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RCIA - ED. 165 - ABRIL 2019

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Harmonização de ambientes com sofisticação<br />

é com a Contemporanea.<br />

Se você é diferente, inovador, moderno e único, isso<br />

significa que já tem o lugar ideal para investir em<br />

móveis planejados em Araraquara - Contemporanea.<br />

Há 8 anos no mercado, a Contemporânea tem sua loja<br />

na Avenida Luís Alberto, 643 – onde alia bom gosto,<br />

requinte e preço justo.<br />

O diferencial já se percebe no atendimento<br />

personalizado, onde o cliente tem suas exigências e<br />

necessidades atendidas de forma pontual.<br />

Um dos pontos altos da marca é a altíssima qualidade,<br />

com variedades de cores e acabamentos que<br />

se encaixam em todos os gostos, primando pela<br />

excelência desde a matéria-prima e oferecendo do<br />

básico ao sofisticado.<br />

A Contemporanea já consolidada no mercado de<br />

móveis planejados tem uma demanda forte de produtos<br />

e serviços, sempre aliando a decoração dos espaços<br />

com a personalidade do dono da casa, levando assim,<br />

mais conforto e funcionalidade para os ambientes<br />

contratados.<br />

Os móveis seguem a necessidade da família, além de<br />

cores, acabamentos e tamanhos definidos de acordo<br />

com as vontades do cliente e as possibilidades da<br />

casa, ganhando com isso, espaço e personalização.<br />

Vale ressaltar que investir em móveis planejados<br />

com a Contemporanea é a melhor opção para<br />

quem busca praticidade e economia, além de<br />

que, apresenta vantagens como combinação de<br />

diferentes funcionalidades em um único móvel,<br />

montagem profissional no local onde os móveis serão<br />

empregados e projetos executados com completa<br />

exclusividade.<br />

O acabamento perfeito dos planejados e a<br />

harmonização com o restante da decoração tornam os<br />

ambientes não apenas charmosos e organizados, mas<br />

também muito sofisticados.<br />

3|<br />

3|


ÍNDICE<br />

<strong>ED</strong>IÇÃO N°<strong>165</strong> - <strong>ABRIL</strong>/<strong>2019</strong><br />

CAPA<br />

JN Moura em Portugal<br />

SINCOMERCIO<br />

Projeto Conversa de Balcão<br />

HOMENAGEM<br />

Despedida de Elza Karam<br />

SINDICATO RURAL<br />

Vinda de Tirso Meirelles<br />

10 8 14<br />

28<br />

34<br />

Empresa araraquarense instala<br />

sua primeira filial no exterior,<br />

escolhendo Lisboa. Parabéns.<br />

Sérgio Approbato Júnior,<br />

presidente da Fenacon em noite<br />

de papo com empresários<br />

Empreendedora e pioneira em<br />

serviços de buffet parte e deixa<br />

um enorme vazio na comunidade<br />

Presidente do Sebrae e vicepresidente<br />

da FAESP recebido por<br />

lideranças do agronegócio<br />

Editorial<br />

07| Jornalista Ivan Roberto Peroni<br />

comenta a indicação de Aluísio<br />

Braz como ouvidor da Câmara<br />

Direito<br />

16| Política de compliance para que<br />

serve? Advogado Felipe Timpani<br />

tira as dúcidas do leitor<br />

Escola de Música<br />

18| Marcelo Figueiredo assume a<br />

presidência da Associação<br />

Musical José Tescari<br />

Reconhecimento<br />

20| Empresários associados do<br />

Ciesp Regional Araraquara<br />

são homenageados pela entidade<br />

A opção sempre será Saúde e Educação<br />

Doutor Lapena<br />

Embora escolhidas no Orçamento<br />

Participativo em março, Saúde<br />

e Educação, as prioridades do<br />

Quitandinha, ainda dependem de<br />

plenária regional a ser realizada em<br />

maio pela Prefeitura. Em Saúde, o<br />

pedido dos moradores da sub-região<br />

3 da Região 4 foi a construção de<br />

uma unidade de saúde no bairro, pois<br />

os pacientes precisam ir até o Jardim<br />

Morumbi para serem atendidos. Outra<br />

demanda levantada foi a reforma do<br />

CER Concheta Smirne Mendonça, no<br />

tema Educação. Os pedidos das três<br />

Unidade dependerá de aprovação<br />

sub-regiões (Universal, Santana e<br />

Quitandinha) serão levados para<br />

a plenária da Região 4, em 20<br />

de maio, no Salão de Festas da<br />

Paróquia Nossa Senhora do Carmo.<br />

Refeito de várias cirurgias e disposto a<br />

enfrentar as urnas como candidato a<br />

prefeito, o médico Luiz Cláudio Lapena<br />

entra na lista dos prováveis concorrentes<br />

no ano que vem. O rumo partidário<br />

parece ser uma incógnita, contudo<br />

uma das siglas dispostas em tê-lo como<br />

“soldado” é o Patriota, do qual faz parte<br />

Valdir Massucato, extremamente crítico<br />

ao atual regime de governo municipal.<br />

Lapena também tem suas discrepâncias<br />

com a antiga política sustentada por<br />

Barbieri, Massafera e Edinho Silva, que<br />

têm se revezado no Poder.<br />

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DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

AGRONEGÓCIO<br />

Feplana empossa diretoria<br />

40<br />

Nicolau de Souza Freitas e Luís<br />

Henrique Scabello de Oliveira<br />

tomam posse em Brasília<br />

Casamento é bom?<br />

24| Casal Deolinda-Argemiro<br />

de Freitas pode responder ao<br />

comemorar 60 anos de união<br />

GRANDES BANDAS<br />

A história do NC Som<br />

52<br />

Ney Castellucci comandou no<br />

final dos anos 60 o conjunto que<br />

era xodó na alta sociedade<br />

O Senhor do Futebol<br />

30| Sessenta anos depois Dudu volta<br />

ao Estádio da Fonte para recordar<br />

como tudo começou<br />

por: Sônia Maria Marques<br />

Cemitério de Vagões no centro da<br />

cidade, até quando meu Deus?<br />

Sob a responsabilidade do DNIT (Departamento Nacional<br />

de Infraestrutura de Transportes), autarquia federal brasileira<br />

vinculada ao Ministério da Infraestrutura, o Cemitério de<br />

Vagões criado na região central de Araraquara demonstra<br />

a falta de habilidade dos nossos políticos em buscar solução<br />

para um impasse que dura anos.<br />

Se há um fato de ordem jurídica e acentuada preocupação<br />

por bens materiais, é verdade que a Saúde Pública está<br />

acima destes interesses e nos sentimos pequenos em afrontar<br />

leis que em determinados casos parecem desconhecer os<br />

riscos que podem atingir a população.<br />

A retirada dos trilhos que era um sonho do prefeito Waldemar<br />

De Santi (e começou no seu mandato), hoje apodrece na rota<br />

da desgovernança; entra prefeito, sai prefeito e o projeto que<br />

prevê a transformação do lugar num parque nada mais é que<br />

um pesadelo colocando em risco a vida das pessoas.<br />

As mortes causadas pela dengue pouco ou nada sensibilizam<br />

os políticos e o próprio Ministério Público que deveriam<br />

agir pelo bem da comunidade. O que falamos não deve<br />

ser interpretado como crítica, mas sim como alerta aos<br />

problemas que vagões abandonados causam aos nossos<br />

habitantes.<br />

A nova loja do Savegnago<br />

Construção como se<br />

fosse uma operação de<br />

guerra é o que se vê em<br />

nossas passagens pela<br />

Avenida 36, próximo ao<br />

Balão da Castro Alves.<br />

Ali o majestoso prédio<br />

do Savegnago está<br />

sendo erguido, seguindo<br />

padrões de modernidade<br />

dos grandes mercados<br />

brasileiros, num desafio<br />

ao Tonin Atacadão,<br />

que tem prezado por<br />

qualidade e preços<br />

acessíveis. O Savegnago<br />

investe cerca de R$ 30<br />

milhões nesta sua terceira<br />

loja em Araraquara; a<br />

empresa que conta com<br />

40 lojas espalhadas no<br />

Estado, deverá gerar<br />

230 empregos diretos<br />

no mercado da 36. É<br />

importante lembrar que o<br />

ramo de supermercados<br />

foi o que mais faturou<br />

em nossa cidade no ano<br />

passado.<br />

Em 2018, a rede<br />

supermercadista faturou<br />

cerca de R$ 3 bilhões,<br />

confirmando a previsão<br />

de um crescimento de<br />

30% no faturamento<br />

até o final do próximo<br />

ano com a inauguração<br />

anunciada para o segundo<br />

semestre em Araraquara.<br />

“Nosso objetivo é que a<br />

rede esteja entre as 10<br />

maiores do Brasil”, declara<br />

o presidente executivo<br />

Chalim Savegnago à<br />

nossa revista.<br />

Jovens, hoje com 20 anos de idade, estavam nascendo e se<br />

habituando em “ouvir contar que um certo dia jogou-se fora<br />

recurso público para nada se fazer ou conseguir”. É pena.<br />

Portal <strong>RCIA</strong>RARAQUARA.COM<br />

Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni<br />

Supervisora Editorial: Sônia Marques<br />

Editor: Suze Timpani<br />

Design: Bete Campos e Érica Menezes<br />

PARA ANUNCIAR: (16) 3336 4433<br />

Tiragem: 5 mil exemplares<br />

Impressão: Gráfica Bolsoni - (16) 3303 5900<br />

A Revista Comércio, Indústria e Agronegócio<br />

é distribuida gratuitamente em Araraquara e região<br />

* COORDENAÇÃO, <strong>ED</strong>ITORAÇÃO, R<strong>ED</strong>AÇÃO E PUBLICIDADE<br />

Atendimento: (16) 3336 4433<br />

Rua Tupi, 245 - Centro<br />

Araraquara/SP - CEP: 14801-307<br />

marzo@marzo.com.br<br />

Investimento<br />

de R$ 30<br />

milhões na<br />

Avenida 36<br />

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<strong>ED</strong>ITORIAL<br />

por: Ivan Roberto Peroni<br />

Ouvidoria da Câmara: não dá para se amar todos os<br />

Senhores ao mesmo tempo, alguém será barrado no baile.<br />

Indicação de Aluísio Braz, o Boi, para assumir a ouvidoria da Câmara Municipal, em se tratando de<br />

um político, representa um golpe na oposição dentro do Legislativo e expressa a troca de gentilezas<br />

entre dois partidos - MDB e PT, que parecem marchar juntos em direção às eleições municipais de<br />

2020. Não vamos questionar as qualidades pessoais do indicado que sempre demonstrou retidão e<br />

seriedade no Legislativo como vereador e no Executivo atuando com Marcelo Barbieri.<br />

O ato da escolha sim, podemos<br />

comentar, pelas circunstâncias<br />

em que ela foi realizada. A<br />

Ouvidoria quer nos parecer como o<br />

funcionamento – neste caso – uma<br />

ponte entre o cidadão e a Câmara<br />

Municipal, intermediando o diálogo<br />

entre as partes mencionadas. Assim,<br />

o Boi vai ouvir o cidadão, registrar a<br />

demanda, terá que fazer um exame<br />

de admissibilidade, encaminhará<br />

a manifestação à unidade técnica<br />

responsável pelo problema<br />

(geralmente só é problema) e dentro<br />

do prazo regimental, o órgão<br />

técnico responderá ao ouvidor que<br />

avaliará a resposta e, caso esteja<br />

adequada, transmitirá ao cidadão.<br />

É fato que nenhuma Ouvidoria<br />

realiza trabalho de auditoria,<br />

corregedoria ou comissão de ética,<br />

pois depende de parecer técnico.<br />

Mas, quando se olha a verdadeira<br />

função que norteia um Ouvidor<br />

na esfera legislativa, sabe-se que<br />

seu papel é receber denúncias,<br />

reclamações e representações<br />

sobre atos considerados arbitrários,<br />

desonestos, indecorosos, ilegais,<br />

irregulares ou que violem os<br />

direitos individuais ou coletivos, praticados por servidores civis e militares da<br />

Administração Pública Municipal direta e indireta.<br />

Mas não é só: uma Ouvidoria quando criada para exercer de fato seu papel<br />

junto à comunidade, tem por objetivo assegurar, de modo permanente e<br />

eficaz, a preservação dos princípios da legalidade, moralidade e eficiência<br />

dos atos dos agentes da Administração Direta e Indireta, inclusive das<br />

empresas públicas e sociedades nas quais o Município detenha capital<br />

majoritário, e entidades privadas de qualquer natureza que operem com<br />

recursos públicos, na prestação de serviços à população.<br />

Levando-se em conta que o Ouvidor deve atuar com autonomia,<br />

imparcialidade e justiça, propondo sempre ações para melhorar o<br />

desempenho dos procedimentos administrativos com base nas demandas<br />

apresentadas a ele, é natural que se pergunte – o Boi terá coragem de<br />

enfrentar todos os tipos de problemas ou denúncias?<br />

Se perguntar não ofende, por que a escolha de um Ouvidor não se baseou<br />

na contratação de alguém fora da política, sem vínculos partidários ou<br />

relações de amizades? É estranho que na antessala eleitoral cria-se um<br />

cargo com despesas que superam R$ 7 mil mensais, nomeando-se<br />

um político de expressão, trajetória limpa, forçado provavelmente a<br />

manipulações que contrastam com mágoas (afinal não agradou a todos) e<br />

disposto a ter sua carreira maculada, pois é impossível amar ou servir todos<br />

os Senhores (vereadores) ao mesmo tempo. Ainda mais quando se fala da<br />

proximidade eleitoral de PT e MDB em 2020, com sua indicação para ser vice<br />

do atual prefeito Edinho em uma comentada reeleição.<br />

Caso assim parece andar na contramão da história, batendo de frente<br />

com os movimentos nas ruas em que existe o clamor contra atos que não<br />

condizem com uma política séria, descompromissada. Mas enfim...<br />

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Nova sede da JN Moura Sistemas de Gestão,<br />

no bairro do Santana, ratificando seu<br />

crescimento e contribuição ao desenvolvimento<br />

econômico da cidade<br />

Loja na Via Expressa, 656<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

|10<br />

JN MOURA SISTEMA DE GESTÃO<br />

Visando mercado internacional,<br />

empresa inaugura filial em Portugal<br />

A Moura inaugura seu<br />

complexo tecnológico,<br />

anuncia inauguração da<br />

primeira filial internacional<br />

em Lisboa e já sinaliza<br />

chegada na Espanha e<br />

Itália. Um orgulho para a<br />

nossa cidade.<br />

A JN Moura Sistemas de Gestão<br />

acaba de inaugurar sua primeira<br />

sede internacional: Lisboa, em Portugal.<br />

Para a diretoria da empresa, a<br />

expansão das atividades no exterior<br />

não reflete apenas o momento de fortalecimento<br />

e euforia, mas contribui<br />

para propagar os serviços de alta tecnologia<br />

desenvolvidos pela Moura em<br />

nossa cidade, já utilizados em grandes<br />

cidades brasileiras e com penetração<br />

no mercado europeu, comenta<br />

Felipe Moura, diretor da empresa.<br />

Já era um sonho da família Moura<br />

desde o início, sendo uma empresa<br />

de tecnologia araraquarense, ir em<br />

busca de inovações no exterior e<br />

trazê-las para o país, no entanto, a<br />

software house percebeu o potencial<br />

de seus produtos em auxiliar o varejo,<br />

não apenas do Brasil, mas também<br />

em outros países.<br />

No final de março, indagado se a<br />

abertura da loja teria sido um processo<br />

árduo, com a escolha do país certo<br />

para se fazer tamanho investimento,<br />

Felipe Moura explicou que toda concepção<br />

foi fundamentada em muito<br />

estudo, e os pontos positivos para a<br />

implantação da primeira filial internacional<br />

culminaram na indicação de<br />

Portugal. Neste caso, alguns pontos<br />

pesaram para a definição, como facilidade<br />

do idioma, acordo de incentivo<br />

fiscal entre os países e o fato de Portugal<br />

estar geograficamente bem localizado<br />

como uma porta de entrada<br />

para outros países da Europa.<br />

Após indicação de Portugal é verdade<br />

que começaram os maiores<br />

desafios, um deles a homologação<br />

de acesso, ou seja, a obtenção do certificado<br />

português para o comércio de<br />

softwares de automação comercial.<br />

Com essa concessão, a Moura projeta<br />

a ampliação do seu escritório em<br />

Lisboa, contribuindo com a economia<br />

do país ao gerar renda e empregos.<br />

Contudo, a expansão já indica o<br />

acesso em outros mercados, como<br />

Itália e Espanha. “Os dois países que<br />

mantêm vínculos com o Brasil por<br />

conta dos traços imigratórios, fazem<br />

parte de novos projetos já há algum<br />

tempo, e o assunto nunca esteve tão<br />

quente, principalmente por conta da<br />

experiência adquirida com a inauguração<br />

da filial em Portugal”, justifica<br />

o diretor da empresa.


Por outro lado, é importante<br />

ressaltar para contribuição que a<br />

JN Moura Sistemas de Gestão tem<br />

proporcionado a nossa cidade nesse<br />

cenário de expansão internacional.<br />

Observa-se de forma resumida, que<br />

ela tem contribuído para a notoriedade<br />

de Araraquara dando-lhe a marca<br />

de um polo de tecnologia internacional,<br />

assim como o programa AWS<br />

Educated, que é e sempre será, uma<br />

prioridade. “Nosso modo de atingir<br />

tais objetivos é através de conquistas,<br />

como a expansão para Portugal ou<br />

mesmo gerando novas oportunidades<br />

de emprego nas áreas de tecnologia”,<br />

explica Felipe.<br />

A EMPRESA<br />

A imagem exibe o Palácio Nacional de Sintra, que fica localizado em Lisboa, mesma cidade<br />

onde a JN Moura Sistemas de Gestão inaugurou sua primeira sede internacional. A arte<br />

mostra a logo da empresa se entrelaçando no ponto turístico, de maneira a dar a intenção<br />

de pertencimento.<br />

Dois momentos importantes<br />

na vida do fundador da<br />

empresa: José Natal de<br />

Moura e o filho Felipe<br />

recebendo a homenagem do<br />

Ciesp Araraquara e na foto<br />

abaixo, a entrega do título de<br />

“Cidadão Araraquarense”<br />

pelos serviços prestados à<br />

nossa comunidade.<br />

Recentemente a Moura abriu as<br />

portas do seu novo prédio, com instalações<br />

e padrões que a atividade<br />

exige. A sede marca um cenário de<br />

prosperidade que hoje está presente<br />

em 591 municípios de todos os estados<br />

brasileiros, além das operações<br />

em Portugal. Em breve, está previsto<br />

que o complexo abrigue também um<br />

prédio de inovação e pesquisa, além<br />

de outros edifícios. “Seguimos levando<br />

nossas soluções e nos posicionando<br />

entre as principais companhias de<br />

tecnologia do país”, afirma José Natal<br />

de Moura, fundador e diretor da Moura<br />

Informática. Ao longo da sua vida,<br />

ele sempre disse: “Enxergamos a necessidade<br />

de termos um espaço físico<br />

que comporte essa nova realidade,<br />

e a mudança vem como um marco<br />

importante na nossa história”.<br />

História que teve início há 28<br />

anos, quando a Moura iniciou suas<br />

operações em Araraquara como companhia<br />

especializada em treinamento<br />

na área de informática.<br />

Pouco tempo depois, a empresa<br />

deu início ao desenvolvimento de<br />

sistemas para automação comercial,<br />

que eram desenvolvidos pelo próprio<br />

Moura e seu filho, Felipe. Logo no<br />

início das operações, eles chegaram<br />

a vender 120 sistemas em um mês.<br />

A qualidade das inovações desenvolvidas<br />

fez a demanda pelas soluções<br />

da empresa evoluir ao longo do<br />

tempo. Hoje, o time da Moura conta<br />

com 520 integrantes em todo o Brasil,<br />

entre funcionários, consultores,<br />

representantes e parceiros.<br />

A companhia baseou sua estratégia<br />

no desenvolvimento de softwares<br />

adaptados para diferentes segmentos<br />

de mercado, o que levou à criação de<br />

divisões especializadas em setores<br />

como agronegócio, franquias, varejo,<br />

pet shops e clínicas veterinárias,<br />

postos de combustível, gestão pública,<br />

educação, bibliotecas, farmácias,<br />

magazines e outros. Entre os clientes,<br />

estão grandes marcas como as redes<br />

Petz e Vestcasa.<br />

RECONHECIMENTO<br />

“Nosso crescimento é apoiado por<br />

dois aspectos importantes: primeiro,<br />

buscamos sempre nos colocar na<br />

vanguarda das inovações para automação<br />

comercial, que foi o caso<br />

quando começamos a trabalhar com<br />

tecnologias como leitura RFID e sistemas<br />

de provador inteligente para lojas<br />

de roupas”, explica Moura.<br />

“Além disso, acreditamos que<br />

parcerias duradouras com nossos<br />

públicos interno e externo nos levam<br />

a colher frutos positivos.<br />

11|


Presidente Luís Henrique Scabello de Oliveira na abertura da assembleia com seus diretores Olavo Cavalcanti Pereira de Córdis, Tatiana<br />

