TRANSPORTE.LOG_77
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Informativo do SISTEMA FE<strong>TRANSPORTE</strong>S e SEST SENAT-ES<br />
Edição nº <strong>77</strong> • Março/Abril 2019<br />
Sob nova direção<br />
Vander Costa assume<br />
presidência da CNT e coloca<br />
a defesa do Sistema S como<br />
“prioridade zero”<br />
A entidade maior do setor de transportes<br />
está sob novo comando. Empresário mineiro<br />
do segmento de transporte rodoviário de cargas<br />
e logística, Vander Costa tomou posse<br />
como presidente da CNT (Confederação<br />
Nacional do Transporte) na quarta-feira, 27<br />
de março, em Brasília, e tem como missão<br />
tocar o legado deixado por Clésio Andrade,<br />
que manteve-se à frente da entidade por<br />
mais de 20 anos. A relação com a atividade<br />
transportadora ele traz no DNA, assim como<br />
a afinidade com o associativismo. Ainda<br />
assim, o empresário de fala mansa, mas de<br />
posicionamentos fortes – “O atual momento<br />
do Brasil é tenso. É preciso que nossas autoridades<br />
exerçam de forma efetiva a democracia,<br />
que tem como pilar a divisão em três<br />
poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário”,<br />
defende – admite que até pouco tempo atrás<br />
não imaginava um dia chegar onde chegou.<br />
Na semana da posse oficial, mesmo<br />
em meio a toda correria, Vander Costa<br />
concedeu a entrevista abaixo ao jornal<br />
“Transporte.Log”.<br />
Empresário mineiro do<br />
segmento de cargas e<br />
logística, ele admite que<br />
assumir a confederação<br />
era algo que, há pouco<br />
tempo, não fazia parte de<br />
seus planos. “Mas a história<br />
foi colocando a presidência<br />
em meu caminho”,<br />
confessa<br />
<strong>TRANSPORTE</strong>.<strong>LOG</strong> – Presidente Vander,<br />
como o senhor define sua relação com o<br />
setor de transporte?<br />
VANDER COSTA – Intensa! Vivo o transporte<br />
de cargas desde que nasci, acompanhando o<br />
trabalho de meu pai, Vicente Costa, que também<br />
me levava, ainda criança, às reuniões das<br />
instituições sindicais.<br />
Comecei a trabalhar numa empresa do segmento,<br />
a mesma que meu pai era sócio, em 1976. Em<br />
1982, houve uma cisão da mesma e fundamos a<br />
Vic, empresa da qual eu sou sócio. Como empresário,<br />
sempre gostei de acompanhar palestras,<br />
seminários e a legislação. E tive participação<br />
na formação de legislação do transporte, com<br />
destaque para a legislação de controle de jornada<br />
de motorista e reforma trabalhista. Minha vida<br />
profissional foi sempre dedicada ao transporte<br />
rodoviário, e agora vou tratar de todos os modais.<br />
O senhor imaginava um dia chegar a estar<br />
à frente da CNT?<br />
Não, isso não fazia parte de meus objetivos.<br />
Quando iniciei minha vida sindical, em 1993,<br />
meu maior sonho era presidir o Setcemg. E a<br />
história foi colocando a presidência em meu<br />
caminho. Em 1999, fui eleito diretor-secretário<br />
do sindicato na chapa presidida por José Julio.<br />
Cerca de ano depois, ele renunciou e os vice-<br />
-presidentes que deveriam assumir abriram<br />
mão da presidência, cabendo a mim terminar o<br />
mandado. Na sequência, fui eleito presidente<br />
do Setcemg por mais duas gestões. Depois,<br />
continuei colaborando como diretor e atuando<br />
na Fetcemg, tendo a oportunidade de também<br />
presidi-la por dois mandatos. Neste período<br />
passei a frequentar as entidades nacionais.<br />
Fui eleito vice-presidente da NTC&Logística<br />
nas três ultimas eleições e passei a ter conhecimento<br />
e participação nos problemas do<br />
TRC a nível Brasil.<br />
Quando o presidente Clésio manifestou sua<br />
intenção de deixar a presidência, por entender<br />
que já havia cumprido a sua missão, vi que a<br />
possibilidade de presidir a CNT era possível.<br />
Já há alguns anos, quando me perguntavam se<br />
era candidato sempre respondia que se fosse<br />
escolhido ou indicado aceitaria, sem, no entanto,<br />
me dedicar como um projeto pessoal. Os<br />
últimos anos serviram, de alguma forma, para<br />
eu me preparar. Em dezembro de 2018, quando<br />
fui indicado, me senti confortável para aceitar.<br />
Como se preparou para o cargo e qual a<br />
sua expectativa para o início do trabalho<br />
como presidente?<br />
Participei dos principais debates do transporte<br />
no Brasil. Quando olho para os últimos oito anos,<br />
vejo que minhas viagens de representação a<br />
Brasília foram frequentes. Estive representando<br />
a CNT, a pedido do presidente,no Supremo<br />
Tribunal Federal para defender a terceirização,<br />
no Ministério Público do Trabalho para tratar das<br />
fiscalizações nas empresas de transporte, na<br />
Câmara dos Deputados para cuidar da reforma<br />
da lei que regulamentou a profissão de motorista<br />
rodoviário. Enfim, me preparei atuando ativamente<br />
nos interesses do TRC, agora é ampliar<br />
para todos os modais. E o setor pode contar com<br />
minha dedicação em tempo integral.<br />
Quais serão suas principais agendas neste<br />
primeiro momento?<br />
Defesa do Sistema S, Reforma da Previdência,<br />
acompanhamento de perto das licitações de nosso<br />
setor (rodovias, ferrovias, metro, aeroportos,<br />
portos), marco regulatório, Reforma Tributária e<br />
relacionamento com os três poderes.<br />
Vivemos a era do conhecimento, com o<br />
mundo girando muito rápido, graças à tecnologia<br />
e à inovação. Dentro desse cenário,<br />
como o senhor vê o futuro do transporte?<br />
O transporte já mudou muito e continuará mudando.<br />
Veja o tamanho dos veículos que transportam<br />
cargas e passageiros. São maiores e melhores<br />
que os da década passada. A tecnologia vem a<br />
galope e temos que nos adaptar. Temos rastreamento<br />
de veículos e cargas de forma automatizada.<br />
Os passageiros chegam à estação e pelo<br />
painel sabem a hora exata que o transporte virá.<br />
Tudo isso é evolução! A CNT se preocupa com<br />
essa realidade e possui um grupo, formado por<br />
empresários e técnicos do sistema, com objetivo<br />
de acompanhar o que tem de mais moderno no<br />
transporte mundial e pensar como vai ser daqui<br />
a 10, 20, 30 anos. Além disso, vamos organizar<br />
viagens técnicas para conhecer o que há de<br />
melhor no setor pelo mundo.<br />
A CNT, o Sest Senat e o ITL estão preparados<br />
para esse futuro?<br />
Sim, estamos preparados e nos preparando, pois<br />
a única coisa eterna é a mudança e a preparação<br />
deve ser uma constante.
