Caso a solução exija alguma<br />
modificação de sistema, é importante<br />
incluir um membro da T.I. para<br />
auxiliar a equipe desde o início da<br />
implantação<br />
57
OBJETIVO<br />
O objetivo da etapa “Realizar Implantação” é implantar as melhorias levantadas e priorizadas nas<br />
etapas anteriores, a fim de melhorar o desempenho do processo e atingir os ganhos almejados, sejam eles<br />
de eficiência operacional, redução de custos ou aumento da satisfação dos pacientes.<br />
PASSO A PASSO<br />
Comunicação da equipe<br />
Garantir a comunicação da equipe, de forma<br />
que todos estejam a par do status da<br />
implantação<br />
Atenção para os possíveis entraves<br />
Estar preparado e identificar entraves o mais<br />
cedo possível, pois cada tipo de entrave<br />
demanda um tratamento diferente<br />
Resolução de etraves<br />
Utilizar o apoio da equipe expandida para<br />
resolver entraves técnicos, e caso o entrave<br />
seja político, utilizar o apoio do patrocinador e<br />
da governança do hospital.<br />
PARTICIPANTES<br />
• Líder do projeto<br />
• Equipe do projeto<br />
• Equipe expandida<br />
FERRAMENTAS<br />
• Plano de Implantação<br />
DICAS<br />
• A mudança e implantação não ocorre<br />
da sala de projeto. Não é suficiente<br />
somente coordenar os esforços da<br />
equipe, é preciso colocar a mão na<br />
massa e fazer acontecer<br />
58
OBJETIVO<br />
A atividade de “Encerrar Projeto e Ativar Gestão do Dia a Dia” tem como objetivo concluir o projeto de<br />
transformação, após a implementação do projeto, e, com a Gestão do Dia a Dia, iniciar a operação assistida<br />
dos processos que foram trabalhados, a fim de garantir que eles mantenham seu desempenho após o<br />
esforço de implantação<br />
PASSO A PASSO<br />
Formalização do projeto<br />
Realizar as últimas alterações nos<br />
procedimentos, políticas e normas,<br />
formalizando o projeto de transformação<br />
Levantamento de lições aprendidas<br />
Na reunião de encerramento, passar pelas<br />
maiores dificuldades e reconhecer quais foram<br />
as lições aprendidas.<br />
Ativação da Gestão do Dia a Dia<br />
Marcar a reunião do primeiro rito de gestão,<br />
onde se definirão como acontecerá a gestão<br />
do dia a dia, a definição de papéis e<br />
responsabilidades<br />
PARTICIPANTES<br />
• Líder do projeto<br />
• Equipe do projeto<br />
• Equipe expandida<br />
FERRAMENTAS<br />
• Não há.<br />
DICAS<br />
• A celebração dos resultados é de<br />
muitas vezes relevada, mas de extrema<br />
importância. Comemorar os resultados<br />
aumenta a motivação da equipe e<br />
reconhece todo o esforço despendido<br />
no projeto<br />
59
O método de Gestão de Dia a Dia será utilizado por nós como uma ferramenta para auxiliar na estabilização<br />
dos processos e na melhoria contínua dos mesmos.<br />
Tal método não apresenta intervenções radicais ou saltos de desempenho dos processos como o método de<br />
transformação, contudo, podemos trazer, ao longo de ciclos de melhorias, ganhos substanciais para os<br />
processos trabalhados nos HUFs.<br />
Nas próximas seções, detalharemos as etapas e as atividades do método de Gestão do Dia a Dia, de forma<br />
que o método possa ser utilizado nos processos que julguemos necessários.<br />
O <strong>Método</strong> de Gestão do Dia a Dia da Rede Ebserh é divido<br />
em três etapas:<br />
ATIVAR GESTÃO DO DIA A DIA<br />
MANTER DESEMPENHO DO PROCESSO<br />
62<br />
MELHORAR DESEMPENHO DO PROCESSO<br />
A representação visual do método possuí esse formato<br />
devido à sua natureza inerentemente cíclica. Uma vez que a<br />
Gestão do Dia a Dia é ativada, entramos em um ciclo de<br />
melhoria contínua
1. ATIVAR GESTÃO DO<br />
DIA A DIA<br />
Estabelecer escopo de atuação<br />
Definir atores e ritos de gestão<br />
Definir indicadores e metas<br />
para controle<br />
2. MANTER<br />
DESEMPENHO DO<br />
PROCESSO<br />
Coletar indicadores do<br />
desempenho do processo<br />
Analisar desempenho do<br />
processo<br />
Definir ações a serem tomadas<br />
3. MELHORAR<br />
DESEMPENHO DO<br />
PROCESSO<br />
Construir plano de ação<br />
Implantar plano de ação<br />
Padronizar processo<br />
63
Antes de explorarmos as etapas do <strong>Método</strong> de Gestão do Dia a Dia, precisamos explorar dois conceitos<br />
fundamentais que serão utilizados ao longo das etapas: O dono do processo (também chamado de líder do<br />
processo) e os escopos de atuação. Ambos são definições que serão feitas na etapa de ativação da Gestão<br />
do Dia a Dia.<br />
Quem é o Dono do Processo?<br />
O Dono do Processo é um<br />
profissional dedicado, parcial ou<br />
integralmente, a cuidar<br />
efetivamente da melhoria e da<br />
sustentação do desempenho de<br />
processos, suportando os<br />
gestores;<br />
Devemos ter poucos e qualificados<br />
donos de processo de acordo com<br />
a maturidade dos processos e da<br />
organização<br />
Acreditamos que esse é o papel<br />
que efetivamente precisa ser<br />
formalizado para suportar a<br />
gestão orientada por processos.<br />
Quais as responsabilidades?<br />
• Cuidar para que os ritos de<br />
gestão sejam seguidos e as<br />
agendas respeitadas.<br />
• Auxiliar na coleta de<br />
indicadores<br />
• Reunir informações sobre o<br />
processo<br />
• Acompanhar o andamento das<br />
ações de melhoria<br />
• Executar ações de melhoria<br />
sob sua responsabilidade<br />
• Acionar o patrocinador(es)<br />
sempre que necessário para<br />
tomada de decisão<br />
Quais os benefícios?<br />
• Conhecer<br />
profundamente o<br />
processo/negócio<br />
• Ter acessos facilitado<br />
aos gestores<br />
• Estar próximo das<br />
decisões<br />
• Ser uma peça chave na<br />
execução de melhorias<br />
em prol do Hospital<br />
• Formar-se para<br />
assumir posições de<br />
liderança no HU<br />
64
A definição do escopo de um processo é a definição do que o processo trata, quais os seus limites e quais<br />
atividades são compreendidas. A definição do escopo de atuação é uma definição semelhante, precisamos<br />
definir quais serão os limites da atuação na Gestão do Dia a Dia. Para tal, existem duas principais opções de<br />
escopo de atuação:<br />
A gestão funcional trabalha o processo somente na área<br />
trabalhada.<br />
VANTAGENS<br />
• Maior facilidade de<br />
Controle e Gestão<br />
• Envolve menos choques<br />
políticos<br />
• Decisões tomadas mais<br />
rapidamente<br />
DESVANTAGENS<br />
• Melhorias de baixo valor<br />
agregado ao paciente<br />
• Aumento de duplicação de<br />
esforço<br />
• Menor visibilidade de<br />
problemas crônicos<br />
advindos das interfaces<br />
Exemplo:<br />
Gestão do Dia a Dia na área de “Compras”:<br />
A atuação da equipe de Gestão do Dia a Dia deve gerir o processo<br />
de aquisição somente no que tange a Seção de Compras. Ou seja,<br />
devemos gerir o processo DA solicitação de compras recebida ATÉ<br />
a negociação efetuada.<br />
A gestão ponta a ponta trabalha o processo como um todo,<br />
independente da complexidade ou o número de áreas<br />
envolvidas.<br />
VANTAGENS<br />
• Melhorias de alto valor<br />
agregado ao paciente<br />
• Redução de duplicação de<br />
esforço<br />
• Maior visibilidade de<br />
problemas crônicos<br />
advindos das interfaces<br />
DESVANTAGENS<br />
• Menor facilidade de<br />
Controle e Gestão<br />
• Envolve mais choques<br />
políticos<br />
• Decisões tomadas mais<br />
lentamente<br />
Exemplo:<br />
Gestão do Dia a Dia no processo de “Adquirir Bens e Serviços”:<br />
A atuação da equipe de Gestão do Dia a Dia deve gerir todo o<br />
processo, desde a necessidade de compra identificada até o<br />
produto ou serviço ser entregue e pago.<br />
SOLICITANTE<br />
COMPRAS<br />
JURÍDICO CONTAS A PAGAR<br />
SOLICITANTE<br />
COMPRAS<br />
JURÍDICO CONTAS A PAGAR<br />
65
Outro conceito que precisa estar muito claro é o conceito de indicadores, a base de um dos princípios<br />
trabalhados: decisões baseadas em fatos e dados.<br />
MAS AFINAL, O QUE É UM INDICADOR?<br />
DEFINIÇÃO FORMAL: O indicador é definido como uma<br />
relação entre variáveis que compõe um índice.<br />
DEFINIÇÃO PRÁTICA: O indicador é uma medição que tem<br />
por objetivo trazer informações gerenciais sobre o<br />
processo<br />
“INDICADOR É A<br />
FERRAMENTA PELA QUAL<br />
MENSURAMOS O<br />
DESEMPENHO DE UM<br />
PROCESSO”<br />
EXEMPLOS DE INDICADORES:<br />
• Tempo de espera do paciente<br />
• Percentual de chamados de<br />
manutenção atrasados<br />
• Kg de roupas sujas por paciente por dia<br />
COMO PROPOR INDICADORES?<br />
1. Com a equipe do projeto, passe<br />
pelas principais etapas do<br />
processo, a fim de que todos<br />
tenham uma visão ponta-a ponta<br />
3. Preencha a Ficha de<br />
Indicadores, que consolidará<br />
todas as informações<br />
necessárias sobre o indicadores<br />
66<br />
• Percentual de equipamentos médico<br />
hospitalares instalados<br />
2. Identifique quais são as<br />
etapas que devem ser<br />
mensuradas e como podemos<br />
mensurá-las
O Rito de Gestão é o aspecto fundamental na qual a Gestão do Dia a Dia se baseia. É a reunião onde<br />
monitoramos o processo, planejamos ações e revemos a efetividade das medidas tomadas. Apesar de se<br />
chamar gestão do “dia a dia”, o rito de gestão não precisa ser necessariamente uma atividade diária.<br />
Contudo, necessitamos de uma frequência pré-estabelecida<br />
COMO INAUGURAR O RITO?<br />
1. Fazer a reserva da sala e mandar os convites com<br />
antecedência.<br />
2. Fazer uma dinâmica quebra-gelo com os participantes.<br />
Ex: Todos se apresentam e dizem a melhor qualidade do colega ao lado,<br />
ou se apresentam e contam uma piada.<br />
3. Definir quem será o Dono do Processo.<br />
4. Definir a periodicidade das reuniões. Encorajamos a<br />
escolha de um Rito semanal, sempre em um mesmo<br />
horário, em uma mesma sala.<br />
5. Apresentar a equipe ao Painel do Processo, ferramenta<br />
que será utilizada ao longo de toda a Gestão do Dia a Dia<br />
do processo.<br />
PARA GUIAR AS<br />
DISCUSSÕES DO RITO<br />
INAUGURAL DA GESTÃO<br />
DO DIA A DIA, UTILIZE A<br />
FICHA DE ATIVAÇÃO<br />
DO DIA A DIA<br />
É importante ressaltar que as principais definições<br />
necessárias para o sucesso da Gestão do Dia a Dia,<br />
que serão elencadas na primeira etapa do <strong>Método</strong>,<br />
serão definidas no Rito Inaugural de Gestão. Assim,<br />
é importante que a equipe esteja alinhada e<br />
preparada para tomar as decisões necessárias e<br />
começar a Gestão do Dia a Dia com o pé direito<br />
67
ATORES<br />
• Dono do Processo<br />
• Equipe da Gestão do Dia a<br />
Dia<br />
FERRAMENTAS<br />
