Edição 09 - Revista Winner ABC
Entrevista Especial com Rogério Dutra Silva. Leia na Integra. Revista Winner ABC é a revista de tênis da sua região. Aqui você encontra dicas sobre saúde, prevenção de lesões, torneio, técnicas e muito mais.
Entrevista Especial com Rogério Dutra Silva. Leia na Integra.
Revista Winner ABC é a revista de tênis da sua região. Aqui você encontra dicas sobre saúde, prevenção de lesões, torneio, técnicas e muito mais.
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A REVISTA DE TÊNIS DO <strong>ABC</strong><br />
Distribuição gratuita<br />
ANO 3 • EDIÇÃO 9 • ABR. / MAI. / JUN. 2018<br />
Marcelo Zambrana/DGW Comunicação<br />
EXEMPLO<br />
Rogerinho ainda não se aposentou,<br />
mas história, garra e atitudes já<br />
deixam legado para o tênis brasileiro<br />
Torne-se já um visionário de SUCESSO, invista<br />
agora em criptomoedas, a TECNOLOGIA que<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 1<br />
está revolucionando a era digital (11) 96497-7381<br />
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Torne-se já um visionário<br />
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O bitcoin é o sistema de dinheiro eletrônico,<br />
que representa uma atualização nas<br />
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Com o bitcoin, a ideia é replicar as transações<br />
feitas hoje com dinheiro vivo, pelo sistema<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 2<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 3
Expediente<br />
A <strong>Revista</strong> WINNER é o veículo de<br />
divulgação do esporte para o Grande<br />
<strong>ABC</strong>, direcionada aos esportistas<br />
e empresários da região, com sua<br />
distribuição gratuita.<br />
Editor responsável<br />
Antonio Kurazumi<br />
antonio@revistawinner.com.br<br />
Supervisão editorial<br />
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Jornalista responsável<br />
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Direção de arte e diagramação<br />
Rodrigo Rocha<br />
Fotos<br />
Marcello Zambrana, Gaspar Nóbrega,<br />
Ricardo Moreira, DGW Comunicação,<br />
Rodrigo Rocha e Divulgação<br />
Colaboradores<br />
Carlos Alberto Soares de Souza, Neusa<br />
S. Oguihara de Souza, Ricardo Coelho,<br />
André Lima e Edson Santos<br />
Editoração e comercialização<br />
Imagem Brasil Produções<br />
Impressão<br />
FortPress Gráfica e Editora Eireli EPP<br />
Rua Xavantes , 434 - Vila Pires<br />
Santo André - SP - Tel: (11) 4810-6830<br />
Tiragem desta edição<br />
3.000 exemplares<br />
Os artigos publicados nesta revista<br />
expressam exclusivamente a opinião<br />
de seus autores e são de sua inteira<br />
responsabilidade.<br />
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www.revistawinner.com.br<br />
A ‘bailarina’ jamais morrerá<br />
O<br />
editorial de uma revista - ou de outros veículos de comunicação - é um espaço<br />
de opinião, onde os leitores têm a oportunidade de conhecer a visão dos<br />
profissionais que trabalham nessa mídia. Com esse foco, apresentamos os temas<br />
que serão tratados nas páginas seguintes. Não poderíamos dar início a esse texto sem<br />
lembrar da perda física de Maria Esther Bueno. A ‘bailarina’, apelidada carinhosamente<br />
assim pela forma como se movimentava em quadra, se afastou de todos nós perto do<br />
fechamento da 9ª edição da <strong>Winner</strong>. Que tristeza. A saudade vai ficar, mas não podemos<br />
deixar uma das maiores atletas do Brasil morrer em nossas mentes.<br />
Para entendermos o tênis nacional, o passado, presente e projetar o futuro, precisamos<br />
saber sobre a história de Maria Esther. Compreender que a ex-jogadora se destacou<br />
em um momento que as mulheres não eram bem vistas no esporte. Poucas sequer<br />
praticavam o tênis à época no país. Se não fossem os treinos exaustivos com o irmão,<br />
inclusive o jogo na rede, talvez ela nem teria vencido na grama de Wimbledon por três<br />
vezes em simples - pela falta de apoio de dirigentes.<br />
O reconhecimento não veio nem após a morte, bem diferente do tratamento que<br />
recebia fora do Brasil. Perdemos a chance de aprender mais com Maria Esther Bueno,<br />
de aproveitar o seu legado e massificar o tênis por aqui. E se há pessoas que sabem<br />
pouco sobre ela, desperdiçamos informações valiosas para melhorar a modalidade.<br />
Não temos mais uma das melhores de todos os tempos por perto, que outros grandes<br />
nomes sejam escutados pelos dirigentes para fazer o tênis emplacar. Que a história<br />
e atitudes de Rogério Dutra Silva, capa desta edição, se transformem em mote para<br />
os nossos juvenis. Sem condições financeiras, pagou o “preço” de verdade e só foi ter<br />
uma equipe completa ao seu lado apenas recentemente. Sem reclamar, como muitos<br />
fazem, apenas lutando.<br />
Quando falamos do desenvolvimento do tênis, devemos ter em mente um trabalho<br />
integrado. Maria Esther Bueno não usufruiu, como a geração atual pode, da ciência e<br />
da tecnologia. Se tivesse o acesso, poderia ter acumulado mais troféus na carreira - a<br />
ex-tenista ficou longo tempo distante das quadras por conta de lesões. Entrevistamos<br />
o respeitado fisiologista Ricardo Takahashi, que aborda o tema prevenção de lesões.<br />
Pasmem, mesmo com profissional desse gabarito à disposição e todas as condições que<br />
a ciência apresenta, muitos tenistas ainda ignoram essa parte importante na carreira.<br />
Também tocamos em outro assunto em que o Brasil sofre: a transição do juvenil para o<br />
profissional. A <strong>Winner</strong> entrevistou dois nomes do <strong>ABC</strong> tidos como promessa do país: Igor<br />
Gimenez e Ana Paula Melilo, que deu até autógrafo em Roland Garros. A trajetória dos<br />
dois podem servir de referência. O conhecimento, fruto de muito estudo, é oferecido<br />
mais uma vez pela dupla Ricardo Coelho e André Lima.<br />
A mensagem que fica é: cada um fazendo sua parte, devemos todos honrar o esporte<br />
de Maria Esther Bueno.<br />
Boa leitura!<br />
EQUIPE WINNER<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 4
SUMÁRIO<br />
06<br />
Mulheres da Liga <strong>ABC</strong> se<br />
apresentam em Campinas<br />
08<br />
QUADRA VALIOSA - CLUBE 1º<br />
DE MAIO - SANTO ANDRÉ<br />
<strong>09</strong><br />
AO LADO DO ESTÁDIO, TÊNIS<br />
PARA TODOS<br />
10<br />
IGOR GIMENEZ:<br />
SEM MEDO DA TRANSIÇÃO<br />
11<br />
COLUNA: ANDRÉ LIMA<br />
TEM CERTEZA QUE ESTÁ COM<br />
A RAQUETE CORRETA?<br />
12<br />
ESPECIAL:<br />
NÚMERO 1 DOS BRASILEIROS<br />
ROGÉRIO DUTRA<br />
16<br />
aninha: Bem-vindo,<br />
profissionalismo<br />
17<br />
FALA LEITOR:<br />
MIAMI OPEN 2018<br />
18<br />
COLUNA:<br />
RICARDO COELHO<br />
19<br />
SAÚDE:<br />
A DIETA DE DJOKO SOB OLHAR<br />
DO CONTEXTO<br />
20<br />
LESÕES:<br />
ENTREVISTA COM<br />
DR. ricardo Takahashi
NO INTERIOR<br />
Mulheres da Liga <strong>ABC</strong> se<br />
apresentam em Campinas<br />
Damas fazem jogo duro e<br />
seguem com o legado de<br />
expandir o tênis entre O<br />
PÚBLICO FEMININO<br />
O<br />
resultado não importa muito, mas<br />
fica o legado de incentivar o tênis<br />
entre as mulheres. Está aí uma das<br />
motivações para os amistosos femininos da<br />
Liga <strong>ABC</strong>. Recentemente, em junho, as damas<br />
enfrentaram o Tênis Clube de Campinas, em<br />
Sousas. A equipe regional perdeu por 12 a 10. O<br />
time foi composto por 22 tenistas, divididas em<br />
três categorias, de acordo com o nível de jogo.<br />
“Não importa o resultado, acho que vale mais<br />
