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GAZETA DIARIO 837

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10 Cidade Foz do Iguaçu, terça-feira, 2 de abril de 2019<br />

Carpe diem<br />

Idgar Dias Junior<br />

Olá! Bom dia, leitor!<br />

- Hoje, segunda-feira, dia 2º de abril, é celebrado o 'Dia<br />

Mundial de Conscientização do Autismo';<br />

- Também hoje é comemorado o 'Dia internacional do Livro<br />

Infanto-Juvenil';<br />

- A data também é de comemoração do 'Dia do<br />

Propagandista'.<br />

Meu Brasil brasileiro<br />

Comparto com os diletos leitores desta Gazeta o seguinte<br />

'post' publicado pelo site<br />

O Antagonista em 2018:<br />

"Em 19 de março de 1968, Orlando Lovecchio Filho, então<br />

com 22 anos, estava no estacionamento do Conjunto<br />

Nacional, para pegar o seu carro, quando foi colhido pela<br />

explosão de uma bomba que havia sido colocada no prédio<br />

por terroristas da Aliança Libertadora Nacional - o alvo era o<br />

consulado americano em São Paulo, então instalado no<br />

prédio da Avenida Paulista.<br />

Lovecchio Filho saiu vivo do atentado, mas perdeu parte de uma<br />

das pernas e não pôde seguir a carreira de piloto de avião.<br />

Ele entrou com uma ação na Justiça Federal, porque o autor<br />

do atentado terrorista recebe uma pensão vitalícia do Estado<br />

brasileiro três vezes maior do que a pensão especial que lhe<br />

foi concedida. Já é um escândalo que ex-terroristas recebam<br />

pensão por terem escolhido ser terroristas, mas sigamos com<br />

a história.<br />

Com a redemocratização, Lovecchio Filho pleiteou uma<br />

indenização junto à Comissão de Anistia, porque foi<br />

perseguido pelo regime militar como suspeito inicial do<br />

atentado. Para a sua surpresa, a Comissão de Anistia lhe<br />

exigiu uma prova de militância de esquerda.<br />

Mais: a Comissão de Anistia concluiu que o atentado<br />

terrorista havia sido "fatalidade", "acidente" -Lovecchio Filho,<br />

ora vejam só, "embrenhou-se por vias erradas" ao postular o<br />

pedido via Comissão.<br />

Não, não é piada: a vítima de um atentado terrorista se<br />

tornou culpada de um vago destino e um pedido formulado<br />

no balcão errado. É como responsabilizar a vítima de uma<br />

"bala perdida" por estar no lugar errado na hora errada.<br />

Lovecchio Filho entrou com uma ação na Justiça Federal e, em<br />

seguida, no TRF-3, mas os juízes de ambos os tribunais<br />

decidiram contra ele, alegando prescrição. Lovecchio Filho<br />

não entendeu nada, porque o STJ considerou que atos de<br />

exceção praticados durante o regime militar eram<br />

imprescritíveis.<br />

Neste exato momento, o seu último recurso - embargos de<br />

declaração - está no TRF-3. O juiz federal Paulo Sarno não acolheu<br />

o pedido de Lovecchio Filho, mas o julgamento foi interrompido<br />

por pedido de vista do desembargador Fábio Prieto.<br />

É um país do avesso".<br />

Meu Brasil brasileiro (2)<br />

Como visto, "o caso está no TRF3. O julgamento, parado há<br />

um ano, será retomado no [próximo] dia 11, com a<br />

apresentação do voto do desembargador Fábio Prieto".<br />

Comentário: Orlando Lovecchio Filho não tem amigos como<br />

tem José Dirceu, Gilmar Mendes ou Aécio Neves. É mais certo<br />

que perca a ação, pois como preconizou Maquiavel, 'aos<br />

amigos os favores, aos inimigos a lei'. Ultrajante!<br />

Contato: idgar_dias@hotmail.com<br />

Veja A Gazeta na internet: www.gdia.com.br<br />

E viva a terça-feira, leitor! Boa jornada e até amanhã!<br />

Sorte e saúde sempre!<br />

DIREITOS HUMANOS<br />

Município cria o Conselho de<br />

Promoção da Igualdade Racial<br />

Projeto de lei que fortalece políticas públicas de igualdade foi assinado ontem<br />

pelo prefeito Chico Brasileiro e agora segue para apreciação dos vereadores<br />

AMN<br />

Reportagem<br />

O prefeito Chico Brasileiro<br />

assinou, nessa segunda-feira,<br />

o Projeto de<br />

Lei nº 025/2019, que cria<br />

o Conselho Municipal de<br />

Promoção da Igualdade<br />

Racial de Foz do Iguaçu.<br />

O ato de assinatura ocorreu<br />

no Paço Municipal e<br />

contou com a presença<br />

da secretária extraordinária<br />

de Direitos Humanos<br />

e Relações com a Comunidade,<br />

Rosa Maria Jerônymo<br />

Lima, representantes<br />

do Haiti, Paraguai,<br />

Venezuela, Colônia Árabe<br />

de Foz do Iguaçu e<br />

afrodescendentes residentes<br />

do município. O<br />

projeto de lei segue agora<br />

para apreciação dos<br />

vereadores.<br />

"O conselho é um instrumento<br />

legal e de representação<br />

da sociedade<br />

que vai construir políticas<br />

públicas para que<br />

não fiquemos apenas na<br />

boa intenção. O Conselho<br />

da Igualdade Racial vem<br />

justamente para promover<br />

igualdade, não discriminar<br />

ninguém, empoderar<br />

e fazer que todos, independente<br />

de sua etnia,<br />

sejam respeitados. Uma<br />

sociedade civilizada é<br />

Prefeito Chico Brasileiro assinou ontem o projeto de lei que<br />

fortalece políticas públicas de igualdade<br />

uma sociedade que vive<br />

em paz, respeitando todos<br />

e todas", disse o prefeito.<br />

Entre os objetivos do<br />

conselho está a efetivação<br />

de políticas de promoção<br />

e defesa de direitos à<br />

igualdade racial com ênfase<br />

na população de pessoas<br />

afrodescendentes e<br />

outras etnias. Para Rosa<br />

Maria, secretária extraordinária<br />

de Direitos Humanos,<br />

a criação do conselho<br />

é uma importante<br />

ferramenta inclusiva, especialmente<br />

para Foz do<br />

Iguaçu, onde existem<br />

mais de 70 etnias.<br />

"A criação do conselho<br />

é um compromisso nosso<br />

assumido na Conferência<br />

Municipal da<br />

Igualdade Racial em 2017<br />

e que hoje consolidamos<br />

este processo, encaminhando<br />

o projeto à Câmara<br />

de Vereadores, que<br />

com certeza aprovará.<br />

Foz do Iguaçu é uma cidade<br />

muito diversa. Nós<br />

temos 72 etnias e infelizmente<br />

sofremos muito<br />

com o preconceito, a xenofobia.<br />

Avançar nas políticas<br />

públicas, poder ter<br />

um conselho que as pessoas<br />

pensem sobre isso,<br />

é melhorar a cidade e promover<br />

a paz", afirmou.<br />

O conselho também<br />

será um importante instrumento<br />

para o enfrentamento<br />

à discriminação<br />

racial e ainda para o recebimento<br />

e encaminhamento<br />

adequado de denúncias<br />

de crimes de intolerância,<br />

bem como o estabelecimento<br />

de campanhas<br />

informativas, cursos<br />

e outros eventos para a promoção<br />

da valorização da<br />

diversidade cultural, respeito<br />

às diferenças e promoção<br />

de uma cultura de<br />

paz em Foz do Iguaçu.

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