• Ficha de Ativação do Dia a<br />
Dia<br />
• Ficha de Indicadores<br />
RESULTADOS<br />
• Equipe, Escopo e<br />
Indicadores definidos<br />
INTRODUÇÃO À ETAPA<br />
A etapa “Ativar Gestão do Dia a Dia” é a etapa divisora de águas entre a<br />
Transformação do Processo e a Gestão do Dia a Dia. Nesta etapa, deverão ser<br />
pactuadas as regras do jogo para os ciclos de monitoramento e melhora.<br />
ATIVIDADES<br />
Estabelecer escopo de<br />
atuação<br />
Definir atores e ritos de<br />
gestão<br />
Definir indicadores e<br />
metas para controle<br />
A primeira etapa do <strong>Método</strong> de Gestão do Dia a Dia, é, assim como no <strong>Método</strong> e<br />
Transformação de Processos, uma etapa de planejamento. Nessa etapa iremos<br />
definir o que coloquialmente chamamos de “regras do jogo”, ou seja as definições<br />
necessárias para que o <strong>Método</strong> de Gestão do Dia a Dia seja executado com<br />
sucesso. Definiremos a equipe e a figura responsável pela Gestão do Dia a Dia, o<br />
escopo de atuação, firmaremos os indicadores levantados e as metas que<br />
devemos seguir.<br />
Devemos ressaltar que a Gestão do Dia a Dia é sugerida para o acompanhamento<br />
dos processo após o projeto de transformação, mas nem todos os processos<br />
devem ser contemplados. A Gestão do Dia a Dia é uma abordagem pode consumir<br />
tempo e esforço consideráveis. Assim, os processos que frequentemente são<br />
geridos desta maneira são os processos de alto impacto e alta complexidade<br />
68
OBJETIVO<br />
A atividade “Estabelecer Escopo de Atuação”, tem como objetivo delimitar o escopo do processo que<br />
será gerenciado. Precisamos definir a lógica de gestão que será aplicada ao processo.<br />
PASSO A PASSO<br />
Apresentação da ferramenta<br />
Na primeira reunião, marcada na última<br />
etapa do Projeto de Transformação, o líder do<br />
projeto deve apresentar a ficha de ativação e<br />
explicar os campos nela presente.<br />
Discussão do escopo<br />
Em conjunto com a equipe, deve-se discutir<br />
sobre as duas visões de escopo de atuação,<br />
pensando nos prós e contras para cada<br />
processo que será trabalhado, com base na<br />
sua formalização e complexidade.<br />
Definição do escopo<br />
Com base na maturidade do processo e a<br />
formalização que ele possuí (o processo<br />
possuí uma clara definição de escopo? Possui<br />
um fluxo mapeado?), deve-se definir um<br />
escopo de atuação, que será formalizado na<br />
Ficha de Ativação do Dia a Dia<br />
PARTICIPANTES<br />
• Líder do projeto<br />
• Equipe do projeto<br />
FERRAMENTAS<br />
• Ficha de Ativação da Gestão do Dia a<br />
Dia<br />
DICAS<br />
• Não são todos os processos que devem<br />
ser geridos pelo <strong>Método</strong> de Gestão do<br />
Dia a Dia! Normalmente, os processos<br />
trabalhados são processos com alto<br />
impacto e alta complexidade.<br />
• A Gestão da Rotina de processos pode,<br />
e em muitos casos deve ocorrer no<br />
nível funcional e processual!<br />
69
70<br />
OBJETIVO<br />
A atividade de “Definir Atores e Ritos de Gestão”, tem como objetivo definir quem será a figura do<br />
Dono do Processo e a equipe que conduzirá a Gestão da Rotina nos processos que serão contemplados no<br />
método.<br />
PASSO A PASSO<br />
Definição da Equipe<br />
Definir quem será a equipe que conduzirá a<br />
Gestão do Dia a Dia. Assim como a equipe<br />
expandida, é interessante que tenhamos uma<br />
equipe multidisciplinar, com pessoas da área<br />
de negócios e executores do processo<br />
Definição do Líder<br />
Estabelecer um líder responsável por conduzir<br />
os ritos de Gestão da Rotina. No caso de um<br />
processo ponta a ponta, este será o dono do<br />
processo. No caso de uma gestão mais<br />
funcional, o líder será o próprio gerente da área<br />
ou alguém da área responsável pela melhoria<br />
contínua.<br />
Definição do Rito<br />
Estabelecer o formato, periodicidade e<br />
frequência das reuniões. Chamamos tais<br />
reuniões de “Ritos de Gestão”<br />
PARTICIPANTES<br />
• Líder do projeto<br />
• Equipe do projeto<br />
• Dono do Processo<br />
FERRAMENTAS<br />
• Ficha de Ativação da Gestão do Dia a<br />
Dia<br />
DICAS<br />
• Não necessariamente necessitamos ter<br />
a mesma equipe ou a mesma pessoa<br />
que atuou na transformação do<br />
processo atuando na gestão do Dia a<br />
Da. Contudo, o conhecimento adquirido<br />
no <strong>Método</strong> anterior pode ser uma<br />
grande vantagem à equipe
OBJETIVO<br />
Nesta atividade, de “Definir indicadores e metas para controle”, temos como objetivo a definição de<br />
parâmetros que podem ser usados para indicar a saúde e desempenho do processo. Alguns indicadores<br />
foram levantados na etapa “Solução” do <strong>Método</strong> de Transformação de Processos, esse é o momento de<br />
validá-los e acrescentar mais indicadores, caso seja necessário.<br />
PASSO A PASSO<br />
Revisão dos Indicadores<br />
Discutir com a equipe os indicadores propostos<br />
anteriormente. Eles são necessários? São<br />
viáveis de coleta e análise? Existe mais algum<br />
indicador que seria interessante considerar?<br />
Consolidação dos Indicadores<br />
Consolidar os indicadores levantados na Ficha<br />
de Indicadores, a fim de explicitar o que os<br />
indicadores significam, como são calculados, a<br />
fonte dos dados, a periodicidade e o<br />
procedimento de coleta.<br />
Definição de metas a serem alcançadas<br />
Definir as metas para os indicadores<br />
escolhidos, considerando que as metas devem<br />
ser atingíveis, pactuadas por todos e atreladas<br />
a um prazo.<br />
PARTICIPANTES<br />
• Dono do Processo<br />
• Equipe do projeto<br />
FERRAMENTAS<br />
• Ficha de Ativação do Dia a Dia<br />
• Ficha de Indicadores<br />
DICAS<br />
• Uma jeito simples de se escrever uma<br />
meta é utilizando a regra:<br />
META = OBJETIVO + VALOR + PRAZO<br />
Ex:<br />
META = manter o tempo médio de<br />
atendimento + em 5 dias úteis + até o final<br />
do ano<br />
71
ATORES<br />
• Dono do Processo<br />
• Equipe da Gestão do Dia a<br />
Dia<br />
FERRAMENTAS<br />
• Painel do Processo<br />
• Ficha de Indicadores<br />
RESULTADOS<br />
• Processo monitorado<br />
• Desempenho do processo<br />
mantido dentro do patamar<br />
de desempenho esperado<br />
INTRODUÇÃO À ETAPA<br />
A etapa “Manter Desempenho do Processo” é a etapa que inicia a natureza cíclica<br />
da Gestão do Dia a Dia. Nessa etapa analisamos o desempenho do processo para<br />
que ele seja melhorado na próxima etapa.<br />
ETAPAS<br />
Coletar indicadores do<br />
desempenho do<br />
processo<br />
Analisar desempenho<br />
do processo<br />
Definir ações a serem<br />
tomadas<br />
A natureza dessa etapa é semelhante à etapa “Solução”, do <strong>Método</strong> de<br />
Transformação de Processos, de uma forma mais ágil. Iremos nessa etapa avaliar<br />
a saúde do processo, o seu desempenho, e, caso não esteja no patamar que<br />
desejamos, iremos definir ações e traçar planos para que o desempenho do<br />
processo atinja os níveis desejados. Ou seja, uma vez ativada a Gestão do Dia a<br />
Dia, essa etapa é a etapa que começaremos a atuar no processo, monitorando-o.<br />
O Painel do Processo é uma ferramenta que será de extrema utilidade para essa<br />
etapa, pois será o instrumento fundamental do Rito de Gestão. Durante o Rito,<br />
utilizaremos o Painel para observar os indicadores, verificar quais ações estavam<br />
com quais responsáveis, quais os pontos de atenção, etc. Tal ferramenta servirá<br />
como guia das discussões que devem ocorrer,<br />
72
OBJETIVO<br />
A atividade de “Coletar indicadores do desempenho do processo”, tem como objetivo reunir os<br />
insumos para uma análise crítica do desempenho do processo.<br />
PASSO A PASSO<br />
Alinhar a coleta dos indicadores com os executores<br />
Explicar para os executores, ainda mais caso<br />
a ajuda deles seja necessária na coleta, o que<br />
são os indicadores e sua importância, assim<br />
os executores do processo assumem um<br />
papel ativo na Gestão do Dia a Dia<br />
Coletar os dados necessários e compor os indicadores<br />
Coletar, seja via sistema, planilha, ou alguma<br />
outra forma de registro, os dados que compõe<br />
indicadores.<br />
Consolidar informações sobre o desempenho do processo<br />
Utilizando a Ficha de Indicadores e o Painel<br />
do Processo, consolidar os dados extraídos<br />
para essa coleta dos indicadores, além de<br />
atualizar o método de coleta, caso tenham<br />
ocorrido mudanças desde a última coleta<br />
PARTICIPANTES<br />
• Dono do processo<br />
• Equipe da Gestão do Dia a Dia<br />
• Executores do processo<br />
FERRAMENTAS<br />
• Painel do Processo<br />
• Ficha de Indicadores<br />
DICAS<br />
• É responsabilidade do Dono (ou Líder)<br />
do Processo a coleta dos indicadores.<br />
Isso não significa que ele tenha que<br />
coletar todos os indicadores, mas que<br />
deve articular a equipe para que todos<br />
os indicadores sejam coletados.<br />
73
OBJETIVO<br />
A atividade de “Analisar Desempenho do Processo”, tem como objetivo, utilizando os indicadores<br />
coletados na atividade anterior, extrair informações gerenciais que propiciem uma análise crítica acerca da<br />
saúde e desempenho dos processo trabalhados.<br />
74<br />
PASSO A PASSO<br />
Análise do comportamento com relação à série histórica<br />
Analisar, utilizando ferramentas gráficas e<br />
técnicas de análise de dados, o comportamento<br />
do indicador ao longo do tempo em que ele foi<br />
monitorado. Existem oscilações ou tendências?<br />
Qual motivo causou tal variação?<br />
Análise do comportamento com relação à meta definida<br />
É necessário também avaliar o comportamento<br />
em relação à meta definida na etapa “Ativar”.<br />
Essa atividade é uma oportunidade para<br />
verificarmos se a meta foi estabelecida da<br />
forma correta.<br />
Apresentação para a governança<br />
Consolidar, no espaço referente às análises da<br />
Ficha de Indicadores e no Painel do Processo,<br />
as percepções que os indicadores trazem sobre<br />
o processo<br />
PARTICIPANTES<br />
• Dono do processo<br />
• Equipe da Gestão do Dia a Dia<br />
FERRAMENTAS<br />
• Ficha de Indicadores<br />
• Painel do Processo<br />
DICAS<br />
• Não se prenda somente aos<br />
indicadores, dados qualitativos como<br />
eventos, notícias e percepções devem<br />
ser levados em consideração.<br />
• Caso a meta estabelecida tenha sido<br />
arrojada demais, é importante que<br />
alguns ciclos sejam realizados antes da<br />
meta ser alterada. Toda vez que uma<br />
meta é alterada ela perde força e<br />
significado.
