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CADERNO ESPECIAL<br />
E-COMMERCE<br />
PATROCINADORES<br />
155 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
CADERNO ESPECIAL // E-COMMERCE /<br />
/ OPINIÃO //<br />
Uma vaga de digitalização<br />
Em Portugal, temos assistido a um crescimento<br />
acentuado da utilização da internet e, se<br />
considerarmos em particular o horizonte temporal<br />
dos últimos 10 anos, podemos verificar uma vaga<br />
importante de digitalização, tanto da administração<br />
pública como do sector privado<br />
Alexandre Nilo Fonseca,<br />
presidente da ACEPI – Associação da Economia Digital<br />
Passados 30 anos do nascimento da World<br />
Wide Web, ninguém questiona hoje a importância<br />
da internet nas nossas vidas, seja na<br />
forma como estudamos, trabalhamos, divertimos<br />
ou até compramos. A evolução do número<br />
de utilizadores a nível mundial tem sido<br />
exponencial, principalmente depois do surgimento<br />
da Amazon, Ebay e Google nos EUA,<br />
e da Alibaba, Baidu e Tencent na China, potenciadas<br />
posteriormente pelas redes sociais<br />
como a americana Facebook e a chinesa Wechat,<br />
e mais tarde pelos smartphones, onde a<br />
coreana Samsung, a chinesa Huawei e a americana<br />
Apple são hoje líderes globais destacadas<br />
– é pena não vermos nenhuma empresa<br />
europeia nesta arena global. Hoje, há mais<br />
de quatro mil milhões de pessoas a utilizar a<br />
internet das quais metade – cerca de 1,8 mil<br />
milhões – fazem compras através da internet.<br />
Em Portugal, temos assistido a um crescimento<br />
acentuado da utilização da internet e,<br />
se considerarmos em particular o horizonte<br />
temporal dos últimos 10 anos, podemos verificar<br />
uma vaga importante de digitalização,<br />
tanto da administração pública como do sector<br />
privado, sendo de destacar iniciativas públicas<br />
como o Simplex, a Contratação Pública Electrónica<br />
obrigatória, o programa E-Factura,<br />
a Chave Móvel Digital e, de forma geral, uma<br />
excelente oferta de serviços digitais ao dispor<br />
da população. É ainda de realçar a excelente<br />
infra-estrutura de acesso à internet disponibilizada<br />
aos portugueses, seja em rede de fibra<br />
óptica, seja redes móveis de nova geração.<br />
Dos cerca de oito milhões de portugueses<br />
que utilizam a internet, cerca de 50% já faz<br />
compras através da internet. Em 2018, os portugueses<br />
terão comprado online quase 5 mil<br />
milhões de euros, em particular no estrangeiro<br />
– quer da China, Reino Unido ou Espanha.<br />
Portugal é, aliás, um dos países europeus onde<br />
a sua população mais compra “cross-border”.<br />
As categorias de produtos mais compradas<br />
pelos portugueses através da internet são<br />
artigos de moda (i.e. roupa, acessórios e perfumaria),<br />
artigos de electrónica (i.e. computadores,<br />
telemóveis e acessórios), bem como<br />
artigos para o lar, incluindo electrodomésticos.<br />
No entanto, vale a pena destacar o crescimento<br />
que se tem verificado nos últimos anos<br />
na categoria de produtos de supermercado.<br />
Por outro lado, as categorias de serviços mais<br />
156 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
compradas pelos portugueses através da internet<br />
são o alojamento (i.e. hotéis, alojamento<br />
local) e os bilhetes de transporte (i.e. avião<br />
e comboio), seguidos dos bilhetes para espectáculos<br />
(i.e. música e desporto). É de destacar<br />
o crescimento, nos últimos dois anos, dos<br />
serviços de transporte (i.e. viaturas e estacionamento),<br />
bem como financeiros (i.e. pagamentos,<br />
seguros e créditos). É ainda de referir<br />
o crescimento dos serviços de entregas de refeições,<br />
em particular junto dos jovens casais.<br />
No que toca às vendas das empresas portuguesas<br />
a outras (B2B) ou ao Estado (B2G), em<br />
2018 terão sido transaccionados cerca de 70<br />
mil milhões de euros de produtos e serviços<br />
– principalmente devido ao facto dos organismos<br />
públicos serem obrigados desde 2009 a<br />
comprar através de plataformas electrónicas.<br />
Muito se alterou no panorama tecnológico<br />
e na economia digital nos últimos anos, e num<br />
país em que muitos agentes se confrontam<br />
com problemas de escala, a digitalização e o<br />
comércio electrónico afiguram-se importantes<br />
factores de penetração em outros mercados.<br />
Se os benefícios são claros para o sector<br />
empresarial e para a riqueza gerada, também<br />
o serão, por acréscimo, para a sociedade globalmente<br />
considerada. No entanto, não deixa<br />
de ser dramático que apenas 40% das empresas<br />
portuguesas tenha uma presença na internet<br />
e que nem 20% faça transacções online.<br />
Por outro lado, cerca de 20% da força laboral<br />
portuguesa não tem competências digitais.<br />
Este esforço de desenvolvimento das<br />
competências digitais dos portugueses – nomeadamente<br />
no contexto empresarial - é certamente<br />
um dos mais importantes desafios<br />
que Portugal enfrenta. Com o objectivo de<br />
inspirar profissionais, desenvolver mercados,<br />
reconhecer a excelência, interligar organizações<br />
nasceu a ACEPI – Associação da Economia<br />
Digital em Portugal. Fundada em 2000<br />
por alguns entusiastas da internet, a ACEPI é<br />
hoje a principal associação de economia digital<br />
em Portugal e representa centenas de empresas<br />
dos mais variados sectores de actividade.<br />
Reconhecida sobretudo pelas iniciativas<br />
públicas que promove – como sejam estudos,<br />
conferências, roadshows, prémios e formação,<br />
a ACEPI constitui-se também como um<br />
espaço de debate e desenvolvimento da economia<br />
digital em Portugal.<br />
157 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
CADERNO ESPECIAL // E-COMMERCE /<br />
/ CHRONOPOST //<br />
Vamos às compras?<br />
A Chronopost tem uma oferta completa<br />
para quem já está ou pensa lançar-se no e-<br />
-commerce. Desde a disponibilização de<br />
plug-in’s de integração no website, passando<br />
pela escolha do tipo de entrega ao destinatário,<br />
até ao processo simplificado de devoluções,<br />
a oferta está estruturada para que o e-<br />
-retailer tenha todas as opções para melhor<br />
vender online. Ainda que sejam e-retailers<br />
que estejam presentes em plataformas de<br />
vendas entre particulares, podem ser impactados<br />
pela mais recente inovação da oferta da<br />
Chronopost, o Shop2Shop. Trata-se de um<br />
processo de depósito e levantamento numa<br />
das 600 lojas Pickup, com o recurso a uma e-<br />
-label, dispensando a impressão de etiquetas<br />
de expedição. O comprador recebe um SMS no<br />
momento da entrada em loja da encomenda,<br />
validando o levantamento com um pin code.<br />
Do outro lado, o e-shopper tem ao seu dispor<br />
uma app (mychrono) que lhe permite não<br />
só saber o estado da sua encomenda, como<br />
alterar o dia ou local de recepção da mesma,<br />
graças ao sistema Predict disponibilizado para<br />
as entregas ao domicílio. Além disso, poderá<br />
saber a janela horária de uma hora em que vão<br />
efectivar a entrega. Se tiver optado pela opção<br />
de levantar a encomenda nas lojas Pickup poderá<br />
consultar quais as mais próximas de si,<br />
tendo a gestão do dia e horário em que irá proceder<br />
ao levantamento da encomenda.<br />
Mais de 1,5 milhões<br />
de encomendas circulam<br />
por ano na rede Pickup<br />
da Chronopost. A prova<br />
de que fazer compras<br />
sem sair de casa já entrou,<br />
definitivamente, na rotina<br />
dos consumidores<br />
Há que lembrar que, em alguns sectores,<br />
como o fashion, as devoluções são um ponto<br />
a ter em atenção para quem vende online,<br />
ou não fossem cerca de 53% os e-shoppers<br />
que consultam antes da compra a política de<br />
devolução da marca, para perceberem qual<br />
o esforço que vão colocar nessa operação. A<br />
pensar nisso a Chronopost criou o portal return-my-parcel,<br />
que permite ao e-shopper<br />
devolver a encomenda com o mesmo número<br />
que recebeu, através de uma loja Pickup ou<br />
com recolha em sua casa.<br />
Mas há mais factores a considerar. 64%<br />
dos consumidores consideram importante saber<br />
qual será a transportadora que irá entregar<br />
as suas encomendas. Ao mesmo tempo o retalhista<br />
quer estar tranquilo quanto à boa recepção<br />
dos seus artigos. Por isso a escolha da<br />
operadora com que trabalham é feita de forma<br />
cuidada. E se é importante o cumprimento<br />
de prazos, também o é que seja dada a quem<br />
comprou a mesma flexibilidade no momento<br />
da recepção da encomenda, seja quanto ao<br />
local, data ou horário. «A existência de um<br />
processo simplificado e com total informação<br />
do princípio ao fim da entrega torna a mesma<br />
cómoda e rápida», assegura a Chronopost.<br />
Tudo soluções para que o receio de comprar<br />
online, associado à questão do pagamento<br />
e até da entrega, deixe de afastar os compradores<br />
menos habituais.<br />
158 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
CADERNO ESPECIAL // E-COMMERCE /<br />
/ CONTINENTE //<br />
160 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
Mais valor e<br />
pragmatismo<br />
para os clientes<br />
A aposta do Continente no comércio electrónico visa<br />
proporcionar experiências que criem mais valor para<br />
os clientes e os ajudem no seu dia-a-dia, através de<br />
uma prestação de serviços de excelência, transversais<br />
aos canais físicos e digitais<br />
A inovação é um dos princípios da Sonae<br />
MC, pelo que, desde cedo, considerou o e-<br />
-commerce um canal estratégico para a proposta<br />