conhecermos outras pessoas que gostam deste<br />
esporte”, explicou Neusa Oguihara, dirigente da<br />
Liga <strong>ABC</strong>. “Os amistosos existem há muitos anos<br />
com o apoio dos clubes da região. É bastante<br />
positivo esses jogos para aumentar nosso círculo<br />
de amizades, praticar tênis, bater papo e tirar o<br />
dia para se divertir”, acrescentou.<br />
Enquanto isso, os campeonatos da Liga seguem<br />
a todo o vapor, a despeito dos feriados e o<br />
início da Copa do Mundo - que atrapalharam<br />
um pouco o planejamento. Restam cinco etapas<br />
para o término da temporada 2018.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 6<br />
Crédito: facebook oficial da Liga <strong>ABC</strong> de Tênis
GALERIA ETAPAS MASCULINAS - LIGA <strong>ABC</strong><br />
EM BREVE!<br />
INFORMAÇÕES<br />
revistawinner.com.br<br />
11 4392-7184<br />
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Crédito: facebook oficial da Liga <strong>ABC</strong> de Tênis<br />
A REVISTA DE TÊNIS DO <strong>ABC</strong><br />
<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 7
empreendedorismo<br />
Quadra valiosa<br />
Antonio Kurazumi<br />
Celeiro de tenistas,<br />
andreense Primeiro de<br />
Maio investiu em piso<br />
sintético para aumentar<br />
número de praticantes<br />
Uma única quadra é capaz de provocar<br />
transformações e formar talentos aos<br />
montes para o tênis brasileiro. O efeito<br />
pode ser mais impactante se a modernidade<br />
caminhar lado a lado. A receita já se mostrou<br />
acertada pelo Primeiro de Maio Futebol Clube,<br />
de Santo André, que trabalha para dar saltos<br />
ainda maiores com a modalidade.<br />
As atividades do tênis tiveram início no clube<br />
andreense em 1981, com a construção da<br />
quadra rápida - idealizada por sócios que<br />
praticavam o esporte em lugares distantes.<br />
Nesse período, ocorreram discussões em<br />
torneio da elitização do esporte. Segundo<br />
informou a agremiação, a partir dos anos<br />
90, com o esporte mais solidificado na parte<br />
de sociabilização e competitiva, o piso foi<br />
substituído pelo tipo lisonda.<br />
Uma quadra, é o que o tênis precisa para se<br />
desenvolver. Desde então, o Primeiro de Maio<br />
se orgulha de ter revelado nomes importantes<br />
para a modalidade, entre eles Luiz Sgarbi,<br />
Adriano Klerer e Bruno Mollo, conforme<br />
recordam os integrantes do tênis no local.<br />
Atualmente, a quadra é utilizada para<br />
aulas (curso esportivo, como os dirigentes<br />
preferem classificar) e recreação. “Também<br />
temos torneios internos (de simples e de<br />
duplas) e campeonatos externos interclubes<br />
(geralmente envolvendo clubes da Região do<br />
<strong>ABC</strong>). São organizados pelo Departamento de<br />
Esportes, com a ajuda da diretoria do tênis.<br />
Usam o espaço por volta de 120 associados”,<br />
enumerou o diretor da área de tênis, Alberto<br />
Venceslau Prata Matos.<br />
A história no tênis tem todas as condições<br />
para ser reescrita. Há cerca de um ano, a<br />
quadra foi reformada graças a um sistema<br />
de amortecimento chamado “cushion” entre<br />
as camadas do piso. Com ele, de acordo com<br />
especialistas, a quadra fica mais macia, exige<br />
baixa manutenção por ter material resistente à<br />
chuva, poluição e raios UV.<br />
“Contratamos uma empresa especializada em<br />
reformas e construção de quadra de tênis<br />
para fazer esse serviço. A Diretoria Executiva,<br />
empenhada em trazer ao associado um espaço<br />
moderno e confortável, programou e destinou<br />
verba de investimento em melhorias para<br />
a área do tênis. Não só o piso foi renovado,<br />
mas trocamos a iluminação, pintamos o<br />
espaço, fizemos banco com cobertura para<br />
os jogadores e um novo placar”, acrescentou<br />
Matos.<br />
Agora, o Primeiro de Maio parte para o próximo<br />
objetivo: trazer mais praticantes para o tênis.<br />
“A ideia é continuar e manter a área do tênis<br />
o mais moderna e confortável possível para<br />
os associados”. O clube só pode aumentar seu<br />
tamanho verticalmente, por isso a construção<br />
de uma nova quadra para o tênis é difícil.<br />
“Temos equipe que<br />
representa as cores<br />
do Primeiro de Maio em<br />
torneios interclubes em<br />
suas devidas categorias<br />
e se destacando a nível<br />
estadual. A equipe<br />
também defende a<br />
cidade de Santo André<br />
nos Jogos Regionais do<br />
Idoso”<br />
Alberto Venceslau Prata Matos<br />
Divulgação<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 8
EMPREENDEDORISMO<br />
Ao lado do estádio,<br />
tênis para todos<br />
Antonio Kurazumi<br />
No 1º de Maio, em São<br />
Bernardo, munícipes têm<br />
duas quadras de saibro<br />
à disposição de segunda<br />
a sábado; basta fazer<br />
carteirinha e seguir<br />
‘cartilha’<br />
Nem parece verdade. Para ter acesso às<br />
quadras de tênis do 1º de Maio, em São<br />
Bernardo, os munícipes precisam passar<br />
pela portaria. A passagem, porém, é liberada<br />
para quem mora na cidade e tem a carteirinha<br />
que permite o uso gratuito das duas quadras<br />
de saibro. A modalidade é praticada ao lado do<br />
famoso estádio de futebol, administrado pela<br />
Secretaria de Esportes.<br />
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura,<br />
o espaço para o tênis foi inaugurado em 20 de<br />
agosto de 1968, junto do próprio estádio, do<br />
salão de tênis de mesa e da pista de atletismo.<br />
Ainda de acordo com a administração, à época<br />
já havia procura pelo tênis em espaços públicos<br />
na cidade.<br />
Para solicitar a carteirinha e jogar no 1º de Maio,<br />
o morador só tem de preencher cadastro na<br />
administração do local e apresentar comprovante<br />
de residência, cópia do RG e duas fotos. Depois,<br />
basta respeitar as regras de utilização (uma<br />
espécie de “cartilha”), que, por exemplo, proíbe<br />
aulas particulares - com exceção de autorização.<br />
O uso das quadras é feito por ordem de chegada,<br />
sendo que todo o tenista é obrigado a colocar<br />
a carteirinha no quadro - como uma forma de<br />
organização. Se há espera, as partidas só podem<br />
ter um set e assim vai sendo feito o rodízio de<br />
jogadores. O espaço fica aberto de segunda a<br />
sábado, das 7h às 22h. “A exceção é quando há<br />
jogos oficiais no estádio de futebol”, informou a<br />
Prefeitura, por meio da assessoria de imprensa.<br />
A própria Secretaria de Esportes se<br />
responsabiliza pela manutenção, conforme<br />
informações do administrador das quadras.<br />
São quatro funcionários para executar os<br />
serviços de limpeza e outras necessidades. Os<br />
custos estão inseridos no orçamento de todo<br />
o complexo do 1º de Maio. No fim, os próprios<br />
jogadores ajudam na preservação das superfícies<br />
de saibro, que exigem manutenção constante.<br />
“Os praticantes têm consciência de que se<br />
trata de um lugar gratuito e colaboram para<br />
que o mesmo seja preservado. Alguns deles se<br />
oferecem para irrigar a quadra, passar o rastelo<br />
e limpar as quadras para mantê-las em ordem”,<br />
explica a Prefeitura.<br />
A administração garante que não há a intenção<br />
de alterar as regras para o tênis no 1º de Maio,<br />
descartando a chance de cobrar pela utilização<br />
do saibro. “Não existe essa possibilidade, pois o<br />
intuito das quadras é exatamente o contrário,<br />
de proporcionar acesso ao esporte para todos<br />
de forma gratuita.”<br />
Atualmente, 400 munícipes jogam tênis no 1º<br />