OBJETIVO<br />
Na atividade de “Definir Ações a Serem Tomadas” temos o objetivo de, utilizando a análise crítica do<br />
processo, pensarmos em melhorias que podem ser rapidamente implementadas para manter o<br />
desempenho almejado.<br />
PASSO A PASSO<br />
Identificação das dores do processo<br />
Observando-se as análises dos indicadores e<br />
percepções do desempenho do processo,<br />
precisamos elencar quais são os problemas<br />
que têm dificultado os ganhos de resultado<br />
Ideação de melhorias<br />
Utilizando uma dinâmica simplificada da etapa<br />
de “Solução”, encontrar e priorizar melhorias<br />
para as dores dos processos, levando em conta<br />
esforço e impacto alcançados com as melhorias<br />
Pactuação de responsabilidades e consolidação das melhorias<br />
Assinalar responsáveis por implementar essas<br />
pequenas melhorias. Consolidar a melhoria e<br />
responsável no Kanban do Processo, presente<br />
na ferramenta “Painel do Processo”. Essas<br />
atividades devem ser monitoradas durante os<br />
Ritos de Gestão.<br />
PARTICIPANTES<br />
• Dono do processo<br />
• Equipe da Gestão do Dia a Dia<br />
FERRAMENTAS<br />
• Painel do Processo<br />
DICAS<br />
• As mesmas ferramentas utilizadas nas<br />
etapas de “Imersão” e “Solução”<br />
podem ser utilizadas nessa etapa.<br />
75
ATORES<br />
• Dono do Processo<br />
• Equipe da Gestão do Dia a<br />
Dia<br />
INTRODUÇÃO À ETAPA<br />
A etapa “Melhorar Desempenho do Processo” quebra o ciclo de mantimento do<br />
processo para introduzir melhorias, que trarão ganhos incrementais de<br />
desempenho para os processos trabalhados.<br />
ETAPAS<br />
FERRAMENTAS<br />
Construir plano de<br />
ação<br />
Implantar plano de ação<br />
Padronizar processo<br />
• Painel do Processo<br />
• Plano de Implantação<br />
RESULTADOS<br />
• Melhorias implantadas<br />
• Aumento no desempenho<br />
do processo<br />
Na etapa de implantação das melhorias, temos uma versão simplificada da etapa<br />
“Implantar”, resumida novamente em três etapas: planejamento, atuação e<br />
consolidação.<br />
Na Gestão do Dia a Dia, as melhorias propostas não são tão impactantes quanto<br />
as propostas no <strong>Método</strong> de Transformação dos Processos, assim, demandam<br />
menores esforços de planejamento e implantação. Contudo, a supervisão<br />
implantação das melhorias é tão necessária quanto nos projetos de<br />
transformação, devendo ser feitas em todos os ritos de gestão.<br />
76
OBJETIVO<br />
A atividade de construção dos planos de ação tem como objetivo construir um planejamento para a<br />
implantação das melhorias, de forma a auxiliar os executores e a gestão do processo na próxima etapa.<br />
PASSO A PASSO<br />
Construir plano de ação<br />
Para cada melhoria, avaliar o que deve ser<br />
feito para que a melhoria seja implantada<br />
com sucesso, estabelecendo responsáveis e<br />
prazos.<br />
Aprovar o plano de ação<br />
Pactuar com a equipe responsável pela<br />
Gestão do Dia a Dia os planos de ação para<br />
cada melhoria.<br />
Consulta aos executores do processo<br />
Consultar os executores do processo, para que<br />
contribuam com o detalhamento das ideias<br />
pactuadas em reunião por terem o domínio<br />
técnico necessário<br />
PARTICIPANTES<br />
• Dono do processo<br />
• Equipe da Gestão do Dia a Dia<br />
• Executores do processo<br />
FERRAMENTAS<br />
• Painel do Processo<br />
• Plano de Implantação<br />
DICAS<br />
• A utilização do Plano de Implantação<br />
nessa etapa só se faz necessária<br />
quando ocorrem mudanças<br />
estruturantes, de maior complexidade,<br />
para a grande maioria das melhorias<br />
propostas sua formalização no Painel<br />
do Processo é suficiente.<br />
77
OBJETIVO<br />
A atividade de implantação dos planos de ação tem o objetivo de acompanhar as ações traçadas na<br />
etapa anterior até a sua execução.<br />
PASSO A PASSO<br />
Execução da implantação de melhorias<br />
A mudança não ocorre na sala de projeto,<br />
assim, todos devem ter uma participação na<br />
implantação de melhorias pactuadas.<br />
Monitorar o plano de implantação<br />
Coordenar os esforços das equipes, trazendo,<br />
quando necessário os executores do processo,<br />
para que eles forneçam conhecimento técnico<br />
e contribuam para a implantação das melhorias<br />
levantadas<br />
Registrar o avanço da implantação<br />
Registrar, no Kanban do processo, os avanços<br />
das melhorias já implantadas. A gestão visual<br />
ajuda na condução das reuniões e na<br />
implantação das melhorias<br />
PARTICIPANTES<br />
• Dono do processo<br />
• Equipe da Gestão do Dia a Dia<br />
• Executores do processo<br />
FERRAMENTAS<br />
• Painel do Processo<br />
• Plano de Implantação<br />
DICAS<br />
• O Dono do Processo deve ser uma força<br />
constante na implantação,<br />
coordenando os esforços e colocando a<br />
mão na massa quando necessário.<br />
• Garantir a comunicação da equipe é<br />
essencial, traz motivação e dá<br />
visibilidade às melhorias implantadas.<br />
78
OBJETIVO<br />
Na atividade de padronização do processo, devemos consolidar as melhorias implantadas,<br />
atualizando a documentação do processo. Tal ação tem o propósito de formalizar a implantação das<br />
melhorias e incrementar o registro do conhecimento processual do Hospital.<br />
PASSO A PASSO<br />
Revisão da implantação<br />
Durante o Rito, discutir como foi a implantação<br />
das melhorias, levantando erros e acertos na<br />
condução da atividade anterior<br />
Atualização da documentação<br />
Atualize as documentações do processo<br />
alterado de maneira que estas contemplem o<br />
escopo do processo já melhorado. A<br />
padronização lúdica pode auxiliar no<br />
entendimento do processo por seus executores.<br />
Divulgação do novo padrão de referência do processo<br />
Divulgar, entre os executores do processo e<br />
demais interessados o novo padrão de<br />
referência, para que as atividades mapeadas<br />
não caiam no esquecimento<br />
PARTICIPANTES<br />
• Dono do processo<br />
• Equipe da Gestão do Dia a Dia<br />
• Executores do processo<br />
FERRAMENTAS<br />
• Não há<br />
DICAS<br />
• É interessante dar visibilidade, por meio<br />
de uma impressão em A3 ou A0, aos<br />
fluxos, sejam eles lúdicos ou formais,<br />
difundindo conhecimento do processo<br />
entre os executores<br />
79
OBJETIVO<br />
O objetivo da Agenda de Melhorias é catalogar, de forma estruturada e detalhada, todas as ideias de melhoria<br />
identificadas durante a análise dos processos de trabalho. É uma ferramenta de consolidação dos problemas,<br />
soluções e critérios de priorização<br />
DIFICULDADE:<br />
82<br />
QUANDO PODE SER UTILIZADO?<br />
A agenda de melhorias pode ser usada em qualquer situação que envolva problemas e soluções. No <strong>Método</strong> de<br />
Transformação de Processos, utilizamos a Agenda para consolidar os problemas na etapa “Imersão” e,<br />
posteriormente, para consolidar as melhorias da etapa “Solução”.<br />
CONCEITOS IMPORTANTES<br />
COMO UTILIZAR?<br />
1. EXPLORAÇÃO: Identificar evento, causa e consequência<br />
dos problemas.<br />
2. CRIAÇÃO: identificar e nomear ideia melhoria que<br />
resolva, total ou parcialmente o problema elencado na<br />
exploração;<br />
3. PRIORIZAÇÃO: após a ideia de melhoria ter sido descrita,<br />
para que ela seja elencada para execução, é necessário<br />
identificar o esforço necessário, impacto no ganho e<br />
horizonte de implementação;<br />
4. CLASSIFICAÇÃO: com a melhoria descrita e priorizada,<br />
devemos classificar qual o tipo de melhoria, para que<br />
tenhamos uma visão dos diferentes atores que precisamos<br />
envolver (Executores do processo, SGPTI, DivGP, etc.)<br />
FLUXO DE TRABALHO: São melhorias que<br />
propõe alterações nas atividades do processo<br />
ou nas regras de negócio.<br />
PESSOAS E ORGANIZAÇÃO: Melhorias que<br />
envolvem mudanças no quadro de<br />
funcionários e na própria estrutura do HU.<br />
Geralmente envolvem a DivGP<br />
SISTEMAS E INFRAESTRUTURA: Melhorias que<br />
evolvem a área de TI, como melhorias de rede<br />
ou desenvolvimento de sistemas<br />
EXPERIÊNCIA DO PACIENTE: Melhorias que são<br />
focadas em aprimorar a experiência que o<br />
paciente tem quando sendo tratado no HUF.