Caiano Teixeira Campos Leite e Romualdo Luiz Vanalli Polez<br />

FUGINDO DO TRIVIAL<br />

Canasol inova e completa sua<br />

assembleia com samba e feijoada<br />

Em perfeita combinação com o gosto popular e mostrando coesão nas suas iniciativas, uma<br />

vez mais a Canasol foge do costumeiro e organiza para os associados uma assembleia<br />

regada à samba e feijoada, após discussão dos temas que consolidam propósitos de união<br />

da classe.<br />

A Assembleia Geral Ordinária realizada<br />

em março (2) pela Canasol, neste<br />

ano teve características bem diferentes.<br />

Além da aprovação de contas referentes<br />

ao ano passado (2018), por<br />

unanimidade, o encontro serviu para<br />

que os associados tivessem conhecimento<br />

das ações da diretoria, algumas<br />

delas ligadas ao campo jurídico, em<br />

defesa dos direitos dos plantadores e<br />

fornecedores de cana.<br />

Além disso, em se tratanto de um<br />

período carnavalesco, a diretoria privilegiou<br />

seus associados com almoço,<br />

em que o cardápio foi do agrado de<br />

todos: feijoada ao som de Carlos Cavaco<br />

(A Voz do Samba) e Convidados,<br />

tornando o sábado de carnaval ainda<br />

Luís Henrique Scabello de Oliveira,<br />

Romualdo Luiz Vanalli Polez, Nicolau de<br />

Souza Freitas, Tatiana Caiano Teixeira<br />

Campos Leite, Ivo Munaretti Junior e Jorge<br />

Luiz Piquera Lozano<br />

mais atraente.<br />

Em sua saudação aos associados<br />

e representando a diretoria, o presidente<br />

Luís Henrique Scabello de Oliveira<br />

destacou o papel importante dos<br />

produtores, dizendo que mediante o<br />

apoio da classe, é que a entidade tem<br />

conquistado seu espaço e debatido as<br />

questões atinentes à cultura da cana.<br />

“Sabemos o quanto tem sido difícil<br />

o trabalho de vocês, afinal fazemos<br />

parte desta atividade, porém, há de<br />

se reconhecer que somente a união<br />

de todos permitirá que alcancemos<br />

através do diálogo, as melhorias que<br />

conclamamos”, salientou o dirigente<br />

|12


da Canasol.<br />

Cumprimentado pela forma ética<br />

e transparente com que a diretoria<br />

tem se comportado, Luís Henrique<br />

argumentou que embora os desafios<br />

sejam permanentes, é verdade que há<br />

muita disposição de todos em superar<br />

os obstáculos, tornando a classe mais<br />

fortalecida.<br />

A observação feita por grande parte<br />

dos associados, é compreendida<br />

pertinente neste momento em que<br />

a Canasol ganha projeção e notoriedade.<br />

Esta diretoria não tem medido<br />

esforços para criar estratégias e se<br />

aprofundar na discussão de políticas<br />

que dão sustentação aos anseios da<br />

entidade tornar-se extremamente conhecida<br />

por defender os interesses<br />

dos fornecedores de cana.<br />

Por parte dos associados ainda<br />

há o reconhecimento de que a integração<br />

é o caminho mais prático para<br />

o empoderamento: conhecimento,<br />

transparência e ética se ajustam aos<br />

interesses coletivos e demonstram<br />

a valorização que se dá ao trabalho<br />

realizado pela diretoria.<br />

De fato a representatividade da<br />

associação hoje está presente no<br />

círculo dos debates nacionais, pois<br />

a Canasol tem seu espaço garantido<br />

na Feplana e na Câmara Setorial<br />

da Cadeia Produtiva do Açúcar e do<br />

Álcool, em Brasília. Isso significa que<br />

o seu fortalecimento se dá de forma<br />

equilibrada e voltada para a defesa<br />

dos interesses da classe. “Estamos<br />

presentes em uma das mais importantes<br />

regiões do Estado e graças à<br />

união de todos é que atingimos os<br />

nossos objetivos”, diz Luís Henrique.<br />

Carlos do<br />

Cavaco (A Voz<br />

do Samba)<br />

e Amigos<br />

animando a<br />

feijoada servida<br />

logo após a<br />

assembleia.<br />

Era sábado de<br />

carnaval.<br />

Dialogar com o fornecedor de cana<br />

tem sido uma brilhante iniciativa<br />

desta diretoria para a discussão<br />

dos problemas da classe. Na foto<br />

acima, Luís Henrique conversa com o<br />

produtor Valdemar Pereira<br />

Herbert Muller<br />

Júnior, em nome<br />

da Credicentro,<br />

saúda os diretores<br />

da Canasol<br />

Jorge Luíz Piquera Lozano, o casal Iracema-<br />

Nicolau de Souza Freitas e o filho João<br />

Henrique, diretores do Sindicato Rural<br />

Domingos Baú<br />

e a esposa<br />

Cecilia<br />

Gregório Serafini, Lautinê Antonelli (Toni), Guilherme Lui de Paula Bueno,<br />

Selimara Heloísa Borges, Fernanda Origuella, Edna Berta e Luiz Alberto Pereira,<br />

colaboradores da Canasol<br />

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AGREGANDO VALORES<br />

Sincomercio recebeu o presidente da<br />

Fenacon para Conversa de Balcão<br />

Com o objetivo de ter uma convivência plena e saudável com o setor varejista e segmentos<br />

que sustentam a economia regional, o Sincomercio trouxe em março para um bate-papo<br />

com contabilistas e empresários, o administrador de empresas Sérgio Approbato Júnior<br />

Approbato durante a palestra e o registro da sua chegada ao Sincomercio acompanhado do<br />

presidente Antonio Deliza Neto<br />

No dia 20 de março a diretoria do<br />

Sincomercio (Sindicato do Comércio<br />

Varejista de Araraquara), trouxe para<br />

sua “Conversa de Balcão” o palestrante<br />

Sérgio Approbato Machado Junior,<br />

que atualmente ocupa a presidência<br />

da Federação Nacional das Empresas<br />

de Serviços Contábeis (Fenacon) desde<br />

2018, indo seu mandato até 2022.<br />

Sérgio que tem um forte vínculo de<br />

trabalho e amizade com a nossa cidade,<br />

principalmente com Ivo Dall’Acqua,<br />

diretor da Confederação Nacional do<br />

Comércio de Bens, Serviços e Turismo<br />

(CNC) e vice-presidente da Fecomercio,<br />

aceitou o convite para vir a Araraquara,<br />

considerando segundo ele<br />

próprio que aqui estava “mais para um<br />

papo que palestra”. No entanto, trouxe<br />

para o debate contextos primordiais à<br />

classe dos contabilistas e empresários<br />

da área comercial, agradando a todos<br />

os presentes ao proveitoso encontro.<br />

Approbato apresentou inicialmente<br />

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aos participantes do encontro a entidade<br />

que representa, a Fenacon, instituição<br />

de serviços, demonstrando<br />

que a contabilidade tem uma relação<br />

com toda a cadeia produtiva do país,<br />

indústria, serviços e comércio.<br />

Falou sobre a questão sindical, e<br />

no que afeta a não contribuição, e que<br />

tem um trabalho nesse sentido que<br />

pretende dar sequência em Brasília.<br />

Lembrou que quem não conhece o<br />

meio contabilista acredita que a classe<br />

é o alicerce da burocracia, mas prova<br />

que isso é lenda.<br />

O palestrante falou também sobre<br />

o mundo futurista e digital que se<br />

apresenta, tendências em comércio<br />

eletrônico e como o país vem se relacionando<br />

com as novidades. Deixou<br />

claro que todos devem estar envolvidos<br />

nas mudanças tecnológicas:<br />

“Não podemos ficar ausentes deste<br />

movimento”, explicou.<br />

Sobre o momento político por qual<br />

o país passa, Approbato considera<br />

“estar melhor do que estava com a<br />

mudança de governo e a tendência à<br />

direita, ele assegura que o Brasil caminha<br />

em direção do mesmo contexto<br />

da maioria dos países, que tem deixado<br />

o socialismo. Para o palestrante,<br />

embora o partido do atual presidente<br />

não tenha tradição, Bolsonaro escolheu<br />

muita gente boa no mercado para<br />

assessorá-lo, e por não fazer parte de<br />

um partido tradicional, tem ouvido a<br />

todos. “Isso é um aspecto positivo.<br />

Dentro da equipe econômica, ele tem<br />

hoje os melhores do mercado financeiro”,<br />

ressaltou.<br />

Para Approbato, aspecto ruim<br />

desse governo às vezes são algumas<br />

gafes e isso gera instabilidade e pode<br />

impactar negativamente, politicamente<br />

falando. “A essência de Brasília é<br />

política, se ele não souber fazer boas<br />

costuras, terá problemas nas aprovações<br />

de projetos”, afirmou.<br />

Sérgio diz que ainda que sendo<br />

eleito um presidente com este perfil,<br />

tem uma visão otimista do Governo<br />

reafirmando que vê Bolsonaro cercado<br />

de gente boa como o Ministro da<br />

Walter Francisco Orloski, diretor administrativo do Sicoob, no evento fez uma apresentação<br />

da cooperativa financeira localizada na Avenida Barroso e dos serviços prestados<br />

Economia Paulo Guedes, que fez uma<br />

apresentação brilhante dos nossos<br />

projetos para o futuro e muito séria<br />

nos EUA.<br />

Durante a palestra, argumentou<br />

que há necessidade de se alterar a<br />

forma de comunicação dentro do Governo,<br />

amenizando a participação em<br />

redes sociais para mostrar governança;<br />

“isso está faltando no momento,<br />

mas acreditamos em uma retomada,<br />

o que será bom para todos”.<br />

Sobre a reforma da Previdência, o<br />

palestrante ainda não sabe se o Governo<br />

conseguirá aprová-la nos próximos<br />

meses: “Bolsonaro já está trazendo<br />

não da forma como queria, apresentando<br />

nova proposta para os militares,<br />

criando um clima pouco seguro em<br />

Brasília, mas, o Brasil aposta nesta<br />

reforma. Tem muita gente nova na<br />

capital federal, com garra e vontade<br />

de apresentar bons projetos e poder<br />

assim contribuir com o país, que é o<br />

que todos nós pretendemos”.<br />

O empresário contábil e administrador<br />

de empresas, Sérgio Approbato<br />

Machado Júnior, atua há mais de 30<br />

anos como empresário contábil na<br />

Approbato & Fischer Contabilistas<br />

Associados. Desde 1998 trabalha<br />

ativamente na defesa e valorização<br />

do empreendedorismo.<br />

AGRADECIMENTO<br />

Em nome da diretoria do Sincomercio,<br />

o presidente Antonio Deliza<br />

Neto, além das boas-vindas ao palestrante,<br />

agradeceu a forma com que<br />

ele dirigiu o debate e ressaltou que<br />

todos nós acreditamos na realização<br />

das reformas que são extremamente<br />

necessárias para o desenvolvimento<br />

da economia; “Isso vai nos dar mais<br />

segurança para enfrentarmos o futuro”,<br />

considerou.<br />

SERVIÇO<br />

Sindicato do Comércio Varejista de<br />

Araraquara (Sincomercio)<br />

Avenida São Paulo, 660 • Centro<br />

Contato: (16) 3334 7070<br />

sincomercio@sincomercioararaquara.com.br<br />

www.sincomercioararaquara.com.br<br />

15|


O QUE VEM POR AÍ<br />

O que é política de compliance e<br />

para que serve?<br />

Em março o advogado Felipe Timpani de Souza e Silva,<br />

pós graduando em Compliance, aceitou o convite da<br />

nossa revista para explicar o que significa este termo que<br />

tardiamente chega ao Brasil.<br />

|16<br />

Mais do que um procedimento de<br />

adequação, o programa busca potencializar<br />

a efetividade, produtividade e<br />

confiança das empresas. A legislação<br />

impõe diversas responsabilidades<br />

às companhias e seus gestores. Em<br />

razão disso, procuramos explicações<br />

com o advogado Felipe Timpani de<br />

Souza e Silva que é pós graduando em<br />

Compliance pelo IBEMEC/SP, para que<br />

não paire dúvidas no empresariado a<br />

respeito de um assunto.<br />

O termo Compliance, de forma<br />

literal, tem origem no inglês to comply,<br />

que significa agir de acordo com<br />

a lei, segundo o advogado, é estar em<br />

conformidade com as regras internas,<br />

os procedimentos éticos e normativos<br />

vigentes.<br />

Contudo, Felipe ressalta que não<br />

podemos considerar a expressão<br />

compliance apenas em seu significado<br />

literal, pois a terminologia está<br />

muito além do simples cumprimento<br />

de regras formais. Seu alcance é<br />

mais amplo, e deve ser compreendido<br />

de forma sistêmica, como um<br />

instrumento de redução e controle dos<br />

riscos, preservação dos valores éticos<br />

e sustentabilidade corporativa, tendo<br />

como objetivo principal, a preservação<br />

da continuidade do negócio e também<br />

dos interesses dos stakholders.<br />

Segundo ele o compliance tem<br />

ganhado destaque no cenário mundial<br />

e, mais recentemente, também<br />

no Brasil, com o advento da lei<br />

12.846/2013 que foi regulamentada<br />

pelo decreto 8.420/2015, transformando<br />

o que seria uma tendência de<br />

imposição de regras ao meio empresarial,<br />

em uma nova realidade, exigindo<br />

práticas a um novo modelo de gestão.<br />

Esse plano então, veio tornar<br />

o ambiente empresarial cada vez<br />

mais alinhado ao mercado global,<br />

dentro de uma gestão ética<br />

e efetiva das necessidades de<br />

mercado, independentemente<br />

do segmento em que se atue.<br />

AGRONEGÓCIO<br />

O compliance officer salienta que<br />

dentro do Agronegócio, o programa<br />

vem ganhando seu espaço, e que<br />

em 2018 o Ministério da Agricultura,<br />

Pecuária e Abastecimento – MAPA,<br />

deu um grande passo, buscando<br />

valorizar a boa governança e a<br />

implementação do programa nas<br />

empresas, criando o Programa Agro +<br />

Integridade. “Tratando-se de uma reação<br />

do Ministério após o escândalo<br />

de consequências desastrosas para a<br />

economia e reputação do País, na operação<br />

deflagrada pela Polícia Federal<br />

em 2017 denominada “Carne Fraca”.<br />

Os principais requisitos para participar<br />

do Programa Agro + Integridades são:<br />

comprovar que a empresa adota o programa,<br />

que utiliza canais de denúncia,<br />

faz treinamentos para mudar a cultura<br />

organizacional e que atue com<br />

Felipe Timpani de Souza e Silva, pós<br />

graduando em Compliance<br />

responsabilidade social e ambiental.<br />

“Estamos ainda caminhando lentamente,<br />

em outubro de 2018, apenas<br />

onze empresas foram certificadas com<br />

o Selo Agro + Integridade pelo MAPA”-<br />

explica o advogado.<br />

Apesar da adoção do projeto estar<br />

em alta dentro das grandes empresas<br />

e agronegócio, Felipe afirma que “em<br />

um futuro muito próximo, as empresas<br />

que não adotarem uma conduta ética<br />

e transparente, principalmente (mas<br />

não somente) aquelas que possuem<br />

relação com o Poder Público, estarão<br />

praticamente fora do mercado. Após<br />

os inúmeros escândalos de corrupção<br />

no Brasil, fez com que a sociedade<br />

tivesse maior interesse em saber de<br />

onde vem os produtos, como é o relacionamento<br />

das empresas com seus<br />

funcionários e aos poucos essa nova<br />

cultura vai integrar-se naturalmente<br />

às rotinas industriais e promover uma<br />

transformação que impacta toda a<br />

sociedade, do empresário ao consumidor<br />

final”.


17|


Jader José de Oliveira,<br />

Alessandro Cesar de<br />

Souza Pena, Joel Aranha<br />

e Marcelo Figueiredo<br />

em nossa redação,<br />

juntos na organização<br />

da Associação Musical<br />

Maestro José Tescari<br />

Logomarca da Associação<br />

Musical Maestro José<br />

Tescari, criado pela WL<br />

Publicidade<br />

ENTRANDO PARA A HISTÓRIA<br />

Do sonho à realidade. Araraquara<br />

vê nascer uma Escola de Música<br />

A história na redação começa com a chegada de Marcelo Pereira de Córdis Figueiredo,<br />

presidente do Rotary Club de Araraquara Morada do Sol. Vem acompanhado do empresário<br />

Joel Aranha e do músico Jader José de Oliveira. Não demorou e chega Alessandro Cesar de<br />

