LIVRO 30 ANOS_ STCP

© STCP, 2011
STCP 30 Anos Construindo o Amanhã
STCP
Rua Euzébio da Motta, 450 - Juvevê
CEP 80530-260 - Curitiba - PR
Tel: +55 (41)3252-5861 - Fax: +55 (41)3252-5871
www.stcp.com.br - e-mail: stcp@stcp.com.br
Ficha Catalográfica
Coordenação Geral e Texto
Márcia Dalledone Siqueira
Pesquisa
Ana Maria Ganz
Ângela Lúcia Ganz
Entrevistas
Brisa Teixeira
Revisão
Lélis Gutierrez de Morais
Fotos
Acervo STCP
Coordenação
Antônia Schwinden
Projeto Gráfico e Arte-Final
Glauce Midori Nakamura

Apresentação
A BUSCA CONTÍNUA DOS IDEAIS E CONVICÇÕES TALVEZ SEJA O ATO
MAIS DIFÍCIL QUE QUALQUER PESSOA POSSA REALIZAR. As dificuldades
e os obstáculos a superar muitas vezes induzem a modificar temporariamente
os objetivos planejados. Conscientes, nós da STCP, sempre tivemos presente
que não existe progresso sem planejamento, esforço e trabalho. Crescimento
sem incerteza. Vitória sem a disposição de lutar e colocar em risco todo o
trabalho executado. Assim a STCP conseguiu atingir o trigésimo ano, sem
perder o nosso princípio, que é a busca de melhores soluções e serviços
prestados aos nossos clientes no Brasil e em trinta e sete outros países.
Somos gratos ao apoio de inúmeras pessoas, empresas, instituições públicas e privadas,
muitas, talvez, não citadas nesta obra, que acreditaram e confiaram em nosso trabalho, nos nossos
ideais e, principalmente, na empresa que construímos. Sempre procuramos oferecer algo mais
que o nosso padrão profissional e técnico-científico, a energia, a força do nosso trabalho, a lealdade
institucional, a nossa capacidade de perseverar e prosseguir passo a passo em busca da satisfação
plena dos nossos clientes, e, em muitos casos, buscando e oferecendo soluções inovadoras.
Independente da escala e do porte das tarefas que nos confiaram, procuramos converter
os talentos e as habilidades das nossas equipes em ação. A cada projeto concluído as forças
foram renovadas, mais experiências acumuladas, e a equipe conscientizada de que a busca
pela excelência e melhor resultado devem ser sempre o foco do produto ou serviço colocado à
disposição dos nossos clientes.
Apresentação
5

Preparados estamos para continuar a expansão planejada, para criar novas áreas de atuação,
promover o crescimento gradativo da nossa empresa e, fundamentalmente, para contribuir com
o desenvolvimento sustentado do Brasil e de outros países onde atuamos.
Nesta hora de celebração e confraternização pela passagem de nosso 30º aniversário,
aproveitamos para agradecer a toda ‘família STCP’, nossos amigos, parceiros, clientes,
fornecedores e em especial a nossos colaboradores e seus familiares que conosco compartilham
este momento, e que com certeza estarão conosco em novos desafios.
Continuamos acreditando que prestar serviços de consultoria, engenharia e
gerenciamento com qualidade, satisfazendo as necessidades dos clientes da empresa,
buscando a superação do nosso trabalho é, e será, a melhor escolha. Criar valor em nossa STCP
significa construir uma empresa valiosa, desenvolvendo ideias e soluções para melhorar a
performance econômica e financeira de empreendimentos com adequabilidade ambiental e
social e, sobretudo, dando exemplo de cidadania e amor a pátria, razão maior da existência de
todo cidadão e empresário brasileiro.
6
STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

MOACIR MENEGUZZI
Grupo Gerdau – Primeiro cliente
Início dos anos 80. O Brasil ainda buscava encontrar o caminho da
democracia e vislumbrava novos tempos para o país. A STCP abria as portas,
certa de que poderia fazer a diferença para o desenvolvimento nacional.
No interior de Santa Catarina, na região de Curitibanos, a
reflorestadora Seiva SA, empresa do Grupo Gerdau, enfrentava um
desafio: desenvolver mercado para a madeira de pinus. Ate então o
consumo de toras de pinus era exclusivo para o setor de celulose e papel
e com fraca demanda e preços irrisórios. Na tentativa de alterar o atual
cenário, o grupo Gerdau instalou uma serraria piloto - a Madeireira Rio
das Pedras -, para processamento de toras de pinus para produção de
madeira serrada. A nova madeira exigia um tempo excessivo para secagem
ao ar livre de até 90 dias, restringindo o uso para fins mais nobres como
beneficiados e indústria moveleira. Era preciso agilizar esse processo
e melhorar a qualidade para que o produto atendesse ao mercado e
tornasse a atividade viável. Não havia estufas para secagem de madeira
em alta velocidade e nem experiência no processo.
Com esse desafio nas mãos, o então Diretor Florestal da Seiva, o
Engenheiro Florestal Moacir Meneguzzi, encontrou na recém-fundada
STCP um parceiro comprometido e profissional para solucionar o
problema. Já para a STCP, o primeiro cliente renderia uma longa história
de trabalho conjunto e o desenvolvimento de inúmeros projetos para as
empresas do Grupo Gerdau, que continuan até os dias de hoje.
Meneguzzi, agora aposentado, lembra que, na época, foi uma
aposta contratar uma consultoria que estava apenas começando.
Contemporâneos na Escola de Florestas, na Universidade Federal do
Paraná, Meneguzzi e Ivan Tomaselli, sócio da STCP, conheciam-se dos
corredores da faculdade. “Sabia, no entanto, do conhecimento técnico
adquirido por Tomaselli nos estudos realizados na Austrália justamente
na área de secagem de madeira. Parecia ser a melhor opção, que logo se
mostrou a mais acertada”, relata.
7

O trabalho desenvolvido pela STCP para a Seiva fez nascer
a primeira estufa para secagem de pinus a alta temperatura do país.
Uma revolução que permitiu o uso da madeira para os mais diversos
fins e estimulou a instalação de novas indústrias. A consultoria
foi responsável por selecionar o processo, projetar o equipamento,
acompanhar a fabricação, treinar a mão de obra que não conhecia a
tecnologia, definir a carta de processo e ajustar o equipamento às
necessidades da indústria. “Como todo projeto piloto, a versão inicial
apresentou alguns problemas, que com a dedicação dos profissionais
da STCP foram sendo solucionados”, conta Meneguzzi. Mesmo após a
aquisição de outros equipamentos, o projeto piloto continuou sendo
usado como apoio ao processo de secagem até o final das atividades da
Madeireira Rio das Pedras, em 1997.
Na opinião do ex-diretor, Tomaselli era um sonhador e arrojado
demais para a época, características que, o cliente acredita, fizeram da
STCP uma empresa de renome. “Manter-se ao longo do tempo é difícil, mas
permanecer crescendo é mais difícil ainda”, avalia. Para Meneguzzi, esses
30 anos foram construídos pela competência técnica e profissional,
mas tendo como base valores importantes: integridade, honestidade e
respeito ao cliente.
“A STCP SE DESTACA
POR SER UMA EMPRESA
COM VALORES:
INTEGRIDADE,
HONESTIDADE E
RESPEITO AO CLIENTE.”
8

Sumário
Apresentação 5
Sumário 9
Introdução 11
Como Tudo Começou 15
A Favor do Mercado 21
Concretizando um Sonho 22
Crescendo com a Crise 29
Criatividade e Estratégias de Sobrevivência 34
Reinventando a Empresa 36
Abertura para Novas Áreas 37
Integrando Setores 39
Uma Empresa Global 43
Desempenho Nacional 46
Além das Fronteiras 51
Construindo um Gigante 77
Gestão da Qualidade 79
Estrutura Renovada 86
Uma Empresa que não Para de Crescer 88
Rumo ao Futuro 103
Áreas de Atuação 105
Consultoria 106
Engenharia 107
Gerenciamento 110
Negócios Inovadores 111
Novas Tendências e Desafios 111
Legado e Contribuições 121
Novas Abordagens 123
Lições de Excelência 128
Colaboradores STCP em Março/2011 133
Sumário
9

10

Introdução
UMA IDEIA SIMPLES E OUSADA, EM 1981, FOI O COMEÇO DE UM
GRANDE EMPREENDIMENTO, A STCP ENGENHARIA DE PROJETOS
LTDA. Permanecer como um empreendimento de sucesso por três décadas é,
na verdade, um desafio considerável. No entanto, a razão desse sucesso não
pode ser medida somente através de seus anos de atividade, mas, sobretudo,
nas realizações e desafios superados pela empresa e seus integrantes.
Ao completar 30 anos, a STCP tem como objetivo homenagear seu maior patrimônio, as
pessoas. Todos os que ajudaram a construir essa empresa e têm ou tiveram em algum momento
sua vida interligada a ela.
A iniciativa de criar uma empresa voltada para o meio ambiente e seu adequado
desenvolvimento, com implicações tão complexas e de tanta responsabilidade como é a área
da Engenharia Florestal não foi coisa comum. Hoje não é possível ter a exata dimensão das
dificuldades que, certamente, os fundadores tiveram de superar para consolidar a empresa.
Situações que na atualidade julgamos quase intransponíveis para aquela época.
Inicialmente parecia haver problemas insolúveis: a falta de clientes, um mercado
incipiente, pouco capital, mas a partir da superação da fase crítica de implantação, a empresa
começou uma caminhada de ascensão até tornar-se referência na história da Engenharia
Florestal no Brasil e no âmbito internacional.
Este é o legado histórico que a STCP apresenta, incluindo suas lutas, seus desafios e
conquistas, tudo enfrentado com criatividade, sem deixar negligenciar sua contribuição para a
Engenharia Florestal no Brasil e a defesa da adequabilidade ambiental.
Introdução
11

Ao resgatar a história da STCP, apresentamos os principais momentos que determinaram
o nascimento, desenvolvimento e o presente dessa caminhada. Ao constatar o idealismo, a
competência e a audácia dos fundadores, sentimo-nos contagiados por essa determinação e
força interior. Esses predicados, fruto de trabalho e visão de futuro, foram determinantes na
idealização e concretização de um projeto ousado, cujos resultados culminaram no patrimônio
atual da STCP.
Contudo, um empreendimento só se sustenta, cresce e se amplia com muita força interior,
aquela que nasce das pessoas, de seus diretores, colaboradores e parceiros. Foi assim que
chegaram vitoriosos aos trinta anos de atividade profissional.
A STCP é uma das pioneiras no Brasil a unir em um único núcleo diferentes áreas de
atuação relacionadas a projetos do setor florestal, ambiental e de engenharia. Sua sede matriz em
Curitiba – PR abriga uma equipe multidisciplinar. Nascida como uma empresa de consultoria,
a STCP vem se reinventando com qualidade e se adaptando às várias mudanças políticas, aos
ciclos econômicos e avanços tecnológicos ocorridos ao longo desses anos de existência. Como
resultado, oferece uma gama diversificada de serviços de consultoria, engenharia, negócios
inovadores e gerenciamento, não apenas para o setor florestal, mas também para as áreas
de meio ambiente, agronegócio, engenharia, bioenergia, geotecnologias, infraestrutura,
desenvolvimento socioeconômico e tecnologia de informação, tanto em esfera pública como
privada, atendendo igualmente a entidades não governamentais e agências de desenvolvimento.
Ao longo das três décadas, a STCP se especializou em encontrar soluções inteligentes.
Foram inúmeras as contribuições e os serviços realizados para promover o desenvolvimento dos
setores onde atua, incluindo a implantação e gestão de projetos industriais, de infraestrutura, a
gestão de operações, o desenvolvimento de políticas públicas relacionadas ao meio ambiente,
floresta e responsabilidade social. A STCP empreendeu, ainda, atividades relacionadas à atração
de investimentos, nacionais e internacionais, para projetos agrícolas, florestais, industriais e
desenvolveu novas tecnologias em toda sua área de atuação.
Desde sua fundação, o histórico da empresa já registra mais de dois mil projetos e estudos
desenvolvidos para clientes de trinta e sete países das Américas, África, Europa, Ásia e Oceania.
A pesquisa para esta publicação só foi possível graças à colaboração de seus diretores e
colaboradores, bem como a livre consulta a toda documentação da empresa compreendida
em projetos, relatórios, contratos, publicações, em seus veículos de comunicação, como as
12 STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

Revista Informativo e os NEWS, sites, catálogos, folders, além de entrevistas com os diretores
fundadores, gerentes e os mais antigos funcionários.
Em um país como o Brasil, em que há enorme diversidade tanto social como biológica,
estabelecer um trabalho que abrange a área florestal e humana requer muito empenho,
conhecimento e competência para se agir com equilíbrio e respeito à natureza e ao homem. Se
ainda acrescentarmos que o mesmo desempenho deve ser aplicado no âmbito mundial, quando
se destina a outros países do mesmo e de outros continentes, identifica-se o esforço imenso
desses desbravadores ao agir inovando em uma área até então inexplorada, em locais com grande
disparidade física e econômica.
Buscar a integração mundial em torno de um mesmo objetivo e vencer impondose
pela cultura do conhecer, da ética e dos valores humanos, é superar seus próprios limites.
As dificuldades naturais em qualquer processo de integração devem superar a existência de
interesses diversos e, para isso, torna-se necessário conciliá-los satisfatoriamente, garantindo
uma uniformidade nas metas e ações para tornar possível a hegemonia e o alcance de ideais sem
eventuais conflitos.
Dessa forma, os trinta anos da STCP apresentam um modelo de gestão e sucesso em uma
ação pioneira no país, sua efetiva consolidação e existência nestas três décadas, apresentam um
modelo a ser seguido pelos que confiam em si, em seus ideais, mas acima de tudo no poder do ser
humano em se superar e estabelecer a coexistência pacífica e competente com outros processos
de integração na convergência de ideias e ações em prol da humanidade.
Introdução
13

14

COMO TUDO COMEÇOU
15

A STCP ENGENHARIA E PROJETOS LTDA. NASCEU POR INICIATIVA
DE UM GRUPO DE CONSULTORES INDEPENDENTES QUE, PELA SUA
EXPERIÊNCIA E A PARTIR DE UMA ANÁLISE DE POSSIBILIDADES
DE MERCADO, constataram a existência de forte demanda no segmento
ambiental e florestal por serviços especializados. Além disso, verificou-se a
necessidade de contar com pessoas de reconhecida experiência e capacidade
técnica no setor.
Assim, em março de 1981, um grupo formado por cinco engenheiros florestais, Ivan
Tomaselli, Sylvio Péllico Netto, Amauri Simioni, Nélio Mauro Aguirre de Castro e Joésio
Deoclécio Perin Siqueira, se reuniu com a finalidade de fundar uma nova firma de engenharia.
Tratava-se da STC – Engenharia Ltda., sediada em casa alugada na Rua São Pedro, no bairro
Cabral, Curitiba-PR.
A empresa elencava como seu objetivo a consultoria técnica e execução de serviços de
engenharia florestal, incluindo silvicultura, manejo, tecnologia e indústrias florestais. As
atividades estavam previstas para ter início, oficialmente, em 1º de abril do mesmo ano, sob o
gerenciamento direto dos sócios Ivan e Nélio.
Em entrevista, um dos fundadores e atual presidente da empresa, Ivan Tomaselli,
comentou que sua vocação para a área vinha de uma família de origem florestal. “Nós tínhamos
uma indústria na área florestal, fundada por meu avô. Era uma empresa na área de madeira para
produção de madeiras para portas e janelas.” 1 Mais tarde, quando concluiu os cursos primário e
secundário, em Joinville - SC, cidade onde nasceu, veio para Curitiba estudar uma nova carreira.
Segundo ele, foi “... através de um cartaz que tinha no colégio divulgando o curso.” 1
Como Tudo Começou
17