de valor que oferece aos clientes.<br />
O investimento nesta área começou há<br />
cerca de duas décadas e, volvidos estes anos,<br />
a Sonae MC tem conseguido acumular experiência<br />
e competências significativas, o que<br />
permite oferecer propostas de valor ímpares.<br />
«Hoje, que os consumidores têm comportamentos<br />
cada vez mais digitais e que esta<br />
tendência se tende a acentuar, temos uma<br />
<strong>maio</strong>r capacidade de ir ao encontro das suas<br />
expectativas e necessidades crescentes de<br />
conveniência. Como tal, conseguimos estar<br />
presentes nos canais em que os nossos clientes<br />
estão, oferecendo experiências on e offline<br />
perfeitamente consistentes e integradas»,<br />
refere Pedro Santos, director de e-commerce<br />
do Continente.<br />
O responsável refere que a Sonae MC está<br />
em constante procura por novas soluções,<br />
quer para antecipar e acompanhar as tendências<br />
de mercado e de consumo, quer para<br />
responder com cada vez <strong>maio</strong>r agilidade às<br />
necessidades dos clientes. «Vivemos num<br />
tempo em que o imediato ganha importância<br />
crescente e os clientes estão habituados a<br />
obter respostas rápidas e, em consequência<br />
disso, são inúmeros os serviços que nascem<br />
para responder a esse sentido de urgência»,<br />
salienta, acrescentando que, independentemente<br />
da mudança ou do investimento, o<br />
foco no cliente continua a ser a variável mais<br />
relevante no retalho.<br />
Pedro Santos refere que o e-commerce de<br />
base alimentar está extremamente associado<br />
às necessidades crescentes de conveniência<br />
dos clientes. Neste contexto de tendências<br />
podem destacar-se as soluções de inteligência<br />
artificial e machine learning, o mobile, a<br />
utilização da voz ou as soluções de entrega<br />
(quase) imediata.<br />
O Continente, assumindo-se líder de<br />
mercado e pioneiro do e-commerce, tem<br />
vindo a disponibilizar aos clientes várias<br />
soluções integradas que respondem a estes<br />
desafios: o site Continente, a app Continente,<br />
a app Smart Continente (com motor de<br />
inteligência artificial que promove uma personalização<br />
de promoções e produtos, e com<br />
pesquisa de texto, voz ou leitura de códigos<br />
161 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
CADERNO ESPECIAL // E-COMMERCE /<br />
/ CONTINENTE //<br />
desafios que o e-commerce coloca. «Trata-se<br />
de modelos operacionais complexos, integrando<br />
produtos com características bastante<br />
diferentes (como a temperatura ou perecibilidade),<br />
com processos exigentes, em que a<br />
segurança nunca pode ser colocada em causa.<br />
Além disso, traz-nos desafios de conveniência<br />
ou sustentabilidade. Contudo, o nosso<br />
foco no cliente, o detalhe que colocamos nos<br />
processos e a experiência que temos vindo a<br />
acumular têm-nos permitido ultrapassá-los<br />
com confiança», vinca Pedro Santos.<br />
Os clientes do Continente Online apresentam<br />
uma frequência de compra inferior,<br />
mas crescente, face às compras offline. As categorias<br />
mais procuradas são as alimentares,<br />
embora o <strong>maio</strong>r crescimento seja nos frescos,<br />
à medida que aumenta a confiança como resposta<br />
ao serviço prestado. A entrega em casa é<br />
a preferida, mas observa-se um crescimento<br />
<strong>maio</strong>r no Click&Go. «Não obstante, trata-se<br />
de comportamentos que continuam a sofrer<br />
mutações», reforça o responsável.<br />
Diferenciação no mercado<br />
Pedro Santos explica que, nesta área do<br />
retalho alimentar, os clientes estão muito<br />
focados em propostas de valor que<br />
respondam às suas necessidades básicas<br />
– o que comprar, a que preço, com que<br />
promoção, ao que se adicionam as<br />
componentes de conveniência – em<br />
qualquer momento, em qualquer lugar, com<br />
qualquer interface ou dispositivo, e de uma<br />
forma consistente e integrada – omnicanal.<br />
«O Continente, através do seu foco nos<br />
clientes e na inovação, na vasta experiência<br />
em e-commerce e digital, no conjunto de<br />
activos on e offline, está numa posição<br />
ímpar de liderança deste mercado,<br />
oferecendo as mais fortes e completas<br />
soluções aos clientes», afirma o responsável<br />
de e-commerce.<br />
de barras), as parcerias com operadores de<br />
entrega instantânea ou o serviço Click&Go<br />
(de compra online e levantamento em loja)<br />
são alguns exemplos muito concretos.<br />
Contudo, apesar da tecnologia envolvida,<br />
a essência do retalho mantém-se a mesma: o<br />
foco no cliente, a satisfação das suas necessidades.<br />
A tecnologia, a inovação e a cultura<br />
mais recentes facilitam a massificação do<br />
processo, com <strong>maio</strong>r assertividade.<br />
Além das características diferenciadoras<br />
do Continente, destaque ainda para a<br />
integração com o Cartão Continente, com a<br />
possibilidade de devolução em qualquer loja<br />
Continente ou o EntregaZero.<br />
«Verificamos também que os serviços<br />
disponibilizados através das redes sociais estão<br />
a ter um peso cada vez <strong>maio</strong>r. Os nossos<br />
clientes estão lá e, por isso, o Continente tem<br />
vindo a apostar nesta vertente, tendo previsto<br />
criar mais funcionalidades deste género a<br />
curto prazo», refere o responsável.<br />
Com o foco em soluções de omnicanalidade,<br />
o Continente tem apostado na complementaridade<br />
entre o digital e o físico. O<br />
objectivo passa por tornar a experiência de<br />
compra do consumidor a melhor possível em<br />
todos os pontos de contacto da marca – lojas<br />
físicas, loja online, apps, redes sociais - e de<br />
forma muito consistente.<br />
Do ponto de vista da logística e da entrega,<br />
Pedro Santos refere que são inúmeros os<br />
Parcerias para uma melhor experiência<br />
A ambição do Continente Online passa<br />
por continuar a liderar o e-commerce e o digital,<br />
reforçando a sua proposta de valor junto<br />
dos clientes, através da disponibilização<br />
de uma gama de serviços que vão ao encontro<br />
das necessidades dos consumidores.<br />
As parcerias com a SendEat, no Porto, e<br />
com a Glovo, inicialmente em Lisboa, mas<br />
agora também na Invicta, são exemplos recentes<br />
da ambição do Continente em corresponder<br />
exactamente a esse objectivo, através<br />
de modelos-piloto. Estes visam testar a aceitação<br />
e recolher feedback dos clientes, num<br />
momento em que Pedro Santos considera estarem<br />
reunidas as condições necessárias.<br />
«Destaque para a parceria com a Shelf-<br />
-ai, que resulta na Smart Continente e integração<br />
com Google Home e Alexa, em simultâneo»,<br />
afirma o director.<br />
O e-commerce alimentar tem uma representatividade<br />
crescente no negócio e um<br />
potencial de crescimento muito significativo,<br />
quer directo, quer indirecto. O Continente<br />
Online insere-se na aposta estratégica<br />
omnicanal da marca, que pretende acrescentar<br />
valor aos clientes através de uma oferta<br />
consistente e muito completa, contribuindo<br />
assim para o reforço da sua relação com a<br />
marca Continente.<br />
«A nossa abordagem é omnicanal, alicerçada<br />
no conceito de proximidade entre a<br />
162 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
marca e os consumidores e abrange diversas<br />
plataformas online e offline. Conseguimos<br />
estar mais próximos dos nossos clientes,<br />
mais perto do que realmente importa, mais<br />
atentos às necessidades que manifestam, e,<br />
naturalmente, ganhamos mais capacidade<br />
para responder com rapidez quando tal é<br />
necessário», afirma Pedro Santos. O responsável<br />
afirma que já se verificam resultados<br />
deste esforço, em particular no Facebook,<br />
onde o Continente conta com uma das <strong>maio</strong>res<br />
comunidades de fãs do Sul da Europa, em<br />
termos de marcas de retalho.<br />
Mercado mais predisposto<br />
A penetração do e-commerce em Portugal<br />
é menor do que a média europeia, e a<br />
<strong>maio</strong>r parte das encomendas continua a ser<br />
feita em plataformas estrangeiras. No entanto,<br />
Pedro Santos sublinha que o e-commerce<br />
em Portugal tem verificado um crescimento<br />
muito significativo nos últimos anos, beneficiando<br />
da confiança que os serviços prestados<br />
pelos diferentes operadores têm conquistado<br />
junto dos consumidores.<br />
«Tendo em conta as grandes tendências<br />
internacionais, o que perspectivamos é que<br />
o e-commerce ganhe ainda mais expressão<br />
no nosso país, razão pela qual temos feito um<br />
grande investimento no enriquecimento da<br />
oferta e serviços do Continente Online. Por<br />
outro lado, é expectável que as novas tecnologias<br />
e a internet “entrem” no ambiente das<br />
lojas físicas, nomeadamente, na apresentação<br />
de informação útil ao consumidor, muito<br />
provavelmente, em formatos interactivos»,<br />
afirma, acrescentando que o Continente<br />
Online segue essa tendência e tem registado<br />
crescimentos anuais na casa dos dois dígitos.<br />
Face às plataformas estrangeiras, Pedro<br />
Santos sublinha que o Continente Online<br />
apresenta inúmeras vantagens, como a confiança<br />
dos consumidores portugueses, centenas<br />
de lojas para recolher ou devolver produtos,<br />
ou um programa de fidelização único,<br />
«o que nos dá uma alavancagem e confiança<br />
significativas no presente e no futuro».<br />
Combate ao plástico<br />
Informações sobre as iniciativas levadas<br />
a cabo pelo Continente, mas também notícias<br />
e dicas, são alguns dos ingredientes do<br />
