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Edição 09 - Revista Winner ABC

Entrevista Especial com Rogério Dutra Silva. Leia na Integra. Revista Winner ABC é a revista de tênis da sua região. Aqui você encontra dicas sobre saúde, prevenção de lesões, torneio, técnicas e muito mais.

Entrevista Especial com Rogério Dutra Silva. Leia na Integra.
Revista Winner ABC é a revista de tênis da sua região. Aqui você encontra dicas sobre saúde, prevenção de lesões, torneio, técnicas e muito mais.

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A REVISTA DE TÊNIS DO <strong>ABC</strong><br />

Distribuição gratuita<br />

ANO 3 • EDIÇÃO 9 • ABR. / MAI. / JUN. 2018<br />

Marcelo Zambrana/DGW Comunicação<br />

EXEMPLO<br />

Rogerinho ainda não se aposentou,<br />

mas história, garra e atitudes já<br />

deixam legado para o tênis brasileiro<br />

Torne-se já um visionário de SUCESSO, invista<br />

agora em criptomoedas, a TECNOLOGIA que<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 1<br />

está revolucionando a era digital (11) 96497-7381<br />

(11) 4135-7435


Invista na moeda que<br />

cresceu mais de<br />

900% em 2017!<br />

BITCOINS<br />

Torne-se já um visionário<br />

de SUCESSO, invista<br />

agora em criptomoedas,<br />

a TECNOLOGIA que está<br />

revolucionando a era<br />

digital.<br />

O bitcoin é o sistema de dinheiro eletrônico,<br />

que representa uma atualização nas<br />

movimentações em dinheiro. A palavra chave<br />

para entender a moeda digital é o “cash” -<br />

como a própria tradução diz: dinheiro.<br />

O bitcoin nada mais é do que a digitalização<br />

do nosso dinheiro em espécie. Com ele se<br />

permite transações no ambiente online com<br />

privacidade, sem intermediários (bancos),<br />

pagamentos irreversíveis e ativo ao portador.<br />

Não é só a moeda digital, mas sim um<br />

sistema de pagamento como um todo.<br />

Com o bitcoin, a ideia é replicar as transações<br />

feitas hoje com dinheiro vivo, pelo sistema<br />

bancário ou de pagamentos pela internet, de<br />

forma mais simples e segura.<br />

Comparando negociações com dinheiro em<br />

espécie ou por meio de contas bancárias, o<br />

bitcoin oferece mais agilidade, com<br />

operações que podem ser concluídas em<br />

segundos, o dinheiro não pode ser<br />

confiscado (assim como aconteceu com as<br />

poupanças no plano Collor) e você é seu<br />

próprio banco - basta baixar a carteira do<br />

bitcoin e estar conectado.<br />

Sede: Av. Vida Nova, 28 – sl. 11 - 15º andar - Maria Rosa<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 2<br />

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<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 3


Expediente<br />

A <strong>Revista</strong> WINNER é o veículo de<br />

divulgação do esporte para o Grande<br />

<strong>ABC</strong>, direcionada aos esportistas<br />

e empresários da região, com sua<br />

distribuição gratuita.<br />

Editor responsável<br />

Antonio Kurazumi<br />

antonio@revistawinner.com.br<br />

Supervisão editorial<br />

Guilherme Menezes<br />

guilherme@revistawinner.com.br<br />

Supervisão comercial<br />

Rodrigo Rocha<br />

comercial@revistawinner.com.br<br />

Jornalista responsável<br />

Antonio Kurazumi (MTB: 54.632)<br />

Direção de arte e diagramação<br />

Rodrigo Rocha<br />

Fotos<br />

Marcello Zambrana, Gaspar Nóbrega,<br />

Ricardo Moreira, DGW Comunicação,<br />

Rodrigo Rocha e Divulgação<br />

Colaboradores<br />

Carlos Alberto Soares de Souza, Neusa<br />

S. Oguihara de Souza, Ricardo Coelho,<br />

André Lima e Edson Santos<br />

Editoração e comercialização<br />

Imagem Brasil Produções<br />

Impressão<br />

FortPress Gráfica e Editora Eireli EPP<br />

Rua Xavantes , 434 - Vila Pires<br />

Santo André - SP - Tel: (11) 4810-6830<br />

Tiragem desta edição<br />

3.000 exemplares<br />

Os artigos publicados nesta revista<br />

expressam exclusivamente a opinião<br />

de seus autores e são de sua inteira<br />

responsabilidade.<br />

Rua Yolanda Suppi Bosqueiro, 40<br />

Jd. Belita - São Bernardo do Campo - SP<br />

CEP: <strong>09</strong>851-350<br />

Tel.: (11) 4392-7184<br />

facebook.com/revistawinnerabc<br />

www.revistawinner.com.br<br />

A ‘bailarina’ jamais morrerá<br />

O<br />

editorial de uma revista - ou de outros veículos de comunicação - é um espaço<br />

de opinião, onde os leitores têm a oportunidade de conhecer a visão dos<br />

profissionais que trabalham nessa mídia. Com esse foco, apresentamos os temas<br />

que serão tratados nas páginas seguintes. Não poderíamos dar início a esse texto sem<br />

lembrar da perda física de Maria Esther Bueno. A ‘bailarina’, apelidada carinhosamente<br />

assim pela forma como se movimentava em quadra, se afastou de todos nós perto do<br />

fechamento da 9ª edição da <strong>Winner</strong>. Que tristeza. A saudade vai ficar, mas não podemos<br />

deixar uma das maiores atletas do Brasil morrer em nossas mentes.<br />

Para entendermos o tênis nacional, o passado, presente e projetar o futuro, precisamos<br />

saber sobre a história de Maria Esther. Compreender que a ex-jogadora se destacou<br />

em um momento que as mulheres não eram bem vistas no esporte. Poucas sequer<br />

praticavam o tênis à época no país. Se não fossem os treinos exaustivos com o irmão,<br />

inclusive o jogo na rede, talvez ela nem teria vencido na grama de Wimbledon por três<br />

vezes em simples - pela falta de apoio de dirigentes.<br />

O reconhecimento não veio nem após a morte, bem diferente do tratamento que<br />

recebia fora do Brasil. Perdemos a chance de aprender mais com Maria Esther Bueno,<br />

de aproveitar o seu legado e massificar o tênis por aqui. E se há pessoas que sabem<br />

pouco sobre ela, desperdiçamos informações valiosas para melhorar a modalidade.<br />

Não temos mais uma das melhores de todos os tempos por perto, que outros grandes<br />

nomes sejam escutados pelos dirigentes para fazer o tênis emplacar. Que a história<br />

e atitudes de Rogério Dutra Silva, capa desta edição, se transformem em mote para<br />

os nossos juvenis. Sem condições financeiras, pagou o “preço” de verdade e só foi ter<br />

uma equipe completa ao seu lado apenas recentemente. Sem reclamar, como muitos<br />

fazem, apenas lutando.<br />

Quando falamos do desenvolvimento do tênis, devemos ter em mente um trabalho<br />

integrado. Maria Esther Bueno não usufruiu, como a geração atual pode, da ciência e<br />

da tecnologia. Se tivesse o acesso, poderia ter acumulado mais troféus na carreira - a<br />

ex-tenista ficou longo tempo distante das quadras por conta de lesões. Entrevistamos<br />

o respeitado fisiologista Ricardo Takahashi, que aborda o tema prevenção de lesões.<br />

Pasmem, mesmo com profissional desse gabarito à disposição e todas as condições que<br />

a ciência apresenta, muitos tenistas ainda ignoram essa parte importante na carreira.<br />

Também tocamos em outro assunto em que o Brasil sofre: a transição do juvenil para o<br />

profissional. A <strong>Winner</strong> entrevistou dois nomes do <strong>ABC</strong> tidos como promessa do país: Igor<br />

