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06 Opinião Foz do Iguaçu, terça-feira, 2 de abril de 2019<br />
Balanço<br />
O general Silva e Luna, diretor-geral de<br />
Itaipu, ao fazer o balanço de seus primeiros<br />
dias na binacional, demonstra que é um gestor<br />
dedicado ao planejamento. Ele deu prioridade<br />
ao orçamento e à racionalização dos recursos.<br />
Levando em conta o tamanho de Itaipu, no sentido<br />
da abrangência social, deve haver muitas<br />
discussões sobre as atribuições contemporâneas<br />
e o que faz parte do compromisso formal<br />
da usina, especialmente quando o tema é "desenvolvimento<br />
regional". Neste caso, as regras<br />
são claras e bem pontuadas.<br />
Novas ações na saúde<br />
O prefeito Chico disse que irá melhorar o<br />
setor de saúde. A cada anúncio, o munícipe o<br />
imagina carregando uma cesta de ovos; cada<br />
ovo colocado lá deixa a cesta mais pesada. Com<br />
habilidade, o prefeito pode fazer uma grande<br />
omelete e agradar a todos, mas sem deixar cair...<br />
É por essas e outras a existência da palavra<br />
estratagema, a qual não tem relação direta com<br />
ovos, e sim com algo que acontece no campo<br />
das estratégias.<br />
Corte de energia<br />
A Copel optou por uma medida dura contra<br />
alguns moradores de favelas: cortou a energia.<br />
Neste caso não se trata de interromper o "fornecimento",<br />
até porque as ligações eram clandestinas,<br />
o que de certa forma configura furto. Quando<br />
a energia é desviada desta forma, acaba<br />
contabilizada na tarifa de toda a sociedade; e,<br />
como sabemos, a conta de luz já anda bem puxada<br />
ultimamente. O Corvo foi verificar a possibilidade<br />
de isso converter-se numa tarifa social, de<br />
maneira que as pessoas abaixo da linha da pobreza<br />
pudessem possuir pelo menos uma tomada<br />
e uma lâmpada acesa. A tarifa inclusive existe,<br />
mas o caso é que há famílias que possuem<br />
até aparelhos de ar condicionado, freezers, dois<br />
e até três aparelhos de TV, frigobar, e tudo em<br />
ligações improvisadas, muito perigosas por sinal.<br />
Pior, há quem faça o "gato" e depois<br />
"comercialize" um rabicho para os outros moradores.<br />
É muito triste isso, mas é verdade.<br />
Não vamos longe...<br />
Não são apenas as pessoas que vivem<br />
em condições primárias que fazem<br />
gambiarras. É verdade que muitas acabam<br />
fazendo as ligações como forma de subsistência,<br />
porque no inverno é preciso de um<br />
chuveiro e no alto verão pelo menos um<br />
ventilador. O caso é que, em 90% das<br />
residências, abusam das tomadas, enfiando<br />
nelas uma porção de ligações, o que é uma<br />
vergonha. Isso é um passo para um sinistro.<br />
Até o que chamam de "régua" em muitos<br />
casos não é o recomendado, ainda mais se<br />
for um produto sem o selo de garantia.<br />
Trote e multa<br />
É de imaginar uma barbaridade dessas?<br />
Saber que 20% das ligações diárias<br />
para órgãos como o SAMU, PM, SIATE são<br />
sacanagens, do tipo trote. Num caso assim,<br />
a multa de R$ 400 é muito baixa, não<br />
cobre os custos de deslocamento de uma<br />
ambulância com paramédicos e equipamentos<br />
caríssimos. No caso, a sanção penal<br />
deve ser também muito dura.<br />
Absurdo<br />
Se a média de trote é de 20% em alguns<br />
órgãos, é um abuso com relação ao<br />
Corpo de Bombeiros: a cada dez chamadas,<br />
duas são fakes, ou seja, falsas! Será<br />
que esses "sem-noção" imaginam que no<br />
deslocamento de uma equipe de bombeiros<br />
alguém pode perder a vida em outro<br />
local, em que há de fato uma ocorrência?<br />
Os sabidinhos é que se cuidem, pois o<br />
rastreamento das ligações possui perto<br />
de 98% de acerto.<br />
Movimento<br />
Corvo, é importante saber se realizarão<br />
obras de duplicação na BR-469 ou não,<br />
porque o movimento nos horários de pico<br />
é uma loucura. Imagino que o senhor tenha<br />
utilizado aquela via ultimamente. No<br />
mais, é muito estranho o fato de o principal<br />
acesso ser uma "pista única". A Av.<br />
Tancredo Neves, que possui um movimento<br />
até menor, por exemplo, é duplicada.<br />
Desculpe, mas a demora causa indignação<br />
em muitas pessoas. Faz mais de década<br />