Souza Pena com seu Sousafone (tuba) anunciando que a escola está criada.<br />

A Associação Musical Maestro<br />

José Tescari montada para dar vida<br />

a uma escola de música e com isso<br />

tirar das ruas crianças que queiram<br />

se tornar grandes músicos, já é realidade<br />

em Araraquara. Na presidência<br />

da associação está Marcelo Pereira<br />

de Córdis Figueiredo e na vice Joel<br />

Roberto Aranha, que trabalham<br />

incansavelmente para que tudo saia<br />

conforme manda a legislação.<br />

O staff que compõe o quadro da<br />

instituição é formado por voluntários,<br />

como professores e coordenadores.<br />

A ideia despertou também a solidariedade<br />

de muitas pessoas que<br />

já doaram 5 violões, 1 saxofone, 1<br />

piano, 1 violino, 2 teclados e alguns<br />

instrumentos de percussão. Existem<br />

também pessoas que são apegadas<br />

a seus instrumentos e estão empres-<br />

tando para a escola se utilizar e<br />

mantê-los. Um exemplo é o neto do<br />

maestro José Tescari, que emprestou<br />

o piano original do músico, que inclusive<br />

já está sendo reformado. Seu<br />

bisneto também emprestou um violino.<br />

“Sem contar que algumas lojas<br />

de produtos musicais também pretendem<br />

ajudar”, diz Joel. A escola já<br />

tem endereço definido - será na casa<br />

onde morou a família Tescari - Rua<br />

Carlos Gomes, 1116, entre avenidas<br />

XV de Novembro e Sete de Setembro,<br />

de propriedade do empresário Valter<br />

Merlos, um dos entusiastas do projeto<br />

e incentivador do movimento que<br />

monopoliza as atenções dos rotarys<br />

clubes em Araraquara. Na realidade,<br />

essa escola será a base preparatória<br />

para alunos que queiram cursar<br />

uma faculdade como Tatuí.<br />

Alessandro Cesar de Souza Pena<br />

que é músico e integrante da banda<br />

do Senai, que também participará<br />

como professor, traz o tom profissional,<br />

onde acredita que os alunos não<br />

devam aprender apenas de ouvido e<br />

sim de forma profissional, para caso<br />

queiram seguir carreira e cursar uma<br />

faculdade como Tatuí.<br />

Para dar um “up grade” vem<br />

também do Senai, Edson Penteado,<br />

renomado maestro, tendo ele a<br />

capacidade para reconhecer quais<br />

crianças, tenham um feeling apurado.<br />

A associação pretende fazer um<br />

trabalho de peneira nos bairros, e<br />

junto às escolas, trazendo de volta<br />

os bons tempos das bandas escolares,<br />

sem contar que a associação<br />

também terá a sua banda, e que<br />

|18


segundo a diretoria, será com certeza<br />

uma das melhores, para que<br />

nela se inspirem as crianças.<br />

O projeto contemplará a criança<br />

que tenha dificuldade financeira<br />

e vontade para estudar música: a<br />

idade mínima fica em torno de 7<br />

anos, pois tem que ser alfabetizada<br />

para que entenda as partituras.<br />

Boas notas escolares é um dos critérios<br />

exigidos. A associação contará<br />

também com reforço escolar, aulas<br />

de inglês e apoio psicológico.<br />

“Nós já tivemos a Banda Marcial<br />

Dragões de Araraquara, e vamos<br />

trabalhar juntamente com o Senai<br />

e o maestro Penteado para introduzirmos<br />

na cidade essa disciplina,<br />

quebrar o conceito de que se ouve<br />

uma música no rádio e sai tocando,<br />

isso quebra etapas e lá na frente<br />

poderá apresentar dificuldades ao<br />

músico, pois não é todo mundo que<br />

tem um ouvido absoluto”, afirma<br />

Alessandro.<br />

A intenção da associação também<br />

é fazer parceria com a fábrica<br />

de instrumentos musicais<br />

Yamaha, por meio do Rotary,<br />

que tem ajudado muito<br />

nesse projeto trazendo à<br />

tona a responsabilidade<br />

social.<br />

Para o presidente Marcelo<br />

Figueiredo, a ideia é<br />

dar condições a essas crianças,<br />

e sem nenhuma ligação<br />

com política, “queremos despertar<br />

nesses jovens a música, a cultura e<br />

deixar evidente que existem novos<br />

caminhos, dando outro prisma de<br />

vida e uma profissão”.<br />

O diretor executivo do Alfa-<br />

Quebec Projetos Sociais, Jader José<br />

de Oliveira, que será um dos responsáveis<br />

pelos projetos musicais<br />

da associação, diz que tudo começa<br />

com a música e aos poucos aparecem<br />

as necessidades das crianças,<br />

que devem ser atendidas pela entidade.<br />

“Tudo está sendo construído<br />

com seriedade para dar sustentabilidade<br />

a esse projeto que emociona<br />

a todos nós”.<br />

Na foto acima, a residência do Maestro José<br />

Tescari nos anos 50 adquirida agora pelo<br />

empresário Valter Merlos, que cede para ser<br />

a Escola de Música de Araraquara<br />

19|


ERA DIA DE FESTA<br />

Honra ao mérito para<br />

esta brava gente<br />

Alguém já disse que “só chega à primavera quem<br />

souber suportar o rigor do inverno”. A vida empresarial,<br />

principalmente dos pequenos, tem sido assim: de<br />

dificuldades e muitas lutas. Mas também de conquistas.<br />

Esta é uma das mais fortes<br />

razões de estarmos aqui,<br />

neste trabalho de interação<br />

e acima de tudo de união e<br />

fortalecimento da classe.<br />

Jamais sairemos do foco de<br />

reconhecer e homenagear os<br />

nossos associados.<br />

Ademir Ramos da Silva<br />

Diretor Regional do Ciesp<br />

Marcos Henrique Crisci (esposa Dulce),<br />

da Fábrica de Essências Crisci, há 70 anos<br />

associada do Ciesp, homenageada por<br />

Helton Ramos da Silva, Ademir Ramos da<br />

Silva e João Carlos Costa (Regional Ciesp)<br />

Em um histórico acontecimento<br />

realizado na Ópera Choperia para<br />

comemorar os 65 anos de instalação<br />

da Regional do Ciesp em Araraquara,<br />

o que não faltou foi uma enorme quantidade<br />

de boas recordações, serviços<br />

prestados e obras que perpetuam a<br />

saga empresarial.<br />

Foi também a noite em homenagens<br />

aos associados com mais de 10<br />

anos de Ciesp (Centro das Indústrias<br />

do Estado de São Paulo). Ademir<br />

Ramos prestou homenagens a grandes<br />

nomes da indústria da região,<br />

entre eles, Marcos Henrique Crisci,<br />

diretor presidente da Essências Crisci,<br />

empresa que há 70 anos é associada<br />

da entidade.<br />

Também foram homenageadas<br />

as empresas Citropack Indústria e<br />

Comércio de Embalagem (20 anos);<br />

Fundição BB (30 anos); JN Moura<br />

Informática (10 anos); Laminação<br />

Araraquara (10 anos); Pulit Indústria<br />

e Comércio (10 anos); Indústria de<br />

Pistões Rocatti (20 anos) e Siatec<br />

Indústria, Comércio e Exportadora<br />

de Máquinas (20 anos). Cada um dos<br />

representantes recebeu placas alusivas<br />

ao período de associação com a<br />

entidade.<br />

Fundição BB, de Monte Alto, empresa com<br />

mais de 30 anos de experiência no mercado<br />

de fundidos, representada por seu diretor<br />

José Antonio Barbizan e esposa Suely<br />

José Natal de Moura e o filho Felipe<br />

recebendo a homenagem do Ciesp. Há<br />

10 anos a Moura Informática faz parte do<br />

quadro associativo do Ciesp<br />

Homenagem à Siatec Indústria, Comércio<br />

e Exportadora de Máquinas (20 anos).<br />

A empresa foi representada por Jiovani<br />

Dadério e Veridiana Gehring<br />

A Citropack, que atua desde 1994 no setor<br />

de embalagens, foi representada por seus<br />

diretores Rose Mary Paganine e Paulo<br />

Henrique Edmundo, pelos seus 20 anos<br />

de associada<br />

Vinicius Ramos da Silva, da Laminação<br />

Araraquara, recebendo placa alusiva aos 10<br />

anos de associada do Ciesp<br />

Vilage Marcas e Patentes que tem<br />

participação ativa na vida empresarial da<br />

cidade, associada há 10 anos, recebeu a<br />

homenagem por seu diretor Luís Augusto<br />

Cirelli e pelo consultor Diego Lima<br />

|20


POLÍTICA<br />

Rafael de Angeli, os dois<br />

primeiros anos de mandato<br />

A 18 meses das eleições municipais, a Revista Comércio,<br />

Indústria e Agronegócio de forma democrática e<br />

consciente da sua responsabilidade, abre espaço para<br />

que os atuais vereadores prestem contas das suas<br />

atividades nestes dois anos de mandato.<br />

Vereador Paulo<br />

Landim, do PT<br />

Rafael de Angeli nasceu em<br />

Araraquara e com 38 anos, é um dos<br />

vereadores mais jovens que já passaram<br />

pela Câmara. É graduado em<br />

Publicidade e Propaganda, e além de<br />

publicitário, é empresário e músico,<br />

sendo produtor e vocalista da banda<br />

católica gospel “Canal da Graça”,<br />

que promove eventos beneficentes e<br />

de evangelização por todo o Brasil,<br />

colaborando com obras sociais e<br />

assistenciais por meio da música,<br />

além de cantar em missas nas<br />

Paróquias Nossa Senhora do Carmo<br />

e Sagrada Família, em nossa cidade.<br />

RENOVAÇÃO CRISTÃ<br />

Em 2016, foi eleito para o seu<br />

primeiro mandato com 1.177 votos.<br />

Sentiu-se chamado para a política,<br />

atendendo a um pedido do Papa<br />

Francisco para que os cristãos entrassem<br />

nela com espírito evangélico,<br />

assumindo papéis na sociedade para<br />

ajudar o próximo.<br />

VEREADOR PRA FRENTE<br />

Rafael tem como características o<br />

Luta contra os<br />

canudos de<br />

plástico<br />

gosto pela tecnologia e pela modernização,<br />

a defesa do meio ambiente e a<br />

valorização dos jovens na sociedade.<br />

Seu mandato reflete em seu estilo.<br />

Em sua campanha, em 2016, produziu<br />

e divulgou, em suas redes sociais,<br />

diversos vídeos onde abordava suas<br />

propostas, perspectivas para uma<br />

Araraquara melhor e mais justa, e<br />

convidava a população a discutir<br />

temas importantes para a cidade.<br />

Atualmente, em sua rotina administrativa<br />

na Câmara, é o único vereador<br />

que utiliza a tecnologia a favor do<br />

meio ambiente, pois evita montanhas<br />

de impressões de projetos, requerimentos<br />

e outros documentos, em<br />

sessões e no dia a dia, utilizando seu<br />

laptop, smartphone e tablet, integrados<br />

ao seu gabinete.<br />

PROJETOS E AÇÕES<br />

De Angeli é avesso aos números<br />

ou do famoso “toma-lá-da-cá”. Seu<br />

mandato é composto por eficiência<br />

e pela representatividade da população.<br />

Dentre seus principais projetos,<br />

citamos os mais importantes:<br />

- Abertura para UBER e 99 Táxi.<br />

Se hoje a empresa Uber está em<br />

Araraquara, foi pela luta que Rafael<br />

travou em 2017 e 2018 para trazer<br />

tecnologia, mais oportunidades de<br />

empregos, facilidade de locomoção<br />

barata, de qualidade e rápida para<br />

todos.<br />

- Obrigatoriedade do fornecimento<br />

de toucas em moto taxis.<br />

Lei Ordinária nº 9293, estabelecendo<br />

a obrigatoriedade de<br />

fornecimento de toucas pelos moto<br />

Rafael de Angeli, vereador pelo PSDB, diz<br />

que sentiu-se chamado para a política,<br />

atendendo a um pedido do Papa Francisco<br />

taxis no município.<br />

O vereador está com um Projeto de<br />

Lei para proibição dos canudos plásticos<br />

em Araraquara, que devem ser<br />

substituídos por canudos biodegradáveis<br />

(que custam apenas 1 centavo<br />

a mais que os comuns), ou canudos<br />

reutilizáveis de uso individual, como<br />

os de inox, alumínio e bambu. Tudo<br />

indica que o projeto será aprovado<br />

por unanimidade, na Câmara, e que<br />

essa seja uma nova realidade em<br />

Araraquara, já presente em diversas<br />

cidades e estados do País.<br />

CONTATOS<br />

Para conhecer mais sobre estes<br />

e outros projetos apresentados pelo<br />

vereador Rafael de Angeli e também<br />

as ações de todo o mandato, acesse<br />

www.facebook.com/rafaeldeangeli e<br />

também o Instagram @rafael.angeli.<br />

O parlamentar utiliza das redes<br />

sociais para prestar contas, quase<br />

que em tempo real, de seu mandato,<br />

para a população.<br />

Sala 13 da Câmara Municipal de<br />

Araraquara - Rua São Bento, 887<br />

WhatsApp: (16) 98122-4997<br />

Telefone: (16) 3301-0608<br />

E-mail: rafael@camara-arq.sp.gov.br<br />

Link para envio de demandas ao<br />

gabinete: www.bit.ly/NovaDemanda<br />

21|


ARTIGO<br />

Ubiratan Reis<br />

Law and Economics – Neutralidade tributária<br />

Dentro de um regime de concorrência perfeita,<br />

a tributação não deve ser um fator que interfira<br />

artificialmente no mercado, cabendo ao Estado tratar<br />

todos aqueles que estejam em situação equivalente da<br />

mesma forma.<br />

O tributo deve neutro no sentido de garantir a todos os<br />

concorrentes de um determinado segmento econômico<br />

uma igualdade de tratamento tributário.<br />

É preciso ter em mente que embora todo tributo seja<br />

fonte de arrecadação (função arrecadadora), nem toda<br />

instituição tem o objetivo de auferir renda ao Estado, a<br />

esta vertente do tributo se denominou extrafiscalidade<br />

(função indutora). Há, assim, tributos que por sua<br />

natureza são classificados como extrafiscais, podendo<br />

ser alterados diretamente pelo Poder Executivo quando<br />

entender da necessidade de interferir no mercado.<br />

Os tributos extrafiscais que merecem aqui nossa<br />

atenção são o Imposto de Importação (II), o Imposto de<br />

Exportação (IE), o Imposto sobre Produtos Industrializados<br />

(IPI), o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), e<br />

Contribuição Intervenção no Domínio Econômico CIDE.<br />

A tributação não deve beneficiar ou prejudicar a<br />

competividade sadia, seja no mercado interno, seja no<br />

externo. Em matéria online publicada no último dia 21<br />

de fevereiro de <strong>2019</strong>, abordou-se a visão da FEPLANA<br />

– Federação dos Plantadores de Cana do Brasil que<br />

ensejou a apresentação de documento perante o Governo<br />

Federal acerca do receio da tributação incidente sobre a<br />

atividade sucroalcooleira frente ao mercado internacional.<br />

A carga tributária brasileira apresenta-se como um<br />

grande desafio à atividade econômica, sendo que, de<br />

longa data, têm-se por necessária uma reforma tributária,<br />

que abarcaria desde a competência de cada Ente<br />

federativo até a repartição das receitas provenientes<br />

da arrecadação. As obrigações acessórias tendem,<br />

inexoravelmente, agravar este elevado custo que tanto<br />

prejudica o crescimento e o desenvolvimento da indústria<br />

e do comércio.<br />

Tanto o excesso de tributação quanto a desoneração<br />

merecem estudos aprofundados para permitir que<br />

o sucesso ou fracasso de uma empresa ou um<br />

empreendedor decorra de sua eficiência e habilidade<br />

de ganhar mercado, não da intervenção inoportuna do<br />

Estado.<br />

Isto não significa que o Estado não deva agir, ao<br />

contrário, sua presença é necessária quando se verifica<br />

desequilíbrio concorrencial.<br />

Importante observar que eventuais desequilíbrios<br />

da concorrência podem ser tutelados por critérios<br />

especiais de tributação, cabendo a Lei Complementar<br />

instituí-los, sem prejuízo da competência da União<br />

para adotar medidas com mesmo objetivo (art. 146-A,<br />

CF/88). A Constituição Federal prevê a legitimidade do<br />

uso de tributo para efeitos extrafiscais, outorgando a<br />

possibilidade, por exemplo, de alteração de alíquota sem<br />

que isto importe em violação ao direito do contribuinte e/<br />

ou ofensa a qualquer um dos princípios norteadores do<br />

sistema tributário.<br />

O uso extrafiscal do tributo é encontrado no ordenamento<br />

estrangeiro. Verifica-se a existência de tributos incidentes<br />

sobre o lucro excessivo ou não esperado, chamados<br />

windfallprofit taxes. Nítida, portanto, a viabilidade do uso<br />

do tributo para regular determinada atividade econômica,<br />

em evidente caráter extrafiscal.<br />

Nas excepcionais hipóteses de atuação direta do<br />

Estado, bem como no caso das empresas públicas e das<br />

sociedades de economia mista, não poder-se-á conceder<br />

ou gozar de qualquer privilégio fiscal ou tratamento<br />

diferenciado não extensivos ao setor privado.<br />

A tributação deve ser neutra no sentido de tratamento<br />

isonômico a todos os que estão em situação idêntica,<br />

vedada eventual diferenciação desarrazoada ou<br />

infundada.<br />

O Estado deve intervir somente quando sua presença se<br />

fizer necessária, prestigiando a concorrência leal entre os<br />

players.<br />

|22


SOLIDARI<strong>ED</strong>ADE EM BRASÍLIA<br />

O trabalho voluntário de<br />

Paulinho Affonso Filho<br />

Importante ferramenta utilizada para o desenvolvimento da<br />

pessoa com deficiência é o Judô Precoce, da Associação<br />

Sociocultural Koinonia, em Brasília, trabalho social de um<br />

araraquarense hoje radicado no Disitrito Federal.<br />

O araraquarense Paulo Rodrigues<br />

Affonso Filho, de 34 anos, carinhosamente<br />

tratado por amigos e familiares<br />

por Paulinho, vive hoje em Brasília.<br />

Ele sempre teve fortes inclinações<br />

para o esporte e isso o levou a se formar<br />

no curso Superior de Tecnologia<br />

em gestão desportiva e lazer, no<br />

Distrito Federal.<br />

Desse interesse nasceu a coordenadoria<br />

de várias atividades, antes<br />

mesmo de se formar, como as atividades<br />

ligadas ao Basquete no Clube<br />

da Vizinhança, localizado na asa sul<br />

de Brasília.<br />

Dentro de todo este processo<br />

de aperfeiçoamento e capacitação,<br />

ele participou de seminários, cam-<br />

Paulinho Affonso<br />

Filho, Quelma e<br />

Salomão no evento<br />

“Ninguém fica para<br />

trás” “, organizado<br />

por Romário em<br />

Brasília e que reflete<br />

sobre a necessidade<br />

de inclusão<br />

peonatos, curso como mesário da<br />

Federação de Basquete de Brasília<br />

(FBDF), além de integrar equipes que<br />

praticam natação e musculação.<br />

Membro atuante na Igreja Batista<br />

Koinonia, Paulinho assumiu várias<br />

funções no Ministério Infantil da entidade,<br />

promovendo<br />

viagens missionárias<br />

e eventos comunitários.<br />

Neste contexto<br />

então, engajou-se<br />

Paulinho ao lado do<br />

ex-jogador Romário<br />

e de participantes<br />

do movimento<br />

que é realizado<br />

tradicionalmente<br />

em Brasília<br />

no projeto de inclusão de crianças<br />

especiais, através da prática do Judô,<br />

auxiliando o professor André Pereira,<br />

na Associação Sócio Cultural (ASK).<br />

Um dos eventos marcantes para<br />

Paulinho e que o faz continuar a lutar<br />

por seus projetos e causas sociais<br />

levando o esporte como referência, foi<br />

estar junto ao ex-jogador e Senador,<br />

Romário Faria em um evento no<br />

Senado “Ninguém fica para trás”.<br />

Segundo Paulinho Affonso, um<br />

projeto que já completou sua oitava<br />

edição em março de <strong>2019</strong>, foi promovido<br />

por Romário para comemorar<br />

o Dia Internacional da Síndrome de<br />

Down. Na ocasião uma das palestrantes<br />

foi Lianne Collares, diretora de<br />

Relações Públicas das Associações<br />

de Síndrome de Down. Ela enfatizou:<br />

“Não coloque limites nos seus<br />

sonhos, coloque fé”.<br />

E com fé, segue Paulinho certo de<br />

que seu trabalho voluntário junto a<br />

crianças no projeto “Judô Precoce”,<br />

poderá certificar-lhe excelência, mas<br />

sua disposição em ajudá-los em todas<br />

as áreas, já lhe confere tal comenda<br />

na busca de cada sonho e propósito<br />

que nasçam em seu coração.<br />

Vários são os depoimentos de<br />

amigos que seguem com ele na<br />

mesma causa e afirmam que seu<br />

trabalho junto à entidade é de suma<br />

importância, que trata a todos com<br />

carinho e atenção, que pensa mais<br />

no próximo, que em si na maioria das<br />

vezes. Com seu jeito alegre e brincalhão<br />

e coração enorme, conquistou a<br />

todos, onde até mesmo nos pequenos<br />

detalhes demonstra carinho e<br />

afeto, “uma pessoa rara”, são unânimes<br />

os amigos em dizer.<br />

23|


DE VOLTA AO PASSADO<br />

Casar é bom? Eles que o digam,<br />

pois comemoram 60 anos juntos<br />

Em tempos de modernidade líquida, onde o amor eterno evapora a qualquer momento,<br />

percebemos ainda a resistência, onde nada abala relações recíprocas de que atravessam o<br />

tempo criado por Deolinda e Argemiro de Freitas<br />

Deolinda e Argemiro, eternamente apaixonados em uma foto tirada em março deste ano<br />

Completando bodas de diamante<br />

- Deolinda e Argemiro - é um casal<br />

que construiu através dos anos um<br />

relacionamento sólido, pautado no<br />

amor e muito trabalho.<br />

A primeira vez que se viram,<br />

Argemiro de Freitas, hoje com 84<br />

anos, estava parado em frente ao<br />

antigo Teatro Municipal, que na época<br />

estava localizado onde hoje funciona<br />

a Prefeitura Municipal. Estava ele no<br />

famoso footing que acontecia no centro<br />

da cidade, onde as belas moças<br />

passavam para escolher um futuro<br />

pretendente.<br />

Eis então, que surge em meio às<br />

meninas, ela, a escolhida, Deolinda<br />

Perruci de Freitas, hoje com 79 anos,<br />

que ainda guarda um olhar apaixonado<br />

por Argemiro, algo que segundo<br />

ela, traz consigo desde 1957 quando<br />

colocou os olhos nele e pensou, é ele.<br />

Namoraram então por um ano e<br />

meio e casaram-se dia 4 de abril de<br />

1959, na igreja do Colégio Progresso,<br />

embora a noiva quisesse se casar na<br />

Matriz; mas na data, a igreja estava<br />

fechada para mais uma de suas intermináveis<br />

reformas.<br />

O tempo passou e junto ao amor<br />

que construíram vieram os filhos –<br />

Marinês, Antonio Carlos, as gêmeas<br />

Denise e Daniele e o caçula Argemiro<br />

Junior. O casal já tem sete netos e<br />

dois bisnetos.<br />

Para manter os filhos e a casa,<br />

Deolinda foi por muito anos costureira<br />

da Camisaria Nino e Argemiro um dos<br />

mais antigos e conceituados garçons<br />

da cidade, trabalhando por muitos<br />

anos no antigo Hotel São Bento, proximidades<br />

da Estação Ferroviária. Certo<br />

dia foi convidado para ser motorista<br />

do então eleito prefeito Clodoaldo<br />

Medina. Assim seguiu até se aposentar<br />

na Prefeitura Municipal de<br />

Araraquara.<br />

Após a aposentadoria, o casal<br />

que já fazia várias festas pela cidade,<br />

resolveu então montar um Buffet.<br />

Exímio churrasqueiro, Argemiro e<br />

Deolinda prepararam grandes banquetes<br />

para muitos políticos da<br />

cidade e região, casamentos, aniversários,<br />

batizados entre outras festas.<br />

Fizeram de seu Buffet um dos mais<br />

conceituados. O filho mais novo do<br />

casal, Argemiro Júnior, era quem cuidava<br />

para que tudo saísse na mais<br />

perfeita ordem.<br />

Na década de 70 foi criada em<br />

nossa cidade pelo 15º Quarteirão de<br />

Amigos, no salão do Asilo, a Festa da<br />

Sardinha que tornou-se um evento<br />

tradicional para homenagear a colônia<br />

portuguesa. Argemiro e Deolinda<br />

serviram cerca de 800 pessoas<br />

naquele encontro da sociedade local.<br />

Hoje após três anos da morte<br />

de Júnior, o casal ainda faz festas<br />

que servem até 500 pessoas, mas<br />

segundo Deolinda, ficou um vazio<br />

imenso, tanto na vida familiar como<br />

na profissional. Mas muitas festas<br />

ficaram para trás. Diminuíram o<br />

ritmo, porém o casal atende ainda<br />

filhos e netos daqueles que outrora<br />

fizeram grandes banquetes.<br />

Falante a alegre, sempre radiante,<br />

Deolinda conta que durante esses 60<br />

anos de casamento, houve alguns<br />

“arranca rabos”, mas nada que a<br />

paciência e a parcimônia não pudes-<br />

|24


sem resolver. Em 2017 ela teve um<br />

problema no coração, sendo necessária<br />

a colocação de um marca-passo.<br />

Confessa que o marido, novamente<br />

deu provas do amor que os une, cuidando<br />

dela como se cuida de alguém<br />

que deseja eternamente por perto.<br />

A fórmula da felicidade e do casamento<br />

duradouro para eles, é levar<br />

a vida sempre trabalhando, sem<br />

tempo para pormenores, “pensamos<br />

assim, se pararmos, o coração para<br />

também”.<br />

No dia 7 de abril será realizada<br />

missa em comemoração aos 60 anos<br />

do casal na Igreja Nossa Senhora<br />

das Graças, dando assim um tom de<br />

confirmação da alegria dessa união.<br />

O casamento não é uma aventura<br />

nem um “tiro no escuro” como dizem<br />

alguns; é sim, um projeto sério de vida<br />

a dois, onde cada um está comprometido<br />

em fazer o outro crescer, isto<br />

é, ser melhor a cada dia. Estruturar<br />

uma família em um tempo onde tudo<br />

pode ser passageiro, não é nada fácil,<br />

O casamento realizado 60 anos atrás na Capela do Colégio Progresso porque a Igreja<br />

