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EMPRESAS PORTUGUESAS<br />
EM ÁFRICA<br />
APOIOS:
©<br />
ESPECIAL<br />
EMPRESAS PORTUGUESAS EM ÁFRICA<br />
ENQUADRAMENTO<br />
OS<br />
GRANDES<br />
DESAFIOS DO<br />
CONTINENTE<br />
AFRICANO<br />
O INVESTIMENTO NO CAPITAL HUMANO E FÍSICO QUE PERMITA CRIAR POSTOS<br />
DE TRABALHO É O MAIOR DESAFIO DOS PAÍSES AFRICANOS, ASSINALA O FMI<br />
144 MAIO 2019
LISTA DE OBJECTIVOS<br />
NECESSIDADE DE POLÍTICAS ADEQUADAS AO REFORÇO DO MECANISMO DE<br />
TRANSMISSÃO MONETÁRIA, REMOÇÃO DE BARREIRAS AO COMÉRCIO, ATAQUE<br />
AOS FLUXOS DE FINANCIAMENTOS ILÍCITOS SÃO ALGUNS DOS OBJECTIVOS<br />
IDENTIFICADOS COMO SENDO PRIORITÁRIOS PARA O CONTINENTE<br />
R<strong>ed</strong>uzir significativamente as vulnerabilidades<br />
do continente associadas<br />
à dívida pública e privada foi também<br />
uma das grandes necessidades<br />
apontadas pelo Grupo Consultivo<br />
do Fundo Monetário Internacional<br />
(FMI) para África, quando se reuniu<br />
em Abril último em Washington,<br />
perante a presença da directora<br />
da instituição, Christine Lagarde.<br />
«Neste contexto, concordamos que os países<br />
[<strong>africa</strong>nos] precisam de criar margens orçamentais,<br />
precisam de aumentar a resiliência e de criar<br />
condições para um crescimento elevado e inclusivo,<br />
passando pela remoção de obstáculos à igualdade de<br />
género», afirmou o comunicado conjunto assinado<br />
pela directora do FMI e pelo presidente do Grupo<br />
Consultivo, Kenneth Ofori-Atta.<br />
A necessidade de políticas adequadas ao reforço<br />
do mecanismo de transmissão monetária; a remoção<br />
de barreiras ao comércio, incluindo no âmbito do<br />
Acordo de Livre Comércio Africano; o ataque aos<br />
fluxos de financiamentos ilícitos, a par do reforço de<br />
governance e do aumento da eficiência da máquina<br />
fiscal fazem parte da lista de objectivos que foram<br />
identificados como sendo prioritários por parte do<br />
Grupo, para o continente.<br />
Na altura, Christine Lagarde garantiu que «o<br />
Fundo manterá o estreito envolvimento com os seus<br />
membros <strong>africa</strong>nos e que continuará a apoiar os<br />
esforços das autoridades na supressão dos desafios<br />
macroeconómicos e estruturais e assim como no<br />
alcance de um crescimento forte, durável e inclusivo<br />
que promova o crescimento do mercado de trabalho».<br />
Um alerta, de reto, para um continente que continua<br />
a apresentar crescimentos abaixo do necessário para<br />
a criação de emprego.<br />
O presidente do Grupo Consultivo, Kenneth Ofori-<br />
-Atta encorajou, pelo seu lado, os Estados membros<br />
<strong>africa</strong>nos a manterem os compromissos com as<br />
reformas estruturais, mas, ao mesmo tempo, não<br />
deixou de apelar à paciência do Fundo na condução<br />
dos seus programas, sempre que for demonstrado<br />
o compromisso das autoridades em relação aos<br />
objectivos e sucesso dos programas.<br />
DE NOTAR:<br />
EVOLUÇÃO DA CONSTRUÇÃO<br />
O mais recente estudo sobre “Africa Construction Trends<br />
Report”, conduzido pela Deloitte concluiu que o ano de 2017<br />
foi caracterizado por mais volume e menos investimento em<br />
construção no continente Africano, com os sectores dos<br />
transportes e imobiliário a dominarem. Destacamos aqui<br />
as principais conclusões do estudo:<br />
O sector da construção em África registou um crescimento de<br />
5,9% no número total de projectos (de 286 para 303), embora<br />
em termos de valor tenha decrescido 5,2% face ao ano anterior,<br />
fixando-se agora nos 307 mil milhões de dólares (273,8 mil<br />
milhões de euros).<br />
A região da África Austral foi a que reuniu o <strong>maio</strong>r número<br />
de projectos (93), enquanto a região da África Ocidental fixou<br />
os mais valiosos – total de 98,3 mil milhões de dólares (87,6 mil<br />
milhões de euros).<br />
Embora o número de projectos nesta região tenha registado<br />
algum crescimento, o que é facto é que o valor dos mesmos<br />
diminuiu de 93,5 (83,4) para 89,7 mil milhões de dólares (80<br />
mil milhões de euros), ou seja, um decréscimo de 4,1%, um<br />
resultado influenciado pela suspensão da construção da<br />
refinaria do Lobito, em Angola.<br />
Grande parte dos projectos de construção nesta região<br />
estão localizados na África do Sul (47%), em Angola (14%)<br />
e em Moçambique (13%).<br />
O sector dos transportes foi o que reuniu o <strong>maio</strong>r número de<br />
projectos de construção no continente <strong>africa</strong>no (36%), seguido<br />