de Maio e também dividem as quadras com<br />
atletas da cidade que usufruem do local para<br />
treinamento de competições, tais como os Jogos<br />
Regionais, Jogos Abertos do Interior e os Jogos<br />
da Terceira Idade.<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 9<br />
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Sem medo<br />
da transição<br />
Melhor brasileiro do último Australian Open Juvenil, bernardense<br />
Igor Gimenez avisa que está preparado para o profissionalismo;<br />
tenista não se assusta em fazer mudanças no jogo<br />
Antonio Kurazumi<br />
Divulgação<br />
No Aberto da Austrália, primeiro Grand<br />
Slam da temporada, Igor Gimenez<br />
só parou nas oitavas de final e fez<br />
a melhor campanha entre os brasileiros na<br />
chave juvenil. Entretanto, os resultados não<br />
vêm em primeiro lugar para o atleta de São<br />
Bernardo. Com apenas 18 anos e estimulado<br />
pelo trabalho no Instituto Tênis, organização<br />
sem fins lucrativos que tem como meta levar<br />
um tenista para o topo do ranking mundial<br />
até 2033, o tenista adaptou o próprio jogo e<br />
a mentalidade. Para Gimenez, a cultura de se<br />
cobrar vitórias de imediato no país impede o<br />
desenvolvimento dos jogadores.<br />
“A gente pode pegar o exemplo de dois<br />
gigantes do tênis, o Federer e o Nadal, que<br />
conquistaram tudo, mas mesmo assim se<br />
permitiram mudar, tiveram humildade para<br />
mudar e melhorar. Se até eles tiveram que<br />
pagar o preço, quem somos nós (juvenis) para<br />
não pagar”, questiona o jovem, prestes a entrar<br />
no profissionalismo.<br />
Para compreender a carreira e a visão de<br />
Gimenez sobre o tênis, é necessário voltar no<br />
tempo. Ele começou a jogar por influência do<br />
irmão - disputou os primeiros campeonatos<br />
na Liga <strong>ABC</strong> (veja na foto abaixo), onde vencia<br />
com frequência meninos dois anos mais velhos<br />
- e, em pouco tempo, se transformou em<br />
promessa do país. Foi o número 1 do Brasil<br />
aos 12 anos, quando despertou o interesse do<br />
Instituto Tênis.<br />
“Eu era muito competitivo, lutava por todos<br />
os pontos e acabava brigando um pouco mais<br />
que os outros meninos pela vitória. Isso foi<br />
algo que me fez ganhar muito com 12 anos,<br />
mas não foi uma coisa boa necessariamente,<br />
pois me trouxe uma falsa ilusão sobre como<br />
era o circuito”, recorda.<br />
Nas temporadas seguintes, o tenista do <strong>ABC</strong><br />
conquistou títulos dos sonhos para garotos em<br />
fase de formação, como o Banana Bowl, Copa<br />
Gerdau e o Sul-Americano. Entretanto, perto<br />
dos 15, não se via jogando bem e amadureceu<br />
graças ao suporte dos profissionais do Instituto.<br />
“Tive que mudar a empunhadura da minha<br />
direita, esse é um problema de vários meninos<br />
também”, explica Igor Gimenez. “A maior<br />
diferença que senti quando cheguei no<br />
Instituto foi a maneira como tratam a rotina<br />
e os treinamentos, eles mostram exatamente<br />
o caminho que você tem que percorrer para<br />
chegar onde quer”, acrescentou.<br />
Instalado em Barueri, o Instituto Tênis tem no<br />
juvenil um de seus potenciais candidatos a<br />
número 1 do mundo. “Com certeza isso passa<br />
pela minha cabeça. Nós sempre trabalhamos<br />
para jogar um tênis moderno, bem agressivo,<br />
que vai dar certo no futuro, isso é algo que<br />
vejo que falta muito no Brasil. No país, temos<br />
a cultura de querer sempre o resultado de<br />
imediato e isso, às vezes, não deixa o tenista<br />
fazer grandes alterações na mentalidade e<br />
no jogo, fundamentais para se atingir o real<br />
potencial”, opinou.<br />
Moldado no Instituto para fazer um pouco<br />
de tudo, como salientou na entrevista, como<br />
subidas à rede, devolução de dentro da quadra<br />
e saber manter o nível em todos os tipos de<br />
quadra, Gimenez subiu mais degraus na carreira.<br />
No ano passado, somou o primeiro ponto na<br />
ATP e no Aberto da Austrália nenhum brasileiro<br />
avançou tanto na competição quanto ele.<br />
“Foi uma experiência incrível na Austrália, viver<br />
aquele ambiente, ver como os profissionais se<br />
comportam para estar lá. Sabia que poderia<br />
conseguir um resultado bom. Eu vinha bem,<br />
acho também que meu jogo se adapta à<br />
quadra rápida”, diz o bernardense, que não<br />
se preocupa com a iminente transição para o<br />
profissionalismo. “Não me assusto, acredito<br />
que é uma coisa que venho me preparando faz<br />
tempo, não vai ser fácil, mas tenho claro o que<br />
tenho de fazer.”<br />
PATROCÍNIOS<br />
A proximidade do profissionalismo exige a<br />
presença cada vez mais constante na Europa,<br />
mas a questão financeira é um problema. O<br />
Instituto - por meio de leis de incentivo - ajuda,<br />
e muito, mas o juvenil busca também o auxílio<br />
de patrocinadores para ter a chance de jogar o<br />
número de torneios necessários. Recentemente,<br />
por exemplo, o pai tirou do próprio bolso a verba<br />
para uma tour pelo velho continente.<br />
A ideia é se firmar nos futures nesse restante<br />
de temporada, antes de subir o nível em 2019.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 10
André Lima - Colunista<br />
Olá, amigos do tênis!<br />
Estou de volta e, de bate-pronto, faço uma<br />
pergunta:<br />
Você tem CERTEZA que está<br />
usando a RAQUETE CORRETA?<br />
Checar se a minha raquete está alinhada com<br />
as demandas é primordial para saúde física,<br />
técnica, econômica e mental, por que não?<br />
Quando tudo está bem a fluidez do jogo é<br />
outra e estar com a raquete correta só ajuda,<br />
concorda?<br />
A raquete que você usou com 12, 16, 25, 30,<br />
35 anos e assim por diante precisa ser trocada<br />
ao longo do tempo por diversos motivos que<br />
levam a um jogo tecnicamente eficiente e sem<br />
dores.<br />
Punho, braço, ombro, costas não deveriam<br />
sofrer se a raquete tivesse certa. Igualmente<br />
terminar um jogo de três sets não deveria ser<br />
mais difícil por conta da raquete que usa e se<br />
essa for, por exemplo, mais pesada e flexível<br />
do que deveria, isso acontecerá, fatalmente.<br />
Bem resumidamente, o que precisa considerar<br />
para ter uma ideia próxima do ideal de raquete?<br />
IDADE<br />
Crianças precisam de raquetes adaptadas em<br />
peso e comprimento de acordo com estatura<br />
e envergadura. Saindo dos 10 para 11-12,<br />
precisa de uma raquete leve, até 280-285g e<br />
comprimento mais próximo das 27 polegadas,<br />
com cabeças jamais menores que 98 sq in.<br />
(polegadas quadradas), com preferência para<br />
as “oversize”, acima de 102 sq in. Adultos<br />
iniciantes devem sempre preferir raquetes<br />
nessa faixa também. Se está começando a<br />
jogar na terceira idade, escolha as raquetes<br />
com peso entre 275 e 285g e cabeça oversize<br />
também, além de preferir as de peso na<br />
cabeça. Tenistas com mais de 30 anos devem<br />
ter cuidado especial com raquetes pesadas,<br />
acima dos 310g. São grandes vilãs dessa turma,<br />
mesmo os tenistas avançados, sobretudo<br />
professores, que passam horas diariamente<br />
soltando bola, voleando, batendo do fundo,<br />
muitas vezes com tenistas que exigem mais do<br />
físico.<br />
NÍVEL TÉCNICO<br />
Intermediários, de 4.a classe e 3.a classe já<br />
podem pensar em jogar com raquetes na casa<br />
dos 300, 305g, 310 no máximo, e com peso<br />
equilibrado. Da 2.a classe acima, dependendo<br />
de como está fisicamente e como mantem<br />
rotina de treinos dentro e fora da quadra,<br />