Matriz estava em reforma<br />

mas com amor, sabedoria, cortesia,<br />

gentileza, atenção e principalmente<br />

respeito, a vida seguirá seu fluxo a<br />

caminho da felicidade. E que os anos<br />

dourados da juventude continuem a<br />

brilhar para Argemiro e a bela escolhida<br />

do footing da Esplanada das<br />

Rosas, Deolinda.<br />

25|


DIA DE SÃO JOSÉ<br />

No caminho<br />

da Fé, sempre<br />

Em março uma das mais<br />

tradicionais igrejas da<br />

cidade comemorou o dia<br />

do seu padroeiro.<br />

Padre José Alfeu com Adilson Custódio e<br />

demais colaboradores da igreja<br />

Missas em horários pré-estabelecidos,<br />

visitas e orações durante todo<br />

o dia, além da quermesse que normalmente<br />

mobiliza a população do<br />

bairro, formaram a programação em<br />

comemoração ao Dia de São José,<br />

em 19 de março. Milhares de fiéis<br />

acompanharam as homenagens ao<br />

santo.<br />

Adilson Custódio, um dos coordenadores<br />

das comemorações, conta<br />

que “o bairro tem uma grande admiração<br />

por São José e que anualmente<br />

a festa em homenagem a ele reúne<br />

milhares de pessoas”. Não é apenas<br />

por uma questão de respeito, mas<br />

acima de tudo pela devoção religiosa,<br />

disse.<br />

Para o padre José Alfeu Pereira,<br />

o evento tem outro significado: da<br />

alegria em participar pela primeira<br />

vez do movimento na cidade, já<br />

que é recém chegado à paróquia.<br />

O sacerdote chegou em fevereiro e<br />

muito embora seja um tempo curto<br />

de convivência, já conquistou a simpatia<br />

dos fiéis do bairro.<br />

Que São José nos proteja sempre<br />

e nos livre das perseguições.<br />

FATOS & FOTOS<br />

DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

UM CONGRESSO QUE SE<br />

PERDE NA ESCURIDÃO<br />

Divulgação nas redes sociais de que o tal<br />

Congresso Internacional de Democracia<br />

Participativa esteve mais para um<br />

encontro de sociólogos e militantes do<br />

Partido dos Trabalhadores, que evento<br />

capaz de ser creditado como obra da<br />

economia para nos dar um futuro com<br />

mais segurança, causou repercussão<br />

negativa ao município.<br />

É verdade que a importância do evento<br />

estava no objetivo - participação<br />

popular e economia solidária -, não<br />

nos preocupando se alí se encontravam<br />

palestrantes do MST, Frente Lula Por<br />

Moradia, Central Única das Favelas,<br />

como chegou a ser divulgado nas redes.<br />

Também não nos interessa se alguém<br />

puxou o coro Lula Livre e outros tenham<br />

se manifestado contra a Lava Jato. A<br />

democracia é pródiga em ser utilizada<br />

para os mais variados fins, inclusive<br />

- se fosse o caso - de se ter no evento<br />

Desdobramento da<br />

Prefeitura para conter<br />

epidemia de dengue<br />

em Araraquara é<br />

louvável. Observa-se<br />

que todos os setores<br />

estão empenhados<br />

em cumprir seus<br />

deveres, porém,<br />

fica o alerta para<br />

os próximos anos<br />

e a importância<br />

de programas<br />

preventivos para que<br />

a cidade não fique<br />

exposta a este triste<br />

papel, que por sinal<br />

nunca havia entrado<br />

para a nossa história.<br />

Enfim...<br />

O cansaço tem<br />

atingido grande<br />

parte dos vereadores<br />

que uma vez por<br />

semana participam<br />

das sessões de terça<br />

na Câmara. Como<br />

não houve consenso<br />

em começar as<br />

sessões para 16<br />

horas, uma solução<br />

encontrada foi<br />

retirar a discussão<br />

dos requerimentos,<br />

o que também<br />

evita do Executivo<br />

ficar exposto a<br />

indagações e<br />

questionamentos<br />

inoportunos.<br />

Carta pela Democracia foi apresentada pelo<br />

prefeito Edinho Silva (PT)<br />

vereadores dos mais variados partidos se<br />

submetendo aos caprichos de ideologia<br />

que talvez os tenha convencido a seguir<br />

em busca de um mundo melhor. E ali<br />

estava a receita.<br />

É preciso entender, ainda que pairem<br />

dúvidas, o poder de transformação do<br />

mundo e mesmo que sejam destinados<br />

recursos públicos para um evento desta<br />

natureza há que se compreender que<br />

temos a liberdade como garantia a<br />

praticar tais atos. Pena que estamos<br />

cada vez mais nos afastando do uso da<br />

miserabilidade das pessoas e utilizando<br />

a ideologia para seguir na vida.<br />

SUBINDO DESCENDO Ida gloriosa<br />

A vereadora Thainara<br />

Faria com o pretexto de<br />

participar de dois eventos<br />

internacionais Change the<br />

World Model United Nations<br />

e National Model United<br />

Nations, na ONU, saiu de<br />

licença sem remuneração<br />

e o direito do suplente<br />

assumir seu lugar. Segundo<br />

a vereadora, irá para a<br />

ONU com recursos próprios<br />

e lá apresentará resoluções<br />

acerca da economia<br />

criativa e solidária, como<br />

meio de desenvolvimento<br />

sustentável e combate à<br />

pobreza, ressaltou ela antes<br />

de afivelar as malas. Só por<br />

Deus e um balaio de gatos.<br />

Uber, é hora de acertar a vida com a Prefeitura<br />

Até 30 de abril, motoristas de transporte Nilson<br />

individual remunerado por aplicativos<br />

Carneiro<br />

devem acertar sua condição de prestador<br />

de serviço em Araraquara (Uber). O<br />

trabalho é feito pela Mobilidade Urbana<br />

dirigida por Nilson Carneiro e pela<br />

Secretaria de Desenvolvimento Econômico.<br />

|26


FRASE<br />

José Luiz<br />

“Juntamente com os demais vereadores,<br />

nos reuniremos com a Comissão dos<br />

Direitos do Consumidor da OAB para uma<br />

discussão mais ampla para cobrarmos<br />

uma resposta mais efetiva da CPFL e para<br />

que os investimentos apresentados por ela<br />

mudem a situação o mais breve possível.”<br />

Comentário do vereador Zé Luiz, durante<br />

audiência pública sobre apagões e<br />

picos de energia elétrica em Araraquara.<br />

Do evento participou o gerente de<br />

Operações de Campo da Companhia,<br />

André Luis Marques de Souza, que falou<br />

dos investimentos da empresa. Mas na<br />

verdade, a população quer saber a<br />

razão de tantas quedas e prejuízos à<br />

comunidade, além da qualidade dos<br />

serviços da CPFL - cada vez pior<br />

em nossa cidade.<br />

Só Deus sabe...<br />

Vereador<br />

Rafael de<br />

Angeli<br />

Gerson da Farmácia visitando o CER<br />

O vereador Rafael de Angeli (PSDB)<br />

está querendo saber da Prefeitura<br />

qual o verdadeiro destino do campo<br />

do Estrela, que em maio de 2018<br />

ganhou uma reforma na Plenária do<br />

Idoso do Orçamento Participativo, e,<br />

em julho, teve a venda aprovada pelo<br />

Legislativo, por 11 votos favoráveis a<br />

6, a pedido da Prefeitura. Se o imóvel<br />

não pertence mais à Prefeitura, é fato<br />

que os idosos perderam tempo.<br />

Fernando Rocha<br />

Fernando Rocha que tornou-se<br />

uma lenda entre os professores<br />

de Educação Física na cidade, foi<br />

sepultado em março. Durante muitos<br />

anos deu aulas da antiga “ginástica”<br />

como era tratada a educação física.<br />

Professor do mais alto nível, contribuiu<br />

com a formação de muitos jovens que<br />

passaram pela Industrial. Siga em paz.<br />

27|


Elza recebendo o título de<br />

“Cidadã Araraquarense”<br />

ao lado dos filhos<br />

Elizabete e Willian Karam<br />

HOMENAGEM<br />

Elza Karam, símbolo maior<br />

da gastronomia regional<br />

Na maioria das vezes “o trem parte levando gente que não<br />

quer partir”. É o caso de Elza Karam, que implantou os<br />

conceitos de uma gastronomia diferenciada em meio ao<br />

caminhar de uma cidade emergente nos anos 60.<br />

Podemos dizer que a história de<br />

um dos buffets mais badalados do<br />

interior começou na Avenida Prudente<br />

de Morais, entre ruas São Bento e<br />

Padre Duarte, no final dos anos 60,<br />

começo dos anos 70. No início era<br />

apenas o casal Elza e Jesuíno Karam.<br />

Eles moravam na Avenida Prudente<br />

de Morais; bem em frente, estavam<br />

os fundos da antiga Escola Industrial.<br />

Aposentado na época, Jesuíno e<br />

a esposa passaram a fazer alguns<br />

pratos e tornaram-se pioneiros no<br />

sistema delivery, principalmente aos<br />

domingos. Elza a chefe e Jesuíno que,<br />

quando não saía para a entrega dos<br />

pedidos feitos durante a semana,<br />

ficava a espera dos clientes na área<br />

da casa.<br />

“Canelonni” e “capeletti” produzidos<br />

por Elza Karam, paulistana<br />

descendente de calabreses italianos,<br />

conquistavam o exigente paladar dos<br />

amigos, vizinhos e parentes de sua<br />

querida Araraquara. Era a prova de<br />

que suas mãos dedicadas e repletas<br />

de predicados construiriam um dos<br />

maiores e mais respeitáveis buffets<br />

do interior paulista.<br />

Em 1972, eles estavam fortalecidos<br />

no mercado de rotisserie; à<br />

distância os filhos Elizabete e Willian<br />

acompanhavam o trabalho dos pais<br />

num período em que se dedicavam<br />

aos estudos. Elza e Jesuíno tornaram-se<br />

um exemplo como marido e<br />

esposa, chefes de uma família que<br />

prezava o respeito e o carinho pela<br />

cidade que experimentava as delícias<br />

proporcionadas pelas habilidades de<br />

Elza.<br />

A partida de Jesuíno não apenas<br />

entristeceu Elza, como deixou um<br />

enorme vazio no imenso círculo de<br />

amizades que o casal possuía. A esta<br />

altura, o Buffet Elza Karam já estava<br />

consolidado.<br />

Os clientes e a fama de excelente<br />

Acima outra raridade fotográfica que<br />

lembrará sempre a importância do Buffet<br />

Elza Karam na atualidade com Juliano<br />

Karam que assumiu anos atrás,<br />

a tradição deixada pela avó<br />

cozinheira cresciam continuamente,<br />

até que uma recepção oferecida a<br />

influentes políticos e grandes empresários<br />

marcou definitivamente o nome<br />

de Elza Karam como uma grande chef<br />

de cozinha e especialista na arte de<br />

servir. Após intensivos cursos de culinária<br />

e aprimoramento dos garçons,<br />

o que até hoje é praticado constantemente<br />

por seus funcionários, em<br />

1974 era constituída a empresa<br />

Buffet Karam.<br />

Elza foi velada em uma das salas<br />

do Memorial Fonteri e o seu sepultamento<br />

deu-se no dia 20, parte da<br />

manhã, no Cemitério São Bento.<br />

Ao centro nesta histórica foto que<br />

mostra o início do Buffet de Elza<br />

Karam, Jesuíno, marido de Elza e<br />

pessoa extremamente querida em<br />

nossa cidade<br />

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29|


HOMENAGEM<br />

Carlos Salmazzo,<br />

presidente da Ferrinha,<br />

homenageando Dudu<br />

De volta à Fonte, Dudu.<br />

O Senhor do Futebol<br />

Uma lenda do futebol brasileiro, Olegário Toloi de<br />

Oliveira é homenageado no dia de Ferroviária x<br />

Palmeiras, na Arena da Fonte<br />

19 de julho de 1959. Pela primeira<br />

vez está em campo contra o Palmeiras,<br />

Olegário Toloi de Oliveira, o<br />

Dudu (7 de novembro de 1939), que<br />

transformou-se anos mais tarde num<br />

dos lendários atletas do Parque Antártica.<br />

Foi na Ferroviária que ele se<br />

destacou em 1959 até ser levado em<br />

1964 para o Palmeiras, sendo considerado<br />

um dos maiores jogadores<br />

da história do clube. Com participação<br />

decisiva nas disputas na época<br />

da chamada Academia de Futebol,<br />

Dudu conquistou nove títulos oficiais<br />

com a equipe.<br />

Um dos símbolos do time do Palmeiras<br />

nos anos 60, Dudu e Ademir<br />

da Guia fizeram um dueto quase perfeito<br />

desde o momento em que o menino<br />

do interior chegou a São Paulo,<br />

em 1964. É dito que, parte do apelido<br />

de Divino, ganho por Ademir, foi<br />

graças ao futebol simples e eficiente<br />

de Dudu, que funcionaria como um<br />

“carregador de piano”.<br />

Como treinador, passou pelo Palmeiras,<br />

onde foi campeão paulista<br />

em 1976, o Sãocarlense, entre outros.<br />

No América Football Club (RJ), foi<br />

campeão do Torneio dos Campeões<br />

em 1982. É tio do ex-jogador e atualmente<br />

treinador, Dorival Júnior.<br />

O REENCONTRO<br />

Em fevereiro (17), 60 anos depois,<br />

já aposentado no futebol, Dudu estava<br />

de volta à Fonte Luminosa para<br />

ver Ferroviária 0 x Palmeiras 0 em<br />

novos tempos. Desta feita para ser<br />

homenageado e reencontrar companheiros<br />

como Nei, Sérgio Bergantin e<br />

Pio com quem teve a felicidade de jogar<br />

no Palmeiras, todos eles também<br />

saídos da Ferroviária. O encontro foi<br />

coordenado pelo publicitário Humberto<br />

Perez, da HP Publicidade, começando<br />

com um almoço na Cantina La<br />

Mia Napoli, de Francesco Castiello.<br />

Um momento para matar saudades.<br />

Após o almoço, o pessoal foi assistir ao<br />

jogo na Tribuna da Ferroviária<br />

Antes do jogo na Fonte<br />

(esquerda), Nei, Dudu,<br />

Francesco, Giuseppe<br />

Morvillo, Pio, Sérgio<br />

Bergantin e Humberto Perez<br />

se encontraram na Cantina<br />

La Mia Napoli<br />

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31|


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INFORMATIVO<br />

AGRO<br />

N E G Ó C I O S<br />

Edição: Abril/<strong>2019</strong><br />

A VISITA DE TIRSO MEIRELLES<br />

Queremos uma cultura empreendedora<br />

consolidada, diz o presidente do Sebrae<br />

Tirso de Salles Meirelles,<br />

após ser empossado em<br />

janeiro, inicia uma série de<br />

visitas pelo interior de São<br />

Paulo para criar seu plano<br />

de trabalho.<br />

Luís Henrique Scabello de Oliveira (Canasol) e Nicolau de Souza Freitas (Sindicato Rural)<br />

conversam com Tirso Meirelles no Sebrae Araraquara<br />

Luiz Andia Filho,<br />

Marcelo Xavier<br />

Benedette, Luís<br />

Henrique Scabello<br />

de Oliveira,<br />

Fernando Sanches,<br />

Nicolau de Souza<br />

Freitas e Tirso<br />

Meirelles<br />

O Sindicato Rural, a Canasol e o<br />

Sebrae Araraquara receberam em<br />

março, o presidente do Conselho do<br />

Sebrae SP, Tirso de Salles Meirelles,<br />

que é também vice-presidente da<br />

Federação da Agricultura do Estado<br />

de São Paulo. Ao recepcionar<br />

Meirelles estavam os presidentes<br />

Nicolau de Souza Freitas (Sindicato<br />

Rural) e Luís Henrique Scabello de<br />

Oliveira (Canasol), além do gerente<br />

regional do Sebrae, Fernando<br />

Sanches. Presente ainda o diretor<br />

do Sindicato Rural, Marcelo Xavier<br />

Benedette. Empossado em janeiro,<br />

Meirelles substitui a Paulo Skaf.<br />

Segundo ele, a visita além de<br />

deixá-lo feliz, representa uma proximidade<br />

com o interior: “Comecei a rodar<br />

o interior, visitar os sindicatos rurais<br />

e os escritórios regionais do Sebrae.<br />

Hoje temos um espírito empreendedor<br />

muito forte desde o setor agrícola<br />

até o comércio e a indústria”.<br />

O Sebrae hoje está em 250 pontos<br />

no Estado de São Paulo, chamados<br />

de Sebrae Aqui, ocupando cidades<br />

com mais de 20 mil habitantes. Tirso<br />

conta que tem procurado estabelecer<br />

parceria com as prefeituras,<br />

ficando com elas a responsabilidade<br />

em destinar um local e ao Sebrae o<br />

compromisso de criar a comunicação,<br />

organizar mobiliário e estruturar<br />

ambientes para serviços de capacitação.<br />

CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE<br />

33|


Tirso Meirelles durante<br />

sua visita a nossa<br />

cidade<br />

Natália Machado, Renata Costa, Aurélio Guimarães, Fernando Sanches, Patrícia Viana, Tirso<br />

Salles Meirelles, Matheus Silva, Luiz Andia Filho, Nicolau de Souza Freitas, Marcelo Xavier<br />

Benedette e Luís Henrique Scabello de Oliveira<br />

PRESIDÊNCIA DA FAESP<br />

“É importante termos em cada<br />

lugar parcerias com sindicatos,<br />

associações, entidades ligadas ao<br />

comércio, indústria e setor agrícola.<br />

Nestes locais vamos preparar<br />

pessoas que por sua vez, orientarão<br />

os interessados em possuir seu próprio<br />

negócio ou então aprimorar o<br />

conhecimento daqueles que querem<br />

manter sua atividade em funcionamento”,<br />

comentou Tirso Meirelles em<br />

sua passagem por nossa cidade.<br />

Com 33 escritórios regionais como<br />

este em Araraquara, o Sebrae conta<br />

com excelente corpo técnico formado<br />

por 1.100 funcionários, uma equipe<br />

de inteligência considerada pelo seu<br />

presidente como muito forte, destinada<br />

a agregar valores. “Queremos<br />

elevar o ambiente empreendedor<br />

e para tanto estamos incentivando<br />

o programa Jovem Empreendedor<br />

Primeiros Passos (JEPP). Disseminar<br />

a cultura empreendedora e orientar<br />

para o plano de negócios, de maneira<br />

a estimular os comportamentos<br />

empreendedores entre crianças e<br />

adolescentes, incentivando-os à<br />

prática do empreendedorismo e o<br />

protagonismo juvenil. Na verdade<br />

não estamos preparando a criança<br />

para ser um trabalhador, mas sim um<br />

empresário”, comentou.<br />

O dirigente lembrou ainda que<br />

o compromisso do Sebrae é continuar<br />

fazendo com que os pequenos<br />

negócios paulistas – do agronegócio,<br />

comércio, indústria e serviços<br />

– sejam lucrativos e competitivos<br />

e que a cultura empreendedora se<br />

consolide plenamente. “Vamos unir<br />

conhecimento, experiência e recursos<br />

– nossos e de parceiros – no<br />

aprimoramento e na integração de<br />

todos os elos das cadeias produtivas,<br />

consolidando, assim, o processo<br />

de crescimento sustentável desses<br />

empreendimentos e promovendo o<br />

desenvolvimento regional, do Estado<br />

de São Paulo e do Brasil”, afirmou<br />

Tirso Meirelles.<br />

Sobre a indicação do seu nome<br />

para concorrer às eleições da FAESP,<br />

onde atualmente é vice-presidente do<br />

pai Fábio Meirelles, Tirso salientou<br />

que ainda é muito cedo para se fazer<br />

qualquer tipo de previsão, mesmo<br />

porque “o nosso presidente encontrase<br />

em pleno vigor da sua gestão na<br />

entidade e a nossa aposta é para que<br />

continue exercendo o cargo”, comentou.<br />

De fato, Fábio Meirelles envolvido<br />

na vida pública há muitos anos, tem<br />

demonstrado além da capacidade<br />

de gestão, uma facilidade no trato<br />

com os produtores e principalmente<br />

facilidade em ter acesso aos corredores<br />

da atividade agrícola. Para Tirso,<br />

não há como negar o sucesso deste<br />

desempenho de Fábio Meirelles.<br />

|34


CONTROLE BIOLÓGICO DA CANA<br />

Sindicato Rural faz palestra sobre pragas<br />

e doenças com apoio da Coplacana<br />

Parceria permite ao Grupo Vittia apresentar produtos<br />

biológicos que combatem as pragas e as doenças dos<br />

canaviais em uma das maiores áreas de plantio no Estado.<br />

Reginaldo, Giovane, Marcelo, Reginaldo, João Henrique, Nicolau, Ricardo, Bruno, Raphael,<br />

Luiz, Ruan e Tiago - representantes do Sindicato Rural, Coplacana e Grupo Vittia<br />

