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Turismo_Maio_2019

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◆<br />

CADERNO<br />

◆<br />

TURISMO<br />

ESPECIAL ◆<br />

PATROCINADORES<br />

115 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


CADERNO ESPECIAL // TURISMO /<br />

/ D E B AT E //<br />

Um olhar sobre o turismo<br />

Para onde caminha o turismo? Esta e outras questões<br />

estiveram em debate no pequeno-almoço dedicado<br />

ao universo do sector, que teve lugar no Hotel Dom<br />

Pedro Lisboa<br />

Sandra M. Pinto<br />

Paulo Alexandrino<br />

De acordo com os dados revelados no<br />

relatório World Travel & Tourism Council<br />

(WTTC), relativo ao ano de 2018, o sector do<br />

turismo teve um impacto directo estimado de<br />

14,3 mil milhões de euros na economia portuguesa,<br />

sendo que a projecção é a de que este<br />

ano esse valor chegue aos 15 mil milhões de<br />

euros. No mesmo relatório pode ler-se que o<br />

sector cresceu 8,1% em 2018, obtendo assim a<br />

maior taxa entre os países da União Europeia.<br />

Os valores revelados incluem os impactos<br />

directos, indirectos e induzidos que o turismo<br />

tem na economia nacional. Nos impactos<br />

indirectos, incluem-se os investimentos<br />

116 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


efectuados no sector, enquanto os induzidos<br />

referem-se às despesas dos trabalhadores.<br />

Relativamente à economia, o contributo total<br />

estimado das actividades turísticas foi<br />

de 19,1%. Simultaneamente, a Organização<br />

Mundial de <strong>Turismo</strong> estima que o número de<br />

turistas internacionais tenha chegado aos 1,4<br />

mil milhões em 2018, superando as previsões<br />

para 2020, dois anos mais cedo. Como encaram<br />

os players todos estes números e que implicações<br />

têm eles no desenvolvimento dos<br />

respectivos negócios?<br />

Este e outros temas serviram de base ao<br />

pequeno-almoço que teve lugar no Hotel Dom<br />

Pedro Lisboa, e onde estiveram presentes:<br />

Albertina Martins (Head of Brand Activation<br />

& Licensing da TAP Air Portugal), Francisco<br />

Paixão (Regional Marketing Representative<br />

Turkish Airlines), Gilda Luís (Marketing,<br />

CRM & Loyalty director Pestana<br />

Hotel Group), João Pinto Coelho (director de<br />

Vendas e Marketing do Grupo Onyria Golf<br />

Resorts), Margarida Blattmann (directora<br />

de Marketing da Wamos Portugal), Paulo<br />

Monge (director de Vendas da Sana Hotels),<br />

Pedro Capitão (CEO do negócio de hotelaria<br />

da Sonae Capital) e Pedro Ribeiro (director<br />

Comercial – Portugal e Brasil – Dom Pedro<br />

Hotels & Golf Collection). Com a finalidade<br />

de se alcançar um debate mais aprofundado<br />

por parte de todos, foi decidido que nenhuma<br />

das intervenções seria atribuída directamente<br />

no texto.<br />

Importância da BTL<br />

Encarada como todas as outras feiras de<br />

turismo, a Bolsa de <strong>Turismo</strong> de Lisboa tem<br />

vindo a apostar nos últimos anos no incoming,<br />

estratégia muito alavancada na parceria<br />

com a TAP e com as unidades hoteleiras e<br />

que todos concordam ser o caminho a seguir.<br />

«Temos de promover ainda mais Portugal<br />

nos mercados internacionais, trazendo até<br />

nós, através da BTL, os potenciais buyers que<br />

depois possam levar o nome do nosso país<br />

até outros mercados», foi a opinião expressa<br />

com a qual todos concordaram. Ao mesmo<br />

tempo, alguém referiu que «há na BTL<br />

um gastar de recursos sem grande interesse,<br />

sem que depois se vejam grandes resultados,<br />

percebendo-se, acima de tudo, que existe ali<br />

um forte interesse político. Ou seja, há stands<br />

que gastam 200 ou 300 mil euros para marcar<br />

presença na feira, investimento esse que<br />

não se repercute em número de turistas, pois<br />

estes permanecem os mesmos, pois uma vez<br />

Pedro Capitão (CEO do negócio de hotelaria da Sonae<br />

Capital)<br />

que as infra-estruturas para os receber são as<br />

mesmas». Todos concordam que os três dias<br />

da feira dedicados em exclusivo aos profissionais<br />

são, de facto, importantes. «Numa<br />

óptica de negócio, esses dias são importantes,<br />

pelo que, nessa mesma óptica, seria importante<br />

que a BTL ganhasse uma projecção<br />

semelhante a outras feiras internacionais e<br />

que trouxesse, de facto, interesse externo de<br />

disposição e de visita». Para os retalhistas,<br />

distribuidores e público em geral a feira traz<br />

outro interesse, «pois nos dias abertos ao público<br />

em geral, não só as entidades e os municípios<br />

se dão ali a conhecer, como se processam<br />

as vendas directamente aos clientes».<br />

Assim, numa óptica de venda, a BTL tem,<br />

efectivamente, uma importância acrescida.<br />

«Nesta vertente a BTL é, efectivamente, relevante,<br />

pois é o início da época de venda onde<br />

operadores e as agências apresentam os seus<br />

produtos, pois há a perfeita noção de que há<br />

muitas pessoas que vêm à feira para efectuar<br />

a compra das suas férias».<br />

Mas a importância da BTL não se resume<br />

a estes dois aspectos, pois, no que diz respeito<br />

às relações “b2b”, o evento também revela<br />

a sua importância, «é ali que são debatidas<br />

estratégias e delineadas acções em conjunto<br />

com os turismos. É ali que percebemos o que<br />

fazer e que caminho tomar em cada mercado.<br />

Nessa vertente a BTL funciona muito bem».<br />

O que leva a uma questão sobre a qual todos<br />

concordaram, que é «cada vez mais se nota<br />

uma diminuição da presença de turismos e<br />

mercados estrangeiros. A representatividade<br />

dos mercados internacionais é hoje quase<br />

Francisco Paixão (Regional Marketing Representative<br />

Turkish Airlines)<br />

O que nos preocupa<br />

Perante as dúvidas que se afiguram<br />

relativamente ao corrente ano, importa<br />

esquematizar as preocupações dos players,<br />

sendo que à cabeça surge o preço.<br />

«Existem muitos hotéis independentes que<br />

vivem única e exclusivamente da venda<br />

através da Expedia, Booking, entre outros.<br />

Basta haver uma pequena retracção para, e<br />

uma vez que não têm a força comercial que<br />

os grandes grupos têm, baixarem o preço.<br />

Obviamente todos os outros vão a seguir, o<br />

que se revela um problema. Esta é uma<br />

situação que já se verificou durante o<br />

Inverno.» Outra preocupação surge no<br />

âmbito do mercado dos resorts, com o<br />

renascer de outros mercados, como a<br />

Turquia e o Egipto, «onde a base é sempre<br />

muito mais barata ao nível de preços, pelo<br />

que aqui será importante jogar com a<br />

qualidade». No outgoing as principais<br />

preocupações «assentam na quantidade de<br />

variáveis e instabilidades que complicam e<br />

dificultam o trabalho de quem gere ou<br />

vende viagens, além da própria legislação».<br />

117 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


CADERNO ESPECIAL // TURISMO /<br />

/ D E B AT E //<br />

Margarida Blattmann (directora de Marketing da<br />

Wamos Portugal)<br />

Paulo Monge (director de Vendas da Sana Hotels)<br />

João Pinto Coelho (director de Vendas e Marketing do<br />

Grupo Onyria Golf Resorts)<br />

inexistente, pois quase se contam pelos dedos<br />

das mãos os stands presentes no Pavilhão 4.<br />

Isso diferencia-nos da FITUR e de outras feiras<br />

de turismo internacionais». Será que, se a<br />

feira voltasse a mudar de data, “colando-se” à<br />

FITUR, esta situação mudava? «Para os mercados<br />

intercontinentais é mais interessante<br />

a feira estar junto à FITUR, porque assim os<br />

profissionais brasileiros e os norte-americanos<br />

faziam um dois em um. Era importante<br />

reflectir sobre isto, como é igualmente<br />

importante perceber o motivo do aumento<br />

exponencial dos bilhetes, tanto para os visitantes<br />