Gimenez e Ana Paula Melilo, que deu até autógrafo em Roland Garros. A trajetória dos<br />

dois podem servir de referência. O conhecimento, fruto de muito estudo, é oferecido<br />

mais uma vez pela dupla Ricardo Coelho e André Lima.<br />

A mensagem que fica é: cada um fazendo sua parte, devemos todos honrar o esporte<br />

de Maria Esther Bueno.<br />

Boa leitura!<br />

EQUIPE WINNER<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 4


SUMÁRIO<br />

06<br />

Mulheres da Liga <strong>ABC</strong> se<br />

apresentam em Campinas<br />

08<br />

QUADRA VALIOSA - CLUBE 1º<br />

DE MAIO - SANTO ANDRÉ<br />

<strong>09</strong><br />

AO LADO DO ESTÁDIO, TÊNIS<br />

PARA TODOS<br />

10<br />

IGOR GIMENEZ:<br />

SEM MEDO DA TRANSIÇÃO<br />

11<br />

COLUNA: ANDRÉ LIMA<br />

TEM CERTEZA QUE ESTÁ COM<br />

A RAQUETE CORRETA?<br />

12<br />

ESPECIAL:<br />

NÚMERO 1 DOS BRASILEIROS<br />

ROGÉRIO DUTRA<br />

16<br />

aninha: Bem-vindo,<br />

profissionalismo<br />

17<br />

FALA LEITOR:<br />

MIAMI OPEN 2018<br />

18<br />

COLUNA:<br />

RICARDO COELHO<br />

19<br />

SAÚDE:<br />

A DIETA DE DJOKO SOB OLHAR<br />

DO CONTEXTO<br />

20<br />

LESÕES:<br />

ENTREVISTA COM<br />

DR. ricardo Takahashi


NO INTERIOR<br />

Mulheres da Liga <strong>ABC</strong> se<br />

apresentam em Campinas<br />

Damas fazem jogo duro e<br />

seguem com o legado de<br />

expandir o tênis entre O<br />

PÚBLICO FEMININO<br />

O<br />

resultado não importa muito, mas<br />

fica o legado de incentivar o tênis<br />

entre as mulheres. Está aí uma das<br />

motivações para os amistosos femininos da<br />

Liga <strong>ABC</strong>. Recentemente, em junho, as damas<br />

enfrentaram o Tênis Clube de Campinas, em<br />

Sousas. A equipe regional perdeu por 12 a 10. O<br />

time foi composto por 22 tenistas, divididas em<br />

três categorias, de acordo com o nível de jogo.<br />

“Não importa o resultado, acho que vale mais<br />

conhecermos outras pessoas que gostam deste<br />

esporte”, explicou Neusa Oguihara, dirigente da<br />

Liga <strong>ABC</strong>. “Os amistosos existem há muitos anos<br />

com o apoio dos clubes da região. É bastante<br />

positivo esses jogos para aumentar nosso círculo<br />

de amizades, praticar tênis, bater papo e tirar o<br />

dia para se divertir”, acrescentou.<br />

Enquanto isso, os campeonatos da Liga seguem<br />

a todo o vapor, a despeito dos feriados e o<br />

início da Copa do Mundo - que atrapalharam<br />

um pouco o planejamento. Restam cinco etapas<br />

para o término da temporada 2018.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 6<br />

Crédito: facebook oficial da Liga <strong>ABC</strong> de Tênis


GALERIA ETAPAS MASCULINAS - LIGA <strong>ABC</strong><br />

EM BREVE!<br />

INFORMAÇÕES<br />

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Crédito: facebook oficial da Liga <strong>ABC</strong> de Tênis<br />