Por mais de duas horas no auditório<br />

do Sindicato Rural, os produtores<br />

rurais acompanharam palestra organizada<br />

pela entidade, em parceria<br />

com a Coplacana e o Grupo Vittia,<br />

que apresenta importante atuação<br />

no mercado de controle biológico<br />

de doenças agrícolas. E segundo<br />

Marcelo Xavier Benedette, diretor do<br />

João Henrique<br />

de Souza Freitas,<br />

coordenador regional<br />

do Senar<br />

sindicato, foi este o tema do encontro<br />

no mês passado.<br />

O engenheiro agrônomo Raphael<br />

Roxo Bianco destacou durante sua<br />

palestra, que o controle biológico<br />

oferece ferramentas de grande relevância<br />

para o manejo de pragas<br />

e doenças de difícil controle, o que<br />

permite a redução de uso de produtos<br />

químicos e minora o impacto ambiental.<br />

“Os produtos biológicos, contendo<br />

fungos e bactérias, têm excelentes<br />

resultados nas principais culturas do<br />

país, como soja, milho, cana, feijão e<br />

café e apresentam tecnologias inovadoras”,<br />

complementa Castro.<br />

Alguns produtores durante a exposição<br />

de problemas, levantaram<br />

a questão das cigarrinhas que são<br />

consideradas o grupo de insetos que<br />

causam os maiores danos na cultura<br />

da cana-de-açúcar por muitos entomologistas,<br />

apresentando enormes<br />

consequências à produção. De fato,<br />

disse João Henrique de Souza Freitas,<br />

coordenador regional do Senar,<br />

pois com a colheita mecanizada e<br />

sem queima, os ataques da cigarrinha-da-raiz<br />

da cana estão cada vez<br />

mais frequentes e intensos, causando<br />

prejuízos que podem atingir 60% em<br />

produtividade agrícola e na qualidade<br />

industrial da matéria-prima, através<br />

da contaminação com bactérias, perda<br />

da Pol e outros mais.<br />

Na palestra, os agrônomos do<br />

Grupo Vittia quando questionados<br />

sobre o controle da praga, chegaram<br />

a sugerir o uso do Meta-Turbo, da<br />

Biovalens, inseticida microbiológico<br />

com esporos vivos do fungo entomopatogênico<br />

Metarhizium anisopliae<br />

IBCB425. O engenheiro Ricardo César<br />

Bariani, do Grupo Vittia, chegou<br />

a comentar que o Meta-Turbo possui<br />

amplo espectro de controle de cigarrinhas<br />

que causam prejuízos em canade-açúcar”.<br />

Mas a recomendação foi de que<br />

tudo seja feito de maneira equilibrada.<br />

O monitoramento por exemplo,<br />

disse Bariani, é imprescindível para<br />

decidir sobre a estratégia de controle<br />

da praga, sendo que a detecção da<br />

primeira geração sempre permite um<br />

controle mais eficiente.<br />

Marcelo Xavier Benedette na palestra com<br />

os agrônomos Ricardo César Bariani e<br />

Raphael Roxo Bianco, do Grupo Vittia<br />

35|


Todas as manhãs, fazendo a leitura dos canaviais<br />

HISTÓRIAS QUE A VIDA CONTA<br />

Nos campos do açúcar<br />

a forja da sobrevivência<br />

Conhecido e disputado no meio rural pela honestidade<br />

e competência, João Floriano tem feito parcerias com<br />

proprietários de terra ao longo da vida.<br />

Os costumes<br />

em meio aos<br />

canaviais tornaram<br />

João Floriano<br />

extremamente<br />

capacitado e<br />

dedicado à atividade<br />

que exerce. Para<br />

muitos, fez sua<br />

vida enfrentando o<br />

trabalho de cada dia e<br />

ele mesmo diz que se<br />

considera realizado.<br />

Menino de hábitos simples e<br />

adepto de prosas, João começou<br />

cedo na lida com a terra. Aos 11 anos<br />

após a morte do pai, foi necessário<br />

deixar a infância de lado e trabalhar<br />

na lavoura de cana. Um tempo onde<br />

os filhos homens tinham que superar<br />

a dor da perda e tomar as rédeas do<br />

sustento da família, na época composta<br />

de cinco irmãos e a mãe agora<br />

viúva.<br />

E lá se foi o garoto, que hoje aos<br />

59 anos, ainda chora quando fala<br />

sobre a perda do pai, que não teve<br />

tempo para o sofrimento, por ser<br />

necessário forjar uma nova vida a<br />

ferro.<br />

Embora não fosse o irmão mais<br />

velho, puxou para si a responsabilidade,<br />

onde aos 15 anos já provia o<br />

sustento. E assim o fez, até firmar sua<br />

primeira parceria aos 18 anos com a<br />

Fazenda Santa Isabel, de propriedade<br />

de Eraldo Polez, nos arredores do distrito<br />

de Guarapiranga, criando sua<br />

lavoura de algodão, levando consigo<br />

um de seus irmãos, Santo Floriano.<br />

|36


Família que hoje se completa com as filhas<br />

formadas e dando continuidade ao que o<br />

pai plantou com muito trabalho<br />

João ao lado da esposa Maria de Lourdes e as filhas Elisangela e Josiane<br />

Além do algodão, o então garoto,<br />

que já havia trabalhado com a<br />

cana-de-açúcar que é a cultura predominante<br />

na região, seguiu na fazenda<br />

por 10 anos. Já com 28 anos resolveu<br />

abrir novos campos e partiu então<br />

para a Fazendinha, assinando uma<br />

parceria com Aparecido Timpani para<br />

ajudá-lo no cultivo de suas terras,<br />

onde se fixou e continuou a trabalhar<br />

por mais de 30 anos.<br />

Ficou então conhecido nas redondezas<br />

e a partir daí, com trabalho e<br />

esforço tem hoje uma carteira de<br />

mais de 10 propriedades a qual é<br />

responsável pelas safras de cana, e<br />

outras ainda arrendadas.<br />

O irmão Santo, o companheiro de<br />

vida que o ajudava na lida, por uma<br />

fatalidade, despediu-se das terras em<br />

uma manhã chuvosa em novembro<br />

de 2001, que ao descer uma serra, o<br />

trator o qual dirigia virou matando-o<br />

de forma abrupta . E novamente teve<br />

que superar a dor e seguir em frente.<br />

Mesmo com muito trabalho,<br />

João conseguiu fazer o ensino fundamental,<br />

mas carrega na bagagem<br />

o que aprendeu durante anos com<br />

homens formados pela terra, uma<br />

grande experiência que não foge ao<br />

seu entendimento quando se refere<br />

à cana, novas tecnologias, plantios<br />

para cada solo e adubação orgânica,<br />

sem contar que a internet veio facilitar<br />

muito suas pesquisas.<br />

Adepto do amor à terra e respeito<br />

à natureza, diz que a mecanização<br />

das lavouras veio facilitar a vida de<br />

muitos, mas dificulta a dos pequenos<br />

produtores, onde as terras não têm<br />

espaço para o maquinário necessário,<br />

sem contar que o pisoteio das<br />

máquinas dificulta a rebrota e afeta<br />

a safra seguinte. Diz também que a<br />

mão de obra especializada para corte<br />

manual é escassa. Hoje segundo<br />

ele, apenas a Usina Nova Era ainda<br />

disponibiliza esse serviço, que caso<br />

não houvesse, pequenos produtores<br />

teriam que migrar para outras culturas.<br />

Na verdade, o menino de 11 anos<br />

que começou só e sem nada, emprega<br />

cerca de 20 pessoas na entressafra<br />

e recebe para o corte da cana em<br />

média 80 pessoas, tem maquinário<br />

especifico, investe em novas lavouras<br />

e tecnologias, fazendo com que seu<br />

nome seja um dos mais disputados<br />

entre produtores que necessitam de<br />

parcerias.<br />

Em época de safra, além do trabalho<br />

diurno, pode-se ver João andando<br />

de um lado para outro durante a<br />

madrugada para acompanhar a<br />

contagem e retirada da cana, “nem<br />

durmo, mas sei décor cada caminhão<br />

que sai de cada propriedade”- diz ele.<br />

Anda pelos canaviais satisfeito<br />

com seu trabalho, explicando cada<br />

variedade de cana e a variação de<br />

trato para cada tipo de solo, sempre<br />

de olho em erosões e formigueiros<br />

que podem levar abaixo todo o trabalho<br />

empenhado. “Trabalhamos com<br />

a pressão da natureza, temos que<br />

saber lidar da melhor forma”.<br />

Casado com Maria de Lourdes<br />

Rodi Floriano, com quem tem duas<br />

filhas, Elisangela que é formada em<br />

Letras e Josiane que é Fisioterapeuta,<br />

tem hoje uma vida estável, fruto de<br />

seu trabalho. “Eu me sinto realizado,<br />

hoje não se ganha muito dinheiro<br />

na lavoura, porque costumo dar um<br />

passo de cada vez, mas construí meu<br />

nome dentro de padrões de honestidade<br />

e seriedade, respeito e tenho<br />

apreço por todos que ao longo do<br />

tempo me ensinaram a ser o que<br />

sou”- afirma ele.<br />

Floriano é um exemplo claro de<br />

quem não esperou que nada caísse<br />

do céu, além da chuva; trilhou de<br />

forma reta seu destino de menino só<br />

com responsabilidades de homem<br />

grande e se algo ainda o entristece,<br />

é o fato de não poder ter caminhado<br />

pela vida ao lado do pai, deixando-o<br />

cedo, para que ele florescesse nos<br />

doces campos do açúcar.<br />

37|


ESPERANDO PELO MELHOR<br />

O seguro é vital<br />

para a agricultura<br />

Especialistas voltam a debater a questão do seguro para a<br />

produção no campo. Atualmente o Seguro Agrícola é o mais<br />

comercializado das modalidades de seguro rural no Brasil.<br />

Chuva em excesso pode prejudicar<br />

uma produção inteira. A falta de<br />

pluviosidade também. E ainda que<br />

existam soluções como sementes<br />

mais resistentes ou cultivo protegido,<br />

de acordo com a página do Seguro<br />

Rural no site do MAPA (Ministério da<br />

Agricultura, Pecuária e Abastecimento),<br />

“o clima é o principal fator de risco<br />

para a produção rural” e a contratação<br />

da apólice desse serviço pode<br />

diminuir perdas ao recuperar capital<br />

investido nas lavouras.<br />

O pecuarista Mathias Vianna, diretor<br />

do Sindicato Rural de Araraquara,<br />

conta que existe um seguro agrícola<br />

em que o Governo Federal pode subsidiar<br />

parte deste seguro através do<br />

Programa de Subvenção ao Prêmio<br />

do Seguro Rural. Produtores paulistas<br />

podem, ainda, contar com a subvenção<br />

estadual para reduzir custos do<br />

seguro. Ele lembra que anos atrás,<br />

quando trabalhava com lavouras, chegou<br />

a fazer seguro, hoje contudo, sua<br />

atividade está ligada à pecuária.<br />

MUDANÇAS NO SETOR<br />

O que chamou a atenção em março<br />

foi a declaração do ex-ministro da<br />

Agricultura, Roberto Rodrigues, um<br />

dos maiores especialistas em agronegócio<br />

do país, com trânsito livre nos<br />

principais fóruns do setor no mundo.<br />

Coordenador do Centro do Agronegócio<br />

da Fundação Getúlio Vargas (FGV),<br />

Rodrigues está convencido de que é<br />

hora de reduzir os subsídios ao crédito<br />

rural concedido a grandes produtores<br />

para preservar recursos para<br />

pequenos e médios, como defende o<br />

governo Bolsonaro. Mas entende que,<br />

para que o crédito seja acessível sem<br />

taxas de juros equalizadas pelo Tesouro,<br />

é preciso turbinar o programa<br />

federal de subvenção aos prêmios do<br />

seguro rural, que atualmente conta<br />

com pouco mais de R$ 400 milhões<br />

e cobre parcela inferior a 5% da produção<br />

agrícola.<br />

“O seguro é a ferramenta contemporânea<br />

mais importante para a<br />

Mathias Vianna, pecuarista<br />

e diretor do Sindicato Rural,<br />

possui seguro agrícola que em<br />

caso de ‘frustração de safra’,<br />

cobre o financiamento que o<br />

produtor fez.<br />

agricultura. Temos que ter um seguro<br />

forte, com um fundo de catástrofe<br />

robusto”, diz. Para Rodrigues, esse<br />

fundo, já previsto em lei, tem de ser<br />

alimentado por recursos do Governo<br />

e do setor privado para ganhar envergadura<br />

e tornar o ambiente mais<br />

palatável para as seguradoras, uma<br />

vez que é a ele que essas empresas<br />

recorrerão em casos de grandes quebras<br />

climáticas.<br />

|38


39|


Aulas práticas na área de produção de José<br />

Faria (Assentamento Monte Alegre V)<br />

CURSO DE CAPACITAÇÃO<br />

A profissionalização para<br />

o cultivo da banana<br />

Entre fevereiro e março,<br />

um grupo de produtores<br />

do Assentamento Monte<br />

Alegre participou de uma<br />

capacitação sobre a cultura<br />

da banana na região.<br />

“A banana apresenta uma cultura<br />

fantástica, principalmente para a<br />

agricultura familiar. Os cuidados são<br />

simples e é uma fruta muito consumida,<br />

o que oferece estabilidade ao<br />

pequeno produtor”. Com essas palavras<br />

o coordenador regional do Senar,<br />

João Henrique de Souza Freitas,<br />

destacou a importância do curso feito<br />

em parceria com o Sindicato Rural e<br />

a Fundação Itesp - GTC Araraquara.<br />

O módulo instalação da lavoura<br />

ocorreu em fevereiro. O instrutor<br />

Pedro Avelar orientou os produtores<br />

sobre vários aspectos para profissionalizar<br />

as áreas de produção, focando<br />

na produtividade e futura comercialização.<br />

Durante as aulas práticas,<br />

houve visita à área de produção de<br />

José Faria, do Assentamento Monte<br />

Alegre VI, que participou do mesmo<br />

curso no ano de 2016.<br />

O objetivo foi visualizar uma área<br />

que seguiu as orientações da atividade<br />

de capacitação, bem como a<br />

retirada de mudas sadias. Os participantes<br />

puderam observar então os<br />

efeitos positivos causados por uma<br />

lavoura bem cuidada.<br />

Também contamos, diz Maria Clara<br />

Piai da Silva, da Fundação Itesp,<br />

Aulas teóricas e práticas<br />

comungando um ensino de<br />

primeira qualidade<br />

Acompanhamento do instrutor Pedro Avelar<br />

durante o plantio de mudas<br />

com a colaboração dos produtores<br />

José Angelo Gaino e José Prudente<br />

Custódio, que exploram lotes agrícolas<br />

nos Assentamentos Monte Alegre<br />

V e II, respectivamente, e ofereceram<br />

suas áreas de produção para otimizar<br />

as aulas práticas. Ambos participam<br />

de feiras promovidas através de parcerias<br />

e buscam diversificar os produtos<br />

oferecidos aos consumidores,<br />

aliando planejamento para aumento<br />

da produção. Outra etapa do programa<br />

ocorreu durante o mês de março.<br />

Para nós do Itesp, a metodologia<br />

adotada pelos instrutores do Senar<br />

é a ideal, explicou Maria Clara. Eles<br />

focam na orientação profissional dos<br />

participantes e concentram boa parte<br />

da aula na prática, além disso sempre<br />

visitamos várias áreas dos participantes<br />

interessados para que sejam identificados<br />

seus principais problemas e<br />

sugeridas alternativas.<br />

Os técnicos do Itesp também<br />

acompanham a atividade visando<br />

contribuir para a adequação das atividades<br />

à realidade do público, divulgando<br />

os canais de comercialização e<br />

trocando experiências com o instrutor<br />

e participantes.<br />

|40


CURSOS<br />

<strong>ABRIL</strong> / <strong>2019</strong><br />

João Henrique, do Senar, acompanha apresentação do programa em Nova Europa<br />

FEIRA DO PRODUTOR RURAL<br />

Sindicato Rural vai preparar<br />

produtores em Nova Europa<br />

“Objetivo é prestigiar o produtor rural de Nova Europa que<br />

precisa comercializar sua produção”, diz o prefeito Luiz<br />

Carlos dos Santos (PTB).<br />

O Poder Público de Nova Europa<br />

anunciou oficialmente na terça-feira<br />

(26/03) que irá organizar e realizar a<br />

I Feira do Agricultor Novaeuropense,<br />

ou seja, oportunizar a comercialização<br />

dos produtos cultivados no<br />

município em um espaço acessível<br />

e bem estruturado. O anúncio foi<br />

feito pelo Departamento de Meio<br />

Ambiente da Prefeitura em parceria<br />

com o Departamento de Agricultura.<br />

Valter Jockner, diretor do Meio<br />

Ambiente, explica que reuniões<br />

entre o Senar (Serviço Nacional de<br />

Aprendizagem Rural) e a Prefeitura<br />

foram feitas para o amadurecimento<br />

da ideia. No dia 25, por<br />

exemplo, durante encontro no Paço<br />

Municipal, o Senar fez uma demonstração<br />

explicativa sobre a feira e<br />

seus impactos positivos.<br />

“Estamos no caminho certo,<br />

tendo o apoio necessário e profissional<br />

do Senar, amparo legal e<br />

sabendo da importância de que é<br />

preciso valorizar o agricultor novaeuropense”,<br />

comentou Jockner.<br />

Como forma de aprimorar ainda<br />

mais essa ideia da feira, no dia 1º<br />

de abril, na Câmara de Vereadores,<br />

houve um encontro de sensibilização,<br />

que nada mais é do que a<br />

apresentação da Feira do Produtor<br />

Rural para os agricultores locais.<br />

“Para termos a feira e uma feira<br />

forte, precisamos da participação<br />

dos nossos agricultores, certo?<br />

Nesse dia, vamos mostrar como<br />

ocorrerá a implantação da feira<br />

que já foi criada nos municípios de<br />

Araraquara e Américo Brasiliense.<br />

Para agilizar a realização da I<br />

Feira do Agricultor Novaeuropense,<br />

todos os produtores interessados<br />

devem fazer uma inscrição de<br />

adesão, que não tem custo algum.<br />

Essas inscrições podem ser realizadas<br />

na sede do Meio Ambiente, na<br />

Rua Osvaldo Pongetti nº161, até o<br />

dia 22 de abril.<br />

“A inscrição automaticamente<br />

habilita o produtor rural a participar<br />

de um curso que será<br />

coordenado pelo Senar e também<br />

é uma credencial para poder entrar<br />

e comercializar seus produtos na<br />

feira”, argumenta Jockner.<br />

Em linhas gerais, o objetivo<br />

principal da Feira do Agricultor<br />

Novaeuropense é estimular a<br />

produção familiar e oferecer destinação<br />

rápida da produção agrícola<br />

por preços bem atraentes aos consumidores.<br />

João Henrique de Souza Freitas,<br />

coordenador regional do Senar SP,<br />

diz que a Feira do Produtor Rural<br />

está se fixando de maneira rápida e<br />

forte na região. “É preciso dar apoio<br />

ao produtor rural, oferecendo capacitação<br />

para se manter no campo<br />

e ter geração própria de renda, ao<br />

lado dos familiares”, diz o coordenador.<br />

• AGROTÓXICOS - USO CORRETO<br />

E SEGURO - NR 31.8<br />

01 até 03/04 (fechado)<br />

Local: Fazenda Jangada Brava<br />

• FEIRA DO PRODUTOR RURAL -<br />

SENSIBILIZAÇÃO<br />

01/04<br />

Local: Nova Europa<br />

• OLERICULTURA ORGÂNICA -<br />

COMPOSTAGEM (MÓDULO II)<br />

01 até 24/04 (fechado)<br />

Local: Assentamento Monte Alegre<br />

• JARDINEIRO - IMPLANTAÇÃO<br />

DO JARDIM<br />

02 até 05/04<br />

Local: CEAT - Américo Brasiliense<br />

• INCÊNDIO - PREVENÇÃO<br />

E COMBATE NO CAMPO -<br />

TÉCNICAS<br />

03 até 04/04 (fechado)<br />

Local: Usina São Martinho<br />

• PROLEITE - IRRIGAÇÃO DE<br />

PASTAGEM (MÓDULO IV)<br />

03 até 09/04 (fechado)<br />

Local: Fazenda Baguassu<br />

• AGROTÓXICOS - USO CORRETO<br />

E SEGURO - NR 31.8<br />

04 até 06/04 (fechado)<br />

Local: Usina São Martinho<br />

• CANA-DE-AÇÚCAR -<br />

PRODUÇÃO DE MUDAS PRÉ-<br />

BROTADAS<br />

10/04<br />

Local: Assentamento Monte Alegre<br />

• AGROTÓXICOS - USO CORRETO<br />

E SEGURO - NR 31.8<br />

15 até 17/04 (fechado)<br />

Local: Terral<br />

• FRUTICULTURA BÁSICA -<br />

INSTALAÇÃO DA LAVOURA<br />

24 até 26/04<br />

Local: Assentamento Bela Vista<br />

• MINHOCULTURA - PRODUÇÃO<br />

DE HÚMUS<br />

25 até 27/04<br />

Local: Assentamento Monte Alegre<br />

• PROLEITE - CANA-DE-AÇÚCAR<br />

- MANEJO DO CANAVIAL<br />

(MÓDULO V)<br />

25 até 27/04 (fechado)<br />

Local: Fazenda Baguassu<br />

Coordenador SENAR/SP Araraquara:<br />

João Henrique de Souza Freitas<br />

41|


FEIRA DO PRODUTOR RURAL<br />

Começa a formação de<br />

novo grupo de feirantes<br />

Araraquara já possui uma<br />

Feira do Produtor Rural<br />

organizada pelo Senar,<br />

Sindicato Rural, Sebrae,<br />

Fundação Itesp, com apoio<br />

da Prefeitura Municipal<br />

(2017). No ano passado,<br />

os parceiros capacitaram<br />

feirantes em Américo. Agora<br />

surge um novo grupo no<br />

município.<br />

Produção de tomates através dos<br />

feirantes que acabam tendo renda com a<br />

criação da Feira do Produtor Rural<br />

No dia 18 de março, houve a Integração<br />

do Programa Feira do Produtor<br />

Rural, no Sindicato Rural de Araraquara.<br />

O objetivo da reunião, segundo o<br />

presidente Nicolau de Souza Freitas,<br />

é a formação de mais uma turma de<br />

profissionais para gerar outra feira em<br />

nosso município. Estes são projetos,<br />

disse o dirigente, que envolvem geração<br />

de renda, característica fundamental<br />

para a consolidação da agricultura<br />

familiar.<br />

Participaram da Integração,<br />

além do presidente do sindicato, o<br />

coordenador regional do Senar, João<br />

Henrique de Souza Freitas, a coordenadora<br />

municipal da Agricultura,<br />

Silvani Silva, o coordenador regional<br />

da Fundação Itesp, Mauro Cavichioli,<br />

Aulas teóricas também são realizadas para capacitação dos produtores<br />

a analista da Fundação Itesp, Maria<br />

Clara Piai, a instrutora do programa,<br />

Ângela Barbieri Nigro e a responsável<br />

pela pasta da Vigilância Sanitária, Silvia<br />

de Souza Freitas Adalberto.<br />

Para João Henrique, coordenador<br />

regional do Senar, as feiras têm se<br />

consolidado como importante estratégia<br />

de comercialização aos pequenos<br />

produtores, garantindo renda e<br />

proporcionando um comércio justo,<br />

Encontro realizado<br />

no Sindicato Rural<br />

em março para<br />

a Integração do<br />

Programa, segunda<br />

edição. Na foto, a<br />

instrutora Ângela<br />

Nigro, o coordenador<br />

regional do Senar, João<br />

Henrique, Sílvia de<br />

Souza Freitas Adalberto<br />

(Vigilância Sanitária),<br />

Mauro Cavichioli<br />

(Itesp), Silvani Silva<br />

(coordenadora da<br />

Agricultura) e Maria<br />

Clara (Itesp)<br />

visto que elimina a figura dos intermediários,<br />

permitindo que os lucros<br />

sejam do produtor.<br />

Além disso, permitem a comercialização<br />

de produtos da localidade, incentivam<br />

a produção de alimentos e<br />

favorecem o trabalho das famílias no<br />

campo, ressalta o coordenador.<br />

Maria Clara Piai da Silva, do Itesp,<br />

destaca que este trabalho é de suma<br />

importância, visto que contribui ao<br />

desenvolvimento rural sustentável em<br />

um contexto amplo, fortalecendo um<br />

dos elementos finais do ciclo de trabalho<br />

com os pequenos produtores,<br />

que são as estratégias de comercialização;<br />

além de possibilitar à população<br />

acesso a alimentos frescos e a<br />

preços justos.<br />

Além de Araraquara que mantém<br />

uma Feira do Produtor Rural, outra foi<br />

instalada no ano passado em Américo<br />

Brasiliense, com grande movimento<br />

aos sábados. É o bom resultado de<br />

um trabalho social, graças ao grupo<br />

de parceiros.<br />

|42


João Henrique de Souza Feitas durante a palestra em Lins<br />

PARCERIA DO SENAR COM CANAL RURAL<br />

Em Lins o Sindicato Rural integrou a<br />

Caravana da Família Nação Agro<br />

O diretor do Sindicato<br />

Rural de Araraquara, João<br />

Henrique de Souza Freitas,<br />

que também responde pela<br />

coordenadoria regional do<br />

Senar, participou em março<br />

de importante evento agro<br />

em Lins.<br />

A Caravana da Família Nação<br />

Agro desembarcou na cidade de Lins<br />

entre fevereiro e março, em mais uma<br />

etapa de disseminação de informações,<br />

promoção social e capacitação<br />

profissional para o produtor rural<br />

O jornalista Tobias Ferraz do Canal Rural e<br />

os palestrantes, entre eles, João Henrique<br />

da região. Com entrada gratuita, o<br />

evento do Senar-SP (Serviço Nacional<br />

de Aprendizagem Rural) aconteceu no<br />

Recinto de Exposições de Lins.<br />

No intuito de ajudar o agricultor a<br />

tirar dúvidas, discutir os temas relevantes<br />

para o mercado e se inteirar<br />

sobre novidades do setor, a Caravana<br />

da Família Nação Agro disponibilizou<br />

programação composta por várias<br />

e importantes palestras, das quais<br />

fez parte o coordenador regional do<br />

Senar em Araraquara, João Henrique<br />

de Souza Freitas, que também é diretor<br />

do sindicato.<br />

PALESTRANTES<br />

A Rastreabilidade de Frutas e<br />

Hortaliças foi o tema escolhido por<br />

Edson Tadashi Savazaki, engenheiro<br />

agrônomo da CATI (Coordenadoria de<br />

Assistência Técnica Integral).<br />

A Regularização Ambiental –<br />

CAR e PRA, foi o foco dado por João<br />

Henrique de Souza Freitas, instrutor<br />

do Senar-SP.<br />

Já o palestrante Marcelo Rondon<br />

Bezerra, consultor de negócios do<br />

Sebrae-SP, optou em discorrer sobre<br />

o Empreendedorismo e a Qualidade<br />

do Leite, com Paulo Roberto, instrutor<br />

do Senar-SP, que fechou o ciclo de<br />

palestras.<br />

JOÃO HENRIQUE<br />

Ao falar sobre a Regularização<br />

Ambiental, João Henrique de Souza<br />

Freitas deu enfâse à ocupação de terras<br />

no Brasil, que não passa de 40%<br />

das propriedades rurais, existindo<br />

11% em vegetação nativa. Os índices<br />

são inferiores aos da Dinamarca com<br />

76,8% e da Índia que utiliza 60,45%<br />

do país para seu plantio.<br />

Na verdade, a NASA e o Serviço<br />

Geológico dos Estados Unidos<br />

publicaram estudo, baseado em<br />

monitoramento por satélite, sobre<br />

as áres cultivadas do planeta, disse<br />

ele. Em relação ao Brasil, a agência<br />

americana calculou a área de lavouras<br />

do país em quase 64 milhões de<br />

hectares, o que corresponde a 7,6%.<br />

A Embrapa, por sua vez, completou<br />

João Henrique, havia feito esse cálculo<br />

em 2016, também via satélite e<br />

chegou a um resultado bem próximo:<br />

66 milhões de hectares.<br />

43|


NOTÍCIAS<br />

CANAS<br />

L<br />

<strong>ED</strong>IÇÃO <strong>ABRIL</strong> | <strong>2019</strong><br />

EVENTO EM BRASÍLIA<br />

Feplana apresenta sua nova diretoria<br />

e homenageia o presidente da CNA<br />

Para orgulho do setor canavieiro, dois araraquarenses fazem parte da nova diretoria e do<br />

novo conselho da Feplana: Luís Henrique Scabello de Oliveira e Nicolau de Souza Freitas<br />