pelo imobiliário (22%) e energia (19%).<br />
Embora a percentagem de projectos no sector do petróleo e<br />
gás tenha permanecido baixa (4%), este continua a destacar-se<br />
como sendo o mais valioso, representando 25% do valor total<br />
(76,9 mil milhões de dólares, o equivalente a 68,6 mil milhões<br />
de euros) do continente.<br />
Os governos continuam a ser responsáveis pela promoção<br />
da <strong>maio</strong>ria dos projectos de construção em África (73%),<br />
mas também as entidades que mais financiaram (27%).<br />
EXECUTIVE DIGEST.PT 145
©<br />
ESPECIAL<br />
EMPRESAS PORTUGUESAS EM ÁFRICA<br />
DELTA CAFÉS<br />
UMA RELAÇÃO<br />
COM DOIS SENTIDOS<br />
REPRESENTANDO CERCA DE 10%<br />
DAS VENDAS DO GRUPO NABEIRO NO<br />
MUNDO, É DE ÁFRICA QUE CHEGA O<br />
CAFÉ, MATÉRIA-PRIMA DE PRODUTOS<br />
MUITO APRECIADOS MUNDIALMENTE<br />
Foi em 2000 que a Angonabeiro, empresa<br />
do Grupo Nabeiro, começou a<br />
actuar no mercado angolano na área<br />
do comércio e da indústria, com as<br />
marcas de café Ginga e Delta, os<br />
produtos Adega Mayor, Qampo e a<br />
água Vimeiro. Quase duas décadas<br />
depois, a Angonabeiro detém uma<br />
posição de liderança consolidada do<br />
mercado de cafés torrados em Angola<br />
que abrange os segmentos de grão, moído e cápsulas.<br />
Ainda que o café tenha uma base de consumo r<strong>ed</strong>uzida,<br />
«sentimos que o nosso empenho em divulgar<br />
o produto tem contribuído para o crescimento da<br />
categoria em Angola», sublinha Rui Miguel Nabeiro,<br />
administrador do Grupo Nabeiro – Delta Cafés.<br />
Hoje a Angonabeiro é «uma empresa presente em<br />
várias categorias de produto e comprometida com a<br />
qualidade que oferece aos consumidores em várias<br />
áreas de negócio». Comercializa os Cafés Delta,<br />
Delta Q e Ginga e também as marcas de chá Deltea<br />
e Tetley. Está presente na categoria de vinhos, azeites<br />
e vinagres com a marca Adega Mayor e detém a<br />
marca Qampo (com azeitonas, tremoços e pickles).<br />
Ciente da importância de se adaptar ao mercado,<br />
o Grupo Nabeiro que tem, nestes últimos anos, di-<br />
146 MAIO 2019
DELTA NO MUNDO<br />
A DELTA CAFÉS COLOCA CAFÉ PROVENIENTE DE<br />
ANGOLA EM VÁRIOS LOTES, QUE EXPORTA PARA MAIS<br />
DE 30 PAÍSES NO MUNDO. A ÁREA INTERNACIONAL<br />
REPRESENTA 33% DO TOTAL DE FACTURAÇÃO<br />
versificado o portfolio de produtos<br />
comercializados através de novas<br />
categorias que fazem sentido para<br />
o mercado angolano (as massas alimentares<br />
Marimba, a representação<br />
do azeite Serrata e de Dan Cake,<br />
entre outras). «Estas categorias<br />
têm contribuído positivamente<br />
para o crescimento do negócio e<br />
para o fornecimento do mercado<br />
com produtos de qualidade e a<br />
preços competitivos e ajustados<br />
ao consumidor», salienta Rui<br />
Miguel Nabeiro.<br />
As marcas Delta Cafés e Ginga<br />
são as referências Top of Mind<br />
da categoria de café em Angola.<br />
«O consumidor está a despertar<br />
para o consumo de café e podemos<br />
dizer que tem vindo a alterar<br />
hábitos nos últimos anos e está<br />
agora muito mais envolvido com<br />
a categoria. Já compreende que o<br />
café lhe oferece o benefício chave<br />
da energia natural que o ajuda a<br />
enfrentar o dia-a-dia com mais<br />
ânimo e vitalidade.» No entanto,<br />
Rui Miguel Nabeiro acr<strong>ed</strong>ita<br />
que a categoria tem ainda muito<br />
espaço para crescer em Angola e<br />
que vai continuar a crescer nos<br />
próximos anos.<br />
Para isso há todo um trabalho<br />
que tem vindo a ser feito no sentido<br />
de “<strong>ed</strong>ucar” os consumidores mais<br />
jovens para beber e apreciar o café<br />
expresso. Esse trabalho passa pela<br />
degustação do produto, havendo<br />
degustações frequentes em eventos<br />
e locais públicos, de forma a criar<br />
referências de sabor no consumidor<br />
e estimular o hábito de consumo.<br />
Depois há a presença junto dos<br />
locais onde esse consumidor está.<br />
«Estamos em mais de 250 pontos<br />
>> O cantor<br />
Anselmo Ralph<br />
desenvolveu uma<br />
música específica<br />
para o café<br />
Delta Q<br />
de venda de retalho e em mais de<br />
600 pontos de venda de hotelaria,<br />
restauração e institucional»,<br />
recorda Rui Miguel Nabeiro que<br />
lembra que têm uma equipa de<br />
vendas d<strong>ed</strong>icada por canal (Horeca,<br />
Retalho, Foodservice e Institucional)<br />
sendo mais de 90% dos 118<br />
colaboradores da Angonabeiro de<br />
nacionalidade angolana.<br />
Ao nível de promoção, este ano<br />
