GAZETA DIARIO 507

02 Opinião
Foz do Iguaçu, sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
ÍNDICE
Página 1 até 32
EDITORIAL E COLUNA 2
CIDADE 3
POLÍTICA 4
POLÍTICA 5
BICO DO CORVO 6
GERAL 7
CAMPANA/GERAL 8
CIDADE 9
CIDADE 10
CIDADE 11
ESTADUAL 12
CIDADE 13
TURISMO 14 A 16
COTIDIANO 17 A 24
CLASSIFICADOS 25
PANORAMA 26
EDITAL 27 E 28
POLÍCIA 29
ESPORTE 30 A 32
EDITORIAL
Insegurança em toda parte
Na Quarta-Feira de Cinzas, na Flórida (EUA), um homem abriu fogo contra
uma escola do ensino médio, matando 17 pessoas e ferindo pelo menos 15. Muita
gente lá achou ruim que o presidente Donald Trump não disse uma palavra sobre
controle de armas. Ele pediu que a segurança em escolas seja aumentada.
Porém um grupo de moradores da cidade lembrou que este é mais um ataque,
que as autoridades de novo não vão fazer nada, e por fim pediu verbas e recursos
para o tratamento de distúrbios mentais. Essa última exigência é novidade.
O problema mental não é algo exclusivo do doente; vai além da capacidade da
família e deve ser visto como um problema social. Isso é verdade tanto lá como
aqui.
Cada país tem sua espécie de violência e falta de segurança. Um dos maiores
eventos de segurança do Brasil já está com data marcada para 2018. Trata-se da
LAAD, em São Paulo, entre 10 e 12 de abril. Autoridades nacionais e internacionais
do setor se encontrarão na maior feira de segurança pública e corporativa
da América Latina, a LAAD Security, com as principais empresas destes mercados.
Comando de polícias de todo o Brasil marcam encontro na LAAD. São bilhões
de reais gastos em equipamentos, munições, viaturas, uniformes... Um esforço
para garantir que os membros das forças policiais tenham vantagem na luta contra
a criminalidade. Contudo continua sendo necessário investir também na saúde
mental e emocional de homens e mulheres na frente de batalha.
Em plena Quaresma, lembremos que o Mestre disse: nem só de pão vive o
homem. Investimentos na educação, cultura, saúde e ciência são sagrados. Ontem
mesmo o presidente Temer conheceu o acelerador de elétrons do Centro
Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais em Campinas. Só do Ministério de
Tecnologia são R$ 1,8 bilhão. Dinheiro bem gasto, já que todo país sério precisa
ter ciência. O benefício vem nas áreas da nanotecnologia, saúde, agricultura,
energia e novos materiais junto com suas tecnologias.
extrapauta
Jucá diz que criação
de Ministério da
Segurança não é
para enfraquecer a PF
O líder do governo no Senado,
Romero Jucá (MDB-RR), negou que
as conversas de criação do Ministério
da Segurança Pública tenham o
objetivo de enfraquecer o trabalho da
Polícia Federal (PF). Segundo ele,
caso a pasta seja criada, abarcaria
as ações de investigação feitas pela
PF, atualmente sob o comando do
Ministério da Justiça.
"Na hora que se criar o ministério,
os órgãos que dizem respeito à
segurança deverão estar engajados
neste ministério. As questões de Justiça
continuariam a ser tratadas pelo
Ministério da Justiça. Nós estamos
falando de ações de repressão, investigação
e informação no tocante à
segurança pública. Portanto a PF tem
dois papéis, o de polícia judiciária e
de segurança pública, para intervenção
direta pró-segurança. Esses papeis
são distintos e teriam áreas distintas
de atuação", disse o senador,
em entrevista na tarde de ontem (15)
no Congresso Nacional.
Na semana passada, o ministro
do Supremo Tribunal Federal Luís
Robero Barroso decidiu intimar o diretor-geral
da PF, Fernando Segóvia,
após fazer comentários a respeito
de um inquérito em andamento que
investiga o presidente Michel Temer.
Segundo Jucá, a discussão sobre
segurança pública não diz respeito
às declarações relacionadas ao inquérito
da Justiça.
De acordo com o líder, ainda não
há uma definição do presidente Michel
Temer sobre a criação do ministério.
O parlamentar ressaltou, porém,
que o governo está analisando com
"muita atenção e foco" a situação da
segurança no Brasil, considerada por
ele um "drama emergencial" das cidades
brasileiras.
"O presidente Temer quer enfrentar
esse drama. Como? Com secretarias,
ministério, ações concretas,
atuação de fundos não contingenciáveis
como se fez agora tanto com o
[sistema] penitenciário como o de segurança",
disse, referindo-se a projetos
que devem ser votados nas próximas
semanas pelo Congresso.
(Paulo Victor Chagas — repórter da
Agência Brasil)