Da esquerda para a direita, Nicolau de Souza Freitas e Luís Henrique Scabello de Oliveira<br />

foram apresentados como membros da nova diretoria da Feplana em Brasília<br />

O presidente da Confederação da<br />

Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA),<br />

João Martins, recebeu em março (26),<br />

em Brasília, a Ordem do Mérito Canavieiro,<br />

uma homenagem entregue<br />

pela Federação dos Plantadores de<br />

Cana do Brasil (Feplana) a personalidades<br />

que se destacam na defesa<br />

do agro.<br />

Do evento participaram os araraquarenses<br />

Luís Henrique Scabello de<br />

Oliveira, presidente da Canasol e Nicolau<br />

de Souza Freitas, presidente do<br />

Sindicato Rural de Araraquara, apresentados<br />

como membros da diretoria<br />

da Feplana.<br />

A solenidade teve a presença do<br />

ministro da Saúde, Luiz Henrique<br />

Mandetta, além de outros representantes<br />

do Governo, parlamentares e lideranças<br />

do setor. Ao agradecer a homenagem,<br />

Martins voltou a defender<br />

políticas públicas e o fortalecimento<br />

da classe média no campo e dedicou<br />

a homenagem aos produtores rurais e<br />

ao Conselho do Agro, composto pela<br />

CNA, pela Feplana e outras 15 entidades<br />

representativas do agro.<br />

Alexandre Lima, presidente reeleito<br />

da Feplana, tem sido participativo<br />

em busca de soluções que envolvem<br />

a classe canavieira na região central<br />

do Estado de São Paulo. Este vínculo<br />

tem fortalecido e dado notoriedade à<br />

Canasol como instituição.<br />

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Deputado Federal Arnaldo<br />

Jardim foi enfático em dizer que<br />

a classe tem muito a agradecer à<br />

Federação e que ele a considera<br />

legítima representante nacional<br />

dos fornecedores de cana<br />

Nicolau de Souza Freitas e Luís Henrique Scabello de Oliveira com o ministro da<br />

Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante solenidade realizada em Brasília<br />

“Recebo essa homenagem em<br />

nome de todos que acreditam em<br />

mim. Esse prêmio é a compreensão<br />

dos produtores de que estamos no<br />

caminho certo quando criamos o<br />

Conselho do Agro, onde todos têm o<br />

mesmo poder. Precisamos da união<br />

de todos para tirar o Brasil dessa situação<br />

e torná-lo um país melhor. E<br />

essa homenagem significa que todos<br />

estão entendendo que estamos trabalhando<br />

para ajudar os produtores<br />

e o país a ter um futuro digno”, disse<br />

João Martins.<br />

O presidente da Feplana, Alexandre<br />

Andrade, que foi reconduzido<br />

para mais um mandato à frente da<br />

instituição no mesmo dia, destacou<br />

o papel do Conselho do Agro junto<br />

ao Governo Federal na sugestão de<br />

propostas para o setor e destacou a<br />

atuação da CNA para justificar a homenagem.<br />

“O Conselho tem tido muita influência<br />

nas decisões de governo e<br />

trouxe a ministra Tereza Cristina para<br />

participar das discussões, além de<br />

exercer um papel extremamente democrático<br />

ao reunir diversas entidades.<br />

Esse foi um dos motivos dessa<br />

ordem e cabe destacar também que a<br />

CNA está em outro patamar atuando<br />

junto aos produtores”.<br />

Jantar comemorativo à apresentação da nova diretoria da<br />

Feplana e homenagens ao presidente da CNA<br />

NOVA DIRETORIA DA FEPLANA<br />

Presidente: Alexandre Lima<br />

Vice-Presidente: Paulo Sérgio Marco Leal<br />

2ª Vice-Presidente: Nádia Gomieri<br />

SECRETARIA<br />

1º Secretário: José Inácio Morais Andrade<br />

2° Secretário: Bráulio Gomes Gomes<br />

TESOURARIA<br />

1° Tesoureiro: Luís Henrique Scabello de Oliveira<br />

2° Tesoureiro: Luíz Carlos Dalben<br />

CONSELHEIROS<br />

Coordenador: José Santos Silva Amado<br />

Sergio Germiniane<br />

Nelson Ronchi<br />

SUPLENTES<br />

Edgard Antunes Neto Filho<br />

Edson José Ustulin<br />

Nicolau de Souza Freitas<br />

A HOMENAGEM<br />

Momento em que o<br />

presidente da Feplana,<br />

Alexandre Lima, entrega<br />

o troféu que simboliza a<br />

Ordem do Mérito Canavieiro<br />

a João Martins, presidente<br />

da Confederação da<br />

Agricultura e Pecuária<br />

do Brasil (CNA), como<br />

reconhecimento ao trabalho<br />

realizado pelo ilustre<br />

homenageado<br />

45|


CONSTRUÇÃO<br />

Entenda a diferença entre<br />

Aço e Ferro na Construção Civil<br />

A construção civil usa diversos tipos de materiais, como madeira, cimento, areia, telhas, blocos<br />

cerâmicos, tijolos, ferro e aço. Muitos materiais usados têm similaridades quanto<br />

a sua aplicação, ferro e aço, por exemplo.<br />

O uso de ferro e aço na construção<br />

civil é muito comum principalmente<br />

para as fundações. Atualmente, cresce<br />

também a tendência de adotar o<br />

aço nas estruturas internas e externas<br />

e usá-lo inclusive como forma de<br />

agregar mais valor ao projeto arquitetônico.<br />

Na hora de pesquisar sobre materiais<br />

de construção para uma obra ou<br />

reforma, muitas vezes surge a dúvida:<br />

qual a diferença entre ferro e aço na<br />

construção civil? Quais são as vantagens<br />

desses materiais e como eles<br />

podem ser usados?<br />

O QUE É O FERRO?<br />

Ferro é um elemento químico encontrado<br />

na natureza geralmente sob<br />

a forma de minério. Para ser usado,<br />

o minério precisa passar por diversos<br />

processos, feitos a altas temperaturas<br />

e onde normalmente são<br />

adicionados outros materiais, como<br />

carbono ou cromo.<br />

O ferro quase nunca é comercializado<br />

puro, mas sim na forma de<br />

produtos obtidos a partir desses processos.<br />

Um exemplo é o ferro fundido,<br />

onde o minério é processado para remover<br />

as impurezas, aquecido em um<br />

forno de altas temperaturas e recebe<br />

adição de carbono e silício.<br />

Por causa da alta temperatura, a<br />

mistura é fundida e vira um líquido<br />

que pode ser colocado numa espécie<br />

de molde que tem a forma do produto<br />

desejado. Existem, por exemplo, janelas<br />

e portões feitos com essa técnica.<br />

O QUE É O AÇO?<br />

O aço é um dos principais produtos<br />

que podem ser obtidos a partir do<br />

minério de ferro. Para produzir o aço,<br />

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o ferro também precisa ser aquecido<br />

a altas temperaturas em um forno e<br />

são adicionados outros elementos,<br />

principalmente o carbono.<br />

Muitas vezes, as pessoas acabam<br />

confundindo e chamando de ferro o<br />

que na verdade é aço. O aço é mais<br />

comum na construção civil do que o<br />

ferro e é usado na maioria das aplicações,<br />

em diferentes tipos. O que<br />

você mais vai ouvir falar são o aço<br />

inoxidável e o aço galvanizado. O aço<br />

inoxidável é aquele que não enferruja<br />

e o aço galvanizado recebe uma cobertura<br />

de zinco que garante resistência<br />

à corrosão.<br />

ONDE USAR<br />

O FERRO E AÇO NA<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

Desde a estrutura até o acabamento,<br />

existe sempre uma aplicação para<br />

o ferro e aço na construção civil. Veja<br />

alguns exemplos:<br />

• Na fundação, para<br />

confecção de vigas de<br />

concreto armado;<br />

• Na estrutura, como<br />

material de sustentação;<br />

• Em metais sanitários;<br />

• Esquadrias, portas e<br />

janelas;<br />

• Portões e grades.<br />

VANTAGENS DE<br />

USAR FERRO E AÇO NA<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

O ferro é um dos materiais mais<br />

abundantes do planeta e a produção<br />

em larga escala garante que ele e<br />

o aço tenham um preço acessível e<br />

serem muito versáteis. Além disso, é<br />

ainda um material totalmente reciclável<br />

e que está em dia com as tendências<br />

de sustentabilidade.<br />

Uma vez que esse material tem boa<br />

resistência mecânica, um aço de boa<br />

qualidade vai garantir a segurança e<br />

a durabilidade da sua construção.<br />

Na hora de construir com aço, eleja<br />

sempre um fornecedor de qualidade.<br />

Outro ponto positivo para o uso de<br />

aço na construção civil é a possibilidade<br />

de criar um projeto arquitetônico<br />

arrojado e moderno e até mesmo<br />

usar o aço em conjunto com outros<br />

materiais.<br />

47|


LAR DOCE LAR<br />

Casa bonita<br />

deve ser<br />

funcional<br />

Ter uma casa perfeita é<br />

uma questão de percepção,<br />

cada pessoa tem um estilo<br />

e hábitos diferentes que<br />

exigem que necessidades<br />

diferentes sejam atendidas.<br />

A primeira ideia que temos de casa<br />

bonita é aquela que agrada visualmente<br />

seus moradores, é segura e consegue<br />

suprir todas as expectativas de<br />

seus donos. Alguns padrões e normas<br />

arquitetônicas são essenciais na hora<br />

de construir a casa perfeita<br />

Antes de iniciar uma reforma ou<br />

construção de sua casa, é necessário<br />

contratar um profissional certificado<br />

para o trabalho. Ele deve ser responsá-<br />

vel por criar opções de plantas<br />

da casa que atendam aos costumes<br />

e expectativas da família.<br />

É importante que além de bonita,<br />

sua casa deva ser funcional,<br />

aconchegante e caiba no seu<br />

orçamento.<br />

A diversidade de materiais<br />

para construção, no quesito<br />

acabamento, faz a alegria da<br />

família, mas é sempre bom aliar<br />

as cores já com a pretensão dos<br />

possíveis móveis, para que o<br />

ambiente seja clean. Embora<br />

cada pessoa tenha seu próprio<br />

estilo de decoração, o clean<br />

pode atender a todos os gostos, conforme<br />

o preceito de que menos pode<br />

ser mais.<br />

Seguindo essa regra já pode ousar,<br />

onde em se tratando dos móveis, a<br />

regra fica mais maleável. Engana-se<br />

quem pensa que para ser clean, os<br />

móveis não podem ter cor, pois são<br />

justamente eles que darão cor e vida<br />

aos espaços.<br />

Exemplo<br />

de uma<br />

planta<br />

baixa<br />

funcional<br />

A claridade da casa deixa que sua<br />

imaginação viaje, conseguindo assim,<br />

decorar a sala de estar com sofás que<br />

vão do Cabriolet para quem tem uma<br />

queda por peças clássicas ou mesmo<br />

uma tendência que tem sido cada<br />

vez mais utilizada: o sofá com chaise,<br />

que não somente garante charme ao<br />

ambiente, como também proporciona<br />

muito mais conforto e tranquilidade<br />

em relação aos sofás comuns.<br />

|48


IGNÁCIO LOYOLA BRANDÃO<br />

Ele é araraquarense<br />

E vem agraciando a nossa gente<br />

Com sua literatura surpreendente<br />

Ficou conhecido internacionalmente<br />

No jornalismo, na tradução<br />

Nos contos ou no teatro<br />

Ignácio de Loyola Brandão<br />

Tornou-se o nosso astro<br />

HOMENAGEM DO LICEU<br />

Ignácio de Loyola sempre<br />

lembrado pelas crianças do<br />

Liceu Monteiro Lobato<br />

Indicação para o escritor<br />

araraquarense assumir a<br />

cadeira n° 11 da Academia<br />

Brasileira de Letras, faz<br />

transbordar de alegria os<br />

diversos segmentos da<br />

comunidade.<br />

Da mesma forma que a euforia<br />

tocou a sensibilidade do escritor<br />

Ignácio de Loyola Brandão, indicado<br />

em março para assumir a cadeira n°<br />

11 da Academia Brasileira de Letras,<br />

os alunos do Liceu Monteiro Lobato<br />

comemoraram e recordaram a oportunidade<br />

que tiveram de conhecer<br />

suas obras três anos atrás, em concurso<br />

literário organizado pela escola.<br />

Ao saber então que o seu trabalho<br />

seria tema do concurso, Loyola<br />

Brandão enviou uma carta de agradecimento,<br />

transformando essa<br />

gratidão em uma missiva até hoje<br />

guardada com carinho pelas crianças<br />

do Liceu. Podemos dizer que o<br />

trabalho escolar dos alunos, três anos<br />

depois, simboliza o eterno reconhecimento<br />

ao seu sucesso.<br />

Para a escola não há outra forma<br />

de homenagear Loyola a não ser tornar<br />

pública uma missiva que faz parte<br />

da nossa história.<br />

Amigos do Liceu Monteiro Lobato.<br />

Este ano que caminha para o final me<br />

trouxe um mundo de alegrias.<br />

Recebi o Prêmio Machado de Assis da<br />

Academia Brasileira de Letras, o maior<br />

do Brasil.<br />

Publiquei um novo livro de crônicas –<br />

que será lançado aqui em Araraquara na<br />

terça-feira, dia 25.<br />

Vou inaugurar na segunda-feira, aqui<br />

em Araraquara, uma biblioteca com meu<br />

nome no Instituto Federal de Educação,<br />

Ciência e Tecnologia de São Paulo –<br />

Campus de Araraquara.<br />

Querem coisa melhor para um escritor?<br />

Ter o nome ligado a uma biblioteca?<br />

Quando achei que já tinha acabado tudo,<br />

soube que aqui no Liceu Monteiro Lobato<br />

vocês leram, estudaram, trabalharam<br />

em cima de textos meus.<br />

Ou seja, lembraram-se de mim.<br />

Aí eu disse: não precisa de mais nada.<br />

O que vocês fizeram sabem o que significa?<br />

A vida. A minha vida.<br />

O escritor pode morrer.<br />

E vai morrer, claro, ninguém dura pra<br />

sempre. E Deus me livre de viver 500<br />

anos e olharem pra mim dizendo: olha<br />

aí um dinossauro do século XXI.<br />

Talvez não saibam que o que vai me<br />

conferir vida para sempre são os meus<br />

livros.<br />

Estarei sempre vivo para cada leitor<br />

que abrir uma página minha. Vocês<br />

Já fez crônicas, romances<br />

E se destacou na literatura infanto-juvenil<br />

Não é a toa que é conhecido<br />

Como um dos maiores autores do Brasil<br />

Já falou da coxinha<br />

De amor e de futebol<br />

Mas a sua maior paixão<br />

É a nossa querida Morada do Sol<br />

Verônica Bonazi Perez / Aluna do Liceu<br />

2016 - 4° ano B / <strong>2019</strong> - 7° ano A<br />

hoje, amanhã, vocês à medida que se<br />

desenvolverem e continuarem me lendo,<br />

transmitindo essa leitura a filhos e netos,<br />

vocês estarão me mantendo vivo.<br />

Fiquei bem contente ao saber que passaram<br />

um tempo mergulhado nas coisas<br />

que criei, inventei, copiei da vida, lembrei<br />

de minha vida. Transformaram-se em<br />

amigos, passaram a participar de minha<br />

existência, são confidentes, cúmplices.<br />

Quero dizer mais. Formei minha cabeça<br />

lendo Monteiro Lobato. Eu era pobre e<br />

tinha um amigo, cujo nome lembro até<br />

hoje, Sérgio Foz, que me emprestou toda<br />

a coleção, livro a livro.<br />

Aprendi com Lobato, com Narizinho,<br />

com Emília, com Pedro, dona Benta, tia<br />

Anastácia e todo aquele mundo a ser<br />

livre na literatura. A usar a fantasia, o<br />

delírio, a loucura, o humor, a ironia, a<br />

sátira para criar e olhar a vida e o mundo.<br />

Amei Narizinho e nem imaginam o<br />

que fiz com ela naquele sítio que foi no<br />

fundo do meu quintal, no interior do meu<br />

quarto, na varanda, assim como é para<br />

vocês.<br />

Tudo o que posso dizer, amigos do<br />

Liceu Monteiro Lobato, é que a literatura<br />

não me fez rico, mas me fez feliz, vivi e<br />

vivo como quero. Aos 80 anos sou um<br />

homem sempre recomeçando com projetos,<br />

ideias, livros e personagens loucos<br />

para saírem da cabeça. E com vocês e<br />

com os que me leem estarei vivo para<br />

sempre.<br />

Dizer o que? Obrigado, nada mais.<br />

Ignácio de Loyola Brandão<br />

49|


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Foto: Jonas Bezerra<br />

Araraquara ainda mantém a tradição de possuir bons pilotos, sendo reconhecida sempre como a terra da velocidade<br />

SAFRA DE CAMPEÕES<br />

Kartódromo Adalberto Cattani,<br />

onde mora a paixão pela velocidade<br />

Araraquara sempre teve este gosto pelas competições de kart ou moto; tornou-se respeitada<br />

em todo território pelos notáveis pilotos que conseguiu formar ao longo da sua história.<br />