estão também a apostar em dinamizar<br />
o canal online com parceiros<br />
com experiência nesta área.<br />
Aliás, recentemente foi lançado<br />
o café Ginga 3+1 com uma opera-<br />
>> Rui Miguel Nabeiro, administrador<br />
do Grupo Nabeiro – Delta Cafés<br />
ção de retalho formal e informal<br />
massiva para degustação do produto.<br />
Numa só saqueta individual<br />
este produto reúne café, açúcar e<br />
creme, que tornam a bebida muito<br />
saborosa, bem ao gosto angolano.<br />
Este ano têm também um plano<br />
promocional muito forte para<br />
colocação de máquinas de café<br />
em cápsulas no retalho, e estão<br />
em TV com o embaixador de<br />
marca Anselmo Ralph, que desenvolveu<br />
uma música específica para<br />
o café Delta Q. A simplicidade e<br />
rapidez do sistema Delta Q está a<br />
democratizar o consumo de café<br />
expresso e tornou-se o <strong>maio</strong>r negócio<br />
da empresa em Angola. Esta<br />
popularidade tem reflexo também<br />
nas r<strong>ed</strong>es sociais: a página de<br />
facebook Delta Q Angola chegará<br />
este ano aos 200.000 seguidores.<br />
A marca Delta Cafés terá este ano<br />
em Angola um barista profissional<br />
que vai dar formação gratuita a<br />
alunos de hotelaria e restauração<br />
e também aos melhores clientes<br />
horeca, de forma a garantir um<br />
expresso sempre perfeito em cada<br />
vez mais espaços de restauração.<br />
MÃE-ÁFRICA<br />
Quando, em 1998, a Angonabeiro<br />
entrou no mercado angolano,<br />
verificava-se uma falta de formação<br />
de quadros e uma significativa<br />
falta de matéria-prima. Para<br />
contrariar esta conjuntura, a empresa<br />
apostou na recuperação de<br />
infra-estruturas, na formação de<br />
recursos humanos e na oferta de<br />
meios técnicos para recuperar a<br />
EXECUTIVE DIGEST.PT 147
©<br />
ESPECIAL<br />
EMPRESAS PORTUGUESAS EM ÁFRICA<br />
DELTA CAFÉS<br />
cafeicultura em Angola. Para além<br />
disso, a empresa acompanha os<br />
produtores locais, desde a plantação<br />
à colheita, para garantir que<br />
a qualidade do café é a melhor<br />
possível e financia, inclusivamente,<br />
pequenos produtores sem<br />
comissões adicionais. No sentido<br />
de garantir o escoamento do<br />
produto dos seus fornec<strong>ed</strong>ores,<br />
a Angonabeiro celebra contratos<br />
de compra de café, nos quais são<br />
definidos os preços em função<br />
>> Neste<br />
continente<br />
o principal<br />
objectivo é<br />
fazer crescer<br />
a categoria,<br />
aumentar os<br />
pontos de<br />
contacto e entrar<br />
no dia-a-dia dos<br />
consumidores<br />
das cotações do mercado internacional.<br />
«Esta iniciativa oferece<br />
segurança ao produtor, uma vez<br />
que lhe permite, logo à partida,<br />
assegurar uma margem para o seu<br />
negócio», explica o administrador.<br />
Este proc<strong>ed</strong>imento contribuiu,<br />
definitivamente, para que muitos<br />
camponeses, agricultores e<br />
produtores tenham voltado à<br />
cafeicultura, que até aí estava<br />
praticamente abandonada. Ainda<br />
assim, «a cafeícultura continua<br />
a estar num nível bastante rudimentar<br />
e baseada unicamente na<br />
agricultura familiar e à espera de<br />
um verdadeiro investimento global<br />
na fileira, que tarda em ser<br />
feito, mas que necessitará sempre<br />
de um esforço de captação de investimento<br />
privado externo, com<br />
conhecimento no sector, e que, até<br />
este momento ainda não aconteceu».<br />
Apesar disso, o Grupo Nabeiro<br />
– Delta Cafés nota alguma<br />
evolução no que diz repeito ao café<br />
disponível, pois com a compra continuada<br />
do mesmo, sente que cada<br />
vez mais cafeícultores se interessam<br />
por voltar à terra. «Mas, falamos<br />
sempre de uma escala ainda<br />
r<strong>ed</strong>uzida, de uma agricultura<br />
familiar e de subsistência.»<br />
Representando cerca de 10% das<br />
vendas totais do Grupo Nabeiro a<br />
nível mundial e cerca de 25% das<br />
vendas internacionais, África foi,<br />
desde sempre, estratégica para o<br />
Grupo Nabeiro. Inicialmente era-o<br />
do ponto de vista de fornecimento<br />
de matéria-prima já que o café verde<br />
de Angola sempre foi muito apreciado<br />
em todo o mundo e continua<br />
a incorporar muitos dos produtos<br />
da Delta. «Nos últimos anos África<br />
tornou-se também importante<br />
do ponto de vista de mercado, sendo<br />
que o Grupo tem vários projectos<br />
em curso para fazer crescer o<br />
consumo neste continente. Vamos,<br />
por um lado continuar a acompanhar<br />
