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a filosofia é um esporte de combate!

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tiranos que procuram submetê-la a golpes <strong>de</strong>fazer com a socieda<strong>de</strong> brasileira. A única<br />

Estado —como o que conhecemos em 1964 emaneira <strong>de</strong> parar esse <strong>combate</strong> seria,<br />

tão louvado por alguns atualmente. exatamente, eliminando-nos, como este<br />

governo sonha fazer.<br />

Quando eles abrem os livros <strong>de</strong><br />

Spinoza, <strong>de</strong>scobrem a potência da crítica às No entanto, a universida<strong>de</strong> brasileira <strong>é</strong><br />

construções teológico-políticas como essascomposta <strong>de</strong> gerações e gerações <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates e<br />

que o evangelo-fascismo <strong>de</strong> setores quei<strong>de</strong>ias que não são apagadas ao sabor <strong>de</strong><br />

tomaram <strong>de</strong> assalto o governo tenta impor àcanetadas e cortes ministeriais.<br />

socieda<strong>de</strong> brasileira.<br />

Enquanto houver <strong>um</strong> jovem com livros<br />

Quando ensinamos Rousseau aos<strong>de</strong> Spinoza, Rousseau, Hegel, Adorno,<br />

nossos alunos, eles enten<strong>de</strong>m melhor o caráterNietzsche, Deleuze, Lucr<strong>é</strong>cio, Platão (se<br />

inegociável da soberania popular, com suaquiserem saber <strong>de</strong> on<strong>de</strong> veio o comunismo,<br />

recusa à transferência <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r para figurasleiam "A República") esta batalha já está<br />

autárquicas que se julgam no direito <strong>de</strong>ganha.<br />

<strong>de</strong>cidir at<strong>é</strong> conteúdo <strong>de</strong> propaganda <strong>de</strong> banco.<br />

Não será a gritaria <strong>de</strong> <strong>um</strong> ministro da<br />

Quando eles leem Hegel, compreen<strong>de</strong>mEducação piromaníaco e irrelevante que fará<br />

a força <strong>de</strong> exigências <strong>de</strong> reconhecimentoalg<strong>um</strong>a diferença.<br />

social das singularida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> como a<br />

invisibilida<strong>de</strong> social <strong>é</strong> a forma suprema da<br />

inexistência.<br />

A Escola Mo<strong>de</strong>rna tenciona <strong>combate</strong>r<br />

Quando <strong>é</strong> Nietzsche o eixo do <strong>de</strong>bate, todos os preconceitos que impe<strong>de</strong>m a<br />

fica mais claro o tipo <strong>de</strong> mis<strong>é</strong>ria embutida nosemancipação total do indivíduo, e <strong>é</strong> por isso<br />

"valores" morais e religiosos que esteque ela adota o racionalismo h<strong>um</strong>anista, que<br />

<strong>de</strong>sgoverno se vê no direito <strong>de</strong> empurrar goelaconsiste em inculcar na infância o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong><br />

abaixo da socieda<strong>de</strong> brasileira.<br />

conhecer a origem <strong>de</strong> todas as injustiças<br />

sociais a fim <strong>de</strong> que, por esse reconhecimento,<br />

Como vocês veem, não foi necessário<br />

ele possa, em seguida, combatê-las e opôr-se a<br />

nem sequer falar sobre Marx, Foucault, a<br />

elas.<br />

<strong>de</strong>sconstrução, a Escola <strong>de</strong> Frankfurt e tantos<br />

outros que causam pânico no Planalto<br />

Francisco Ferrer y Guardia<br />

atualmente.<br />

Como vocês veem, não <strong>é</strong> necessário<br />

falar <strong>de</strong> forma explícita sobre a política atual<br />

para que todas as consequências sejam<br />

imediatamente compreendidas pela<br />

inteligência <strong>de</strong> nossos alunos.<br />

Ou seja, a história da <strong>filosofia</strong> <strong>é</strong> <strong>um</strong><br />

gran<strong>de</strong> <strong>combate</strong> contra aquilo que tentam<br />

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