FE<strong>TRANSPORTE</strong>S<br />
PALAVRA DO PRESIDENTE<br />
Os presentes que o<br />
associativismo nos<br />
proporciona<br />
A vida nas entidades de classe, praticando o<br />
associativismo, é cheia surpresas, desafios, altos e<br />
baixos. Ao mesmo tempo em que estamos envolvidos<br />
nos mais diversos problemas do setor que representamos,<br />
podemos viver momentos de extremo prazer,<br />
entusiasmo, gratidão e alegria.<br />
Vivi esse momento de satisfação em 27 março,<br />
um dia igualmente importante para todo o setor de<br />
transportes. Estive em Brasília naquela quarta-feira,<br />
na companhia de familiares e amigos, para receber<br />
a Medalha JK na Ordem Grã-Cruz e tomar posse<br />
como membro do Conselho Fiscal da CNT. Mas meu<br />
compromisso não foi apenas aquele, já que na mesma<br />
solenidade o empresário mineiro Vander Costa<br />
assumiu a presidência da CNT.<br />
Para completar a noite, os empresários e dirigentes<br />
capixabas Liemar Pretti, outro defensor do<br />
associativismo, e Murilo Soares Andrade Lara também<br />
estavam entre os diretores recém-empossados. Pretti<br />
assumiu a Diretoria da Seção II do Transporte Rodoviário<br />
de Cargas e Andrade Lara é um dos diretores<br />
da Seção I do Transporte Rodoviário de Passageiros.<br />
A homenagem recebida me fez pensar em passado<br />
e futuro. Em passado porque foi graças ao trabalho e<br />
empenho de Clésio Andrade, ex-presidente da CNT,<br />
que conseguimos fundar a Fetransportes e abrir caminho<br />
para as unidades do Sest Senat-ES. E a parceria<br />
entre CNT, Sest Senat e Fetransportes vem marcando<br />
a história de nossa entidade, fundada em 1993.<br />
E em futuro porque estamos vivendo um novo<br />
momento da atividade sindical. O fim da contribuição<br />
obrigatória está nos fazendo olhar com outros olhos<br />
para o serviço que oferecemos às<br />
empresas. Precisamos reinventar<br />
o associativismo. E da mesma<br />
forma que estive ao lado<br />
do presidente Clésio ao longo<br />
dos últimos anos, reitero meu<br />
compromisso com a nova diretoria.<br />
Juntos, continuaremos<br />
batalhando pelo maior<br />
desenvolvimento do<br />
setor transportador.<br />
Jerson Antonio Picoli<br />
Presidente da Fetransportes<br />
Jerson Picoli foi o escolhido para receber a Medalha JK<br />
na categoria Grã-Cruz, a mais alta comenda do setor, e<br />
recebeu a homenagem das mãos do presidente da CNT,<br />
Vander Costa<br />
Homenagem de peso<br />
A noite da quarta-feira, 27 de março,<br />
não foi especial apenas para Vander<br />
Costa, que assumiu a presidência<br />
da CNT (Confederação Nacional do<br />
Transporte). Na mesma solenidade foi<br />
realizada a cerimônia de entrega da Ordem<br />
do Mérito do Transporte Brasileiro<br />
– Medalha JK. E o grande homenageado<br />
foi o presidente da Fetransportes e<br />
membro efetivo do Conselho Fiscal da<br />
CNT, Jerson Antonio Picoli, que recebeu<br />
a comenda na categoria Grã-Cruz.<br />
Além dele, outras 14 personalidades<br />
foram reconhecidas por sua atuação<br />
junto ao setor. A premiação, instituída<br />
em 1991, possui três graus de honraria:<br />
Grã-Cruz, Grande Oficial, que premiou<br />
sete pessoas, e a Oficial, outras sete.<br />
Picoli, que na edição de 2005 da<br />
Medalha JK recebeu a condecoração<br />
na Ordem Grande Oficial, enaltece a<br />
parceria com Clésio Andrade ao longo<br />
dos últimos anos e firmou compromisso<br />
com a nova diretoria (Confira entrevista<br />
com Liemar Pretti, um dos diretores da<br />
Seção II do Transporte Rodoviário de<br />
Cargas da CNT, na página 4).<br />
“A Fetransportes foi fundada em<br />
dezembro de 1993, graças ao trabalho<br />
e empenho do presidente Clésio, e a<br />
criação da federação abriu caminho<br />
para as unidades do Sest Senat-ES. De<br />
lá para cá, a parceria entre CNT, Sest<br />
Senat e Fetransportes não parou, temos<br />
grandes feitos e é com grande emoção<br />
que recebo essa honraria. Acompanhei<br />
Clésio Andrade, estou realizado com<br />
o que já fizemos até hoje e preparado<br />
para continuar a atuar lado a lado<br />
com nossa confederação, agora com<br />
o presidente Vander”.<br />
Em seu pronunciamento aos convidados,<br />
ele também destacou o trabalho<br />
ambiental desenvolvido pela entidade<br />
por meio do Programa Despoluir e falou<br />
pela primeira vez, nacionalmente, do<br />
Movitran – Movimento Capixaba para<br />
Salvar Vidas no Trânsito.<br />
“Sobre o Despoluir, as notícias<br />
são sempre as melhores possíveis!<br />
Nossa média anual de produtividade<br />
é 50% superior à meta estipulada pela<br />
coordenação nacional do programa<br />
e esses dados nos colocam entre as<br />
federações mais eficientes do programa”,<br />
ressaltou.<br />
E continuou o discurso, mas falando<br />
da novidade que tem movimentado<br />
a federação capixaba no último ano:<br />
o Movimento Capixaba para Salvar<br />
Vidas no Trânsito.<br />
“Estamos envolvidos no Movitran,<br />
voltado para implementar e desenvolver<br />
a segurança viária, com meta de salvar<br />
2085 vidas no Estado até o ano de 2028.<br />
Participam desse programa cerca de 40<br />
órgãos públicos estaduais, federais e<br />
municipais, além de empresas privadas<br />