os produtores de café e<br />
por outro continuaremos a dinamizar<br />
o produto, explicando os benefícios<br />
da categoria, e tornando<br />
o café cada vez mais apelativo<br />
para o consumidor final», sublinha<br />
o administrador.<br />
Em Moçambique, a Delta está<br />
presente desde a década de 90,<br />
através do distribuidor MEGA,<br />
sendo este o segundo mercado<br />
mais importante deste continente<br />
para o Grupo. «Neste mercado<br />
temos sentido francos progressos<br />
no crescimento das máquinas e<br />
cápsulas de café Delta Q e detemos<br />
uma posição consolidada no<br />
canal horeca», sublinha Rui Miguel<br />
Nabeiro. Trata-se de um mercado<br />
em desenvolvimento e que<br />
tem potencial para crescer nos<br />
próximos anos.<br />
148 MAIO 2019
©<br />
ESPECIAL<br />
EMPRESAS PORTUGUESAS EM ÁFRICA<br />
FIDELIDADE<br />
UM CONTINENTE<br />
EM CRESCIMENTO<br />
CABO VERDE, ANGOLA<br />
E MOÇAMBIQUE SÃO A<br />
CASA DA FIDELIDADE NO<br />
CONTINENTE AFRICANO.<br />
COM PRESENÇA<br />
CONSOLIDADA OU<br />
A DAR OS PRIMEIROS<br />
PASSOS NÃO FALTAM<br />
OBJECTIVOS PARA<br />
FAZER CRESCER<br />
O NEGÓCIO<br />
A<br />
Fidelidade actua no mercado<br />
segurador focada nas pessoas<br />
e na inovação dos seus produtos<br />
e serviços para uma<br />
protecção da vida e bens dos<br />
seus clientes. Uma marca<br />
global que quer continuar a<br />
internacionalizar-se, apoiando<br />
os clientes em diferentes<br />
geografias e reforçando a sua<br />
presença no mundo. A actividade internacional no<br />
Grupo tem vindo a aumentar, perspectivando-se para<br />
2019 um crescimento de dois pontos percentuais no<br />
continente <strong>africa</strong>no. Em África<br />
pretende continuar a crescer em<br />
quota de mercado e reconhecimento,<br />
sempre atenta às oportunidades e<br />
desafios. Quer difundir os valores<br />
que a distinguem com a cr<strong>ed</strong>ibilidade<br />
e solidez de uma seguradora<br />
com mais de 210 anos de história.<br />
Nesta região, onde dá emprego a<br />
cerca de 400 pessoas, a estratégia<br />
de expansão teve início em Cabo<br />
Verde, seguindo-se Angola e, mais<br />
recentemente, Moçambique.<br />
150 MAIO 2019
CRESCIMENTO SUSTENTADO<br />
EM MOÇAMBIQUE O DESAFIO É CONTINUAR A<br />
CRESCER A UM RITMO ELEVADO, PERMITINDO QUE,<br />
AO 4.º ANO DE ACTIVIDADE, A FIDELIDADE ESTEJA<br />
NO GRUPO DAS SEGURADORAS DE DIMENSÃO MÉDIA<br />
A Garantia Seguros é líder do<br />
mercado segurador cabo-verdiano<br />
(onde está há 27 anos), com uma<br />
quota de mercado de 56%. Foi<br />
eleita a seguradora preferida dos<br />
cabo-verdianos seis vezes consecutivas<br />
e distinguida como a melhor<br />
seguradora pela Global Banking<br />
Finance Review, em 2016.<br />
O administrador Jorge Alves<br />
assegura que a presença de um<br />
grupo como a Fidelidade, através<br />
da Garantia, traz vários benefícios,<br />
quer pela projecção internacional<br />
e cr<strong>ed</strong>ibilidade que confere ao<br />
mercado, induzindo investidores<br />
a fazerem negócios no país, quer<br />
pela convergência que obriga à<br />
adopção das melhores práticas de<br />
gestão em termos normativos, de<br />
processos e no desenvolvimento<br />
tecnológico e de produtos.<br />
A Garantia Seguros tem vindo<br />
a promover iniciativas no país e<br />
junto da comunidade emigrada em<br />
Portugal, visando a apropriação<br />
da marca Fidelidade pelos cabo-<br />
-verdianos e o reforço dos laços de<br />
confiança e afinidade. Exemplos<br />
disso são a doação feita pelos colaboradores<br />
de 37 mil livros infanto-<br />
-juvenis e escolares, distribuídos<br />
por bibliotecas; o patrocínio da<br />
II Edição da Gala “Cabo Verde<br />
Sucesso” em Lisboa; ou o trabalho<br />
com m<strong>ed</strong>iadores junto da comunidade<br />
cabo-verdiana em Lisboa,<br />
em parceria com as Associações<br />
“Cretcheu” e “Moving Diáspora”.<br />
O grande desafio da Garantia<br />
Seguros é, conforme afirma o<br />
presidente da Comissão Executiva,<br />
«ser a marca de confiança e<br />
referência dos cabo-verdianos no<br />
mundo e, através do exercício de<br />
>> Jorge Alves, presidente da Comissão<br />
Executiva da Garantia Seguros<br />
uma liderança para o desenvolvimento,<br />
contribuir para um mundo<br />
mais estável e seguro». Contudo,<br />
em Cabo Verde há muitos desafios<br />
para vencer, sobretudo relacionados<br />
com os seguros de Acidentes<br />
de Trabalho e Automóvel. Neste<br />
contexto, a Garantia tem procurado<br />
dinamizar e alavancar o mercado<br />
pela introdução de inovações, ao<br />