Falta de organização da fila.<br />
Implantação de sistema de senha para<br />
organização da fila de atendimento de<br />
acordo com o horário de chegada e<br />
prioridades estabelecidas em lei.<br />
Agendas com marcação de<br />
consultas por grandes blocos.<br />
Agendamento de consultas por blocos<br />
de 2 horas a fim de diminuir o tempo<br />
de espera e a superlotação do<br />
ambulatório.<br />
Horários vazios (sem atendimento),<br />
mesmo com equipe e<br />
infraestrutura disponíveis.<br />
Agendamento de maior número de<br />
pacientes por bloco de horário, assim<br />
como confirmação de consultas para<br />
diminuição do absenteísmo.<br />
Falta de previsibilidade do horário<br />
de atendimento.<br />
Indicação da previsão do horário de<br />
atendimento para o paciente no<br />
momento do cadastro.<br />
Quais os<br />
problemas<br />
identificados?<br />
Quais as melhorias propostas<br />
para atacar os problemas<br />
identificados?<br />
Qual a classificação quanto ao<br />
esforço, impacto nos ganhos e<br />
horizonte de implantação?<br />
Qual o tipo de<br />
melhoria?<br />
83
OBJETIVO<br />
A Ficha de Ativação do Dia a Dia tem como objetivo auxiliar na definição de parâmetros essenciais no planejamento<br />
e construção da Gestão do Dia a Dia no Hospital. Tal ferramenta também tem o objetivo de consolidar tais decisões<br />
em um só documento, trazendo um resumo executivo da Gestão do Dia a Dia<br />
DIFICULDADE:<br />
QUANDO PODE SER UTILIZADO?<br />
A Ficha de ativação deve ser utilizada na etapa “Ativar Gestão do Dia a Dia”, como ferramenta âncora para auxiliar<br />
na definição do escopo, atores e estruturação do Rito de Gestão, guiando a discussão e trazendo<br />
COMO UTILIZAR?<br />
1. DEFINA OS PARÂMETROS DO PROJETO: Na reunião de<br />
planejamento da Gestão do Dia a Dia, preencher, em um<br />
esforço conjunto, os campos do documento, que possuem<br />
as definições chave para a condução do trabalho<br />
2. VALIDE O CONTEÚDO COM ATORES CHAVE: após a<br />
elaboração da primeira versão do documento, este deve<br />
ser validado com os atores relevantes no esforço de Gestão<br />
do Dia a Dia<br />
3. DÊ VISIBILIDADE AO DOCUMENTO: Diferente do TAP, a<br />
ficha de ativação não necessita ser apresentada à<br />
governança. Contudo, uma boa prática é apresentar o<br />
documento como um cartão de apresentação, quando se<br />
faz necessário o envolvimento de outros atores.<br />
CONCEITOS IMPORTANTES<br />
ESCOPO: Definição do que o processo engloba:<br />
quais as principais etapas e quais os limites<br />
do processo.<br />
FICHA DE PROCESSOS: Documento que<br />
consolida informações básicas sobre o<br />
processo, como escopo, principais atores,<br />
ferramentas/sistemas, indicadores, etc.<br />
PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO: Documento<br />
utilizado para auxiliar na implementação de<br />
mudanças, complexas, que chamamos de<br />
mudanças estruturantes<br />
84
Qual é o nome<br />
do processo<br />
que será<br />
executado?<br />
REMOVER roupa suja da unidade geradora<br />
Quais são as<br />
etapas do<br />
processo?<br />
Onde o processo<br />
começa e<br />
termina?<br />
Remover enxoval<br />
hospitalar<br />
Remover enxoval<br />
sujo da unidade<br />
geradora<br />
Pesar enxoval sujo<br />
Armazenar enxoval<br />
sujo<br />
Transportar roupa<br />
para lavanderia<br />
externa<br />
Pesar roupa suja<br />
Quem é<br />
responsável pela<br />
gestão do dia a<br />
dia?<br />
Quem é a<br />
equipe que<br />
irá participar<br />
da gestão do<br />
dia a dia?<br />
Maria Beatriz Camargo, Chefe de Hotelaria – Dona do Processo<br />
Rodrigo Silva, Assistente Administrativo<br />
Luisa Torres, Analista de Processos<br />
Rafael Mendonça, Assistente Administrativo<br />
Dra. Márcia Gusmão, Gerente de Atenção à Saúde<br />
Prof. Carlos Augusto Rocha, Superintendente<br />
Qual a previsão<br />
da data da<br />
primeira reunião?<br />
Quanto<br />
tempo a<br />
reunião deve<br />
durar?<br />
30 minutos 60 minutos 90 minutos<br />
Segunda, 01/02, às 14h00<br />
Quais<br />
instrumentos<br />
serão<br />
necessários<br />
para a gestão<br />
do dia a dia?<br />
Ficha de Processos<br />
Plano de Implementação<br />
85
OBJETIVO<br />
Expor de forma clara, sintética e intuitiva os indicadores dos processos que estão sendo geridos, reunindo as<br />
informações essenciais para que se entenda a função e composição dos indicadores, além de uma análise do seu<br />
comportamento<br />
DIFICULDADE:<br />
QUANDO PODE SER UTILIZADO?<br />
Idealmente, a ficha de indicadores deve ser utilizada sempre. Indicadores são peças fundamentais para que um<br />
gestor tome decisões baseadas em fatos e dados, um dos princípios que suportam o <strong>Método</strong>.<br />
COMO UTILIZAR?<br />
1. DADOS: Colete os dados para atualizar os indicadores.<br />
Atualize a planilha base que contém as principais<br />
informações sobre os indicadores em questão. Garanta a<br />
Acuracidade das informações coletadas.<br />
2. GRÁFICOS: Gere os gráficos e atualize ferramenta. Caso a<br />
ficha esteja sendo utilizada de forma digital, basta copiar e<br />
colar o gráfico da planilha. Caso esteja se usando a forma<br />
impressa, basta imprimir e colar na ferramenta.<br />
3. ANÁLISE: Utilizando análise de dados, o conhecimento do<br />
processo e a série histórica do indicador, extraia<br />
informações dos gráficos que resultem em informações<br />
sobre a saúde e desempenho do processo<br />
CONCEITOS IMPORTANTES<br />
RECORTES: Possíveis formas de se compor o<br />
indicador. É interessante pensar bem no<br />
recorte adotado, pois ele pode facilitar ou<br />
dificultar consideravelmente a análise<br />
POLARIDADE: Indica como devemos analisar o<br />
indicador. É desejável que ele seja mais baixo<br />
ou mais alto?<br />
TIPO: Indica qual a classificação do indicador.<br />
Ele é um indicador de resultado? Ou de<br />
Eficiência? Outras possíveis classificações são<br />
eficácia e produtividade.<br />
86
Qual é o nome<br />
do indicador<br />
que será<br />
monitorado?<br />
Tempo médio de limpeza terminal dos leitos<br />
Como esse<br />
indicador deve<br />
ser calculado?<br />
Quais são os<br />
dados que o<br />
compõe?<br />
Como esse<br />
indicador é<br />
definido? O que<br />
ele significa?<br />
O indicador mensura a média de tempo transcorrido do<br />
início da limpeza terminal do leito até a sua conclusão.<br />
= Σ tempo de limpeza dos leitos / Nº limpeza terminal dos<br />
leitos<br />
Qual a<br />
polaridade do<br />
indicador? Ex:<br />
maior melhor<br />
Com qual<br />
periodicidade ele<br />
deve ser medido?<br />
Qual a sua<br />
unidade? (R$,<br />
Dias, etc)<br />
Qual a sua<br />
unidade? (R$,<br />
Dias, etc)<br />
Mensal Minutos Quanto menor melhor Indicador de produtividade<br />
• Por leito individual ou pelo tempo<br />
total de limpeza<br />
• O tempo de limpeza do leito tem diminuído consistentemente,<br />
chegando em valores próximos o suficiente à meta estabelecida, de<br />
forma a indicar o sucesso da implantação das melhorias<br />
Qual o tipo de<br />
indicador? Ex:<br />
Produtividade,<br />
resultado, etc.<br />
O que a série<br />
histórica desse<br />
indicador nos<br />
diz? Como<br />
podemos<br />
interpretá-lo?<br />
Como esse<br />
indicador deve<br />
ser coletado?<br />
Qual o<br />
procedimento<br />
adotado?<br />
Quem é o<br />
responsável<br />
pela coleta do<br />
indicador?<br />
Contar, com um relógio, o tempo<br />
transcorrido no processo de limpeza.<br />
Antônio Augusto<br />
Como o indicador<br />
tem se<br />
comportado?<br />
Quem é a<br />
equipe que<br />
participa da<br />
coleta e<br />
análise?<br />
Pedro Alberto, Vitor Albuquerque, Rafael<br />
Meira, Márcia Nunes e Antônio Augusto.<br />
87
OBJETIVO<br />
O Diagrama de Pareto tem como objetivo nos auxiliar a encontrar a causa mais significativa de um problema.<br />
Baseia-se na teoria que 80% dos problemas se devem à 20% das causas e nos ajuda à priorizar as causas dos<br />
problemas que devem ser tratadas<br />
DIFICULDADE:<br />
QUANDO PODE SER UTILIZADO?<br />
O Gráfico de Pareto pode ser utilizado na etapa de Solução. Para encontrar uma melhoria que seja mais eficiente na<br />
resolução do problema, é interessante que saibamos o que causa tal problema.<br />
COMO UTILIZAR?<br />
Para a construção do gráfico de Pareto, é preciso que exista<br />
um log de dados que deixe explícito a frequência de<br />
ocorrência de cada uma das causas para um problema<br />
existente.<br />
1. PROBLEMA: Defina o problema existente em uma frase.<br />
2. POSSÍVEIS CAUSAS Identifique as possíveis causas para<br />
a ocorrência do problema.<br />
3. FREQUÊNCIA: Insira a frequência de ocorrência de cada<br />
uma das causas identificadas.<br />
4. PRINCIPAIS CAUSAS Identifique as causas representam<br />
aproximadamente 80% do valor acumulado.<br />
CONCEITOS IMPORTANTES<br />
FREQUÊNCIA: Definição do que o processo<br />
engloba: quais as principais etapas e quais os<br />
limites do processo.<br />
FICHA DE PROCESSOS: Documento que<br />
consolida informações básicas sobre o<br />
processo, como escopo, principais atores,<br />
ferramentas/sistemas, indicadores, etc.<br />
PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO: Documento<br />
utilizado para auxiliar na implementação de<br />
mudanças, complexas, que chamamos de<br />
mudanças estruturantes<br />
88
Qual é o nome<br />
do indicador<br />
que será<br />
monitorado?<br />
PROBLEMA Colaboradores atrasam muito para o trabalho<br />
FREQUÊNCIA DE OCORRÊNCIA DE CAUSAS<br />
CAUSAS<br />
SEQ. FREQUÊNCIA ACUMULADO PORCENTAGEM<br />
Trânsito<br />
1 50 40,0% 40,0%<br />
Doença<br />
2 30 64,0% 24,0%<br />
Deixar as crianças na escola<br />
3 28 86,4% 22,4%<br />
Transporte Público atrasou<br />
4 10 94,4% 8,0%<br />
Qual o problema que<br />
estamos investigando?<br />
Qual a frequência com<br />
que as causas<br />
ocorrem? Qual o custo<br />
para o processo? Pode<br />
ser expresso em<br />
minutos, reais ou em<br />
número de vezes que<br />
tal causa ocorre<br />
Chuva<br />
Alarme não tocou<br />
5 5 98,4% 4,0%<br />
6 2 100,0% 1,6%<br />
PROBLEMA<br />
Colaboradores atrasam muito para o trabalho<br />
60<br />
120,0%<br />
FREQUÊNCIA DE OCORRÊNCIA DE CAUSAS<br />
CAUSAS<br />
SEQ. FREQUÊNCIA ACUMULADO PORCENTAGEM<br />
50<br />
100,0%<br />
Trânsito<br />