pensar numa raquete acima de 310g, com<br />
peso no cabo e um padrão de encordoamento<br />
mais “fechado”, como 18x20, pra garantir mais<br />
controle, é uma opção, mas com ressalvas.<br />
Preferir um padrão mais aberto, tipo 16x19,<br />
16x18, é mais sensato quase sempre,<br />
especialmente para amadores. Se tiver um<br />
jogo com mais spin, por exemplo, essa escolha<br />
faz mais sentido ainda. Um aro mais flexível<br />
também ajuda muito a controlar a bola, então<br />
é recorrente um avançado preferir modelos<br />
menos rígidos, contrariando o que muita gente<br />
pensa. Ainda explicarei isso por aqui.<br />
Uau! Foi rápido como um ace! Quer mais? Vai<br />
lá no Speak On TENNIS no YouTube.<br />
Que o spin esteja com você!<br />
Um abraço, André Lima<br />
André Lima atua como professor de tênis desde 1995. Assessorou a parte técnica de eventos como o Challenger de Belo Horizonte por quase 10 anos e foi Árbitro da CBT /Juiz de<br />
Cadeira certificado como White Badge da ITF. Além disso atuou por 5 anos na HEAD Brasil, à frente da Coordenação de Patrocínios e como especialista em equipamento. É atualmente<br />
Diretor de Conteúdo do CONATÊNIS – Congresso Nacional Online de Tênis e Criador do Canal Speak On TENNIS do YouTube<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 11
especial<br />
Número 1<br />
DOS BRASILEIROS<br />
Antonio Kurazumi<br />
Aos 34 anos,<br />
Rogerinho é<br />
aplaudido por<br />
onde passa, recebe<br />
elogios de craques<br />
do tênis e ‘carrega’<br />
legado de exemplo<br />
para os jovens<br />
Há maneiras distintas de se avaliar os<br />
resultados e a carreira de um jogador.<br />
O erro é ignorar o contexto, achar que<br />
apenas os títulos interessam. No Brasil, em se<br />
tratando de tênis, a matemática não traduz<br />
a realidade - afinal, os números escondem<br />
informações relevantes. Vamos falar de Rogério<br />
Dutra Silva. Em Roland Garros, caiu na primeira<br />
rodada, apenas mais uma eliminação de um<br />
tenista do país no começo de Grand Slam.<br />
Poderíamos terminar essa história por aí, mas e<br />
as três vitórias fáceis no qualifying, o adversário<br />
na derrota citada, um tal de Novak Djokovic,<br />
os elogios do próprio sérvio ao final da partida<br />
(chamando Rogerinho de grande lutador) e os<br />
aplausos de pé do público presente na quadra<br />
central?<br />
Na verdade, a participação em Paris não muda<br />
a carreira do paulista, apenas reforça quem ele<br />
é no tênis e dá motivação para a sequência<br />
da temporada. O título da reportagem,<br />
“Número 1 dos brasileiros”, que é a mensagem<br />
que queremos transmitir, tem relação com o<br />
legado que Rogerinho já passou aos jovens que<br />
acompanham a modalidade (e para aqueles que<br />
jogam e também pretendem seguir carreira).<br />
Dutra não gosta de expor os problemas que<br />
enfrentou para estar atuando em alto nível, com<br />
34 anos. Abomina usar o passado sofrido para<br />
justificar derrotas. Já disse que torce para que<br />
outros não copiem muitas coisas que teve de<br />
fazer para se consolidar no circuito profissional,<br />
em que chegou a ocupar a 63ª posição em 2017.<br />
Rogerinho só volta ao tempo para explicar por<br />
que demorou a deslanchar. “Minha carreira<br />
foi bem diferente das outras. Pela questão<br />
financeira, o primeiro técnico que tive foi com<br />
24 ou 25 anos, sendo que com 17 o pessoal já<br />
tem toda uma equipe por trás, com preparador<br />
físico, psicólogo. Não joguei juvenil, então minha<br />
carreira também é mais tardia por esse fator”,<br />
recorda o jogador, em entrevista exclusiva à<br />
<strong>Winner</strong> <strong>ABC</strong> logo depois de Roland Garros.<br />
Já como profissional, inclusive, deu aulas e foi<br />
rebatedor para bancar viagens.<br />
Ricardo Coelho trabalhou com o paulista entre<br />
2006 e 2008. Por um pedido de Júlio Silva, que<br />
era seu pupilo, o treinador abriu as portas para<br />
Rogério Dutra - à época, sem clube. “A grande<br />
virtude dele é a persistência, não desiste de<br />
nada e é muito focado em objetivos. Naquele<br />
Fotos: Marcelo Zambrana e Gaspar Nóbrega/DGW Comunicação<br />
Marcello Zambrana<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 12
<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 13<br />
Marcelo Zambrana/DGW Comunicação
Gaspar Nóbrega/DGW Comunicação<br />
“Lembro que fomos para<br />
Wimbledon em 2007. Ele<br />
só tinha feito um ou dois<br />
treinos na grama e venceu<br />
na primeira rodada. Ali,<br />
ele já mostrou que seria<br />
um jogador de todas as<br />
quadras. Depois isso se<br />
confirmou”<br />
Quase lá<br />
Ricardo Moreira/DGW Comunicação<br />
momento, faltava maturidade tenística a ele,<br />
porque não tinha condições de disputar torneios<br />
fora, de ficar um tempão na Europa. Isso pegou”,<br />
lembra Coelho.<br />
O técnico diz que acreditava no crescimento de<br />
Rogerinho pelo fato de, no linguajar do tênis,<br />
ele ter bola, bons golpes. Os ajustes foram<br />
feitos principalmente na esquerda. “Essa bola<br />
de esquerda sobrava mais para o adversário<br />
atacar. Fizemos leve alteração na empunhadura e<br />
exercícios de estímulo neural, para gravar a nova<br />
informação e tornar o processo mais rápido. A<br />
preparação não era adequada, fizemos trabalho<br />
de giro de tronco pensando na preparação do<br />
golpe mais rápida. Era fácil trabalhar com ele<br />
porque aceitava a mudança”, revelou Ricardo<br />
Coelho, que hoje comanda o tênis no Hebraica.<br />
“Sou muito grato por ter treinado o Rogério,<br />
aprendi muito com ele, de saber escutá-lo”,<br />
completou.<br />
O tênis de Rogerinho se desenvolveu com o<br />
passar dos anos e entrou em outro patamar com<br />
idas frequentes à Argentina. É no país vizinho<br />
que realiza períodos de treinamentos. Com o<br />
Gaspar Nóbrega/DGW Comunicação<br />
argentino Carlos Perez, por exemplo, ele não<br />
esconde que adquiriu massa muscular e potência.<br />
“Não faz tanto tempo assim que consegui ter<br />
uma equipe para todas as áreas. Foi fundamental,<br />
hoje o nível está muito próximo e se não estiver<br />
fazendo tudo de maneira minuciosa, é difícil. Isso<br />
(acompanhamento) está me auxiliando a estar<br />
bem na idade atual”, opinou o brasileiro. “Minha<br />
estrutura é parecida com a dos outros atletas.<br />
É óbvio que não dá para levar todos para os<br />
torneios, é um quebra cabeça na hora de viajar.<br />
Vai um, fica o outro, para não ter muita gente e<br />
o gasto não ser alto”, pondera.<br />
Sobre a preparação, Dutra afirma que treina mais<br />
depois dos 30 anos, sem deixar de respeitar o<br />
corpo. “Acho que estou fazendo mais coisas.<br />
Quanto mais você faz, desde que coordenado e<br />
focado, é melhor. Claro que muda com a idade,<br />
faço mais prevenção”, comentou o tenista de<br />
Santa Barbara D’Oeste, que fica pouco tempo<br />
em casa.<br />
Em 2018, por duas vezes Rogerinho ficou<br />
perto de fazer a primeira semifinal de um ATP<br />
na carreira, no Brasil Open e em Istambul.<br />
Nesse último campeonato, na Turquia, abriu 4<br />
a 0 no terceiro set, mas perdeu o ritmo e o<br />
duelo para o japonês Taro Daniel nas quartas<br />
de final. “Avalio a temporada como boa, venho<br />
jogando bem os torneios ATP e os Grand<br />
Slam. É ficar firme que a semifinal vai aparecer.<br />
Faltou um pouco de tudo (contra Taro Daniel),<br />
de azar, de ele ir bem na hora que precisava<br />
e eu não, mas é continuar com foco que em<br />