nível dos serviços e de produtos como<br />
Auto+, Vida Proteção Garantida,<br />
PPR/E e Seguro de Saúde, sendo<br />
este o único a disponibilizar uma<br />
r<strong>ed</strong>e privada em Cabo Verde, com<br />
extensão à Multicare, em Portugal.<br />
A Fidelidade Angola é hoje a<br />
terceira seguradora do mercado<br />
angolano. Lidera pelo exemplo,<br />
com base em princípios de ética<br />
e independência, aposta em novas<br />
plataformas de comercialização e na<br />
melhoria contínua do ambiente de<br />
trabalho, assim como nas sinergias<br />
entre os accionistas e parceiros. A<br />
cidadania é vista como um dever e<br />
uma missão, motivo pelo qual está<br />
presente em muitas actividades da<br />
companhia, designadamente no<br />
>> A Garantia<br />
Seguros tem<br />
vindo a promover<br />
iniciativas<br />
no país e junto<br />
da comunidade<br />
emigrada em<br />
Portugal, visando<br />
a apropriação da<br />
marca Fidelidade<br />
pelos cabo-<br />
-verdianos e o<br />
reforço dos laços<br />
de confiança<br />
e afinidade<br />
apoio social e no apoio à prática de<br />
desportos saudáveis, fomentando<br />
boas relações na comunidade.<br />
Neste país, a economia atravessa<br />
um momento de crise e os seguros<br />
são vistos como necessidades de<br />
segundo plano. Embora haja dois<br />
seguros obrigatórios – automóvel<br />
e acidentes de trabalho –, a taxa<br />
de securitização dos particulares é<br />
muito baixa, pelo que é imperativo<br />
actuar pela distinção: apostar no<br />
alargamento da presença territorial,<br />
numa equipa comercial profissional<br />
e em constante formação, lançar<br />
produtos e soluções inovadoras<br />
e prestar serviços de excelência e<br />
diferenciadores na área da resolução<br />
de sinistros.<br />
EXECUTIVE DIGEST.PT 151
©<br />
ESPECIAL<br />
EMPRESAS PORTUGUESAS EM ÁFRICA<br />
FIDELIDADE<br />
Conforme diz Armando Mota,<br />
presidente da Comissão Executiva<br />
da Fidelidade Angola, «temos<br />
uma forte presença no mercado<br />
corporate, com clientes fidelizados,<br />
e foi definida a prioridade de<br />
abordar o segmento de particulares,<br />
através da criação de um conjunto<br />
específico de produtos e soluções».<br />
A Fidelidade Angola foi a primeira<br />
companhia a disponibilizar<br />
a aquisição e activação de seguros<br />
através da R<strong>ed</strong>e Multicaixa e celebrou<br />
também um protocolo com<br />
a r<strong>ed</strong>e de distribuição alimentar<br />
Shoprite, que permitiu alargar<br />
a presença junto de clientes do<br />
segmento de particulares e pequenos<br />
negócio e ter horários de<br />
atendimento diferenciados. Além<br />
disso, criou a r<strong>ed</strong>e comercial Fidelidade<br />
Especialistas, composta<br />
por 56 colaboradores que recebem<br />
formação específica e intensiva<br />
para melhor interagirem com os<br />
particulares. O objectivo é que<br />
em breve esteja presente nas 18<br />
províncias de Angola.<br />
Presente em Moçambique desde<br />
2015, a Fidelidade pretende afirmar-se<br />
como uma seguradora de<br />
referência e, para isso, tem pauta-<br />
!<br />
EM ANGOLA<br />
O DESAFIO<br />
ESTRATÉGICO<br />
PASSA PELA<br />
PRIORIDADE DE<br />
ABORDAGEM AO<br />
SEGMENTO DE<br />
PARTICULARES,<br />
ATRAVÉS DA<br />
CRIAÇÃO DE<br />
UM CONJUNTO<br />
DE PRODUTOS<br />
E SOLUÇÕES<br />
PARA ESTES<br />
CLIENTES<br />
AUMENTANDO<br />
A RELEVÂNCIA<br />
NESTE<br />
SEGMENTO<br />
>> Armando Mota, presidente da Comissão Executiva da Fidelidade Angola<br />
(à esquerda), Carlos Leitão, director-geral da Fidelidade Moçambique (à direita)<br />
do a sua actuação pela procura de<br />
soluções que vão ao encontro das<br />
necessidades da população, através<br />
da inovação em produtos e<br />
serviços. Na forma de comunicar<br />
com a população, distingue-se<br />
de forma activa e consistente,<br />
associando-se a acções de literacia<br />
financeira na área seguradora,<br />
prevenção rodoviária e saúde. Tem<br />
dado apoio a eventos culturais e<br />
musicais criando uma ligação às<br />
gerações mais jovens, com acções<br />
de activação e promoção da marca,<br />
desempenhando um papel <strong>ed</strong>ucativo.<br />
Este ano, decidiu apoiar a “Girl<br />
Move Academy”, um espaço sustentável<br />
que promove o talento,<br />
construído em comunidade e para<br />
a comunidade, e que nasceu da<br />
vontade de ser a solução para o<br />
ciclo que perpetua a ausência das<br />
mulheres nas escolas, <strong>empresas</strong><br />
e nos lugares de decisão, pretendendo<br />
investir na sua formação e<br />