novo site criado pela cadeia de hipermercados<br />
da Sonae. Designado Plástico Responsável,<br />
o portal pretende desvendar qual é, afinal,<br />
o problema dos plásticos e disponibilizar<br />
aos consumidores sugestões de como levar<br />
uma vida mais amiga do ambiente.<br />
O site é inteiramente dedicado a este<br />
tema e agrega conteúdos informativos e pedagógicos,<br />
tendo em vista a sensibilização<br />
e esclarecimento do público. O Continente<br />
acredita que este é um passo determinante<br />
na sua estratégia no sentido de promover<br />
comportamentos mais conscientes, nomeadamente<br />
a reciclagem e reutilização.<br />
Na secção dedicada a dicas, por exemplo,<br />
o Continente explica como os clientes podem<br />
evitar a utilização de plástico na próxima ida<br />
ao supermercado: levar os seus próprios sacos<br />
e optar por alimentos a granel são algumas<br />
das propostas.<br />
163 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
CADERNO ESPECIAL // E-COMMERCE /<br />
/ C T T //<br />
Alavanca<br />
de crescimento<br />
Os CTT têm vindo a focar<br />
a sua actuação estratégica,<br />
de marketing,<br />
comercial e operacional,<br />
no sentido de oferecer<br />
as melhores soluções<br />
de logística e de entregas<br />
aos clientes retalhistas<br />
que vendem online<br />
164 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
Face à quebra inevitável do correio, que<br />
nos últimos 10 anos observou uma redução<br />
da ordem dos 50%, as encomendas, impulsionadas<br />
pelo desenvolvimento do e-commerce,<br />
são inquestionavelmente uma das<br />
grandes alavancas de crescimento dos CTT.<br />
Neste contexto, a empresa tem vindo a focar<br />
a sua actuação estratégica, de marketing,<br />
comercial e operacional, no sentido de oferecer<br />
as melhores soluções de logística e de<br />
entregas aos clientes retalhistas que vendem<br />
online. «De uma forma proactiva no mercado,<br />
a nossa ambição é a de continuarmos a<br />
ser o principal operador de última milha nos<br />
fluxos de e-commerce, capturando o máximo<br />
de tráfego gerado por este sector de actividade.<br />
Toda esta actuação está a envolver<br />
uma transformação digital a todos os níveis<br />
da organização, em particular na área das<br />
operações e no desenvolvimento de soluções<br />
e serviços que proporcionem a melhor experiência<br />
de entrega aos e-buyers», sublinha<br />
Miguel Salema Garção, director de Marca<br />
e Comunicação.<br />
Para este profissional é inequívoco que os<br />
CTT têm vantagens competitivas claramente<br />
diferenciadoras face às outras transportadoras<br />
a actuar no mercado. Umas decorrem de<br />
ser uma marca de confiança, da sua rede ímpar<br />
de pontos de entrega e de recolhas, da sua<br />
rede de carteiros e de distribuidores e da sua<br />
integração numa rede postal universal, que<br />
captura mais de 70% dos fluxos de e-commerce<br />
a nível mundial. Outras das vantagens<br />
estão associadas à sua obsessão de inovação<br />
de apresentação ao mercado de novas soluções<br />
que propiciem aos e-buyers melhores<br />
experiências de compra e de entrega das suas<br />
encomendas online.<br />
Aposta no Dott<br />
Em Fevereiro, os CTT lançaram, em parceria<br />
com a Sonae, o Marketplace Dott. «A<br />
nossa visão para o Dott é que ele se afirme<br />
como o Marketplace de referência dos portugueses,<br />
quer numa perspectiva dos vendedores,<br />
quer dos compradores. Que se constitua<br />
como um acelerador do desenvolvimento do<br />
e-commerce em Portugal, dando condições<br />
a que empresas e marcas portuguesas utilizem<br />
esta plataforma como canal de eleição<br />
para os seus negócios e venda online», explica<br />
Miguel Salema Garção, acrescentando que<br />
ambicionam que seja a primeira opção de escolha<br />
dos compradores portugueses quando<br />
estes desejam fazer uma compra online.<br />
Como operador de logística e de entregas<br />
desta plataforma, os CTT visam com esta<br />
iniciativa disponibilizar soluções que contribuam<br />
no last mile para a melhor experiência<br />
de compra online dos seus e-buyers.<br />
Para os CTT, o Dott distingue-se dos<br />
concorrentes pela confiança e proximidade.<br />
Confiança, associada às marcas que lhe estão<br />
por detrás e à experiência que a plataforma<br />
propicia ao consumidor. E proximidade, porque<br />
a plataforma permite o contacto multicanal,<br />
incluindo o telefónico, disponibiliza<br />
vários métodos de pagamento, incluindo a<br />
referência para liquidar via Multibanco e tem<br />
uma rede de 1600 pontos de entrega no País,<br />
oferecendo uma garantia de entrega do produto<br />
no máximo 48 horas após a sua compra.<br />
Os CTT acreditam que o Marketplace<br />
Dott irá desempenhar um papel crucial no<br />
onboarding de novas empresas portuguesas<br />
para a venda online. Por outro lado, a actuação<br />
no apoio e suporte ao empreendorismo<br />
e startups, com as capacidades de logística<br />
e entregas dos CTT, continuará a ser um dos<br />
vectores relevantes para acelerar o ecossistema<br />
de e-commerce. Destaque ainda neste<br />
domínio para o lançamento muito em breve<br />
de uma plataforma de e-fulfillment dos CTT<br />
para suporte às actividades de e-commerce e<br />
muito vocacionada para as PME.<br />
Além do Dott, com o objectivo de liderarem<br />
a construção e desenvolvimento do<br />
Promoção do crescimento<br />
As encomendas e pacotes postais online<br />
B2C representam para os CTT mais de<br />
20% do volume do seu total de Encomendas,<br />
em Portugal e Espanha, tendo<br />
observado crescimentos anuais claramente<br />
acima dos dois dígitos nos últimos anos.<br />
Os objectivos para o futuro são o de<br />
continuar a liderar o mercado em Portugal,<br />
como o principal operador de entregas<br />
e reforçar a operação ibérica.<br />
165 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
CADERNO ESPECIAL // E-COMMERCE /<br />
/ C T T //<br />
compradores online as melhores soluções de<br />
entrega. Mas há outras possibilidades. O Express2Me<br />
viabiliza compras online, mediante<br />
a atribuição de uma morada virtual, em sites<br />
e/ou plataformas de e-commerce nos EUA e<br />
no Reino Unido, sendo todo o processo de logística,<br />
transporte e entrega assegurado pelos<br />
CTT. Já o CTT24H permite que o comprador<br />
tenha acesso a uma rede de cacifos automáticos,<br />
como locais de <strong>maio</strong>r conveniência para<br />
a recolha das encomendas que, independentemente<br />
da sua origem e/ou transportador,<br />
são entregues pelos CTT.<br />
Desafios do e-commerce<br />
Quem são os e-buyers?<br />
Como os CTT são líderes destacados nas<br />
entregas aos e-buyers portugueses, o perfil<br />
e comportamento médio dos seus e-buyers<br />
coincidem em larga medida com o do<br />
mercado. Cerca de 80% têm idade inferior a<br />
44 anos, 1/3 dispõem de rendimento anual<br />
acima dos 1.600 euros e mais de 50% têm<br />
formação superior. Mais de 65% das suas<br />
compras têm origem fora de Portugal, com<br />
uma frequência mensal de 1,2 encomendas,<br />
incluindo 2,1 produtos de valor médio de<br />
25 euros. As principais motivações das<br />
compras online são: preços mais baixos e<br />
promoções, facilidade de compra e<br />
abrangência de produtos e a possibilidade<br />
de comprar a qualquer hora. Entre as<br />
categorias mais populares, destaque para<br />
vestuário e calçado, equipamento electrónicos,<br />
livros e filmes, higiene & cosmética e<br />
telemóveis. Em termos de preferências<br />
quanto a locais de entrega, o domicílio<br />
continua a ser o preferido, seguindo-se as<br />
lojas de conveniência e lojas CTT, local de<br />
trabalho e o click&collect. Multibanco,<br />
Paypal e Cartão de Crédito são as modalidades<br />
mais utilizadas para pagamentos.<br />
ecossistema de e-commerce em Portugal,<br />
os CTT têm vindo a desenvolver vários tipos<br />
de parceria ao longo dos últimos anos. Destaque<br />
para as parcerias com as startups Shopkit,<br />
Facestore, Jumpseller, Shiptimize e Packhelp,<br />
bem como com grandes plataformas<br />
de e-commerce, como o são o OLX em Portugal,<br />
ou o AliExpress e a China Post, tendo<br />
em vista a captura dos tráfegos provenientes<br />
desse país a oriente.<br />
Obcecados pela inovação e pela ambição<br />
de continuar a liderar o desenvolvimento do<br />
e-commerce em Portugal, recentemente, os<br />
CTT lançaram também o serviço de entregas<br />
CTT Now, assente numa plataforma digital<br />
que assegura a distribuição de encomendas<br />
no próprio dia, num prazo de até duas horas.<br />
O sameday delivery e/ou as entregas cada vez<br />
mais rápidas, e em particular em contexto<br />
urbano, são uma tendência do mercado, que<br />
importa acompanhar e comandar, salienta<br />
Miguel Salema Garção. O CTT Now pretende<br />
responder a esta tendência e necessidade<br />
que os sectores mais dinâmicos do comércio<br />
e das entregas exigem. «Os resultados até ao<br />
momento são animadores, numa perspectiva<br />
de um mercado que ainda é emergente e que,<br />
consequentemente, tenderá a crescer de forma<br />
relevante no futuro próximo.»<br />
Entre a oferta aos e-shoppers destaque<br />
para o e-Segue, a oferta mais integrada que,<br />
via os e-sellers, permite configurar para os<br />
Os principais desafios que o e-commerce<br />
coloca aos CTT decorrem de três tendências:<br />
o free delivery, que exige mais eficiência e<br />
competitividade a nível dos preços; o sameday<br />
delivery, que exige mais flexibilidade e<br />
planeamento dinâmico das rotas; e as peak<br />
seasons, associadas a dias como o Black Friday,<br />
