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Edição 10 - Revista Winner ABC

Entrevista Especial com Orlandinho. Leia na Integra. Revista Winner ABC é a revista de tênis da sua região. Aqui você encontra dicas sobre saúde, prevenção de lesões, torneio, técnicas e muito mais.

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Nicolas<br />

Zanellato<br />

Com 16 anos, tenista de Santo<br />

André se acostumou a enfrentar<br />

tenistas mais experientes e<br />

aparece entre os melhores do<br />

país no ranking juvenil<br />

Antonio Kurazumi<br />

Entre os resultados e a evolução do jogo,<br />

a segunda opção é a que orienta a<br />

carreira de Nicolas Zanellato. Moldado<br />

para trabalhar assim no Instituto Tênis, o<br />

andreense acumula horas em quadra diante<br />

de adversários mais experientes, que estão<br />

na forma física ideal para a categoria - juvenil.<br />

Ainda assim, duas finais importantes neste ano<br />

já entraram em seu currículo.<br />

O tenista de 16 anos, que começou a jogar no<br />

Aramaçan há uma década, foi vice-campeão<br />

do ITF Juniors de Curitiba em julho, mesmo<br />

com uma forte gripe desde as quartas de<br />

final. Há pouco tempo, na França, em tour<br />

pela Europa, só perdeu na decisão ao lado do<br />

parceiro Bryan Kuntz. As fotos para a matéria<br />

foram feitas justamente no clube de Santo<br />

André, onde notamos a existência de um<br />

jogador maduro nas palavras e trabalhado para<br />

ser um profissional de ponta.<br />

“Mudei muito a minha forma de pensar sobre<br />

o tênis depois que comecei a treinar no<br />

Instituto Tênis. Consegui entender a disciplina<br />

e a autonomia que um jogador precisa ter<br />

para chegar lá. Confio muito no processo de<br />

trabalhar no dia a dia, tirando o foco apenas<br />

de resultados imediatos e hoje entendo que<br />

as conquistas são frutos do esforço dentro<br />

e fora da quadra. Os resultados acontecem<br />

naturalmente, são reflexo de um bom<br />

treinamento”, garante Zanellato.<br />

Nesse processo de autonomia, o jovem diz<br />

que precisa subir degraus na parte física<br />

e mental. O parâmetro para a análise são<br />

jogos da categoria, alguns com rivais quase<br />

dois anos mais velhos. “Tenho trabalhado a<br />

pressão com a ajuda da psicóloga, durante<br />

os torneios procuro ficar bem concentrado<br />

evitando conversas paralelas com outros<br />

atletas, pois isso acaba distraindo e tirando<br />

o foco para a partida”, explica o tenista do<br />

<strong>ABC</strong>. “E procuro não pensar muito em quem<br />

será meu adversário, penso que treinei bem,<br />

me preparei, vou focar no meu jogo e fazer<br />

o melhor.”<br />

“Foram semanas de muito<br />

aprendizado na Europa,<br />

onde encontrei adversários<br />

mais fortes fisicamente,<br />

porém, tive muitas chances e<br />

acabei deixando escapar no<br />

detalhe nas simples. Já nas<br />

duplas, eu e meu parceiro<br />

Bryan Kuntz fizemos ótimos<br />

partidas, chegamos na final<br />

em Clermont Ferrand e em<br />

Dijon fizemos semifinal. O nível<br />

é consideravelmente superior<br />

em relação ao Brasil e<br />

podemos perceber isso devido<br />

à cultura e ao incentivo<br />

que os atletas possuem em<br />

relação ao nosso país”<br />

Na preparação psicológica, há inclusive<br />

exercícios para tirar um pouco o peso da<br />

pressão, normal na modalidade. Apesar de<br />

ser novo para a categoria que joga, o atleta<br />

se cobra e tem na cabeça estar atuando em<br />

alto nível na ATP daqui a quatro temporadas.<br />

“Já temos que lidar com a pressão diária que<br />

muitas vezes nós mesmos colocamos e isso é<br />

um desafio, no sentido de que essa cobrança<br />

própria não atrapalhe. Imagina ainda sofrer<br />

por ter que mostrar resultados imediatos?<br />

O jogador já sabe o que quer e onde precisa<br />

chegar, acho que isso já é suficiente. O resto<br />

só traz frustração”, voltou a enfatizar, em<br />

raciocínio semelhante a Igor Gimenez, colega<br />

de treino no Instituto e personagem da última<br />

edição da <strong>Winner</strong>. “Faço minhas rotinas bem<br />

feitas para me sentir merecedor durante o<br />

jogo, com isso me sinto preparado e com<br />

menos pressão”, completou.<br />

Desde o início no Aramaçan, Nicolas bate<br />

a esquerda com uma mão e diz que hoje<br />

consegue construir, atacar e se defender,<br />

mas crê tem de aperfeiçoar as devoluções de<br />

backhand. “Também tenho treinado muito as<br />

subidas à rede, busco ser um jogador completo,<br />

o tênis de hoje pede.”<br />

Diferente de outros jovens, até com mais<br />

experiência, ele visualiza a carreira futura no<br />

tênis, inclusive atuando profissionalmente.<br />

Não pensa em plano B no momento. Assim<br />

como acontece com os demais colegas de<br />

profissão, um dos principais obstáculos é<br />

a questão financeira. Nicolas tem apoio<br />

fundamental do Instituto Tênis no custeio<br />

de viagens e hospedagem, parcerias com a<br />

Herbalife Nutrition Espaço Aramaçan e a Sodiê<br />

Doces, mas ainda depende da ajuda da família,<br />

presente desde sempre na trajetória do jovem.<br />

“Os custos daqui para frente vão aumentar<br />

com a quantidade de torneios que vou ter de<br />

participar. Estou em busca de novos parceiros.”<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 8

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