prepará-las para cumprirem uma<br />
carreira com propósito.<br />
A Fidelidade tem vindo, desde<br />
2015, a impulsionar o empreendorismo<br />
local através do Projecto de<br />
Gestores Profissionais de Seguros.<br />
Carlos Leitão, director-geral, refere<br />
que este projecto consiste em<br />
formar e certificar os formandos<br />
com desempenho positivo como<br />
Agentes Exclusivos da Fidelidade.<br />
Destaque ainda para o lançamento<br />
em 2018 do Protechting<br />
em Moçambique, projecto da<br />
Fidelidade e Fosun a nível global.<br />
Uma start-up de Moçambique<br />
foi seleccionada para participar<br />
durante uma semana na última<br />
fase do processo de premiação<br />
realizado em Portugal.<br />
Um dos grandes desafios neste<br />
país é tornar a Fidelidade numa<br />
das seguradoras de referência. A<br />
nível de produtos tem apostado<br />
nos Seguros de Saúde, Automóvel<br />
e Acidentes de Trabalho, prestando<br />
um serviço de excelência<br />
aos clientes, com entrega de toda<br />
a documentação referente ao<br />
produto que estão a contratar,<br />
acompanhamento dos processos<br />
de sinistro e informação atempada<br />
quanto à cobrança dos prémios.<br />
152 MAIO 2019
©<br />
ESPECIAL<br />
EMPRESAS PORTUGUESAS EM ÁFRICA<br />
GALP<br />
COMPROMISSO<br />
DE LONGO<br />
PRAZO<br />
HÁ MAIS DE 60 ANOS EM MOÇAMBIQUE<br />
– PAÍS QUE TEM UMA POSIÇÃO<br />
PRIVILEGIADA NA REGIÃO AUSTRAL<br />
DE ÁFRICA –, A GALP ESTÁ PRESENTE<br />
NOS NEGÓCIOS DA DISTRIBUIÇÃO<br />
E DA EXPLORAÇÃO & PRODUÇÃO<br />
AGalp é um caso único no sector<br />
energético em Moçambique.<br />
É a única empresa que está<br />
presente, em simultâneo,<br />
nos negócios da Distribuição<br />
(Downstream) e da Exploração<br />
& Produção (Upstream). Além<br />
disso, tem uma relação muito<br />
forte com Moçambique e com<br />
toda esta região visto que está<br />
no país desde 1957 na área de Distribuição e iniciou<br />
em 2007 a actividade no segmento de Exploração &<br />
Produção, com um projecto no Coral Sul. Ou seja,<br />
está há mais de 60 anos neste país. «No final do prazo<br />
de concessão do consórcio em que estamos no Coral<br />
Sul a Galp terá cerca de um século de presença em<br />
Moçambique», lembra, em entrevista, Paulo Varela,<br />
CEO da Galp em Moçambique.<br />
Qual o portefólio de produtos, serviços e soluções<br />
da Galp em Moçambique na área do retalho?<br />
A actividade da empresa na área de retalho e distribuição<br />
em Moçambique inclui a construção e<br />
exploração de postos de abastecimento,<br />
o segmento <strong>empresas</strong><br />
(B2B), bancas marítimas, GPL e<br />
Lubrificantes. Temos actualmente<br />
60 postos de abastecimento e dois<br />
parques logísticos, estando em<br />
fase de construção dois terminais<br />
logísticos para recepção, armazenagem<br />
e exp<strong>ed</strong>ição de combustíveis<br />
e GPL, em Matola e Beira.<br />
A área do downstream, ou seja,<br />
da importação, armazenagem,<br />
distribuição e comercialização<br />
de produtos petrolíferos – incluindo<br />
o gás engarrafado – é aquela<br />
em que actuamos há mais tempo<br />
em Moçambique.<br />
Que importância tem este mercado,<br />
pelos seus recursos e localização,<br />
para a operação global da Galp?<br />
Moçambique possui uma localização<br />
geográfica privilegiada<br />
no seio da região Austral de África,<br />
sendo incontornável nas principais<br />
rotas de abastecimento aos<br />
países vizinhos, nomeadamente<br />
África do Sul, Zimbawe, Malawi,<br />
Zâmbia, Eswatini e zona sul<br />
do Congo.<br />
154 MAIO 2019
INVESTIMENTO DA GALP<br />
MOÇAMBIQUE DESEMPENHARÁ UM PAPEL<br />
ESTRATÉGICO NO MERCADO GLOBAL DE GÁS<br />
NATURAL, COM O PROJECTO CORAL SUL ONDE A<br />
GALP ESTÁ PRESENTE COM UMA PARTICIPAÇÃO DE 10%<br />
>> Paulo Varela, CEO da Galp<br />
em Moçambique<br />
>> «Estamos<br />
convictos de que<br />
Moçambique<br />
poderá vir a<br />
preencher a<br />
procura que<br />
se antecipa<br />
no mercado<br />
internacional<br />
de gás e que não<br />
será satisfeita<br />
pelos actuais<br />
produtores.»<br />
Todo o investimento no desenvolvimento<br />
das infra-estruturas<br />
em Moçambique será útil, desde<br />
logo, para contribuir para o<br />
desenvolvimento económico do<br />
País, mas terá também um papel<br />
critico no desenvolvimento de toda<br />
a região. Considerando os grandes<br />
recursos energéticos, e não só, de<br />
toda esta região, acr<strong>ed</strong>itamos que<br />
as próximas décadas assistirão<br />
a um grande desenvolvimento<br />