e entidades sem fins lucrativos. E ainda<br />
este ano vamos lançar o Qualiseg, um<br />
Selo de Certificação em Segurança de<br />
Trânsito que visa reconhecer as empresas<br />
que tenham melhores práticas<br />
relacionadas à segurança viária”.<br />
PUBLICAÇÃO MENSAL DO SISTEMA FE<strong>TRANSPORTE</strong>S E SEST SENAT-ES Rua Constante Sodré, 265 - Santa Lúcia - Vitória - ES - CEP 29055-420<br />
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2 | <strong>TRANSPORTE</strong>.<strong>LOG</strong> | MARÇO/ABRIL 2019
FE<strong>TRANSPORTE</strong>S<br />
Motociclista: como frear<br />
a quantidade de mortes<br />
no trânsito?<br />
A moto é o veículo que mais mata no<br />
Brasil e o que mais gera indenizações, segundo<br />
dados referentes a 2017 levantados<br />
pela Seguradora Líder, empresa responsável<br />
pela gestão do seguro DPVAT (Seguro de<br />
Danos Pessoais Causados por Veículos<br />
Automotores de Via Terrestre). Apesar de<br />
serem causadoras de tantas fatalidades, as<br />
motocicletas representam apenas 27% da<br />
frota nacional, mas concentram 74% das<br />
indenizações do DPVAT. Outro fator que<br />
torna ainda mais relevante o tema refere-se<br />
ao perfil das vítimas ser entre 18 e 34 anos e<br />
concentrar 52% dos acidentes fatais e 54%<br />
dos acidentes com sequelas permanentes.<br />
Esses dados são alarmantes e acendem<br />
o sinal amarelo para que medidas sejam<br />
tomadas rapidamente com o objetivo de<br />
frear essas tragédias sobre duas rodas.<br />
Infelizmente, cenas de acidentes envolvendo<br />
motociclistas também fazem parte<br />
do dia a dia no Espírito Santo. Segundo<br />
dados do Detran-ES, a maior parte dos<br />
acidentes com vítimas no ano 2017 foram<br />
com motocicletas. Dos 24.241 acidentes<br />
com vítimas, 9.619 foram originados por<br />
motociclistas (39%). Nesse mesmo ano,<br />
a Seguradora Líder pagou 383.993 indenizações<br />
aos seguintes modais de transportes:<br />
285.662 Motocicleta (74%); 71.760<br />
Automóvel (19%); 13.165 Caminhões e<br />
picapes (3%); 6.973 ônibus, micro e van<br />
(2%) e 6.433 ciclomotores (2%).<br />
“Neste contexto, registramos ainda<br />
os dados do Observatório Capixaba de<br />
Segurança de Trânsito da Sesp (Secretaria<br />
de Estado da Segurança Pública e<br />
Defesa Social), com aumento nos casos<br />
de vítimas fatais envolvendo motos. Os<br />
acidentes com motos representaram 47%<br />
dos casos registrados no mês de janeiro<br />
Segundo dados do Detran-ES, dos 24.241 acidentes<br />
com vítimas registrados no ano de 2017, 9.619 foram<br />
originados por motociclistas<br />
de 2019”, disse o Consultor de Trânsito da<br />
Fetransportes, André Cerqueira.<br />
O especialista defende que é preciso dar<br />
mais atenção ao tema. “Se formos analisar<br />
os anos anteriores, como a estatística de<br />
2012, a participação de indenizações, em<br />
âmbito nacional, por meio de motocicletas<br />
era 58% do total. Agora saltou para 74%.<br />
O cenário para os próximos anos também<br />
não é positivo e a tendência natural é que<br />
as mortes e lesões permanentes com motociclistas<br />
sejam ainda maiores. De acordo<br />
com dados da Abraciclo (Associação<br />
Brasileira de Fabricantes de Motocicletas,<br />
Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas<br />
e Similares), se o risco de morrer em uma<br />
colisão de automóvel já é significativo, a<br />
depender das circunstâncias do acidente,<br />
sobre uma motocicleta as chances são 20<br />
vezes maiores. E o número sobe para 60<br />
vezes se a pessoa não estiver usando o<br />
capacete, item obrigatório pela legislação”.<br />
Muitas vezes reconhecido pela sociedade<br />
como vilão em meio ao trânsito,<br />
uma grande parte dos acidentes tem o<br />
motociclista como vítima da inadequada<br />
condição de infraestrutura para suportar<br />
todos os atores do ecossistema de mobilidade,<br />
o que torna o trânsito um ambiente<br />
de competição por espaços, ao invés de<br />
ser adotada a cultura de cooperação.<br />
Risco elevado<br />
Além das lesões relacionadas ao acidente<br />
típico ou de trajeto, destacam-se<br />
também os demais riscos ambientais para<br />
os motociclistas, associados às doenças<br />
ocupacionais, em especial aqueles que<br />
trabalham durante longas horas conduzindo<br />
motos em atividades de motofrete<br />
ou mototáxi.<br />
Considerando a Norma Regulamentadora<br />
9, referente aos riscos ambientais<br />
que conforme sua natureza, concentração<br />
ou intensidade e tempo de exposição são<br />
capazes de causar danos à saúde do<br />
trabalhador, destacam-se: Físicos: ruído<br />
elevado, variações térmicas e vibração<br />
devido ao equipamento; Químicos: pela<br />
inalação de poeira, fuligem, gases e vapores<br />
do ambiente viário; Biológicos: contato,<br />
principalmente de nariz, boca e olhos, com<br />
micro-organismos presentes no ar e no<br />
solo; e Ergonômicos: por conta da postura<br />
sobre a moto, que pode levar a lesões por<br />
esforços repetitivos.<br />
Surgimento<br />
de referências<br />
mundiais<br />
Atividades profissionais, como motofrete<br />
e mototáxi, tiveram seu surgimento<br />
após os anos 90. Por conta dos congestionamentos,<br />
se tornaram uma ferramenta de<br />