Singles Day, Natal, etc., que obriga a<br />
uma gestão operacional cada vez mais do tipo<br />
elastic logistics, via recurso a meios e redes<br />
adicionais e complementares, que permitam<br />
alisar picos de tráfego e conferir experiência<br />
uniforme de entregas.<br />
«A resposta a estes desafios está a ser<br />
dada pelo desenvolvimento e implementação<br />
de um Plano de Modernização e Investimento,<br />
que envolve investimentos da ordem dos<br />
40 milhões de euros, e por uma crescente e<br />
mais eficiente integração de sistemas de informação<br />
e operações entre os CTT e os seus<br />
clientes», revela o mesmo responsável.<br />
É que qualquer player a actuar neste sector<br />
nunca se poderá esquecer que o principal<br />
factor de escolha que condiciona um checkout<br />
de sucesso, aquando da compra online, tem<br />
a ver com a entrega. E quanto a isso há que<br />
acautelar a visibilidade do custo, o tempo e<br />
previsibilidade de entrega, as devoluções e a<br />
possibilidade de opções alternativas de locais<br />
de entrega. «O preço de entrega apresentado<br />
pelo retalhista é determinante, sendo o free<br />
delivery uma prática cada vez mais usual para<br />
as compras de <strong>maio</strong>r valor e/ou para clientes<br />
premium», remata Miguel Salema Garção.<br />
166 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
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CADERNO ESPECIAL // E-COMMERCE /<br />
/ I N D R A //<br />
Optimizar o negócio<br />
A actuar em Portugal há cerca de 30 anos, a Indra<br />
assume-se como parceira de empresas de vários sectores<br />
que pretendem transformar o seu negócio. Através<br />
das suas soluções, assegura aumentar a eficiência,<br />
competitividade, vendas e crescimento, através<br />
de um processo de automatização e desmaterialização<br />
A Indra é uma das principais empresas<br />
globais de tecnologia e tem soluções próprias<br />
em segmentos específicos nas áreas de Tecnologias<br />
da Informação (TI) e de Transporte<br />
e Defesa.<br />
Através da Minsait, a empresa da Indra líder<br />
em Consultoria de Transformação Digital<br />
e Tecnologias da Informação, assume-se um<br />
parceiro estratégico para o desenvolvimento<br />
dos negócios de TI e para as cidades do futuro.<br />
«O modelo de negócios está assente numa<br />
oferta abrangente de produtos próprios,<br />
com uma abordagem end-to-end e com uma<br />
grande componente de inovação. Disponibili-<br />
168 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
za uma oferta alargada para vários mercados,<br />
com produtos e software multi-indústria, e<br />
soluções e serviços verticais para os mercados<br />
de Indústria e Comércio, Energia, Telco e Media,<br />
Saúde e Administração Pública», refere<br />
Jorge Gonçalves, director do Mercado e Indústria<br />
da Indra Minsait.<br />
A Indra iniciou projectos em Portugal na<br />
década de 1980, com a manutenção dos F16 da<br />
Força Aérea nas bases aéreas de Beja e Monte<br />
Real. Em 1997, derivado ao crescimento<br />
da economia portuguesa em Tecnologias de<br />
Informação e a necessidade de dar suporte<br />
a operações de clientes da Indra a operar em<br />
Portugal, a empresa decidiu consolidar a sua<br />
presença no mercado. O objectivo consistia<br />
em ter uma proposta de valor, meios e experiência<br />
para promover projectos distintos<br />
e com impacto, no sector público e privado,<br />
tendo aberto um escritório em Lisboa. Posteriormente<br />
abriu novo escritório, no Porto.<br />
A Indra Minsait disponibiliza uma oferta<br />
para a transformação digital, que pode englobar<br />
consultoria estratégica e com especialização<br />
em vários sectores de mercado, desenho<br />
da marca, comunicação, tecnologia, suporte<br />
às operações, integração e automatização.<br />
Como exemplo, a Indra é uma das principais<br />
empresas no desenho e desenvolvimento<br />
de portais de e-commerce para companhias<br />
aéreas e tem como clientes algumas das principais<br />
companhias na Europa e na América<br />
Latina. As suas plataformas online de gestão<br />
e venda de bilhetes, a SuitAIR IBE e SuitAIR<br />
BFM, são soluções desenhadas para cobrir<br />
todo o percurso de um passageiro, desde o<br />
planeamento da viagem, à reserva e realização<br />
da viagem, permitindo disponibilizar um<br />
conjunto de produtos e serviços complementares<br />
ao voo, que melhoram a experiência do<br />
passageiro. E, ao mesmo tempo, aumentam as<br />
receitas das companhias aéreas.<br />
No sector de retalho, lançou, recentemente,<br />
a primeira solução para venda online<br />
de produtos frescos, em tempo real, que<br />
permite ao cliente visualizar ao vivo a oferta<br />
disponível, naquele dia, deste tipo de produtos.<br />
E coloca um funcionário à disposição do<br />
cliente, por detrás do ecrã, para um atendimento<br />
100% personalizado.<br />
A solução é composta por dois sistemas:<br />
um de gestão de filas de clientes, que permite<br />
ao cliente tirar uma senha de vez, e outro do<br />
atendimento online de produtos frescos, que<br />
permite a ligação remota com o funcionário<br />
que o vai atender. Através da tecnologia de visão<br />
artificial e câmaras avançadas, é possível<br />
acompanhar os movimentos do funcionário<br />
que atende e foca de maneira automática os<br />
produtos que estão disponíveis.<br />
No sector do retalho-moda também reforçou<br />
a sua oferta com a incorporação da equipa<br />
da Softfobia, uma boutique digital italiana<br />
especializada no desenvolvimento de soluções<br />
digitais para comércio electrónico, marketing<br />
web e planeamento, estratégia, posicionamento<br />
e optimização de activos digitais.<br />
O crescimento da Indra em Portugal tem<br />
vindo a ser gradual, mas já é uma das principais<br />
filiais da empresa na Europa, com o melhor<br />
rácio de volume de negócios vs. PIB (exceptuando<br />
o mercado espanhol).<br />
Para os anos 2020, 2021 e 2022 a Indra<br />
aponta a um crescimento de dois dígitos, disponibilizando<br />
novas soluções à base instalada<br />
de clientes, assim como servir novos clientes<br />
em sectores em que tem soluções distintas, de<br />
grande valor.<br />
Potencial por explorar<br />
Jorge Gonçalves vinca que, considerando<br />
o e-commerce em termos de B2B, B2C e C2C,<br />
em B2B existem vários sectores como o automóvel,<br />
distribuição, farmacêutica, transportes<br />
e outros, em que o processo de compra/<br />
/venda até à facturação é integralmente electrónico.<br />
Estima-se em 35 mil milhões de euros<br />
anuais o valor das transacções com encomenda<br />
e factura electrónica em Portugal em<br />
B2B. A nível do B2C, o e-commerce tem uma<br />
penetração muito abaixo da média europeia.<br />
«Os estudos revelam que embora 43% dos<br />
Jorge Gonçalves, director do Mercado e Indústria da<br />
Indra Minsait<br />
169 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
CADERNO ESPECIAL // E-COMMERCE /<br />
/ I N D R A //<br />
portugueses já tenham feito compras online,<br />
apenas 6% dos portugueses compram online<br />
todos os meses. Em 2017 o volume de negócios<br />
de e-commerce foi de 4145 milhões de euros,<br />
mais de o dobro desde 2012. No entanto, embora<br />
as compras sejam cada vez mais frequentes,<br />
o valor médio das transacções tem vindo<br />
a descer. A média de Portugal significa, para a<br />
Indra Minsait, que existe uma grande margem<br />
para crescimento deste mercado e nós queremos<br />
ajudar as empresas em Portugal a capitalizarem<br />
as potencialidades de chegar a um<br />
mercado muito <strong>maio</strong>r», explica o director.<br />
Jorge Gonçalves refere que o comércio<br />
electrónico não se resume à criação de uma<br />
loja online. O alcance da transição é muito<br />
mais amplo e inclui um processo completo<br />
de transformação digital, referindo que,<br />
no contexto do comércio electrónico, é necessário<br />
diferenciar várias áreas. «O Unified<br />
Commerce é uma tendência que se está<br />
a manifestar em todo o mundo e requer uma<br />
transformação profunda no sector do retalho<br />
ao nível das tecnologias digitais. As marcas já<br />
não vêem as vendas online como concorrência<br />
das vendas na loja física, os dois canais são<br />
encarados como um único canal: o Unified<br />
Commerce», explica o director. As vantagens<br />
do Unified Commerce estão em compreender<br />
a importância dos dados de pagamento para<br />
gerar novas receitas. A consolidação dos dados<br />
sobre pagamentos em diferentes canais<br />
permite aos retalhistas ter uma imagem completa<br />
dos seus clientes e saber as suas preferências,<br />
para além do valor médio da transacção<br />
e da frequência das compras, permitindo<br />
a personalização da oferta.<br />
Portefólio vasto<br />
Novos horizontes<br />
Jorge Gonçalves, director do Mercado e<br />
Indústria da Indra Minsait, destaca as<br />
soluções que permitem às empresas<br />
criarem experiências diferenciadoras para<br />
os seus clientes, através de tecnologias de<br />
fidelização avançadas e com recurso ao<br />
design de customer journeys inovadores<br />
para os clientes. «Estas propostas abrem<br />
novos caminhos de acesso a potenciais<br />
clientes graças a uma abordagem omnicanal<br />
e à digitalização dos pontos de venda.<br />
Por fim, a máxima eficiência é garantida pela<br />
digitalização das operações, desde o ponto<br />
de venda até à gestão do canal de e-commerce,<br />
passando pelos sistemas de<br />
atendimento e fidelização do customer»,<br />
explica o responsável.<br />
A Indra Minsait tem uma equipa de profissionais<br />
em Portugal com elevada especialização<br />
para o desenvolvimento e implementação<br />
