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Revista

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INSTITUTO CULTURAL GIUSEPPE E ANITA GARIBALDI<br />

HISTÓRIA<br />

Revoluções Brasileiras<br />

A <strong>Revista</strong> do Instituto Cultural Giuseppe e Anita Garibaldi,<br />

em sua terceira edição, fala sobre Revoluções Brasileiras,<br />

desta vez destacando Revoluções e Guerras no Rio<br />

de Janeiro e Pará. Com a colaboração da Jornalista Maria<br />

Martins, do Jornal Diário do Rio, abordando 03 (três) Revoluções<br />

ocorridas no Rio de Janeiro: Revolta da Chibata;<br />

Revolta dos Dezoito do Forte de Copacabana e A França<br />

Antártica - Invasão Francesa no Rio de Janeiro. Com a co-<br />

laboração e organização do Comendador Osmar Alves Lameira,<br />

enfocamos no Pará, a Cabanagem.<br />

Agradecemos a ambos pela colaboração, e seguimos na<br />

busca dos anseios dos brasileiros, ao longo dos anos, para<br />

garantir uma vida melhor em nosso país.<br />

Continuamos aceitando colaborações para os textos dos<br />

demais estados. Mande sua colaboração.<br />

Revolta da Chibata<br />

Maria Martins - Jornalista - Diário do Rio/RJ<br />

A História da Revolta da Chibata, causas,<br />

reivindicações dos marinheiros, acontecimentos,<br />

líder João Cândido (Almirante Negro),<br />

punição para os revoltosos.<br />

Reivindicações<br />

O líder da revolta, João Cândido (conhecido como o Almirante<br />

Negro), redigiu a carta reivindicando o fim dos castigos<br />

físicos, melhorias na alimentação e anistia para todos<br />

que participaram da revolta. Caso não fossem cumpridas as<br />

reivindicações, os revoltosos ameaçavam bombardear a cidade<br />

do Rio de Janeiro (então Capital do Brasil).<br />

A Revolta da Chibata foi um importante movimento social<br />

ocorrido, no início do século XX, na cidade do Rio de Janeiro.<br />

Começou no dia 22 de novembro de 1910.<br />

Neste período, os marinheiros brasileiros eram punidos<br />

com castigos físicos. As faltas graves eram punidas com 25<br />

chibatadas (chicotadas). Esta situação gerou uma intensa<br />

revolta entre os marinheiros.<br />

Causas da revolta<br />

O estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro Marcelino<br />

Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter<br />

ferido um colega da Marinha, dentro do encouraçado Minas<br />

Gerais. O navio de guerra estava indo para o Rio de Janeiro e<br />

a punição, que ocorreu na presença dos outros marinheiros,<br />

desencadeou a revolta.<br />

O motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante<br />

do navio e mais três oficiais. Já na Baia da Guanabara,<br />

os revoltosos conseguiram o apoio dos marinheiros do<br />

encouraçado São Paulo. O clima ficou tenso e perigoso.<br />

Segunda revolta<br />

Diante da grave situação, o presidente Hermes da Fonseca<br />

resolveu aceitar o ultimato dos revoltosos. Porém,<br />

após os marinheiros terem entregue as armas e embarcações,<br />

o presidente solicitou a expulsão de alguns<br />

revoltosos. A insatisfação retornou e, no começo de<br />

dezembro, os marinheiros fizeram outra revolta na Ilha<br />

das Cobras. Esta segunda revolta foi fortemente reprimida<br />

pelo Governo, sendo que vários marinheiros foram<br />

presos em celas subterrâneas da Fortaleza da Ilha<br />

das Cobras. Neste local, onde as condições de vida eram<br />

desumanas, alguns prisioneiros faleceram. Outros revoltosos<br />

presos foram enviados para a Amazônia, onde<br />

deveriam prestar trabalhos forçados na produção de<br />

borracha.<br />

O líder da revolta João Cândido foi expulso da Marinha e<br />

internado como louco<br />

no Hospital de<br />

Alienados. No ano de<br />

1912, foi absolvido das<br />

acusações junto com<br />

outros marinheiros<br />

que participaram da<br />

revolta.<br />

Conclusão: podemos<br />

considerar a Revolta<br />

da Chibata como<br />

mais uma manifestação<br />

de insatisfação<br />

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