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Localizado no bairro do Salto, o edifício que abrigava a
escola paroquial, foi construído na década de 1940, teve
vários outros usos, como salão para dança, facção e
atualmente sedia alguns eventos da paróquia. Neste
edifício, originalmente, havia uma varanda junto à
fachada frontal.
Devido à entrada de um grande número de imigrantes
italianos, no final do século XIX, escolas foram
construídas, com intuito de educar os colonos aos
moldes da cultura sul rio-grandense, evitando a
adulteração da cultura local (BOBBIO, 1998).
Acredita-se que este tipo de inquietação deva ter gerado
também nas cidades catarinenses, a necessidade da
criação de espaços que abrigassem funções educativas.
De acordo com Posenato (1983), a arquitetura da
imigração possuía linguagem própria, distinguindo-se das
demais expressões arquitetônicas brasileiras de todas as
épocas. Essa particularidade se deu através da
combinação de materiais e técnicas construtivas que
resultaram em uma notável expressão plástica que tendia
à simetria e simplicidade, limitando somente ao
essencial os elementos construtivos por meio de uma
ornamentação discreta.
A forma de construir adotada pelos imigrantes italianos
tornou-se uma característica marcante da arquitetura da
imigração, pois o método construtivo adotado variava de
acordo com a disponibilidade de materiais que o local
oferecia.
Este edifício apresenta traços do estilo arquitetônico
neoclássico, marcação de um pórtico com frontão, eixo
de simetria e ritmo na distribuição das aberturas com
desenhos diversificados, modelo que veio para o Brasil
junto com a corte portuguesa, consolidou-se e expandiu
através da sistematização de seu ensino com a
inauguração da Imperial Academia de Belas Artes, em
1826 (MIRANDA et al., 1995).
Estas características neoclássicas estiveram presentes em
todo o Brasil por todo o século XIX, sendo que após a
Proclamação da Independência a arquitetura firmou-se
em duas tipologias, a versão neoclássica da corte e a
provinciana simplificada, feita por escravos (REIS FILHO,
1976).
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