Para Joésio, também um dos fundadores e atual vice-presidente da STCP, a história não
foi muito diferente, esclarece: “Eu nasci na melhor cidade do mundo, na Lapa – Paraná, vim
para Curitiba estudar e trabalhar e fiz vestibular para Engenharia Florestal.” 2 Conta ainda que a
escolha da Engenharia Florestal foi sugestão de uma amiga, pois o curso ainda era recente e pouco
conhecido no Brasil. Criado em uma cidade com tradição e forte vocação rural, explica: “Meu pai
fazia agricultura, tínhamos uma granja de galinhas poedeiras, e tivemos muita dificuldade com
agricultura. Toda a família do lado de minha mãe trabalhava com madeira, foram colonizadores do
Norte do Paraná. Eles ajudaram a construir uma cidade chamada Tamboara perto de Paranavaí.” 3
Quando se formou em 1972, já fazia alguns trabalhos e estágios na faculdade, embora
nada muito profissional. Com o curso de mestrado, desenvolveu suas atividades na área de
reflorestamento, e posteriormente na área de consultoria industrial. Ivan explica ainda que a
sua área de pesquisa “... era industrial e quando terminei o pós em 1974, fiz solicitação de uma
vaga para doutorado, e em 1975 fui fazer doutorado na Austrália. Voltando em 1977, foi admitido
como professor na Universidade Federal do Paraná.” 4 Nessa experiência como docente, atuou
também como coordenador do curso de pós-graduação e diretor da Fundação de Pesquisas
Florestais do Paraná.
O desejo de trabalhar na área ambiental também esteve presente na formação de Joésio,
que comenta sobre seu desempenho como estudante: “Eu sempre tive um pressuposto que você
só aprende pela prática, desde as primeiras férias de julho, no primeiro ano, fui fazer estágio na
empresa Rondon S/A – Reflorestamentos que pertencia à CR ALMEIDA em Jaguariaíva e Sengés.
Fiz estágio nas diversas empresas de reflorestamento que estavam começando. Trabalhava sem
receber pagamento, fazia preparo do solo, queima, construção de cerca, pontes, transporte de
mudas e administração de pessoal.” 5
A sua trajetória acadêmica começou cedo, diz ao lembrar que: “... quando nos
formamos, eu já estava empregado na empresa Rondon S/A de Reflorestamento. Perdi o
emprego, decidi fazer pós-graduação. Nesse momento, estava sendo criado o mestrado em
Engenharia Florestal, então fui estudar inventário florestal, onde se mede a quantidade de
madeira que existe em determinada área, que é a parte matemática da Engenharia Florestal.
Fiz o mestrado e surgiu a oportunidade de ser professor colaborador na UFPR, num concurso
que foi promovido pela própria Universidade Federal do Paraná. Depois, já em 1976, assumi
também o Centro de Pesquisas Florestais e a Fundação de Pesquisas Florestais. A Fundação de
18
STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

Pesquisas funcionava com sócios, que são as empresas que atuam na área florestal. O Centro
de Pesquisas era uma instituição da Universidade que realizava pesquisa com base em recursos
orçamentários governamentais.” 6
Joésio conta ainda que na ocasião elaborou o maior projeto de pesquisa florestal do país.
Conseguiu dois milhões de dólares junto à FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos, sendo
este o primeiro projeto integrado de pesquisa a ser desenvolvido no setor. “O diretor da FINEP
era uma pessoa que gostava de florestas e eu o encontrei em uma reunião, falei sobre o projeto e
ele se dispôs a financiar esse projeto.” 7
Coincidiu que nesse mesmo período, Ivan retornara da Austrália, após concluir o doutorado
e assumiu, em parceria com Joésio, a Fundação de Pesquisas Florestais. Eles sempre haviam tido
uma relação muito estreita, pois se conheciam desde o cursinho pré-vestibular e aprenderam a
se conhecer melhor durante o curso. O Ivan sempre focado e o Joésio mais desligado.
Em seguida, os dois foram para Moçambique, onde, como lembra Joésio, “... vendemos
um projeto para o governo de lá, para desenvolver uma Província. Em 1979, comecei a
desenvolver outras ideias. Eu não aceito que o Brasil não saiba qual é o potencial florestal que
tem e que deve ser levado em consideração para se criar as políticas públicas. Então, comecei a
trabalhar na constituição de um inventário florestal do Brasil e comecei a divulgar essas ideias.
Até que em 1979, começou-se a discutir o plano de governo do presidente Figueiredo. Então, o
chefe da Casa Militar me convidou para escrever o plano de governo da área florestal. Fui para
Brasília e me convidaram para assumir uma diretoria do antigo IBDF - Instituto Brasileiro de
Desenvolvimento Florestal.” 8
Existia uma carência de profissionais na área de Engenharia Florestal no Brasil naquela
época, pois ainda era o início do desenvolvimento científico-tecnológico via instituições
públicas. Nesse sentido, não havia uma relação efetiva de prestação de serviço para os usuários.
O mercado carecia desse tipo de serviço. “As empresas iam à Universidade pedir para fazer as
coisas e não conseguiam ter a resposta imediata, eles precisavam de pessoas que fossem mais
gestores, que apressassem o resultado de que eles precisavam para o investimento. E aí a gente
entrou nesse vazio de mercado.” 9
Como Tudo Começou
19

20 STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

A Favor do Mercado
A ideia de fundar uma empresa que suprisse essa necessidade foi conjunta, ao reunir
colegas no interior e mesmo de fora da Universidade. Tratava-se de um somatório de
experiências advindas das vivências na UFPR e na Fundação de Pesquisa. “Observando o
mercado, vimos que este estava crescendo rapidamente, e que havia uma oportunidade na
área de consultoria, a mesma que se apresentava no Brasil e também em outros países da
América Latina. Havia algumas empresas de grande porte que trabalhavam nessa área, mas
não preenchiam a lacuna. Havia consultores espalhados, havia fundações de universidades
espalhadas, mas não havia uma empresa de consultoria organizada. Foi esta oportunidade de
mercado que levou a criação da empresa.” 10
Joésio explica que Nélio de Castro trabalhava como consultor na Promon Engenharia–RJ,
veio para Curitiba e procurou-os para abrir uma empresa de consultoria. “Ele convidou o Amauri,
falou com Ivan, Sylvio e comigo, que já estava em Brasília e organizamos uma empresa.” 11
Na realidade, quando os cinco engenheiros se reuniram para constituir a STC, o objetivo
era suprir uma lacuna na prestação de serviços na área florestal, contudo não podiam imaginar o
alcance de suas decisões para o futuro da Engenharia Florestal no Brasil.
A escolha do nome faz menção aos cinco fundadores: o “S” de Sylvio, do Simione e de
Siqueira; o “T” de Tomaselli, e o “C” de Castro.
Com a empresa criada, surgiram outros desafios, entre eles, o de como mantê-la
economicamente. “Quando fundamos a empresa, criamos um caixa para funcionar por seis
meses, independente de qualquer faturamento. O dinheiro do caixa era limitado, pagávamos o
aluguel, a luz, a água, uma secretária e as despesas de viagem; ninguém tinha salário.” 12
A organização inicial da empresa basicamente se restringia aos dois sócios, Ivan e
Nélio, pois os outros estavam fora, e a uma secretária. O primeiro passo foi criar catálogos
para divulgação e promoção da empresa, além de estabelecer contatos com o mercado. Nessa
política, apareceram várias oportunidades, entre elas “... uma grande empresa nos procurou
depois de um mês em que estávamos operando, e disse que queria desenvolver um trabalho.
A empresa veio nos visitar, mas ainda não existia nem sala de reunião. Compramos uma mesa
usada e só tinha na empresa eu o Nélio e a secretária. Arranjamos alguns estudantes para
movimentar a sede. Fizemos um esforço grande para conseguir esse contrato, mas, o mesmo
Como Tudo Começou
21

não ocorreu. O primeiro contrato surgiu depois de três ou quatro meses em que estávamos em
operação. No decorrer dos contatos, alguns projetos foram aparecendo e a gente foi sobrevivendo
no mercado, gerando caixa suficiente para pagar as despesas. O planejamento que fizemos foi
fundamental e isso foi uma experiência interessante para nós na consultoria.” 13
O universo que se deslumbrava era imenso em possibilidades, mas optaram pelo que mais
entendiam. “Começamos com os cinco, cada um fazendo o que conhecia e, assim, por exemplo:
o Ivan, foi o primeiro doutor em secagem de madeira em alta temperatura do país. Ele continua
sendo o doutor mais jovem que este país formou, porque ele chegou ao doutorado aos vinte e
cinco anos.” 14 Cada componente do grupo era especialista e titulado em área específica dentro
da Engenharia Florestal: “O Amauri trabalhava com tecnologia da madeira, especialista em
serraria. O Sylvio, inventário florestal como eu. O Nélio respondia mais pelas questões de gestão,
administração e economia. O Ivan ficava com indústrias e tecnologias, porque havia um novo
uso para a floresta plantada que não tinha utilidade e ninguém sabia o que fazer.” 15
Dessa forma, graças à formação e habilitação dos engenheiros é que foi possível
organizar uma empresa original e lançar-se no mercado, em busca da conquista do primeiro
cliente. “O primeiro negócio da empresa foi com secagem de madeira, foi uma empresa do
Grupo Gerdau, onde o Ivan desenvolveu modelos de estudo. O conhecimento e a forma de agir
dele e do Nélio, que eram extremamente organizados, estabeleceram todas as regras de postura,
ou seja, eles solidificaram as bases desta empresa.” 16
Concretizando um Sonho
O serviço prestado foi um projeto de seleção de processo e desenvolvimento de
equipamentos para secagem de madeira, que contribuiu para a introdução de tecnologias mais
modernas, passando pelo controle automático da secagem, até os novos modelos de estufas mais
eficientes em tempo e consumo de energia. Segundo diz Ivan: “O primeiro projeto da empresa
na realidade foi um projeto de secagem para a Madeireira Rio das Pedras do grupo Gerdau, em
Santa Catarina. Naquela época, o Grupo Gerdau tinha uma operação florestal e pouco se sabia
sobre o processo de secagem, coincidentemente o meu doutorado foi na área de secagem. Então
22 STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

propusemos para eles, estudar o processo de secagem e desenvolver um novo equipamento. Foi
um projeto importante que acabou gerando caixa para aguentarmos mais três meses.” 17
O projeto inicial com o tempo evoluiu nas suas atividades de inventário florestal,
introduzindo equipamentos de última geração para aquisição, transferência e processamento
de dados, ganhando em eficiência, consistência, tempo de medição e reduções substanciais
nos custos. Colaborou de forma significativa na atração de investimentos, tanto para novas
indústrias como para a aquisição de áreas florestais, como fábricas de painéis de madeira
e em aplicações diretas de fundos de investimentos no Brasil por meio das TIMO´s – Timber
Investment Management Organizations. Estas contribuíram sobremaneira para a dinamização
dos negócios florestais na Região Sul do Brasil. Assim, a STCP teve participação efetiva nesse
processo, assumindo a gestão de ativos florestais no Brasil. 18
Conforme conta Ivan, as maiores dificuldades encontradas no início foram as de identificar
oportunidades e estabelecer a empresa no ramo de consultoria, com limitações de capital e de
estrutura. Contudo, ressalta que, apesar de tais restrições, a empresa conseguiu, desde o primeiro
ano de existência, conquistar importantes clientes, tais como: Gerdau, Madebras e Instituto
Brasileiro para o Desenvolvimento Florestal – IBDF. Outro aspecto importante é que ao longo
dessa trajetória ocorreram alguns fatos considerados marcantes e decisivos para o crescimento
da empresa. Um exemplo disso foi o acordo assinado com a Madebras para o desenvolvimento de
um projeto florestal para apoiar a província do Niassa, em Moçambique, na África. 19
Notas de Referência
1 TOMASELLI, Eng. Ivan. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 3 fev 2011.
2 SIQUEIRA, Eng. Joésio Deoclécio Pierin. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 3 fev 2011.
3 SIQUEIRA.
4 TOMASELLI.
5 SIQUEIRA.
6 SIQUEIRA.
7 SIQUEIRA.
8 SIQUEIRA.
9 SIQUEIRA.
10 TOMASELLI.
11 SIQUEIRA.
12 TOMASELLI.
13 TOMASELLI.
14 SIQUEIRA.
15 SIQUEIRA.
16 SIQUEIRA.
17 TOMASELLI.
18 STCP INFORMATIVO. Editorial. Curitiba, n.10. 2006-7.
19 STCP NEWS. Curitiba, mar. 2006.
Como Tudo Começou
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IVAN TOMASELLI
Natural de Joinville, Santa Catarina - Brasil
Nasceu em 1951
FORMAÇÃO ACADÊMICA
• Graduação em Engenharia Florestal, UFPR, Curitiba, 1972
• Mestrado em Engenharia Florestal, Tecnologia da Madeira, UFPR,
Curitiba, 1973-74
• Doutorado em Tecnologia da Madeira, University of Melbourne,
Austrália, 1975-77
• Especialização a nível de pós-doutorado, Hamburgo, Alemanha, 1980
CARREIRA ACADÊMICA E ATUAÇÃO PROFISSIONAL
• Diretor Executivo da Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná,
Curitiba,1978-81
• Assessor Técnico da Associação Brasileira da Indústria de Madeira
Processada Mecanicamente, ABIMCI,1983-98
• Vice-presidente para assuntos de tecnologia da ABIMCI, desde 1998
• Superintendente do ABNT/CB-31 Madeiras, desde 2003
• Professor visitante,1977 e titular desde 1981 do Curso de Engenharia
Florestal da UFPR e aposentado em 2010
• Consultor de organismos internacionais entre eles a:
• FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations
• ITC – International Trade Centre
• Banco Mundial
• ITTO – International Tropical Timber Organization
• Fundador, consultor e diretor da STC Engenharia Ltda, desde 1981-89
• Diretor de Desenvolvimento, Consultor Sênior IV e Presidente da STCP
Engenharia de Projetos Ltda., desde 1989
24

JOÉSIO DEOCLÉCIO PIERIN SIQUEIRA
Natural da Lapa, Paraná, Brasil
Nascido em 1948
FORMAÇÃO ACADÊMICA
• Graduação em Engenharia Florestal, UFPR, Curitiba, 1972
• Mestrado em Manejo Florestal, UFPR, Curitiba, 1976
• Especialização em Administração Pública, Universidade de São Paulo, 1979
• Doutorado em Economia e Política Florestal, UFPR, Curitiba, 2003
CARREIRA ACADÊMICA E ATUAÇÃO PROFISSIONAL
• Presidente da Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais, 1882-84
• Diretor da Sociedade Brasileira de Silvicultura, 1984
• Diretor do Centro de Pesquisas Florestais, UFPR, 1976-80
• Diretor Executivo da Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná, 1977-80
• Diretor do Departamento de Parques Nacionais e Reservas Equivalentes,
1985-86
• Diretor do Departamento de Economia Florestal, 1980-85
• Assessor da Presidência para Assuntos de Política e Economia Florestal,
do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal, IBDF, Brasília, 1980
• Assessor do Ministro da Indústria e Comércio para assuntos de Energia,
1986-87
• Professor do Curso de Engenharia Florestal da UFPR, desde 1975, e
professor associado desde 2008 e aposentado em 2010.
• Consultor de organismos internacionais entre eles:
• FAO- Food and Agriculture Organization of the United Nations Banco
Mundial
• BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento
• Fundador e Consultor Sênior da STC Engenharia Ltda., desde1981-89
• Diretor e vice-presidente da STCP Engenharia de Projetos Ltda. desde 1989
25

