LIVRO 30 ANOS_ STCP
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Pesquisas funcionava com sócios, que são as empresas que atuam na área florestal. O Centro<br />
de Pesquisas era uma instituição da Universidade que realizava pesquisa com base em recursos<br />
orçamentários governamentais.” 6<br />
Joésio conta ainda que na ocasião elaborou o maior projeto de pesquisa florestal do país.<br />
Conseguiu dois milhões de dólares junto à FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos, sendo<br />
este o primeiro projeto integrado de pesquisa a ser desenvolvido no setor. “O diretor da FINEP<br />
era uma pessoa que gostava de florestas e eu o encontrei em uma reunião, falei sobre o projeto e<br />
ele se dispôs a financiar esse projeto.” 7<br />
Coincidiu que nesse mesmo período, Ivan retornara da Austrália, após concluir o doutorado<br />
e assumiu, em parceria com Joésio, a Fundação de Pesquisas Florestais. Eles sempre haviam tido<br />
uma relação muito estreita, pois se conheciam desde o cursinho pré-vestibular e aprenderam a<br />
se conhecer melhor durante o curso. O Ivan sempre focado e o Joésio mais desligado.<br />
Em seguida, os dois foram para Moçambique, onde, como lembra Joésio, “... vendemos<br />
um projeto para o governo de lá, para desenvolver uma Província. Em 1979, comecei a<br />
desenvolver outras ideias. Eu não aceito que o Brasil não saiba qual é o potencial florestal que<br />
tem e que deve ser levado em consideração para se criar as políticas públicas. Então, comecei a<br />
trabalhar na constituição de um inventário florestal do Brasil e comecei a divulgar essas ideias.<br />
Até que em 1979, começou-se a discutir o plano de governo do presidente Figueiredo. Então, o<br />
chefe da Casa Militar me convidou para escrever o plano de governo da área florestal. Fui para<br />
Brasília e me convidaram para assumir uma diretoria do antigo IBDF - Instituto Brasileiro de<br />
Desenvolvimento Florestal.” 8<br />
Existia uma carência de profissionais na área de Engenharia Florestal no Brasil naquela<br />
época, pois ainda era o início do desenvolvimento científico-tecnológico via instituições<br />
públicas. Nesse sentido, não havia uma relação efetiva de prestação de serviço para os usuários.<br />
O mercado carecia desse tipo de serviço. “As empresas iam à Universidade pedir para fazer as<br />
coisas e não conseguiam ter a resposta imediata, eles precisavam de pessoas que fossem mais<br />
gestores, que apressassem o resultado de que eles precisavam para o investimento. E aí a gente<br />
entrou nesse vazio de mercado.” 9<br />
Como Tudo Começou<br />
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