trabalho para transportar pequenos volumes<br />
ou pessoas. Entretanto, até hoje não há<br />
um marco regulatório para tratar de forma<br />
abrangente, coerente e efetiva essa questão.<br />
É o que preocupa André Cerqueira.<br />
“Se por um lado o transporte motorizado<br />
sobre duas rodas parece-nos uma solução de<br />
mobilidade, baixo custo e maior agilidade,<br />
por outro a conta com as indenizações, despesas<br />
hospitalares, despesas com centros de<br />
reabilitação, perdas produtivas do trabalho e<br />
impacto social da vítima e familiar nos parece<br />
ser bem superior ao outro lado da balança.<br />
Em pouquíssimos países, classe mundial em<br />
segurança de trânsito, observamos tantas<br />
motos em circulação na vias municipais e<br />
rodovias com atuação profissional. E quando<br />
existem são submetidos ao rigor da lei de<br />
trafegabilidade. Um bom exemplo vem de<br />
Londres, na Inglaterra, onde o seguro para<br />
moto é mais caro e obrigatório. Além disso,<br />
são exigidas roupas especiais para maior<br />
proteção e o cumprimento legal da lei”,<br />
explicou Cerqueira.<br />
Medidas para<br />
salvas vidas<br />
no trânsito<br />
O transporte por moto conquistou um<br />
espaço relevante nos últimos 25 anos,<br />
sendo uma alternativa econômica relevante<br />
frente ao crescimento dos congestionamentos<br />
nas grandes metrópoles e<br />
até mesmo nos interiores, substituindo<br />
o transporte por animais.<br />
“Entretanto, um marco regulatório<br />
por intermédio de uma discussão multidisciplinar<br />
mais ampla dos diversos<br />
intermodais do ecossistema de mobilidade<br />
certamente seria uma excelente alternativa<br />
para soluções mais eficazes para o<br />
transporte, em especial quanto a fatores<br />
de segurança viária, segurança veicular,<br />
ampliação das medidas de fiscalização e<br />
educativas”, completou André Cerqueira.<br />
MARÇO/ABRIL 2019 | <strong>TRANSPORTE</strong>.<strong>LOG</strong> | 3
TRANSCARES<br />
Diretor da CNT focado<br />
no desenvolvimento,<br />
respeito e lucro das<br />
empresas capixabas<br />
Após duas gestões bem-sucedidas à<br />
frente do Transcares, em que implantou<br />
Planejamento Estratégico, intensificou<br />
a interiorização das ações do sindicato,<br />
ampliou o trabalho de articulação e apostou<br />
forte na divulgação “extramuros” da<br />
entidade, dentre outras estratégias eficazes,<br />
Liemar Pretti alçou voos mais altos<br />
e acaba de tomar posse como Diretor<br />
da Seção II do Transporte Rodoviário de<br />
Cargas da CNT (Confederação Nacional<br />
do Transporte).<br />
Pretti, que também é Diretor Operacional<br />
de Carga Fracionada do Transcares, faz<br />
parte da diretoria do novo presidente da<br />
Luz no fim do túnel<br />
O fim do Compete foi um duro golpe<br />
para o segmento de transporte rodoviário<br />
de cargas e logística. Na prática,<br />
o término do prazo de fruição, em 31<br />
de dezembro de 2018, impactou cerca<br />
de 112 empresas capixabas. E junto<br />
com a perda do incentivo fiscal veio a<br />
frustração. Mas a Resolução 19/19 do<br />
Confaz (Conselho Nacional de Política<br />
Fazendária), que reeditou o Compete<br />
para o segmento até 31 de setembro<br />
deste ano, reaqueceu os ânimos e foi<br />
tema de uma reunião entre o presidente,<br />
o superintendente e o assessor jurídico<br />
do Transcares, Marcos Furtunato, Mario<br />
Natali e Marcos Alexandre Alves Dias,<br />
respectivamente, com o secretário de<br />
Estado de Fazenda, Rogélio Amorim, e<br />
o subsecretario de Logística, Transportes<br />
e Comércio Exterior da secretaria<br />
de Estado de Desenvolvimento, Adson<br />
Thiago, na sexta-feira, 29 de março, na<br />
sede da Sefaz.<br />
Conhecedor da realidade do segmento,<br />
Furtunato reiterou ao secretário<br />
Amorim a importância do governo do<br />
Estado fazer a adesão desse novo prazo<br />
de fruição e garantir o Compete por mais<br />
alguns meses, proporcionando, ainda,<br />
um ânimo renovado às empresas que<br />
perderam o incentivo.<br />
CNT, Vander Costa, e assumiu o cargo no<br />
dia 27 de março, em solenidade realizada<br />
na sede da confederação, em Brasília. O<br />
presidente do sindicato, Marcos Furtunato,<br />
e o superintendente, Mario Natali, acompanharam<br />
de perto o evento.<br />
Convidado pelo próprio Costa, quando<br />
ele ainda era candidato a presidente,<br />
e animado com o desafio, ele acredita na<br />
experiência adquirida ao longo dos últimos<br />
anos para realizar ações que proporcionem<br />
mais desenvolvimento, respeito e lucro às<br />
empresas capixabas.<br />
Confira a seguir a entrevista que o dirigente<br />
concedeu ao jornal “Transporte.Log”.<br />
“Nosso encontro foi bastante positivo.<br />
O secretário Rogélio, que conhece o<br />
cenário com o Compete em vigor, ouviu<br />
nossa reivindicação e tanto ele quanto<br />
a Sedes receberam dois relatórios do<br />
setor que retratam o cenário positivo<br />
vigente durante do prazo de fruição<br />
desse instrumento de competitividade,<br />
nos anos de 2017 e 2018, e submeterá<br />
o pleito do Transcares ao governador<br />
Renato Casagrande”, contou Marcos<br />
Furtunato.<br />
O presidente aproveitou o encontro<br />
e também solicitou ao secretário<br />