1 50 40,0% 40,0%<br />
Doença<br />
Crianças<br />
2 30 64,0% 24,0%<br />
3 28 86,4% 22,4%<br />
40<br />
80,0%<br />
Transporte Público<br />
Chuva<br />
4 10 94,4% 8,0%<br />
5 5 98,4% 4,0%<br />
30<br />
60,0%<br />
Alarme<br />
6 2 100,0% 1,6%<br />
20<br />
40,0%<br />
10<br />
20,0%<br />
0<br />
1 2 3 4 5 6<br />
0,0%<br />
FREQUÊNCIA<br />
ACUMULADO<br />
89
OBJETIVO<br />
O guia de melhorias tem como objetivo auxiliar a avaliar a saúde do processo, nas diferentes temáticas de<br />
melhorias. A ferramenta nos auxilia a ter uma visão geral da maturidade do processo, de forma que tenhamos<br />
ainda mais conhecimento do processo.<br />
DIFICULDADE:<br />
QUANDO PODE SER UTILIZADO?<br />
A ferramenta pode ser utilizada nas etapas de “Imersão” e “Solução”, para auxiliar tanto no levantamento de<br />
problemas quanto na concepção de soluções. A ferramenta pode ser utilizada como uma planilha excel ou ainda<br />
implementada via questionário online<br />
COMO UTILIZAR?<br />
1. PREENCHA A FERRAMENTA: Em reunião com os<br />
executores do processo e outros atores que detenham<br />
conhecimento de como o processo é executado, preencha<br />
o checklist, respondendo as perguntas de cada temática<br />
com Sim, Não ou Não se aplica (N/A).<br />
2. ANALISE A FERRAMENTA: Com as perguntas<br />
respondidas, consolide os resultados em uma planilha ou<br />
outro meio similar e extraia as informações desejadas<br />
acerca do processo e sua maturidade.<br />
CONCEITOS IMPORTANTES<br />
FLUXO DE TRABALHO: São melhorias que<br />
propõe alterações nas atividades do processo<br />
ou nas regras de negócio.<br />
PESSOAS E ORGANIZAÇÃO: Melhorias que<br />
envolvem mudanças no quadro de<br />
funcionários e na própria estrutura do HU.<br />
Geralmente envolvem a DivGP<br />
SISTEMAS E INFRAESTRUTURA: Melhorias que<br />
evolvem a área de TI, como melhorias de rede<br />
ou desenvolvimento de sistemas<br />
EXPERIÊNCIA DO PACIENTE: Melhorias que são<br />
focadas em aprimorar a experiência que o<br />
paciente tem quando sendo tratado no HUF.<br />
90
Responder com<br />
Sim, Não ou N/A,<br />
para os diferentes<br />
temas da<br />
ferramenta<br />
91
OBJETIVO<br />
A ferramenta tem como objetivo investigar a fundo cada uma das interações do paciente com os serviços que ele<br />
encontra no HU, permitindo analisar suas expectativas em cada momento e levantar uma grande quantidade de<br />
oportunidades inovadoras. É uma ferramenta mais eficiente quando trabalhada em conjunto, em uma dinâmica.<br />
DIFICULDADE:<br />
QUANDO PODE SER UTILIZADO?<br />
A Jornada do Paciente pode ser utilizada na etapa de “Imersão”, para que tenhamos um conhecimento do processo<br />
do ponto de vista do cliente final do Hospital Universitário, ou seja, o paciente. Essa é uma ferramenta que nos<br />
ajuda a ganhar empatia pela situação do paciente.<br />
COMO UTILIZAR?<br />
CONCEITOS IMPORTANTES<br />
1. ESTUDE A EXPERIÊNCIA DO PACIENTE: Realize o estudo,<br />
o levantamento de informações sobre a percepção e<br />
manifestação do cliente a respeito do processo.<br />
2. REALIZE A DINÂMICA: Reunindo a equipe e atores<br />
relevantes, preencha o documento: Mapeie todas as<br />
grandes etapas, desde o pré-serviço, quando ele sente a<br />
necessidade de obter o serviço, até as atividades de pósserviço.<br />
Detalhe o que o cliente faz em cada uma das<br />
grandes etapas, quais ações ele toma, nos três momentos<br />
que trabalhamos.<br />
PENSA E SENTE: Campo dedicado aos<br />
sentimentos do paciente naquela etapa. Pode<br />
ser preenchido com frases reais de pacientes<br />
consultados, a fim de tangibilizar a ferramenta<br />
e aumentar sua genuinidade, ou frases<br />
sugeridas pela própria equipe, a fim de<br />
potencializar o sentimento de empatia<br />
EXPERIÊNCIA: Resumo do sentimento de<br />
satisfação do paciente com o serviço prestado.<br />
92
Quais as etapas<br />
antes, durante e<br />
após a entrega do<br />
serviço?<br />
PERCEPÇÃO DE<br />
NECESSIDADE<br />
INTENÇÃO PARA IR<br />
AO HOSPITAL<br />
ESCOLHA DO<br />
HOSPITAL<br />
TRIAGEM E<br />
RECEPÇÃO<br />
PACIENTE EM<br />
ATENDIMENTO<br />
ATENDIMENTO<br />
MÉDICO<br />
LIBERAÇÃO<br />
CONSULTA<br />
REALIZADA<br />
TRATAMENTO<br />
DOMICILIAR<br />
O que o cliente de<br />
fato faz antes,<br />
durante e após a<br />
entrega do serviço?<br />
• Perceber que está doente<br />
• Conversar com familiares<br />
• Pesquisa e decidir qual hospital<br />
• Agendar consulta<br />
• Dirigir para hospital<br />
• Se locomover até o HUF<br />
• Realizar entrada no hospital<br />
• Informar dados pessoais<br />
• Esperar ser chamado<br />
• Ser diagnosticado pelo médico<br />
• Locomover-se até sua casa<br />
• Comprar medicamentos<br />
• Avaliar tratamento recebido<br />
• Analisar possibilidade de retornar ao hospital<br />
em outras ocasiões<br />
• Conversar com familiares sobre tratamento<br />
Quais os<br />
pensamentos,<br />
sentimentos e<br />
desejos do cliente<br />
antes, durante e<br />
após a entrega do<br />
serviço?<br />
“Eu preciso ir para hospital?”<br />
“Qual hospital está perto da minha<br />
casa?”<br />
“Qual hospital a minha família vai?”<br />
“Que hospital cheio...que demora para ser<br />
atendido.”<br />
“Que hospital desorganizado, que bagunça!”<br />
“Que atendimento ruim. Parece que não está<br />
feliz fazendo o que faz”.<br />
“Ficarei bem, graças a Deus”.<br />
“Não dá para voltar no hospital nesse<br />
horário... Terrível a demora até eu sair”.<br />
Qual a avaliação da<br />
experiência do<br />
cliente para cada<br />
uma das etapas?<br />
No geral, a experiência é satisfatória.<br />
Paciente tem acesso às informações que<br />
precisa na pagina do HUF.<br />
Grande parte das reclamações ocorrem<br />
durante a experiência como paciente,<br />
considerando a desorganização do<br />
ambulatório e consequente demora<br />
Os pacientes se sentem satisfeitos quando<br />
saem do hospital, mas não gostam da<br />
desorganização e “bagunça” do HUF . A<br />
efetividade do tratamento valoriza a imagem<br />
do hospital para o paciente.<br />
93
OBJETIVO<br />
A Matriz de Priorização tem como objetivo organizar as dores dos processos ou melhorias levantadas em<br />
quadrantes de acordo com os critérios significantes para implantação: Esforço, prazo e impacto gerado. É utilizada<br />
para se definir quais melhorias serão implantadas e em qual ordem.<br />
DIFICULDADE:<br />
QUANDO PODE SER UTILIZADO?<br />
A Matriz de Priorização pode ser utilizada sempre que for necessário priorizar ações. No <strong>Método</strong> de Gestão de<br />
Processos, é utilizada na etapa “Solução”, logo após o Workshop de Ideação<br />
COMO UTILIZAR?<br />
1. PREPARE O MATERIAL: Imprima a matriz de priorização<br />
em um formato grande de papel ou replique os eixos em<br />
um quadro disponível. Certifique-se de ter post-its para que<br />
a melhoria possa ser posicionada e alterada de acordo com<br />
as discussões.<br />
2. CONDUZA A DINÂMICA: Conduza uma discussão acerca<br />
das melhorias levantadas, escrevendo-as nos post-its.<br />
Lembre-se que a cor dos post-its também possuí<br />
significado!<br />
3. REGISTRE O RESULTADO: Para facilitar a consoliação na<br />
agenda de melhorias, tire fotos da matriz ao final da<br />
dinâmica<br />
CONCEITOS IMPORTANTES<br />
ESFORÇO: Critério que nos diz indica o esforço<br />
que necessita ser depreendido para a<br />
implantação da melhoria.<br />
PRAZO: Critério que indica qual o horizonte da<br />
implantação das melhorias. Em conjunto com<br />
o esforço, ambos os critérios indicam a<br />
complexidade da melhoria.<br />
IMPACTO NOS GANHOS: Critério que indica o<br />
quanto a implementação da melhoria<br />
repercutirá nos ganhos de desempenho,<br />
redução de custos ou experiência do paciente.<br />
94
IMPACTO<br />
NOS<br />
GANHOS<br />
MEDIANO ALTO MUITO ALTO<br />
AGENDAR<br />
MAIS<br />
PACIENTES<br />
Utilizamos a matriz de priorização para<br />
termos uma visão geral das melhorias,<br />
assim como classificá-las quanto ao<br />
impacto nos ganhos, esforço utilizado e<br />
tempo de implantação<br />
INDICAR<br />
PREVISÃO DE<br />
HORÁRIO<br />
AGENDA POR<br />
BLOCOS – 2H<br />
INDICAR<br />
PREVISÃO DE<br />
HORÁRIO<br />
SENHAS PARA<br />
ATENDIMENTO<br />
Podemos utilizar Post Its<br />
de diferentes cores para<br />
demonstrar o esforço<br />
que precisaremos para<br />
implantar a melhoria<br />
LEGENDA DE<br />
ESFORÇO<br />
MEDIANO<br />
ALTO<br />
MUITO<br />
ALTO<br />
CURTO MÉDIO LONGO<br />
PRAZO<br />
95
OBJETIVO<br />
O Painel de Ideação é uma ferramenta utilizada para auxiliar na condução de reuniões de ideação de melhorias em<br />
projetos de transformação. Nela é possível levantar e categorizar as melhorias de acordo com a finalidade de cada<br />
uma delas.<br />
DIFICULDADE:<br />
96<br />
QUANDO PODE SER UTILIZADO?<br />
A ferramenta pode e deve ser utilizada na etapa de “Solução”, durante o workshop de ideação, de forma a coletar o<br />
maior número possível de ideias dos membros que participam do Workshop.<br />
COMO UTILIZAR?<br />
1. PREPARE O MATERIAL: Imprima o Painel de Ideação em<br />
um formato grande de papel ou replique os campos em um<br />
quadro disponível. Certifique-se de ter post-its para que as<br />
melhorias sugeridas sejam posicionadas no painel.<br />
2. APRESENTE OS PROBLEMAS: De forma clara, apresente<br />
as dores priorizadas para a dinâmica. Tire as possíveis<br />
dúvidas dos participantes!<br />
3. CONDUZA A DINÂMICA: Utilizando a técnica de<br />
brainstorming, conduza a dinâmica de ideação,<br />
encorajando a adição das novas ideias. É proibido julgar as<br />
ideias sugeridas!<br />
4. REGISTRE O RESULTADO: Para facilitar a consolidação na<br />
agenda de melhorias, tire fotos do painel ao final da<br />
dinâmica<br />
CONCEITOS IMPORTANTES<br />
FLUXO DE TRABALHO: São melhorias que<br />
propõe alterações nas atividades do processo<br />
ou nas regras de negócio.<br />
PESSOAS E ORGANIZAÇÃO: Melhorias que<br />
envolvem mudanças no quadro de<br />
funcionários e na própria estrutura do HU.<br />
Geralmente envolvem a DivGP<br />
SISTEMAS E INFRAESTRUTURA: Melhorias que<br />
evolvem a área de TI, como melhorias de rede<br />
ou desenvolvimento de sistemas<br />
EXPERIÊNCIA DO PACIENTE: Melhorias que são<br />
focadas em aprimorar a experiência que o<br />
paciente tem quando sendo tratado no HUF.