A REVISTA DE TÊNIS DO <strong>ABC</strong><br />

<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 7


empreendedorismo<br />

Quadra valiosa<br />

Antonio Kurazumi<br />

Celeiro de tenistas,<br />

andreense Primeiro de<br />

Maio investiu em piso<br />

sintético para aumentar<br />

número de praticantes<br />

Uma única quadra é capaz de provocar<br />

transformações e formar talentos aos<br />

montes para o tênis brasileiro. O efeito<br />

pode ser mais impactante se a modernidade<br />

caminhar lado a lado. A receita já se mostrou<br />

acertada pelo Primeiro de Maio Futebol Clube,<br />

de Santo André, que trabalha para dar saltos<br />

ainda maiores com a modalidade.<br />

As atividades do tênis tiveram início no clube<br />

andreense em 1981, com a construção da<br />

quadra rápida - idealizada por sócios que<br />

praticavam o esporte em lugares distantes.<br />

Nesse período, ocorreram discussões em<br />

torneio da elitização do esporte. Segundo<br />

informou a agremiação, a partir dos anos<br />

90, com o esporte mais solidificado na parte<br />

de sociabilização e competitiva, o piso foi<br />

substituído pelo tipo lisonda.<br />

Uma quadra, é o que o tênis precisa para se<br />

desenvolver. Desde então, o Primeiro de Maio<br />

se orgulha de ter revelado nomes importantes<br />

para a modalidade, entre eles Luiz Sgarbi,<br />

Adriano Klerer e Bruno Mollo, conforme<br />

recordam os integrantes do tênis no local.<br />

Atualmente, a quadra é utilizada para<br />

aulas (curso esportivo, como os dirigentes<br />

preferem classificar) e recreação. “Também<br />

temos torneios internos (de simples e de<br />

duplas) e campeonatos externos interclubes<br />

(geralmente envolvendo clubes da Região do<br />

<strong>ABC</strong>). São organizados pelo Departamento de<br />

Esportes, com a ajuda da diretoria do tênis.<br />

Usam o espaço por volta de 120 associados”,<br />

enumerou o diretor da área de tênis, Alberto<br />

Venceslau Prata Matos.<br />

A história no tênis tem todas as condições<br />

para ser reescrita. Há cerca de um ano, a<br />

quadra foi reformada graças a um sistema<br />

de amortecimento chamado “cushion” entre<br />

as camadas do piso. Com ele, de acordo com<br />

especialistas, a quadra fica mais macia, exige<br />

baixa manutenção por ter material resistente à<br />

chuva, poluição e raios UV.<br />

“Contratamos uma empresa especializada em<br />

reformas e construção de quadra de tênis<br />

para fazer esse serviço. A Diretoria Executiva,<br />

empenhada em trazer ao associado um espaço<br />

moderno e confortável, programou e destinou<br />

verba de investimento em melhorias para<br />

a área do tênis. Não só o piso foi renovado,<br />

mas trocamos a iluminação, pintamos o<br />

espaço, fizemos banco com cobertura para<br />

os jogadores e um novo placar”, acrescentou<br />

Matos.<br />

Agora, o Primeiro de Maio parte para o próximo<br />

objetivo: trazer mais praticantes para o tênis.<br />

“A ideia é continuar e manter a área do tênis<br />

o mais moderna e confortável possível para<br />

os associados”. O clube só pode aumentar seu<br />

tamanho verticalmente, por isso a construção<br />

de uma nova quadra para o tênis é difícil.<br />

“Temos equipe que<br />

representa as cores<br />

do Primeiro de Maio em<br />

torneios interclubes em<br />

suas devidas categorias<br />

e se destacando a nível<br />

estadual. A equipe<br />

também defende a<br />

cidade de Santo André<br />

nos Jogos Regionais do<br />

Idoso”<br />

Alberto Venceslau Prata Matos<br />

Divulgação<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 8


EMPREENDEDORISMO<br />

Ao lado do estádio,<br />

tênis para todos<br />

Antonio Kurazumi<br />

No 1º de Maio, em São<br />

Bernardo, munícipes têm<br />

duas quadras de saibro<br />

à disposição de segunda<br />

a sábado; basta fazer<br />

carteirinha e seguir<br />

‘cartilha’<br />

Nem parece verdade. Para ter acesso às<br />

quadras de tênis do 1º de Maio, em São<br />

Bernardo, os munícipes precisam passar<br />

pela portaria. A passagem, porém, é liberada<br />

para quem mora na cidade e tem a carteirinha<br />

que permite o uso gratuito das duas quadras<br />

de saibro. A modalidade é praticada ao lado do<br />

famoso estádio de futebol, administrado pela<br />

Secretaria de Esportes.<br />

Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura,<br />

o espaço para o tênis foi inaugurado em 20 de<br />

agosto de 1968, junto do próprio estádio, do<br />

salão de tênis de mesa e da pista de atletismo.<br />

Ainda de acordo com a administração, à época<br />

já havia procura pelo tênis em espaços públicos<br />

na cidade.<br />

Para solicitar a carteirinha e jogar no 1º de Maio,<br />

o morador só tem de preencher cadastro na<br />

administração do local e apresentar comprovante<br />

de residência, cópia do RG e duas fotos. Depois,<br />

basta respeitar as regras de utilização (uma<br />

espécie de “cartilha”), que, por exemplo, proíbe<br />

aulas particulares - com exceção de autorização.<br />

O uso das quadras é feito por ordem de chegada,<br />

sendo que todo o tenista é obrigado a colocar<br />

a carteirinha no quadro - como uma forma de<br />

organização. Se há espera, as partidas só podem<br />

ter um set e assim vai sendo feito o rodízio de<br />

jogadores. O espaço fica aberto de segunda a<br />

sábado, das 7h às 22h. “A exceção é quando há<br />

jogos oficiais no estádio de futebol”, informou a<br />

Prefeitura, por meio da assessoria de imprensa.<br />

A própria Secretaria de Esportes se<br />

responsabiliza pela manutenção, conforme<br />

informações do administrador das quadras.<br />

São quatro funcionários para executar os<br />

serviços de limpeza e outras necessidades. Os<br />

custos estão inseridos no orçamento de todo<br />

o complexo do 1º de Maio. No fim, os próprios<br />

jogadores ajudam na preservação das superfícies<br />

de saibro, que exigem manutenção constante.<br />

“Os praticantes têm consciência de que se<br />

trata de um lugar gratuito e colaboram para<br />

que o mesmo seja preservado. Alguns deles se<br />

oferecem para irrigar a quadra, passar o rastelo<br />

e limpar as quadras para mantê-las em ordem”,<br />

explica a Prefeitura.<br />

A administração garante que não há a intenção<br />

de alterar as regras para o tênis no 1º de Maio,<br />

descartando a chance de cobrar pela utilização<br />

do saibro. “Não existe essa possibilidade, pois o<br />

intuito das quadras é exatamente o contrário,<br />

de proporcionar acesso ao esporte para todos<br />

de forma gratuita.”<br />

Atualmente, 400 munícipes jogam tênis no 1º<br />

de Maio e também dividem as quadras com<br />

atletas da cidade que usufruem do local para<br />

treinamento de competições, tais como os Jogos<br />

Regionais, Jogos Abertos do Interior e os Jogos<br />

da Terceira Idade.<br />

Divulgação PMSBC<br />

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<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 9<br />

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Sem medo<br />

da transição<br />

Melhor brasileiro do último Australian Open Juvenil, bernardense<br />

Igor Gimenez avisa que está preparado para o profissionalismo;<br />

tenista não se assusta em fazer mudanças no jogo<br />

Antonio Kurazumi<br />

Divulgação<br />

No Aberto da Austrália, primeiro Grand<br />

Slam da temporada, Igor Gimenez<br />

só parou nas oitavas de final e fez<br />

a melhor campanha entre os brasileiros na<br />

chave juvenil. Entretanto, os resultados não<br />

vêm em primeiro lugar para o atleta de São<br />

Bernardo. Com apenas 18 anos e estimulado<br />

pelo trabalho no Instituto Tênis, organização<br />

sem fins lucrativos que tem como meta levar<br />

um tenista para o topo do ranking mundial<br />

até 2033, o tenista adaptou o próprio jogo e<br />

a mentalidade. Para Gimenez, a cultura de se<br />

cobrar vitórias de imediato no país impede o<br />

desenvolvimento dos jogadores.<br />

“A gente pode pegar o exemplo de dois<br />

gigantes do tênis, o Federer e o Nadal, que<br />

conquistaram tudo, mas mesmo assim se<br />

permitiram mudar, tiveram humildade para<br />

mudar e melhorar. Se até eles tiveram que<br />

pagar o preço, quem somos nós (juvenis) para<br />

não pagar”, questiona o jovem, prestes a entrar<br />

no profissionalismo.<br />

Para compreender a carreira e a visão de<br />

Gimenez sobre o tênis, é necessário voltar no<br />

tempo. Ele começou a jogar por influência do<br />

irmão - disputou os primeiros campeonatos<br />

na Liga <strong>ABC</strong> (veja na foto abaixo), onde vencia<br />

com frequência meninos dois anos mais velhos<br />

- e, em pouco tempo, se transformou em<br />

promessa do país. Foi o número 1 do Brasil<br />

aos 12 anos, quando despertou o interesse do<br />

Instituto Tênis.<br />

“Eu era muito competitivo, lutava por todos<br />

os pontos e acabava brigando um pouco mais<br />

que os outros meninos pela vitória. Isso foi<br />

algo que me fez ganhar muito com 12 anos,<br />

mas não foi uma coisa boa necessariamente,<br />

pois me trouxe uma falsa ilusão sobre como<br />

era o circuito”, recorda.<br />

Nas temporadas seguintes, o tenista do <strong>ABC</strong><br />

conquistou títulos dos sonhos para garotos em<br />

fase de formação, como o Banana Bowl, Copa<br />

Gerdau e o Sul-Americano. Entretanto, perto<br />

dos 15, não se via jogando bem e amadureceu<br />

graças ao suporte dos profissionais do Instituto.<br />

“Tive que mudar a empunhadura da minha<br />

direita, esse é um problema de vários meninos<br />

também”, explica Igor Gimenez. “A maior<br />

diferença que senti quando cheguei no<br />

Instituto foi a maneira como tratam a rotina<br />

e os treinamentos, eles mostram exatamente<br />

o caminho que você tem que percorrer para<br />

chegar onde quer”, acrescentou.<br />

Instalado em Barueri, o Instituto Tênis tem no<br />

juvenil um de seus potenciais candidatos a<br />

número 1 do mundo. “Com certeza isso passa<br />

pela minha cabeça. Nós sempre trabalhamos<br />

para jogar um tênis moderno, bem agressivo,<br />

que vai dar certo no futuro, isso é algo que<br />

vejo que falta muito no Brasil. No país, temos<br />

a cultura de querer sempre o resultado de<br />

imediato e isso, às vezes, não deixa o tenista<br />

fazer grandes alterações na mentalidade e<br />

no jogo, fundamentais para se atingir o real<br />

potencial”, opinou.<br />

Moldado no Instituto para fazer um pouco<br />

de tudo, como salientou na entrevista, como<br />

subidas à rede, devolução de dentro da quadra<br />

e saber manter o nível em todos os tipos de<br />

quadra, Gimenez subiu mais degraus na carreira.<br />

No ano passado, somou o primeiro ponto na<br />

ATP e no Aberto da Austrália nenhum brasileiro<br />

avançou tanto na competição quanto ele.<br />

“Foi uma experiência incrível na Austrália, viver<br />

aquele ambiente, ver como os profissionais se<br />

comportam para estar lá. Sabia que poderia<br />

conseguir um resultado bom. Eu vinha bem,<br />

acho também que meu jogo se adapta à<br />

quadra rápida”, diz o bernardense, que não<br />

se preocupa com a iminente transição para o<br />

profissionalismo. “Não me assusto, acredito<br />

que é uma coisa que venho me preparando faz<br />

tempo, não vai ser fácil, mas tenho claro o que<br />

tenho de fazer.”<br />

PATROCÍNIOS<br />

A proximidade do profissionalismo exige a<br />

presença cada vez mais constante na Europa,<br />

mas a questão financeira é um problema. O<br />

Instituto - por meio de leis de incentivo - ajuda,<br />

e muito, mas o juvenil busca também o auxílio<br />

de patrocinadores para ter a chance de jogar o<br />

número de torneios necessários. Recentemente,<br />

por exemplo, o pai tirou do próprio bolso a verba<br />

para uma tour pelo velho continente.<br />

A ideia é se firmar nos futures nesse restante<br />

de temporada, antes de subir o nível em 2019.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 10