demográfico e económico de toda<br />
a SADC (Comunidade dos Países<br />
da África Austral).<br />
HÁ UM PLANO DE<br />
INVESTIMENTO EM CURSO QUE<br />
PREVÊ QUE ENTRE 2016 E 2020<br />
A EMPRESA DUPLIQUE A SUA<br />
PRESENÇA EM MOÇAMBIQUE<br />
Por isso, os fortes investimentos<br />
que a Galp projecta para Moçambique<br />
vão permitir a consolidação<br />
da nossa marca como um dos<br />
protagonistas principais no sector<br />
da energia, no país e na região.<br />
De que forma a Galp tem impulsionado<br />
a economia de Moçambique?<br />
O investimento em infraestruturas<br />
é essencial para o futuro desenvolvimento<br />
não apenas da Galp,<br />
mas sobretudo de Moçambique. E<br />
a Galp está a contribuir de forma<br />
activa e muito clara para esse<br />
investimento. Temos um plano<br />
de expansão que passa, entre outras<br />
iniciativas, pela construção,<br />
no âmbito de uma parceria, de<br />
duas novas bases logísticas para<br />
recepção, armazenagem e exp<strong>ed</strong>ição<br />
de combustíveis líquidos e<br />
de GPL nas cidades da Matola e<br />
da Beira. A empresa passará desta<br />
forma a contar com quatro bases<br />
logísticas no país.<br />
Com estes investimentos, a Galp<br />
reforça a sua capacidade logística<br />
na importação, armazenagem<br />
e distribuição de combustíveis,<br />
aumentando a sua competitividade<br />
no mercado nacional, alargando<br />
também a sua área de influência<br />
para os países vizinhos (África do<br />
Sul, Eswatini, Zimbabwe, etc), pois<br />
estará também em condições de<br />
abastecer estes mercados.<br />
Que investimentos estão, actualmente,<br />
em curso para reforçar a<br />
posição da Galp no mercado de<br />
distribuição em Moçambique?<br />
Relativamente aos postos de<br />
combustível – são essenciais ao<br />
desenvolvimento económico no<br />
país –, com a chegada recente a<br />
Lichinga, a Galp alargou a sua r<strong>ed</strong>e<br />
de distribuição a todas as províncias<br />
do país. Isto ocorreu na sequência<br />
de um plano de investimento em<br />
curso e que prevê que entre 2016<br />
e 2020 a empresa duplique a sua<br />
presença em Moçambique.<br />
No final de 2020 contamos ter<br />
um total superior a 70 postos de<br />
abastecimento. Ao todo, durante o<br />
período referido, serão investidos<br />
EXECUTIVE DIGEST.PT 155
©<br />
ESPECIAL<br />
EMPRESAS PORTUGUESAS EM ÁFRICA<br />
GALP<br />
cerca de 150 milhões dólares na<br />
expansão da logística e da r<strong>ed</strong>e de<br />
retalho da Galp em Moçambique.<br />
Que expectativas têm em relação<br />
à evolução do mercado moçambicano<br />
de combustíveis?<br />
A r<strong>ed</strong>e de postos de abastecimento<br />
tem crescido de forma significativa<br />
nos últimos anos, apesar de o<br />
consumo global de combustíveis<br />
estar a crescer menos do que no<br />
passado, devido às dificuldades<br />
económicas que Moçambique tem<br />
atravessado. É previsível, todavia,<br />
que o crescimento económico<br />
acelere significativamente nos<br />
próximos anos pelo que o aumento<br />
da procura de energia pelas<br />
<strong>empresas</strong> e pelos particulares vai<br />
acompanhar esse crescimento.<br />
Como lhe disse, desde o ano passado<br />
estamos em todas as províncias<br />
de Moçambique através dos<br />
nossos postos de combustíveis e<br />
somos um dos <strong>maio</strong>res investidores<br />
neste mercado.<br />
Ainda assim, considerando a<br />
vastidão do território nacional,<br />
existem algumas regiões do país<br />
com cobertura insuficiente. É muito<br />
importante um desenvolvimento<br />
harmonioso da r<strong>ed</strong>e de postos<br />
de abastecimento, para garantir<br />
cobertura uniforme de todo o<br />
território, evitando situações de<br />
excessiva concentração de postos<br />
de abastecimento, algumas vezes<br />
incumprindo até a legislação que<br />
regula esta matéria e pondo inclusivamente<br />
em causa a segurança<br />
das populações.<br />
GALP MOBILIZA ENERGIA DAS SUAS<br />
PESSOAS PARA REAGIR AO IDAI<br />
A Galp foi das primeiras <strong>empresas</strong> a mobilizar esforços no sentido de ajudar as<br />
populações afectadas, nos dias seguintes à tragédia provocada pelo ciclone Idai.<br />
Além de disponibilizar, através da Fundação Galp, bens de emergência à Cruz<br />
Vermelha no valor de 150 mil euros para apoiar as operações de socorro com foco<br />
na província de Sofala, a empresa promoveu também uma acção de recolha de bens<br />
para apoio de emergência em nutrição materno-infantil às vítimas do ciclone Idai,<br />