algum momento vai vir”, aposta o brasileiro.<br />
Rogério Dutra Silva relaciona o tênis ao xadrez,<br />
justificando que criou uma espécie de base de<br />
dados com características dos adversários.<br />
“Você tem que saber a hora de atacar,<br />
defender, encurralar, passar mensagem para o<br />
oponente de como você está. Analiso os rivais<br />
por meio de vídeos, conversando com a minha<br />
equipe, é importante observar onde o cara<br />
gosta de jogar a bola na pressão”, enumera.<br />
Questionado se a idade ajuda, afirma que é<br />
relativo. “O fato de estar há bastante tempo<br />
no circuito é bom em alguns momentos, mas<br />
a molecada que está vindo não se preocupa<br />
com isso, por não pensar muito nessa idade<br />
e soltar a mão. Por outro lado, eles não têm<br />
experiência em períodos cruciais do jogo.”<br />
A campanha em Roland Garros embalou<br />
Rogerinho. “Fazer três sets duros, com break<br />
na frente, diante de um tenista do nível do<br />
Djokovic, é muito legal. Nunca tinha conseguido<br />
jogar um nível alto de tênis por tanto tempo”,<br />
revelou ele, sem pensar em aposentadoria.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 14
O legado<br />
Depois de todas as dificuldades, o pior parece<br />
ter passado para o tenista querido pelos<br />
brasileiros, mas a independência financeira<br />
ainda está longe. São poucos apoios para quem<br />
já deixou um legado para o tênis nacional, de<br />
que é necessário lutar, pagar o preço, dar<br />
de fato tudo que tem para obter sucesso na<br />
carreira.<br />
“Faz muito tempo que não gosto de reclamar,<br />
tenho que trabalhar firme e forte. É assim que<br />
consegui os patrocinadores atuais, é a maneira<br />
que gosto de pensar.”<br />
“A garotada<br />
tem 23 anos<br />
e acha que<br />
é velha”,<br />
critica<br />
Na condição de referência para os jovens<br />
tenistas, Rogério Dutra Silva vê a fase<br />
de transição mais longa no tênis atual<br />
e pede paciência.<br />
“O conselho para os mais jovens é persistir.<br />
Hoje, a carreira do tenista é mais longa do<br />
que antigamente, daí também a transição<br />
ser mais demorada. Antes, com 17, 18 anos,<br />
muita gente já estava ganhando Grand Slam<br />
e agora não é assim”, compara Rogerinho,<br />
exemplo de amadurecimento tardio. “Tem de<br />
ter paciência, às vezes a garotada tem 23 anos<br />
e acha que é velha. Pensando nesse aspecto,<br />
todos os envolvidos no tênis precisam apoiar<br />
os jogadores.”<br />
A crítica do paulista também recai no<br />
planejamento feito durante a transição, em<br />
que os torneios profissionais devem ser<br />
priorizados. “Às vezes acho que os juvenis<br />
esquecem um pouco do profissional, mas não<br />
é preciso esperar fazer 18 anos para jogar<br />
esses campeonatos, claro, respeitando o<br />
corpo. Por isso é mais difícil para os brasileiros<br />
esse momento. O fato de eu não ter disputado<br />
juvenil me fez amadurecer rápido”, analisou.<br />
Marcelo Zambrana/DGW Comunicação<br />
A entrevista com Dutra também foi uma<br />
oportunidade de entender porque os<br />
argentinos levam vantagem sobre nós. “Você<br />
tem muitos atletas para treinar em uma área<br />
muito pequena, com qualidade boa. Isso faz<br />
muita diferença. A troca de informação é<br />
mais constante”, contou o tenista profissional,<br />
lamentando que o tamanho do Brasil atrapalha,<br />
em partes, no desenvolvimento da modalidade.<br />
Quando se fala em Argentina, o público que<br />
assiste o tênis se lembra da conquista recente<br />
da Copa Davis pelos hermanos. Sonho quase<br />
impossível para os brasileiros, que não devem<br />
ter mais Rogerinho na competição. Preterido<br />
em convocação no passado, ele descarta o<br />
evento por ora.<br />
“Ainda estou priorizando meu calendário de<br />
ATP, não estou pensando muito em Copa<br />
Davis. Os resultados (recentes) não foram<br />
bons, mas a equipe brasileira vai melhorar. É<br />
normal. O país está passando por mudanças<br />
(na equipe), sempre foram os mesmos, com a<br />
idade vai trocando, é normal a situação.”<br />
Marcelo Zambrana/DGW Comunicação<br />
Leandro Martins/DGW Comunicação<br />
Gaspar Nóbrega/DGW Comunicação<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 15
Bem-vindo, profissionalismo<br />
Divulgação / Juninho Tennis<br />
Prestes a viajar para os<br />
Estados Unidos, Aninha<br />
fecha ciclo no juvenil com<br />
a realização de um sonho<br />
em Paris<br />
Pelo ranking, Ana Paula Melilo não teria<br />
condições de cumprir neste ano uma das<br />
metas a curto prazo da carreira: jogar um<br />
Grand Slam. A posição na lista juvenil tornava<br />
quase impossível a entrada no qualifying<br />
dos quatro principais torneios, mas havia um<br />
porém que mudou a história de uma carreira.<br />
Restava a chance de uma vaga destinada ao<br />
Brasil em Roland Garros por meio de seletiva<br />
nacional. Aninha, que é conhecida por crescer<br />
em momentos de pressão, acreditou, agarrou<br />
essa única vaga - diante de algumas das<br />
melhores juvenis do país - e concretizou um<br />
de seus sonhos. Na França, passou pela fase<br />
classificatória e só parou na 1ª rodada da<br />
chave principal. Além das lembranças, como<br />
uma homenagem na quadra principal e até os<br />
autógrafos, ficou o aprendizado.<br />
Treinada pelo ex-profissional Juninho, no<br />
São Bernardo Tênis Clube, a jovem acaba de<br />
completar 18 anos. Em boa parte de 2017,<br />
conciliou as atividades em quadra com os<br />
estudos para passar em exame obrigatório<br />
de inglês, visando mudança de endereço para<br />
a universidade North Florida, nos Estados<br />
Unidos - para onde vai dentro de dois meses<br />
com bolsa e despesas pagas. Voltou a focar<br />
somente no tênis nesta temporada. No fim,<br />
deu tudo certo.<br />
“A sensação de jogar no complexo de Roland<br />
Garros é doida. Você sente muita coisa<br />
ao mesmo tempo. É pressão com alegria<br />
e nervosismo, tudo. Acho que lidei bem<br />
com isso, melhor que as duas meninas que<br />
enfrentei no triangular qualificatório. Entrei<br />
em túnel de concentração porque parecia<br />
que eu estava no clube (em São Bernardo),<br />
só mantinha meu foco no Juninho e no jogo.<br />
Se eu pensasse onde estava, olhasse para<br />
fora, bateria um pouco de desespero”, revelou<br />
Aninha em entrevista exclusiva à <strong>Winner</strong> <strong>ABC</strong>,<br />
sobre a experiência única em Paris.<br />
Depois de entrar na chave principal do<br />
juvenil, Aninha teve direito de treinar no<br />
clube de tênis de Roland Garros, que fica a<br />
200 metros do complexo mas que só permite<br />
acesso de técnicos e jogadores. Lá, encontrou<br />
e tirou fotos com Nadal e, acima de tudo,<br />
aprendeu mais. Ela é obsessiva por treinos de<br />
profissionais, busca absorver o máximo.<br />
Antes de estrear em Roland Garros, a tenista<br />
do <strong>ABC</strong> recebeu homenagem na Philippe<br />
Chatrier em meio à programação dos jogos<br />
dos profissionais. Depois da euforia, hora<br />
de retomar a concentração. Como era de se<br />
esperar, uma pedreira logo de cara na chave<br />
principal: a suíça Lulu Sun, cabeça de chave<br />
14. A despeito do favoritismo da oponente,<br />
a brasileira chegou a ter um set point, mas<br />
desperdiçou. “Só não fechei o 1º set por<br />
nervosismo”, lamentou. Mesmo assim, caiu em<br />
dois sets com a cabeça erguida.<br />
Segundo ela, os jogos em Roland Garros<br />
serviram para mostrar que, muitas vezes, a<br />