de soluções e serviços. «Desde que<br />
chegou a Portugal, a empresa colaborou em<br />
alguns dos projectos mais inovadores, que foram<br />
e são chave para o desenvolvimento económico<br />
e tecnológico do nosso País, nos sectores<br />
Transporte & Defesa, ou nas (TI), através<br />
da marca Minsait», refere Jorge Gonçalves.<br />
É exactamente através da Minsait que a<br />
empresa reúne o <strong>maio</strong>r número de clientes e<br />
projectos de TI. No sector da Indústria, destaca-se<br />
como fornecedor EDI e factura electrónica<br />
para grandes empresas. No mercado de<br />
Serviços Financeiros é parceiro tecnológico de<br />
várias entidades financeiras, implementando<br />
soluções próprias do mundo dos meios de<br />
pagamento, de gestão documental e processos<br />
de negócio bancário. A empresa tem ainda<br />
referências nos sectores de Energia com soluções<br />
de sistemas comerciais, gestão de activos<br />
e trading. No sector Telco, com a plataforma<br />
Onesait, conta com soluções Ecosystems, e na<br />
Administração Pública, com sistemas de gestão<br />
financeira e contabilística (GIAF).<br />
No mercado de Transportes, a Indra implementou<br />
projectos como o sistema de bilhética<br />
para o Metro de Lisboa. Na área de Tráfego,<br />
é responsável pelo centro de controlo do<br />
túnel do Marão, o <strong>maio</strong>r da Península Ibérica,<br />
com a solução para a gestão de tráfego e túneis<br />
“Horus”, de desenvolvimento próprio. Destaque<br />
para tecnologia de controlo de tráfego<br />
e portagens em algumas das principais auto-<br />
-estradas do País. A Indra também liderou o<br />
Consórcio do Projecto Autocitis, que testou a<br />
condução autónoma em centros urbanos nas<br />
cidades de Lisboa, Madrid e Paris.<br />
Na área de gestão de portos, a Indra tem<br />
um Centro de Competências de Gestão Portuária,<br />
a operar em Portugal, a partir do qual<br />
desenvolve projectos internacionais para a<br />
implementação de soluções como a JUP – Janela<br />
Única Portuária, entre outros. E no mercado<br />
de segurança implementou o SIVICC<br />
(Sistema Integrado de Vigilância e Controlo)<br />
em toda a costa continental portuguesa.<br />
170 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
Mark Making<br />
the way forward<br />
We promote the transformation of business and society,<br />
through innovative solutions and services,<br />
setting people at the center of everything.<br />
Welcome to the human technological revolution.<br />
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CADERNO ESPECIAL // E-COMMERCE /<br />
/ LA REDOUTE //<br />
O e-commerce<br />
para as famílias<br />
Após vários anos com foco<br />
na moda, a La Redoute<br />
alargou e consolidou a sua<br />
oferta de produto, com<br />
especial foco no mercado<br />
da casa. A ambição pas sa<br />
por transformar esta<br />
plataforma numa referência<br />
de lifestyle das famílias<br />
A La Redoute foi criada em 1837 como empresa<br />
de fiação, por uma família do norte de<br />
França, que começou na indústria do negócio<br />
da lã. Acompanhando várias e profundas alterações<br />
socioeconómicas, teve sempre como<br />
principal foco a mulher e as suas famílias.<br />
Em meados dos anos 80, um empresário<br />
leiriense, que tinha como ambição desenvolver<br />
uma empresa de venda por catálogo,<br />
desafiou a La Redoute para se implementar<br />
no mercado português. E assim aconteceu.<br />
Em 1987 a La Redoute faz um primeiro teste<br />
172 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
com resultados muito positivos e, em 1988, é<br />
lançado o primeiro catálogo. Portugal tinha<br />
acabado de entrar na Comunidade Económica<br />
Europeia e a oferta comercial existente<br />
naquela altura era muito reduzida, tendo sido<br />
aproveitada uma lacuna de mercado.<br />
A partir de 1992, o sucesso alcançado conduz<br />
a La Redoute à sua autonomia, tornando-<br />
-se uma filial do grupo francês Pinault-Printemps-Redoute,<br />
após uns primeiros anos em<br />
que esteve associada à empresa do empresário<br />
leiriense detentor da Europirâmide.<br />
«Ao longo da sua história, a La Redoute<br />
tem dado inúmeras provas da sua capacidade<br />
empreendedora. Soube reinventar-se e<br />
adaptar-se às exigências da sociedade, acima<br />
de tudo às necessidades do seu público-alvo.<br />
Nos últimos anos levou a cabo uma extraordinária<br />
transformação do modelo de negócio,<br />
que a levou a ser hoje uma marca de referência<br />
no e-commerce. Tem acompanhado de forma<br />
muito próxima o desenvolvimento do papel<br />
da mulher na sociedade, é por isso uma marca<br />
que “fala” para a mulher, enquanto decisora<br />
de compras do agregado familiar, mas destina-se<br />
a toda a família», refere Paulo Pinto,<br />
CEO da La Redoute Portugal.<br />
O responsável refere que são muitos os<br />
momentos que marcam o legado da marca.<br />
Nos últimos anos, destaca a saída do Grupo<br />
Kering (detentor de marcas como Gucci,<br />
Puma, Saint Laurent, Bottega Veneta, Balenciaga<br />
ou conceitos como a FNAC, entre outras)<br />
e o início de uma viagem a solo, mas com um<br />
espírito de compromisso e equipa sem igual.<br />
O responsável explica que foi um período<br />
muito marcante, de grande empenho colectivo<br />
e de sucesso, que culminou com a aquisição<br />
de 51% da empresa pelo Grupo Galeries<br />
Lafayette, em 2017. «Foram quatro anos de<br />
trabalho intenso para transformar a La Redoute<br />
no líder francês do e-commerce. Com<br />
as sinergias decorrentes desta associação, a La<br />
Redoute pretende acelerar o seu crescimento,<br />
nomeadamente nos mercados internacionais.<br />
Destaco ainda um dos marcos que assinalou a<br />
viragem da La Redoute: o nascimento de uma<br />
nova central de logística em França, considerada<br />
uma das mais modernas da Europa»,<br />
vinca o CEO.<br />
Digitalização trouxe nova estratégia<br />
Para fazer frente aos novos desafios com<br />
o arranque do novo século, nomeadamente o<br />
declínio da venda à distância e a procura pelo<br />
e-commerce, a La Redoute colocou em mar-<br />
cha uma renovação da sua estratégia de negócio.<br />
Deste modo, a internet substituiu o catálogo<br />
em papel, tornando-se o principal canal<br />
de comunicação da marca.<br />
Verificou-se uma nova orientação de<br />
marketing, com a captação do consumidor<br />
a assentar em técnicas de marketing com o<br />
apoio de ferramentas de Data para a análise de<br />
informação e definição de tendências.<br />
Paulo Pinto recorda ainda que a evolução<br />
da relação entre os consumidores e as marcas<br />
ultrapassou as dimensões clássicas do<br />
comércio. O preço e o produto deixaram de<br />
ser os únicos critérios para a compra, com<br />
os clientes a quererem viver uma experiência<br />
de compra única e emotiva. «Estes três<br />
eixos principais explicam em grande parte a<br />
(R)evolução da La Redoute nos últimos 10<br />
anos. Mas esta estratégia foi também acompanhada<br />
pela evolução da oferta consistente<br />
do nosso produto. Com o objectivo de tornar<br />
acessível a todos o “estilo à la française”, os<br />
nossos estilistas e designers criam moda e artigos<br />
para a casa acessíveis ao grande público.<br />
As nossas marcas próprias representam mais<br />
de 70% do volume de negócios da empresa. O<br />
desempenho das colecções Casa, com a Redoute<br />
Interieurs e AM.PM., leva-nos a privilegiar<br />
este mercado como vector de crescimento<br />
para os próximos anos», explica Paulo Pinto.<br />
Aposta na Casa<br />
Durante muitos anos, reflectindo a tipologia<br />
da oferta de produto disponibilizada,<br />
o mercado da moda para mulher foi o mais<br />
Paulo Pinto, CEO da La Redoute Portugal<br />
173 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
CADERNO ESPECIAL // E-COMMERCE /<br />
/ LA REDOUTE //<br />
procurado e o que representava <strong>maio</strong>r peso<br />
nas vendas da marca. Hoje esta realidade<br />
apresenta-se diferente. «Com o alargamento<br />
da oferta de produto, o peso do mercado<br />
para a casa adquire novos contornos, sendo o<br />
mercado com <strong>maio</strong>r peso em vendas em França.<br />
Em Portugal, assistimos a um fenómeno<br />
de mudança na procura dos nossos clientes.<br />
No entanto, o mercado da moda para mulher<br />
continua a representar uma grande fatia das<br />
vendas, mas o mercado para a casa tem evoluído<br />
de forma muito positiva», refere o CEO.<br />
O alargamento da oferta para a casa e a<br />
afirmação das marcas La Redoute Interieurs<br />
e AM.PM. acabou por despertar o interesse<br />
de profissionais nas áreas de decoração e design<br />
de espaços. Com a intensificação dos pedidos<br />
por parte deste perfil de consumidor, a<br />
empresa identificou necessidades de serviço<br />
distintas do consumidor comum. «Foi assim<br />
que surgiu, há cerca de um ano, o serviço La<br />
Redoute for Business em Portugal. Foi então<br />
desenhada uma estratégia entre o Marketing-Logística-Contacto<br />
Cliente com vista<br />
a responder às necessidades específicas dos<br />
clientes profissionais», conta Paulo Pinto. O<br />
CEO explica que o processo é simples: após o<br />
contacto do cliente, a La Redoute fornece orçamentos<br />
personalizados.<br />
A alcançar novos públicos<br />
há muitos anos e que continuam a confiar na<br />
mesma, seguindo-a e interagindo com a marca<br />
nas redes sociais. «São verdadeiros embaixadores.<br />
São tipicamente mães de filhos crescidos,<br />
que dão muito valor aos momentos em<br />
família e para quem as compras são sinónimo<br />
de partilha. Gostam de boas oportunidades e<br />
