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GAZETA DIARIO 837

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Foz do Iguaçu, terça-feira, 2 de abril de 2019<br />

Cidade<br />

05<br />

EDUCAÇÃO<br />

Aulas em escolas interditadas<br />

de Foz retornam nesta terça, 2<br />

Mais de mil estudantes da Josinete Holler e Duque de Caxias voltam às<br />

aulas após uma semana de interdição das escolas<br />

Ronildo Pimentel<br />

Reportagem<br />

As aulas nas escolas<br />

municipais Josinete Holler<br />

Alves dos Santos e Duque<br />

de Caxias retornam à normalidade<br />

nesta terça-feira<br />

(2). As duas unidades de<br />

ensino de Foz do Iguaçu estavam<br />

interditadas desde<br />

segunda-feira (25). Nessa<br />

segunda-feira (1º), o juiz titular<br />

da 1ª Vara Federal,<br />

Sergio Luis Ruivo Marques,<br />

acatou a manifestação do<br />

Ministério Público Federal<br />

(MPF), que teve como base<br />

os laudos técnicos de vistoria<br />

apresentados pela prefeitura<br />

favoráveis ao retorno<br />

das atividades escolares.<br />

As unidades que integram<br />

a rede pública municipal<br />

de educação foram interditadas<br />

após o MPF alegar<br />

risco de colapso nas estruturas.<br />

A prefeitura nomeou<br />

uma comissão formada<br />

pelos engenheiros civis<br />

Laurindo Renó Costa e Valcir<br />

Lavinick, os quais analisaram<br />

as patologias existentes<br />

nas estruturas dos<br />

imóveis. O relatório norteou<br />

a manifestação do procurador<br />

Henrique Hahn<br />

Martins de Menezes.<br />

Justiça Federal autorizou a retomada das aulas em escolas interditadas de Foz do Iguaçu<br />

Em seu despacho, o magistrado<br />

da Justiça Federal<br />

destaca que acatou a manifestação<br />

do MPF. Em relação<br />

à Josinete Holler, que<br />

atende aproximadamente<br />

600 estudantes, foram listados<br />

defeitos na construção,<br />

como infiltrações em<br />

calhas, pátio interno com<br />

inclinação insuficiente para<br />

escoar as águas pluviais,<br />

entre outros.<br />

"Nenhum dos apontamentos<br />

de engenharia são<br />

suficientes à conclusão de<br />

riscos a pessoas, sendo tecnicamente<br />

chamados de problemas<br />

construtivos", ressalta<br />

o laudo analisado pelo<br />

procurador. Sobre as fissuras<br />

nas juntas de dilatação,<br />

ficou concluído que "tratase<br />

de recurso técnico de engenharia<br />

para dilatação ou<br />

contração térmica da estrutura,<br />

de maneira geral não<br />

apresentam riscos, neste<br />

caso apenas necessitam de<br />

tratamento".<br />

As demais fissuras na<br />

escola não apresentam riscos<br />

aos estudantes, funcionários<br />

e professores. "Foram<br />

encontrados problemas visíveis<br />

na estrutura que não<br />

interferem na utilização do<br />

prédio para o fim que se destina",<br />

relata o MPF. No entanto,<br />

o órgão alertou sobre<br />

a necessidade de uma<br />

"simples reforma", sem ser<br />

preciso suspender as atividades<br />

escolares. Os reparos<br />

necessários, segundo a prefeitura,<br />

já foram providenciados,<br />

e uma reforma terá<br />

início nesta semana.<br />

Duque de Caxias<br />

Em relação à unidade, que atende<br />

aproximadamente 440 estudantes, o<br />

procurador Henrique de Menezes<br />

concluiu que foram encontrados "riscos<br />

iminentes imprevisíveis de colapso do<br />

muro e das residências" ao fundo. Com<br />

base nisso, anotou a necessidade de<br />

remoção das quatro famílias "de maneira<br />

imediata" do local.<br />

Os vizinhos da escola foram notificados<br />

pela prefeitura quanto ao risco e à<br />

necessidade imediata de deixar os<br />

imóveis. Eles estão sendo realocados<br />

para outras residências e passarão a<br />

receber um auxílio emergencial do<br />

Instituto de Habitação (Fozhabita), no<br />

valor de R$ 750 por mês. O transporte<br />

para a mudança também foi<br />

disponibilizado pela autarquia.<br />

No entendimento do MPF, o procurador<br />

anotou ainda que, analisando a situação<br />

da escola, foram encontrados problemas<br />

visuais na estrutura que devem ser<br />

monitorados. "(...) sugere-se reparos na<br />

edificação, o que não importa suspensão<br />

de atividades, considerando que os<br />

reparos não são de grande monta, não<br />

necessitando uso de estruturas adicionais,<br />

o que caracteriza 'reforma'", disse.<br />

Determinações<br />

Em seu despacho, Sergio Marques<br />

determina um prazo de 15 dias para o<br />

município apresentar um plano técnico<br />

para monitoramento e reparação das<br />

estruturas das escolas. "Caso seja<br />

identificado o aumento na vulnerabilidade<br />

estrutural com risco de colapso, deve ser<br />

promovida a imediata interdição do<br />

edifício, sob pena de responsabilidade de<br />

gestores", anotou o magistrado.<br />

O município deve providenciar ainda o<br />

tratamento dos vícios construtivos, no<br />

prazo de 90 dias. Caso necessário,<br />

deverá promover a interdição parcial ou<br />

total das escolas e a relocação dos alunos<br />

para outras salas, "a fim de priorizar a<br />

reparação dos danos estruturais",<br />

escreveu Sergio Marques.<br />

Com relação ao muro do Duque de<br />

Caxias, o município deve implementar,<br />

com urgência, em 15 dias, as medidas<br />

administrativas para evitar risco à<br />

incolumidade física dos moradores do<br />

entorno, sob pena de eventual<br />

responsabilidade de seus gestores.

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