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Como Tudo Começou
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CRESCENDO COM A CRISE
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NOS PRIMEIROS ANOS DE TRABALHO DA STC, A PROCURA POR
SERVIÇOS FOI LIMITADA, CONCENTRADA PRINCIPALMENTE EM
PEQUENOS PROJETOS E NA OUSADIA DE SEUS DIRIGENTES. SEGUNDO
ANÁLISE DE JOÉSIO, A EMPRESA CRESCEU A PARTIR DA DEMANDA, NÃO
HOUVE UM PLANEJAMENTO PRÉVIO. Conclui: “... nós entramos neste
espaço no momento correto que as coisas estavam acontecendo. À medida que
as demandas foram surgindo, fomos contratando pessoas e fomos crescendo.
Nas reuniões, nós discutíamos a questão de atração de investimentos. Lembrome
de uma vez em que, como brincadeira, alguém disse que poderíamos trazer
os portugueses para cá, e nós trouxemos, foi o primeiro projeto de chapas de
madeira (mdf e glomerado) com recurso internacional a Tafisa, em Piên. O
projeto da Tafisa foi construído dentro da STCP. As ideias vinham surgindo e
a gente vinha na sorte do vácuo, do vazio que havia.” 1
No entanto, o crescimento mais acentuado se deu em duas frentes. A primeira a partir
de 1984, quando ocorreu a participação em projetos hidrelétricos na Região Amazônica. Tanto
que, em 1986, a empresa já possuía dez colaboradores fixos e diversos consultores externos. A
outra frente referia-se à significativa presença da STC em vários países do continente africano,
notadamente em Moçambique, Nigéria, Gana e Senegal, onde foram elaborados estudos e projetos
na área florestal e industrial madeireira, além de outros relacionados às prospecções de mercado.
“A empresa começou a crescer nos anos de 1982-83 com alguns projetos na Amazônia,
com programa de desenvolvimento e de estudo básico para implantação de hidrelétricas. As
hidrelétricas que estão licenciando agora (2011) são daquela época. Nós tínhamos um acordo
Crescendo com a Crise
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com uma grande empresa de engenharia de São Paulo que nos contratou para fazer os estudos
ambientais, isso foi em 1984-85. Em 1986, a crise foi séria, o governo acabou encerrando esses
contratos, o que gerou a primeira grande crise.” 2
Apesar de a empresa ir gradativamente se firmando no mercado, ela estava à mercê da
política econômica nacional. Isso coincidiu com o período em que o mercado de investimentos
no Brasil sofreu duros golpes ao longo das décadas 1980 e 1990. A política econômica do governo
apresentava um descontrole, com inflação galopante e grande déficit público. Numa tentativa
de reverter o quadro, os sucessivos governos propuseram planos econômicos, como os Planos
Cruzado I e II, em 1986; Bresser, em 1987; Verão, 1989; Collor, 1990. De maneira geral, a estratégia
usada estabelecia o congelamento de preços, a mudança da moeda, a redução do déficit público,
o aumento de tributos, a eliminação de subsídios na agricultura, a suspensão de obras de grande
porte. Contudo, a inflação era assustadora, de 1989 a março de 1990, atingiu 4.853%. Medidas
de estabilização da inflação foram acompanhadas de programas de reforma nas diferentes
áreas como comércio externo, política industrial, privatização de empresas etc. Situação que só
reverteu com o Plano Real em 1994. Foi o mais amplo plano econômico já realizado no Brasil
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STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

e tinha como objetivo principal o controle da hiperinflação que assolava o país. Diante desse
panorama nacional, a situação da STC não poderia ser diferente.
Nas palavras de Ivan: “Tivemos várias crises financeiras, o Plano Cruzado para nós foi uma
situação complicada, perdemos alguns investimentos que acabaram gerando algumas dívidas.
Então nós criamos outros negócios paralelos à STC; como na área de eletrônica, de química e de
madeiras, mas nem todos deram certo. Alguns negócios desses acabamos fechando, e perdemos
dinheiro. De 1987 a 1992, vivemos crises acentuadas, dificuldades enormes. Na realidade, a
agente acabou liquidando os débitos em 1996 e 1997, foram dez anos de crise.” 3
Sobre esses momentos difíceis Joésio completa: “O Ivan e eu sempre acreditamos na
empresa, mesmo quando eu estava em Brasília, fiquei sete anos fora, eu procurava apoiar as
ações. Quando voltei, tinham aberto outras empresas. Eu disse vamos parar e fazer o que a gente
sabe. Isso eu já ouvia do meu avô português, ‘faça só o que você sabe, não se meta com o que não
sabe’, porque vai ser mais difícil para você. Acreditamos desde o começo no que a gente sabe
fazer. Fazer o que se sabe sem ter preguiça. Nós não tínhamos preguiça de trabalhar. Fazendo o
que se sabe e trabalhando não tem jeito de errar.” 4
A crise também é lembrada por Aguimar, engenheiro na empresa há mais de duas décadas:
“Historicamente tivemos alguns momentos marcantes, por exemplo, como eu entrei aqui para
um projeto específico e ele se encerrou em 1987-88. Então tivemos em 1988 um corte forte de
funcionários, a gente tinha uma perspectiva de evoluir em uma direção e isso não aconteceu. Isso
para mim foi marcante e coincidiu com o nascimento do meu primeiro filho. Nesse período, nós
tivemos uns seis meses em que a demanda era muito pequena, tínhamos pouco serviço. Nessa
época, os sócios se envolveram com outras empresas, perdeu um pouco o foco, o que sustentava
era a consultoria. Então houve um rearranjo na estrutura societária e esses negócios paralelos
foram retirados paulatinamente. Essa virada de 1989 permitiu consolidar a empresa como de
consultoria, focada na área florestal. Em seguida, isso permitiu uma ampliação dentro da visão
de consultoria para a área ambiental.” 5
“O primeiro ano da empresa foi difícil, o segundo, terceiro e quarto anos foram
relativamente bem, no quinto e sexto ano teve cortes. Os contratos foram rompidos e nós
ficamos com 10 a 20% dos contratos que tínhamos, pois tínhamos uma forte concentração destes
estudos ambientais vinculados a hidrelétricas, esclarece Ivan.” 6 Sobre as hidrelétricas, Aguimar
complementa: “Belo Monte, foi o primeiro projeto de vulto em que a STC se envolveu. Era um
Crescendo com a Crise
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projeto grande para a época. Nós tínhamos uma equipe com umas quinze pessoas, ficamos
envolvidos neste projeto até 1987.” 7
Ao transformar dificuldades em desafios, a STC foi crescendo com personalidade,
alternando originalidade, momentos de superação e preocupação ao longo de sua primeira
década. Mas, para Joésio: “Dificuldades existem sempre, e isso talvez seja o fato mais importante
para você crescer, as dificuldades para nós são sempre desafios. É uma dificuldade que faz com
que você cresça, que você desenvolva, contribua, traga coisas, melhor do que está sendo oferecido.
Se for muito fácil, você não vai conseguir dar uma contribuição mais efetiva. Tivemos dificuldade
de conseguir a casa, com o primeiro cliente, quando veio o segundo, então nem se fala.” 8
Criatividade e Estratégias de Sobrevivência
Nesse contexto de insegurança e mudanças políticas de toda ordem, a STC aprendeu a
adotar estratégias de sobrevivência, concentrando informações que são revisitadas até hoje.
“Tivemos que recomeçar. Aprendemos que a grande concentração de poucos clientes é muito
perigosa, tem que diversificar. Então, desde aquela época começou a busca para diversificar o
número de clientes e de projetos”, relata Ivan. 9
Trinta anos depois, ele confessa: “... hoje tem operado conosco cerca de setenta/oitenta
clientes, mas a gente atende cerca de trezentos clientes. Começamos com uma atuação nacional,
que era muito setorizada, no setor madeireiro, nosso principal alvo. Empresas que fabricavam
porta, piso, madeira serrada, compensado, foram os nossos primeiros clientes. Apareciam outras
oportunidades na área ambiental, o caso das hidrelétricas que eram os grandes projetos. Fazíamos
muito contato com associações de classe, sindicatos. Promovíamos cursos de treinamento nas
associações e sindicatos, dos madeireiros. Estes cursos não davam dinheiro, mas promoviam a
empresa. Em 1981, fizemos um projeto internacional na África através de uma trading brasileira
que desenvolvia projetos naquele continente.” 10
Esse período coincidiu também com a falta de profissionais especializados que
atendessem a uma nova visão no mercado florestal, relativo às áreas de reflorestamento. Ivan
detalha essa conjuntura: “Havia na época uma carência de profissionais, havia um conjunto de
fatores, incentivos fiscais e o início do aproveitamento da madeira de pinus, os plantios de 1970.
O reflorestamento começou no final dos anos 1960 e início dos 1970. A seguir, nos anos 1980,
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STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

começaram a sair as primeiras madeiras oriundas de reflorestamento e as pessoas precisavam de
apoio e tecnologia para fazer o uso desse novo produto. Por outro lado, continuava o processo de
implantação de novas florestas, o que pelo lado florestal era positivo, mas pelo lado do país era
duvidoso, devido a instabilidade econômica, mas a situação para nós foi relativamente boa, pois
conseguimos crescer no período.” 11
Contudo, havia o incentivo fiscal para investir na formação de florestas, o que interessava
aos clientes, sobretudo às grandes empresas. Um mercado que também estava em alta era o da
celulose, como traz um dos primeiros engenheiros contratados, Bernard, que está na empresa
há mais de vinte e cinco anos: “Logo que me formei comecei a trabalhar, com papel e celulose,
eu tinha vinte e cinco anos. Aí apareceu uma pessoa dizendo que a STCP, naquela época era
STC, estava precisando de alguém que entendesse de colheita e exploração florestal que era
minha especialidade. Eu vim para fazer um primeiro trabalho, na época era o aproveitamento
da madeira das áreas de inundação de hidrelétrica. Elas nunca foram feitas, eram duas: uma é
a de Belo Monte e a outra de Ji-Paraná. Eu entrei em 1986, na STCP, tenho vinte e cinco anos
de casa. Meu trabalho era cuidar de tudo que aparecesse na área florestal. Meio ambiente na
época era incipiente, a exigência do plano de manejo veio depois de 1987. A minha área era
mais de economia, industrial, engenharia da indústria da madeira. Na época, era mais restrito,
depois começou a ampliar, apareceram algumas oportunidades, resolvemos fazer. Hoje a área
de gerenciamento e outras cresceram muito, tanto que já fizemos até estudo de viabilidade
econômica de parque temático. Se não sabemos, vamos atrás de quem sabe. Aqui dentro não
tem limite para assunto, por isso a empresa tem crescido, a gente se acostumou a ser bastante
agressivo, e isso tem contribuído para que a STCP cresça.” 12
A STC precisava se adaptar à nova realidade. Era preciso uma revisão decisiva na
sua estratégia mercadológica, pois em âmbito nacional, ocorrera uma forte redução de
investimentos governamentais no setor hidrelétrico, como consequência dos cortes efetuados
no orçamento das estatais do setor. Em âmbito internacional, uma redução drástica dos
financiamentos do governo brasileiro aos países africanos, ocasionados pelos problemas
de liquidez deles. Como resultante dessa nova estratégia, a STC passou a priorizar projetos
direcionados ao setor privado nacional.
Sobre isso, comenta Ivan: “Havia muito dinheiro se movimentando, a situação era positiva,
embora, nesta década a inflação e a crise econômica atingia o país, nos anos iniciais da empresa,
Crescendo com a Crise
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de 1980 até 1994, nós passamos várias crises: num período de inflação alta, instabilidade
econômica e várias empresas sofrendo, altos e baixos. Durante este período, nós sofremos com
estas alterações, embora a empresa crescesse. Iniciamos com duas, três pessoas e em 1994 já
estávamos com vinte ou trinta pessoas. Ela cresceu no período, mas não cresceu na taxa que
poderia ter crescido num período de estabilidade econômica.” 13
Parece haver um consenso entre os colaboradores da STC de que a criatividade e a agilidade
na estruturação das estratégias têm sido fundamentais para o sucesso empresarial conseguido.
Reinventando a Empresa
A crise financeira contribuiu para que mudanças na organização interna da empresa
também ocorressem. Assim em 1989, uma nova razão social foi adotada, passando a empresa a
denominar-se STCP Engenharia de Projetos Ltda.
As mudanças ocorreram em março daquele ano. Os sócios se reuniram para avaliar a
situação da empresa diante de tantos percalços, ora políticos, ora administrativos. Mais uma vez
se mostraram ousados, os engenheiros Ivan Tomaselli, Nélio Mauro Aguirre de Castro e Joésio
Deoclécio Pierin Siqueira iniciaram uma nova sociedade comercial intitulada STCP Engenharia
de Projetos Ltda. Em substituição à STC, funcionando na mesma sede no Cabral, no entanto,
mantendo o mesmo foco. 14
“A mudança de STC para STCP ocorreu quando ainda estávamos na primeira casa. Foi
uma mudança societária, na época da crise. Foi uma mudança de nome porque existia uma
empresa nos Estados Unidos com as iniciais iguais à da STC. Tentamos registrar o nome STC
e não conseguimos. Pensamos em mudar de nome, mas isso é complicado quando já se está no
mercado. Então passou a ser STCP e o “P” é de projetos. A mudança de nome reflete a ampliação
da área de atuação e evita o conflito de nomes.” 15
O objetivo da empresa era a prestação e execução de serviço nas áreas de: “... engenharia
florestal, estudos ecológicos e ambientais em recursos naturais, estudos de economia e avaliações
na área de engenharia florestal, serviços de agenciamento em exportação e importação,
desenvolvimento de sistemas de processamento de dados.” 16
A empresa foi reorganizada trazendo significativa mudança na sua estrutura interna
e na estratégia comercial, enfocando projetos de maior porte. Os resultados foram sentidos
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STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

gradativamente. Dessa forma, e a fim de atender às novas demandas geradas pelo crescimento,
foi implantado um programa de ações. Esse programa incluía informatização, definição de
áreas de atuação e gerências, busca de parcerias para complementação de áreas onde havia
carência de capacidade técnica, atuação junto a empresas do setor de papel e celulose e a
participação em fóruns (nacionais e internacionais) que pudessem em médio prazo gerar
oportunidades comerciais.
Toda essa estratégia trouxe resultados que foram sentidos a partir de 1993, com um
substancial aumento na produtividade e qualidade dos serviços, e a inclusão na carteira de
clientes de grandes empresas, nacionais e internacionais.
Nos primeiros 18 anos de existência, a empresa desenvolveu aproximadamente seiscentos
estudos e projetos, para clientes de mais de quinze países. O setor privado se apresentou como
o principal cliente; mas outros setores como o setor público, organizações não governamentais,
agências de desenvolvimento e organizações internacionais também estão bem representados.
Abertura para Novas Áreas
A STCP constituiu-se como uma empresa de consultoria, porém ao longo dos anos foi se
reinventando, adaptando-se às mudanças políticas, econômicas e tecnológicas. “Começamos
fazendo consultoria e alguma coisa na área de processos industriais, mas nos primeiros dez anos
o foco principal foi consultoria. Depois começou a engenharia a ter um foco mais acentuado,
depois de quinze anos entramos na parte de gestão.” 17 Assim se manifesta a trajetória da empresa
em três décadas de trabalho, acrescentando-se sempre novas perspectivas decorrentes das
demandas do mercado.
“Começamos como empresa de consultoria, onde a gente tinha alguma coisa na
área de recursos naturais, inventários e levantamentos florestais, manejo e ainda na área de
aproveitamento industrial e ambiental. À medida que foi passando o tempo a gente sentiu que
tinha que fortalecer a área de engenharia. Fazíamos um estudo de consultoria, por exemplo, na
área econômica para viabilidade de uma fábrica de aglomerado, para saber se o projeto era viável.
Daí o cliente, satisfeito com o projeto solicitava a engenharia do projeto. Nós gradualmente
fomos avançando na área de engenharia, com uma participação importante ainda hoje, de cinco
a dez por cento das nossas atividades.” 18
Crescendo com a Crise
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Então o ritmo dos trabalhos contratados seguia, de maneira geral, a mesma cadência
da demanda. Atraídos inicialmente pelos serviços de consultoria, os clientes, gradativamente
solicitavam outros desdobramentos que foram surgindo, em geral, como consequência do projeto
inicial. Eram eles relativos a serviços de engenharia e gerenciamento. Bernard explica como isso
acontece na prática: “... a consultoria abre as portas para outros negócios. Da consultoria sai uma
opção ou uma oportunidade de começar o gerenciamento. Fazendo avaliação de ativos, a empresa
decide comprar uma determinada área, a gente cuida da área para eles e começa o gerenciamento.
Pode ocorrer variações do gerenciamento com operações de coletas de informações e compra de
terra. O que é uma questão sensível, a empresa vai comprar terras, o preço sobe, então a STCP
compra a partir de critérios rigorosos, envolve advogados na questão de documentação, na parte
de solo envolve pedólogo e outras, ou seja, é uma compra técnica. Não dá para dizer que isso é
gerenciamento, é uma atividade de campo extremamente técnica.” 19
Complementa sobre a experiência como consultar, afirmando que um consultor é um
pesquisador, “ele tem que ser um pesquisador. Só que a diferença é: a gente faz uma tese por mês, ou
seja, cada projeto é uma tese. Você tem de trazer resultado para o cliente num prazo determinado.” 20
As novas frentes de trabalho foram surgindo aos poucos. “À medida que a engenharia
foi avançando apareceram outras oportunidades, já na década de 1990. Foi a oportunidade
de fazer a gestão de empreendimentos e operações. A primeira gestão de operações foi com a
Aracruz, era uma gestão de informações, coleta de dados e gestão de geração de informações
para a empresa tomar decisões. Foi na parte de movimentação de material e estoque de madeira.
Com o surgimento de investimentos internacionais, apareceu a possibilidade de fazer a gestão
de investimentos. O investidor internacional vinha aqui e comprava uma fazenda, - Quem
vai cuidar desta fazenda? Nós podemos cuidar para eles. Elaborávamos o plano estratégico
e operacional e assumíamos a implantação. Hoje a parte vinculada a gestão é 50% do nosso
negócio. A nossa filosofia é oferecer ao mercado um serviço que seja integrado, desde o estudo
inicial de viabilidade, a definição em relação ao investimento, até a gestão do investimento.
A pessoa pergunta: - Eu tenho o dinheiro, o que eu posso fazer no setor florestal? Nós vamos
identificar uma oportunidade de investimento, seja na área industrial, comercial ou produção
florestal. O cliente diz que quer fazer um investimento na área de produção florestal, mas não
quer envolvimento operacional. Identificamos o ativo que ele possa comprar e fazemos o estudo
de viabilidade, aconselhando investir ou não. Caso o cliente decida comprar esse ativo, podemos
38 STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