que a gente ouve falar em duplicação.<br />
Leônidas Machado<br />
O Corvo responde: prezado, é verdade,<br />
a BR-600 (Avenida Tancredo Neves),<br />
que começa e termina no território de Foz,<br />
é totalmente duplicada, mas não devemos<br />
esquecer que ela foi construída como um<br />
eixo na construção de Itaipu, e as demandas<br />
não foram poucas. A BR-469, segundo<br />
consta, está no conjunto de obras da<br />
segunda ponte com o Paraguai, devendo<br />
receber atenção em breve, até porque será<br />
parte do leito integrada à perimetral. O<br />
Corvo conhece muito bem o movimento<br />
na via, sabe das dificuldades e acidentes<br />
que ocorrem ao longo dela, e isso semanalmente.<br />
A vida de quem mora próximo e<br />
precisa cruzar a estrada todos os dias é<br />
arriscada. Alguns veículos, em especial os<br />
que buscam gente no aeroporto, andam<br />
em velocidade muito alta. A duplicação<br />
daquele trecho deve ser encarada como<br />
uma prioridade.<br />
Parece mentira<br />
Prezado senhor Corvo, esses dias olhei para o chinelo e entendi<br />
que só ele resolveria o problema: meus netos, um de 8 e<br />
outro de 12 anos, estavam planejando um trote e chegaram a<br />
pegar o telefone. Claro, não bati neles, porque isso hoje é um<br />
crime, mas fiquei com muita vontade. Tive a lembrança dos tempos<br />
de infância e da professora de régua na mão. Vai ver por isso<br />
a minha geração é bem mais educada. E veja, Corvo, os meninos<br />
iam aplicar um trote na mãe, que estava trabalhando. O que será<br />
que motiva essas traquinices? Mas eu li no seu jornal que acontece<br />
coisa bem pior quando dão trotes em bombeiros. Que loucura!<br />
Nara Antônia Giusti<br />
O abuso na internet<br />
Ilustre e prezado senhor Corvo, pelo o<br />
que nos escreveu o Dr. Marcelo, o que não<br />
faltam são precedentes sobre essas barbaridades<br />
que praticam na internet. O que<br />
vejo, e isso pode ser uma colaboração, é<br />
que os magistrados poderiam dar a esses<br />
crimes um pouco mais de importância,<br />
porque as penas acabam sendo muito<br />
pequenas diante de crimes que abalam<br />
seriamente a honra das pessoas. Eu mesmo<br />
já fui vítima, e não foi por uma vez.<br />
Basta fazer algo de bom, que algumas pessoas<br />
não se conformam e caem de pau. E<br />
vem a decepção: depois de quase um ano<br />
brigando na Justiça, o ofensor é penalizado<br />
em pagar R$ 1.000 de multa! Considero-me<br />
duplamente ofendida, sobretudo ao<br />
saber que a minha honra vale tão pouco.<br />
Gostaria de uma visão do comentarista<br />
Dr. Marcelo sobre isso. Como avaliam essas<br />
multas? Nada contra os juízes, eles<br />
estão com as mesas cheias de trabalho,<br />
mas penas assim esmorecem o nosso crédito<br />
perante uma instituição tão importante<br />
e que, esperamos, faça Justiça.<br />
Nanda Brasil<br />
Rede social<br />
O que acontece nas redes sociais e na<br />
internet é uma liberdade que, além de não<br />
concedida, extrapola as condutas sociais.<br />
As pessoas sabem que não podem acusar<br />
outras em público e menos ofender, mas<br />
muitas vezes fazem questão de esboçar<br />
graves ofensas, pior, registrando-as, produzindo<br />
provas que serão irrefutáveis caso<br />
sejam processadas. Mas segundo uma estatística,<br />
a Justiça enfrenta uma grande<br />
demanda na área e algumas sentenças<br />
são pesadas e isso tem ajudado a diminuir<br />
as incidências e reincidências. As redes<br />
sociais prestam um grande serviço à<br />
informação e são um enorme cabedal de<br />
informações comportamentais; encurtam<br />
caminho, valorizam amizades, revelam<br />
bens culturais, propagam a paz e os bons<br />
costumes, revelam a genialidade que há<br />
em muitas pessoas. As redes sociais são<br />
um grande elo de igualdade, porque lá se<br />
manifestam pessoas de todas as classes<br />
sociais. Não devemos deixar de olhar o<br />
lado bom, por isso devemos combater as<br />
anomalias e deformações.<br />
Canudinhos<br />
A vereadora Nanci Rafagnin Andreola<br />
emplacou a lei de utilização de canudinhos<br />
biodegradáveis em Foz. Isso é um<br />
avanço! Aqui entre nós, que hábito mais<br />
abestalhado é esse de se alimentar chupando<br />