como para os expositores.» Marcas<br />

e empresas que nos outros anos investiam<br />

bastante em bilhetes para oferecer a clientes<br />

e a colaboradores, este ano não tiveram capacidade<br />

para o fazer devido ao aumento do<br />

preço. «Isso reflectiu-se, obviamente, na fraca<br />

presença dos profissionais do sector que lidam<br />

directamente com o público, bem como<br />

na descida de visitantes, realidade bem visível<br />

através dos números revelados pela organização<br />

da feira.» Uma inovação que recebeu<br />

de todos um forte aplauso é a bolsa de emprego,<br />

«as empresas ali representadas foram<br />

bastante procuradas pelos inúmeros jovens<br />

que se deslocaram à feira com o intuito de ali<br />

tentarem procurar o seu emprego. Esta é uma<br />

boa aposta que deve ser, de futuro, ainda mais<br />

incentivada e incrementada, tanto junto das<br />

empresas, como junto das escolas e do público<br />

que procura trabalho no sector».<br />

A necessidade da existência de uma feira<br />

de turismo nacional emblemática é algo com<br />

o qual todos concordam, pois a presença de<br />

buyers internacionais é importante, assim<br />

como o é a troca de contactos entre profissionais,<br />

nacionais e estrangeiros. Por isso, «é<br />

preciso que todos façam a sua parte, de modo<br />

a fomentar e a incrementar a importância da<br />

feira no calendário internacional de eventos<br />

de turismo».<br />

O que esperar de <strong>2019</strong>?<br />

Dado já estarmos no início do segundo<br />

trimestre, importa perceber como será<br />

que os players perspectivam o resto de <strong>2019</strong>.<br />

«Este não é de todo um ano fácil, entre o aeroporto<br />

e outras questões esperamos conseguir<br />

os melhores resultados possíveis.» Há<br />

entre todos os participantes neste debate<br />

um certo cepticismo relativamente ao ano<br />

de <strong>2019</strong>, «se este Verão acontecer o mesmo<br />

que no ano passado, vai ser mesmo muito<br />

complicado, pois não há milagres». Todos<br />

partilham a expectativa de ver as melhorias<br />

a nível operacional que as obras no Aeroporto<br />

Humberto Delgado vão trazer, «mas é um<br />

risco, pois as companhias estão a incrementar<br />

rotas e frotas para o Verão e se o aeroporto<br />

volta a falhar, a situação pode revelar-se<br />

bastante complicada».<br />

A juntar às dificuldades logísticas, todos<br />

juntam outra, o SEF (Serviço de Estrangeiros<br />

e Fronteiras). «Não podemos esquecer que é<br />

cada vez mais complicado passar a fronteira,<br />

com situações diárias verdadeiramente caóticas<br />

de entrada no país. É preciso mais elementos<br />

do SEF, sendo que para isso é preciso<br />

rapidez, pois esta é uma contratação pública<br />

que leva sempre bastante tempo a concluir.»<br />

E aqui entra outra questão preocupante, o<br />

118 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


Albertina Martins (Head of Brand Activation<br />

& Licensing da TAP Air Portugal)<br />

Pedro Ribeiro (director Comercial – Portugal e Brasil –<br />

Dom Pedro Hotels & Golf Collection)<br />

Gilda Luís (Marketing, CRM & Loyalty Director Pestana<br />

Hotel Group)<br />

Brexit. «Na verdade, o Brexit não vai ajudar<br />

nada a esta situação, já de si complicada»,<br />

ouve-se em comentário, «pois ainda vai concentrar<br />

mais toda a zona das chegadas de espaços<br />

fora da Europa». De facto, há quem já<br />

sinta de alguma forma determinadas repercussões,<br />

«temos os grupos de MICE cada vez<br />

mais pequenos, ou seja, com menos participantes<br />

e a razão que nos dão é pelo facto de<br />

não terem avião, seja porque os preços dos<br />

bilhetes estão muito mais caros, seja porque<br />

não conseguem lugar, pois não há capacidade<br />

aérea». Relativamente ao primeiro trimestre,<br />

os resultados do MICE até podem estar acima<br />

do ano passado, mas com grupos muito mais<br />

pequenos. Mas o problema não se cinge ao aeroporto<br />

de Lisboa, pois o da Madeira também<br />

gera grandes constrangimentos, «se a situação<br />

se revelar como no ano passado vamos ter<br />

dias complicados, com mais irregularidades<br />

do que ver clientes a chegar».<br />

Apesar de, para todos, os resultados estarem<br />

em linha com o expectável e sempre<br />

positivos, a verdade é que são hoje mais difíceis<br />

de alcançar do que o eram, por exemplo,<br />

no ano passado. «Este está a revelar-se um<br />

ano muito mais desafiante, pelo que estamos<br />

muito expectantes para perceber como se vai<br />

desenrolar até ao final do ano.» A verdade é<br />

que, enquanto a economia estiver favorável e<br />

não der indícios de recuo ou abrandamento, o<br />

outgoing vai continuar a funcionar bem, «estão<br />

a surgir novos mercados, assistimos ao<br />

regresso de mercados de “mass market” que<br />

tinham deixado de funcionar, como o Egipto,<br />

pelo que tudo isso ajuda ao consumo, nomeadamente<br />

da viagem massificada».<br />

Relativamente ao Norte, mais concretamente<br />

ao Porto, o problema do aeroporto<br />

ainda não se coloca, pelo que, «sobretudo<br />

em lazer, foi um mercado que cresceu bastante».<br />

Outro dos segmentos que também<br />

tem trazido bons resultados à Invicta é o<br />

MICE e o corporate, «com os grupos a descobrirem<br />

a cidade e a escolherem-na para<br />

as suas viagens de incentivos e negócios».<br />

Já o Algarve tem-se revelado um mercado<br />

consistente, com resultados positivos em linha<br />

com o esperado. Mas, é preciso cuidado<br />

e atenção, pois «vemos os dois principais<br />

mercados da região a alterar comportamentos,<br />

pois o mercado alemão está de regresso a<br />

destinos como a Turquia e o Egipto, e o mercado<br />

inglês sofre com a indecisão do Brexit».<br />

Não será solução ir buscar clientes a outros<br />

mercados emissores? «Não será nunca a solução,<br />

porque, para o fazer, teríamos de baixar<br />

preços, não só nos hotéis como no golfe,<br />

algo que não é viável em termos de resultados.<br />

Talvez o mercado asiático pudesse ajudar<br />

a colmatar esta situação, mas teríamos<br />

de lhe prestar mais atenção, algo que ainda<br />

não acontece.»<br />

A realidade é que os mercados alternativos<br />

não estão na Europa, «não são estes que<br />

vão compensar as perdas que estamos a sofrer<br />

com os mercados alemão e inglês, por isso<br />

talvez seja, efectivamente, importante olharmos,<br />

em conjunto, para os diferentes mercados<br />

asiáticos».<br />

Olhando para <strong>2019</strong>, a conclusão é «se<br />

conseguirmos fazer os mesmos resultados<br />

que em 2018, ficamos todos contentes, pois<br />

será um ano razoável».<br />

«Este não é de todo um ano fácil,<br />

entre o aeroporto e outras questões<br />

esperamos conseguir os melhores<br />

resultados possíveis.»<br />

119 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


CADERNO ESPECIAL // TURISMO /<br />

/ A PAV T //<br />

Incentivar<br />

o turismo<br />

A Associação Portuguesa<br />

das Agências de Viagens<br />

e <strong>Turismo</strong> realiza, em <strong>2019</strong>,<br />

o seu congresso anual<br />

na ilha da Madeira<br />

Ao longo dos últimos 67 anos, a Associação<br />

Portuguesa das Agências de Viagens e <strong>Turismo</strong><br />

(APAVT) tem desempenhado um papel<br />

fundamental no desenvolvimento do turismo<br />

nacional. Tendo no debate de ideias um dos<br />

seus alicerces, a APAVT realiza este ano o seu<br />

congresso anual na ilha da Madeira, como<br />

revela em entrevista o seu presidente, Pedro<br />

Costa Ferreira.<br />

Este ano o congresso da APAVT acontece<br />

na Madeira. Porquê esta escolha?<br />

Desde logo, e como primeira razão, pela<br />

extraordinária importância da Madeira, quer<br />

para o mercado emissor português, quer enquanto<br />

destino turístico mundial. Mas também<br />

por sentirmos que o destino atravessa<br />