valorizam a boa qualidade», vinca o CEO.<br />
Por outro lado, destaca a nova geração de<br />
clientes que não têm esta relação com a marca,<br />
apesar de muitas vezes mencionarem uma<br />
ligação antiga que remetem para a infância.<br />
«São pessoas activas, que procuram uma boa<br />
relação qualidade/preço e um serviço de confiança<br />
que vá de encontro às suas necessidades.<br />
Este perfil de consumidor compra para<br />
toda a família e valoriza imenso as nossas soluções<br />
para a casa. São normalmente mães de<br />
filhos pequenos, que procuram o produto certo<br />
com o máximo de qualidade para a sua função»,<br />
afirma o responsável.<br />
Paulo Pinto destaca ainda o <strong>maio</strong>r número<br />
de novos consumidores a efectuar a sua primeira<br />
compra na La Redoute com artigos para<br />
a casa. «De salientar que o mercado dedicado<br />
ao homem tem apresentado uma progressão<br />
muito positiva. Temos cada vez mais novos<br />
clientes masculinos, também eles a descobrir<br />
as vantagens de comprar na La Redoute»,<br />
destaca Paulo Pinto.<br />
Sobre o tipo de consumidor da La Redoute,<br />
Paulo Pinto explica que a empresa depara-se,<br />
hoje, com uma realidade curiosa. Por um lado,<br />
conta com clientes que conhecem a marca<br />
174 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
CADERNO ESPECIAL // E-COMMERCE /<br />
/ M EO //<br />
O mundo online<br />
também é MEO<br />
A loja online do MEO junta electrónica de consumo, serviços de<br />
telecomunicações e até bilhetes para espectáculos e festivais. Uma estratégia<br />
que permite chegar a diferentes públicos, de diferentes formas<br />
176 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
Desde a venda de telemóveis e acessórios,<br />
smart TVs, consolas, tablets, mas também<br />
pacotes de telecomunicações fixos e convergentes<br />
e tarifários de telemóvel, vários são os<br />
produtos e serviços disponibilizados através<br />
da loja online do MEO, e que vão além do core<br />
business da operadora. Desde o ano passado,<br />
a morada online do MEO é também um portal<br />
de venda de bilhetes para espectáculos, festivais<br />
de música e outros eventos aos quais a<br />
marca está associada.<br />
A abrangência de produtos e serviços da<br />
loja online do MEO permite à marca chegar a<br />
diferentes públicos-alvo, nos segmentos particular<br />
e empresarial. «O perfil do cliente da<br />
loja online do MEO é muito ecléctico. Temos<br />
desde jovens que compram bilhetes para espectáculos,<br />
como o MEO Sudoeste e o MO-<br />
CHE XL eSports, a perfis mais seniores, que<br />
tomam decisões de compra sobre pacotes de<br />
telecomunicações para a sua família. Tanto<br />
o género masculino como o feminino compram<br />
online na loja MEO», descreve fonte<br />
do MEO. Além disso, lembra, assiste-se a um<br />
«crescimento muito forte dos acessos à loja<br />
online através de dispositivos móveis, o que<br />
evidencia um perfil atento às oportunidades e<br />
promoções da loja, que tira partido da comodidade<br />
e conveniência de tomar as suas decisões<br />
de compra em qualquer momento e em<br />
qualquer lugar».<br />
Recentemente, a loja online passou a<br />
acomodar também o novo programa de benefícios<br />
MEOS, que disponibiliza uma oferta<br />
diversificada de experiências na rede de parceiros<br />
da operadora da Altice Portugal. Este<br />
programa, cuja adesão é gratuita, permite<br />
que todos os euros gastos pelos clientes em<br />
serviços MEO sejam convertidos directamente<br />
em MEOS, que poderão ser acumulados<br />
para trocar por um novo smartphone ou uma<br />
experiência. Todo este processo pode ser feito<br />
na nossa loja online do MEO.<br />
Facilidade e comodidade<br />
A aposta do MEO no comércio electrónico<br />
começou «no momento em que o mercado<br />
indiciou comportamentos de interesse no<br />
digital», recorda fonte da empresa. Com efeito,<br />
o lançamento das lojas online de equipamentos<br />
e serviços, nas diversas marcas que se<br />
encontram debaixo da marca umbrella MEO<br />
(PT Comunicações, TMN, SAPO ADSL, MEO,<br />
UZO e MOCHE), é anterior ao ano 2000.<br />
Desde então, o MEO tem vindo a investir<br />
na melhoria da sua plataforma com o objectivo<br />
de melhorar a experiência do utilizador.<br />
Ao longo dos anos, várias foram as inovações<br />
introduzidas nesse sentido, como, por exemplo,<br />
a disponibilização de pagamentos electrónicos,<br />
diversificação contínua de portefólio<br />
com sugestões de cross-selling, mobile<br />
experience, campanhas personalizadas em<br />
função do perfil do visitante ou adesão online<br />
assistida através de click-to-call. «Há<br />
cerca de um ano, inovámos com a introdução<br />
da interacção com o consumidor, através da<br />
experiência de vídeo, que permite uma <strong>maio</strong>r<br />
humanização do contacto e capacidade de<br />
demonstração dos nossos produtos e serviços»,<br />
refere fonte do MEO.<br />
Já no que toca à adesão a serviços de telecomunicações<br />
fixos e convergentes, destaca-se<br />
a validação da cobertura online para<br />
confirmar ao cliente a cobertura de fibra MEO<br />
- «a <strong>maio</strong>r rede no País, que já cobre mais de<br />
4,5 milhões de casas» -, adesão full digital<br />
com simulador e integração automática com<br />
order entry com o lançamento do MEO By.<br />
«As nossas mais-valias estão alicerçadas na<br />
procura constante da inovação, na primazia<br />
da satisfação do cliente para que se concretize<br />
numa experiência digital de referência», reitera<br />
a mesma fonte.<br />
177 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
CADERNO ESPECIAL // E-COMMERCE /<br />
/ M EO //<br />
Dia dos Namorados, Verão, entre outros)<br />
onde são desenhados bundles que sejam valorizados<br />
pelos consumidores», frisa.<br />
Uma plataforma competitiva<br />
A inovação no campo do comércio electrónico<br />
implica também uma abordagem omnicanal,<br />
que vá ao encontro das necessidades<br />
de todos os consumidores. Conforme diz a<br />
fonte da empresa, «cada vez existem menos<br />
reticências por parte dos clientes em comprar<br />
online. O que se verifica é que, em determinado<br />
momento e para determinado produto<br />
ou necessidade, os clientes poderão optar por<br />
pesquisar e comprar online ou pesquisar online<br />
mas comprar através de um outro canal<br />
de venda (por exemplo, nas lojas físicas ou<br />
call centers). Um cliente pode valorizar a comodidade<br />
e conveniência da compra online e<br />
da entrega em sua casa para um determinado<br />
produto (por exemplo, uma smart TV) e, por<br />
outro lado, valorizar levantar na loja a compra<br />
de um smartphone, podendo beneficiar<br />
das explicações e configurações que os nossos<br />
assistentes na loja lhe poderão facultar».<br />
A par destas inovações e funcionalidades,<br />
o MEO conta com um ecossistema de parceiros<br />
e fornecedores no canal digital, que contribuem<br />
para o sucesso do seu desenvolvimento<br />
e crescimento.<br />
«Especificamente no e-commerce, são<br />
regularmente exploradas parcerias em momentos<br />
temáticos de consumo (Dia do Pai,<br />
Na internet, a concorrência está (literalmente)<br />
a um clique de distância e é mundial.<br />
Hoje, qualquer pessoa pode, com facilidade,<br />
comparar condições de oferta, para um mesmo<br />
produto, em diferentes lojas online, existindo<br />
inclusive sites especializados em promover<br />
essa comparação. No caso específico<br />
de Portugal, os e-shoppers tendem a realizar<br />
mais encomendas em websites estrangeiros,<br />
em comparação com os consumidores de outros<br />
países europeus.<br />
Para o MEO, esta é uma realidade que só<br />
pode ser combatida «através da diferenciação,<br />
seja de serviço na compra online (temos<br />
mecanismos online de assistência à compra<br />
antes, durante e após a mesma, onde os<br />
nossos especialistas estão disponíveis para<br />
esclarecer os clientes através de tecnologia<br />
click-to-call e até mesmo video-chat), seja<br />
da própria oferta, que, no caso do MEO, traz<br />
vantagens exclusivas e muito difíceis de replicar<br />
por parte da concorrência internacional,<br />
como, por exemplo, a oferta de pacotes<br />
de dados de telecomunicações, assim como<br />
a possibilidade de fazer a compra em regime<br />
de prestações (sem juros). São factores muito<br />
apreciados pelos nossos clientes», sublinha<br />
fonte da empresa.<br />
Além disso, a estratégia do MEO passa<br />
por ter uma comunicação online always-on,<br />
com uma forte componente de segmentação,<br />
quer em termos de mensagem, quer de meios<br />
e formatos escolhidos, de forma a tentar ser<br />
relevante e presente ao longo da jornada de<br />
decisão do consumidor.<br />
Em termos de resultados, segundo a fonte<br />
da empresa, o canal online do MEO tem tido,<br />
de ano para ano, taxas de crescimento «muito<br />
interessantes, tanto na compra de pacotes<br />
e serviços, como de equipamentos».<br />
«Para este ano esperamos voltar a ver<br />
crescer a importância do canal online. Não<br />
apenas em termos de e-commerce como<br />
também crescer no contributo que este meio<br />
dá para outros canais de venda (o tal efeito<br />
de pesquisar online e comprar offline), assim<br />
como no digital, como meio muito eficiente<br />
de relacionamento com o cliente», conclui.<br />
178 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
CADERNO ESPECIAL // E-COMMERCE /<br />
/ NORAUTO //<br />
Luís Galveia,<br />
responsável<br />
de e-commerce<br />
da Norauto<br />
Digital sobre rodas<br />
Para a Norauto, o<br />
e-commerce tem permitido<br />
criar novas “estradas”<br />