apoiar na negociação. Na sequência propomos um plano operacional para a gestão desta área ou
ativo. Desse modo, a nossa empresa inicia na identificação da oportunidade e faz, inclusive, a
gestão. Esta é a característica básica da empresa, integrando consultoria, engenharia e gestão.
Nós apresentamos para o cliente as fases do negócio. A nossa visão de negócio realmente é de
resolver os problemas. As pessoas vêm nos procurar, quem procura um consultor é para resolver
o seu problema, oferecemos as alternativas de soluções que cabe a ele julgar, mas o mercado está
dizendo que temos boas soluções.” 21
Integrando Setores
Quando a STCP foi criada, a sua estrutura era simples, não havia divisão por setores. À
medida que a empresa foi ampliando suas ações no mercado, a demanda exigiu delineamento
de três setores: Meio Ambiente e Floresta; Indústria e Equipamentos; e Planejamento,
Economia e Mercado.
Até 1989, o setor de Indústria e Equipamentos possuía uma atuação principalmente na
área de secagem de madeira. Com o passar do tempo, novas demandas de mercado surgiram e
na metade da década de 1990 o setor já possuía profissionais de outras áreas como engenheiros
civis, químicos e mecânicos. Isso contribuiu para um desmembramento dos setores.
Em 1996, quando já havia conquistado um corpo técnico com larga experiência na área
de engenharia, entrou no mercado de gestão da implantação de indústrias de base florestal e
no final da década a área de gerenciamento foi ampliada, atuando também na coleta e gestão de
dados e na gestão de ativos florestais. A STCP, no momento, atua na implantação de programas
de gerenciamento florestal; no segmento de análise de novos sites para estabelecimento de
plantações florestais; no segmento vinculado a mecanismos de desenvolvimento limpo e de
redução de emissão por desmatamento e degradação e no gerenciamento de aquisição de terras. 22
No setor de engenharia, com a entrada de novos profissionais de outras áreas, estruturou
uma equipe multidisciplinar que atende a diversos segmentos desse setor.
Apesar da estrutura setorial de gestão na STCP, existe um diálogo adequado entre eles,
com a perfeita colaboração nos diferentes projetos. Embora muitas vezes se reconheça que “...
tem se aprendido errando”, na avaliação geral, um ponto positivo dessa situação é que ela, em si
Crescendo com a Crise
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mesma, exige do funcionário uma maior versatilidade no trabalho o que lhe proporcionará mais
conhecimento e experiência em outras áreas. Tudo isso, certamente, tem retorno aplicado em
prol dos clientes e dos projetos da STCP.
Os projetos elaborados pela STCP garantem aos clientes a otimização dos investimentos e
recursos utilizados, pois o uso integrado do solo, considerando seus aspectos econômicos, sociais
e ambientais, requer conhecimentos técnicos e científicos em vários campos. A equipe técnica
multidisciplinar da STCP, pela experiência acumulada ao longo dos anos em projetos no Brasil e
no exterior, trabalha sempre voltada para atingir o equilíbrio entre a produção economicamente
viável e a conservação dos recursos disponíveis.
Acompanhando atentamente as tendências de mercado, as inovações tecnológicas e o
surgimento de novos produtos, a STCP se capacitou em assessorar seus clientes na busca de
novas oportunidades onde possam marcar forte sua presença pela qualidade e competitividade
de seus produtos. A utilização dos recursos naturais renováveis vai além da imediata obtenção
de resultados econômicos e financeiros. A manutenção de um ecossistema equilibrado é fator
decisivo para garantir o uso sustentado desses recursos.
Notas de Referência
1 SIQUEIRA, Eng. Joésio Deoclécio Pierin. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 3 fev 2011.
2 TOMASELLI, Eng. Ivan. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 3 fev 2011.
3 TOMASELLI.
4 SIQUEIRA.
5 FERREIRA, Eng. Aguimar Mendes. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 4 fev. 2011.
6 TOMASELLI.
7 FERREIRA.
8 SIQUEIRA.
9 TOMASELLI.
10 TOMASELLI.
11 TOMASELLI.
12 DELESPINASSE, Eng. Bernard Françoise Marie. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 4 fev. 2011.
13 TOMASELLI.
14 STCP Engenharia de Projetos Ltda. Contrato Social. Curitiba, 15 mar. 1989.
15 TOMASELLI.
16 STCP Engenharia de Projetos Ltda. Alteração de Contrato Social. Curitiba, 18 out. 1989.
17 TOMASELLI.
18 TOMASELLI.
19 DELESPINASSE.
20 DELESPINASSE.
21 TOMASELLI.
22 STCP INFORMATIVO. Editorial. Curitiba, n.12. 2008-9.
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STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

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UMA EMPRESA GLOBAL
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A GLOBALIZAÇÃO DESENVOLVIDA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
É UM FENÔMENO GERADO PELA INTEGRAÇÃO ECONÔMICA, SOCIAL,
CULTURAL E POLÍTICA E IMPULSIONADA PELOS AVANÇOS DOS MEIOS
DE COMUNICAÇÃO E DE TRANSPORTE QUE SE ESTENDEM POR TODO
PLANETA. A própria dinâmica capitalista gerou uma energia que permitiu
maior mobilidade ao mercado internacional e regional, aproximando países,
culturas e pessoas. Portanto, este é um processo que afeta todas as áreas da
sociedade, com diferente intensidade, dependendo do âmbito de crescimento
e integração das nações. 1
Os impactos de globalização da economia sobre o meio ambiente decorrem principalmente
de seus efeitos sobre os sistemas produtivos e os hábitos de consumo das populações, mas nem
todos têm efeitos positivos. 2
Dessa forma, a preservação e manutenção do meio ambiente é uma preocupação constante
para muitos países e comunidades. A STCP vem contribuindo efetivamente com esse objetivo,
pois o meio ambiente sempre foi um dos principais alvos de sua atividade. Seus administradores
acreditam que os recursos naturais são a base do desenvolvimento econômico e devem estar
assegurados com mecanismos que garantam o uso adequado e a sustentabilidade. Para a empresa,
“... cada vez se torna mais claro que um empreendimento que pretenda perenizar seu ‘negócio’
deverá adotar estratégias que contemplem dimensões econômicas, ambientais e sociais. Temas
relacionados ao aquecimento global, gestão de resíduos, crescimento da demanda por energia, são
apenas alguns exemplos da necessidade de se buscar formas adequadas de utilização dos recursos.” 3
Nesse sentido, o Brasil pode contar, na atualidade, com um forte aliado, trata-se da
Uma Empresa Global
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legislação ambiental que está cada vez mais restritiva, visando, principalmente, que o meio
ambiente não seja tratado de maneira irresponsável. Já é prática comum entre investidores
buscar conhecer a análise do histórico ambiental de uma organização, antes de adquirir suas
ações. Isso colaborou para que as empresas despertassem para a importância da implementação
de alternativas tecnológicas e mecanismos de monitoramento, aliados a políticas públicas
comprometidas com a conservação e preservação ambiental. Desde a sua fundação, a STCP atua,
diretamente, em várias regiões do país, na prestação de serviços interligados à área ambiental,
como: planos de manejo de unidades de conservação; licenciamento ambiental, entre outros.
Essa dinâmica de gestão ambiental é desenvolvida dentro da STCP mediante a aplicação
das normas ISO 14.000. Elas incluem mecanismos de monitoramento e estratégias sustentáveis
aplicadas à realidade das empresas. Os seus profissionais já executaram projetos e serviços em
todos os biomas brasileiros (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal, Campos
Sulinos e Zonas Costeiras), acumulando vasta experiência no aprimoramento e desenvolvimento
de métodos, equipamentos e tecnologias.
Numa busca incessante por apresentar um trabalho aprimorado, a STCP vem procurando
ao longo de toda sua existência, especialmente no que se refere à prestação de serviços de
consultoria, engenharia e gestão, estar à frente de toda evolução científica e tecnológica, com
o fim precípuo de melhor atender aos anseios de crescimento e desenvolvimento para seus
clientes. “A STCP reconhece e acredita que o adequado desenvolvimento econômico, social e
ambiental do Brasil exige a constante busca de novas tecnologias e, fundamentalmente, a adoção
de mudanças que possam permitir as necessárias percepções, atualizações e transferências
da evolução tecnológica havida.” 4 Por esta razão, a empresa investiu intensamente, desde sua
origem, no setor florestal, tanto é assim que, às vezes, causa uma certa surpresa quando os
clientes constatam que a STCP também atua em outras áreas, tanto da prestação de serviços como
de consultoria, licenciamento ambiental e engenharia, entre outros. 5
Desempenho Nacional
A seriedade e criatividade dos estudos e projetos formulados pela STCP contribuíram de
forma significativa para os avanços da empresa posicionando-a como líder da América Latina
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STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

em suas áreas de atuação: meio ambiente e florestas, engenharia industrial; planejamento,
economia e mercado; desenvolvimento e qualidade.
É interessante mencionar que o início do século XX, o Brasil importava madeira serrada
de coníferas da Finlândia, Canadá e EUA. Efetivamente a indústria florestal brasileira passou a
existir apenas após a Primeira Guerra Mundial, evoluindo no Sul com as florestas de araucária,
permitindo que o país se tornasse um exportador. No entanto, o crescimento da indústria
florestal baseada na araucária não foi sustentável. Nos anos 1960, criaram-se programas de
desenvolvimento para o setor, com incentivos fiscais para o reflorestamento. “O setor florestal
brasileiro atual é o resultado de políticas de desenvolvimento criadas e implementadas há
mais de 40 anos. Essas políticas beneficiaram o setor privado, o qual respondeu com novos
investimentos, dando sustentabilidade econômica ao processo. Portanto, a evolução histórica
do setor florestal no Brasil não foi fruto do mero acaso baseado na pródiga natureza, mas de um
processo induzido a partir de estratégias de desenvolvimento.” 6
Em estudos realizados em 1999, a STCP detectou um descompasso entre a demanda e a
oferta da madeira de reflorestamento, o que se tornou conhecido como um possível “apagão
florestal”. Isso trouxe de volta a discussão governamental relacionada às áreas de florestas,
até então muito concentrada em aspectos ambientais. Permitiu também a atração de novos
investimentos para o setor. “A síndrome do apagão, o desenvolvimento da siderurgia, o
aumento das exportações e outros fatos foram decisivos para uma mudança de percepção
quanto à importância do setor florestal para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental
do Brasil e isso tem contribuído para o crescimento da área plantada.” 7 Como resultado, o
Ministério do Meio Ambiente lançou o Programa Nacional de Florestas - PNF, visando garantir
o crescimento do setor.
Sobre o assunto, Joésio esclarece que no Brasil existe uma cultura de defender a opinião
de que o uso das florestas tropicais não deve ser feito. Por outro lado, há por parte do governo
brasileiro limitações de financiamento para atividades industriais florestais usando recursos
das florestas tropicais. Exemplifica a questão ao relatar que: “Esteve conosco em 1998, um
empresário do Mato Grosso e nos convidou a desenvolver um projeto florestal para uma área de
cem mil hectares. Elaboramos um projeto integrado, para conseguir financiamento do BNDES.
Isso não é fácil, mas nós conseguimos elaborar o melhor projeto industrial de floresta tropical
em âmbito mundial, com todas as características ambientais atendidas e, mais, foi o primeiro
Uma Empresa Global
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projeto integrado florestal financiado pelo BNDES. Isso não é simplesmente a satisfação do
dever cumprido, mas a satisfação do que pode ser feito com adequabilidade e daquilo que não
pode se feito mesmo tendo adequabilidade. Até hoje, você anda na estrada de terra naquela
região com um veículo a 80 km por hora, não tem problema nenhum de acidente; não tem
nenhum carreamento de partícula sólida para dentro dos rios; as árvores a serem exploradas
são escolhidas; a técnica de derrubada é de baixo impacto e não afeta o restante das árvores. Tem
ciência e tecnologia em tudo isso. Ele apostou nisso e ganhou dinheiro. Quando você agora é
surpreendido com um exemplo desse sendo utilizado para as concessões do governo brasileiro,
isso só eleva o nome da STCP.” 8
Contudo, para os especialistas da empresa, a percepção política do setor florestal brasileiro
é amplamente crítica e esclarecem que somente a sustentabilidade econômica garante a melhor
resposta social e ambiental necessária ao adequado desenvolvimento do Brasil. Infelizmente,
o segmento florestal, nas esferas do poder público, não recebe a atenção que merece como
contribuinte capaz de proporcionar melhores condições na qualidade de vida das populações
rurais, não somente pelos empregos permanentemente gerados, sobretudo pela oportunidade de
novas fontes alternativas geradoras de renda e pela contribuição à balança comercial. Ao contrário,
encontra-se, via normatização, a imposição de limitações legais e institucionais, a produção de
bens e serviços do setor florestal, em que o destaque são as normas que impedem a efetivação
dos planos de manejo florestal em regime de rendimento sustentado, ao estabelecimento de
mecanismos burocratizantes na produção, industrialização e comercialização de produtos e
subprodutos florestais; e ao apoio, mesmo que de forma indireta, às ações oportunistas de ONGs
e movimentos sociais, contra as plantações florestais, como é o caso dos estados do Espírito
Santo e da Bahia. Nesse cenário, os investimentos no setor florestal estão experimentando uma
significativa retração, cujas consequências serão percebidas nos próximos dez anos quando
então será tarde para recuperar o tempo e as dificuldades perdidas.” 9
Seguindo o exemplo, a empresa gradativamente foi assumindo novos compromissos,
buscando serviços e tecnologias adequados à realidade brasileira, como a ampliação de
energia via uso de resíduos industriais, um sistema de processamento de informações para
inventários florestais, o uso sustentado e racional de florestas tropicais entre outros. Contudo,
ainda outros desafios se colocavam como o de desenvolvimento de sistemas mais simplificados
de gestão de negócios.
48
STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