de Fazenda a possibilidade da Sefaz<br />
desenvolver um estudo sobre o sistema<br />
de apuração do crédito presumido,<br />
hoje de 20%, para um percentual mais<br />
competitivo que abarcaria vários setores<br />
e atenderia a todos de forma mais justa.<br />
“Entendemos que esta seria uma<br />
ação de otimização da competitividade<br />
das empresas frente a outros estados que<br />
trabalham com vários tipos de subsídios<br />
e, assim, criam dificuldades para o segmento<br />
capixaba de cargas e logística. E<br />
como a Secretaria da Fazenda tem em<br />
mãos o cenário de todos os setores produtivos,<br />
sugerimos que eles preparem<br />
uma proposta ouvindo outros segmentos<br />
produtivos”, explicou Mario Natali.<br />
Liemar Pretti (D) tomou posse na mesma noite em<br />
que Jerson Picoli recebeu a Medalha JK. O presidente<br />
do Transcares, Marcos Furtunato (E), acompanhou a<br />
cerimônia nacional<br />
<strong>TRANSPORTE</strong>.<strong>LOG</strong> – Liemar, você fez duas<br />
ótimas gestões à frente do Transcares.<br />
Acha que a experiência adquirida pode<br />
ajudar neste novo desafio?<br />
LIEMAR PRETTI – Toda experiência ajuda,<br />
mas os dois mandatos à frente do Transcares<br />
farão, sim, a diferença, pois nestes<br />
últimos seis anos conheci e aprendi muito<br />
a respeito do segmento. Ainda tenho<br />
muito a aprender, contudo a bagagem<br />
de conhecimento que consegui até aqui<br />
colocarei ao dispor do presidente Vander,<br />
e seus desafios também serão meus.<br />
Você está ao lado de grandes nomes do TRC,<br />
representando o Estado e o segmento na<br />
CNT. Como se sente? É o reconhecimento<br />
do trabalho bem feito à frente do Transcares?<br />
Estou me sentindo orgulhoso, feliz e preparado,<br />
acredito que junto com os demais<br />
diretores poderemos ajudar bastante o<br />
setor de transportes. E sim, acho que o<br />
convite é o reconhecimento pelo trabalhado<br />
que nossa diretoria e toda equipe do<br />
Transcares ajudou a desenvolver durante<br />
os seis anos em que tive a oportunidade<br />
de estar à frente da entidade.<br />
Como pretende ajudar o segmento e o<br />
Transcares estando diretor da confederação?<br />
Nosso trabalho é apoiar e trabalhar as<br />
ações que envolvam o TRC no Brasil e as<br />
demandas do Transcares em nosso Estado.<br />
E vamos trabalhar juntos, CNT, Sest Senat<br />
e ITL, buscando crescimento para as empresas<br />
e suas equipes, e para o mercado.<br />
E como espera marcar sua atuação?<br />
Para falar a verdade, não estou preocupado<br />
em marcar minha atuação. Minha<br />
preocupação é desenvolver e realizar<br />
ações que proporcionem ao transporte<br />
rodoviário de cargas do Espírito Santo<br />
desenvolvimento através da qualificação<br />
profissional das empresas. Desejo<br />
que nosso segmento seja cada dia mais<br />
respeitado, por meio de empresas com<br />
resultados melhores, investindo cada vez<br />
mais em tecnologia, qualificação e com<br />
resultados realmente positivos, ou seja,<br />
com lucro. Não quero mais ver transportadoras<br />
fechando por não saberem<br />
cobrar do mercado o valor que pague<br />
seus custos. Nosso segmento, e principalmente<br />
as empresas capixabas, não<br />
sabem cobrar pela prestação de serviços<br />
que prestam. Nosso trabalho, portanto, é<br />
continuar buscando esta conscientização<br />
e, lógico, atuar forte na articulação.<br />
MARÇO/ABRIL 2019 | <strong>TRANSPORTE</strong>.<strong>LOG</strong> | 5
SEST SENAT<br />
O meio ambiente agradece!<br />
Durante o mês de fevereiro, o Sest<br />
Senat de Cariacica e de São Mateus<br />
desenvolveram atividades dentro da<br />
campanha de responsabilidade socioambiental.<br />
As programações temáticas<br />
movimentaram as unidades, mas<br />
quem ganhou mesmo com as ações<br />
foi o meio ambiente. As equipes conseguiram<br />
ajudar a natureza ao fazer<br />
um trabalho de conscientização junto<br />
à população e ainda recolheram lixo<br />
nas praias, garrafas pets e, de quebra,<br />
utilizaram esse material descartável<br />
para confecção de vassouras ecológicas.<br />
Confira como aconteceu essa<br />
jornada na Grande Vitória e no Norte<br />
do Estado.<br />
Troca de pets por brindes<br />
Em Cariacica, o processo de recolhimento<br />
de garrafas pet iniciou dia 1º de<br />
fevereiro e a equipe entregou um brinde –<br />
uma caneca de material reciclado ou uma<br />
camisa da campanha – aos 30 primeiros<br />
usuários que levaram seis garrafas à unidade<br />
Aylmer Chieppe.<br />
Ao final do período programado, a unidade<br />
recolheu cerca de 300 garrafas com<br />
a ajuda de 45 participantes. “A quantidade<br />
recolhida ultrapassou a média prevista,<br />
que era de 200. Mesmo após essa ação,<br />
nossa unidade ainda está recebendo as<br />
pets e entregamos em um local adequado<br />
para que seja realizada a reciclagem. Além<br />
disso, é fundamental a sequência desse<br />
tralho, pois utilizamos parte do material<br />
arrecadado em atividades com os jovens<br />
aprendizes”, frisou o Promotor de Esporte<br />
e Lazer, Guilherme Setimi.<br />
Atletas trocam<br />
piscina pela praia<br />
A equipe de natação da unidade trocou<br />
as braçadas por uma caminhada<br />