TIPOS DE MELHORIAS<br />
Classificamos<br />
as melhorias<br />
de acordo com<br />
os tipos de<br />
melhorias<br />
PROBLEMAS<br />
PRIORIZADOS<br />
FLUXO DE<br />
TRABALHO<br />
Falta de<br />
organização<br />
da fila<br />
Agendamento<br />
em grandes<br />
blocos de<br />
horário<br />
Horários sem<br />
atendimento,<br />
mesmo com<br />
equipe disponível<br />
Agendamento<br />
de mais<br />
pacientes por<br />
dia<br />
Confirmação da<br />
presença do<br />
paciente no dia<br />
anterior à<br />
consulta<br />
Sistema<br />
ruim<br />
Falta de<br />
previsibilidade<br />
de horário de<br />
atendimento<br />
Previsão de<br />
atendimento no<br />
acolhimento<br />
Os problemas<br />
priorizados<br />
servirão de<br />
base para o<br />
levantamento<br />
de melhorias<br />
PESSOAS E<br />
ORGANIZÃÇÃO<br />
Mobilização da<br />
equipe médica<br />
para<br />
cumprimento de<br />
horário<br />
SISTEMAS E<br />
INFRAESTRTURA<br />
Implantação<br />
de sistema de<br />
senha<br />
Revisão do<br />
formulário de<br />
cadastramento<br />
do paciente<br />
EXPERIÊNCIA<br />
DO CLIENTE<br />
Agendamento<br />
em blocos<br />
menores de<br />
horário<br />
97
OBJETIVO<br />
O Painel de Problemas é uma ferramenta utilizada para auxiliar na priorização dos problemas que concentraremos<br />
nossos esforços, utilizando como critério o impacto que os problemas tem no desempenho do processo.<br />
DIFICULDADE:<br />
QUANDO PODE SER UTILIZADO?<br />
A ferramenta pode ser utilizada ao final da etapa de “Imersão”. Com os problemas elencados, utilizamos o Painel de<br />
Problemas para priorizá-los antes do Workshop de Ideação. É importante que os problemas sejam priorizados em<br />
um momento prévio ao WS de Ideação, pois não conseguimos resolver todos os problemas que existem em um<br />
processo durante um esforço de transformação, precisamos nos concentrar nos problemas principais<br />
COMO UTILIZAR?<br />
1. PREPARE O MATERIAL: Imprima o Painel de Ideação em<br />
um formato grande de papel ou replique os campos em um<br />
quadro disponível. Certifique-se de ter post-its para que os<br />
problemas sugeridos sejam posicionadas no painel.<br />
2. APRESENTE OS PROBLEMAS: De forma clara, apresente<br />
as dores priorizadas para a equipe.<br />
3. CONDUZA A DINÂMICA: Utilizando os dados do<br />
diagnóstico e o conhecimento absorvido na etapa de<br />
aprofundamento no processo, categorize os problemas de<br />
acordo com o seu impacto.<br />
CONCEITOS IMPORTANTES<br />
IMPACTO NOS GANHOS: Critério que indica o<br />
quanto o problema impacta nos nos ganhos do<br />
processo. Os problemas que queremos<br />
resolver no <strong>Método</strong> de Transformação são os<br />
que têm o maior impacto nos ganhos e no<br />
desempenho do processo.<br />
98
Quais os problemas que afligem os<br />
processos?<br />
Falta de<br />
previsibilidade<br />
de horário de<br />
atendimento<br />
Falta de<br />
organização<br />
da fila<br />
Sistema<br />
ruim<br />
Agendamento<br />
em grandes<br />
blocos de<br />
horário<br />
Horários sem<br />
atendimento,<br />
mesmo com<br />
equipe<br />
disponível<br />
MEDIANO ALTO MUITO ALTO<br />
IMPACTO<br />
NOS<br />
GANHOS<br />
Qual o impacto nos<br />
ganhos que o problema<br />
causa?<br />
99
OBJETIVO<br />
O Painel do processo tem como objetivo tornar pública a evolução das ações propostas e os impedimentos<br />
identificados, reduzindo o esforço despendido em consolidação. Além disso, facilita a Gestão do Dia a Dia, servindo<br />
como um instrumento para a condução dos Ritos de Gestão e focando os membros da equipe nas melhorias que<br />
estão sobre sua responsabilidade.<br />
DIFICULDADE:<br />
10<br />
0<br />
QUANDO PODE SER UTILIZADO?<br />
O Painel do Processo pode ser utilizado em qualquer esforço que necessite uma supervisão próxima do processo e<br />
implantação de melhorias. No <strong>Método</strong> de Gestão do Dia a Dia, ele é uma ferramenta âncora de todas as etapas.<br />
COMO UTILIZAR?<br />
1. PREENCHA OS INDICADORES: Com os indicadores<br />
consolidados, preencha os campos dos indicadores e<br />
escreva uma breve análise sobre a situação atual do<br />
processo<br />
2. ATRIBUA AÇÕES À RESPONSÁVEIS: Levante, em conjunto<br />
com a equipe, as ações que precisam ser tomadas,<br />
atribuindo responsáveis e prazos<br />
3. MANTENHA O PAINEL ATUALIZADO: Kanbans são muito<br />
úteis para acompanhar e dar visibilidade à ações que<br />
precisam ser tomadas e monitoradas. Contudo, ele precisa<br />
refletir a situação atual da implantação de melhorias para<br />
ter significado.<br />
CONCEITOS IMPORTANTES<br />
KANBAN: É uma técnica de gestão visual para<br />
o monitoramento de ações que estão sendo<br />
aplicadas. Geralmente possui três campos:<br />
“ações pendentes”, “ações em execução” e<br />
“ações finalizadas”.<br />
PONTO DE ATENÇÃO: Espaço do Painel<br />
reservado para ações que necessitam estar no<br />
nosso radar, como ações que demandam<br />
tempo, ou que podem prejudicar o andamento<br />
do projeto
Qual o nome do<br />
processo?<br />
Quais<br />
indicadores<br />
estamos<br />
monitorando?<br />
Qual a sua<br />
situação?<br />
REALIZAR atendimento e acolhimento do paciente no ambulatório<br />
KANBAN DO PROCESSO<br />
Desde a implantação dos horários em blocos e a implantação do<br />
sistema de senhas (manual), o tempo de espera diminuiu<br />
consideravelmente. Contudo, o indicador de absenteísmo se manteve<br />
constante durante as primeiras coletas<br />
Por que os<br />
indicadores<br />
estão assim?<br />
Que conclusão<br />
podemos tirar<br />
sobre eles?<br />
Aqui são<br />
colocadas as<br />
atividades que<br />
estão em<br />
execução,<br />
juntamente com<br />
o responsável<br />
por tal ação e o<br />
prazo para sua<br />
conclusão<br />
Aqui são<br />
colocadas as<br />
atividades que<br />
sabemos que<br />
precisam ser<br />
executadas,<br />
mas ainda não<br />
foram iniciadas<br />
Quais as<br />
atividades<br />
críticas que<br />
precisam estar<br />
no nosso radar?<br />
Desenvolver<br />
sistema de<br />
agendamento<br />
Pesquisar<br />
aquisição de<br />
painel<br />
eletrônico de<br />
senhas<br />
AÇÃO RESPONSÁVEL PRAZO<br />
Mudar<br />
ambientação<br />
da sala de<br />
espera<br />
Aquisição de<br />
revistas e<br />
periódicos<br />
Leonardo<br />
Barros<br />
Pedro<br />
Campos<br />
03/02<br />
15/01<br />
Implantação<br />
de senhas<br />
Instalar paineis<br />
com localização<br />
dos consultórios<br />
Aqui colocamos<br />
as atividades<br />
que foram<br />
concluídas<br />
Agendar reunião com a equipe de desenvolvimento de sistemas<br />
101
OBJETIVO<br />
O Plano de Implantação, às vezes chamado de Plano de Implementação, é um documento utilizado para<br />
tangibilizar as melhorias propostas em ações a serem tomadas, pactuando prazos e responsáveis por executar<br />
e fiscalizar tais ações.<br />
DIFICULDADE:<br />
10<br />
2<br />
QUANDO PODE SER UTILIZADO?<br />
O Plano de Implantação deve ser utilizado na implantação de melhorias complexas, que chamamos de<br />
estruturantes. Ele é utilizado no método na etapa de “Implantação” e, para tais melhorias, na etapa “Melhorar<br />
Desempenho do Processo”.<br />
CONCEITOS IMPORTANTES<br />
COMO UTILIZAR?<br />
1. SECIONE AS MELHORIAS: É preciso quebrar as melhorias<br />
priorizadas nas etapas anteriores em ações que devem ser<br />
tomadas, atribuindo prazos e responsáveis para as ações.<br />
Caso necessário, evolva atores com conhecimento técnico<br />
para essa tarefa<br />
2. VALIDE O CONTEÚDO COM ATORES CHAVE: após a<br />
elaboração da primeira versão do documento, este deve<br />
ser validado com os atores relevantes.<br />
3. MANTENHA O DOCUMENTO ATUALIZADO: Além de<br />
pactuar os papeis e prazos para as ações que serão<br />
tomadas, o PIP também tem a função de monitorar o<br />
andamento da implantação, contudo, tal monitoramento só<br />
é útil quando atualizado.<br />
RESPONSÁVEL DIRETO: Membro da equipe ou<br />
executor do processo responsável por<br />
implementar tais ações. Não significa que é o<br />
único que implantará a melhoria, vários<br />
participantes podem atuar, especialmente se<br />
a melhoria apresentar uma alta complexidade.<br />
RESPONSÁVEL GERAL: Membro da equipe<br />
responsável por acompanhar a<br />
implementação da melhoria.