Para complementar seu desempenho, desde 2001, a STCP realiza cursos sobre Avaliação
de Impacto Ambiental, os quais são solicitados, inclusive, pelo Ministério do Meio Ambiente
para capacitar técnicos daquele Ministério e do IBAMA.
O Sistema de Gestão de Informações (SGI) desenvolvido pela STCP inova ao integrar o
Sistema de Informações Florestais (SIF), o Sistema de Informações Geográficas (SIG) e outros
bancos de dados. Isso permite a gestão compatível dos dados de suas operações florestais, e
constitui uma poderosa ferramenta para a tomada de decisões gerenciais de qualquer organização,
tal como ocorre com o sistema elaborado para auxiliar o Plano Diretor para a Floresta Nacional do
Tapirapé-Aquiri, PA desde 1999. Muitos exemplos se acrescentam a esse, como os planos para
uso do solo no Mato Grosso, o plano diretor e sistema de informações geográficas para as florestas
do Pará, Rondônia e Acre. Ou, ainda, o projeto para a criação de Reserva Particular do Patrimônio
Natural (RPPN), e na elaboração de Planos de Manejo em Unidades de Conservação, contando
com isso com sua equipe multidisciplinar, que aponta soluções e fontes de financiamento. 10
Esses avanços permitiram que a STCP, em 2003, realizasse inúmeras atividades como,
por exemplo, o Seminário Internacional Benchmarking Brasil – Finlândia, em Curitiba, com a
presença de nomes internacionais, marcando o lançamento do Estudo Multicliente sobre o setor
florestal de ambos os países.
Nesse período, também foi criado o Núcleo de Estudos e Pesquisa Arqueológicas, vinculado
à unidade de negócios de estudo e licenciamentos ambientais. Contando com a participação
de arqueólogos, historiadores, geógrafos, cartógrafos e especialistas da área florestal; visava
desenvolver um sistema informatizado de pesquisa e cadastramento arqueológico. O Sistema
de Gestão de Informações Arqueológicas (SGI-ARQ) foi preparado para executar os projetos
de levantamento, proteção e monitoramento de sítios históricos e pré-históricos em áreas de
produção florestal e de uso alternativo do solo.
Outra tarefa desempenhada pela STCP e sua equipe de consultores é acompanhar a
evolução do mercado de carbono, desenvolvendo estudos para clientes ou participando de
discussões para formulação de políticas, acreditando na consolidação deste mercado.
A STCP também desenvolve estudos e análises econômicas e financeiras para clientes,
comprovando a viabilidade do negócio com plantações florestais no Brasil. Este é um potencial
ainda não explorado pelas instituições financeiras brasileiras que administram fundos de
investimentos, que tenham interesse em diversificar a sua carteira e possam considerar os ativos
florestais como uma opção.
Uma Empresa Global
49

“Eu tenho 35 anos de experiência no setor florestal. Em 1989, fiz mestrado em economia,
e hoje em dia, todas as ações da empresa na área econômica, eu participo. Desde o início na área
econômica, eu e o Ivan trabalhamos juntos na área de cálculos, modelos, projeto estratégico,
desenvolvimento de empresas e melhoria de desempenho da empresa florestal, que, às
vezes, tem dificuldades. As pessoas ficam no dia a dia e esquecem das análises com maior
profundidade e isso acaba gerando prejuízo para a empresa, e mais recentemente, nos últimos
sete anos, começou o gerenciamento, o trabalho na área de avaliação de ativos, de fundos de
investimento em florestas. Acho que a gente está se dando bem. Elaboramos planos estratégicos
de desenvolvimento, como é o caso do programa florestal do Estado do Piauí, contratado pela
Companhia de Desenvolvimento do Vale de São Francisco e do Parnaíba. O governador daquele
Estado veio a Curitiba para conhecer as empresas florestais. Não adianta desenvolver um
programa se o gestor público não entende o setor e sua importância. Esse tipo de programa
envolve a atração de investidores e nós conseguimos levar diversos para o Piauí. A Suzano, por
exemplo, implanta neste momento, uma fábrica com investimento de dois bilhões de dólares.
Este fato ressalta a importância do nosso trabalho para desenvolver frentes pioneiras.” 11
Segundo Bernard, “... a STCP no Brasil tem apoiado nas políticas públicas o IBAMA, o
Joésio trabalha muito com isso, junto com o Aguimar, o Ramon, na área de meio ambiente e
florestas. Fizemos, recentemente, a política pública de desenvolvimento florestal para o Piauí e
Mato Grosso do Sul, são os dois estados que mais crescem na área florestal atualmente. Geramos
ideias para que esses estados pudessem se desenvolver, e melhorar a sua economia.” 12
A empresa, com sua experiência no setor florestal, passou a realizar o processo de
georreferenciamento de imóveis rurais, o trabalho de mapeamento da propriedade, com
mapas de uso do solo, levantamento da reserva legal, e áreas de preservação permanente e
geração de documentação complementar para atendimento às normas ambientais nos níveis
estadual e federal.
Outra preocupação refere-se ao assessoramento jurídico, que conta com especialistas
em direito ambiental e legislação florestal e permite um diferencial no atendimento das
demandas para a tomada de decisão dos clientes. Este seu dinamismo habilitou a STCP como
uma das empresas líder na execução de serviços jurídicos para a realização de projetos florestais
e ambientais públicos ou privados.
Apesar da crise econômica mundial iniciada em 2008, e que atingiu o Brasil em vários
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STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

setores, como o agronegócio, a STCP manteve seus projetos, pois nas áreas em que atua o
crescimento se manteve. Tudo isso se justificou por serem estratégias vitais para a recuperação
da economia. “Na Engenharia Florestal nós temos alguns projetos marcantes como do
Piauí, um Estado sem tradição florestal. A STCP junto com o governo do Estado trabalhou no
desenvolvimento florestal, isso permitiu a atração de empresas. O Estado saiu de uma condição
mínima na atividade florestal e evolui para ser um Estado de referência nesta área. Nos próximos
anos, ele deve estar entre os cinco maiores produtores florestais no Brasil. Igual situação ocorrerá
com o Mato Grosso do Sul, onde diversos projetos estão em processo de instalação baseados nos
resultados do plano de desenvolvimento elaborado pela STCP para aquele Estado.” 13 Além do
Piauí, a STCP apoiou o desenvolvimento florestal no Acre, Minas Gerais, Bahia e outros estados.
Para a STCP, o avanço na eficiência da gestão das políticas públicas é fundamental para o
desenvolvimento do setor florestal brasileiro. Na medida em que o setor público passe a tratar o
setor florestal com a devida atenção e eficiência, o Brasil ocupará posição de destaque no cenário
internacional, inclusive com resposta social e ambiental ainda mais efetiva para a sociedade. 14
Além das Fronteiras
O reconhecimento do desempenho da STCP foi além das fronteiras, a empresa se
consagrou como uma das maiores referências mundiais em suas áreas de atuação. Justamente
porque “...o desenvolvimento da empresa no exterior permitiu que a STCP não fosse identificada
somente como uma empresa regional, e nós acabamos tendo outros trabalhos fora do país, o que
nos classifica como empresa de abrangência global.” 15
A atuação internacional começou de forma lenta e gradativa, junto com a criação da
empresa. “Na década de 1980, tivemos uma atuação singela no exterior, em meados de 1990,
procuramos novas alternativas de mercado e avançamos um pouco mais na América Latina
e Caribe. Hoje temos uma Diretoria de Desenvolvimento Internacional, que busca novos
negócios fora do país. Trabalhamos para agências de desenvolvimento, internacional, como o
Banco Interamericano de Desenvolvimento, Banco Mundial e Corporação Andina de Fomento.
Temos, ainda, atuado com agências de desenvolvimento em nível local, como, por exemplo, a
Corporação de Investimentos e de Exportação do Equador, a Câmara Florestal da Bolívia, e, com
governos, com o Ministério do Meio Ambiente do Equador e Peru, Ministério da Agricultura da
Uma Empresa Global
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52 STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

Uma Empresa Global
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54 STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

Uma Empresa Global
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Argentina e Ministério da Economia do Paraguai. Trabalhamos também com o setor privado no
exterior e com investidores internacionais. Temos clientes de trinta e sete países. Na América
Latina, trabalhamos com o Paraguai, Argentina Chile, Uruguai, Equador, Honduras, Panamá;
na África, em Angola, Moçambique, Gabão, Serra Leoa, Nigéria, Senegal e, ainda, na Oceania
com a Austrália. Temos uma filial no Equador, na América Latina a nossa atuação é mais forte.
A nossa empresa é uma grande referência no setor florestal em nível global. O desenvolvimento
científico e tecnológico na área de eucaliptos no Brasil é considerado como insuperável em todo
mundo, e fomos para a Malásia fazer uma consultoria para a introdução de eucaliptos. O Brasil
hoje, devido a esses aspectos, é um país preferencial na área de investimentos florestais, embora
existam alguns fatores limitantes.” 16
No setor florestal ocorre uma internacionalização das empresas as quais priorizam
investimentos em reflorestamento. Para a STCP, a competitividade do setor florestal deve
atender aos anseios do desenvolvimento sustentado. “Somente, a sustentabilidade econômica
pode contribuir para satisfazer os critérios sociais e ambientais estabelecidos pela sociedade” 17
Para tanto, é preciso remover normas legais ineficientes, melhorar a eficiência e eficácia da
coordenação dos governos, liberalizar o comércio de produtos florestais, reduzir barreiras de
mercado e ampliar a participação do setor privado na formulação das políticas públicas. Deve-se,
ainda, utilizar o conhecimento acumulado das populações para desenvolver mais os processos de
uso e produção em toda a cadeia produtiva do setor florestal.
Para auxiliar nessas questões, a STCP como uma empresa inovadora, atua também na
área de Tecnologia da Informação (TI). Esta também foi incorporada ao setor florestal devido
às novas exigências de competitividade com a globalização. Apoia ainda diversas empresas no
desenvolvimento de TIs aplicadas às operações florestais, e com isso consegue redução de custos.
Tais empreendimentos, por exemplo, são objeto de estudo multidisciplinar preparado pela STCP
juntamente com a INDUFOR - Finlândia, que contempla uma análise de benchmarking entre as
operações florestais brasileiras e finlandesas, visando efetivar a competitividade da indústria
florestal brasileira.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), contratou a STCP para realizar
estudos sobre Investimentos Diretos em Negócios Florestais Sustentáveis na América Latina,
como ocorreu no estudo de casos no Chile, Costa Rica, Honduras e Brasil.
Esse é apenas um exemplo da forma de atuação da STCP e do alcance de seus produtos ao
56
STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

edor do mundo. Sempre apoiando seus clientes na busca e identificação de novas oportunidades
no setor primário e industrial, desenvolvendo uma metodologia própria para realizar estes
estudos, visando à identificação, seleção e classificação de sites potenciais para o desenvolvimento
florestal e agrícola dos países onde atua.
Outra atividade a ser considerada, são os estudos de política florestal que a STCP, amparada
no conceito de Terra de Vocação Florestal (TVF), desenvolve pelo BID, e são implementados no
Panamá, Paraguai e Brasil. “Espera-se que os resultados deste estudo e a implantação de política
de TVF possam garantir o bem-estar da sociedade com a geração de produtos e serviços de
forma sustentável, além de contribuir com a melhoria do clima de negócios através de maior
estabilidade, transparência governamental, segurança jurídica, disponibilidade de recursos
florestais sustentáveis e estratégias e instrumentos de apoio aos proprietários de terras.” 18
Nessas parcerias, mantém-se muitas vezes um acordo bilateral, segundo o vicepresidente
da STCP, Joésio: “A STCP, por exemplo, participou de experiência semelhante em
Moçambique, no Equador e na Bolívia, efetivando alianças com instituições brasileiras, como
a Universidade Federal do Paraná, e de outros países. Na verdade, nós desenvolvemos projetos
que são de interesse do país e, em seguida, identificamos interessados, geralmente empresas
privadas, em apoiar e financiá-los.” 19 Nesse sentido, a STCP coordenou a missão do Equador de
Benchmarking no Brasil, bem como a missão em El Salvador para projeto de Terras de Vocação
Florestal, entre outros projetos.
Ao longo de sua trajetória, a STCP passou por profundas mudanças no seu perfil,
priorizando três grandes áreas de atuação. Ao aliar a engenharia e o gerenciamento à consultoria,
formou uma empresa nacional com ações em vários países, nos cinco continentes. Diferencia-se
e se destaca da maioria das empresas do setor por ter seu objetivo voltado ao mesmo tempo ao
setor público e privado, o que requer maior competência e qualificação para buscar ou construir
a melhor solução ao problema apresentado.” 20
Outra característica da empresa é estar permanentemente atenta às transformações
no panorama mundial, de tal forma que possa ofertar produtos altamente competitivos no
mercado. Com isso, vem a todo o momento dando exemplo de competência, criatividade,
confiança e ousadia.
Nessa perspectiva, a STCP se tornou uma empresa global, e uma das maiores empresas de
consultoria do mundo. Para alcançar isso, desenvolveu uma rede internacional de consultoria,
Uma Empresa Global
57

engenharia e gerenciamento visando garantir a competitividade dos serviços prestados. Esta
rede é composta por empresas localizadas na Finlândia, na França, no Peru na Argentina, no
Uruguai e em Honduras.
Nos trabalhos de due diligence utiliza uma equipe multidisciplinar experiente, que trabalha
em parceria com os a investidores nacionais e estrangeiros, os quais têm, como princípio básico, a
minimização de riscos. Eles encontram na STCP uma parceira preparada para atuar efetivamente
e com competência nessa área.
Desse modo, para a STCP “todos os clientes são importantes; dentro da nossa política da
qualidade, nós temos um padrão, que é o de oferecer e disponibilizar um ótimo resultado ao
cliente. Temos inúmeros desafios, mas um é primordial, um desafio que está presente a todo o
momento, qual seja, o de manter a satisfação do nosso cliente. Existem outros que eu também
considero como a manutenção do nome da STCP. Diversos autores escrevem que é muito fácil
atingir o sucesso, difícil é mantê-lo, esse é o nosso segundo maior desafio, e a nossa permanência
onde nos encontramos está diretamente vinculada ao primeiro desafio, que não é só do cliente, é
a satisfação de estar trabalhando conosco, de ser um colaborador da STCP.” 21
Notas de Referência
1 STIGLITZ, JOSEPH. Livre mercado para todos. São Paulo: Campus Editora, 2006.
2 GLOBALIZAÇÃO E MEIO AMBIENTE José de Sena Pereira Jr.
3 STCP NEWS. Curitiba, maio – jun. 2007.
4 STCP INFORMATIVO. Curitiba, n.4. 2000.
5 STCP INFORMATIVO. Curitiba, n.11. 2007-2008. p. 2.
6 STCP INFORMATIVO. Curitiba, n.8. 2004-2005. p. 5.
7 STCP INFORMATIVO. Curitiba, n.8. 2004-2005. p. 7.
8 SIQUEIRA, Eng. Joésio Deoclécio Pierin. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 3 fev 2011.
9 STCP INFORMATIVO. Curitiba, n9. 2005-2006.
10 STCP INFORMATIVO. Curitiba, n4. 2000.
11 DELESPINASSE, Eng. Bernard Françoise Marie. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 4 fev. 2011.
12 DELESPINASSE.
13 FERREIRA, Eng. Aguimar Mendes. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 4 fev. 2011.
14 STCP INFORMATIVO. Editorial. Curitiba, n.9. 2005-6.
15 DELESPINASSE.
16 TOMASELLI, Eng. Ivan. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 3 fev 2011.
17 STCP INFORMATIVO. Editorial. Curitiba, n.7. 2003-4.
18 STCP INFORMATIVO. Editorial. Curitiba, n. 12. 2008-9.
19 STCP NEWS. Curitiba, abr. - jun. 2009.
20 DELESPINASSE.
21 SIQUEIRA.
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STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