as coisas? Mas isso é mania antiga,<br />
de uns 3.500 anos antes de Cristo, na<br />
Suméria, onde, acreditem, já bebiam cerveja!<br />
Daí usavam os canudos para impedir<br />
a ingestão das substâncias usadas na<br />
fermentação e que, em geral, ficam boiando.<br />
Pelo visto a peneira foi inventada<br />
bem depois. Alguns fornecedores de alimentos<br />
vão precisar adaptar-se, como é<br />
o caso da rede McDonald's, em que o canudo<br />
parece ser indispensável. Dificilmente<br />
o humano vai deixar de lado um hábito<br />
que a estas alturas deve estar incorporado<br />
à genética.<br />
Sorteio do GDia<br />
No último domingo, dia 31 de março, Érica Amanda<br />
Bonfim, contemplada para o sorteio "Backstage<br />
Experience", no Parque das Aves, realizou o passeio<br />
pelas áreas restritas do sensacional atrativo, onde é<br />
possível acompanhar a alimentação de pássaros, como<br />
flamingos, tucanos e perdizes. Ela teve a companhia<br />
do namorado, Marcos José Ferreira, pois os sorteados<br />
ganham também o ingresso para um acompanhante.<br />
Depois da aventura, marcada por grande interação e<br />
aprendizado, eles apreciaram um delicioso lanche.<br />
Visitar o Parque das Aves, independentemente de<br />
sorteado pelo GDia, será uma grande experiência do<br />
bom convívio com a natureza e como devemos cuidála;<br />
talvez, além da preservação das espécies, esse<br />
seja o grande legado que o atrativo propõe.<br />
Rede marginal<br />
Na verdade, a internet se divide em cinco braços,<br />
segundo acredita este Corvo filósofo: conhecimento,<br />
entretenimento, opinião, informação e, tristemente, a<br />
desinformação. Há também o lado da formalização,<br />
pois há uma forte corrente na briga pela oficialização<br />
do meio para encurtar o caminho nas intimações, cobranças<br />
e todo o ambiente de publicações legais.<br />
Mas sobre as deformações, existe uma realidade: o<br />
que não é rede social é "rede marginal", um caminho<br />
nefasto utilizado por grupos e pessoas que sabem a<br />
influência que causam as notícias verdadeiras e o<br />
estrago que fazem as falsas. A "rede marginal" é aquela<br />
que sai das linhas nas quais permeia o comportamento<br />
social, determinado por regras e códigos. Quando<br />
isso deixa de ser respeitado, passa a tramitar na<br />
marginalidade, o que incomoda quem briga pela informação<br />
séria e comportamento digno do cidadão. A<br />
"rede marginal" é a causadora da prática de crimes<br />
graves, ameaças, racismo, homofobia, enfim, barbaridades<br />
ocorridas a cada minuto. Por outro lado, a<br />
tecnologia da internet também nos faz enxergar quem<br />
são os abestalhados que praticam os crimes, que muitas<br />
vezes não passam de covardes. Note bem, querido<br />
leitor: toda a vez que a "rede marginal" é afrontada,<br />
uma porção de integrantes se revolta; coloca a<br />
cara para fora do buraco onde vivem, de fazer<br />
"porquices", porque nada mais sabem fazer.<br />
Ovos de Páscoa<br />
Corvo, não posso mais ir ao supermercado com os<br />
meus filhos. Se fizer isso, vou antecipar a Páscoa,<br />
porque terei que, obrigatoriamente, levar ovos de<br />
Páscoa ainda na Quaresma. As crianças ficam em êxtase<br />
e nem outro tipo de chocolate diminui os ânimos.<br />
No mais, Corvo, há algo um pouco mais sério:<br />
cria-se expectativa, e o senhor já deu uma conferida<br />
no preço dos produtos dedicados à Pascoa? Um ovinho<br />
de chocolate, que no ano passado custava R$ 28, está<br />
com o preço de R$ 42! Impossível comprar. E no mais,<br />
Corvo, mal acabei de pagar parceladas as compras de<br />
Natal, já vou entrar na dívida da Páscoa, porque só<br />
pagando em dez vezes para conseguir agradar à criançada.<br />
Lucinda Trigueiro<br />
O Corvo responde: prezada leitora, o Corvo vai<br />
rotineiramente ao supermercado e confessa que está<br />
difícil até circular em alguns locais, sem levar uma<br />
"ovada" na cabeça. No sábado passado, este colunista<br />
chegou a ficar irritado, porque era impossível ler as<br />
placas que indicavam onde estavam os produtos. Mas<br />
é sempre assim: os ovos são caros no início das campanhas,<br />
mas na sequência entram no rol das promoções.<br />
O ideal é ficar de olho.