um momento particularmente delicado, vítima<br />

de uma série de falências de companhias<br />

aéreas, da desvalorização da libra face<br />

ao euro, e de um aeroporto que coloca a ilha<br />

em sérios riscos de ser carimbada como “não<br />

credível”, do ponto de vista das operações de<br />

risco. Finalmente, porque fazemos uma avaliação<br />

muito positiva do trabalho da Associação<br />

de Promoção da Madeira.<br />

Sandra M. Pinto<br />

Paulo Alexandrino<br />

120 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


Como avalia o papel e o peso das agências<br />

de viagens e operadores turísticos no<br />

desenvolvimento do turismo da Madeira?<br />

O sector das agências de viagens tem sido<br />

historicamente fundamental; no presente,<br />

é simplesmente e tão-só o mais importante<br />

veículo de vendas do destino.<br />

Analisando o turismo da ilha nos últimos<br />

10 anos, há muitas diferenças na forma<br />

como o destino é vendido/distribuído?<br />

Do ponto de vista da abordagem do negócio,<br />

o desenvolvimento das low cost e a digitalização<br />

da economia mudaram os modelos<br />

de distribuição, afastando-os da comercialização<br />

charter mais tradicional. Por outro<br />

lado, claro que também notamos no próprio<br />

destino importantes linhas de modernização,<br />

do lado da oferta. Digamos que identificamos<br />

uma óbvia evolução na área da promoção,<br />

mais profissional, mais moderna, e vectores<br />

de caracterização do destino que vão ao encontro<br />

das actuais tendências da procura.<br />

São muitas as vozes que referem que o<br />

aeroporto da Madeira tem constituído um<br />

entrave ao crescimento do turismo e do investimento<br />

na ilha. Concorda?<br />

Completamente. Vivemos uma situação<br />

perfeitamente anacrónica, que urge resolver.<br />

Temos os mesmos ventos, temos uma pista<br />

maior, temos melhor tecnologia a bordo das<br />

aeronaves e no aeroporto, e, acima de tudo<br />

isto, tivemos um enorme crescimento das<br />

incidências, que atingiram níveis insuportáveis,<br />

do ponto de vista da rentabilidade das<br />

operações. O destino corre simplesmente o<br />

risco de ser carimbado como “não credível”.<br />

Será este o maior desafio que se coloca<br />

ao turismo da Madeira?<br />

Não será o único, mas não podemos negar<br />

que torna outros mais difíceis de ultrapassar.<br />

A Madeira sofreu as consequências da falência<br />

de uma série de companhias de aviação.<br />

Todas estas falências significam uma<br />

quebra de procura, que demorará tempo a ser<br />

substituída. E aqui entronca o problema do<br />

aeroporto. Se for rotulado de “pouco seguro”,<br />

do ponto de vista da capacidade de realização<br />

normal de operações, mais difícil será<br />

substituir as operações agora perdidas. Mas,<br />

é evidente, que existem mais desafios. Entre<br />

outros, o facto de termos um crescimento importante<br />

de camas, justamente numa altura<br />

em que há menos voos, ou a eventual necessidade<br />

de promovermos a Madeira em novos<br />

mercados, como os EUA ou o Brasil, agora que<br />

ficou clara a dependência perigosa do mercado<br />

do Reino Unido.<br />

Relativamente a Portugal continental,<br />

fala-se do abrandamento do turismo para<br />

<strong>2019</strong>, isso mesmo referiu ao falar em fim de<br />

ciclo no congresso de 2018. De que forma<br />

pode o sector combater esta tendência?<br />

Falei em fim de ciclo, e, hoje, não vejo<br />

absolutamente ninguém capaz de desmentir<br />

este facto. Quando hoje caracterizamos<br />

Portugal enquanto destino turístico, somos<br />

obrigados a falar de um óbvio abrandamento<br />

do crescimento, o que, aliado ao crescimento<br />

da oferta hoteleira, não pode deixar de ser<br />

considerado sensível. Curiosamente, quando<br />

falei em fim de ciclo, no último congresso da<br />

APAVT, também expliquei que não via nada<br />

de decididamente desagradável ou extraordinariamente<br />

preocupante. E também admiti<br />

como absolutamente viável a possibilidade<br />

de o novo ciclo ser de consolidação e não de<br />

decrescimento, que é o mesmo que parece estar<br />

a acontecer, com um abrandamento, mas,<br />

ainda assim, um crescimento das receitas.<br />

Portanto, respondendo à sua pergunta, não<br />

sei se temos que combater uma tendência,<br />

que é de consolidação, em cima de um extraordinário<br />

crescimento.<br />

Na sua perspectiva, quais os maiores<br />

desafios que se colocam a Portugal enquanto<br />

destino turístico?<br />

Temos de resolver o problema dos aeroportos<br />

(Lisboa, Madeira e Faro têm problemas<br />

diferentes), uma vez que os turistas entram<br />

por via aérea. Temos de apostar na formação,<br />

porque não possuímos mão-de-obra capaz de<br />

dar resposta ao crescimento recente e temos,<br />

óbvias, deficiências ao nível do serviço.<br />

Precisamos de integrar mais território do<br />

ponto de vista turístico, porque é este o único<br />

modo de diminuirmos assimetrias, de combatermos<br />

a sazonalidade e de aumentarmos a<br />

estada média dos turistas.<br />

Temos de manter os esforços de ordenamento<br />

do território e de defesa da autenticidade,<br />

ao mesmo tempo que precisamos de<br />

desenvolver políticas específicas direccionadas<br />

ao MI – Meetings & Incentives, o que<br />

implicará pensarmos não apenas em centros<br />

e congressos, mas também em melhor mobilidade<br />

nas cidades, mais hotéis de referência,<br />

apenas para dar alguns exemplos. Mas, evidentemente,<br />

a lista não fica por aqui, pois há<br />

ainda tanto para fazer!<br />

Desafios das agências<br />

de viagens<br />

As agências de viagens continuam a ser<br />

quem está mais perto dos clientes, e<br />

residirá aí a maior vantagem do sector. Os<br />

agentes de viagens são os mais bem<br />

posicionados para captar turistas nos mais<br />

diversos níveis de procura, para definir as<br />

principais linhas de política, para contribuir<br />

para a melhoria do serviço e o aumento<br />

dos níveis de satisfação dos turistas. Se é<br />

verdade que necessitamos de volante, de<br />

ergonomia, de equilíbrios, de caixa de<br />

velocidades, também é verdade que sem<br />

motor o carro não anda. Continuamos a ser<br />

o principal motor da indústria do turismo.<br />

Além deste nosso papel tão imprescindível,<br />

enfrentamos outros desafios importantes, o<br />

principal dos quais continuar a gerar valor<br />

para o cliente.<br />

121 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


CADERNO ESPECIAL // TURISMO /<br />

/ DOM PEDRO HOTELS & GOLF COLLECTION //<br />

Melhor<br />

destino<br />

de golfe<br />

da<br />

Europa<br />

De olhos postos no futuro,<br />

a Dom Pedro Hotels & Golf<br />

Collection está atenta às<br />

exigências do mercado.<br />

Neste âmbito, a marca está<br />

presente nos cinco campos<br />

de golfe de Vilamoura<br />

O golfe nasceu na Escócia no século XIV.<br />

Devido às boas condições que oferece, Portugal<br />

é um dos melhores e mais escolhidos destinos<br />

de golfe da Europa. Essa situação reflecte-se<br />

nos prémios que, ao longo dos anos, tem<br />

vindo a angariar, com destaque para a eleição,<br />

cinco vezes consecutivas, como Melhor<br />

Destino de Golfe do Mundo pelos World Golf<br />

Awards. A maioria dos campos de golfe localiza-se<br />

na região do Algarve, onde a marca<br />

Dom Pedro é detentora dos cinco campos de<br />

golfe de Vilamoura. Situados num raio de três<br />

km, permitem que o destino seja reconhecido<br />

como a oferta de golfe mais completa da Europa.<br />

De entre os cinco campos da marca Dom<br />

Pedro, encontra-se o lendário Dom Pedro Old<br />

Course e o Dom Pedro Victoria, anfitrião do<br />

“Portugal Masters” desde 2007.<br />

Dom Pedro Victoria e o “Portugal Masters”<br />

A European Tour, organização que opera o<br />

circuito de golfe profissional mais importante<br />