PARCEIROS
A STCP firmou acordos operacionais com os seguintes países:
• Finlândia,
• França,
• Honduras,
• Argentina,
• Peru,
• EUA,
• Uruguai.
ESCRITÓRIOS OPERACIONAIS
Para melhor atender aos clientes e seus projetos ao redor do mundo, a STCP
que tem sua sede em Curitiba – PR, conta com as seguintes filiais/escritórios:
• Aracruz, no Estado do Espírito Santo, 1999-2011
• São Mateus, no Estado do Espírito Santo, 2009-2011
• Posto da Mata, no Estado da Bahia, 2009-2011
• Lauro de Freitas, no Estado da Bahia, 2010-2011
• Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerais, 2007-2010
• Ipatinga, no Estado de Minhas Gerais, 2010-2011
• Itaperuçu, no Estado do Paraná, 2003-2011
• Rio Branco, no Estado do Acre, 2001-2010
• Dom Eliseu, no Estado do Pará, 2004-2007
• Guarapuava, no Estado do Paraná, 2005-2011
• Aparecida do Taboado, Estado do Mato Grosso do Sul, 2010-2011
• Porto Franco, no Estado do Maranhão, 2010-2011
• Tunas do Paraná, no Estado do Paraná, 2009-2011
• Florianópolis, no Estado de Santa Catarina, 2010-2011
• Floriano, no Estado do Piauí, 2010-2011
• Teresina, no Estado do Piauí, 2008-2011
• São Luiz, no Estado do Maranhão, 2009-2011
• Paruapebas, no Estado do Pará, 2009-2011
• Belém, no Estado do Pará, 2011
• Porto Trombetas, no Estado do Pará, 2010-2011
• Boa Vista, no Estado de Rondônia, 2003-2006
• São José do Rio Claro, no Estado do Mato Grosso, 1999-2004
• Monte Dourado, no Estado do Pará, 2003-2005
ESCRITÓRIOS NO EXTERIOR
• Quito, Equador; 2008-2011
• McCormick, SC, nos Estados Unidos. 2007-2011
• Lima, Peru; 2001-2002
Uma Empresa Global
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ROBERTO BONSE
Diretor de Desenvolvimento Internacional
“Logo que me formei em Engenharia Florestal trabalhei em
Curitiba no antigo Instituto Florestal do Paraná, em seguida fui para
uma multinacional finlandesa em São Paulo e morei um ano na Finlândia.
Quando retornei a Curitiba recebi um convite da STCP, mas por uma decisão
pessoal fui ajudar meu pai nos negócios dele. Em 1996, decidi retomar a
minha área de atuação e procurei a STCP, que me aceitou como consultor
na área de Planejamento, Economia e Mercado. Na época, éramos um pouco
mais de 20 profissionais.
Ao longo desses 15 anos na STCP acredito ter contribuindo em muitas
áreas. Participei de mais de 150 projetos. No final da década de 1990, atuei em
todos os processos na aquisição de ativos florestais para as TIMO’s, foi um
momento que trouxe uma nova dinâmica para a economia florestal e quando
registramos um crescimento bastante expressivo. Em 2003, assumi o desafio
de estruturar o gerenciamento de ativos florestais. Essa combinação que a
STCP fez de todo o know how da consultoria com o envolvimento de ativos,
foi muito benéfica. Isso nos permitiu ampliar o leque de serviços. Foi um
momento de transição contundente. Já fazíamos um gerenciamento parcial,
mas passamos a fazer um gerenciamento integral, da produção de muda à
colheita e transporte florestal. Em 2005, voltei à área de consultoria com
foco na área internacional, já que a empresa tinha o objetivo de ampliar a
participação no mercado estrangeiro.
Os 30 anos não são à toa. Sempre preservamos a transparência, a
independência, olhamos com os olhos do cliente e isso faz da STCP uma
empresa diferente. O comprometimento das pessoas na busca de soluções,
a criatividade e a inovação formam um conjunto de valores que ajudou a
construir uma reputação no mercado.”
64

JOÃO KOTZIAS
Diretor Administrativo e Financeiro
“Estou na STCP há 15 anos. Era responsável pela área
administrativa e financeira quando ainda éramos em 26 funcionários.
Evoluímos muito, mas acredito que a essência dos primeiros anos
se manteve, pois a empresa tem o cuidado de olhar para o cliente,
de manter um padrão de qualidade e de atuar de maneira séria,
competente e profissional.
Além disso, nesses anos todos vimos muitos investimentos na
infraestrutura física, em equipamentos, softwares e nos próprios
funcionários. Acredito que o clima interno de companheirismo e
cumplicidade reflita no serviço oferecido aos clientes.”
65

JOSÉ CARLOS TECHELATCKA
Gerente da Unidade de Negócios – Gestão de Empresas Florestais
“Esta é a segunda vez que faço parte da equipe da STCP. De 1985
a 1988, atuei como consultor florestal. Fiquei 17 anos em uma empresa
sueca e, em 2005, retornei. Encontrei aqui uma nova oportunidade e
muitos desafios. Vivi dois momentos distintos da empresa, já que
na primeira vez em que trabalhei como consultor a STCP ainda era
pequena, estava começando. Mais de uma década depois, encontrei uma
empresa reconhecida pelo mercado e respeitada pelo seu trabalho. As
pessoas que trabalham aqui são vistas como especialistas.
Estamos em um momento fantástico de crescimento, que,
acredito, tende a se manter. Para quem está começando agora na
empresa, faço questão de lembrar que a STCP é uma extensão da
universidade, pois há muito para aprender aqui.”
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MARCELO WIECHETECK
Gerente da Unidade de Negócios – Economia, Mercado
e Assuntos Estratégicos
“Engenheiro florestal, com mestrado em Silvicultura
e doutorado em Economia Florestal, comecei na STCP como
consultor sênior, há sete anos. Participei do período de maior
crescimento da empresa e, acredito, ter ajudado a construir
parte desta história. Esse sucesso se deve às pessoas que estão
à frente da empresa, pelas atitudes proativas e a identificação
de oportunidades no mercado, mas também a valores como
qualidade nos serviços e produtos, equipe multidisciplinar,
articulação ágil na contratação de especialistas, independência
e seriedade.
Vejo na STCP um ambiente propício para o desenvolvimento
profissional. É quase uma escola, pois nos permite vivenciar
diferentes assuntos, trabalhar com setores emergentes da
economia atual como: energético, mineração e indústria. Sintome
parte da empresa e espero continuar contribuindo para todo
esse sucesso.”
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RÔMULO LISBOA
Diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios
“Formado em Engenharia Florestal, comecei na STCP
como trainee, em 1998, depois de um período atuando no setor de
transportes. Um ano depois, assumi a gerência de projetos e em 2011,
a Unidade de Negócios que tratava de questões de Meio Ambiente.
Em 2005, a empresa apostou no meu trabalho e passei a assessorar a
diretoria em assuntos estratégicos e no desenvolvimento de novos
negócios. A partir de então, começou minha atuação efetiva na
área comercial. Recebi da empresa uma resposta à altura da minha
dedicação. Em oito anos de empresa, fui reclassificado dentro
profissionalmente todos os anos.
Por te ficado quatro anos trabalhando fora da minha área,
encontrei na STCP um recomeço. Então, a conquista que tive aqui
foi muito grande. Consegui as ferramentas para crescer e acredito
ter contribuído para o desenvolvimento da empresa. Foi um marco
na minha vida pessoal e profissional. Tenho o desafio de contribuir
com o crescimento da empresa.”
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JEFFERSON GARCIA
Consultor Sênior III na Unidade de Negócios –
Mercado, Indústria, Planejamento Estratégico e Economia
“Fui aluno do Ivan Tomaselli, na graduação de
Engenharia Florestal. Depois de formado o procurei
em busca de uma indicação profissional e ele acabou me
oferecendo uma oportunidade da empresa. Lá se vão 21
anos dedicados à STCP. No início éramos oito profissionais
executores de pequenos projetos. O trabalho de
consultoria efetivamente veio com o passar dos anos.
Posso dizer que hoje sou um consultor com o que aprendi
dentro da empresa. Resolvemos problemas, oferecemos
respostas positivas para o negócio desses clientes.
Muitos projetos ao longo desses anos foram
desafiadores. Sempre primamos na nossa Unidade de
Negócios por projetos diferentes e inovadores. Posso
destacar um trabalho desenvolvido no Equador, em
1992, quando estudamos o mercado de madeira naquele
país. Esse projeto ajudou a construir um nome bastante
positivo da STCP entre os equatorianos.
A capacidade técnica, não somente dos sócios, mas
das pessoas que estão até hoje aqui, e a busca da qualidade,
foram os grandes nortes da excelência conquistada
pela STCP. Construímos uma base sólida e hoje somos
extremamente competitivos.”
69

CASSIANE CELLI
Gerente de Engenharia
“Sou Engenharia Mecânica e fiz mestrado em
Engenharia da Produção e Sistemas. Trabalhei durante
dez anos em indústrias de papel e celulose viajando muito.
Procurava um outro desafio e tive uma oportunidade na
STCP, em 2010. O curioso foi que ocupei a função que a minha
irmã, gêmea idêntica, estava. Aqui dentro passei a trabalhar
com projetos muito diferentes, a ter contato com as mais
diversas áreas e aprendi a lidar com processos licitatórios,
prospecção de projetos e clientes.
Acredito que uma das áreas em que a empresa deva
apostar nos próximos anos seja a da Engenharia, já que as
outras estão consolidadas. Ainda este ano, temos como meta
conseguir dois ou três projetos grandes para a nossa área.
E, para crescer junto com a empresa, já estou me preparando
para cursar um MBA Executivo em Gestão Empresarial.”
70

CESAR BERNI
Assessor da Diretoria
“Sou da primeira turma de engenheiros florestais
da Universidade Federal do Paraná. Estudei com os sócios
da STCP e acompanhei o crescimento da empresa, que hoje
é reconhecida dentro e fora do país pelo trabalho que
desenvolve. Nasci no Paraguai e morei algum tempo no Equador
atuando em outros setores que não o florestal. Há três anos,
quando decidi retornar ao setor florestal, a STCP me deu essa
oportunidade e voltei ao Brasil para apoiar tecnicamente os
clientes na aquisição de terras e certificação.
Apesar de estar há pouco tempo na empresa, vi o
crescimento que ela teve, baseado em uma bagagem de
conhecimento muito grande e que foi se fortalecendo ao
longo desses 30 anos. O pioneirismo no desenvolvimento de
diversos serviços, como no caso da compra de terras, mostra o
quanto o grupo está preocupado em oferecer novas soluções
aos clientes. Quem entra aqui, precisa saber que a empresa
conta com as pessoas para garantir esse trabalho de qualidade.
Sinto-me feliz por colaborar com o desenvolvimento da STCP.
Quando me aposentar, quem sabe eu leve uma filial da empresa
para o Paraguai e continue ajudando de lá.”
71

EDSON ANTÔNIO MACHADO
Encarregado do Departamento Pessoal
“Sou do interior do estado do Paraná. Nasci em
Maringá e fui criado em Astorga. Casado e pai de três
filhos, tenho o segundo grau completo e com o meu
trabalho na STCP aprendi muito e consegui dar uma vida
confortável para a minha família. Cresci junto com a
empresa, pois acompanhei os primeiros passos, desde a Rua
São Pedro. Passei pela reprografia, auxiliei em questões
administrativas e financeiras até chegar à função de hoje.
Em qualquer tarefa é preciso ter amor pelo que se
faz. Sempre fiz questão de me dedicar ao meu trabalho e fui
reconhecido por isso. Para continuar crescendo na STCP, o
plano agora é cursar um curso superior ou técnico na área
de Recursos Humanos.”
72

FÁBIO LEMOS
Gerente da Unidade de Negócios - Investimentos
“A STCP faz parte da vida de todos aqueles que
trabalham com o setor florestal no Brasil. Entrei na
empresa em janeiro de 2008. Sou formado em Engenharia
Florestal e mestre em Produção Florestal Sustentável.
Comecei como consultor júnior I e nesses três anos
consegui crescer. Para mim, o que mais impressiona
foi a STCP ter se consolidado, apesar dos problemas
enfrentados pelo setor florestal. A empresa ajudou
a provar que desenvolvimento florestal e ambiental
andam lado a lado.
Um dos trabalhos que guardo na memória foi o
desenvolvido no estado do Piauí. Foi uma experiência de
vida e profissional, pois além de termos sido pioneiros
na tarefa de introduzir uma nova cultura para a
região – o eucalipto – ainda contribuímos para levar
desenvolvimento social e econômico para a região.
Sinto orgulho pelo resultado atingido.”
73

RAMON GOMES
Gerente da Unidade de Negócios – Meio Ambiente
“Sou da primeira turma de Engenharia Ambiental do
país, em Joinville, e tive a oportunidade de cursar o último
ano da faculdade na Alemanha. Comecei na STCP, em 2005,
como consultor em um projeto em Roraima. Durante um ano
acompanhei de perto estudos de impacto ambiental e após
esse período fui direto para o escritório em Curitiba. Sou
um apaixonado pelo que faço e consegui, dentro da empresa,
evoluir profissionalmente. A empresa tem a característica
de contribuir para a formação profissional, o que facilita
o crescimento dos funcionários. Encontrei aqui liberdade
para crescer. Cada projeto é diferente e cria uma expectativa
única que me faz buscar novas soluções e estar mais
preparado para o que vem a seguir. Acredito que o melhor
projeto é sempre o próximo e vejo que a STCP ainda tem muito
a crescer, principalmente, na área ambiental.”
74

RODRIGO GUILHERME RODRIGUES
Gerente da Unidade de Negócios – Planejamento e Economia
“Nasci na Colômbia, mas vim para o Brasil ainda criança.
Mais tarde tive a oportunidade de morar naquele país por três
anos. Formado em Administração de Empresas, especialista
em dinâmica de sistemas e com o espanhol fluente, consegui
uma oportunidade na STCP como consultor em projetos na
Argentina. Trabalhei como consultor por três anos e deixei
a empresa para morar um período na França. Na volta, a
STCP estava novamente de portas abertas e me deu uma nova
oportunidade. Passei pelas funções de coordenador e gerente
de projetos, e, finalmente, gerente de Unidade.
Ao longo desses nove anos, a diversidade de assuntos
de cada projeto propiciou meu crescimento. Um dos projetos
de destaque do qual participei foi o primeiro para o Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID). Durante dois
anos e meio, coordenei os trabalhos realizados em países
como Chile, Honduras, Costa Rica e Brasil. Geramos diversos
produtos, desenvolvemos índices e o resultado foi bastante
positivo para a empresa em termos de visibilidade.
Tenho como desafios pessoal e profissional consolidar
minha área de atuação dentro da STCP e continuar crescendo
com a empresa.”
75

76

CONSTRUINDO UM GIGANTE
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A VIRADA DO MILÊNIO FOI MARCADA POR PROFUNDAS
TRANSFORMAÇÕES MUNDIAIS. A STCP BUSCOU ADAPTAR-SE ÀS
MUDANÇAS QUE ESTAVAM OCORRENDO NO MUNDO, PELO SEU CARÁTER
DINÂMICO E INOVADOR E, SOBRETUDO, PELO CRESCIMENTO RÁPIDO
NO MERCADO NACIONAL E INTERNACIONAL QUE VINHA ALCANÇANDO.
Isso implicou uma reforma estrutural que preparou a empresa para esses
novos tempos e permitiu um avanço na qualidade e no desempenho em todas
as suas áreas de atuação.
Gestão da Qualidade
Em 2000, a STCP implantou o “Programa Qualidade Total”. Recebeu, em 2005, a
certificação de seus serviços pela ISO 9001-2000. Foi a primeira empresa da área a receber tal
certificação na América Latina.
A ideia de implantar o programa teve como objetivo desencadear um processo contínuo de
mudanças na organização, ou seja, a partir de sua implantação, tudo passou pelo filtro da busca
de uma gestão de qualidade. Seguiu-se a metodologia proposta pela Organização Internacional
para Normatização (ISO), cuja intenção era clara: gerar qualidade para transformá-la em algo
permanente dentro do ambiente de trabalho. 1 Assim, todas as rotinas executadas durante o
trabalho passaram a ser descritas.
Construindo um Gigante
79