digitais que possibilitam<br />
à retalhista chegar a<br />
localidades do País onde<br />
não tem lojas físicas<br />
Em Portugal, a loja online da Norauto foi<br />
criada há quase três anos com o objectivo de<br />
proporcionar uma experiência omnicanal aos<br />
clientes da retalhista especializada no mercado<br />
automóvel e responder às necessidades e<br />
expectativas dos consumidores. Com um balanço<br />
positivo até ao momento, a plataforma<br />
tem permitido à empresa chegar a pontos do<br />
País onde não estava presente através da sua<br />
rede de 26 lojas físicas - os centros Norauto.<br />
«Com a transformação da economia,<br />
cada vez mais digital, tornou-se prioritário<br />
e importante para a Norauto estar presente e<br />
assumir um papel de destaque também neste<br />
meio», afirma Luís Galveia, responsável de e-<br />
-commerce da Norauto.<br />
Com uma vasta panóplia de produtos e<br />
serviços disponíveis, as categorias em que<br />
se verifica uma <strong>maio</strong>r propensão para a evolução<br />
do negócio no canal digital da Norauto<br />
são os pneumáticos e serviços de manutenção<br />
automóvel, assim como todos os artigos de<br />
conforto e transporte, adianta Luís Galveia.<br />
«Queremos ser uma referência em termos de<br />
oferta comercial e o site permite ter gamas de<br />
produtos muito mais abrangentes do que os<br />
nossos centros», sublinha.<br />
A Norauto tem vindo a desenvolver novas<br />
funcionalidades, que permitem melhorar<br />
a comodidade e experiência de compra na<br />
sua plataforma online, com destaque para a<br />
abrangência dos meios de pagamento, a opção<br />
do contra-reembolso na entrega ao domicílio<br />
e ainda a possibilidade de o cliente fazer uma<br />
reserva online e pagar o produto ou serviço<br />
num centro da sua preferência. «O que define<br />
o sucesso da nossa plataforma é a facilidade<br />
de compra, a possibilidade de pagar e entrega<br />
a qualquer hora, bem como a variedade de<br />
produtos que encontram online face aos canais<br />
alternativos, sempre com o objectivo de<br />
facilitar a vida dos automobilistas», refere o<br />
responsável de e-commerce da marca.<br />
Até ao momento, a loja online da Norauto<br />
«tem tegistado um crescimento sólido e significativo,<br />
sendo expectável que se mantenha<br />
esta tendência, devido, entre outros factores,<br />
à elevada taxa de penetração da internet», revela<br />
Luís Galveia. Não obstante, o desenvolvimento<br />
da plataforma continua a ser um trabalho<br />
ongoing. «Queremos aprofundar a nossa<br />
actuação na cadeia de valor do e-commerce,<br />
quer através da disponibilização de produtos<br />
em qualquer parte do País, quer incorporando,<br />
de forma cada vez mais aprofundada,<br />
novos serviços e produtos automóveis, para<br />
continuarmos o desenvolvimento da construção<br />
do ecossistema de e-commerce», nota o<br />
responsável. A ambição da Norauto passa por<br />
ser «a primeira escolha do automobilista e das<br />
empresas em Portugal, seja para a manutenção<br />
e reparação, seja para equipar o seu veículo».<br />
E o e-commerce será um ponto fulcral<br />
para atingir esse objectivo.<br />
180 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
CADERNO ESPECIAL // E-COMMERCE /<br />
/ UNICRE //<br />
Pagamentos<br />
com confiança<br />
Com 45 anos no mercado, a Unicre tem sabido adaptar-se às<br />
necessidades dos clientes particulares e das empresas, conseguindo<br />
ao mesmo tempo garantir padrões de confiança e segurança<br />
182 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
Criada em 1974, a Unicre é coincidente<br />
com o nascimento dos cartões bancários de<br />
pagamento em Portugal e com o seu desenvolvimento<br />
no País. Com o desenvolvimento do<br />
mercado nas últimas quatro décadas, a empresa<br />
evoluiu de forma exponencial e é, hoje,<br />
especializada na concessão de crédito, gestão<br />
de cartões, para os segmentos particulares e<br />
empresas, tendo mais de 13 soluções de aceitação<br />
de pagamentos para comerciantes para<br />
diferentes ambientes, entre os quais o digital.<br />
Gere ainda os processos de emissão de cartões<br />
em entidades financeiras e não financeiras.<br />
A Unicre disponibiliza soluções para e-<br />
-commerce desde 2000, a par dos primeiros<br />
passos no comércio digital em Portugal.<br />
Hoje, as compras online representam<br />
cerca de 25% do total de compras realizadas<br />
com os cartões Unibanco, apresentando<br />
uma tendência de crescimento em linha com<br />
o crescimento dos negócios online em áreas<br />
que vão desde o comércio, serviços e viagens,<br />
decoração até aos produtos biológicos,<br />
gourmet ou regionais. Em consonância com a<br />
evolução do e-commerce, as principais marcas<br />
da empresa, Redunicre e Unibanco, têm<br />
vindo a desenvolver diferentes soluções.<br />
A Redunicre, em parceria com relevantes<br />
players nacionais e internacionais, tem vindo<br />
a oferecer soluções adaptadas às necessidades<br />
concretas dos comerciantes, em termos de dimensão,<br />
capacidade tecnológica e integração<br />
nos websites, independentemente do volume<br />
de transacções. «A evolução levou a marca<br />
especialista em aceitação de pagamentos a<br />
trabalhar desde o online convencional, pagamentos<br />
recorrentes, até ao mundo das apps ou<br />
ao Redunicre@Payments, a solução que não<br />
requer a obrigatoriedade de o comerciante ter<br />
uma plataforma de e-commerce, permitindo<br />
que um negócio receba pagamentos online<br />
através do envio de um simples link, que assegura<br />
que o cliente final realiza o pagamento<br />
de forma segura», explica fonte oficial da<br />
Unicre. No Unibanco, o e-commerce ditou o<br />
lançamento do primeiro cartão exclusivo para<br />
compras online, o Unibanco NetNet e, recentemente,<br />
novos serviços baseados na emissão<br />
de proxy cards destinados ao sector das agências<br />
de viagens e dos operadores turísticos<br />
materializados em dois produtos: o VPS (Virtual<br />
Payments Solution) e o BSPayments.<br />
Apesar da oferta disponível ao nível de<br />
pagamentos, existe ainda algumas reticências<br />
no que respeita à compra online. Os serviços<br />
pós-compra e a segurança dos pagamentos<br />
fazem parte dos parâmetros de resistência.<br />
No entanto, a Unicre salienta que os clientes<br />
estão cada vez mais digitais em todo o processo<br />
de compra. «Na actualidade a fronteira do<br />
online e do presencial é esbatida, potenciada<br />
pela evolução das soluções e serviços nos pagamentos,<br />
pela aplicação dos padrões comportamentais<br />
de escolha, decisão de compra<br />
do consumidor online na própria imagem e<br />
organização das lojas presenciais mais evoluídas»,<br />
salienta o responsável da Unicre.<br />
Perfil de compras<br />
Apesar de nas compras online não se observar<br />
uma sazonalidade tão significativa<br />
como a que se regista nos terminais de pagamento<br />
automático instalados nas lojas físicas,<br />
verifica-se um crescimento mais notório em<br />
Novembro nas movimentações no e-commerce<br />
(em volume e em valor), consequência da<br />
preparação e das compras da época natalícia.<br />
Já no que se refere às áreas onde se verifica<br />
uma <strong>maio</strong>r aposta dos consumidores portugueses<br />
no e-commerce, a Unicre não tem<br />
recato em salientar claramente os sectores do<br />
comércio, serviços e viagens.<br />
Aliás, tendo em consideração o impacto<br />
na hotelaria a Redunicre garante, através<br />
de soluções específicas, a integração das soluções<br />
de aceitação de pagamentos com os<br />
principais softwares de gestão hoteleira.<br />
Existe uma grande percentagem de consumidores<br />
que opta por adquirir equipamen-<br />
183 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
CADERNO ESPECIAL // E-COMMERCE /<br />
/ UNICRE //<br />
tos em lojas online fora de Portugal. Na verdade,<br />
mais de 50% das compras efectuadas<br />
online com os cartões Unibanco são realizadas<br />
em sites estrangeiros, não só pelo preço,<br />
mas também pelo estado de maturidade da<br />
oferta online. A empresa salienta que a compra<br />
em sites estrangeiros apresenta alguns<br />
riscos, possíveis de associar à falta de segurança,<br />
que advêm da menor proximidade<br />
com o comerciante ao nível de informação<br />
sobre o produto e contacto. A Redunicre para<br />
os comerciantes e o Unibanco para utilizadores<br />
têm protagonizado campanhas de informação<br />
de mitigação dos riscos. O comerciante<br />
tem de estar bem identificado (nome,<br />
contactos, tipo de negócio), assim como o<br />
produto e as condições de aquisição e pagamento.<br />
Por outro lado, é fundamental que se<br />
compre em sites de confiança e seguros (normalmente<br />
com a letra “S” junto à barra do<br />
URL), ou onde constem os logos “Verified by<br />
Visa” e/ou MasterCard “SecureCode”. «Recordamos<br />
que, no caso de compras em sites<br />
estrangeiros, é necessário que os cartões estejam<br />
associados aos sistemas internacionais<br />
de pagamento, tal como acontece nos cartões<br />
Unibanco. Em lojas online com soluções da<br />
Redunicre, a tranquilidade é <strong>maio</strong>r e resulta<br />
das exigências de conformidades legais<br />
e do uso de mecanismos robustos de segurança.<br />
O objectivo é ajudar a garantir que os<br />
comerciantes operam de forma legal e que<br />
os serviços prestados e as transacções efectuadas<br />
são seguras para os utilizadores dos<br />
cartões, melhorando toda a experiência de<br />
compra online.» A Redunicre usa, ainda, o<br />
KYC (know your customer), que inclui a validação<br />
presencial de um negócio online. O seu<br />