nas areias da Praia da Costa, em Vila<br />
Velha, para recolher lixo e conscientizar<br />
banhistas sobre a importância da preservação.<br />
No dia 9 de fevereiro, 10 atletas<br />
percorreram a orla por quatro horas e o<br />
trabalho valeu a pena! Foram recolhidas<br />
sacolas plásticas, guimbas de cigarros,<br />
garrafas e pedaços de madeira. O montante<br />
encheu dois grandes sacos de lixo<br />
e despertou a atenção dos banhistas. E a<br />
mensagem que esse time campeão deixa<br />
é de que as pessoas precisam ter mais<br />
responsabilidade com seu lixo e que reciclar<br />
é fundamental para a preservação<br />
ambiental.<br />
Funcionários e familiares do Sest Senat de Cariacica fizeram uma caminhada ecológica no Morro do Moreno, um dos<br />
pontos turísticos de Vila Velha<br />
Caminhada ecológica<br />
Funcionários e familiares da unidade<br />
Aylmer Chieppe realizaram uma caminhada<br />
ecológica no Morro do Moreno, em Vila<br />
Velha. Além de curtir a vista, o time distribuiu<br />
brindes e recolheu lixo no local. O<br />
esquadrão do bem contou com 55 pessoas.<br />
“A campanha de responsabilidade socioambiental<br />
já é fantástica, e envolver as<br />
pessoas da unidade nessas ações é muito<br />
importante, pois demonstra o quanto a<br />
empresa se importa com a sustentabilidade.<br />
Por ser uma ação voluntária, todos<br />
os participantes sentiram prazer em estar<br />
presentes”, comemorou a Técnica em Formação<br />
Profissional, Regilane Destefani.<br />
Outro que curtiu a experiência foi o dentista<br />
George Bueno. “Ações como esta nos<br />
colocam em contato direto com a natureza<br />
e nos lembram como somos responsáveis<br />
pelo cuidado com o meio ambiente”.Após o<br />
sucesso dessa ação, a unidade vai realizar<br />
novas caminhadas ecológicas em outros<br />
pontos da Grande Vitória.<br />
Vassouras sustentáveis<br />
As vassouras construídas com garrafas<br />
pet foram feitas com a ajuda dos participantes<br />
do Projeto Vivendo Bem a Melhor<br />
Idade, da própria unidade. Os trabalhos<br />
ocorrem às segundas-feiras e também<br />
são realizadas atividades como bordado,<br />
crochê, pinturas, entre outros. O projeto<br />
conta com a participação de 45 pessoas<br />
e as vassouras recicláveis foram doadas<br />
ao grupo que se envolveu na ação.<br />
Ações nas empresas<br />
Finalizando o mês de fevereiro, foram<br />
realizadas ações nas turmas de cursos do<br />
Senat e nas empresas do setor, com informações<br />
sobre a economia do gasto com o<br />
diesel, redução de emissão de poluentes e<br />
economia do custo com a manutenção dos<br />
veículos. Uma das abordagens aconteceu<br />
na Transportadora Americana, em Viana.<br />
Em São Mateus...<br />
No sábado, 2 de fevereiro, teve programação<br />
especial em Guriri. O Sest Senat<br />
de São Mateus realizou a 1ª Caminhada<br />
Ecológica Guriri Plástico Zero. O evento<br />
fez parte da programação nacional Menos<br />
é Mais, que tem como objetivo dialogar<br />
sobre sustentabilidade, consumo, segurança,<br />
poluição e economia. O time invadiu<br />
a praia mais badalada da região e coletou<br />
150kg de lixo: copos, canudos, tampa de<br />
garrafas pet, guimbas de cigarro, coco,<br />
garrafas de cerveja, cadeiras quebradas,<br />
tampas de garrafas e até frascos de entorpecentes.<br />
“Apesar da grande quantidade de material,<br />
a abordagem com o público foi bem<br />
tranquila. Procuramos os banhistas que<br />
estavam em grupos e que tinham resíduos<br />
próximos. Alguns já carregavam sacolas<br />
para recolher o próprio lixo e os que não<br />
tinham pegaram conosco. Todos foram<br />
bem solícitos e parabenizaram o Sest<br />
Senat pela iniciativa”, disse o coordenador<br />
de Promoção Social, George Pirola.<br />
O diretor do<br />
Sest Senat de<br />
São Mateus,<br />
Nelson<br />
Hespanha<br />
Borges Filho,<br />
também<br />
colocou a mão<br />
na massa<br />
durante a 1ª<br />
Caminhada<br />
Ecológica Guriri<br />
Plástico Zero<br />
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SEST SENAT<br />
Sest Senat vira inspiração<br />
para colaboradora<br />
Conheça e apaixone-se pela<br />
história da carioca Bianca<br />
Licastro da Silva, que veio<br />
para o Estado em busca de<br />
uma nova oportunidade de<br />
emprego e conseguiu muito<br />
mais do que isso...<br />
“Além de ser uma pessoa incrível, ela<br />
realmente é a cara do Sest Senat: engajada,<br />
empolgada e gosta muito do que<br />
faz! Fiz o processo seletivo do qual ela<br />
participou, em 2016, e acompanho sua<br />
evolução constante na instituição! Ela nos<br />
representa com doçura, empatia e disponibilidade<br />
para ajudar ao próximo. É sempre<br />
lembrada pelos colegas de trabalho e pelos<br />
clientes da unidade”. Esse é o depoimento<br />
da gerente da unidade da Serra, Fernanda<br />
Amabili, sobre uma funcionária muito especial:<br />
Bianca Licastro da Silva. E esta é mais<br />
uma história que vale a pena acompanhar.<br />
Bianca nasceu no Rio de Janeiro, tem<br />
26 anos e há pouco mais de dois veio para<br />
o Espírito Santo em busca de uma nova<br />
oportunidade de emprego. E acabou encontrando<br />
o que procurava no Sest Senat,<br />
onde ocupa uma vaga para PCDs (pessoas<br />