Conforme a própria norma da empresa, tratava-se de um estado de espírito, de uma
filosofia de gestão, que distinguia as organizações de sucesso das demais atuantes no mercado.
A qualidade, por sua vez, asseguraria que os procedimentos estivessem em conformidade com
as exigências dos clientes, criando uma perspectiva em que os processos internos se tornassem
mais fáceis de serem geridos, medidos e aperfeiçoados.
Para conquistar tal objetivo, a empresa formou uma “comissão de certificação” e contou
com a participação de todos os funcionários e colaboradores.
A certificação da qualidade, além de aumentar a satisfação e a confiança dos clientes,
contribuiu para a redução de custos internos, promovendo o crescimento da produtividade, o
aperfeiçoamento no desempenho da produção interna, como também possibilitou o acesso a
novos mercados. 2
Conforme Joésio: “Não basta você ser competente. Na nossa área de atuação, não adianta
você fazer propaganda, a propaganda pode ajudar 10%. O que vale, porque o nosso universo é
pequeno e todo mundo conhece todo mundo, é a indicação. A partir deste trabalho, como sempre
privilegiamos o preço adequado e o produto da mais alta qualidade. Cada vez que fazemos um
trabalho, a empresa divulga para alguém e este alguém vem nos consultar. E fomos ampliando,
não só a capacidade e a competência da empresa, mas também o tamanho dela, à medida que as
demandas foram ocorrendo. Isso foi bem planejado e, às vezes, nós amanhecíamos trabalhando,
porque não tínhamos tempo para contratar uma pessoa para fazer isso.” 3
Desde o início dos anos 1990, a STCP Engenharia de Projetos Ltda. desenvolve
uma política de recursos humanos voltada para a captação de profissionais experientes e
capacitados. Estes formam uma equipe multidisciplinar composta por: técnicos em Engenharia
Civil, Elétrica, e de Instrumentação e Automação, Mecânica, Florestal, Biologia, Agronomia,
Arquitetura, Topografia, Geologia, Geotecnia, Planejamento, Administração, Economia,
Informática e outras áreas. 4
Reunir profissionais dessa envergadura foi, contudo um processo lento, Martinho
explica: “estou há vinte e sete anos, praticamente desde o começo da empresa. No começo era
difícil, era pouca gente, foi crescendo, crescendo, forma aquele círculo de amizade, estou até
hoje aqui. Eu trabalhei junto com o doutor Ivan, trabalhava na UFPR, no laboratório.” 5
Outro profissional especializado, o engenheiro Aguimar, conta como foi sua trajetória
até integrar a empresa: “Eu entrei na STCP em julho de 1985, estou há vinte e cinco anos. Entrei
80
STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

aqui por um convite do Joésio, em Brasília. Eu morava lá,
sou de Goiás. Fui estudar na Universidade de Brasília,
ele trabalhava no IBDF na época e me convidou para vir
trabalhar aqui, num projeto na Amazônia, onde hoje vão
construir a hidrelétrica de Belo Monte.” 6 Comenta ainda
sobre sua formação e as dúvidas quanto ao primeiro
emprego na área. “Eu trabalhei desde pequeno ajudando
meu pai no sítio, depois enquanto fazia o segundo grau em
Goiânia, eu trabalhava num escritório de contabilidade
e no período da faculdade, eu dei aula particular e nos
cursinhos preparatórios para concurso. Na área florestal, a
minha experiência é aqui, foi o meu primeiro emprego na
área. Fiz pequenas atividades em Rondonópolis, no Mato
Grosso e depois aqui. Neste tipo de atividade que fazemos,
é difícil você enxergar o fim, que estaria num projeto de
longo prazo. Eu vim para um local que eu não conhecia, não
sabia se eu ia me adaptar em Curitiba. Também em relação
à empresa que era pequena, que estava começando, eu
entrei pensando em aprender.” 7
AGUIMAR MENDES FERREIRA
A busca pelos primeiros funcionários ocorria, frequentemente, junto ao curso de
Engenharia Florestal da UFPR. Ivan conta que: “Os nossos primeiros funcionários, foram
engenheiros florestais recém-formados. O nosso contato na Faculdade ajudava um pouco, mas
não procurávamos ex-alunos. Esse perfil mudou muito, no começo nós tínhamos basicamente
técnicos florestais e engenheiros florestais, e hoje a nossa diversidade é muito maior, e isso
enriqueceu o nosso portfolio. A gente procura os profissionais que possam atender às necessidades
da empresa, os mais especializados nas demandas da empresa.” 8
Nem sempre a especialização ou a titulação correspondem às necessidades da empresa.
No que a STCP sempre investiu foi no funcionário arrojado e em quem realmente se integra
com o grupo. Segundo Ivan, “... o mestrado e o doutorado preparam para a academia, quando
se fala em negócios, a situação é outra, é muito melhor que alguém que venha trabalhar
conosco, fazer um curso de gestão de projetos ou engenharia econômica, que se aplica em várias
Construindo um Gigante
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áreas. O profissional que chama a atenção da empresa é o empreendedor. Cada um de nossos
funcionários é um empreendedor, ele sai em viagem, faz relatório de viagem, no qual ele diz o
que fez, as providências que teve que tomar e as oportunidades que identificou. Cada um dos
nossos funcionários, quando entra aqui, a ideia central é que ele seja um empreendedor. Aqui o
funcionário tem oportunidade de entrar em contato com vários projetos e vários clientes, você
tem uma visão mais ampla. Isso é a vantagem de uma empresa de consultoria, você tem mais
contatos e perspectivas.” 9
Sobre o “ter garra”, a empresa espera que os funcionários defendam os projetos, as ideias
da STCP e mais, que também tenham satisfação pessoal pelo trabalho realizado. “Quando, por
exemplo, tem uma solicitação, a existência de uma representação da STCP em Floriano no Piauí,
quem vai para Floriano? Só irá para Floriano quem tem identificação com a STCP, aquilo que
a gente chama de ‘vestir a camisa’. Então, quando você entra para trabalhar conosco, há pelo
menos três a quatro pessoas observando seu procedimento, como você encara a STCP, como você
se relaciona com as pessoas, como defende a STCP, como produz os seus documentos, qual o
esforço que você tem para preparar estes documentos, qual o esforço que tem em mostrar que
você está satisfeito com o trabalho que está fazendo. Se você passa isso, talvez esteja preparado
para ir a Floriano. É um desafio, você quer pegar? Então você vai ser educado para pôr a STCP
no contexto daquela comunidade, então a STCP passa a ser importante lá. É assim que a gente
construiu todas as representações, nos mais diferentes locais, inclusive fora do país. Quando
você foi para Floriano aquilo lá é uma unidade de negócio da STCP, mas a responsabilidade é sua.
A STCP funciona por unidade de negócio, que são as pessoas, é uma empresa que é sua, e você vai
cuidar como sua. A escolha das pessoas é muito importante, e mais a gente tem fidelidade, tem
pessoas que estão trabalhando conosco há vinte e sete anos. A relação é muito sólida, forte, e isso
é levado para os novos locais aonde vamos.” 10
Aguimar conta sobre sua parceria com a empresa desde que chegou à STCP, e diz:
“As coisas vão acontecendo, inicialmente seu nível de identidade com a empresa não é muito
grande, na medida em que a empresa vai evoluindo, você começa se entender como parte, como
construindo algo junto e começa a se identificar. Num primeiro momento, a relação de trabalho
era comum, sem muita perspectiva em longo prazo, mas num segundo momento você começa a
ter algum tipo de identidade. Isso foi uma época aqui dentro da empresa em que nós começamos
a abrir uma frente de atuação na área ambiental. A partir de 1995, e a partir dos anos 2000, a STCP
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STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

criou novas perspectivas, e por volta de 2005 ocorreu nova reorganização. Isso implica novos
horizontes, coincide com mudanças de sede, com ampliação de horizonte de trabalho. Em 1995,
quanto nós focamos na área ambiental, começamos a criar uma estrutura que se consolidou,
fundamentalmente, na virada do ano 2000, que passou a ter condição de atuar realmente.” 11
Nessa época, manteve-se uma relação direta entre o trabalho e o crescimento da
empresa, tudo orquestrado por laços de confiança e busca da qualidade. “O trabalho da gente só
tem importância se o patrão compra as brigas ou quando o patrão arruma a encrenca e a gente
ajuda a resolver, a importância do trabalho da gente não está vinculado ao quantitativo, mas como
estratégia. É um trabalho que tem um foco estratégico para abrir ideias. Eu gosto do que faço, de
inventar coisas novas. A gente faz muita coisa junto com os patrões, a gente discute e agrega.” 12
Nesses termos, o crescimento da empresa é o “... resultado de trabalho de todos que estão
aqui, algumas pessoas estão há mais tempo neste processo, o espaço que nós temos para atuar é
muito amplo. Hoje nós somos referência quando se fala em Engenharia Florestal, e penso que se
focarmos a empresa só em Engenharia Florestal, as nossas possibilidades não serão tão grandes.
A área ambiental surgiu de alguma forma em função disso, que ela já não é mais florestal, é um
nível de atuação bem mais amplo com uma equipe multidisciplinar, com uma série de outros
temas. A nossa origem é consultoria florestal, hoje a consultoria florestal deve responder por
algo como 15% da empresa. Ela é a nossa referência, mas não podemos parar aqui.” 13
A tarefa de buscar profissionais capacitados e competitivos no mercado, nem sempre foi
fácil. Aguimar enumera uma série de dificuldades: “Dificuldades em que a empresa passou foram
de todo tipo, sempre tivemos dificuldade com mão de obra, a que nós recebemos da Universidade
ou fora dela do mercado, tem uma série de dificuldades de se adaptar ao nosso trabalho. Por
exemplo, os recém-formados, enxergam a STCP como escola, isso é muito comum, e nós não
temos nada de escola, nós vivemos de resultado, e aqui quem paga o salário do funcionário é o
trabalho dele. Temos um rigor de não permitir que uma pessoa trabalhe remunerando outra.
Uma dificuldade que nós temos é essa de formação, de incutir nas pessoas a filosofia de trabalho
da empresa. Isso é um problema crônico que muda de faceta, é algo que sempre acontece. O
segundo problema, na mão de obra, é fazê-la pensar como nós pensamos. Isso é importante
para que a gente consiga ter um corpo trabalhando na mesma direção. Fora isso, sempre tivemos
problema de mercado, de se posicionar, você sempre tem problemas associados à forma de
pensar e enxergar o presente e o futuro. Isso é uma constante mudança, e se você não enxerga
Construindo um Gigante
83

isso como mudança, você não consegue crescer. Isso a gente sempre encara aqui. Nesta história
de crescimento, a gente acaba mudando um pouco as relações entre as pessoas. Quando nós
éramos uma empresa com dez funcionários, você tem uma relação com um determinado nível, e
quando chega ao tamanho atual, mudam as relações entre as pessoas.” 14
Martinho, que é motorista e laboratorista da empresa, elucida melhor a questão: “No
começo era um só computador, que uma pessoa só mexia, era tudo manual, tinham quatro, cinco
funcionários, hoje tem quatrocentos, foi uma evolução.” 15
A STCP também investiu em programas de training, selecionando inúmeros currículos
e realizando diversas entrevistas em várias áreas de conhecimento: agronomia, arquitetura,
contabilidade, economia, geografia, engenharia civil, florestal e madeireira. O programa Trainees
da STCP tem como objetivo três aspectos básicos: integrar o profissional à empresa (conhecer a
STCP), entender o que é ser consultor e aprender a ser consultor. Para isso, assistem a palestras,
fazem treinamentos, são acompanhados por tutores e são estimulados a apresentar soluções em
simulações práticas. 16
Tudo isso ocorre, porque a principal vantagem competitiva da STCP sempre foi contar que
uma equipe multidisciplinar, que possibilitasse a atuação da empresa em todos os segmentos do
setor florestal.
Para manter sua qualidade, a STCP lançou, desde 1999, um jornal informativo interno, o
“STCP News”, um dos meios de integração mais importante que circula trimestralmente. Este
veículo de informações trouxe resultados benéficos, como a melhoria do ambiente em aspectos
físicos e relacionais. Ao manter todos os funcionários integrados sobre o que ocorre na empresa
nos diversos setores, informa também sobre projetos, desafios, conquistas e metas; fornece
indicações de trabalho e sociabilidade, apresenta os novos colaboradores, as ações sociais
desenvolvidas, entrevistas, depoimentos etc.
A STCP busca a melhoria continuada das relações de trabalho também em ações menores,
mas não de menor importância. Essas ações são promovidas por todos os integrantes da
empresa, para manter a qualidade de trabalho individual e o crescimento particular de cada um,
procurando sempre gerar muita satisfação pessoal e social.
Maria Divino, auxiliar de serviços gerais, faz o seguinte depoimento: “É gratificante
trabalhar na STCP, existe muito respeito, isso que é importante, nunca houve falta de respeito
aqui dentro. A funcionária mulher que está a mais tempo na casa sou eu, quando eu entrei existia
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STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

outra, mas eu sou a mais antiga. Eu adoro trabalhar aqui,
todos são muito queridos comigo.” 17 E relata sua trajetória:
“Eu vim trabalhar como diarista na sede da STCP, na Rua
São Pedro. Um dia, o doutor Joésio falou que não dava para
trabalhar por dia, porque o dia que eu não ia, não tinha
ninguém, queria que eu ficasse por mês. Faz vinte e dois
anos que eu estou aqui. Se um dia eu sair daqui, jamais eu
vou esquecer, eu sou grata a ele, por isso que ele, Joésio, é
grandão assim, o coração dele é do tamanho dele.” 18
Martinho também expressa sua satisfação: “Eu acho
bom trabalhar aqui, estou há vinte e sete anos, já estou
aposentado, mas continuo trabalhando. Para trabalhar
tantos anos em uma empresa, o segredo é o conhecimento.
Aqui é minha segunda casa, eu passo aqui nove horas por
dia. Eu tenho dois filhos, um com vinte e seis e a menina,
dezessete anos. Depois de um ano que eu entrei aqui, já
tive o primeiro filho, eles cresceram junto com a empresa.
Todo o final de ano, a empresa faz um jantar, uma festa e
tem ainda a participação nos lucros, que ajuda muito.” 19
BERNARD FRANCOIS M DELESPINASE
A sensação de estar em casa é igualmente manifestada por Bernard: “Eu sou o
funcionário mais antigo da empresa, minha segunda casa, minha segunda família. A STCP
é minha segunda família.” 20
O lado humanitário e solidário da STCP se expressa nas ações voluntárias que vem
desenvolvendo, ao promover festas de confraternização em datas especiais 21 como Natal, Páscoa,
Aniversários; visita a educandários e creches 22 . A empresa incentiva o esporte, patrocinando
torneios, campeonatos, além de manter uma equipe de basquete amador com integrantes da
própria firma. 23
Construindo um Gigante
85