André Lima - Colunista<br />

Olá, amigos do tênis!<br />

Estou de volta e, de bate-pronto, faço uma<br />

pergunta:<br />

Você tem CERTEZA que está<br />

usando a RAQUETE CORRETA?<br />

Checar se a minha raquete está alinhada com<br />

as demandas é primordial para saúde física,<br />

técnica, econômica e mental, por que não?<br />

Quando tudo está bem a fluidez do jogo é<br />

outra e estar com a raquete correta só ajuda,<br />

concorda?<br />

A raquete que você usou com 12, 16, 25, 30,<br />

35 anos e assim por diante precisa ser trocada<br />

ao longo do tempo por diversos motivos que<br />

levam a um jogo tecnicamente eficiente e sem<br />

dores.<br />

Punho, braço, ombro, costas não deveriam<br />

sofrer se a raquete tivesse certa. Igualmente<br />

terminar um jogo de três sets não deveria ser<br />

mais difícil por conta da raquete que usa e se<br />

essa for, por exemplo, mais pesada e flexível<br />

do que deveria, isso acontecerá, fatalmente.<br />

Bem resumidamente, o que precisa considerar<br />

para ter uma ideia próxima do ideal de raquete?<br />

IDADE<br />

Crianças precisam de raquetes adaptadas em<br />

peso e comprimento de acordo com estatura<br />

e envergadura. Saindo dos 10 para 11-12,<br />

precisa de uma raquete leve, até 280-285g e<br />

comprimento mais próximo das 27 polegadas,<br />

com cabeças jamais menores que 98 sq in.<br />

(polegadas quadradas), com preferência para<br />

as “oversize”, acima de 102 sq in. Adultos<br />

iniciantes devem sempre preferir raquetes<br />

nessa faixa também. Se está começando a<br />

jogar na terceira idade, escolha as raquetes<br />

com peso entre 275 e 285g e cabeça oversize<br />

também, além de preferir as de peso na<br />

cabeça. Tenistas com mais de 30 anos devem<br />

ter cuidado especial com raquetes pesadas,<br />

acima dos 310g. São grandes vilãs dessa turma,<br />

mesmo os tenistas avançados, sobretudo<br />

professores, que passam horas diariamente<br />

soltando bola, voleando, batendo do fundo,<br />

muitas vezes com tenistas que exigem mais do<br />

físico.<br />

NÍVEL TÉCNICO<br />

Intermediários, de 4.a classe e 3.a classe já<br />

podem pensar em jogar com raquetes na casa<br />

dos 300, 305g, 310 no máximo, e com peso<br />

equilibrado. Da 2.a classe acima, dependendo<br />

de como está fisicamente e como mantem<br />

rotina de treinos dentro e fora da quadra,<br />

pensar numa raquete acima de 310g, com<br />

peso no cabo e um padrão de encordoamento<br />

mais “fechado”, como 18x20, pra garantir mais<br />

controle, é uma opção, mas com ressalvas.<br />

Preferir um padrão mais aberto, tipo 16x19,<br />

16x18, é mais sensato quase sempre,<br />

especialmente para amadores. Se tiver um<br />

jogo com mais spin, por exemplo, essa escolha<br />

faz mais sentido ainda. Um aro mais flexível<br />

também ajuda muito a controlar a bola, então<br />

é recorrente um avançado preferir modelos<br />

menos rígidos, contrariando o que muita gente<br />

pensa. Ainda explicarei isso por aqui.<br />

Uau! Foi rápido como um ace! Quer mais? Vai<br />

lá no Speak On TENNIS no YouTube.<br />

Que o spin esteja com você!<br />

Um abraço, André Lima<br />

André Lima atua como professor de tênis desde 1995. Assessorou a parte técnica de eventos como o Challenger de Belo Horizonte por quase 10 anos e foi Árbitro da CBT /Juiz de<br />

Cadeira certificado como White Badge da ITF. Além disso atuou por 5 anos na HEAD Brasil, à frente da Coordenação de Patrocínios e como especialista em equipamento. É atualmente<br />

Diretor de Conteúdo do CONATÊNIS – Congresso Nacional Online de Tênis e Criador do Canal Speak On TENNIS do YouTube<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 11


