Jornal O Nacional 26 e 27-05-18
Edição digital do Jornal O Nacional de final de semana, 26 e 27 de maio de 2018.
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cotidiano<br />
www.onacional.com.br<br />
sábado e domingo, <strong>26</strong> e <strong>27</strong> de maio de 20<strong>18</strong> 7<br />
GREVE DOS CAMINHONEIROS<br />
Falta ração para aves em Passo Fundo<br />
• Abatedouro da JBS está com atividades<br />
paralisadas desde a quarta-feira.<br />
Cerca de 50% dos integrados da empresa<br />
não recebeu ração para aves<br />
FOTO DIVULGAÇÃO<br />
REDAÇÃO ON<br />
onacional@onacional.com.br<br />
Os reflexos da greve dos caminhoneiros começam a<br />
chegar ao setor agrícola. A paralisação do abate de aves<br />
na unidade da JBS do município, bem como a falta de<br />
ração para aves em algumas propriedades já começa a<br />
preocupar. Produtores não receberam ração e animais<br />
que estão prontos para o abate não estão saindo das<br />
propriedades.<br />
De acordo com o presidente da Avipenca, que reúne<br />
os criadores de aves em Passo Fundo e alguns municípios<br />
da região, Luiz de Jesus, a informação repassada<br />
pela fábrica é de que pelo menos 50% dos avicultores<br />
integrados à JBS tenham ficado sem receber o carregamento<br />
de ração para as aves. Além disso, animais<br />
que estão prontos para o abate estão permanecendo<br />
nas propriedades. “A situação vai se agravar bem mais”,<br />
estima ele, caso as condições permaneçam. Conforme<br />
orientação da empresa, os produtores estão diminuindo<br />
o fornecimento de alimento aos animais a fim de<br />
evitar que eles fiquem completamente sem comida.<br />
Até o momento não há registros de mortes de animais<br />
por falta de alimento.<br />
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias<br />
Alimentícias, Miguel dos Santos, destaca que<br />
os trabalhadores da JBS em Passo Fundo estão dispensados<br />
e devem se apresentar na segunda-feira. Diariamente,<br />
na unidade de Passo Fundo, são abatidos entre<br />
• Pelo menos 50% dos avicultores não receberam carregamento de ração<br />
160 mil a <strong>18</strong>0 mil aves.<br />
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores<br />
Rurais de Passo Fundo, Airton Ferreira<br />
dos Santos, até o momento os produtores de leite do<br />
município ainda não registraram prejuízos em função<br />
da greve dos caminhoneiros. Segundo ele, a Fetag tem<br />
apoiado o movimento e negociado para que veículos<br />
com cargas vivas, leite e outros produtos não fiquem<br />
parados nos bloqueios a fim de evitar prejuízos.<br />
A Feira do Produtor que ocorre todos os sábados<br />
na Gare está mantida de acordo com informações da<br />
Emater Municipal de Passo Fundo.<br />
NOTA PÚBLICA<br />
Entidades manifestam apoio<br />
Em nota divulgada ontem<br />
à tarde, a ACISA, CDL, Sindicato<br />
Rural e Sindilojas, entidades<br />
representativas do<br />
comércio, indústria, serviços<br />
e agronegócio de Passo Fundo<br />
manifestaram apoio ao<br />
movimento de paralisação<br />
dos caminhoneiros, que luta<br />
contra a constante e abusiva<br />
alta nos preços dos combustíveis.<br />
As entidades reconhecem<br />
o movimento como uma<br />
manifestação legítima pela<br />
garantia do direito de trabalhar<br />
e produzir no país.<br />
O alto custo de produção,<br />
influenciado pelo preço dos<br />
combustíveis, é um dos principais<br />
entraves para economia<br />
brasileira e compromete<br />
todas as cadeias produtivas,<br />
do campo à cidade.<br />
“Acreditamos que manifestação<br />
pacífica e ordenada<br />
é a única forma de demonstrar<br />
a insatisfação de todas as<br />
classes com a altíssima carga<br />
tributária imposta pelo<br />
governo aos mais diversos<br />
produtos e serviços. O peso<br />
no bolso do empresário, do<br />
agricultor, do caminhoneiro<br />
e de todo o cidadão está cada<br />
vez maior”, diz a nota.<br />
As entidades dizem esperar<br />
que o governo reveja,<br />
com urgência, a política tributária<br />
dos produtos e serviços<br />
brasileiros e o alto custo<br />
da máquina pública e estimule<br />
a produção, o consumo<br />
e o mercado.<br />
“Pedimos aos associados<br />
e a toda classe produtiva de<br />
nossa cidade que se juntem a<br />
nós e apoiem a mobilização<br />
pela redução da carga tributária<br />
brasileira”, diz.<br />
ÁGUA<br />
Passo Fundo não corre risco de desabastecimento<br />
Em relação ao possível comprometimento<br />
do abastecimento<br />
de água devido à paralisação<br />
dos caminhoneiros, a Corsan<br />
informa que o principal impacto<br />
está nas regiões Sul (principalmente<br />
município de Rio<br />
Grande) e Central. Passo Fundo<br />
conta com estoque de cloro e<br />
sulfato de alumínio, devendo<br />
atender plenamente a demanda<br />
até a próxima semana.<br />
Os principais produtos comprometidos<br />
são o sulfato de<br />
alumínio e o cloro. O sulfato de<br />
alumínio é utilizado no início<br />
do processo para clarificação<br />
da água. É produzido na Corsan,<br />
mas há a dificuldade de receber<br />
os insumos para a produção<br />
(bauxita e ácido sulfúrico).<br />
Além disto, os caminhões das<br />
empresas transportadoras estão<br />
com dificuldade em fazer<br />
as entregas ou pela passagem<br />
nos locais de manifestações ou<br />
mesmo pela falta de combustível<br />
para deslocamento. O cloro<br />
é utilizado como bactericida<br />
para descontaminação da água<br />
das estações e poços artesianos.<br />
A distribuidora atual fica em<br />
Nova Santa Rita.<br />
A Corsan contatou a Secretaria<br />
de Segurança do Estado<br />
e Polícia Rodoviária Estadual e<br />
Federal para viabilizar o deslocamento.<br />
O problema só não é<br />
maior porque temos estoque de<br />
produtos. Se não houvesse estoque<br />
teríamos problemas nos<br />
317 municípios. Os problemas<br />
atualmente são nos municípios<br />
programados para reposição.<br />
RGE suspende serviços<br />
A CPFL Energia informa que,<br />
devido à falta de combustível<br />
causada pelas paralisações<br />
adotou um plano de contingência<br />
para garantir a continuidade<br />
do fornecimento de energia<br />
e a manutenção prioritária<br />
dos serviços emergenciais aos<br />
clientes de suas distribuidoras.<br />
A medida é necessária uma vez<br />
que a crise no abastecimento<br />
de combustível tem afetado a<br />
operação da frota de veículos<br />
de campo das distribuidoras do<br />
Grupo, bem como o recebimento<br />
de materiais para a execução<br />
das atividades.<br />
Não são prioridade<br />
Ligações novas<br />
Vistorias em unidades consumidoras<br />
Ligações provisórias<br />
Reformas de padrão de entrada<br />
Desligamento a pedido do<br />
consumidor<br />
Aferição de medidor<br />
Verificação de nível de tensão