da Europa, elegeu nos últimos 12 anos o Dom<br />

Pedro Victoria Golf Course em Vilamoura,<br />

como palco do “Portugal Masters”, um dos<br />

seus principais torneios. Esta escolha deu ao<br />

Dom Pedro Victoria a designação de “championship<br />

signature course”, sendo considerado<br />

um dos melhores e mais desafiantes campos<br />

da Europa, desenhado por Arnold Palmer<br />

“The King”, um dos maiores jogadores da história<br />

do golfe profissional. Em 2018, o “Portugal<br />

Masters” serviu como preparação para<br />

o maior torneio de golfe do mundo, o “Ryders<br />

Cup”, um evento que acontece de dois em dois<br />

anos e onde participam os melhores golfistas<br />

dos Estados Unidos da América e da Europa.<br />

Uma das estrelas que participou no “Portugal<br />

Masters” 2018 foi Sérgio Garcia, golfista<br />

espanhol que joga no PGA Tour (EUA) e no<br />

European Tour (Europa). Em <strong>2019</strong>, o “Portugal<br />

Masters” vai decorrer entre 24 e 27 de<br />

Outubro no Dom Pedro Victoria e conta com<br />

“prize money” de 2.000.000 euros. Este é o<br />

único evento de golfe em Portugal, que junta<br />

a elite dos profissionais de golfe, e mais de 40<br />

mil espectadores. Os bilhetes já se encontram<br />

à venda e o Dom Pedro Hotels & Golf Collection<br />

vai ter em breve ofertas muito especiais,<br />

com alojamento e bilhetes. Basta aceder ao<br />

site www.dompedrogolf.com.<br />

Golfe para os mais jovens<br />

A ideia de que o golfe é um desporto caro e<br />

para seniores está ultrapassada. Em Vilamoura<br />

a realidade é bem diferente! Os cinco campos<br />

Dom Pedro, em parceria com o Clube de<br />

Golfe de Vilamoura, organizam com as escolas<br />

locais, durante o período de férias, clínicas<br />

de golfe gratuitas, além de aulas com preços<br />

muito especiais para jovens dos 7 aos 18 anos.<br />

De referir que estes jovens participam ao longo<br />

do ano em torneios organizados pela Federação<br />

Portuguesa de Golfe, ficando sempre<br />

no topo das classificações. O Clube de Golfe<br />

de Vilamoura é um dos mais dinâmicos e bem<br />

cotados do país e uma das melhores escolas<br />

de golfe de Portugal, sendo que dela já saíram<br />

profissionais como Ricardo Mello Gouveia e<br />

João Carlota. Com esta parceria, pretende-se<br />

incentivar a juventude para a prática deste<br />

desporto, sob a observação e orientação de<br />

profissionais qualificados nos melhores percursos<br />

de golfe da Europa.<br />

122 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


123 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


CADERNO ESPECIAL // TURISMO /<br />

/ PESTANA CHURCHILL BAY – POUSADA & HISTORIC HOTEL //<br />

124 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


A sua Pousada de Portugal<br />

na Madeira<br />

A partir de Junho<br />

é possível dormir<br />

na cidade pitoresca<br />

de Câmara de Lobos,<br />

na pousada do<br />

Pestana Hotel Group<br />

Com mais de sete décadas de história, as<br />

Pousadas de Portugal são sinónimo de qualidade,<br />

hospitalidade, cultura e tradição.<br />

Enquadrado numa estratégia de crescimento,<br />

o grupo chega agora à ilha da Madeira,<br />

onde inaugura, no próximo dia 7 de Junho,<br />

a Pestana Churchill Bay.<br />

Resultado da estratégia de expansão<br />

da marca Pousadas de Portugal, a primeira<br />

Pousada do Pestana Hotel Group na Madeira<br />

dá vida ao projecto de reconversão dos antigos<br />

edifícios da Lota e dos Paços do Conce-<br />

lho de Câmara de Lobos. «A abertura desta<br />

Pousada & Historic Hotel representa um<br />

investimento de quatro milhões de euros e<br />

a criação de cerca de 40 postos de trabalho,<br />

contribuindo assim para a dinamização da<br />

economia da região, bem como para a reabilitação<br />

urbana de Câmara de Lobos», refere<br />

fonte do grupo.<br />

Distando oito quilómetros do centro do<br />

Funchal, que poderão também ser percorridos<br />

a pé pela agradável promenade junto<br />

ao mar, a Pousada localiza-se no centro<br />

Sandra Pinto<br />

125 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


CADERNO ESPECIAL // TURISMO /<br />

/ PESTANA CHURCHILL BAY – POUSADA & HISTORIC HOTEL //<br />

local, o Pestana Churchill Bay acolhe 57 quartos<br />

- 23 Deluxe Superior Bay View, 22 Deluxe<br />

Bay View, quatro Deluxe Superior Bay View<br />

e oito Classic -, restaurante, bar, esplanada e<br />

piscina panorâmica, disponibilizando serviço<br />

de sauna e massagens.<br />

«Com vista privilegiada sobre a baía,<br />

cada um dos quartos tem uma decoração inspirada<br />

na famosa pintura de Winston Churchill,<br />

que dá nome à unidade», revela fonte<br />

do grupo.<br />

Relembre-se que, em 1950, o primeiro-<br />

-ministro britânico visitou a ilha da Madeira<br />

e, inspirado pela beleza natural da região,<br />

retratou a paisagem de Câmara de Lobos. O<br />

momento foi imortalizado pelo fotógrafo<br />

Raul Perestrello, passando esta localização<br />

a ser popularmente conhecida como o miradouro<br />

Winston Churchill.<br />

De entre a oferta gastronómica da unidade<br />

hoteleira, destaca-se o pequeno-almoço<br />

buffet com produtos locais e especialidades,<br />

sempre com recurso aos mais frescos ingredientes<br />

sazonais. De referir que o almoço e o<br />

jantar são servidos à lá carte com enfoque nas<br />

sugestões de peixe, como o afamado peixe-<br />

-espada preto, ainda hoje pescado de forma<br />

artesanal. Nas bebidas disponibilizadas no<br />

bar destacam-se o Vinho da Madeira, produto<br />

de que o município de Câmara de Lobos é<br />

o principal centro produtor, e a emblemática<br />

Poncha, bebida feita à base de aguardente de<br />

cana-de-açúcar e sumo de limão.<br />

Estratégia de crescimento<br />

Câmara de Lobos<br />

Principais eventos gastronómicos<br />

• Festa gastronómica do peixe-espada<br />

preto (Agosto)<br />

• Festa do Vinho da Madeira<br />

(Agosto/Setembro)<br />

• Festa da Castanha – Curral das Freiras<br />

(Novembro)<br />

histórico da vila de Câmara de Lobos. Situada<br />

numa vila piscatória, construída em<br />

anfiteatro sobre a baía, deve o seu nome ao<br />

avistamento de uma comunidade de lobos<br />

marinhos, aquando da sua descoberta pelo<br />

navegador Gonçalves Zarco, por volta de<br />

1420. «A baía exibe um casario branco sublinhado<br />

por barras coloridas, tendo como<br />

pano de fundo o verde das bananeiras que<br />

revestem a montanha e o azul profundo do<br />

Atlântico. Tal como na pintura de Winston<br />

Churchill, o cenário pitoresco é complementado<br />

pelos barcos típicos dos pescadores de<br />

Câmara de Lobos», destaca fonte do grupo.<br />

Na primeira linha do mar e perfeitamente<br />

enquadrado com o contexto arquitectónico<br />

As Pousadas de Portugal preparam-se<br />

para investir num plano de internacionalização,<br />

estando prevista a abertura de cinco<br />

Pousadas fora de Portugal até 2023, num total<br />

de 300 quartos.<br />

«As Pousadas de Portugal são uma das<br />

marcas que mais cresce dentro do portefólio<br />

do Pestana Hotel Group e, em termos estratégicos,<br />

faz todo o sentido apostar na ilha<br />

da Madeira, um destino com forte ligação às<br />

origens do grupo e que nos permite alargar o<br />

contacto com novos mercados», refere Luís<br />

Castanheira Lopes, presidente das Pousadas<br />

de Portugal.<br />

De referir que o desenvolvimento da marca<br />

em novas geografias vem reforçar a aposta<br />

das Pousadas de Portugal na diversificação de<br />

mercados que, para além de Portugal e Reino<br />

Unido, que ainda constituem a maioria dos<br />

hóspedes, se centra agora nos EUA, Espanha,<br />

Alemanha, França, Holanda e Bélgica.<br />

126 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


ABERTURA 10 DE MAIO<br />

PESTANA BLUE ALVOR ALL INCLUSIVE<br />

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CADERNO ESPECIAL // TURISMO /<br />

