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GAZETA DIARIO 785

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Foz do Iguaçu, terça-feira, 29 de janeiro de 2019<br />

INCOMODADOS<br />

Cidade<br />

05<br />

Comerciantes da Avenida Brasil querem<br />

providência contra a ação de flanelinhas<br />

Mendigos com animais, calçadas com defeitos e até rodas de oração para vender livros têm espantado clientes, dizem<br />

Ronildo Pimentel<br />

Reportagem<br />

A ação de flanelinhas<br />

tem refletido diretamente no<br />

afastamento de potenciais<br />

clientes das lojas da Avenida<br />

Brasil e demais vias do<br />

centro de Foz do Iguaçu. A<br />

denúncia é da Associação de<br />

Lojistas, que cobra providência<br />

contra o que chama de<br />

"cobrança dupla" no estacionamento<br />

— a oficial e a dos<br />

"cuidadores de carros".<br />

Quem não paga, diz a entidade,<br />

tem o veículo riscado<br />

e corre risco de ser assaltado.<br />

Autoridades prometem<br />

ação para coibir esses atos.<br />

A Avenida Brasil é uma<br />

das primeiras vias da história<br />

de Foz do Iguaçu e abriga<br />

centenas de estabelecimentos<br />

comerciais que vendem<br />

roupas, sapatos, móveis,<br />

automóveis e outros tipos<br />

de produtos e mercadorias.<br />

De acordo com a Associação<br />

de Lojistas, de oito a<br />

dez mil funcionários trabalham<br />

nas lojas das ruas e<br />

avenidas que formam a região<br />

central da cidade.<br />

"A gente vê todos os dias<br />

cada cena que dá até uma tristeza",<br />

contou uma estudante<br />

que trabalha como estagiária<br />

em um escritório na Avenida<br />

Presença de flanelinhas e de mendigos com animais tem afugentado potenciais<br />

consumidores na Avenida Brasil e região central de Foz do Iguaçu<br />

Brasil. Segundo ela, outro dia<br />

pegou uma carona com uma<br />

amiga, que não quis pagar o<br />

flanelinha, e quando voltou<br />

descobriu que o carro tinha<br />

riscos na lateral. "Choramos<br />

juntas de raiva", afirmou.<br />

"A Avenida Brasil está infestada<br />

de flanelinhas", confirmou<br />

o comerciante José<br />

Matiuc, que integra a Associação<br />

de Lojistas. "Além da<br />

cobrança oficial, no parquímetro,<br />

tem mais a do flanelinha.<br />

E se não paga, riscam o carro,<br />

ficam no meio da rua pedindo<br />

dinheiro. Está difícil, os clientes<br />

estão se sentindo assediados",<br />

ressaltou o comerciante,<br />

que diz estar há mais de 35<br />

anos estabelecido na região.<br />

Ostensivo<br />

Matiuc cobrou mais presença<br />

da Guarda Municipal<br />

e efetivo da Polícia Militar, de<br />

forma a inibir a presença e<br />

ação dos flanelinhas. "Os clientes<br />

ficam cobrando da gente<br />

uma solução, mas não temos<br />

como dar uma resposta",<br />

frisou. Outra questão preocupante,<br />

segundo ele, é com relação<br />

à marcha à ré, para voltar<br />

à pista de rolamento.<br />

"Acaba gerando congestionamentos<br />

em determinados<br />

momentos, e em função<br />

disto muitos proprietários<br />

de veículos têm sido multados",<br />

ressaltou. Devido ao<br />

trânsito parado, muitos motoristas<br />

acabam impedidos<br />

de seguir quando fecha o semáforo,<br />

o que também acaba<br />

gerando multas. "Para ferrar<br />

nós existem muita gente",<br />

reclamou.<br />

Matiuc informou que a<br />

associação entregou para o<br />

prefeito Chico Brasileiro, no<br />

ano passado, uma lista com<br />

14 itens para melhorar as<br />

condições da Avenida Brasil.<br />

Entre os pedidos, a retirada<br />

de árvores que acabam<br />

danificando as calçadas e<br />

provocando acidentes com<br />

pedestres. Eles pedem também<br />

reforço na segurança.<br />

"A gente nunca vê policial a<br />

pé, passam de carro uma vez<br />

ou outra", disse.<br />

Apoio<br />

O comerciante informou que já<br />

procurou a Câmara de Vereadores<br />

para pedir uma solução, "mas está<br />

difícil conseguir apoio. A gente<br />

acaba se revoltando", afirmou. "Já<br />

não conseguimos vender devido à<br />

crise. Está cada vez mais difícil até<br />

para pagar o aluguel", ressaltou.<br />

Os comerciantes cobram também<br />

mais fiscalização sobre os<br />

vendedores ambulantes.<br />

"Geralmente dura uma hora.<br />

Quando os fiscais vêm, neste tempo<br />

eles somem, respeitam; depois<br />

voltam com tudo", frisou Matiuc.<br />

Outra situação que afasta os<br />

clientes é a presença de vendedores<br />

de livros que formam rodas de<br />

oração, "atrapalhando os pedestres<br />

para vender os livros", concluiu.<br />

Providências<br />

O presidente do Instituto de<br />

Trânsito (Foztrans), Fernando<br />

Maraninchi, informou que a Guarda<br />

Municipal fará uma ação<br />

coordenada com a Polícia Militar e a<br />

Assistência Social, como forma de<br />

dar uma resposta aos comerciantes.<br />

Segundo ele, a atuação dos<br />

flanelinhas é caso de polícia, uma<br />

vez que eles ameaçam até as<br />

orientadoras do Estarfi<br />

(Estacionamento Regulamentado).<br />

"Os motoristas pagam porque se<br />

sentem ameaçados. Este crime deve<br />

ser denunciado na PM ou na GM",<br />

orientou Maraninchi.

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