com deficiência). Na equipe de Fernanda<br />
Amabili ela atua como auxiliar administrativo<br />
e a experiência que compartilha é<br />
contagiante!<br />
“Sou carioca e meus pais descobriram<br />
cedo que eu tinha deficiência auditiva<br />
bilateral. Portanto, fui educada como<br />
uma pessoa com necessidades especiais,<br />
cercada de carinho e superprotegida. Por<br />
sorte, fui matriculada em uma escola regular,<br />
que contribuiu para meu desenvolvimento.<br />
Minha vida sempre foi guiada para eu<br />
estudar para arrumar emprego. Terminei o<br />
Ensino Médio e fui trabalhar no comércio.<br />
Achava que minha vida estava boa até ficar<br />
desempregada. Meus tios, que moram aqui<br />
no Estado, perceberam minha angústia e<br />
me convidaram para morar com eles, mas<br />
com a condição de eu arrumar um emprego,<br />
estudar e ser independente. Foi a partir<br />
desse momento que as coisas começaram<br />
a mudar”, recorda.<br />
Bianca aceitou o desafio e partiu de<br />
mala e cuia para Jacaraípe, na Serra. Ganhou<br />
motivação extra graças à promessa<br />
de um novo emprego no comércio, conforme<br />
entrevista que havia feito, por telefone,<br />
antes de embarcar.<br />
“Cheguei insegura, pois era a primeira<br />
vez que saía de casa. Cidade nova, pessoas<br />
estranhas, enfim, um mundo novo. Trabalhei<br />
uma semana no comércio e nessa mesma<br />
semana meus tios me informaram da vaga<br />
para auxiliar administrativo PCD no Sest<br />
Senat. Fiquei insegura porque nunca tinha<br />
A auxiliar administrativo entre os colegas de trabalho da<br />
área de qualificação profissional. Ela diz que o convívio<br />
diário com pessoas que disseminam educação a inspirou<br />
na escolha da profissão que pretende exercer: pedagoga<br />
atuado no setor administrativo, mas movida<br />
pela vontade de crescer profissionalmente,<br />
encarei o desafio. No novo cargo, passei<br />
a auxiliar os instrutores, coordenar os<br />
alunos, lidar com processo administrativo<br />
relacionado à educação e comecei a sentir<br />
uma profunda admiração por aqueles profissionais<br />
que fazem com que a educação<br />
não tenha apenas um aspecto profissional,<br />
mas acima de tudo, entendem como multiplicação<br />
de conhecimentos”.<br />
Sempre muito animada, Bianca disse<br />
que o convívio diário com pessoas que disseminam<br />
educação a inspirou na hora de<br />
escolher a profissão que pretende exercer.<br />
“Serei pedagoga. Estou cursando o<br />
quinto período da faculdade e convicta de<br />
que esse é meu caminho. O Sest Senat é<br />
muito importante em minha vida. Não apenas<br />
mudou meu presente, dando sentido ao<br />
meu passado, como ampliou os horizontes<br />
por meio de exemplos da equipe a qual<br />
pertenço. Esse time me inspira e ensina a<br />
fazer meu melhor para também proporcionar<br />
o melhor aos trabalhadores do setor<br />
de transportes e suas famílias, bem como<br />
à comunidade em geral. Por isso que me<br />
orgulho em vestir essa camisa”.<br />
Psicoterapia ajuda borracheiro com problemas emocionais<br />
Buscar atendimento psicológico é uma<br />
atitude de muita coragem e despojamento,<br />
já que demanda abrir a vida para um<br />
profissional e acreditar que ele detém o<br />
conhecimento e a técnica necessária para<br />
auxiliar na resolução de problemas que<br />
causam sofrimento. Foi exatamente isso<br />
que levou Nelcino Gomes dos Santos,<br />
aposentado do setor de transportes, até<br />
o serviço de Psicologia do Sest Senat de<br />
Cachoeiro de Itapemirim.<br />
Após encerrar suas atividades na oficina<br />
onde trabalhava como borracheiro, ele passou<br />
a desenvolver ansiedade, medo e baixa<br />
tolerância à frustração, e percebeu que as<br />
emoções estavam mais à flor da pele. Por<br />
isso foi orientado por familiares a recorrer<br />
à assistência psicológica e bastaram seis<br />
sessões para sentir os impactos positivos<br />
do trabalho realizado pela profissional Nayra<br />
Monteiro Cruz.<br />
O ex-borracheiro, de 56 anos, conta<br />
como o atendimento psicológico o ajudou<br />
a encarar os desafios e aponta ainda as<br />
principais mudanças ocorridas após iniciar<br />
a terapia. “Eu era muito brigão. Hoje<br />
vejo que não valeu a pena. E a terapia<br />
tem me ajudado muito. Consigo refletir<br />
antes de agir e evito conflitos. Muita<br />
coisa já mudou. Tenho aprendido a me<br />
controlar e evito ver as coisas de forma<br />
mais explosiva. Já consegui melhorar as<br />
minhas relações, cuidando das coisas<br />
que estão ao meu alcance. Tenho feito<br />
de tudo para me controlar, sem apavoramento”,<br />
revelou.<br />
Animado com o progresso, ele diz que<br />
agora até indicaria o serviço psicológico<br />
aos colegas de profissão. “Recomendo a<br />
todas as pessoas que vejo que precisam<br />
desse espaço. Falar traz muito alívio. Ter<br />
um lugar para receber orientações tem feito<br />
muita diferença na minha vida e se deu<br />
certo para mim, lógico que vou recomendar<br />
para que outras pessoas também possam<br />
ser melhores”.<br />
A psicóloga elogia os avanços de Nelcino,<br />
mas faz questão de destacar: “Mesmo<br />
com bons resultados, é importante ressaltar<br />
que ele ainda está em acompanhamento,<br />