/ ISAG – EUROPEAN BUSINESS SCHOOL //<br />

<strong>Turismo</strong> 4.0: afirmação do<br />

destino pela economia digital<br />

O turismo encontra-se<br />

numa constante neces sidade<br />

de actualização e<br />

feedback, já que os con sumidores<br />

se mostram cada<br />

vez mais exi gentes,<br />

procurando experiências<br />

de quali dade, que nem<br />

sempre são compatíveis<br />

com sugestões massificadas<br />

O potencial da tecnologia no processo de<br />

optimização dos destinos, nomeadamente<br />

em processos de reservas e agendamentos<br />

de actividades, fez com que Portugal, numa<br />

iniciativa do Ministério da Economia, da Secretaria<br />

de Estado do <strong>Turismo</strong> e do <strong>Turismo</strong><br />

de Portugal, tenham definido uma estratégia<br />

de modernização da oferta turística alinhada<br />

com a indústria 4.0, promovendo a transição<br />

da actividade para a economia digital.<br />

Para potencializar o desenvolvimento de<br />

soluções, é fundamental fomentar um ecossistema<br />

de cooperação tecnológica e empresarial.<br />

No sector turístico, o investimento no<br />

digital tem-se revelado um factor decisivo<br />

para a competitividade, apresentando novas<br />

oportunidades de renovação e de evolução<br />

sustentável do sector, capacitando os players<br />

de ferramentas e estratégias que difundem<br />

os destinos dentro e além-fronteiras. A nova<br />

abordagem do sector permite trabalhar a<br />

promoção internacional de empresas e da<br />

inovação que é feita em Portugal, bem como<br />

antecipar mudanças no futuro.<br />

Consciente da rápida evolução do sector<br />

e da necessidade de responder às exigências,<br />

o ISAG – European Business School (ISAG –<br />

EBS) tem apostado na formação especializada<br />

e na adequação dos seus planos de estudos<br />

e metodologias de ensino. Catarina Nadais,<br />

coordenadora da Licenciatura em <strong>Turismo</strong><br />

no ISAG – EBS (licenciatura reconhecida<br />

pelo <strong>Turismo</strong> de Portugal), explica que «para<br />

conseguirmos formar profissionais de turismo<br />

que acrescentem valor às empresas,<br />

temos de os dotar das capacidades técnicas<br />

adequadas a esta nova realidade». Criação de<br />

Produtos e Experiências Turísticas, Gestão<br />

de e-<strong>Turismo</strong> e Marketing Turístico e Digital<br />

são alguns exemplos de unidades curriculares<br />

que «integram a nossa licenciatura em<br />

<strong>Turismo</strong> garantindo uma resposta às exigências<br />

actuais do mercado e desafiando os estudantes<br />

a questionar e criar novas soluções,<br />

tornando-os agentes activos na construção<br />

do caminho futuro do sector».<br />

A coordenadora sublinha que, de forma<br />

a garantir a identidade de cada destino<br />

ou produto, o «turismo deve desenvolver-<br />

-se num formato equilibrado, considerando<br />

a comunidade, as preocupações ambientais<br />

e a sua sustentabilidade turística». Portugal<br />

está na travel list dos visitantes mundiais e<br />

é, por isso, fundamental que «aproveite esta<br />

oportunidade e garanta a perduração destes<br />

efeitos positivos no território, recorrendo ao<br />

potencial da era digital para a comunicação<br />

dos destinos». A instituição de ensino superior<br />

politécnico, localizada no Grande Porto,<br />

tem procurado colocar a inovação digital na<br />

agenda do sector, partilhando com os futuros<br />

profissionais «novas realidades e estratégias<br />

que valorizam o capital humano e reconhecem<br />

o papel fundamental do turismo na recuperação<br />

económica das regiões», salienta.<br />

Catarina Nadais destaca ainda a «importância<br />

de Portugal se reinventar, dentro e fora<br />

do contexto digital, mantendo-se atractivo e<br />

sedutor para os turistas, principalmente em<br />

destinos inexplorados do nosso território».<br />

128 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


ANO LETIVO <strong>2019</strong>/20<br />

LICENCIATURAS<br />

Gestão de Empresas<br />

Gestão Hoteleira<br />

Relações Empresariais<br />

<strong>Turismo</strong><br />

PÓS-GRADUAÇÕES<br />

Digital Maketing Strategy<br />

Direção Comercial e Marketing<br />

Fiscalidade<br />

Fiscalidade Avançada<br />

Gestão Empresarial<br />

Gestão de Recursos Humanos<br />

Hotel Management<br />

FORMAÇÃO À MEDIDA<br />

MBA<br />

Executivo<br />

MESTRADOS<br />

Direção Comercial e Marketing<br />

Gestão de Empresas<br />

CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO<br />

Expertise in Wine Management<br />

Finanças para não Financeiros<br />

Gestão da Qualidade<br />

Revenue and Pricing Management<br />

Procediemento de Inspeção Tributária<br />

e Processo Criminal Tributário<br />

CURSOS TÉCNICOS<br />

SUPERIORES PROFISSIONAIS<br />

Contabilidade e Fiscalidade<br />

Desenvolvimento de Produtos<br />

Turísticos<br />

Gestão de Marketing Digital<br />

Gestão e Comércio Internacional<br />

Restauração e Bebidas


CADERNO ESPECIAL // TURISMO /<br />

/ TA AG //<br />

Crescimento sustentado<br />

Modernidade da frota e<br />

ampla rede de voos são as<br />

principais características<br />

diferenciadoras da TAAG<br />

Linhas Aéreas de Angola<br />

A TAAG Linhas Aéreas de Angola é a<br />

companhia aérea estatal angolana. A partir<br />

do seu hub, em Luanda, serve uma ampla<br />

rede de voos domésticos e internacionais<br />

em África e na América do Sul, como refere<br />

em entrevista Mónica Cristino, directora da<br />

companhia aérea para a Europa.<br />

Quando e como nasceu a TAAG?<br />

A TAAG iniciou actividade como DTA –<br />

Divisão dos Transportes Aéreos de Angola<br />

em 1938 e realizou os seus primeiros voos em<br />

1940, para o Namibe, Lobito e Ponta Negra.<br />

Em 1975 foi feito o primeiro voo para Lisboa<br />

e a companhia passou a estabelecer-se também<br />

na Europa.<br />

Como descreve a vossa missão?<br />

Enquanto companhia aérea de bandeira<br />

de Angola, a TAAG está empenhada em contribuir<br />

para a disseminação da boa imagem<br />

do país pelo mundo e em continuar a ser uma<br />

companhia segura e actual, detentora de<br />

uma das frotas mais modernas a operar entre<br />

Portugal e as principais cidades lusófonas e<br />

da África Austral. Pretende ainda continuar<br />

a oferecer aos seus passageiros horários convenientes,<br />

bem como tarifas e tempos de duração<br />

de voos altamente competitivos.<br />

Qual a filosofia da empresa?<br />

A sua filosofia assenta na melhoria contínua,<br />

que tem como foco os interesses dos<br />

130 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


seus actuais e potenciais passageiros. É por<br />

isso que modernizamos constantemente a<br />

nossa frota, que continuamos a abrir novas<br />

rotas, que oferecemos tarifas muitíssimo<br />

competitivas e que definimos cuidadosamente<br />

os nossos horários, treinando continuamente<br />

todos os nossos colaboradores.<br />

Como classifica o vosso crescimento?<br />

Em Portugal tem sido muito bom e positivo.<br />

Para se ter uma ideia, desde 2017 aumentámos<br />

a oferta de lugares semanais de<br />

2900 para 5000; em 2017 transportámos 22%<br />

mais passageiros do que no ano anterior, em<br />

2018 transportámos mais 10% do que em<br />