especial<br />

Número 1<br />

DOS BRASILEIROS<br />

Antonio Kurazumi<br />

Aos 34 anos,<br />

Rogerinho é<br />

aplaudido por<br />

onde passa, recebe<br />

elogios de craques<br />

do tênis e ‘carrega’<br />

legado de exemplo<br />

para os jovens<br />

Há maneiras distintas de se avaliar os<br />

resultados e a carreira de um jogador.<br />

O erro é ignorar o contexto, achar que<br />

apenas os títulos interessam. No Brasil, em se<br />

tratando de tênis, a matemática não traduz<br />

a realidade - afinal, os números escondem<br />

informações relevantes. Vamos falar de Rogério<br />

Dutra Silva. Em Roland Garros, caiu na primeira<br />

rodada, apenas mais uma eliminação de um<br />

tenista do país no começo de Grand Slam.<br />

Poderíamos terminar essa história por aí, mas e<br />

as três vitórias fáceis no qualifying, o adversário<br />

na derrota citada, um tal de Novak Djokovic,<br />

os elogios do próprio sérvio ao final da partida<br />

(chamando Rogerinho de grande lutador) e os<br />

aplausos de pé do público presente na quadra<br />

central?<br />

Na verdade, a participação em Paris não muda<br />

a carreira do paulista, apenas reforça quem ele<br />

é no tênis e dá motivação para a sequência<br />

da temporada. O título da reportagem,<br />

“Número 1 dos brasileiros”, que é a mensagem<br />

que queremos transmitir, tem relação com o<br />

legado que Rogerinho já passou aos jovens que<br />

acompanham a modalidade (e para aqueles que<br />

jogam e também pretendem seguir carreira).<br />

Dutra não gosta de expor os problemas que<br />

enfrentou para estar atuando em alto nível, com<br />

34 anos. Abomina usar o passado sofrido para<br />

justificar derrotas. Já disse que torce para que<br />

outros não copiem muitas coisas que teve de<br />

fazer para se consolidar no circuito profissional,<br />

em que chegou a ocupar a 63ª posição em 2017.<br />

Rogerinho só volta ao tempo para explicar por<br />

que demorou a deslanchar. “Minha carreira<br />

foi bem diferente das outras. Pela questão<br />

financeira, o primeiro técnico que tive foi com<br />

24 ou 25 anos, sendo que com 17 o pessoal já<br />

tem toda uma equipe por trás, com preparador<br />

físico, psicólogo. Não joguei juvenil, então minha<br />

carreira também é mais tardia por esse fator”,<br />

recorda o jogador, em entrevista exclusiva à<br />

<strong>Winner</strong> <strong>ABC</strong> logo depois de Roland Garros.<br />

Já como profissional, inclusive, deu aulas e foi<br />

rebatedor para bancar viagens.<br />

Ricardo Coelho trabalhou com o paulista entre<br />

2006 e 2008. Por um pedido de Júlio Silva, que<br />

era seu pupilo, o treinador abriu as portas para<br />

Rogério Dutra - à época, sem clube. “A grande<br />

virtude dele é a persistência, não desiste de<br />

nada e é muito focado em objetivos. Naquele<br />

Fotos: Marcelo Zambrana e Gaspar Nóbrega/DGW Comunicação<br />

Marcello Zambrana<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 12


<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 13<br />

Marcelo Zambrana/DGW Comunicação


Gaspar Nóbrega/DGW Comunicação<br />

“Lembro que fomos para<br />

Wimbledon em 2007. Ele<br />

só tinha feito um ou dois<br />

treinos na grama e venceu<br />

na primeira rodada. Ali,<br />

ele já mostrou que seria<br />

um jogador de todas as<br />

quadras. Depois isso se<br />

confirmou”<br />

Quase lá<br />

Ricardo Moreira/DGW Comunicação<br />

momento, faltava maturidade tenística a ele,<br />

porque não tinha condições de disputar torneios<br />

fora, de ficar um tempão na Europa. Isso pegou”,<br />

lembra Coelho.<br />

O técnico diz que acreditava no crescimento de<br />

Rogerinho pelo fato de, no linguajar do tênis,<br />

ele ter bola, bons golpes. Os ajustes foram<br />

feitos principalmente na esquerda. “Essa bola<br />

de esquerda sobrava mais para o adversário<br />

atacar. Fizemos leve alteração na empunhadura e<br />

exercícios de estímulo neural, para gravar a nova<br />

informação e tornar o processo mais rápido. A<br />

preparação não era adequada, fizemos trabalho<br />

de giro de tronco pensando na preparação do<br />

golpe mais rápida. Era fácil trabalhar com ele<br />

porque aceitava a mudança”, revelou Ricardo<br />

Coelho, que hoje comanda o tênis no Hebraica.<br />

“Sou muito grato por ter treinado o Rogério,<br />

aprendi muito com ele, de saber escutá-lo”,<br />

completou.<br />

O tênis de Rogerinho se desenvolveu com o<br />

passar dos anos e entrou em outro patamar com<br />

idas frequentes à Argentina. É no país vizinho<br />

que realiza períodos de treinamentos. Com o<br />

Gaspar Nóbrega/DGW Comunicação<br />

argentino Carlos Perez, por exemplo, ele não<br />

esconde que adquiriu massa muscular e potência.<br />

“Não faz tanto tempo assim que consegui ter<br />

uma equipe para todas as áreas. Foi fundamental,<br />

hoje o nível está muito próximo e se não estiver<br />

fazendo tudo de maneira minuciosa, é difícil. Isso<br />

(acompanhamento) está me auxiliando a estar<br />

bem na idade atual”, opinou o brasileiro. “Minha<br />

estrutura é parecida com a dos outros atletas.<br />

É óbvio que não dá para levar todos para os<br />

torneios, é um quebra cabeça na hora de viajar.<br />

Vai um, fica o outro, para não ter muita gente e<br />

o gasto não ser alto”, pondera.<br />

Sobre a preparação, Dutra afirma que treina mais<br />

depois dos 30 anos, sem deixar de respeitar o<br />

corpo. “Acho que estou fazendo mais coisas.<br />

Quanto mais você faz, desde que coordenado e<br />

focado, é melhor. Claro que muda com a idade,<br />

faço mais prevenção”, comentou o tenista de<br />

Santa Barbara D’Oeste, que fica pouco tempo<br />

em casa.<br />

Em 2018, por duas vezes Rogerinho ficou<br />

perto de fazer a primeira semifinal de um ATP<br />

na carreira, no Brasil Open e em Istambul.<br />

Nesse último campeonato, na Turquia, abriu 4<br />

a 0 no terceiro set, mas perdeu o ritmo e o<br />

duelo para o japonês Taro Daniel nas quartas<br />

de final. “Avalio a temporada como boa, venho<br />

jogando bem os torneios ATP e os Grand<br />

Slam. É ficar firme que a semifinal vai aparecer.<br />

Faltou um pouco de tudo (contra Taro Daniel),<br />

de azar, de ele ir bem na hora que precisava<br />

e eu não, mas é continuar com foco que em<br />

algum momento vai vir”, aposta o brasileiro.<br />

Rogério Dutra Silva relaciona o tênis ao xadrez,<br />

justificando que criou uma espécie de base de<br />

dados com características dos adversários.<br />

“Você tem que saber a hora de atacar,<br />

defender, encurralar, passar mensagem para o<br />

oponente de como você está. Analiso os rivais<br />

por meio de vídeos, conversando com a minha<br />

equipe, é importante observar onde o cara<br />

gosta de jogar a bola na pressão”, enumera.<br />

Questionado se a idade ajuda, afirma que é<br />

relativo. “O fato de estar há bastante tempo<br />

no circuito é bom em alguns momentos, mas<br />

a molecada que está vindo não se preocupa<br />

com isso, por não pensar muito nessa idade<br />

e soltar a mão. Por outro lado, eles não têm<br />

experiência em períodos cruciais do jogo.”<br />

A campanha em Roland Garros embalou<br />

Rogerinho. “Fazer três sets duros, com break<br />

na frente, diante de um tenista do nível do<br />

Djokovic, é muito legal. Nunca tinha conseguido<br />

jogar um nível alto de tênis por tanto tempo”,<br />

revelou ele, sem pensar em aposentadoria.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 14


O legado<br />

Depois de todas as dificuldades, o pior parece<br />

ter passado para o tenista querido pelos<br />

brasileiros, mas a independência financeira<br />

ainda está longe. São poucos apoios para quem<br />

já deixou um legado para o tênis nacional, de<br />

que é necessário lutar, pagar o preço, dar<br />

de fato tudo que tem para obter sucesso na<br />

carreira.<br />

“Faz muito tempo que não gosto de reclamar,<br />

tenho que trabalhar firme e forte. É assim que<br />

consegui os patrocinadores atuais, é a maneira<br />

que gosto de pensar.”<br />

“A garotada<br />

tem 23 anos<br />

e acha que<br />

é velha”,<br />

critica<br />

Na condição de referência para os jovens<br />

tenistas, Rogério Dutra Silva vê a fase<br />

de transição mais longa no tênis atual<br />

e pede paciência.<br />

“O conselho para os mais jovens é persistir.<br />

Hoje, a carreira do tenista é mais longa do<br />

que antigamente, daí também a transição<br />

ser mais demorada. Antes, com 17, 18 anos,<br />

muita gente já estava ganhando Grand Slam<br />

e agora não é assim”, compara Rogerinho,<br />

exemplo de amadurecimento tardio. “Tem de<br />

ter paciência, às vezes a garotada tem 23 anos<br />

e acha que é velha. Pensando nesse aspecto,<br />

todos os envolvidos no tênis precisam apoiar<br />

os jogadores.”<br />

A crítica do paulista também recai no<br />

planejamento feito durante a transição, em<br />

que os torneios profissionais devem ser<br />

priorizados. “Às vezes acho que os juvenis<br />

esquecem um pouco do profissional, mas não<br />

é preciso esperar fazer 18 anos para jogar<br />

esses campeonatos, claro, respeitando o<br />

corpo. Por isso é mais difícil para os brasileiros<br />

esse momento. O fato de eu não ter disputado<br />

juvenil me fez amadurecer rápido”, analisou.<br />

Marcelo Zambrana/DGW Comunicação<br />

A entrevista com Dutra também foi uma<br />

oportunidade de entender porque os<br />

argentinos levam vantagem sobre nós. “Você<br />

tem muitos atletas para treinar em uma área<br />

muito pequena, com qualidade boa. Isso faz<br />

muita diferença. A troca de informação é<br />

mais constante”, contou o tenista profissional,<br />

lamentando que o tamanho do Brasil atrapalha,<br />

em partes, no desenvolvimento da modalidade.<br />

Quando se fala em Argentina, o público que<br />

assiste o tênis se lembra da conquista recente<br />

da Copa Davis pelos hermanos. Sonho quase<br />

impossível para os brasileiros, que não devem<br />

ter mais Rogerinho na competição. Preterido<br />

em convocação no passado, ele descarta o<br />

evento por ora.<br />

“Ainda estou priorizando meu calendário de<br />

ATP, não estou pensando muito em Copa<br />

Davis. Os resultados (recentes) não foram<br />

bons, mas a equipe brasileira vai melhorar. É<br />

normal. O país está passando por mudanças<br />

(na equipe), sempre foram os mesmos, com a<br />

idade vai trocando, é normal a situação.”<br />

Marcelo Zambrana/DGW Comunicação<br />

Leandro Martins/DGW Comunicação<br />

Gaspar Nóbrega/DGW Comunicação<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 15


Bem-vindo, profissionalismo<br />

Divulgação / Juninho Tennis<br />

Prestes a viajar para os<br />

Estados Unidos, Aninha<br />

fecha ciclo no juvenil com<br />

a realização de um sonho<br />

em Paris<br />

Pelo ranking, Ana Paula Melilo não teria<br />

condições de cumprir neste ano uma das<br />

metas a curto prazo da carreira: jogar um<br />

Grand Slam. A posição na lista juvenil tornava<br />

quase impossível a entrada no qualifying<br />

dos quatro principais torneios, mas havia um<br />

porém que mudou a história de uma carreira.<br />

Restava a chance de uma vaga destinada ao<br />

Brasil em Roland Garros por meio de seletiva<br />

nacional. Aninha, que é conhecida por crescer<br />

em momentos de pressão, acreditou, agarrou<br />

essa única vaga - diante de algumas das<br />

melhores juvenis do país - e concretizou um<br />

de seus sonhos. Na França, passou pela fase<br />

classificatória e só parou na 1ª rodada da<br />

chave principal. Além das lembranças, como<br />

uma homenagem na quadra principal e até os<br />

autógrafos, ficou o aprendizado.<br />

Treinada pelo ex-profissional Juninho, no<br />

São Bernardo Tênis Clube, a jovem acaba de<br />

completar 18 anos. Em boa parte de 2017,<br />

conciliou as atividades em quadra com os<br />

estudos para passar em exame obrigatório<br />

de inglês, visando mudança de endereço para<br />

a universidade North Florida, nos Estados<br />

Unidos - para onde vai dentro de dois meses<br />

com bolsa e despesas pagas. Voltou a focar<br />

somente no tênis nesta temporada. No fim,<br />

deu tudo certo.<br />

“A sensação de jogar no complexo de Roland<br />

Garros é doida. Você sente muita coisa<br />

ao mesmo tempo. É pressão com alegria<br />

e nervosismo, tudo. Acho que lidei bem<br />

com isso, melhor que as duas meninas que<br />

enfrentei no triangular qualificatório. Entrei<br />

em túnel de concentração porque parecia<br />

que eu estava no clube (em São Bernardo),<br />

só mantinha meu foco no Juninho e no jogo.<br />

Se eu pensasse onde estava, olhasse para<br />

fora, bateria um pouco de desespero”, revelou<br />

Aninha em entrevista exclusiva à <strong>Winner</strong> <strong>ABC</strong>,<br />