Com seu kartódromo em homenagem a Adalberto Cattani, a cidade tem resgatado sua<br />

tradição e envolvido um seleto grupo de adeptos ao seu redor.<br />

Inaugurado em setembro de<br />

2010, o Kartódromo “Adalberto<br />

‘Nenê’ Cattani”, localizado no Circuito<br />

das Rodas, Parque do Pinheirinho, em<br />

Araraquara, leva o nome de um dos<br />

principais pilotos de kart da cidade<br />

e que escreveu com sua habilidade,<br />

uma incrível história de amor à velocidade.<br />

Nenê Cattani iniciou sua carreira<br />

em 1980 e ao longo de 22 anos,<br />

competiu em mais de 200 provas<br />

regionais, estaduais e nacional, colecionando<br />

grandes vitórias.<br />

Segundo Nilton Gonçalves, o Boca<br />

– Presidente da Liga Araraquarense<br />

de Pilotos - em abril de 2002, na<br />

etapa que aconteceu no Kartódromo<br />

Aldeia da Serra, sob chuva os demais<br />

pilotos pararam para a troca de<br />

pneus. No entanto, Nenê usando de<br />

sua costumaz sagacidade, continuou<br />

a prova com pneus slicks vencendo-a.<br />

Tal feito fez o público presente ao kartódromo<br />

ovacioná-lo.<br />

Esta é uma das histórias, entre<br />

tantas, que cercam o piloto, que<br />

deixou um vazio no esporte automobilístico,<br />

após sua morte ocorrida em<br />

7 de setembro de 2002, em decorrência<br />

de um acidente.<br />

A VIDA QUE SEGUE<br />

O kartódromo completa nove<br />

anos, mas a cidade tem um histórico<br />

desde a década de 60 nesse esporte,<br />

assim como carros, motos, lambretas<br />

e uma tradição de bons resultados.<br />

Boca conta que começou a pedir<br />

a construção deste espaço em 1982<br />

para o então prefeito Valdemar De<br />

Santi, mas somente em 2010, o<br />

prefeito Marcelo Barbieri inaugurou,<br />

onde conseguiu verba por intermédio<br />

da Petrobras, usando um espaço<br />

no Pinheirinho. Embora por contrato<br />

a manutenção devesse ser a cargo<br />

da prefeitura, quem cuida de toda a<br />

organização e também a zeladoria é<br />

a Liga.<br />

Nilton Goçalves, o “Boca”, uma vida toda<br />

dedicada à velocidade, hoje presidindo a<br />

Liga Araraquarense de Pilotos<br />

CONTINUA NAS PÁGINAS SEGUINTES<br />

51|


O piloto Carlos Caratti com<br />

sua equipe na largada da<br />

IV Etapa de Kart de Rua<br />

em 1995<br />

O campeão mundial de Fórmula 1,<br />

Emerson Fittipaldi, sempre participou<br />

de provas de kart em Araraquara. Uma<br />

das competições foi em 1966.<br />

Todo final de<br />

semana funciona em<br />

função de treinos e<br />

eventos como corridas<br />

de motonetas<br />

e lambretas, Super<br />

moto, kart alimentando<br />

os grandes<br />

eventos no estado. A<br />

Liga Araraquarense<br />

tem um histórico<br />

muito bom de participantes como o<br />

filho do piloto de Fórmula 1 Nelson<br />

Piquet, pilotos da Bolívia, Bahia,<br />

Espírito Santo, Rio de Janeiro, São<br />

Paulo, Paraná, Mato Grosso, Santa<br />

Catarina entre outros que já prestigiaram<br />

o Kartódromo com treinos e<br />

provas.<br />

Em 2010 também foi inaugurado<br />

um evento de nível Nacional:<br />

o Festival Brasileiro com 96 karts<br />

presentes, e também pelo sexto<br />

ano seguido o campeonato aberto<br />

Super Kart Moto do interior, que<br />

envolve Araraquara, Ribeirão Preto<br />

e Bebedouro, onde este ano realizará<br />

quatro etapas em maio, junho,<br />

agosto e novembro.<br />

Paralelo a isso também há<br />

eventos particulares, onde já existe<br />

reserva de data para o campeonato<br />

“Quatro horas de motonetas”, que<br />

é um teste de resistência, que será<br />

realizado no dia 28 de julho.<br />

Para abril tem o campeonato<br />

“Pé de Chumbo” que são 28 karts<br />

que circulam pelo Brasil, alugam<br />

o espaço e fazem a competição.<br />

Segundo o presidente da Liga, esse<br />

é o quarto ano consecutivo que trazem<br />

o evento para a cidade.<br />

O Kartódromo “Nenê Cattani”<br />

é aberto ao público, funcionando<br />

aos sábados das 8 às 17h e aos<br />

domingos das 8 às 12h, em domingos<br />

de prova até às 17h, para quem<br />

quiser conhecer ou se envolver nas<br />

grandes histórias do automobilismo<br />

araraquarense.<br />

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53|


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ENTRETENIMENTO<br />

Um bom lugar é<br />

Nós em Cena<br />

Se você procura um<br />

restaurante onde o cliente é<br />

o destaque, encontrou.<br />

Comemorando seu segundo<br />

ano com uma ampla reforma, o restaurante<br />

oferece estacionamento<br />

privado e gratuito, três ambientes,<br />

espaço Kids, um cardápio variado de<br />

petiscos e lanches, almoço durante<br />

a semana e a já tradicional feijoada<br />

que acontece a cada 15 dias, ressaltando<br />

que a casa oferece também,<br />

uma seleção de cervejas que vão das<br />

tradicionais às artesanais da Opera.<br />

Ambiente arejado e animado, com<br />

palco interno para variados tipos de<br />

shows, que vão do sertanejo ao MPB<br />

chegando ainda no Pop Rock, também<br />

apresentações de stand-up. Os<br />

shows musicais acontecem todas as<br />

sextas e sábados. Ainda um telão<br />

onde o palco e o restaurante ficam<br />

ao vivo, possibilitando que quem<br />

esteja na área interna, veja toda a<br />

movimentação.<br />

Os pratos executivos já conquistaram<br />

a clientela, e um dos carros<br />

chefes é o filé à parmegiana, inclusive<br />

no palito, uma novidade que vem<br />

agradando até mesmo os paladares<br />

mais exigentes.<br />

A casa é uma das pioneiras na<br />

Proprietários<br />

Renato<br />

Bressan e<br />

Luciana Costa<br />

Capuzzo com<br />

a equipe de<br />

colaboradores<br />

do Nós em<br />

Cena<br />

venda do Chopp Império puro malte,<br />

e quem chega é recepcionado pelos<br />

proprietários sempre muito simpáticos<br />

e prestativos Renato Bressan e<br />

Luciana Capuzzo, que desde dezembro<br />

de 2016, têm feito com que o<br />

nome “Nós em Cena” conste entre os<br />

melhores restaurantes de Araraquara<br />

e região.<br />

O restaurante fica localizado na<br />

Avenida Rodrigo Fernando Grillo, 515,<br />

em frente ao Shopping Jaraguá.<br />

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APOIO:<br />

Por Sérgio Sanchez<br />

BILLIE<br />

HOLIDAY:<br />

A Lady do Jazz<br />

Nasce em 7 de abril de 1915, Filadélfia,<br />

Pensilvânia nos Estados Unidos,<br />

Eleanora Fagon que adota posteriormente<br />

o nome artístico de Billie<br />

Holiday.<br />

A LENDA DO JAZZ<br />

Ninguém cantou como Billie Holiday.<br />

Expressava em sua voz uma intensidade<br />

de alma e coração, uma mistura<br />

de dor e sensibilidade, sentimentos<br />

que fizeram de suas interpretações ser<br />

chamada de a “lenda do jazz.”<br />

Embora Billie tenha tido uma infância<br />

e toda sua vida muito triste,<br />

acontecimentos que marcariam sua<br />

vida pessoal e musical, não queremos<br />

evidenciar estes fatos mas sim a grandeza<br />

da sua personalidade e de sua<br />

musicalidade incomparável.<br />

O INÍCIO<br />

Não tinha formação musical nenhu-<br />

ma e para a mãe não ser despejada,<br />

aos 15 anos começa a cantar em bares<br />

do Harlen reduto da comunidade<br />

negra de Nova Iorque. Em 1932, chamou<br />

a atenção do produtor John Hammond,<br />

que a levou para gravar seu<br />

primeiro disco nos estúdios da CBS.<br />

SEUS ÍDOLOS<br />

Gostava de cantar baladas lentas<br />

e tinha como referência Bessie Smith<br />

e o trompetista Louis Armstrong que<br />

ela ouvia nos bares em que trabalhava.<br />

Iniciando sua carreira profissional,<br />

passa a ser acompanhada da banda<br />

de Benny Goodman<br />

PRESTÍGIO NO MUNDO<br />

DO JAZZ<br />

Todos ficavam extasiados com a<br />

presença de Billie. Cantou com várias<br />

bandas e gravou uma série de músicas<br />

com o saxofonista Lester Young.<br />

Mudou a batida e a melodia das canções<br />

que interpretava. Ganhou fama<br />

se apresentando com as orquestras<br />

de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count<br />

Basie e Artie Shaw e também ao lado<br />

de Louis Armstrong, já com o nome<br />

artístico de Billie Holiday.<br />

O TRISTE FIM<br />

Após ganhar o mundo, mas envolvida<br />

com vícios devastadores para sua<br />

voz, precipitou sua derrocada artística.<br />

É levada por amigos a um hospital<br />

e recebe voz de prisão por porte de<br />

entorpecentes.<br />

Aos 44 anos, no dia 17 de julho de<br />

1959 Billie Holiday falece em Nova<br />

Yorque deixando um legado musical<br />

reconhecido como sendo a “Maior<br />

Cantora de Jazz de todos os tempos”.<br />

|56


57|


Texto: Benedito Salvador<br />

Carlos, o Benê, com a<br />

colaboração de Deives<br />

Meciano<br />

VELHOS TEMPOS, BELOS DIAS<br />

Penha e Salerno, geniais como<br />

pilotos e preparadores<br />

As histórias aconteciam<br />

num abrir e fechar de<br />

olhos para cada um dos<br />

participantes daquele<br />

grupo. Nos fins de<br />

semana quando todos<br />

então se juntavam, víamos<br />

que estávamos formando<br />

uma família disposta a<br />

construir o mundo da<br />

velocidade.<br />

Benê<br />

Penha (José da Penha Moreira) e<br />

Nezinho (Evaldo Salerno) eram muito<br />

amigos, quase irmãos. Tinham além<br />

da amizade, muita cumplicidade.<br />

Nezinho era um piloto extraordinário,<br />

dono de uma “tocada” limpa,<br />

estilo Giacomo Agostini, planejada<br />

e muito agressiva, não a toa que<br />

ganhou várias corridas com magnífica<br />

trajetória, inclusive do Campeonato<br />

Brasileiro, participando ativamente<br />

na história de prestígio que o Moto<br />

Clube de Araraquara angariou por<br />

este Brasil inteiro, em especial na<br />

categoria 50cc, sem no entanto<br />

ainda, ter outros prestígios, como de<br />

ter participado brilhantemente em<br />

três oportunidades das Quinhentas<br />

Milhas de Interlagos, uma em parceria<br />

com o próprio Penha, outra com<br />

Zé Faito e por último com Ediwilmo<br />

Queiroz.<br />

Mesmo com todo este talento,<br />

parou de correr muito jovem. Foi meu<br />

primeiro ídolo, minha primeira inspiração,<br />

nos meus sonhos de menino<br />

piloto, sonhava só um pouquinho das<br />

suas conquistas.<br />

Penha também era um grande<br />

piloto, tendo conquistado com méritos<br />

o Campeonato Paulista de 1974<br />

e repetido o feito em 1975. De outra<br />

maneira, seu maior talento era de<br />

preparador, onde não era só bom, era<br />

Era 1975. Penha, um<br />

dos nossos históricos<br />

pilotos recebe o título<br />

de bicampeão paulista<br />

de motociclismo.<br />

Uma conquista<br />

memorável que nos<br />

encheu de orgulho.<br />

genial, fazia a custo de muito trabalho<br />

e dedicação verdadeiros milagres.<br />

Penha foi durante um longo<br />

período, o responsável por cuidar<br />

da motocicleta de competição de<br />

Salerno, de origem Italiana e de marca<br />

Mondial, por consequência responsável<br />

de uma parte de seu sucesso.<br />

Quando Salerno optou por parar de<br />

correr, os papéis de certa forma se<br />

inverteram e de piloto extraordinário,<br />

passou a dividir intelectualmente<br />

a criação de novos projetos, contribuindo<br />

no “pensar” e no desenvolver<br />

da mesma.<br />

Em 1974 as importações foram proibidas<br />

e as marcas YAMAHA, HONDA e SUZUKI se<br />

instalaram definitivamente em nosso país,<br />

investindo maciçamente em competições<br />

com o objetivo de inserção de mercado.<br />

Por muitas oportunidades fui<br />

com ambos, na companhia de Neto<br />

|58


(Olympio Bernardes Ferreira), Diogo,<br />

Celso (Baiano Faito) Martinez, Pinho<br />

(José Manoel do Amaral Sampaio) e<br />

Dinho Dall’Acqua, andar na estrada<br />

Araraquara/Américo Brasiliense para<br />

testar as novidades desenvolvidas<br />

e fazíamos da oficina dos Alemães<br />

ali estabelecida, nosso boxe, onde<br />

éramos tratados sempre com muito<br />

carinho. Foi deste trabalho de ambos<br />

que nasceu o super projeto vencedor,<br />

que levou Penha ao bicampeonato<br />

paulista em Interlagos, por conseguinte<br />

um desconforto.<br />

No ano de 1974 as importações<br />

foram proibidas e as marcas YAMAHA,<br />

HONDA e SUZUKI se instalaram definitivamente<br />

em nosso país investindo<br />

maciçamente em competições com<br />

o objetivo de inserção de mercado,<br />

o que não ocorria na categoria<br />

50cc, pois ali estavam Penha com<br />

sua italianinha e Neto com a alemã<br />

Zundapp para atrapalhar com vitórias<br />

que se sucediam. Às vezes, por<br />

falta de calendário, a mesma corrida<br />

contava pontos para o campeonato<br />

Paulista e o Brasileiro despertando ira<br />

também em participantes de outros<br />

estados, especialmente do Paraná,<br />

outro grande polo de competição,<br />

que trazia uma MORINI, também para<br />

“ganhar”.<br />

Penha, Salerno e Ediwilmo,<br />

Interlagos - 1972<br />

Evaldo Salerno, Interlagos em 1973<br />

Penha, Interlagos - 1974<br />

AS HISTÓRIAS<br />

Certa corrida, usando do regulamento,<br />

depois de uma brilhante<br />

vitória de Penha em Interlagos,<br />

fizeram o depósito da quantia estabelecida<br />

para “abrir” o motor da Mondial<br />

esperando que esta estivesse fora do<br />

regulamento, com mais cilindrada,<br />

o que para surpresa geral, quando<br />

cubicada resultou em menos, fruto<br />

de um trabalho que internamente<br />

ficou conhecido como “segundo<br />

pistão”, uma cavidade criada dentro<br />

do cilindro em formas de ovais,<br />

acompanhada da redução do pino do<br />

excêntrico do virabrequim que gerava<br />

muito mais potência em forma de<br />

maior compressão e menos desgastes<br />

pelo fato da redução do tamanho<br />

da biela.<br />

Estes desenvolvimentos nasceram<br />

lá atrás, fruto de experiências<br />

acumuladas por uma vida toda por<br />

Penha, quando desde menino já trabalhava<br />

com o velho e também genial<br />

Faito e de Salerno que, na companhia<br />

de seu pai seo Nicola, pensava e<br />

ganhava corridas.<br />

O dinheiro arrecadado como<br />

garantia para ver o cilindro da motocicleta<br />

vencedora, foi para nós de<br />

muita valia. Na volta paramos em<br />

uma churrascaria, na via Anhanguera,<br />

ainda pista única, perto da cidade de<br />

Campinas, no sentido contrário da<br />

pista e comemos por conta daqueles<br />

que desafiaram a lisura da cilindrada<br />

da Mondial, um maravilhoso rodízio,<br />

transformando o desafio em uma<br />

grande festa.<br />

Velhos tempos, belos dias.<br />

59|


Série<br />

Bandas e<br />

Grupos Musicais<br />

da Cidade<br />

O tempo romântico dos nossos grupos musicais; era o N.C. Som com Marinez Escada e Wilson José Orselli<br />

Texto<br />

Juraci Brandão<br />

de Paula<br />

EVENTO<br />

O N.C.Som de Ney Castelucci era o xodó<br />

para eventos mais badalados<br />

Conversando com o Mucio<br />

decidimos convidar os antigos<br />

integrantes do Musical N. C. Som<br />

para um encontro em sua casa;<br />

19 de março, terça feira, 15h.<br />

Tínhamos a ideia de relembrarmos<br />

o passado do grupo. Passei na<br />

casa do Luizinho Pavan e na hora<br />

marcada chegamos ao destino.<br />

Lá já estavam Zé Sabaúna, Nado<br />

e Vilcides. O Mucio nos recebeu<br />

como os demais amigos, de uma<br />

forma muito especial. Sabemos que<br />

ele é uma pessoa de uma finesse<br />

no trato com as pessoas. O Zé<br />

Sabaúna até acha que ele sempre<br />

foi um Anjo. Concordo. Mas acho<br />

que dessa vez ele, sua esposa<br />

Lurdinha e seus filhos Silvio Luís e<br />

Marco Antônio exageraram.<br />

Caramba... E foi nesse clima de<br />

total descontração que rolou a<br />

nossa entrevista.<br />

Ney Ricardo Castellucci foi o fundador<br />

do Musical N. C. Som, que existiu<br />

nos anos de 1969 a 1972. Ney, no início<br />

de sua carreira tocava piano nos<br />

saraus que o Clube Araraquarense<br />

realizava aos domingos, das 21 às<br />

24h. O grupo que tinha contrato efetivo<br />

com o clube era o Bonini e seu<br />

Conjunto, no qual o Juraci Brandão<br />

de Paula (Jura) tocava guitarra. Sobre<br />

o palco tinha permanentemente um<br />

piano e quando aparecia no sarau um<br />

pianista, ele era convidado a dar uma<br />

canja, como se dizia na época. Isso<br />

significava convite para tocar.<br />

Ney, que era filho do Dr.<br />

Castellucci, médico muito<br />

conhecido na cidade, frequentava<br />

assiduamente o clube e<br />

assim, estava sempre dando<br />

Ney, sempre sorridente ao lado<br />

dos amigos que começaram<br />

com ele no N.C. Som<br />

canja, da mesma forma que outros<br />

músicos como o Francisco Cortese<br />

Filho (Kiko). Ney então foi aprimorando<br />

o estilo que gostava de tocar<br />

como bossa nova, jazz, além da<br />

grande habilidade para improvisar.<br />

Decidido a montar o seu próprio<br />

grupo, começou a tocar com<br />

o Francisco Carlos dos Santos<br />

(Chiquinho Batera – Bateria), Percival<br />

Borges Correa (Perci – Baixo) que<br />

anteriormente tocava com o grupo<br />

Os Intocáveis. Porém Perci em pouco<br />

tempo deixou o grupo e foi substituído<br />

pelo Roberto Mucio (Betão).<br />

|60


A chegada dos músicos na casa de Mucio: Juraci, o anfitrião Mucio, Pavan, Nado,<br />

Sabaúna e Vilcides<br />

O cantor era o Carlinhos Vaqueiro,<br />

(ex integrante dos Mug Boys) que<br />

após algum tempo foi substituído<br />

por Wilson José Orselli, que já havia<br />

passado por vários grupos e tinha<br />

um disco gravado com o grupo The<br />

Snakes. Também foi líder do grupo Os<br />

Profetas, onde o Pavan havia tocado.<br />

A partir daí o conjunto foi se<br />

consolidando e agregando novos<br />

Cartaz<br />

anunciando<br />

o show do<br />

grupo<br />

Uma das<br />

formações<br />

do N.C. Som<br />

em 1970,<br />

com muito<br />

fôlego em<br />

pleno précarnavalesco<br />

músicos como o guitarrista Getúlio<br />

de Freitas Iani, tio do Marcos Volpe,<br />

líder do Falso Brilhante. O Getúlio (ex<br />

Intocáveis) permaneceu com o Ney<br />

por um longo tempo.<br />

O N.C. Som teve a primeira participação<br />

feminina da época em grupos<br />

musicais de Araraquara, que foi a<br />

cantora Marinez Escada, atualmente<br />

residindo em São Paulo. Esta formação<br />

permaneceu até que o Getúlio<br />

precisou deixar o conjunto. Em seu<br />

lugar entrou o cantor e guitarrista<br />

José Ronaldo Nakamoto (Nado)<br />

que tinha participado do grupo Os<br />

Atômicos e que atualmente integra<br />

o Sweet Music. Com a chegada do<br />

Nado e com as novas músicas incluídas<br />

no repertório agora sob a sua<br />

responsabilidade, o estilo do grupo<br />

foi mudando, o que levou o Ney a<br />

incluir instrumentos de sopro. Então<br />

convidou o Vilcides José Alves Pedro<br />

(trompete) e Carlos Alberto de Aguiar<br />

Martins (Carlão Pepeta – Sax Tenor)<br />

ambos experientes e integrantes dos<br />

Intocáveis. Ney ainda trouxe para o<br />

grupo outro músico, o Antônio Carlos<br />

Modé (Sax Tenor). Estava assim completado<br />

o Musical N. C. Som, agora<br />

com um som mais pesado e adequado<br />

para bailes.<br />

Mucio conta que o conjunto teve<br />

alguns uniformes mas o que mais se<br />

destacou foi o terno branco que se<br />

realçava sob a luz negra. As “berinjelas”,<br />

como eram chamadas essas<br />

lâmpadas especiais, estavam sendo<br />

lançadas no mercado.<br />

Assim, o grupo foi aprimorando<br />

seu repertório para bailes, incluindo<br />

músicas de sucesso da época como:<br />

Pais Tropical, Zazueira, Aquele<br />

Abraço, Aquarius, Venus, Traces,<br />

Stormy, Raindrops Keep Falling On<br />

My Head, Reflections Of My Life e<br />

outras bem diversificadas. Uma das<br />

preferidas do Ney era “Blues Walk”<br />

tema de jazz muito tocado em samba<br />

na época, pelos músicos amantes da<br />

bossa nova. Ney usava essa música<br />

para apresentar seus músicos nos<br />

bailes. O Mucio acredita que nem o<br />

Ney sabia o nome da música. Fui pesquisar<br />

e descobri através do amigo<br />

e músico araraquarense Benedito<br />

Souza Antônio (Bê), grande pistonista,<br />

idealizador e líder da famosa Banda<br />

Ópus em Piracicaba. Tocamos muitos<br />

anos juntos nos velhos tempos.<br />

A presença do Musical N. C. Som<br />

era constante em clubes como o 22<br />

de Agosto (Av. Portugal), Associação<br />

dos Alfaiates em São Carlos, Grêmio e<br />

Ginástico em Rio Claro, Frigorífico em<br />

Barretos e inúmeras cidades do interior<br />

do Estado de São Paulo e norte<br />

do Estado do Paraná.<br />

CONTINUA NAS PÁGINAS SEGUINTES<br />

61|


Hoje os meus domingos<br />

São doces recordações<br />

Daquelas tardes de<br />

guitarras, sonhos e emoções<br />

O que foi felicidade, me<br />

mata agora de saudade...<br />

Era comum o conjunto ser contratado<br />

para fazer bailes com grandes<br />

artistas. No Ginásio de Esportes de<br />

São Carlos o N.C. Som acompanhou<br />

o cantor Paulo Sergio que estava<br />

fazendo grande sucesso. No São<br />

Carlos Clube acompanhou a cantora<br />

Nalva Aguiar e em Tatuí o cantor Almir<br />

Rogério que também se destacava.<br />

Beto Mucio e os demais entrevistados<br />

concordaram que um baile<br />

inesquecível foi em Ribeirão Preto no<br />

Clube Regatas, com dois conjuntos<br />

de Araraquara: Musical N.C. Som e<br />

The Jungles. Era o Baile do Havaí, ao<br />

ar livre e com direito a todas aquelas<br />

frutas típicas de praxe.<br />

Outro baile importante foi no<br />

Clube 27 de Outubro em nossa<br />

cidade, juntamente com o grupo<br />

Super Panorâmico de Ribeirão Preto,<br />

com a presença do excelente músico<br />

Alcebíades Spínola Filho (Bidinho)<br />

que se tornou conhecido internacionalmente.<br />

Então chegou uma época de<br />

Antes da apresentação, a chamada “passagem de som” entre os componentes do grupo<br />

grande preferência do público por<br />

eventos com grupos musicais. O conjunto<br />

então tocava de quinta-feira a<br />

domingo, inclusive à tarde em um<br />

lugar e à noite em outro. Mucio fala<br />

que de quinta-feira se apresentavam<br />

no diretório dos alunos da Faculdade<br />

de Odontologia da UNESP e nos<br />

outros dias da semana até domingo,<br />

revezavam entre O Barril e O Porão,<br />

dois pontos de encontro da juventude<br />

e dos casais, bastante concorridos<br />

em nossa cidade. Já os sábados eram<br />

reservados para os bailes.<br />

O grupo então passou por uma<br />

troca de baterista. O Chiquinho Batera<br />

deixou o Musical N.C. Som e foi para<br />

o The Jungles e o José Carlos Servino<br />

(Zé Sabaúna), deixou o The Jungles<br />

e foi para o Musical N.C. Som. Sem<br />

dúvida dois grandes bateristas.<br />

Pouco depois o Ney trouxe para<br />

o grupo o formidável guitarrista Luiz<br />

Antônio Pavan que com sua grande<br />

capacidade harmônica e improvisação,<br />

contribuiu sobremaneira para o<br />

sucesso do grupo. E com essa formação<br />

o N.C. Som foi até ao seu final.<br />

Os amigos músicos presentes<br />

neste inesquecível encontro, o Zé<br />

Sabaúna, Pavan, Vilcides, Nado e<br />

o nosso anfitrião Betão Mucio, são<br />

unânimes em afirmar que aquela foi<br />

uma época maravilhosa, de grande<br />

aprendizado, de conquistas de muitos<br />

amigos e que deixou saudades. Todos<br />

residem em Araraquara.<br />

O Ney há muito tempo mudou-se<br />

para Sorocaba.<br />

CURIOSIDADES<br />

Mucio e Ney Castellucci cantando em uma das apresentações do grupo<br />

• Beto Mucio conta que certa<br />

vez foram tocar em Limeira na Festa<br />

da Lagosta. Era tanta lagosta que o<br />

Chicão, motorista do conjunto, resolveu<br />

trazer uma para assustar o seu<br />

|62


Em 1969 foi realizado um desfile de modas na cidade com a apresentação de Ivan<br />