em associação com a Helpo, uma ONG que apoia às populações mais vulneráveis<br />
de países em vias de desenvolvimento. A recolha de bens em Portugal, que contou<br />
com o apoio e a mobilização de centenas de colaboradores da Galp, decorreu<br />
até ao final de Abril e angariou cerca de três toneladas em bens de primeira<br />
necessidade. Está agora em curso a mesma campanha em Moçambique.<br />
Quais os grande objectivos da Galp<br />
em Moçambique?<br />
O nosso compromisso com Moçambique<br />
é de longo prazo. Nesse<br />
sentido, pretendemos ampliar<br />
as nossas operações e ter uma<br />
cobertura integral do território<br />
nacional com a nossa r<strong>ed</strong>e e queremos<br />
assegurar a sua fiabilidade,<br />
por isso estamos igualmente<br />
a investir muito em logística,<br />
não só na região da capital – na<br />
Matola – mas também na Beira,<br />
investimentos estes em parceria<br />
com outras entidades.<br />
Temos, obviamente, expectativas<br />
de que estes investimentos, a prazo,<br />
se reflictam sobretudo numa<br />
<strong>maio</strong>r eficiência das operações e<br />
suportem o aumento das nossas<br />
vendas, ajudando a criação de<br />
valor adicional para o grupo e<br />
para o país.<br />
Em 2017 o volume de negócios da<br />
área de distribuição e do retalho<br />
da Galp em Moçambique repre-<br />
156 MAIO 2019
PRESENÇA ALARGADA<br />
DESDE O ANO PASSADO, A GALP ESTÁ EM TODAS<br />
AS PROVÍNCIAS DE MOÇAMBIQUE ATRAVÉS DOS<br />
SEUS POSTOS DE COMBUSTÍVEIS, SENDO UM<br />
DOS MAIORES INVESTIDORES NESTE MERCADO<br />
Nesse plano, o que mais tem sido<br />
feito em concreto?<br />
As actividades económicas da Galp<br />
em Moçambique têm sido acomsentou<br />
128 milhões de euros, tendo<br />
em 2018 alcançado a cifra de 163<br />
milhões de euros. Esperamos em<br />
2019 e nos anos seguintes manter<br />
o forte ritmo de crescimento.<br />
E que investimento está a ser feito<br />
nas pessoas em Moçambique?<br />
A Galp tem um histórico muito<br />
forte na valorização do capital humano<br />
em todas as suas geografias.<br />
Em Moçambique não é diferente:<br />
apostamos na formação contínua<br />
dos nossos quadros moçambicanos<br />
e partilhamos as melhores práticas<br />
e know-how para capacitar o país<br />
para o futuro<br />
O investimento da empresa nos<br />
próximos anos contribuirá para a<br />
criação de novos postos de trabalho<br />
directos, quer na fase de construção,<br />
quer na fase de exploração. Neste<br />
país, a Galp gera actualmente 120<br />
postos de trabalho directos e cerca<br />
de 2000 indirectos, e prevemos<br />
que este número venha a crescer<br />
de forma sustentada nos próximos<br />
anos. No final de 2020 o universo<br />
de pessoas a trabalhar apenas na<br />
área de retalho da empresa será<br />
superior a 2600 colaboradores.<br />
A Galp faz parte de Moçambique<br />
e quer adicionar valor sustentado<br />
ao país. A Galp tem um compromisso<br />
profundo com Moçambique<br />
e, principalmente, com os<br />
moçambicanos. Também por isso<br />
estamos, através da Fundação Galp,<br />
a adaptar para a realidade local de<br />
Moçambique os nossos projectos<br />
<strong>ed</strong>ucativos, um dos eixos da nossa<br />
política de responsabilidade<br />
social. A <strong>ed</strong>ucação, a promoção<br />
do talento e a meritocracia são<br />
causas que abraçamos e tornámos<br />
A GALP GERA ACTUALMENTE,<br />
EM MOÇAMBIQUE, 120 POSTOS<br />
DE TRABALHO DIRECTOS E<br />
CERCA DE 2000 INDIRECTOS<br />
estratégicas no nosso contributo<br />
para a soci<strong>ed</strong>ade.<br />
Tal como os nossos projectos no<br />
terreno são para o longo prazo,<br />
também aqui procuramos investir<br />
nas novas gerações, nas crianças,<br />
pois o futuro pertence-lhes.<br />
panhadas pelo desenvolvimento<br />
de políticas de cariz social e com<br />
impacto na comunidade moçambicana.<br />
O projecto de instalação<br />
de centrais fotovoltaicas para<br />
levar energia eléctrica a quatro<br />
comunidades rurais de Moçambique,<br />
financiado pela Galp e<br />
desenvolvido em parceria com o<br />
FUNAE (Fundo Nacional de Electrificação<br />
Rural), ou a associação<br />
à Girl MOVE Academy para criar<br />
mais oportunidades às mulheres<br />
moçambicanas, são exemplos concretos<br />
do forte envolvimento com<br />
as comunidades locais. E a reacção<br />
a situações de emergência social<br />
tem sido outro grande vector de<br />
actuação da Galp e da Fundação<br />
neste país, como ficou bem patente<br />
no trabalho que desenvolvemos<br />
na reação ao ciclone Idai.<br />
EXECUTIVE DIGEST.PT 157