diferença da vitoriosa para a derrotada está<br />
apenas na experiência, rodagem no tênis. “É o<br />
que muda, por ela ter uma bagagem maior de<br />
jogos e eu não ter disputado muitos torneios<br />
grandes. No Brasil, você acaba ficando um<br />
pouco para trás. De bola, vi que estou próxima”,<br />
analisou.<br />
Pensando na transição para o profissional,<br />
Aninha revelou que nos últimos meses<br />
trabalhou no aperfeiçoamento do próprio jogo.<br />
“Nos Estados Unidos, eu vou evoluir meu<br />
jogo em quadra rápida, já que aqui os treinos<br />
e partidas são mais no saibro. Vou vivenciar<br />
torneios em equipe, que gosto, tem o clima de<br />
Copa Davis. Vou aprender muito”. Bem-vinda<br />
ao profissionalismo, Aninha.<br />
“Um ponto que eu ganharia<br />
no juvenil não vou ganhar<br />
no profissional, porque A<br />
adversária vai devolver<br />
outra bola”<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 16
FALA LEITOR<br />
MINHA<br />
EXPERIÊNCIA NO<br />
Ricardo Mazziero – Especial para a <strong>Winner</strong><br />
A<br />
primeira e até agora única partida de<br />
Grand Slam que tive o prazer de assistir<br />
foi a semifinal do US Open de 2012,<br />
entre Andy Murray e Thomas Berdych.<br />
Foi um jogaço, que pavimentou o caminho<br />
rumo ao primeiro título de Slam do escocês.<br />
Como comprei o ingresso que dava acesso<br />
ao estádio principal, o Arthur Ashe, também<br />
poderia acompanhar a segunda semifinal, do<br />
Djokovic com o David Ferrer. Infelizmente,<br />
um alerta de tornado, muito comum na época,<br />
forçou o adiamento desse jogo ainda no 1º<br />
set e todas as pessoas no complexo foram<br />
evacuadas. Em função de estar de viagem<br />
marcada no dia seguinte, não consegui fazer<br />
valer o direito de assistir o restante desse<br />
confronto. Uma pena.<br />
Entrando nos bastidores, os ingressos para as<br />
fases finais de um Grand Slam não são baratos,<br />
paguei em torno de 300 dólares em um lugar<br />
intermediário. Mesmo para quem está lá em<br />
cima, mais distante dos jogadores, o ângulo<br />
de visão é muito bom pelo modo como foi<br />
construído o Arthur Ashe.<br />
O complexo do US Open é muito grande e a<br />
entrada dos torcedores é bem organizada. Há<br />
seis ou sete opções de alimentação e lojas de<br />
quase todas as marcas ligadas ao tênis, mas<br />
não me esqueço de uma sessão de memória,<br />
em que são vendidas bolinhas utilizadas em<br />
jogos históricos. Elas vêm embaladas em um<br />
vidrinho com nome de atletas que disputaram<br />
o jogo e o ano. É um item de colecionador, por<br />
isso são vendidas por preços altos. Inclusive,<br />
quando acaba a partida e você quer as bolas<br />
desse momento para guardar de recordação,<br />
elas estão disponíveis deentro de duas a três<br />
horas. De acordo com a importância do duelo,<br />
raridade desses encontros, varia o preço.<br />
Tem bolas de mais de 30 mil dólares, de final,<br />
partida importante com Sampras ou Federer.<br />
Para chegar em Flushing Meadows, no bairro<br />
de Queens, a melhor opção é o trem/ metrô.<br />
Na verdade, em geral, o deslocamento em<br />
Nova York é feito quase sempre dessa forma,<br />
inclusive pelos moradores locais. Não faz<br />
sentido alugar um carro, tampouco gastar<br />
dinheiro com táxi.<br />
Nova Iorque é uma cidade vibrante. Vale a<br />
pena visitar os destinos mais conhecidos, como<br />
o Central Park e o Museu de Arte Moderna,<br />
mas é altamente recomendável explorar<br />
locais menos divulgados. Há excelentes cafés,<br />
restaurantes e museus de menor expressão<br />
em bairros como o Brooklyn.<br />
Em 2018, o US Open será<br />
realizado entre os<br />
dias 27 de agosto e 9<br />
de setembro. No site<br />
oficial do evento, há<br />
informação sobre a<br />
venda de ingressos e<br />
mais detalhes<br />
Divulgação<br />
Você tem muitas razões<br />
para colocar seu filho para praticar tênis!<br />
Todos sabem que uma atividade física é essencial para o<br />
desenvolvimento das crianças. O tênis é bom para aspectos que vão<br />
muito além do físico, pois estimula o aprendizado, a busca por novos<br />
desafios e a responsabilidade.<br />
Tudo isso em um ambiente que reconhece e valoriza as conquistas<br />
individuais, o respeito mútuo, a boa conduta e o jogo limpo.<br />
Estimule a prática esportiva em seu filho!<br />
Escolinha Kids da Juninho Tennis.<br />
(11) 4427.3<strong>09</strong>7 | 9.4727.2110<br />
R. David Campista, 64 - <strong>Revista</strong> Vl. Lea <strong>Winner</strong> - Sto. André | 17 - SP<br />
/juninhotennis /academiajuninhotennis
Ricardo Coelho<br />
O<br />
tênis é, em grande parte, um esporte<br />
de corrida. Todos os golpes têm o<br />
trabalho de pernas, com exceção do<br />
saque. Atualmente, vemos Nadal, Federer<br />
e Djokovic com movimentação impecável<br />
e a maioria dos espanhóis se mexe bem, em<br />
função da metodologia que usam.<br />
Entre os profissionais, é difícil ver um jogador<br />
com problemas nesse aspecto, que determina<br />
o sucesso dos tenistas de elite. O Federer é<br />
rápido, muito em virtude da percepção, leitura<br />
do jogo e de ser extremamente coordenado.<br />
São fatores, inclusive, que diminuem o<br />
desgaste do suíço durante as partidas.<br />
Para você entender melhor sobre o tema,<br />
explicaremos componentes fundamentais<br />
trabalhados com juvenis e profissionais,<br />
inclusive movimentos em quadra que servem<br />
de estímulo.<br />
Percepção: é ter uma leitura de onde seu<br />
adversário vai bater, assim você terá mais<br />
tempo de chegar na bola.<br />
Força: vários tipos ajudam, tais como o<br />
levantamento olímpico, agachamento, entre<br />
outras atividades, te ajudarão a coordenar as<br />
pernas.<br />
Equilíbrio: o trabalho nas plataformas vai<br />
melhorar bastante seu equilíbrio na hora<br />
de golpear a bola. É recomendável procurar<br />
profissional capacitado para te preparar<br />
corretamente a fim de evitar lesões.<br />
Agora, entrando mais na prática, vou usar minha<br />
A importância da<br />
movimentação<br />
experiência na Espanha - onde fiquei uma<br />
temporada para saber o segredo dos espanhóis.<br />
Lá, em todos os momentos do treino, o tenista<br />
não fica parado. Os exercícios sempre visam a<br />
movimentação. Como eles dizem na Espanha,<br />
se você não chegar atrasado na bola, vai bater<br />
bem, é isso o que eles buscam à exaustão.<br />
Eles trabalham dessa forma desde a iniciação.<br />
Quando o menino faz 16 anos tem uma<br />
movimentação eficiente. Você não vê um<br />
espanhol se mexendo mal, justamente por<br />
conta dessa metodologia. Claro que o tênis<br />
evoluiu, mas eles não param e se adaptam às<br />
mudanças.<br />
Segundo estatística da ITF (Federação<br />
Internacional de Tênis), o jogo é disputado a<br />
três metros de diâmetro da linha de base do<br />
meio. Sendo assim, temos que trabalhar essa<br />
região da quadra e fazemos isso por meio<br />
do duplo ritmo, que são passos curtos e<br />
rápidos. Quando a bola é mais rápida, porém,<br />
é necessário dar os passos mais largos e<br />
quando você vai se aproximando da redonda,<br />
aí sim, ajusta com passadas curtas. A ideia é<br />
ter o equilíbrio necessário para acertar o golpe<br />
da melhor forma. Quando a bola chega mais<br />
lenta, você se mexe com o duplo ritmo.<br />
Pensando nos exercícios para te ajudar em<br />
quadra, peça para o professor ou treinador<br />
lançar bolas curtas e fundas porque, assim,<br />
você se movimenta e é estimulado a se ajustar<br />