2017 e este ano continuamos a crescer.<br />

Por outro lado, os parceiros da indústria<br />

receberam-nos muito bem e têm-se mantido<br />

connosco desde o primeiro dia.<br />

O mesmo acontece na Europa, onde estamos<br />

presentes em mais sete países, que<br />

dependem da delegação de Portugal (Reino<br />

Unido, França, Itália, Bélgica, Rússia, Alemanha<br />

e Holanda).<br />

Qual a estratégia seguida?<br />

Temos trabalhado bastante, mas há ainda<br />

muito para fazer. Vamos continuar a<br />

aproximar-nos cada vez mais dos parceiros<br />

da indústria, por um lado, e, por outro, tencionamos<br />

investir cada vez mais em comunicação,<br />

nomeadamente no digital, de forma a<br />

aumentar brand awareness.<br />

De referir ainda que os consumidores<br />

têm vindo claramente a mudar e valorizam<br />

cada vez mais a experiência e a novidade, o<br />

que representa uma excelente oportunidade<br />

para a TAAG, que voa para vários destinos<br />

que podem ser considerados exóticos.<br />

Sentimos que há uma curiosidade cada<br />

vez maior em explorar os vários destinos<br />

para onde voamos, pelo que estamos constantemente<br />

a desenvolver diversos produtos<br />

específicos adaptados às especificidades de<br />

cada mercado.<br />

Quantos aviões integram hoje a vossa<br />

frota e quais os modelos?<br />

A TAAG possui uma frota de 13 Boeing:<br />

cinco Boeing 777-300 ER, três Boeing 777-<br />

-200 ER e cinco Boeing 737-700 ER.<br />

De salientar que esta é uma das frotas<br />

mais modernas a operar entre a Europa e a<br />

África Austral, já que 20% é constituída por<br />

aviões construídos em 2016, 70% são de 2011<br />

ou posterior, sendo que nenhum avião é anterior<br />

a 2007.<br />

Num mercado cada vez mais concorrencial,<br />

como o da aviação, como se posiciona<br />

a TAAG?<br />

De duas formas, essencialmente: como<br />

a companhia aérea de eleição para voar da<br />

Europa para a África Austral, por um lado,<br />

e como uma companhia aérea focada na excelência<br />

da experiência dos seus passageiros,<br />

por outro. Neste sentido, têm sido implementadas<br />

sucessivamente uma série de<br />

melhorias significativas nos últimos tempos,<br />

como o aumento do conforto e a renovação<br />

da imagem no interior dos seus aviões, o aumento<br />

da frequência das rotas e da conectividade<br />

dentro da rede, o desenvolvimento e<br />

potenciação dos diferentes canais de vendas,<br />

um maior investimento no digital e claro –<br />

um contínuo investimento em tudo o que esteja<br />

ligado à área da segurança.<br />

Que vantagens oferecem aos passageiros<br />

por viajar na TAAG?<br />

Praticamos preços altamente competitivos<br />

com tudo incluído: refeição, bagagem<br />

(com um mínimo de duas peças de bagagem<br />

de porão por pessoa), check-in online, frota<br />

moderna, um dos espaços de assento mas generosos<br />

a nível mundial em classe Económica<br />

(o que é altamente relevante em termos de<br />

conforto) e fast track em Luanda para passageiros<br />

das classes Executiva e Primeira, entre<br />

outras vantagens. Somos a única companhia<br />

aérea a voar directamente do Porto para<br />

Luanda (três vezes por semana com voos<br />

nocturnos), servindo, assim, todo o norte e<br />

centro de Portugal, bem como o norte de Espanha.<br />

Não posso ainda deixar de mencionar<br />

que somos a companhia aérea com o voo<br />

mais rápido entre Portugal e Joanesburgo<br />

e que actualmente já não é necessário visto<br />

para Angola para os passageiros em trânsito<br />

por um período inferior a 24 horas.<br />

131 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


CADERNO ESPECIAL // TURISMO /<br />

/ TA AG //<br />

Falls. Operamos também para Maputo, para<br />

o Rio de Janeiro, para São Paulo e para Havana.<br />

E claro, voamos para Luanda que, apesar<br />

de a maioria das pessoas não o saber, Angola<br />

é um país lindíssimo e imenso, com diversas<br />

maravilhas naturais para explorar, como as<br />

Quedas de Kalandula, a Floresta do <strong>Maio</strong>mbe<br />

e uma costa fantástica, que oferece condições<br />

de surf fabulosas e terreno infinito para aos<br />

mais aventureiros fazerem trekking ou viagens<br />

4x4. Por último, temos acordos de code<br />

share na Europa com a Air France, a KLM, a<br />

Lufthansa e a Brussels Airlines, que à partida<br />

poderão não parecer óbvios para Portugal,<br />

mas que fazem toda a diferença quando não<br />

há lugares disponíveis nos voos directos.<br />

De referir que acabámos de reabrir a rota<br />

com destino ao Sal, em Cabo Verde, no passado<br />

dia 26 de Abril.<br />

Mónica Cristino, directora da TAAG para a Europa<br />

Que género de cartões e programa de fidelização<br />

têm para oferecer?<br />

Temos o programa de passageiro frequente<br />

Umbi Umbi. Os benefícios de adesão<br />

incluem uma linha de atendimento dedicada,<br />

através da qual se podem fazer upgrades<br />

com milhas, ganhar milhas de bónus,<br />

transferir milhas para outros utilizadores,<br />

entre outros. É um programa no qual é muito<br />

fácil acumular milhas: 1 USD = 1 milha (a<br />

nossa base tarifária é em dólares). A título<br />

de curiosidade, vale a pena mencionar que<br />

umbi umbi é o nome de um pássaro angolano<br />

que, segundo a tradição local, não só anuncia<br />

o nascer do sol e as boas sementeiras, como<br />

também voa alto e convida outros pássaros a<br />

voarem com ele, para que juntos possam ter<br />

uma visão mais ampla do mundo.<br />

Que destinos têm para oferecer ao mercado<br />

português?<br />

Somos, naturalmente, muito fortes em<br />

África. Mas ao contrário do que muitas pessoas<br />

pensam, estamos longe de voar apenas<br />

para Luanda. Na verdade, voamos de Lisboa<br />

e Porto para destinos tão variados como São<br />

Tomé, Cabo Verde, Namíbia (que é um destino<br />

de sonho para safaris) ou África do Sul.<br />

A Cidade do Cabo é uma cidade completa<br />

como poucas no que diz respeito às actividades<br />

outdoor que oferece e Joanesburgo é<br />

um gateway clássico para o Kruger Park – e<br />

voamos para ambas as cidades. Com a TAAG<br />

é ainda possível voar para a Zâmbia ou para o<br />

Zimbabué e visitar as maravilhosas Victoria<br />

Como está a correr a operação? Estão os<br />

resultados obtidos dentro do previsto?<br />

O primeiro trimestre de <strong>2019</strong> correu bastante<br />

bem. Sente-se um abrandamento da<br />

procura para Luanda, com maior expressão<br />

no segmento corporate, mas mesmo assim<br />

conseguimos neste período aumentar a nossa<br />

quota de mercado. Ainda que forma tímida,<br />

a procura pelos destinos além-Luanda<br />

também aumentou. É uma questão de hábito<br />

- o nosso ADN está ainda muito ligado a Angola,<br />

mas na verdade somos uma companhia<br />

aérea internacional. No geral, sentimos que<br />

estamos claramente no bom caminho.<br />

Quais as expectativas da TAAG para o<br />

médio prazo?<br />

Queremos continuar a crescer e a consolidar<br />

esse crescimento. Queremos também<br />

ser cada vez mais uma companhia de referência<br />

no que diz respeito não só a voos para<br />

Angola, mas também para os outros países<br />

para onde voamos.<br />

132 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