cumprimento requer uma equipa fiável e com<br />
elevado grau de capilaridade, para visitar e<br />
conhecer pessoalmente os responsáveis de<br />
cada negócio, localizados em qualquer parte<br />
do território nacional.<br />
Digitalização de processos<br />
Desafios da concorrência<br />
internacional da Unicre<br />
A Unicre, através da Redunicre e do<br />
Unibanco, trabalha diariamente para<br />
garantir um portefólio de serviços competitivos<br />
e aumentar de forma sustentada os<br />
seus padrões de qualidade e proximidade<br />
com os clientes. Mesmo sob o contexto de<br />
forte concorrência internacional, a<br />
diversificação da oferta, o potencial de<br />
complementaridade entre os serviços para<br />
comerciantes e utilizadores dos cartões, o<br />
atendimento personalizado, flexível e uma<br />
estreita colaboração com os clientes são<br />
elementos diferenciadores que a Unicre<br />
considera serem dificilmente replicáveis.<br />
A digitalização de processos da empresa<br />
tem impactado várias áreas do negócio e, naturalmente,<br />
também ao nível da concessão de<br />
crédito. Com esta digitalização há uma <strong>maio</strong>r<br />
rapidez com que os pedidos e a informação<br />
é tratada, menor manuseamento e arquivamento<br />
de papel e a aplicação de padrões de<br />
pré-avaliação automática, libertando espaço<br />
para as análises e processos onde a intervenção<br />
humana é determinante para a aferição<br />
das necessidades efectivas dos clientes e qualidade<br />
do crédito concedido.<br />
Certo é que esta digitalização não alterou<br />
os padrões de exigência internos da empresa,<br />
adaptados a cada contexto evolutivo, no que<br />
respeita, por exemplo, à validação de informações<br />
e à concessão do próprio crédito, que<br />
assenta em vários critérios, tendo à cabeça as<br />
necessidades efectivas, respectivo destino e<br />
esforço do cliente.<br />
Na verdade, explica a fonte oficial da empresa,<br />
a Unicre está a estruturar e a transformar<br />
os processos internos tendo em consideração<br />
o contexto concorrencial e os novos<br />
paradigmas do ecossistema de pagamentos da<br />
era digital.<br />
«No e-commerce, este ano, prevemos<br />
um crescimento a dois dígitos. Nos resultados<br />
temos a ambição de nos situarmos no patamar<br />
dos 19 mil milhões na facturação e obter<br />
um número de transacções acima de 490 milhões»,<br />
revela a fonte oficial da empresa.<br />
184 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
CADERNO ESPECIAL // E-COMMERCE /<br />
/ VODAFONE //<br />
Liderança na<br />
transformação<br />
digital<br />
O e-commerce da Vodafone Portugal<br />
destaca-se no mercado apresentando<br />
fortes níveis de crescimento,<br />
quer ao nível de vendas de serviços,<br />
quer ao nível de vendas de equipamentos<br />
186 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
A visão da estratégia digital da Vodafone<br />
assenta na prestação de uma melhor e mais<br />
envolvente experiência digital aos seus clientes.<br />
Esta estratégia passa por uma fusão entre<br />
o melhor da tecnologia e o melhor da interacção<br />
humana, de forma a proporcionar uma<br />
experiência de excelência, que seja completa,<br />
personalizada e simples.<br />
Numa vertente mais interna, a execução<br />
da transformação digital da Vodafone é materializada<br />
na adopção de competências, ferramentas<br />
e mindset digitais. Esta transformação<br />
inclui uma cada vez <strong>maio</strong>r tomada de<br />
decisões baseada em dados, bem como uma<br />
simplificação de processos com vista a aumentar<br />
a eficácia e eficiência.<br />
Esta estratégia passa também por uma<br />
transformação na forma de trabalhar, adoptando<br />
metodologias ágeis. «Estas metodologias<br />
privilegiam a criação de pequenas<br />
equipas multidisciplinares que, com grande<br />
autonomia - e em colaboração com todas as<br />
áreas da empresa -, estão continuamente a<br />
lançar novos serviços e produtos com total<br />
foco nas necessidades dos clientes», explica<br />
Bruno Monteiro, director de Digital da Vodafone<br />
Portugal, salientando que ambição,<br />
agilidade, adaptação, velocidade, inovação,<br />
simplicidade e colaboração são atributos que<br />
caracterizam a metodologia de trabalho ágil.<br />
É que, tendo presente que a tecnologia desempenha<br />
uma função crucial, para além de<br />
uma transformação tecnológica, a estratégia<br />
digital passa por uma transformação cultural<br />
e do próprio negócio.<br />
Bruno Monteiro não tem dúvidas de que<br />
o principal factor de diferenciação dos canais<br />
digitais da Vodafone, face à concorrência, reside<br />
na experiência de utilização de excelência<br />
que é disponibilizada aos clientes. «Temos<br />
um grande foco na usabilidade e na experiência<br />
de cliente em todos os desenvolvimentos<br />
que efectuamos, recorrendo com frequência a<br />
técnicas de design thinking incluindo prototipagem<br />
e testes com utilizadores, de modo a<br />
criarmos soluções inovadoras que satisfaçam<br />
as necessidades dos clientes.»<br />
Os websites da Vodafone Portugal são visitados<br />
mensalmente por vários milhões de<br />
pessoas, sendo que, segundo o mesmo responsável,<br />
«o e-commerce apresenta fortes<br />
níveis de crescimento, quer ao nível de vendas<br />
de serviços, quer ao nível de vendas de<br />
equipamentos». Nos últimos meses a Voda-<br />
187 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019
CADERNO ESPECIAL // E-COMMERCE /<br />
/ VODAFONE //<br />
Bruno Monteiro, director de Digital da Vodafone Portugal<br />
fone lançou novos websites para o segmento<br />
Particular e para o segmento Business, com<br />
novas funcionalidades e produtos, com uma<br />
navegação mais simples e intuitiva e com um<br />
design mais atractivo.<br />
Os Pacotes Fibra TV Net Voz são os que<br />
registam <strong>maio</strong>r procura por parte dos consumidores<br />
online, uma procura que se deve,<br />
sobretudo, ao reconhecimento constante que<br />
a Vodafone tem tido em diversos estudos independentes.<br />
Por exemplo, a experiência de<br />
utilização de TV por Fibra e a Internet Móvel<br />
da Vodafone foram distinguidas pela Deco<br />
Proteste com o selo “Melhor do Teste”. Além<br />
disso, a Vodafone tem a melhor rede móvel<br />
do país, segundo a P3 Communications, referência<br />
mundial em testes de qualidade, o que<br />
se traduz numa velocidade de internet mais<br />
rápida no telemóvel, numa melhor experiência<br />
de streaming, para que os utilizadores<br />
possam ver vídeos sem paragens, e numa melhor<br />
qualidade do som das chamadas.<br />
«Estes resultados atestam o melhor serviço<br />
de internet fixa do mercado, o qual tira<br />
partido da Rede de Fibra de última geração<br />
da Vodafone, que oferece velocidades garantidas<br />
e Super Wi-Fi – routers de última geração,<br />
que disponibilizam uma <strong>maio</strong>r potência<br />
em qualquer espaço da casa», salienta o director<br />
de Digital da Vodafone Portugal.<br />
O responsável lembra que a qualidade do<br />
serviço de televisão de última geração da Vodafone<br />
contribui para esta preferência, já que<br />
os clientes têm acesso à melhor qualidade de<br />
imagem e às funcionalidades mais avançadas,<br />
como o Zapping ultra-rápido.<br />
Para além dos telemóveis, a Vodafone<br />
verifica uma preferência pela compra online<br />
de acessórios, especialmente os relacionados<br />
com gaming. Aliás, na área do gaming, é de<br />
destacar que, através da rede fibra Vodafone,<br />
são garantidas uma latência mínima e uma<br />
estabilidade máxima a qualquer hora do dia.<br />
«É com grande satisfação que constatamos<br />
que os canais digitais da Vodafone são líderes<br />
do mercado português ao nível de satisfação<br />
dos clientes», comenta o responsável.<br />
Bruno Monteiro lembra que a empresa<br />
tem uma cultura de experimentação, onde<br />
é aceitável falhar, desde que rapidamente se<br />
aprenda com os erros e se ajuste a solução.<br />
«Adicionalmente, o facto de pertencermos<br />
a uma empresa global como a Vodafone permite<br />
uma partilha de conhecimento e melhores<br />
práticas entre os diversos mercados,<br />
que contribui para uma mais rápida evolução<br />
e adopção das soluções mais inovadoras a nível<br />
global.»<br />
My Vodafone ganha peso<br />
Com o tempo despendido no móvel a<br />
crescer substancialmente, a aplicação My Vodafone<br />
ganha cada vez <strong>maio</strong>r preponderância<br />
como um dos principais pontos de contacto<br />
com os clientes. Dando resposta à simplicidade,<br />
usabilidade e facilitação do quotidiano,<br />
a App My Vodafone disponibiliza múltiplos<br />
serviços à distância de um clique. Permite<br />
gerir os consumos 24 horas por dia em qualquer<br />
lugar e sem preocupações; receber alertas<br />
de utilização de dados, através de notificações<br />
push; consultar o saldo disponível ou<br />
o consumo de dados, minutos e SMS; gerir<br />
os serviços da conta e do serviço TV Net Voz;<br />
aceder às facturas e ao respectivo pagamento;<br />
alterar os tarifários e as ofertas personalizadas;<br />
consultar os pontos e as vantagens do<br />
Clube Viva; e ter suporte permanente através<br />
de FAQ, do Fórum Vodafone, da Linha de Suporte<br />
ao Cliente, dos manuais online, entre<br />
outras opções.<br />
Ilustrando as premissas que caracterizam<br />
o actual contexto – everybody, everytime,<br />
everywhere –, a App My Vodafone é utilizada<br />
mensalmente por mais de um milhão de<br />
clientes, totalizando mais de 10 milhões de<br />
visitas mensais.<br />
188 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019