Quando a ferramenta foi<br />
atualizada pela última vez?<br />
Qual o status das<br />
ações sendo<br />
executadas?<br />
Quais as<br />
melhorias que<br />
serão<br />
implementadas?<br />
Quem é o<br />
responsável por<br />
fiscalizar a<br />
execução da<br />
implantação?<br />
Quais ações são<br />
necessárias para<br />
que a melhoria<br />
seja implantada?<br />
Quem é o<br />
responsável por<br />
executar as ações<br />
planejadas?<br />
Qual o prazo para<br />
a execução das<br />
ações?<br />
Quando as ações<br />
foram de fato<br />
concluídas?<br />
103
OBJETIVO<br />
O Termo de Abertura do projeto, ou TAP, como é comumente chamado, tem o objetivo formalizar o início de um<br />
projeto de transformação para a organização, com o escopo do projeto, os participantes, cronograma e ganhos<br />
esperados.<br />
DIFICULDADE:<br />
QUANDO PODE SER UTILIZADO?<br />
O TAP deve ser elaborado no início do planejamento do projeto, durante a etapa “Agenda”. Sua construção é<br />
fundamental para projetos complexos que envolvem atores de diferentes áreas, como os projetos de transformação<br />
em processos.<br />
COMO UTILIZAR?<br />
CONCEITOS IMPORTANTES<br />
1. DEFINA OS PARÂMETROS DO PROJETO: o primeiro passo<br />
é a construção da primeira versão do TAP, preenchendo os<br />
campos em conjunto com a equipe inicial.<br />
2. VALIDE O CONTEÚDO COM ATORES CHAVE: após a<br />
elaboração da primeira versão do documento, este deve<br />
ser validado com outros atores relevantes para a temática<br />
do projeto.<br />
3. APRESENTE FORMALMENTE A ORGANIZAÇÃO: o TAP deve<br />
ser apresentado, então, à governança do Hospital. Na<br />
reunião de alinhamento e validação com a governança, ele<br />
presta uma importante função de sumário executivo<br />
PATROCINADOR: Ator que define os objetivos e<br />
acompanha os resultados, auxiliando em<br />
entraves políticos<br />
ESCOPO: Definição do que o projeto engloba:<br />
quais as principais etapas e quais os limites<br />
do projeto<br />
PREMISSAS: Proposições que serão<br />
assumidos como verdade à fim de viabilizar o<br />
projeto<br />
RESTRIÇÕES: Limitações do projeto, como<br />
áreas que não podem ser envolvidas ou<br />
atividades que não podem ser modificadas<br />
10<br />
4
Qual é o nome do<br />
projeto que será<br />
executado?<br />
Qual o principal<br />
objetivo do<br />
trabalho? Quais<br />
os ganhos<br />
almejados?<br />
Implantação do caderno de processos e práticas de Hotelaria Hospitalar<br />
Governança do HUF<br />
Implementar melhorias nos processos de Hotelaria Hospitalar, a fim de garantir o aumento da qualidade assistencial, aumento da segurança para<br />
o paciente e funcionários, otimização dos recursos físicos e redução dos custos de operação do serviço.<br />
Quem é o<br />
patrocinador,<br />
quem define os<br />
objetivos e<br />
acompanha os<br />
resultados do<br />
projeto?<br />
O que o processo<br />
trabalhado<br />
envolve?<br />
Quais são as<br />
etapas?<br />
Onde o processo<br />
começa e<br />
termina?<br />
INÍCIO<br />
Remover<br />
enxoval sujo<br />
Lavar enxoval<br />
sujo<br />
Processar<br />
enxoval limpo<br />
Distribuir<br />
enxoval limpo<br />
FIM<br />
Quem é o líder, o<br />
responsável pelo<br />
projeto?<br />
Chefe da Hotelaria Hospitalar<br />
Não serão trabalhados sistemas<br />
relacionados à tecnologia da informação.<br />
1º dia – Apresentação para governança<br />
1º dia – Mobilização da equipe expandida<br />
Qual o nosso<br />
cronograma?<br />
Quais os marcos<br />
do projeto?<br />
Quem é a equipe<br />
que auxiliará na<br />
execução desse<br />
projeto?<br />
Analista de Processos<br />
Equipe de Hotelaria (higienização, nutrição, lavanderia<br />
e resíduos)<br />
Equipe assistencial (Enfermagem, CCIH, qualidade, etc)<br />
A Governança do HUF deverá ser envolvida<br />
na construção do caderno de processos.<br />
2º ao 5º dia – Levantamento de problemas<br />
6º dia – Construção conjunta de melhorias<br />
7º dia – Priorização de melhorias<br />
8º ao 10º dia – Implantação das melhorias<br />
Quais as limitações<br />
do projeto?<br />
O que precisa acontecer<br />
para viabilizar o projeto?<br />
105
106<br />
OBJETIVO<br />
O Brainstorming tem como objetivo a geração de ideias. Um grupo<br />
de pessoas é reunido e estimulado a gerar ideias sobre um<br />
determinado tema<br />
DIFICULDADE:<br />
QUANDO PODE SER UTILIZADO?<br />
A técnica de Brainstorming pode ser utilizada em qualquer momento<br />
no qual há necessidade de levantamento de ideias, principalmente<br />
durante as etapas de proposição de soluções para problemas e<br />
dores.<br />
COMO UTILIZAR?<br />
1. PREPARAÇÃO: Prepare a sessão, reunindo um grupo bastante<br />
diversificado, preparando o tema a ser discutido, enviando material<br />
a ser estudado previamente e planejando como será a dinâmica do<br />
brainstorming<br />
2. CONDUÇÃO DA DINÂMICA: No dia da sessão, explicite o objetivo,<br />
faça um breve exercício de aquecimento, utilize dinâmicas para<br />
incentivar a geração de ideias e registre de maneira rápida todas as<br />
ideias geradas<br />
3. SELEÇÃO E AGRUPAMENTO DE IDEIAS: Agrupe ideias semelhantes<br />
ou da mesma temática e selecione, em conjunto com os<br />
participantes, as ideias a serem desenvolvidas (para isso, você pode<br />
utilizar etiquetas adesivas). Se necessário combine ou detalhe as<br />
ideias<br />
CONCEITOS IMPORTANTES<br />
PROIBIR JULGAMENTOS<br />
É importante saber separar a geração de ideias da<br />
seleção de ideias. Durante o brainstorming, não se<br />
deve analisar e criticar outras ideias, pois isso acaba<br />
reduzindo o potencial criativo do workshop;<br />
ENCORAJAR IDEIAS NÃO USUAIS<br />
As ideias mais inovadoras não são as ideias comuns,<br />
por isso é importante encorajar as ideias mais<br />
mirabolantes;<br />
COMBINAR IDEIAS<br />
As ideias anteriores devem servir de construção para as<br />
novas, logo elas devem ser escritas de forma clara e<br />
visível para todos. As melhores ideias sempre vêm da<br />
combinações de outras ideias;<br />
BUSCAR QUANTIDADE<br />
O objetivo do workshop é obter o maior número de<br />
ideias possível, pois esse é o caminho para encontrar as<br />
melhores;<br />
MANTER UMA ÚNICA CONVERSA<br />
Evite conversas paralelas. Mantenha todos com um<br />
mesmo foco, e o número e qualidade das ideias serão<br />
maiores;<br />
FOCAR NO PRINCIPAL<br />
Não perca tempo com os detalhes da ideia. Capture a<br />
essência das ideias e continue gerando novas.
1° QUESTIONAMENTO<br />
2° QUESTIONAMENTO<br />
3° QUESTIONAMENTO<br />
4° QUESTIONAMENTO<br />
5° QUESTIONAMENTO<br />
CAUSA RAÍZ<br />
ENCONTRADA!!<br />
OBJETIVO<br />
É uma maneira de conseguir chegar a real causa raiz do problema,<br />
pois na maioria das vezes os atores só possuem visibilidade do<br />
efeito da causa. Dessa maneira, as melhorias propostas serão mais<br />
efetivas, pois solucionará a causa do problema e não o efeito.<br />
DIFICULDADE:<br />
QUANDO PODE SER UTILIZADO?<br />
Quando se deseja ampliar a visão sobre as possíveis causas de um<br />
problema por meio de exaustivos questionamentos. No método,<br />
pode ser utilizada na etapa de “Solução”.<br />
COMO UTILIZAR?<br />
1. ESTABELEÇA O PROBLEMA: Estabeleça claramente o<br />
problema (efeito) a ser analisado.<br />
Inicie com um primeiro questionamento (“por quê”) do<br />
problema.<br />
2. CONTINUE AS PERGUNTAS: Sucessivamente, faça um<br />
brainstorming para identificar a causa-raiz (julgue a<br />
quantidade que achar necessária para chegar à causa-raiz,<br />
algumas vezes não são necessárias os cinco<br />
questionamentos).<br />
107
OBJETIVO<br />
A jornada do serviço tem o objetivo de proporcionar, na prática, o<br />
entendimento real de como o processo funciona.<br />
DIFICULDADE:<br />
QUANDO PODE SER UTILIZADO?<br />
Em todos os projetos de transformação a Jornada do Serviço pode<br />
ser utilizada para compreender na prática a execução do serviço,<br />
observando as lacunas com o que é esperado do processo.<br />
COMO UTILIZAR?<br />
1. SE PREPARE: Alinhe o pedido anteriormente com a equipe técnica<br />
que executa o processo. Não podemos esperar que possamos<br />
seguir os executores sem um alinhamento prévio. Além disso, para<br />
potencializar os aprendizados, é importante realizar um estudo<br />
prévio!<br />
2. ACOMPANHE O SERVIÇO: Marque a jornada na agenda de todos<br />
com antecedência. No dia, use sapatos confortáveis e roupas<br />
apropriadas. É inevitável que a presença de terceiros na execução<br />
do processo atrapalhe um pouco, contudo, não podemos ser<br />
obstáculos<br />
3. REGISTRE O QUE VER:. Não se esqueça de levar um bloco de<br />
anotações ou outro meio de gravar suas percepções! Esse momento<br />
é excelente para já verificar alguns problemas no processo<br />
108
OBJETIVO<br />
Criar um ambiente de co-criação, onde ideias podem ser sugeridas,<br />
complementadas e combinadas com a aplicação de uma dinâmica<br />
estruturada a promover a criatividade dos envolvidos.<br />
DIFICULDADE:<br />
QUANDO PODE SER UTILIZADO?<br />
Quando existe a necessidade de se criar um ambiente seguro de<br />
discussão, onde a meta é que se desenvolvam discussões e ideias<br />
“fora da caixa”. Workshops são muito úteis quando necessitamos de<br />
vários atores com agendas de difícil disponibilidade. Às vezes é mais<br />
simples juntarmos todas as agendas em um dia comum, colocando<br />
ainda a pressão da participação em um workshop que outras<br />
pessoas participarão<br />
COMO UTILIZAR?<br />
1. PREPARE O WS: Faça a reserva da sala e mandar os<br />
convites com antecedência. Prepare o material a ser<br />
utilizado: folhas A0, impressões, post its e canetas<br />
2. MANTENHA UM CLIMA PROPÍCIO À COLABORAÇÃO: As<br />
mesmas regras que aplicamos ao Brainstorming devem ser<br />
aplicadas aos Workshops. Além disso, tenha cuidado para<br />
que a experiência não seja maçante, planeje pausas e<br />
momentos de descontração, com lanches, caso julgue<br />
necessário<br />
109
110<br />
OBJETIVO<br />
A jornada do serviço tem o objetivo de proporcionar, na prática, o<br />
entendimento real de como o processo funciona.<br />
DIFICULDADE:<br />
QUANDO PODE SER UTILIZADO?<br />
Sempre que se deseja ganhar conhecimento sobre um tema. No<br />
método, são principalmente utilizadas na etapa de imersão<br />
COMO UTILIZAR?<br />
1. SE PREPARE: É importante ter um conhecimento mínimo quando<br />
conversando com os entrevistados. A entrevista só tem utilidade<br />
quando o entrevistador e o entrevistado estão na mesma página<br />
2. MARQUE AS REUNIÕES: Agende com antecedência a sala onde<br />
ocorrerão as reuniões, mandando o convite para os entrevistados. É<br />
interessante que o convite tenha uma contextualização breve do<br />
que será discutido<br />
3.MONTE O ROTEIRO: As entrevistas fluirão com mais facilidade<br />
utilizando um roteiro, com as perguntas e temas que serão<br />
discutidos. O roteiro não deve ser seguido à risca, para que a<br />
conversa não fique engessada, mas deve ser utilizado como um<br />
norte para focar a discussão.<br />
3.REGISTRE AS ENTREVISTAS: Não confie na memória para lembras<br />
das informações levantas. Tome nota do jeito que lhe deixar mais<br />
confortável, seja ele anotações em um caderno ou notebook, ou<br />
ainda outro método preferido<br />
REGRAS DE OURO DAS ENTREVISTAS<br />
Estude toda documentação disponível sobre o<br />
processo com antecedência.<br />
Prepare um roteiro com palavras chave que<br />
contemplem todo escopo a ser compreendido.<br />
Identifique o meio mais adequado para realizar as<br />
anotações, como notebooks e cadernos.<br />
Reserve um ambiente adequado para que a entrevista<br />
ocorra. Mas, dance conforme a música!<br />
Apresente os objetivos antes de começar a entrevista.<br />
Todos devem se sentir confortáveis.<br />
Seja claro e objetivo ao perguntar. Dite o ritmo da<br />
conversa, respeitando o ritmo do entrevistado.<br />
Fique atento para não perguntar sobre o mesmo<br />
tópico sucessivas vezes.<br />
Espera-se que a entrevista dure entre 40 minutos a<br />
1h30. Caso seja necessário, agende novos encontros.<br />
Não tenha vergonha de acionar novamente o<br />
entrevistado para sanar dúvidas após consolidação.<br />
Consolide os dados o quanto antes. As anotações<br />
estarão “frescas” na memória.