sobre a experiência única em Paris.<br />

Depois de entrar na chave principal do<br />

juvenil, Aninha teve direito de treinar no<br />

clube de tênis de Roland Garros, que fica a<br />

200 metros do complexo mas que só permite<br />

acesso de técnicos e jogadores. Lá, encontrou<br />

e tirou fotos com Nadal e, acima de tudo,<br />

aprendeu mais. Ela é obsessiva por treinos de<br />

profissionais, busca absorver o máximo.<br />

Antes de estrear em Roland Garros, a tenista<br />

do <strong>ABC</strong> recebeu homenagem na Philippe<br />

Chatrier em meio à programação dos jogos<br />

dos profissionais. Depois da euforia, hora<br />

de retomar a concentração. Como era de se<br />

esperar, uma pedreira logo de cara na chave<br />

principal: a suíça Lulu Sun, cabeça de chave<br />

14. A despeito do favoritismo da oponente,<br />

a brasileira chegou a ter um set point, mas<br />

desperdiçou. “Só não fechei o 1º set por<br />

nervosismo”, lamentou. Mesmo assim, caiu em<br />

dois sets com a cabeça erguida.<br />

Segundo ela, os jogos em Roland Garros<br />

serviram para mostrar que, muitas vezes, a<br />

diferença da vitoriosa para a derrotada está<br />

apenas na experiência, rodagem no tênis. “É o<br />

que muda, por ela ter uma bagagem maior de<br />

jogos e eu não ter disputado muitos torneios<br />

grandes. No Brasil, você acaba ficando um<br />

pouco para trás. De bola, vi que estou próxima”,<br />

analisou.<br />

Pensando na transição para o profissional,<br />

Aninha revelou que nos últimos meses<br />

trabalhou no aperfeiçoamento do próprio jogo.<br />

“Nos Estados Unidos, eu vou evoluir meu<br />

jogo em quadra rápida, já que aqui os treinos<br />

e partidas são mais no saibro. Vou vivenciar<br />

torneios em equipe, que gosto, tem o clima de<br />

Copa Davis. Vou aprender muito”. Bem-vinda<br />

ao profissionalismo, Aninha.<br />

“Um ponto que eu ganharia<br />

no juvenil não vou ganhar<br />

no profissional, porque A<br />

adversária vai devolver<br />

outra bola”<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 16


FALA LEITOR<br />

MINHA<br />

EXPERIÊNCIA NO<br />

Ricardo Mazziero – Especial para a <strong>Winner</strong><br />

A<br />

primeira e até agora única partida de<br />

Grand Slam que tive o prazer de assistir<br />

foi a semifinal do US Open de 2012,<br />

entre Andy Murray e Thomas Berdych.<br />

Foi um jogaço, que pavimentou o caminho<br />

rumo ao primeiro título de Slam do escocês.<br />

Como comprei o ingresso que dava acesso<br />

ao estádio principal, o Arthur Ashe, também<br />

poderia acompanhar a segunda semifinal, do<br />

Djokovic com o David Ferrer. Infelizmente,<br />

um alerta de tornado, muito comum na época,<br />

forçou o adiamento desse jogo ainda no 1º<br />

set e todas as pessoas no complexo foram<br />

evacuadas. Em função de estar de viagem<br />

marcada no dia seguinte, não consegui fazer<br />

valer o direito de assistir o restante desse<br />

confronto. Uma pena.<br />

Entrando nos bastidores, os ingressos para as<br />

fases finais de um Grand Slam não são baratos,<br />

paguei em torno de 300 dólares em um lugar<br />

intermediário. Mesmo para quem está lá em<br />

cima, mais distante dos jogadores, o ângulo<br />

de visão é muito bom pelo modo como foi<br />

construído o Arthur Ashe.<br />

O complexo do US Open é muito grande e a<br />

entrada dos torcedores é bem organizada. Há<br />

seis ou sete opções de alimentação e lojas de<br />

quase todas as marcas ligadas ao tênis, mas<br />

não me esqueço de uma sessão de memória,<br />

em que são vendidas bolinhas utilizadas em<br />

jogos históricos. Elas vêm embaladas em um<br />

vidrinho com nome de atletas que disputaram<br />

o jogo e o ano. É um item de colecionador, por<br />

isso são vendidas por preços altos. Inclusive,<br />

quando acaba a partida e você quer as bolas<br />

desse momento para guardar de recordação,<br />

elas estão disponíveis deentro de duas a três<br />

horas. De acordo com a importância do duelo,<br />

raridade desses encontros, varia o preço.<br />

Tem bolas de mais de 30 mil dólares, de final,<br />

partida importante com Sampras ou Federer.<br />

Para chegar em Flushing Meadows, no bairro<br />

de Queens, a melhor opção é o trem/ metrô.<br />

Na verdade, em geral, o deslocamento em<br />

Nova York é feito quase sempre dessa forma,<br />

inclusive pelos moradores locais. Não faz<br />

sentido alugar um carro, tampouco gastar<br />

dinheiro com táxi.<br />

Nova Iorque é uma cidade vibrante. Vale a<br />

pena visitar os destinos mais conhecidos, como<br />

o Central Park e o Museu de Arte Moderna,<br />

mas é altamente recomendável explorar<br />

locais menos divulgados. Há excelentes cafés,<br />

restaurantes e museus de menor expressão<br />

em bairros como o Brooklyn.<br />

Em 2018, o US Open será<br />

realizado entre os<br />

dias 27 de agosto e 9<br />

de setembro. No site<br />

oficial do evento, há<br />

informação sobre a<br />

venda de ingressos e<br />

mais detalhes<br />

Divulgação<br />

Você tem muitas razões<br />

para colocar seu filho para praticar tênis!<br />

Todos sabem que uma atividade física é essencial para o<br />

desenvolvimento das crianças. O tênis é bom para aspectos que vão<br />

muito além do físico, pois estimula o aprendizado, a busca por novos<br />

desafios e a responsabilidade.<br />

Tudo isso em um ambiente que reconhece e valoriza as conquistas<br />

individuais, o respeito mútuo, a boa conduta e o jogo limpo.<br />

Estimule a prática esportiva em seu filho!<br />

Escolinha Kids da Juninho Tennis.<br />

(11) 4427.3<strong>09</strong>7 | 9.4727.2110<br />

R. David Campista, 64 - <strong>Revista</strong> Vl. Lea <strong>Winner</strong> - Sto. André | 17 - SP<br />

/juninhotennis /academiajuninhotennis


Ricardo Coelho<br />

O<br />

tênis é, em grande parte, um esporte<br />

de corrida. Todos os golpes têm o<br />

trabalho de pernas, com exceção do<br />

saque. Atualmente, vemos Nadal, Federer<br />

e Djokovic com movimentação impecável<br />

e a maioria dos espanhóis se mexe bem, em<br />

função da metodologia que usam.<br />

Entre os profissionais, é difícil ver um jogador<br />

com problemas nesse aspecto, que determina<br />

o sucesso dos tenistas de elite. O Federer é<br />

rápido, muito em virtude da percepção, leitura<br />

do jogo e de ser extremamente coordenado.<br />

São fatores, inclusive, que diminuem o<br />

desgaste do suíço durante as partidas.<br />

Para você entender melhor sobre o tema,<br />

explicaremos componentes fundamentais<br />

trabalhados com juvenis e profissionais,<br />

inclusive movimentos em quadra que servem<br />

de estímulo.<br />

Percepção: é ter uma leitura de onde seu<br />

adversário vai bater, assim você terá mais<br />

tempo de chegar na bola.<br />

Força: vários tipos ajudam, tais como o<br />