já que novas demandas comportamentais<br />
e emocionais aparecem cotidianamente.<br />
Ainda assim é importante afirmar que estamos<br />
animados com o sucesso dele”.<br />
Apesar de fazer questão de destacar que Nelcino Gomes<br />
continua em tratamento, Nayra Monteiro admite que a<br />
equipe do Sest Senat de Cachoeiro está animada com os<br />
resultados positivos dele
SEST SENAT<br />
Segurança e reforço a mais contra<br />
certificados falsos<br />
Sest Senat inclui QR code nos certificados<br />
dos cursos que ministra que não têm ligação<br />
com o Detran. A ajuda tecnológica vai permitir<br />
comprovar a veracidade dos treinamentos<br />
A Polícia Civil do Amazonas prendeu,<br />
mês passado, uma quadrilha especializada<br />
em produzir e vender certificados falsos<br />
do Curso de Movimentação de Produtos<br />
Perigosos (MOPP), necessário para habilitação<br />
de motoristas de carga perigosa junto<br />
ao Departamento Estadual de Trânsito do<br />
Amazonas (Detran-AM). Como o Sest Senat<br />
é a instituição que ministra curso em vários<br />
estados brasileiros e só depois da capacitação<br />
adequada os condutores podem<br />
solicitar ao Detran a inclusão na Carteira<br />
Nacional de Habilitação (CNH), a Operação<br />
Nota Zero chamou a atenção e acendeu<br />
o sinal de alerta para o problema não se<br />
TL<br />
O8 DE MARÇO – DIA INTERNACIONAL<br />
DA MULHER – não passou despercebido<br />
no Sest Senat da Serra. A equipe da<br />
unidade recebeu clientes para uma roda<br />
de conversa sobre o papel da mulher na<br />
sociedade, as dificuldades enfrentadas<br />
ao longo dos anos e os grandes desafios<br />
que ainda existem nos dias de hoje. E<br />
depois disso, as participantes ainda<br />
tiveram dicas de maquiagem, lanche<br />
e voltaram para casa com presentes.<br />
espalhar por todo o território<br />
nacional. Até porque<br />
a polícia começou<br />
a investigar o caso<br />
após o próprio Detran-AM<br />
notar que<br />
vários motoristas<br />
e solicitantes do<br />
curso estavam<br />
entregando documentos<br />
falsos<br />
para conseguir<br />
a habilitação. O<br />
fato de existir uma<br />
procura muito grande<br />
de condutores querendo incluir o MOPP<br />
na CNH também gerou suspeitas.<br />
É importante destacar que cada certificado<br />
emitido pelo Sest Senat referente<br />
aos cursos da norma 168 do Conselho<br />
Nacional de Trânsito (Contran), tais como<br />
MOPP, transporte escolar, transporte de<br />
passageiros e cargas indivisíveis, entre<br />
outros, possui um código único e exclusivo<br />
e qualquer instituição pode conferir sua autenticidade.<br />
Entretanto, essa verificação só<br />
é possível de forma “manual”, ou seja, entrando<br />
em contato com a unidade emissora<br />
do certificado. Lá no site nacional do Sest<br />
Senat (www.sestsenat.org.br) é possível<br />
encontrar a lista com todas as unidades e<br />
os telefones de contado de cada uma delas.<br />
Ajuda tecnológica<br />
Disposto a diminuir cada vez mais o<br />
número de fraudes, recentemente o Sest<br />
Senat incluiu nos certificados de todos os<br />
outros cursos que não têm ligação com o<br />
Detran, como por exemplo os de máquinas<br />
e equipamentos, válidos e auditados pelo<br />
Ministério do Trabalho, e os das NRs, um<br />
QR code que permite aos agentes fiscaliza-<br />
dores realizar a identificação<br />
e veracidade<br />
do mesmo, de forma<br />
digital. Para isso, basta<br />
ter um aparelho celular com<br />
acesso à internet e ter instalado<br />
qualquer programa de<br />
leitura de QR code.<br />
O supervisor do Conselho<br />
Regional do Sest Senat-ES, Marco<br />
Rocha, se preocupa com a situação e diz<br />
que as empresas contratantes devem fiscalizar<br />
a documentação dos funcionários<br />
que tenham relação com a norma 168 do<br />
Contran.<br />
“As empresas que têm em seus quadros<br />
motoristas que necessitam de qualificação<br />
especializada com base na norma<br />
168 do Contran devem ter muito cuidado<br />
ao recrutar e selecionar os profissionais.<br />
Um desses cuidados é verificar a validade<br />
dos cursos e a veracidade do documento.<br />
Existem muitos profissionais que estão com<br />
certificados falsos e cabe às empresas<br />
checar se está tudo dentro da lei para que<br />
não tenham problemas com a fiscalização<br />
dos órgãos competentes. As unidades do<br />
Sest Senat estão aptas a informar se o<br />
certificado é ou não verdadeiro”.<br />
Segundo Rocha, a inclusão do QR code,<br />
implementada no ano passado, veio para<br />
reforçar a segurança já oferecida pelo código<br />
individual dos certificados dos outros<br />
cursos ofertados pela entidade. “Isso tem<br />
facilitado bastante o trabalho de rastreio<br />
de sua autenticidade e se torna mais uma<br />
ferramenta de combate à fraude”.<br />
Você quer falar com as unidades capixabas do Sest Senat?<br />
Fique ligado em nossos contatos:<br />
Acompanhe nossas notícias nas fanpages das unidades.<br />
Sest Senat de Cariacica (27) 2123-3450<br />
Sest Senat de Serra (27) 3246-2300<br />
Sest Senat de Cachoeiro de Itapemirim (28) 2101-0100<br />
Sest Senat de Colatina (27) 2101-8000<br />
Sest Senat de São Mateus (27) 3767-6100<br />
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