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CADERNO ESPECIAL // E-COMMERCE /<br />
/ OPINIÃO //<br />
Uma vaga de digitalização<br />
Em Portugal, temos assistido a um crescimento<br />
acentuado da utilização da internet e, se<br />
considerarmos em particular o horizonte temporal<br />
dos últimos 10 anos, podemos verificar uma vaga<br />
importante de digitalização, tanto da administração<br />
pública como do sector privado<br />
Alexandre Nilo Fonseca,<br />
presidente da ACEPI – Associação da Economia Digital<br />
Passados 30 anos do nascimento da World<br />
Wide Web, ninguém questiona hoje a importância<br />
da internet nas nossas vidas, seja na<br />
forma como estudamos, trabalhamos, divertimos<br />
ou até compramos. A evolução do número<br />
de utilizadores a nível mundial tem sido<br />
exponencial, principalmente depois do surgimento<br />
da Amazon, Ebay e Google nos EUA,<br />
e da Alibaba, Baidu e Tencent na China, potenciadas<br />
posteriormente pelas redes sociais<br />
como a americana Facebook e a chinesa Wechat,<br />
e mais tarde pelos smartphones, onde a<br />
coreana Samsung, a chinesa Huawei e a americana<br />
Apple são hoje líderes globais destacadas<br />
– é pena não vermos nenhuma empresa<br />
europeia nesta arena global. Hoje, há mais<br />
de quatro mil milhões de pessoas a utilizar a<br />
internet das quais metade – cerca de 1,8 mil<br />
milhões – fazem compras através da internet.<br />
Em Portugal, temos assistido a um crescimento<br />
acentuado da utilização da internet e,<br />
se considerarmos em particular o horizonte<br />
temporal dos últimos 10 anos, podemos verificar<br />
uma vaga importante de digitalização,<br />
tanto da administração pública como do sector<br />
privado, sendo de destacar iniciativas públicas<br />
como o Simplex, a Contratação Pública Electrónica<br />
obrigatória, o programa E-Factura,<br />
a Chave Móvel Digital e, de forma geral, uma<br />
excelente oferta de serviços digitais ao dispor<br />
da população. É ainda de realçar a excelente<br />
infra-estrutura de acesso à internet disponibilizada<br />
aos portugueses, seja em rede de fibra<br />
óptica, seja redes móveis de nova geração.<br />
Dos cerca de oito milhões de portugueses<br />
que utilizam a internet, cerca de 50% já faz<br />
compras através da internet. Em 2018, os portugueses<br />
terão comprado online quase 5 mil<br />
milhões de euros, em particular no estrangeiro<br />
– quer da China, Reino Unido ou Espanha.<br />
Portugal é, aliás, um dos países europeus onde<br />
a sua população mais compra “cross-border”.<br />
As categorias de produtos mais compradas<br />
pelos portugueses através da internet são<br />
artigos de moda (i.e. roupa, acessórios e perfumaria),<br />
artigos de electrónica (i.e. computadores,<br />
telemóveis e acessórios), bem como<br />
artigos para o lar, incluindo electrodomésticos.<br />
No entanto, vale a pena destacar o crescimento<br />
que se tem verificado nos últimos anos<br />
na categoria de produtos de supermercado.<br />
Por outro lado, as categorias de serviços mais<br />
156 \ Marketeer n.º 274, Maio de 2019