levantamento olímpico, agachamento, entre<br />

outras atividades, te ajudarão a coordenar as<br />

pernas.<br />

Equilíbrio: o trabalho nas plataformas vai<br />

melhorar bastante seu equilíbrio na hora<br />

de golpear a bola. É recomendável procurar<br />

profissional capacitado para te preparar<br />

corretamente a fim de evitar lesões.<br />

Agora, entrando mais na prática, vou usar minha<br />

A importância da<br />

movimentação<br />

experiência na Espanha - onde fiquei uma<br />

temporada para saber o segredo dos espanhóis.<br />

Lá, em todos os momentos do treino, o tenista<br />

não fica parado. Os exercícios sempre visam a<br />

movimentação. Como eles dizem na Espanha,<br />

se você não chegar atrasado na bola, vai bater<br />

bem, é isso o que eles buscam à exaustão.<br />

Eles trabalham dessa forma desde a iniciação.<br />

Quando o menino faz 16 anos tem uma<br />

movimentação eficiente. Você não vê um<br />

espanhol se mexendo mal, justamente por<br />

conta dessa metodologia. Claro que o tênis<br />

evoluiu, mas eles não param e se adaptam às<br />

mudanças.<br />

Segundo estatística da ITF (Federação<br />

Internacional de Tênis), o jogo é disputado a<br />

três metros de diâmetro da linha de base do<br />

meio. Sendo assim, temos que trabalhar essa<br />

região da quadra e fazemos isso por meio<br />

do duplo ritmo, que são passos curtos e<br />

rápidos. Quando a bola é mais rápida, porém,<br />

é necessário dar os passos mais largos e<br />

quando você vai se aproximando da redonda,<br />

aí sim, ajusta com passadas curtas. A ideia é<br />

ter o equilíbrio necessário para acertar o golpe<br />

da melhor forma. Quando a bola chega mais<br />

lenta, você se mexe com o duplo ritmo.<br />

Pensando nos exercícios para te ajudar em<br />

quadra, peça para o professor ou treinador<br />

lançar bolas curtas e fundas porque, assim,<br />

você se movimenta e é estimulado a se ajustar<br />

para bater como o tênis moderno exige. Os<br />

espanhóis trabalham muito isso com o famoso<br />

“X”, que engloba uma funda de direita, uma<br />

2<br />

3<br />

3 metros<br />

curta de esquerda, uma esquerda funda em<br />

seguida e finaliza com a direita curta.<br />

Trabalhando esses exercícios, com uma<br />

frequência de duas a três vezes por semana,<br />

por cerca de 20 minutos, você já vai sentir uma<br />

grande diferença. Espero ter ajudado um pouco<br />

em sua movimentação, que é fundamental em<br />

um jogador de tênis.<br />

Até a próxima.<br />

4<br />

1<br />

RICARDO COELHO é coordenador técnico da Hebraica. Na função de técnico, viajou para três torneios Grand Slam com Júlio Silva,<br />

Rogério Dutra Silva e a argentina Maria Argeri. Formou-se em biomecânica aplicada ao tênis, em curso internacional da ATP e nos cursos de<br />

níveis 1, 2, 3 e 4 da CBT e ITF<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 18


A dieta de<br />

Djokovic<br />

sob o olhar do contexto<br />

Antonio Kurazumi<br />

SAÚDE<br />

Ben Solomon/Tennis Australia<br />

Nutricionista suíço<br />

questiona alimentação<br />

do sérvio e fala até em<br />

anorexia, mas desempenho<br />

irregular pode ter relação<br />

com outros fatores<br />

Há cerca de dois anos e meio, publicamos<br />

reportagem sobre a dieta sem glúten<br />

que alavancou a carreira de Novak<br />

Djokovic - que dominava o tênis naquele<br />

momento. Em sua autobiografia, o sérvio<br />

revelou que é intolerante à mistura de proteínas<br />

encontradas em alguns alimentos e os títulos<br />

só vieram “a rodo” depois que ele eliminou o<br />

glúten. Agora, em meio à fase irregular do exnúmero<br />

1 do mundo, o nutricionista suíço Jurg<br />

Hosli questionou a alimentação de Djoko.<br />

“Estamos vendo um tipo de anorexia que<br />

é definido por uma obsessão por uma<br />

dieta apenas com alimentos saudáveis ou<br />

pretensamente saudáveis. Djokovic tomou<br />

uma decisão sem pensar no longo prazo.<br />

Reduzir carboidratos e cortar totalmente<br />

o açúcar é um grande erro”, criticou Hosli,<br />

relacionando o desempenho do jogador sérvio<br />

com a alimentação.<br />

Porém, de acordo com outros especialistas,<br />

é difícil dar um veredicto sobre o tema<br />

sem conhecer com detalhes as refeições<br />

do tenista. Também, e isso é dito pelos<br />

próprios nutricionistas, há outros fatores que<br />

envolvem o jogo que podem influenciar nessa<br />

fase ruim - como as questões psicológica,<br />

física e técnica.<br />

Hosli defende que Djokovic consuma<br />

mais carboidratos, mas, importante frisar,<br />

esses alimentos são encontrados em vários<br />

vegetais. Sendo alérgico ao glúten, de fato ele<br />

deve evitar pães, massas, pizzas e bolachas,<br />

mas daí temos as frutas, leguminosas, entre<br />

outros.<br />

A conclusão que se chega - escutando<br />

especialistas - é que o extremismo no que<br />

se refere ao tema é perigoso para qualquer<br />

tenista ou esportista, ainda mais de alto<br />

rendimento, mas não há como assegurar<br />

que esse (dieta) se trata do problema da<br />

falta de resultados do sérvio. Para buscar<br />

mais aprofundamento, entrevistamos Camila<br />

Radziavicius, com experiência na nutrição<br />

esportiva.<br />

“Um planejamento alimentar balanceado<br />

oferece ao organismo componentes essenciais<br />

para seu bom funcionamento. O desequilíbrio,<br />

ou seja, o excesso ou a falta de nutrientes é<br />

prejudicial à saúde, pois pode aumentar a<br />

inflamação e contribuir para o aparecimento<br />

de deficiências nutricionais e doenças crônicodegenerativas”,<br />

enumerou a nutricionista.<br />

“Uma alimentação equilibrada em nutrientes é<br />

a chave para o bom desempenho de atletas de<br />

alto rendimento de diversas modalidades. Sem<br />

uma base alimentar estruturada de acordo<br />

com suas necessidades, o esportista não<br />

terá energia para suportar o ritmo pesado de<br />

treinos e competições.”<br />

Ainda segundo Camila, restringir a dieta a um<br />

só tipo de grupo de alimentos, por exemplo,<br />

pode acarretar nas carências nutricionais.<br />

“Sintomas típicos da falta de grupos de<br />

alimentos nas refeições são pele ressecada,<br />

queda de cabelo, fragilidade nas unhas, mau<br />

humor, mau hálito, insônia, dores de cabeça,<br />

desidratação”, explicou Camila, enfatizando<br />

que a alimentação tem peso no desempenho<br />

do atleta.<br />

O esporte pede que o tenista conheça<br />

melhor de si, saiba o que está acontecendo<br />

e tenha conhecimento além do jogo. O<br />

acompanhamento de um profissional mais<br />

qualificado é importante, claro, para que a<br />

evolução no rendimento venha sem prejuízos<br />

à saúde.<br />

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<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 19