CADERNO ESPECIAL // TURISMO /<br />

/ TAP CORPORATE //<br />

Para as viagens<br />

de negócios<br />

134 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


TAP Corporate, um serviço<br />

da companhia aérea<br />

nacional, que visa tornar<br />

o voo em negócios ainda<br />

mais confortável, aliando<br />

um conjunto de benefícios<br />

Com o objectivo de substituir o anterior<br />

programa tap|corporate fly, que se apresentava<br />

menos atractivo ao nível de utilização<br />

de benefícios acumulados pelos clientes-<br />

-empresa, surgiu o programa TAP Corporate<br />

em Fevereiro de 2017, como esclarece fonte<br />

da companhia. Dirigido a pequenas e médias<br />

empresas, este programa de fidelização permite<br />

a redução de custos nas viagens.<br />

«Disponível através do portal tapcorporate.com,<br />

o cliente tem igualmente acesso<br />

à informação sobre o programa em todos<br />

os canais TAP e ainda através dos agentes de<br />

viagens», refere fonte da companhia, esclarecendo<br />

que «este é um programa gratuito e<br />

que não exige mínimos para participação».<br />

Funcionamento do programa<br />

Sem mínimos para começar a poupar, o<br />

programa TAP Corporate funciona sempre<br />

que os colaboradores das empresas voam na<br />

companhia, pois, como refere fonte da TAP,<br />

«as suas viagens são convertidas em saldo<br />

para a empresa, ficando o saldo acumulado<br />

disponível para utilização como forma de<br />

pagamento em viagens e produtos TAP». Mas<br />

estarão todos os colaboradores integrados no<br />

programa, ou há um limite? «Todos os colaboradores<br />

com vínculo laboral e prestadores<br />

de serviço em nome da empresa que adquire<br />

a viagem estão incluídos» refere fonte da<br />

TAP. A esta situação acresce a necessidade de<br />

terem de estar igualmente registados na área<br />

de “Colaboradores” da empresa, «para que as<br />

viagens efectuadas pelos colaboradores registados<br />

sejam passíveis de acumulação de saldo<br />

para a empresa», ressalva a mesma fonte.<br />

Vantagens TAP Corporate<br />

A proposta de valor do programa é a redução<br />

de custos nas viagens empresariais,<br />

pois, sempre que os colaboradores viajam, a<br />

empresa acumula saldo, sendo que o saldo é,<br />

posteriormente, descontado em novas viagens<br />

e serviços. «O programa permite, igualmente,<br />

criar um ecossistema para as empresas<br />

através do portal tapcorporate.com, onde<br />

podem registar os seus colaboradores, consultar<br />

as viagens efectuadas, fazer as reservas<br />

das viagens e utilizar saldo», afirma fonte da<br />

companhia aérea. Além disso, as empresas<br />

«podem usufruir de um atendimento personalizado<br />

através de um serviço de atendimento<br />

exclusivo, assim como prioridade na<br />

gestão dos problemas que possam surgir». De<br />

referir que, em simultâneo, os colaboradores<br />

acumulam vantagens individuais através do<br />

programa TAP Miles&Go.<br />

Vamos acumular saldo?<br />

A cada colaborador que se inscreva no<br />

programa TAP Corporate, ser-lhe-á atribuído<br />

um código de identificação, «por exemplo:<br />

CIP123, código de identificação de empresa<br />

através do qual faremos a contabilização das<br />

viagens da empresa», afirma fonte da companhia<br />

aérea, pelo que deverá ser indicado<br />

135 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


CADERNO ESPECIAL // TURISMO /<br />

/ TAP CORPORATE //<br />

saldo, à medida que viajam na TAP», revela<br />

fonte da companhia aérea. Assim, os novos<br />

estatutos agora disponíveis permitem classificar<br />

a empresa/cliente tendo por base a<br />

receita voada ao longo dos últimos 12 meses<br />

- Tarifa e a Sobretaxa de Transportadora (YQ)<br />

-, atribuindo-lhe, assim, o respectivo estatuto<br />

correspondente: Total de Receita Voada<br />

acima dos 65.000 euros = TAP Corporate Plus<br />

ou Total de Receita Voada abaixo dos 65.000<br />

euros = TAP Corporate.<br />

Convém referir que «os estatutos são revistos<br />

num plano anual», reforça fonte da<br />

TAP, sublinhando que «o que muda de acordo<br />

com a classificação atribuída à empresa é a<br />

percentagem acumulada (cashback) por produto<br />

TAP consoante o estatuto da empresa».<br />

Benefícios e vantagens<br />

Tabela de acumulação<br />

Cabine Produto TAP TAP Corporate TAP Corporate Plus<br />

Executiva Top Executive 4% 5%<br />

Executive 3% 4%<br />

Económica Plus 4% 5%<br />

Classic 3% 4%<br />

Basic 2% 3%<br />

Discount 0% 0%<br />

sempre que as empresas adquirirem as suas<br />

viagens com a TAP. Este procedimento aplica-<br />

-se a reservas solicitadas directamente com a<br />

transportadora, ou através da sua agência de<br />

viagens, pois a partir daí, todos os bilhetes<br />

adquiridos e voados na TAP serão creditados<br />

na conta da empresa», refere fonte da TAP.<br />

A acumulação do saldo é calculado com<br />

base no valor da tarifa e sobretaxa da transportadora<br />

(YQ) sobre todos os bilhetes TAP<br />

que sejam voados em equipamento TAP. Cada<br />

produto TAP e estatuto tem um percentual de<br />

cashback associado (ver caixa).<br />

«O programa tem agora dois estatutos<br />

que permitem às empresas acumular mais<br />

O saldo obtido pode ser utilizado de diferentes<br />

formas, «para pagamento de novos<br />

bilhetes e/ou serviços associados à viagem,<br />

como acesso ao lounge, Fast Track/Green<br />

Way, bagagem ou marcação de lugares», afirma<br />

fonte da TAP, esclarecendo que a gestão do<br />

saldo é da total responsabilidade da empresa.<br />

Mas de que forma podem os utilizadores<br />

ter acesso a todos esses benefícios? «Existem<br />

dois canais próprios para o cliente-empresa<br />

usufruir dos benefícios acumulados», afirma<br />

fonte da transportadora, «por um lado,<br />

através de um motor de reservas disponível<br />

em tapcorporate.com, mas também através<br />

de um canal de atendimento exclusivo ao<br />

cliente-empresa, onde é possível proceder à<br />

reserva de viagens e serviços».<br />

No programa TAP Corporate não existe<br />

nenhum cartão físico associado, uma vez que<br />

«o programa foi criado na lógica de ser totalmente<br />

digital, funcionando através do portal<br />

tapcorporate.com, com serviço de atendimento<br />

exclusivo às empresas participantes<br />

no programa», relembra fonte da companhia<br />

aérea. Relativamente aos destinos, existem<br />

alguns para onde a TAP opera com mais preponderância<br />

no tráfego corporate, são eles<br />

Funchal, Madrid, Londres, Paris, São Paulo,<br />

Nova Iorque, Chicago e São Francisco.<br />

Sobre a importância destes clientes, refere<br />

fonte da companhia aérea que «o cliente<br />

corporate é muito importante para a TAP,<br />

dado que é quem mais regularmente utiliza os<br />

nossos serviços, em qualquer época do ano,<br />

o que lhe permite ter um muito bom conhecimento<br />

do padrão de qualidade dos serviços<br />

que prestamos».<br />

136 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


O programa TAP Corporate traz mais vantagens<br />

à sua empresa. Sempre que viajar, acumula saldo<br />

que lhe permite:<br />

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CADERNO ESPECIAL // TURISMO /<br />