para bater como o tênis moderno exige. Os<br />
espanhóis trabalham muito isso com o famoso<br />
“X”, que engloba uma funda de direita, uma<br />
2<br />
3<br />
3 metros<br />
curta de esquerda, uma esquerda funda em<br />
seguida e finaliza com a direita curta.<br />
Trabalhando esses exercícios, com uma<br />
frequência de duas a três vezes por semana,<br />
por cerca de 20 minutos, você já vai sentir uma<br />
grande diferença. Espero ter ajudado um pouco<br />
em sua movimentação, que é fundamental em<br />
um jogador de tênis.<br />
Até a próxima.<br />
4<br />
1<br />
RICARDO COELHO é coordenador técnico da Hebraica. Na função de técnico, viajou para três torneios Grand Slam com Júlio Silva,<br />
Rogério Dutra Silva e a argentina Maria Argeri. Formou-se em biomecânica aplicada ao tênis, em curso internacional da ATP e nos cursos de<br />
níveis 1, 2, 3 e 4 da CBT e ITF<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 18
A dieta de<br />
Djokovic<br />
sob o olhar do contexto<br />
Antonio Kurazumi<br />
SAÚDE<br />
Ben Solomon/Tennis Australia<br />
Nutricionista suíço<br />
questiona alimentação<br />
do sérvio e fala até em<br />
anorexia, mas desempenho<br />
irregular pode ter relação<br />
com outros fatores<br />
Há cerca de dois anos e meio, publicamos<br />
reportagem sobre a dieta sem glúten<br />
que alavancou a carreira de Novak<br />
Djokovic - que dominava o tênis naquele<br />
momento. Em sua autobiografia, o sérvio<br />
revelou que é intolerante à mistura de proteínas<br />
encontradas em alguns alimentos e os títulos<br />
só vieram “a rodo” depois que ele eliminou o<br />
glúten. Agora, em meio à fase irregular do exnúmero<br />
1 do mundo, o nutricionista suíço Jurg<br />
Hosli questionou a alimentação de Djoko.<br />
“Estamos vendo um tipo de anorexia que<br />
é definido por uma obsessão por uma<br />
dieta apenas com alimentos saudáveis ou<br />
pretensamente saudáveis. Djokovic tomou<br />
uma decisão sem pensar no longo prazo.<br />
Reduzir carboidratos e cortar totalmente<br />
o açúcar é um grande erro”, criticou Hosli,<br />
relacionando o desempenho do jogador sérvio<br />
com a alimentação.<br />
Porém, de acordo com outros especialistas,<br />
é difícil dar um veredicto sobre o tema<br />
sem conhecer com detalhes as refeições<br />
do tenista. Também, e isso é dito pelos<br />
próprios nutricionistas, há outros fatores que<br />
envolvem o jogo que podem influenciar nessa<br />
fase ruim - como as questões psicológica,<br />
física e técnica.<br />
Hosli defende que Djokovic consuma<br />
mais carboidratos, mas, importante frisar,<br />
esses alimentos são encontrados em vários<br />
vegetais. Sendo alérgico ao glúten, de fato ele<br />
deve evitar pães, massas, pizzas e bolachas,<br />
mas daí temos as frutas, leguminosas, entre<br />
outros.<br />
A conclusão que se chega - escutando<br />
especialistas - é que o extremismo no que<br />
se refere ao tema é perigoso para qualquer<br />
tenista ou esportista, ainda mais de alto<br />
rendimento, mas não há como assegurar<br />
que esse (dieta) se trata do problema da<br />
falta de resultados do sérvio. Para buscar<br />
mais aprofundamento, entrevistamos Camila<br />
Radziavicius, com experiência na nutrição<br />
esportiva.<br />
“Um planejamento alimentar balanceado<br />
oferece ao organismo componentes essenciais<br />
para seu bom funcionamento. O desequilíbrio,<br />
ou seja, o excesso ou a falta de nutrientes é<br />
prejudicial à saúde, pois pode aumentar a<br />
inflamação e contribuir para o aparecimento<br />
de deficiências nutricionais e doenças crônicodegenerativas”,<br />
enumerou a nutricionista.<br />
“Uma alimentação equilibrada em nutrientes é<br />
a chave para o bom desempenho de atletas de<br />
alto rendimento de diversas modalidades. Sem<br />
uma base alimentar estruturada de acordo<br />
com suas necessidades, o esportista não<br />
terá energia para suportar o ritmo pesado de<br />
treinos e competições.”<br />
Ainda segundo Camila, restringir a dieta a um<br />
só tipo de grupo de alimentos, por exemplo,<br />
pode acarretar nas carências nutricionais.<br />
“Sintomas típicos da falta de grupos de<br />
alimentos nas refeições são pele ressecada,<br />
queda de cabelo, fragilidade nas unhas, mau<br />
humor, mau hálito, insônia, dores de cabeça,<br />
desidratação”, explicou Camila, enfatizando<br />
que a alimentação tem peso no desempenho<br />
do atleta.<br />
O esporte pede que o tenista conheça<br />
melhor de si, saiba o que está acontecendo<br />
e tenha conhecimento além do jogo. O<br />
acompanhamento de um profissional mais<br />
qualificado é importante, claro, para que a<br />
evolução no rendimento venha sem prejuízos<br />
à saúde.<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 19
lesões<br />
“O tênis brasileiro<br />
conhece pouco<br />
sobre prevenção”<br />
Antonio Kurazumi<br />
Fisioterapeuta por dez<br />
anos na Copa Davis,<br />
Ricardo Takahashi<br />
critica incapacidade de<br />
profissionais, inclusive<br />
técnicos e jogadores<br />
Desde a década de 90, a ciência tem<br />
evoluído a passos largos na área de<br />
prevenção de lesões esportivas. O<br />
Brasil dispõe de grandes pesquisadores,<br />
porém, a eficácia nesse trabalho exige<br />
conhecimento de diversos profissionais que<br />
cercam um time ou um atleta. No caso do<br />
tênis, esse acompanhamento deve ser feito<br />
de maneira separada com cada jogador para<br />
otimizar os resultados, mas deixa a desejar pela<br />
falta de capacidade dos envolvidos, segundo o<br />
fisioterapeuta Ricardo Takahashi.<br />
Com a experiência de ter feito parte da equipe<br />
brasileira na Copa Davis por 10 anos, entre<br />
2002 e 2012, e do COB (Comitê Olímpico<br />
Brasileiro) nas duas últimas Olimpíadas,<br />
Takahashi critica a forma como se trata o tema<br />
no tênis. Para ele, o ideal é que o atleta seja<br />
acompanhado por equipe multiprofissional<br />
e que cada especialista contribua para a<br />
prevenção de lesões, seja controlando a<br />
carga de treinamentos, alimentação ou<br />
melhorando o gesto esportivo e a qualidade do<br />
movimento. “Isso demanda um planejamento e<br />
conhecimento específico de cada membro. Os<br />
profissionais não precisam viajar com o tenista,<br />
só que ele deve ter um acompanhamento e<br />
orientação”, explica.<br />
A despeito dessa recomendação, nessa<br />
entrevista exclusiva à <strong>Winner</strong> <strong>ABC</strong>, o<br />
fisioterapeuta - que deu palestra na academia<br />
Tenis & Cia de Santo André, no fim de maio<br />
- critica o despreparo de boa parte dos<br />
profissionais e até dos atletas para entender o<br />
que é certo e errado. “O que vi pelo Brasil nos<br />
últimos anos é que se treina e joga muito, mas<br />
sem qualidade. Sabemos que uma das causas<br />
das lesões é o aumento de volume e intensidade<br />
de forma repentina”. Ricardo Takahashi também<br />
dá dicas aos amadores. Confira mais:<br />
Ricardo, fale sobre como o tema prevenção<br />
de lesões é encarado por tenistas, técnicos<br />
e outros envolvidos na modalidade, desde o<br />
amadorismo até o profissionalismo. O senhor<br />
acredita que não se dá a devida importância<br />
ao assunto no país ou isso tem mudado?<br />
Infelizmente, esse tema ainda é desconhecido<br />
pela maioria da população, seja de atletas,<br />
comissão e entidades. Atualmente se fala<br />
muito e se faz pouco. Creio que as pessoas<br />
devem achar que no tênis se trabalha com<br />
equipe multidisciplinar, que é individualizado<br />
e focado em técnica, mas está bem pior do<br />