lesões<br />

“O tênis brasileiro<br />

conhece pouco<br />

sobre prevenção”<br />

Antonio Kurazumi<br />

Fisioterapeuta por dez<br />

anos na Copa Davis,<br />

Ricardo Takahashi<br />

critica incapacidade de<br />

profissionais, inclusive<br />

técnicos e jogadores<br />

Desde a década de 90, a ciência tem<br />

evoluído a passos largos na área de<br />

prevenção de lesões esportivas. O<br />

Brasil dispõe de grandes pesquisadores,<br />

porém, a eficácia nesse trabalho exige<br />

conhecimento de diversos profissionais que<br />

cercam um time ou um atleta. No caso do<br />

tênis, esse acompanhamento deve ser feito<br />

de maneira separada com cada jogador para<br />

otimizar os resultados, mas deixa a desejar pela<br />

falta de capacidade dos envolvidos, segundo o<br />

fisioterapeuta Ricardo Takahashi.<br />

Com a experiência de ter feito parte da equipe<br />

brasileira na Copa Davis por 10 anos, entre<br />

2002 e 2012, e do COB (Comitê Olímpico<br />

Brasileiro) nas duas últimas Olimpíadas,<br />

Takahashi critica a forma como se trata o tema<br />

no tênis. Para ele, o ideal é que o atleta seja<br />

acompanhado por equipe multiprofissional<br />

e que cada especialista contribua para a<br />

prevenção de lesões, seja controlando a<br />

carga de treinamentos, alimentação ou<br />

melhorando o gesto esportivo e a qualidade do<br />

movimento. “Isso demanda um planejamento e<br />

conhecimento específico de cada membro. Os<br />

profissionais não precisam viajar com o tenista,<br />

só que ele deve ter um acompanhamento e<br />

orientação”, explica.<br />

A despeito dessa recomendação, nessa<br />

entrevista exclusiva à <strong>Winner</strong> <strong>ABC</strong>, o<br />

fisioterapeuta - que deu palestra na academia<br />

Tenis & Cia de Santo André, no fim de maio<br />

- critica o despreparo de boa parte dos<br />

profissionais e até dos atletas para entender o<br />

que é certo e errado. “O que vi pelo Brasil nos<br />

últimos anos é que se treina e joga muito, mas<br />

sem qualidade. Sabemos que uma das causas<br />

das lesões é o aumento de volume e intensidade<br />

de forma repentina”. Ricardo Takahashi também<br />

dá dicas aos amadores. Confira mais:<br />

Ricardo, fale sobre como o tema prevenção<br />

de lesões é encarado por tenistas, técnicos<br />

e outros envolvidos na modalidade, desde o<br />

amadorismo até o profissionalismo. O senhor<br />

acredita que não se dá a devida importância<br />

ao assunto no país ou isso tem mudado?<br />

Infelizmente, esse tema ainda é desconhecido<br />

pela maioria da população, seja de atletas,<br />

comissão e entidades. Atualmente se fala<br />

muito e se faz pouco. Creio que as pessoas<br />

devem achar que no tênis se trabalha com<br />

equipe multidisciplinar, que é individualizado<br />

e focado em técnica, mas está bem pior do<br />

que é no futebol. Não podemos generalizar,<br />

obviamente, mas a situação está caótica.<br />

Temos academias, clubes e quadras, mas não<br />

existe um centro de formação de tenistas de<br />

alto rendimento no país. O que pensar de<br />

prevenção? Apesar disso, com certeza está<br />

melhor do que há 10 anos.<br />

Em geral, do ponto de vista de custo/<br />

benefício, a prevenção é vantajosa e mais<br />

barata em relação ao tratamento de lesões<br />

já estabelecidas, além de as intervenções<br />

preventivas possuírem um potencial para<br />

auxiliar na melhora do desempenho do atleta.<br />

Qual é a melhor maneira de se prevenir<br />

lesões? Explique.<br />

A resposta dessa pergunta vale milhões de<br />

dólares. Primeiramente, gostaria de dizer<br />

que o risco de sofrer uma lesão não é e<br />

provavelmente nunca será nulo. Existem<br />

vários fatores que interagem para que uma<br />

lesão ocorra e dificilmente conseguimos<br />

controlar todos eles. O que fazemos é<br />

reduzir o risco ao máximo, avaliando o atleta<br />

individualmente e controlando os fatores<br />

que temos conhecimento. As intervenções<br />

preventivas podem ser específicas para cada<br />

tipo de lesão, mas o ideal é pensarmos no<br />

atleta como um todo, por isso a avaliação<br />

ampla e específica é fundamental. Em geral,<br />

manter uma boa mobilidade das articulações,<br />

força e controle muscular, utilizar<br />

equipamentos adequados e customizá-los<br />

para a prática esportiva e controlar a carga<br />

de treinamentos são formas de prevenir as<br />

lesões esportivas.<br />

Ricardo, se fala muito em alongamento,<br />

musculação, pilates, prática de outros<br />

esportes, mas a prevenção vai muito além,<br />

correto?<br />

Com certeza, a prevenção de lesões é algo<br />

complexo. Não existe uma fórmula mágica<br />

com que conseguimos prevenir todos os tipos<br />

de lesão com uma única intervenção. Por isso,<br />

a avaliação individualizada é tão importante.<br />

Sobre as modalidades citadas, pelo prisma<br />

da ciência, hoje sabemos que o alongamento<br />

tradicional não é capaz de prevenir lesões.<br />

Sabemos também que a diversidade na prática<br />

esportiva, ou seja, fazer mais de um esporte<br />

pode ser interessante, pois em alguns estudos<br />

foi demonstrado que essa diversidade ajuda na<br />

proteção.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 20


Até que ponto a carreira de um jogador<br />

profissional ou até a trajetória de um amador<br />

pode ser prejudicada sem o acompanhamento<br />

de especialistas?<br />

O calendário de competições no tênis exige<br />

muito do atleta e as lesões podem impactar em<br />

diferentes esferas da vida do atleta. Uma lesão<br />

não somente impede o jogador de treinar e<br />

competir, mas também apresenta repercussões<br />

negativas na esfera psicossocial e econômica,<br />

comprometendo a saúde e qualidade de vida.<br />

Por isso, acredito que a prevenção de lesões<br />

é fundamental e não pode ser atribuída a um<br />

único profissional de saúde. O ideal é que o<br />

atleta seja acompanhado por uma equipe<br />

multiprofissional e que cada especialista,<br />

dentro de suas competências, contribua para<br />

a prevenção de lesões, seja controlando a<br />

carga de treinamentos, a alimentação, a saúde<br />

mental ou melhorando o gesto esportivo<br />

e a qualidade do movimento. Acredito que<br />

sozinho o tenista não conseguirá prevenir<br />

lesões, pois isso demanda um planejamento e<br />

conhecimento específico de cada membro da<br />

equipe multiprofissional.<br />

Existe alguma parte do corpo do tenista que<br />

exige mais cuidado, onde as lesões são mais<br />

comuns e por isso é preciso sempre ter uma<br />

atenção especial?<br />

Ao contrário do que a maioria das pessoas<br />

pensam, a maior parte das lesões entre os<br />

tenistas profissionais acomete o membro<br />

inferior, porém, essas lesões normalmente se<br />

devem a um trauma (queda, entorse, laceração).<br />

As lesões de membros superiores, apesar<br />

de menos comuns, normalmente são lesões<br />

por sobrecarga, que podem estar ligadas ao<br />

excesso de treinamentos e repetição e também<br />

a uma técnica inadequada. Claramente temos<br />

que estar atentos ao corpo como um todo, mas<br />

acredito que, pelas características das lesões, o<br />

fisioterapeuta deve dar uma atenção especial<br />

ao ombro, cotovelo e punho dos atletas. O<br />

cotovelo do tenista acomete somente os<br />

amadores.<br />

*referência: Christopher E. Gaw – Clin J Sport<br />

Med 2004<br />

Os treinamentos são cada vez mais intensos<br />

e, por consequência, há o risco das lesões.<br />

Como equilibrar essa equação treinamento e<br />

prevenção? E falando mais do amador, como<br />

ele pode saber seu limite, a hora de “tirar o<br />

pé” para não ter uma lesão?<br />

Podemos dizer que o tênis tem passado<br />

por mudanças de padrão (estilo de jogo,<br />

capacidades físicas), mas para cada indivíduo<br />

se atribui o que melhor se adapta a ele. Por<br />

exemplo, se o Federer fosse forte como o<br />

Nadal, jogaria igual ou melhor do que hoje?<br />

O que eu vi no últimos anos é uma falta de<br />

padrão pelo Brasil afora, ou seja, se treina e<br />

joga muito, mas sem qualidade.<br />

Sabemos que uma das causas de lesão é<br />

o aumento do volume e/ou intensidade,<br />

ou seja, se você mudar o treino (carga, tipo)<br />

repentinamente, correrá um grande risco de<br />

lesão. Será que esses fatores são controlados<br />

pela maioria? Hoje é possível saber qual a<br />

carga ótima de treino de força e potência. O<br />

NARSP (Núcleo de Alto Rendimento Esportivo<br />

de São Paulo), coordenado por Irineu Loturco,<br />

faz esses testes e são gratuitos, mas eu tenho<br />

a absoluta certeza de que a maioria dos atletas<br />

juvenis e profissionais treina com cargas<br />

empíricas, que não ajudam na performance<br />

e podem até causar lesões. O atleta, muitas<br />

vezes, é submisso, faz o que mandam e nem<br />

sabe para que serve aquele determinado treino,<br />

isso tem que mudar. Outro fator importante é<br />

a base técnica, são poucos treinadores que<br />

entendem de desenvolvimento motor e outras<br />

questões importantes, como biomecânica.<br />

Para o tenista amador, o recado é: escute seu<br />

corpo. Muitas vezes sentimos uma dor leve e<br />

seguimos em frente, porém, aí pode ser o sinal<br />

do início de uma lesão que pode ser agravada,<br />

caso não seja respeitado o tempo necessário<br />

para a recuperação corporal.<br />

Na sua opinião, muito dos problemas físicos<br />

passam pelo hábito de alguns tenistas,<br />

especialmente os amadores, de entrar em<br />

quadra, jogar e ir embora, sem se interessar<br />

em fazer algo complementar?<br />

Sem dúvida, a maioria dos atletas,<br />

principalmente no nível amador, somente se<br />

preocupa em jogar e acaba fazendo isso com<br />

uma frequência superior àquela que seu corpo<br />

está preparado para lidar.<br />

Antes de dar uma carga alta de treinamentos<br />

e jogos ao nosso corpo, temos que preparálo<br />

adequadamente e isso quase nunca é feito.<br />

Por esse motivo, a avaliação individualizada<br />

é tão importante. A avaliação biomecânica<br />

também é fundamental, pois também temos<br />

que atentar se o atleta está executando os<br />

movimentos de maneira adequada.<br />

E sobre os profissionais? Muitos não têm um<br />

acompanhamento porque encaram a equipe<br />

multidisciplinar como um custo e não como<br />

um investimento. (com a contribuição de Deric<br />

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