DICAS<br />
PROCURE REALIDADES ALCANÇÁVEIS<br />
É importante que os benchmarkings realizados sejam<br />
com atores que possuem um desempenho de<br />
referência em realidades próximas às do seu HU. Não<br />
adianta vislumbrar uma realidade muito diferente que<br />
não pode ser implantada.<br />
PESQUISE ANTES DE ENTRAR EM CONTATO<br />
Antes de entrar em contato com o ator que contará<br />
suas experiências, procure pesquisar como é a<br />
realidade , para não perder tempo com informações<br />
que são básicas e podem ser encontradas de maneira<br />
fácil<br />
REGISTRE TUDO<br />
Não confie na memória para trazer as informações<br />
mais relevantes para seu HU. Registre tudo que puder,<br />
do jeito se sentir mais confortável,.<br />
OBJETIVO<br />
O objetivo do benchmarking é, trazer, por comparação, uma análise<br />
critica de como o processo está sendo executado, além de inspirar<br />
práticas e melhorias que podem ser adotadas no Hospital<br />
DIFICULDADE:<br />
QUANDO PODE SER UTILIZADO?<br />
Quando existe a necessidade de se criar um ambiente seguro de<br />
discussão, onde a meta é que se desenvolvam discussões e ideias<br />
“fora da caixa”. Workshops são muito úteis quando necessitamos de<br />
vários atores com agendas de difícil disponibilidade. Às vezes é mais<br />
simples juntarmos todas as agendas em um dia comum, colocando<br />
ainda a pressão da participação em um workshop que outras<br />
pessoas participarão<br />
COMO UTILIZAR?<br />
1. ESCOLHA QUAIS OS BENCHS: Pesquise quais são os hospitais<br />
referência para a temática que está sendo trabalhada. Podem ser<br />
consultados hospitais pertencentes ou não à Rede, ou até as<br />
Diretorias Técnicas Ebserh<br />
2. REALIZE AS ENTREVISTAS: O benchmarking pode ser realizado<br />
presencialmente ou por meio de telefonemas e vídeo conferências.<br />
O importante é que as informações de como o processo é<br />
executado na organização sejam recolhidas e registradas<br />
111
OBJETIVO<br />
O objetivo do mapeamento dos processos é conhecer o fluxo de trabalho e atividades executadas. É uma<br />
ferramenta básica para o profissional que atua com processos, mas pode ser desafiadora para pessoas que atuam<br />
em outras temáticas.<br />
DIFICULDADE:<br />
112<br />
QUANDO PODE SER UTILIZADO?<br />
O fluxograma pode ser utilizado na etapa de “Imersão” no processo, construindo o fluxo AS IS. Pode também ser<br />
utilizado na etapa “Solução”, por meio do fluxo TO BE. Os tipos de fluxo que podem ser construídos são dois:<br />
• FLUXO FORMAL: Construído em um software de mapeamento, o Bizagi, é uma modelagem mais robusta, com um<br />
maior nível de detalhamento e padronização. Utiliza a notação BPM, apresentada no anexo deste documento.<br />
• FLUXO LÚDICO: Construído por meio de desenhos, post its ou Powerpoint, tem o objetivo de ser mais didático,<br />
apresentando menos formalização e detalhes<br />
COMO UTILIZAR?<br />
1. REÚNA INFORMAÇÕES: Conduza entrevistas com os<br />
executores do processo, a fim de descrever o processo em<br />
etapas claras e bem definidas, inclusive levantando quais<br />
atores realizam tais etapas.<br />
2. COMECE DO BÁSICO: Desenhe o fluxo lúdico antes de<br />
formalizar no Bizagi. Esse desenho inicial não demanda<br />
muito esforço e auxiliará a amadurecermos a modelagem<br />
Com o fluxo lúdico, traduza para o software de<br />
mapeamento, caso necessário.<br />
3. VALIDE O FLUXO: Apresente o fluxo aos executores do<br />
processo e atores chave.<br />
CONCEITOS IMPORTANTES<br />
AS IS: Fluxo que reflete a situação atual do<br />
processo, representando a realidade de como<br />
é executado. Pode (e deve) ser utilizado para<br />
analisar os pontos problemáticos dos<br />
processos.<br />
TO BE: Fluxo que reflete a situação desejada<br />
do processo. Deve refletir as melhorias<br />
propostas na fase de solução. Tem o objetivo<br />
de fornecer uma referência para como o<br />
processo deve ser executado.
FLUXO FORMAL<br />
FLUXO LÚDICO<br />
Processo: REALIZAR atendimento e acolhimento do paciente no ambulatório<br />
PACIENTE<br />
SOLICITAR<br />
ENCAMINHAMENT<br />
O NA SECRETARIA<br />
DE SAÚDE<br />
AGENDAR<br />
CONSULTA DO<br />
PACIENTE<br />
ACOLHER<br />
PACIENTE<br />
CADASTRAR<br />
PACIENTE E CRIAR<br />
PRONTUÁRIO<br />
UNIDADE<br />
AMBULATORIAL<br />
113
O BPMN é uma notação criada para representar processos de negócio.<br />
Trata-se de um conjunto de símbolos padrão para o mapeamento e desenho de processos, o que facilita o entendimento do usuário.<br />
TIPOS DE PROCESSOS MAPEADOS<br />
Descritivo:<br />
o Mapeamento orientado ao negócio<br />
o Documentação simples do fluxo de processos<br />
o Usa elementos básicos da BPMN<br />
o Não se preocupa com granularidade das<br />
atividades<br />
o Não se preocupa com atividades mais<br />
operacionais<br />
Analítico:<br />
o Descreve de forma precisa o fluxo de negócio incluindo caminhos de<br />
execução e eventos<br />
o O modelo é entendido pela TI e área de negócio<br />
o O processo detalha as atividades facilitando o entendimento para as pessoas<br />
que executam<br />
116
TIPOS DE PROCESSOS MAPEADOS<br />
Executável:<br />
✓ Descreve de forma precisa o fluxo de<br />
negócio incluindo caminhos de<br />
execução e eventos<br />
✓ O modelo é entendido pela TI e área<br />
de negócio<br />
✓ O processo detalha as atividades<br />
facilitando o entendimento para as<br />
pessoas que executam<br />
117
PISCINAS E RAIAS<br />
Funcionam como um mecanismo de organização das atividades<br />
em categorias visualmente separadas. Dentro de cada piscina é<br />
representado um único processo, cortado horizontalmente por<br />
diversas raias que representam as áreas (atores) que atuam<br />
naquele processo.<br />
ATIVIDADES<br />
A “atividade” é um termo genérico para um trabalho executado. Os<br />
tipos de atividades utilizadas pela notação são a tarefa e o<br />
subprocesso.<br />
Símbolo<br />
Descrição<br />
Símbolo<br />
Descrição<br />
Piscina: Uma “piscina” (pool, em<br />
inglês) representa um processo de<br />
negócio. Ele atua como um container<br />
gráfico para dividir um conjunto de<br />
atividades que fazem parte do<br />
processo que está sendo modelado.<br />
Raia: Uma “raia” (lane, em inglês) é<br />
uma subdivisão dentro de uma piscina<br />
usada para organizar e categorizar as<br />
atividades em função dos executores,<br />
ou responsáveis pela execução, de<br />
cada atividade no processo.<br />
Contraído<br />
Expandido<br />
Tarefa: As atividades são<br />
representadas por retângulos<br />
arredondados, e podem ocorrer<br />
uma só vez ou por repetidas<br />
vezes (loop).<br />
Subprocesso: A representação de<br />
um subprocesso em BPMN é<br />
diferente da utilizada para a<br />
representação de tarefas por um<br />
pequeno quadrado com uma “+”<br />
no centro inferior da figura. É uma<br />
atividade que pode ser<br />
decomposta, ou um conjunto de<br />
tarefas que pode ser analisado<br />
em mais detalhes. Visualmente<br />
pode aparecer contraído ou<br />
expandido.<br />
118
EVENTOS<br />
Um evento é algo que acontece durante o processo do negócio.<br />
Estes eventos afetam o fluxo do processo e têm geralmente uma<br />
causa (gatilho) ou um impacto (resultado). Existem três tipos<br />
básicos de eventos com base no “ponto” em que afetam o<br />
fluxograma: evento de início, evento intermediário e evento de<br />
fim..<br />
Símbolo<br />
Receber<br />
Enviar<br />
Descrição<br />
Vazio (início): Representa que o processo pode ser<br />
inicializado a qualquer momento.<br />
Timer (início): Neste caso representa que o processo<br />
será iniciado quando o tempo (data ou ciclo),<br />
previamente definido, ocorrer.<br />
Vazio (intermediário): Representa um marco no<br />
processo.<br />
Mensagem (intermediário): Representa que o<br />
processo esta recebendo ou enviando uma<br />
“mensagem”.<br />
Timer (intermediário): Neste caso representa que o<br />
processo esta aguardando um prazo para continuar.<br />
CONECTORES<br />
Os conectores indicam a sequência de atividades ou a troca de<br />
informações ao longo do processo representado no fluxograma. Os<br />
conectores associam também textos e outros artefatos a objetos<br />
no fluxo.<br />
Símbolo<br />
Descrição<br />
Fluxo de sequência: É usado pra mostrar a<br />
ordem (sequência) com que as atividades<br />
serão executadas em um processo.<br />
Fluxo de mensagem: É usado para mostrar<br />
o fluxo das mensagens entre dois<br />
participantes diferentes que os emitem e<br />
recebem.<br />
Associação: É usada para associar dados,<br />
anotações em formato texto e outros<br />
artefatos a objetos de fluxo.<br />
Vazio (fim): Representa que o processo foi finalizado.<br />
119
PONTO DE DECISÃO<br />
Os pontos de decisão ou gateways são utilizados para controlar a<br />
divergência (bifurcação) e a convergência (junção) da sequência<br />
de fluxo. Assim, determinará decisões tradicionais, como juntar<br />
ou dividir trajetos ao longo dos fluxogramas de processos. São<br />
representados por losangos e o símbolo interno representa o tipo<br />
de “comportamento” da lógica do fluxo.<br />
Símbolo<br />
Descrição<br />
Gateway Paralelo: Utilizado quando se tem<br />
ramificações que acontecem simultaneamente.<br />
Todas as saídas deste tipo de gateway acontecem<br />
ao mesmo tempo. Quando há a necessidade de<br />
sincronizar novamente as ramificações, usa-se o<br />
mesmo tipo de gateway.<br />
Gateway Exclusivo: Utilizado quando se tem uma<br />
decisão e só pode ser tomada uma das saídas<br />
propostas. Necessariamente tem que haver uma<br />
atividade antes do gateway, que fornecerá o dado<br />
para e tomada a decisão.<br />
Gateway Inclusivo: Utilizado quando se tem uma<br />
decisão e pode ser tomada uma ou mais das<br />
saídas propostas. Necessariamente tem que haver<br />
uma atividade antes do gateway, que fornecerá o<br />
dado para ser tomada a decisão.<br />
ARTEFATOS<br />
Os artefatos em BPMN possui a capacidade de mostrar informação<br />
além da estrutura básica do fluxo do processo.<br />
Símbolo<br />
Descrição<br />
Objeto de dados: O objeto de dado é um<br />
mecanismo para mostrar como os dados<br />
são requeridos ou produzidos por<br />
atividades. São conectados às atividades<br />
com as associações. Não tem efeito direto<br />
sobre o fluxo de sequência ou fluxo de<br />
mensagem, mas podem fornecer<br />
informações necessárias à realização da<br />
atividade.<br />
Milestone: É uma sub-partição dentro do<br />
processo. São usadas para organizar o<br />
processo em etapas<br />
Anotações: As anotações são mecanismos<br />
para fornecer informações adicionais para<br />
o leitor de um diagrama BPMN.<br />
120
PROCESSOS DE INTERFACE<br />
1<br />
2<br />
A interface 1 é um subprocesso e representa que este será executado inteiramente, e em seguida a próxima atividade será<br />
realizada.<br />
A interface 2 é uma representação de subprocesso e representa que este iniciado ao receber o documento, dando<br />
prosseguimento às demais atividades do Processo – Exemplo 2. Não há necessidade de manter desenhado todo o processo<br />
referente ao Processo XYZ.<br />
1<br />
2<br />
121
Coordenadoria de Gestão de Processos<br />
Janeiro/2018<br />
VERSÃO 2.0