/ VILA GALÉ //<br />

Collection de luxo<br />

Na submarca Collection, o grupo hoteleiro Vila Galé<br />

acolhe unidades requintadas e elegantes<br />

138 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


Vila Galé Collection Praia<br />

Vila Galé Collection Braga<br />

Com três décadas, o Grupo Vila Galé, o<br />

segundo maior grupo hoteleiro português,<br />

conta com 33 unidades hoteleiras. Dessas, 24<br />

localizam-se em Portugal, geograficamente<br />

espalhadas de norte a sul do País, e as restantes<br />

nove vamos encontrá-las no Brasil. Todas<br />

possuidoras de uma localização estratégica e<br />

privilegiada, trazem para o grupo a soma de<br />

7454 quartos e 15 286 camas, e um staff composto<br />

por 3200 colaboradores.<br />

Ao longo dos anos, o grupo tem vindo a<br />

alcançar um sucesso crescente, alicerçado na<br />

qualidade do serviço e no profissionalismo<br />

do staff. Das unidades do grupo, umas distinguem-se<br />

pela exclusividade. Assim, Vila<br />

Galé Collection é a submarca do Grupo Vila<br />

Galé, que integra estes hotéis, distintos das<br />

restantes unidades, pensados e desenvolvidos<br />

para serem um produto exclusivo com a<br />

chancela Vila Galé.<br />

«Esta submarca surgiu a partir do momento<br />

em que abrimos o Palácio dos Arcos, o<br />

qual resultou da recuperação de um palácio, e<br />

que carrega um conceito diferente e distinto<br />

dos outros hotéis Vila Galé», refere Catarina<br />

Pádua, directora de Marketing do grupo.<br />

«Sentimos a necessidade de criar uma marca<br />

que o distinguisse dos restantes. E como era o<br />

primeiro cinco estrelas do grupo em Portugal<br />

instalado num edifício com história, o novo<br />

conceito fazia ainda mais sentido.»<br />

Ter uma submarca deste género era um<br />

desejo já muito requisitado pelo grupo, pois,<br />

como refere Catarina Pádua, «já era algo que<br />

procurávamos». Num primeiro momento<br />

não tinhamos a pretensão que fosse uma<br />

unidade localizada fora da capital, «queria-<br />

-se abrir esta primeira unidade em Lisboa,<br />

mas apareceu aquela oportunidade de abrir<br />

em Paço de Arcos, e como o edifício tinha todos<br />

os requisitos que o grupo procurava, foi<br />

exactamente isso que aconteceu».<br />

Na base destas unidades, assenta a filosofia<br />

de estes serem hotéis boutique, com um<br />

conceito diferenciador baseado no requinte<br />

e na qualidade das instalações, mas, sobretudo,<br />

nos serviços disponibilizados, os quais<br />

surgem mais personalizados. As características<br />

distintivas destas unidades são, para<br />

Catarina Pádua, bastante notórias, referindo<br />

a responsável «as melhores amenities nos<br />

quartos, sendo que o conjunto é composto<br />

pelo normal champô e gel de banho, aos quais<br />

acrescem o creme hidratante, o engraxador,<br />

um melhor secador, roupão e os chinelos».<br />

Com esta submarca, o Grupo Vila Galé<br />

pretende prestar um serviço diferenciado e<br />

personalizado, «são hotéis, habitualmente,<br />

de dimensões mais reduzidas, daí conseguir-se<br />

ter uma relação mais próxima com<br />

o cliente», refere a responsável. «Estas são<br />

unidades que possuem características históricas<br />

muito específicas e que transitaram<br />

do edifício original, sendo igualmente hotéis<br />

onde, por exemplo, a gastronomia é muito<br />

diferenciadora, com cartas preenchidas por<br />

iguarias da região onde se encontram», crescenta.<br />

Neste momento, são quatro os Collection,<br />

o Palácio dos Arcos, o Collection Douro,<br />

o Praia e o Braga, sendo que, relativamente a<br />

139 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>


CADERNO ESPECIAL // TURISMO /<br />

/ VILA GALÉ //<br />

Vila Galé Collection Douro<br />

Vila Galé Collection Braga<br />

Vila Galé Collection Palácio dos Arcos<br />

uma possível abertura no estrangeiro, Catarina<br />

Pádua refere que, «para já, não está planeado,<br />

mas se surgir uma oportunidade de<br />

um edifício com estas características iremos<br />

utilizar a mesma submarca».<br />

De acordo com a responsável de marketing<br />

da Vila Galé, a submarca Collection vem<br />

preencher um nicho de mercado, «procuramos<br />

captar os viajantes que buscam experiências<br />

diferenciadoras, não só no destino,<br />

mas também no serviço da unidade hoteleira,<br />

seja ao nível dos quartos, da gastronomia ou<br />

do lazer, com os nossos Spa Satsanga, o quais<br />

marcam presença em todas estas unidades».<br />

Estes são hotéis focados em receber casais,<br />

sendo que, apesar de as crianças serem ali<br />

bem-vindas, «não possuem a animação característica<br />

de outros hotéis do grupo, nomeadamente<br />

os que se localizam no Algarve,<br />

onde existe animação de Abril a Outubro,<br />

com equipas especializadas, dia e noite».<br />

Novos Collection<br />

Sob a alçada da submarca Collection, o<br />

Grupo Vila Galé vai abrir, ainda em <strong>2019</strong>,<br />

o Vila Galé Collection Elvas, no dia 1 de Junho,<br />

e, no final deste ano ou início do próximo,<br />

o Vila Galé Collection Alter Real, em<br />

Alter do Chão, ambos recuperações no âmbito<br />

do projecto Revive. «Para além destes<br />

hotéis, que vão ser Collection, abrimos agora<br />

o Vila Galé Douro Vineyards. Um agroturismo<br />

localizado em Armamar, para já com<br />

sete quartos, para um total de 49, e adega da<br />

marca de vinhos Val Moreira», afirma Catarina<br />

Pádua, relativamente à primeira fase da<br />

nova unidade hoteleira. O grupo prevê ainda<br />

abrir em breve o seu primeiro hotel de montanha,<br />

o Vila Galé Serra da Estrela.<br />

Um olhar sobre o grupo<br />

No que diz respeito a <strong>2019</strong> e aos resultados<br />

até agora alcançados pelo grupo, Catarina<br />

Pádua refere que «já não estamos numa fase<br />

de crescimento a dois dígitos, situação que<br />

sentiu já em 2018. Assim, posso dizer que não<br />

estamos a prever esses crescimentos, pelo<br />

que os resultados estão mais ou menos dentro<br />

do previsto, com uma ligeira desaceleração».<br />

Além das aberturas acima referidas, o Grupo<br />

Vila Galé vai ainda inaugurar o Vila Galé<br />

Paulista. «Este será o nosso primeiro hotel<br />

em São Paulo. É algo que já ambicionávamos<br />

há algum tempo e que vai ganhar forma no<br />

primeiro trimeste de 2020», revela Catarina<br />

Pádua, «esta será uma unidade aberta na cidade<br />

de onde vem a maioria dos nossos clientes<br />

no Brasil».<br />

Para concluir, revela que o Grupo Vila<br />

Galé vai abrir mais um resort, «ficará localizado<br />

na Costa do Cacau e tem abertura prevista<br />

para 2021».<br />

140 \ Marketeer n.º 274, <strong>Maio</strong> de <strong>2019</strong>

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