que é no futebol. Não podemos generalizar,<br />
obviamente, mas a situação está caótica.<br />
Temos academias, clubes e quadras, mas não<br />
existe um centro de formação de tenistas de<br />
alto rendimento no país. O que pensar de<br />
prevenção? Apesar disso, com certeza está<br />
melhor do que há 10 anos.<br />
Em geral, do ponto de vista de custo/<br />
benefício, a prevenção é vantajosa e mais<br />
barata em relação ao tratamento de lesões<br />
já estabelecidas, além de as intervenções<br />
preventivas possuírem um potencial para<br />
auxiliar na melhora do desempenho do atleta.<br />
Qual é a melhor maneira de se prevenir<br />
lesões? Explique.<br />
A resposta dessa pergunta vale milhões de<br />
dólares. Primeiramente, gostaria de dizer<br />
que o risco de sofrer uma lesão não é e<br />
provavelmente nunca será nulo. Existem<br />
vários fatores que interagem para que uma<br />
lesão ocorra e dificilmente conseguimos<br />
controlar todos eles. O que fazemos é<br />
reduzir o risco ao máximo, avaliando o atleta<br />
individualmente e controlando os fatores<br />
que temos conhecimento. As intervenções<br />
preventivas podem ser específicas para cada<br />
tipo de lesão, mas o ideal é pensarmos no<br />
atleta como um todo, por isso a avaliação<br />
ampla e específica é fundamental. Em geral,<br />
manter uma boa mobilidade das articulações,<br />
força e controle muscular, utilizar<br />
equipamentos adequados e customizá-los<br />
para a prática esportiva e controlar a carga<br />
de treinamentos são formas de prevenir as<br />
lesões esportivas.<br />
Ricardo, se fala muito em alongamento,<br />
musculação, pilates, prática de outros<br />
esportes, mas a prevenção vai muito além,<br />
correto?<br />
Com certeza, a prevenção de lesões é algo<br />
complexo. Não existe uma fórmula mágica<br />
com que conseguimos prevenir todos os tipos<br />
de lesão com uma única intervenção. Por isso,<br />
a avaliação individualizada é tão importante.<br />
Sobre as modalidades citadas, pelo prisma<br />
da ciência, hoje sabemos que o alongamento<br />
tradicional não é capaz de prevenir lesões.<br />
Sabemos também que a diversidade na prática<br />
esportiva, ou seja, fazer mais de um esporte<br />
pode ser interessante, pois em alguns estudos<br />
foi demonstrado que essa diversidade ajuda na<br />
proteção.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 20
Até que ponto a carreira de um jogador<br />
profissional ou até a trajetória de um amador<br />
pode ser prejudicada sem o acompanhamento<br />
de especialistas?<br />
O calendário de competições no tênis exige<br />
muito do atleta e as lesões podem impactar em<br />
diferentes esferas da vida do atleta. Uma lesão<br />
não somente impede o jogador de treinar e<br />
competir, mas também apresenta repercussões<br />
negativas na esfera psicossocial e econômica,<br />
comprometendo a saúde e qualidade de vida.<br />
Por isso, acredito que a prevenção de lesões<br />
é fundamental e não pode ser atribuída a um<br />
único profissional de saúde. O ideal é que o<br />
atleta seja acompanhado por uma equipe<br />
multiprofissional e que cada especialista,<br />
dentro de suas competências, contribua para<br />
a prevenção de lesões, seja controlando a<br />
carga de treinamentos, a alimentação, a saúde<br />
mental ou melhorando o gesto esportivo<br />
e a qualidade do movimento. Acredito que<br />
sozinho o tenista não conseguirá prevenir<br />
lesões, pois isso demanda um planejamento e<br />
conhecimento específico de cada membro da<br />
equipe multiprofissional.<br />
Existe alguma parte do corpo do tenista que<br />
exige mais cuidado, onde as lesões são mais<br />
comuns e por isso é preciso sempre ter uma<br />
atenção especial?<br />
Ao contrário do que a maioria das pessoas<br />
pensam, a maior parte das lesões entre os<br />
tenistas profissionais acomete o membro<br />
inferior, porém, essas lesões normalmente se<br />
devem a um trauma (queda, entorse, laceração).<br />
As lesões de membros superiores, apesar<br />
de menos comuns, normalmente são lesões<br />
por sobrecarga, que podem estar ligadas ao<br />
excesso de treinamentos e repetição e também<br />
a uma técnica inadequada. Claramente temos<br />
que estar atentos ao corpo como um todo, mas<br />
acredito que, pelas características das lesões, o<br />
fisioterapeuta deve dar uma atenção especial<br />
ao ombro, cotovelo e punho dos atletas. O<br />
cotovelo do tenista acomete somente os<br />
amadores.<br />
*referência: Christopher E. Gaw – Clin J Sport<br />
Med 2004<br />
Os treinamentos são cada vez mais intensos<br />
e, por consequência, há o risco das lesões.<br />
Como equilibrar essa equação treinamento e<br />
prevenção? E falando mais do amador, como<br />
ele pode saber seu limite, a hora de “tirar o<br />
pé” para não ter uma lesão?<br />
Podemos dizer que o tênis tem passado<br />
por mudanças de padrão (estilo de jogo,<br />
capacidades físicas), mas para cada indivíduo<br />
se atribui o que melhor se adapta a ele. Por<br />
exemplo, se o Federer fosse forte como o<br />
Nadal, jogaria igual ou melhor do que hoje?<br />
O que eu vi no últimos anos é uma falta de<br />
padrão pelo Brasil afora, ou seja, se treina e<br />
joga muito, mas sem qualidade.<br />
Sabemos que uma das causas de lesão é<br />
o aumento do volume e/ou intensidade,<br />
ou seja, se você mudar o treino (carga, tipo)<br />
repentinamente, correrá um grande risco de<br />
lesão. Será que esses fatores são controlados<br />
pela maioria? Hoje é possível saber qual a<br />
carga ótima de treino de força e potência. O<br />
NARSP (Núcleo de Alto Rendimento Esportivo<br />
de São Paulo), coordenado por Irineu Loturco,<br />
faz esses testes e são gratuitos, mas eu tenho<br />
a absoluta certeza de que a maioria dos atletas<br />
juvenis e profissionais treina com cargas<br />
empíricas, que não ajudam na performance<br />
e podem até causar lesões. O atleta, muitas<br />
vezes, é submisso, faz o que mandam e nem<br />
sabe para que serve aquele determinado treino,<br />
isso tem que mudar. Outro fator importante é<br />
a base técnica, são poucos treinadores que<br />
entendem de desenvolvimento motor e outras<br />
questões importantes, como biomecânica.<br />
Para o tenista amador, o recado é: escute seu<br />
corpo. Muitas vezes sentimos uma dor leve e<br />
seguimos em frente, porém, aí pode ser o sinal<br />
do início de uma lesão que pode ser agravada,<br />
caso não seja respeitado o tempo necessário<br />
para a recuperação corporal.<br />
Na sua opinião, muito dos problemas físicos<br />
passam pelo hábito de alguns tenistas,<br />
especialmente os amadores, de entrar em<br />
quadra, jogar e ir embora, sem se interessar<br />
em fazer algo complementar?<br />
Sem dúvida, a maioria dos atletas,<br />
principalmente no nível amador, somente se<br />
preocupa em jogar e acaba fazendo isso com<br />
uma frequência superior àquela que seu corpo<br />
está preparado para lidar.<br />
Antes de dar uma carga alta de treinamentos<br />
e jogos ao nosso corpo, temos que preparálo<br />
adequadamente e isso quase nunca é feito.<br />
Por esse motivo, a avaliação individualizada<br />
é tão importante. A avaliação biomecânica<br />
também é fundamental, pois também temos<br />
que atentar se o atleta está executando os<br />
movimentos de maneira adequada.<br />
E sobre os profissionais? Muitos não têm um<br />
acompanhamento porque encaram a equipe<br />
multidisciplinar como um custo e não como<br />
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