Roberto Peroni e o acompanhamento de Ney Castellucci<br />

pai. Duro foi aguentar o cheiro da<br />

lagosta durante a viagem toda.<br />

• Sabaúna diz que num ensaio<br />

o Modé chegou todo contente e<br />

falou: “O Vilcidão... como é que está<br />

Vilcidão? O Vilcides que estava com<br />

bronca dele respondeu: “Como estou<br />

ou deixo de estar é problema meu. Vai<br />

pra p. q. p.” Foi só risadas.<br />

• Sabaúna contou outra. Disse<br />

que foram tocar numa festa dos<br />

médicos no Clube 22 de Agosto,<br />

ainda na Avenida Portugal e o Pedro<br />

Rodrigues que era o empresário e<br />

muito brincalhão falou para o Carlão<br />

Pepeta: “Opa? Músico novo? Você eu<br />

não conhecia! Qual é a sua graça?”<br />

e o Carlão na maior inocência e talvez<br />

não entendendo bem a pergunta<br />

respondeu todo respeitoso e meio<br />

sem jeito: “A minha graça é rir.” E o<br />

Pedro Rodrigues respondeu na lata:<br />

“Então vai rir na p. q. p., seu moleque”.<br />

Novamente só risadas.<br />

• Outra contada pelo Sabaúna.<br />

O conjunto regressando de um baile<br />

e ele e o Vilcides sentados juntos no<br />

último banco da perua Kombi. O Zé<br />

querendo dormir e o Vilcides falando:<br />

“Porque na minha arma calibre 38 eu<br />

uso balas de tal tipo. Na minha arma<br />

calibre 45 uso balas desse outro tipo.<br />

Na minha outra arma de cano longo<br />

uso... O Zé interrompeu e disse: “Em<br />

todas as minhas armas uso um só<br />

tipo de balas: balas toffee”. O Zé disse<br />

que aí é que não dormiu mesmo. Teve<br />

que aguentar as broncas do Vilcides<br />

até o final da viagem. O Vilcides confirmou<br />

a história.<br />

• Esta quem contou foi o Pavan.<br />

Era um baile no Clube 22 de Agosto.<br />

Foram tocar a música El Presidente,<br />

sucesso da banda Herb Alpert’s<br />

Tijuana Brass. O clube cheio. O Pavan<br />

duvidando, desafiou o Vilcildes a tocar<br />

a música em pé sobre uma cadeira.<br />

No final da tarde, após<br />

rodada de boa conversa<br />

que durou horas, os<br />

músicos do antigo N.C.<br />

Som resolveram se unir<br />

em músicas que serviram<br />

para matar a saudade.<br />

Foi um tempo de<br />

felicidade que passou.<br />

O Vilcides não teve dúvidas. Subiu na<br />

cadeira e tocou. O público aplaudiu.<br />

Vilcides gostou.<br />

• Essa é do Mucio. Foram tocar<br />

um baile na cidade de Itaberá, na<br />

divisa com o Estado do Paraná. Uma<br />

chuva tremenda. Terminou o asfalto e<br />

ainda tinha uns 40 km de puro barro<br />

e chuva que não acabava mais. Todo<br />

mundo chic com uniforme de tergal<br />

e o Nado com uma calça, também<br />

de tergal, azul piscina e um sapato<br />

preto novo muito bonito de verniz.<br />

Nisso a Kombi encalhou naquele<br />

barro e os músicos tiveram que descer<br />

para empurrar. O Nado andando<br />

todo delicado, pisando na ponta<br />

dos pés, escolhendo o barro que ia<br />

pisar na noite escura e embaixo de<br />

chuva, de repente caiu num buraco,<br />

afundou no barro até a altura do joelho<br />

e ficou atolado. Não saia mais.<br />

Os outros empurrando a Kombi e<br />

os pneus jogando barro em todos.<br />

Quando conseguiram chegar no<br />

clube já era 23h30, molhados e com<br />

barro até nos cabelos. Era um baile<br />

de formatura e já tinha outro conjunto<br />

tocando. É claro que não tocaram,<br />

não receberam e ainda correram o<br />

risco de apanhar. Só ouviam o público<br />

gritando “Lincha, lincha...”. Agora o<br />

Mucio conta e todos relembram e<br />

riem muito...<br />

63|


LEMBRANÇA<br />

Tufich Haddad<br />

Até breve,<br />

amigo!<br />

Araraquara está entristecida<br />

com o falecimento de<br />

um dos seus mais nobres<br />

empresários: Tufich Haddad.<br />

Foi sepultado no dia 29 de março<br />

no Cemitério São Bento em Araraquara,<br />

o comerciante Tufich Haddad.<br />

O termo “comerciante” era como ele<br />

gostava de se identificar, trazendo<br />

essa simbologia desde os tempos do<br />

Armazém Santa Cruz, cujo tempo de<br />

trabalho dividia com os irmãos José e<br />

Chafik (Chafizinho).<br />

Anos mais tarde, com a concessão<br />

para revender produtos da Antarctica,<br />

ele tinha praticamente a metade da<br />

clientela centrada na Vila Xavier, a<br />

outra parte cabia aos Carvalho. Eram<br />

as únicas revendas para Araraquara<br />

e região. Por longo tempo o empresário<br />

Tufich - dançarino de mão cheia<br />

- sempre acompanhado da esposa<br />

Hadyha, se manteve envolvido pelos<br />

negócios, tornando-se pela sua trajetória<br />

um amigo dos mais queridos e<br />

respeitados.<br />

Sua morte não apenas entristeceu<br />

a cidade, mas amigos e parentes<br />

se manifestaram nas redes sociais<br />

como forma de carinho. Elias Chediek<br />

escreveu: “Querido tio Tufick Haddad,<br />

pessoa alegre, integra, um grande<br />

exemplo para todos nós, que constituiu<br />

uma Família maravilhosa, nossas<br />

homenagens”.<br />

Denise Haddad uma de sua filhas,<br />

postou uma mensagem em homenagem<br />

ao pai – “Hoje o céu está em<br />

festa! Uma estrela subiu para brilhar!!<br />

Meu amado pai com certeza está<br />

sendo recebido com uma orquestra<br />

angelical e flores pelos seres celestes<br />

Tufich nos deixou aos 94 anos de idade;<br />

levou com ele parte da história da cidade<br />

ancorando sua passagem de luz, para<br />

brilhar ainda mais l! Um pai e um homem<br />

extraordinário, que sempre esbanjou<br />

alegria pela vida!! Generoso,<br />

amoroso, protetor, otimista, dançarino,<br />

Querido por todos, amante da vida e<br />

da família. Com certeza deixou um<br />

legado de amor. Te honro!! Te amo!!!<br />

Siga na paz meu amado”.<br />

Deixou a esposa Hadyha e os filhos<br />

Marina, Gisela, Lenira, Denise, Mônica,<br />

Adilson e Fábio.<br />

A empresa<br />

Excelência em<br />

e direta!<br />

Mídia externa<br />

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Planejamento | Direcionamento | Equipe treinada e qualificada | Supervisores | Coordenadores<br />

e o mais importante: MELHOR CUSTO x BENEFÍCIO!<br />

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VIP<br />

VIDA SOCIAL por Maribel Santos<br />

Mais doçura e fé, por favor!<br />

Olá querido leitor! O mês de abril nos traz a principal celebração do ano litúrgico cristão<br />

e também a mais antiga e importante festa cristã: A Páscoa! A data determina todas as<br />

demais datas das festas móveis cristãs, exceto as relacionadas ao Advento. O domingo<br />

de Páscoa marca o ápice da Paixão de Cristo e é precedido pela Quaresma, um período<br />

de quarenta dias de jejum, orações e penitências. Mas, na prática ainda é assim? Em<br />

tempos tão nebulosos, com tanta intolerância e falta de amor, sinto a fé das pessoas<br />

enfraquecida. E, além disso, a família perdeu o rumo em relação aos conceitos mais<br />

importantes de moral e religiosidade. A maioria das crianças cresce como se fossem<br />

robozinhos, parecem plugadas em um dispositivo, não brincam mais e não recebem uma<br />

formação e uma educação adequadas. Carecemos de dias mais doces e recheados com<br />

muita fé. Uma feliz e santa Páscoa para todos!<br />

Super<br />

MULHERES EMPREEND<strong>ED</strong>ORAS<br />

DE ARARAQUARA<br />

Clube Araraquarense<br />

Vilma Roveri, Vera Lucia Zenatti,<br />

Marilene Ramos, Carmen Heloisa<br />

Marim, Wilma Zenatti e Francisco<br />

de Assis Peixe<br />

Marina Machado, Márcia Barbosa,<br />

Maisa Teixeira e Márcia Caffarelli<br />

Carolina Carvalho de Oliveira e<br />

Juliana Caracho Nunes Pestana<br />

são proprietárias da SweetPapinha.<br />

A empresa trabalha com o preparo<br />

de alimentação infantil saudável e<br />

traz para as mamães araraquarenses,<br />

praticidade e variedade. São papinhas<br />

doces, salgadas, lanchinhos e<br />

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podem ser obtidas através do telefone<br />

(16) 9.9242.7276.<br />

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Andrea Dresch é consultora<br />

comercial de seguros, com mais<br />

de dez anos de experiência está<br />

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Corretora de Seguros, que atua<br />

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Carrapicho Rangel e<br />

Maiara Estela Baggio<br />

65|


Maribel Santos<br />

VIPS<br />

EM DESTAQUE<br />

Antonieta Magalhães e Claides Soldado<br />

Viviane<br />

Aparecida<br />

Cereda e<br />

Luis Augusto<br />

Ferreira<br />

O casal Bottari, Wagner e Eneida<br />

Luciana Nascimento<br />

O casal<br />

Montoanelli,<br />

Marquinhos e<br />

Patrícia<br />

|66


Silvana Guilardi,<br />

Val Ribeiro<br />

e Elisangela Moura<br />

Humberto Gouvêa Figueiredo e Fabiana Delbone<br />

Regina Borin<br />

e Ge Zoom<br />

67|


VITRINE<br />

VITRINE<br />

DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

JOÃO CARLOS<br />

Angela, Sérgio Sanchez e Cláudio<br />

ANIVERSÁRIO<br />

Wanderlei Macris, deputado federal e Joel Aranha<br />

Lebrão, Teca Lombardi e Leila Valili<br />

ANIVERSÁRIOS<br />

Abril|<strong>2019</strong><br />

A diretoria do SINCOMERCIO cumprimenta todos os aniversariantes<br />

DATA<br />

NOME<br />

EMPRESA<br />

DATA<br />

NOME<br />

EMPRESA<br />

01/04<br />

01/04<br />

02/04<br />

02/04<br />

03/04<br />

06/04<br />

06/04<br />

07/04<br />

07/04<br />

08/04<br />

09/04<br />

09/04<br />

09/04<br />

10/04<br />

10/04<br />

12/04<br />

13/04<br />

14/04<br />

14/04<br />

15/04<br />

Giovanni Sardisco<br />

Maurício de Vechi<br />

Erika Maris Cataneu<br />

Gustavo Alcazan Parizi<br />

Mario Takechi Takatsui<br />

Raphael Haddad Tedde<br />

Suzana Conrado<br />

Antonia Regina Carascosa<br />

Gustavo Bonani<br />

Jeferson Honorio de Souza<br />

Anderson Botario Siqueira<br />

José Carlos Costa<br />

Raul Souza Sulzbacher<br />

Antonio Deliza Neto<br />

Custódia Souza Tomé<br />

Dorival Delbon Filho<br />

João Euclides Vilchenski<br />

Claudia Oliveira Rapattoni<br />

Douglas Aparecido Freire<br />

Maria Angelica de Freitas<br />

Giovanni Imóveis<br />

MEA de Vechi Prod. Terapeuticos<br />

Cataneu<br />

Alcatec<br />

DD. Diretor Sincomercio/SCPC<br />

MTS - Monitoram. de Alarmes<br />

Casa Du Óculos<br />

Auto Posto Vila Sol<br />

Limar Automóveis<br />

Agaeli Distr. Peças<br />

Micropro<br />

Varejão Passarinho<br />

DD. Diretor CECOMÉRCIO<br />

DD. Presid. Sincomercio/SCPC<br />

Jô Calçados<br />

Style Calçados<br />

Empório São João<br />

Oliver Folheados<br />

Lubrara<br />

Ótica Thiago<br />

17/04<br />

17/04<br />

18/04<br />

18/04<br />

19/04<br />

22/04<br />

22/04<br />

22/04<br />

23/04<br />

24/04<br />

24/04<br />

27/04<br />

27/04<br />

27/04<br />

28/04<br />

28/04<br />

29/04<br />

29/04<br />

30/04<br />

Anderson Cesar Marqueti<br />

Tarcisio de Freitas Alves<br />

Elaine Cristina Senhorini<br />

Marcos Teixeira dos Santos<br />

Sérgio Luis Bignotto<br />

Domingos Bonani Júnior<br />

Ivete Aparecida Caparelli<br />

Lúcia Helena G. Fanelli<br />

Omar Lopes Fernandes<br />

Miriam Pinto de Oliveira<br />

Rosa do Prado Mariano<br />

João Mahfuz Júnior<br />

José Antonio do Carmo Faria<br />

Maria Lais Ramos da Silva<br />

Carlos Alberto Magdalena Jr<br />

Marcos Rogério Eiras<br />

Rafael Ferreira Toqueiro<br />

Vaine Cortez Angelo<br />

Nelson Ferreira Pinto Júnior<br />

Habitus Academia<br />

Alves Auto Peças<br />

Portomaggiore Indústria<br />

Import Componentes<br />

Funerária Bom Jesus<br />

Limar Automóveis<br />

Móveis Caparelli<br />

P@pelaria.com<br />

Luma Engenharia<br />

Escola “Imac. Coração de Maria”<br />

Welckman Tintas<br />

J Mahfuz<br />

Constroeste<br />

Ramos Presentes<br />

Magdalena Imóveis<br />

JR Calçados e Chapéus<br />

Cesta Básica União<br />

Geração Mulher<br />

Aramix<br />

|68


Jô, Tavinho Quintão e João Portero<br />

Tavinho, Valdir Massucato e Giovani Peroni<br />

Sandra, Joel e Fábio Santiago<br />

Elaine Maria Sgaviolli e<br />

Valdir Massucato<br />

Luciana Fernandes e<br />

Marcelo Cavalcanti<br />

Jader de Oliveira e<br />

Juliana Crociari<br />

Luiz Alberto Pereira e<br />

Sinaida Pereira<br />

Dona Itália<br />

Secondino<br />

Beto Neves e Beto Placco<br />

69|


Luís Carlos<br />

Cidades sem almas<br />

As cidades são como as pessoas:<br />

elas possuem caras, personalidades,<br />

almas. O mundo moderno tornou-se<br />

pequeno depois que a comunicação<br />

entre os seres humanos se tornou instantânea.<br />

O tempo reduziu-se. No entanto,<br />

o contraste é sentido. O espaço<br />

não se modificou, ainda continua o<br />

mesmo tal como há milhares e milhares<br />

de anos.<br />

Essa instantaneidade aparente, espaço-tempo,<br />

leva-nos à falsa impressão<br />

de que, embora haja intenso intercâmbio<br />

cultural no mundo todo, na verdade<br />

as diferenças entre as cidades, e, por<br />

consequência entre seus habitantes,<br />

estão muito mais profundamente enraizadas<br />

do que se pensa.<br />

Para se comprovar isto basta apenas,<br />

por um determinado período,<br />

isolá-las umas das outras no tempo, e<br />

aí, à falta de alternativas, elas refluem<br />

tal como eram no passado, idênticas,<br />

muitas vezes, assim como as pessoas,<br />

infladas de preconceitos, que o verniz<br />

da civilização tentou esconder, mas<br />

que não sepultou definitivamente.<br />

Entretanto, com a estandartização<br />

mundial de tudo e de todos, as cidades<br />

estão perdendo suas características<br />

essenciais que fazem com que elas se<br />

diferenciam das demais, e isso não é<br />

bom. Elas estão tornando-se cidades<br />

sem almas. É preciso exaltar a diferença,<br />

porque se perdermos a identidade,<br />

perderemos tudo.<br />

As cidades possuem suas antigas<br />

ruas, com nomes de vultos do passado<br />

ou de moradores falecidos que acrescentaram<br />

algo aos seus conterrâneos<br />

e justamente por isso foram homenageados.<br />

Algumas possuem monumentos,<br />

casas tombadas pelas pessoas interessadas<br />

na preservação da história;<br />

outras ainda conservam seus antigos<br />

B<strong>ED</strong>RAN<br />

Sociólogo e cronista da Revista Comércio,<br />

Indústria e Agronegócio de Araraquara<br />

mercados ou as construções, algumas<br />

em ruínas, de suas abandonadas estações<br />

ferroviárias; outras, suas praças,<br />

seus coretos e suas centenárias árvores.<br />

A padronização de uma cidade tão<br />

somente para, como dizem, “acompanhar<br />

o progresso”, podem levá-las à extinção<br />

de sua história, de sua própria<br />

alma. Crimes ambientais cometem-se<br />

à beça, a pretexto da modernização de<br />

tudo. Um grande erro, muitas vezes de<br />

difícil, senão de impossível reparação.<br />

Logo perderemos também nossa<br />

língua, nossas tradições, nossos costumes.<br />

Hoje, visitar uma cidade, com<br />

algumas exceções, é como se já a conhecêssemos<br />

há tempos. Nada a diferencia<br />

das demais: um verdadeiro deserto.<br />

Não há nada de típico, do local,<br />

de produto da terra.<br />

Nas maiores os shoppings são<br />

todos iguais — quem conheceu um<br />

shopping apenas, conheceu-os todos,<br />

sem que seja preciso fazer esforço algum.<br />

Lojas da mesma rede, franquias,<br />

encontradas em todo o lugar. Nas menores,<br />

então, que poder-se-iam nelas<br />

encontrar a diferença, é aquela monotonia,<br />

parecendo até que seus moradores<br />

têm vergonha de nelas habitarem,<br />

quando deveria ser o contrário, muito<br />

orgulho mesmo.<br />

Algumas pequenas cidades faziam<br />

questão de ser apelidadas como hospitaleiras.<br />

É que no passado seus moradores<br />

acolhiam os visitantes, mas de<br />

tal forma, tão carinhosamente, que eles<br />

mesmos acabavam por se sentir tão integrados<br />

nelas quanto os autóctones,<br />

ou até mesmo mais. Fixavam residência,<br />

encontravam trabalho, constituíam<br />

família. E nunca mais as deixavam.<br />

É que a hospitalidade, nos vários<br />

povos, desde remotas eras, sempre<br />

foi considerada sagrada. O viajante, o<br />

peregrino, em suas andanças, seja de<br />

negócios ou para cumprir preceitos<br />

religiosos, percorria léguas e léguas,<br />

passava privações, mas depois eram<br />

recebidos e abrigados numa tenda ou<br />

numa cabana simples, habitadas por<br />

pessoas a eles desconhecidas.<br />

E a reciprocidade também era tida<br />

como sagrada. Essa tradição, mais<br />

do que milenar, depois foi ampliada<br />

a países e cidades, cujos migrantes e<br />

imigrantes eram recebidos de braços<br />

abertos. Em nosso país, os cientistas e<br />

desbravadores dos sertões nos séculos<br />

passados enfatizaram muito a acolhida<br />

amiga que sempre tiveram, mesmo<br />

nas casas humildes de caboclos que os<br />

hospedavam, dividindo até entre eles,<br />

irmanamente, as poucas provisões que<br />

tinham.<br />

A alta autoestima dos moradores<br />

deveria sempre comunicar-se às<br />

suas cidades, porque elas aí também<br />

teriam maior orgulho de si mesmas,<br />

maior amor-próprio. Georges Rodenbach<br />

(1855-1898), em “Bruges, a Morta”,<br />

disse que “As cidades, sobretudo, têm<br />

assim a sua personalidade, um espírito<br />

autônomo, um caráter quase exteriorizado<br />

que corresponde à alegria, ao<br />

amor novo, à renúncia, à viuvez. Toda<br />

cidade é um estado de alma e basta<br />

demorar-se nelas um pouco para que<br />

esse estado de alma se comunique, se<br />

nos propague num fluido que se inocula<br />

e se incorpora com a nuança do ar”.<br />

Raymond Willians (1921-1988) em<br />

“O campo e a cidade” (2011) faz uma<br />

comparação e contraste entre o campo<br />

e a cidade. O campo associa-se à<br />

paz, inocência e virtudes simples; mas<br />

também, um lugar de atraso, ignorância<br />

e limitação. A cidade, o centro de<br />

realizações, de saber, comunicações e<br />

luz; mas também um lugar de barulho,<br />

mundanidade e ambição.<br />

Cidades na verdade, são como gente:<br />

possuem cara, personalidade, caráter,<br />

amor-próprio, orgulho e vaidade.<br />

Quantas mesmo já não morreram?<br />

Têm aquilo que não se vê, mas se<br />

sente. Espírito, alma. Pobres daquelas<br />

que não as possuem.<br />

|70


71|


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