Estrutura Renovada
Na sociedade internacional, as empresas vêm se modernizando e intensificou-se a
competitividade para sobrevivência em uma economia globalizada. Isso não tem sido diferente
para a STCP, uma vez que ela em sua área de especialidade posiciona-se como uma das maiores
empresas de consultoria no panorama mundial. Com vistas a consolidar essa posição de
destaque em seu segmento de atuação, a STCP, sistematicamente, tem revisado suas estratégias.
Assim, ao se preparar para o futuro tem definido novas ações. Na virada do milênio, deixou
de ser exclusivamente uma empresa de consultoria. Expandiu sua área de atuação ao integrar
atividades relacionadas com engenharia e gerenciamento. 24 A STCP entendeu que os serviços
de consultoria estão intrinsecamente relacionados à área de engenharia e gerenciamento. De
certa forma, a STCP já cobria tais áreas anteriormente. No entanto, as exigências do mercado
comprovaram que é necessário incrementar a especialização nessas áreas. Na realidade, o novo
escopo proposto pela STCP permitiu o atendimento, com maior desenvoltura, aos projetos mais
ousados que envolvem as questões relacionadas ao meio ambiente de forma global.
A primeira mudança ocorreu em 2002, quando foi alterada a forma de gestão departamental
nas áreas de atuação. Foi uma verdadeira revolução, pois os projetos contratados referiam-se à
consultoria, engenharia ou gerenciamento. No mesmo sentido, na área técnica, não existiam
mais gerentes de áreas, somente de projetos. 25
A necessidade de dinamismo levou à criação de Unidades de Negócios (UNs). Essa nova
forma de gestão permitiu à empresa um maior controle dos projetos em andamento, como
também vislumbrar e atingir metas de crescimento maiores do que as esperadas.
Para otimizar e acelerar o processo de adaptação à nova metodologia organizacional,
os diretores e seus assessores diretos (controladoria, financeiro e gerentes de UN) foram os
principais disseminadores do conceito aos demais níveis do organograma. O envolvimento
de todos os colaboradores foi chave para o sucesso da transposição entre organizacional
antigo e o proposto. 26
Prevendo mudanças, principalmente no que tange ao crescimento da empresa diante
das possibilidades efetivas e anunciadas de crescimento/investimentos do setor florestal em
curto prazo e a necessidade de fortalecimento da estrutura de gestão da futura STCP, é que se
estabeleceu, no mês de abril de 2002, um novo organograma de gestão, com a criação de três
86
STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

assessorias: Controle e Planejamento, Operações Internacionais e Estratégias e Desenvolvimento
de Negócios. O objetivo era o apoio e fortalecimento das unidades de negócios. Para se adequar às
novas transformações, a STCP contou com o esforço de seus colaboradores. Estes contribuíram
diretamente para o crescimento e a consolidação da empresa como referencial de qualidade,
tanto na execução e inovação como no atendimento aos clientes. 27 Concomitante às mudanças
na estrutura de gestão, ocorreram investimentos em tecnologia de informação e infraestrutura.
A atual estrutura organizacional da STCP é formada por uma diretoria e gerentes das
unidades de negócio. A implementação de estudos e projetos é feita por meio de unidades de
negócios, gerenciadas por consultores altamente qualificados. Completa essa estrutura o Centro
de Informação e Inteligência (CI&I).
O CI&I é responsável por toda a documentação da STCP, pela padronização, informatização,
controle de qualidade e pelo Banco de Dados. Este vem sendo alimentado desde os primeiros
anos da empresa, atualmente é o mais completo existente no Brasil na sua especialidade.
Atende não só às necessidades da STCP, permitindo o acesso imediato aos consultores, mas
também às necessidades dos clientes. Diversas são as empresas relacionadas ao setor florestal
que participam como alimentadoras desse banco de dados e, em contrapartida, recebem as
informações tabuladas. 28 Portanto, o alcance das informações coletadas extrapola a esfera
nacional, podendo ser acessado em qualquer parte do mundo.
O sistema de informações também inclui uma biblioteca especializada com mais de
8.500 exemplares nas áreas de meio ambiente e florestas, ecologia, engenharia e indústrias,
equipamentos e máquinas, mercado e economia, legislação política etc. Além disso, concentra
um acervo de mais de dois mil documentos gerados pela própria empresa.
Em termos de tecnologia, a STCP conta ainda com uma rede de computadores disponível
para toda a equipe técnica, sistemas operacionais, parque tecnológico; sistema de computação
gráfica, sistema de edição de documentos e cópias; sistema de telefonia e equipamentos de
inspeção, medição e ensaios.
A filosofia da STCP está amparada na ideia de que crescimento não se restringe a apenas
aumentar de tamanho e desenvolvimento, mas sim na possibilidade de buscar desempenho
sempre mais eficiente, progredir mais na competitividade pela evolução científica e
tecnológica para melhor atender a seus clientes. “A STCP reconhece e acredita que o adequado
desenvolvimento econômico, social e ambiental do Brasil exige a constante busca de novas
Construindo um Gigante
87

tecnologias e, fundamentalmente, a adoção de mudanças que possam permitir as necessárias
percepções, atualizações e transferências da evolução tecnológica havida.” 29 Nesse sentido,
a empresa investiu intensamente na sua infraestrutura, transferiu sua sede, adquiriu novos
equipamentos e sistemas de última geração e alterou sua forma de ofertar os produtos de acordo
com a “Política de Qualidade”, renovando uma nova gama de serviços em suas áreas de atuação.
Uma Empresa que não Para de Crescer
Desde o início, para a STCP, uma das primeiras e a principal providência a ser agilizada
foi organizar a sua sede. A princípio acanhada, ao longo de sua trajetória ganhando espaço e
imponência, evoluindo de acordo com o crescimento da própria empresa. “Em qualquer negócio
é preciso ter suficiente capital de giro, especialmente na alavancagem inicial que é importante
para se manter num período, em que esta penetrando no mercado. A STCP ficou na primeira casa
por quase vinte anos, na Rua São Pedro, no bairro Cabral. Quando nós saímos de lá eram vinte e
poucas pessoas.” 30
Havia alguma resistência em se transferir a sede. Uma, causada pela crise financeira vivida
pela empresa nos primeiros anos; outra, porque a propriedade ainda apresentava possíveis
espaços a serem ocupados, os quais teriam sido gradativamente reformados. “Na primeira casa,
localizada na Rua São Pedro nós ficamos até 2000, era uma casa onde nós fomos criando espaço.
Tinha um porão e uma parte em cima, começou a ficar pequena, passamos a usar o sótão. Depois
transformamos a garagem para usá-la como escritório e aí não coube mais. Nessa época, os
sócios todos já tinham saído, estávamos só nós dois. A casa passou a ser do Nélio e pagávamos
aluguel para ele.” 31
Dona Maria também se recorda da sede inicial e traça um paralelo com as demais que se
seguiram: “Quando eu entrei lá na São Pedro, tinham poucos funcionários, acho que uns vinte;
tinham cinco sócios, a casa era pequena, era só eu no serviço. Depois, a STCP se mudou para a
segunda sede, era uma casa bem maior, e eu fiquei sozinha lá também. Quando eles vieram para
cá eu vim junto, aqui tem mais uma pessoa para me ajudar. A STCP mudou muito, não tem nada
a ver com hoje, era tudo diferente, melhorou muito.” 32
Diante do exíguo espaço para trabalhar e com o aumento do volume de projetos e clientes,
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90 STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

tornou-se necessário buscar outro espaço. Isso ocorreu em 2000, transferiram-se para uma
sede maior e mais espaçosa, também alugada. Localizada na Rua Lysimaco Ferreira da Costa, no
Centro Cívico, em Curitiba.
“Com a saída da casa da Rua São Pedro em que estávamos limitados pelo espaço, passamos
para um novo imóvel, onde o espaço era maior, investimentos tiveram que ser feitos, e os custos
eram mais altos. Nós identificamos o imóvel na Rua Lisymaco Ferreira da Costa, mudamos para
lá, em 2000. Foi uma decisão arrojada, mas um risco calculado. A expectativa foi que a gente
pudesse crescer. O espaço era grande, precisava de reformas, nós não tínhamos móveis, o custo
da mudança era caro, o aluguel ia se multiplicar por quatro ou cinco, as coisas iam crescer em
termos de dimensão. Mas a mudança foi muito boa, criou novos ares e a gente saiu dela com
quarenta ou cinquenta funcionários. Lá aconteceu o mesmo processo, cresceu e não havia mais
espaço. Tentamos uma ampliação da casa, e buscamos alternativas, quando identificamos esse
prédio onde estamos hoje.” 33
Junto com as novas instalações, houve um aumento na produtividade e eficiência dos
colaboradores da STCP, o que foi notado pelos clientes que se manifestaram positivamente. Pôdese
perceber que a empresa já ocupava uma posição de destaque no cenário nacional e internacional.
Joésio complementa comentando o sucesso do empreendimento e do novo astral da
empresa: “Na segunda casa, aconteceu o grande boom da empresa. Era uma casa que tinha
amplas janelas e de onde você estava sentado podia contemplar o jardim maravilhoso, isso para
todos os nossos funcionários contribuiu para mudar completamente o astral do trabalho. Ficou
ótimo para trabalhar, aumentou o espaço, e nossos clientes quando vinham nos visitar ficavam
impressionados com o jardim. Isso trouxe uma contribuição significativa, e aí depois de seis
anos, a casa ficou pequena, e a gente comprou este prédio. Transformou, porque era um prédio
antigo, ficamos um ano e pouco reformando até mudar para cá em 2006.” 34
Diante do ritmo de crescimento acelerado que a empresa apresentava, chegou o momento
de ousar uma vez mais. Assim em 2006, a STCP adquiriu sua sede própria, um edifício de sete
andares, localizado na Rua Euzébio da Motta, no bairro Juvevê. A transação coincidiu com as
comemorações dos vinte e cinco anos de atuação da empresa no mercado. 35
A aquisição da sede própria da STCP Engenharia de Projetos proporcionou à empresa
o fortalecimento de sua forma de atuação. Manteve-se o foco nas atividades de consultoria e
foram consolidados determinados segmentos com tradição na abrangência de atuação da STCP,
Construindo um Gigante
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porém com menor relevância é que, nesse momento, dadas as perspectivas de desenvolvimento
do país, permitiram uma abordagem mais agressiva da empresa, como é o caso das áreas de
geoprocessamento, engenharia e bioenergia. 36
Para os sócios, “O prédio adquirido foi um grande avanço, o prédio é excelente, o local
é excelente. O crescimento da empresa está relacionado com o acordo tácito de reinvestir na
empresa os recursos, pois é no que nós dois acreditamos. A razão de estarmos juntos na empresa
é acreditar e trabalhar. Temos um pacto muito bem firmado, nada além do que nos precisamos
para viver, tudo é reinvestido aqui. Do resultado anual obtido reinvestimos o máximo possível e
estamos sempre buscando oportunidades de novos negócios.” 37
A mudança para a sede própria foi marcada para 11 de agosto 2006, uma sexta-feira, ocasião
em que as obras de reforma estavam em fase de acabamento. Para o processo de mudança, foi
organizada uma comissão formada por Eliezer Santana, Fabiana Andretta, João Kotzias, Mariane
Bremer e Rômulo Lisboa. Sem dúvida, a transferência da STCP para sua sede própria marcou
uma nova e importante fase da empresa.
A ocasião exigia uma inauguração festiva da nova sede, pois era um marco de progresso
para a empresa. “Na ocasião da inauguração, os diretores da empresa Ivan e Joésio conduziram
as festividades que marcaram a data. Na manhã do dia 14 (segunda-feira), foram apresentadas
as novas instalações da empresa aos colaboradores, que foram recebidos com um café da manhã.
A mudança para o edifício de sete pavimentos e com capacidade para acomodar cento e quarenta
colaboradores marca as comemorações dos vinte e cinco anos.” 38
Um ano após a mudança para a nova sede, foi registrado um progresso significativo
na STCP. A infraestrutura da empresa, que teve ampliado o tamanho de suas instalações, foi
impulsionada pelo crescimento dos negócios, uma consequência direta das realizações da
empresa em sua totalidade. “O marco de um ano é interessante não apenas pelo fato em si,
mas para observar as mudanças e evoluções que aconteceram nesse período. Em termos de
estrutura, o crescimento é nítido. A equipe agora desfruta de mais espaço, mais conforto em suas
instalações, além de compartilhar de um ambiente muito mais segmentado para a realização de
reuniões e recepção de clientes.” 39
O crescimento dos índices de produtividade e do desempenho de seus colaboradores
puderam ser nitidamente observados. O mesmo ocorreu em relação aos clientes, pois registrou
uma forte ampliação de parcerias na realização de serviços, passando a empresa a ocupar uma
93

posição de mais destaque tanto no cenário nacional como no internacional. O objetivo da
STCP continua sendo: “... buscar de forma permanente, superar as expectativas dos clientes
considerando as características técnicas e culturais de cada um deles”, conforme definido na
política de qualidade da empresa. 40
Notas de Referência
1 STCP NEWS. Curitiba, set.-out. 2004.
2 STCP NEWS. Curitiba, set.-out. 2010.
3 SIQUEIRA, Eng. Joésio Deoclécio Pierin. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 3 fev 2011.
4 STCP. Folder. Curitiba, 1992.
5 SPISILA, Motorista Martinho. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 4 fev 2011.
6 FERREIRA, Eng. Aguimar Mendes. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 4 fev. 2011.
7 FERREIRA.
8 TOMASELLI, Eng. Ivan. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 3 fev 2011.
9 TOMASELLI.
10 SIQUEIRA.
11 FERREIRA.
12 DELESPINASSE, Eng. Bernard Françoise Marie. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 4 fev. 2011.
13 FERREIRA.
14 FERREIRA.
15 SPISILA.
16 STCP NEWS. Curitiba, jun. 2003.
17 LIMA, Aux. Serv. Gerais Maria Divino. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 4 fev. 2011.
18 LIMA.
19 SPISILA.
20 DELESPINASSE.
21 STCP NEWS. Curitiba, abr.-jun. 2009.
22 STCP NEWS. Curitiba, abr.-jun. 2009.
23 STCP NEWS. Curitiba, jun.-jul. 2009.
24 STCP INFORMATIVO. STCP e sua nova estrutura. Curitiba, n.4. 2000. REVISTA n4 2000.
25 STCP NEWS. Curitiba, dez. 2002.
26 STCP NEWS. Curitiba, jul. 2003.
27 STCP NEWS. Curitiba, jul. 2005.
28 STCP INFORMATIVO. Curitiba, n.4. 2000. P.27.
29 STCP INFORMATIVO. Curitiba, n.4. 2000. P.4.
30 TOMASELLI.
31 SIQUEIRA.
32 LIMA.
33 TOMASELLI.
34 SIQUEIRA.
35 STCP INFORMATIVO. Editorial. Curitiba, n.10. 2006-2007. p. 1.
36 STCP INFORMATIVO. Editorial. Curitiba, n.11. 2007-2008.
37 SIQUEIRA.
38 STCP NEWS. Curitiba, dez. 2006.
39 STCP NEWS. Curitiba, ago.-out. 2007.
40 STCP NEWS. Curitiba, jul. 2006.
94
STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

MENSAGENS PARABENIZANDO A EMPRESA
PELA OBTENÇÃO DO CERTIFICADO ISO
9001/2000
COMPANHIA AGRÍCOLA E FLORESTAL SANTA BARBARA
“Parabéns pela conquista, apesar de que para mim não foi nenhuma
surpresa. Abraços.”
Sérgio Toninello.
FUJIWARA EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL LTDA.
“Parabenizo a empresa e principalmente as pessoas, colocamos a sua
disposição nossa qualidade e prestação de serviços. José Carlos Osório.
Inter-American Development Bank (IADB) Felicitações por mais essa
conquista. Abraços.”
Rente Nascimento.
INTERNATIONAL PAPER/AMCEL
“Receba nossas congratulações pela obtenção da Certificação ISO
9001/2000, na certeza de que a STCP a cada dia que passa se evidencia
mais no cenário nacional e internacional como uma grande empresa.
Atenciosamente.”
Renato Ribeiro (Gerente de Assuntos Regionais)
PETROPAR
“A Petropar se sente orgulhosa de ter sido cliente da STCP, cujo trabalho
tem sido alvo de consulta e tem contribuído para enriquecer nossos
estudos de expansão florestal, assunto que já foi definido pela nossa
Diretoria e cuja implementação deverá iniciar em 2006, com aquisição
de novas áreas para plantio de pinus nas Serras Gaúchas e Catarinenses.
Atenciosamente.”
Gilberto Bartz (Gerente Operacional)
SINCOL
“Parabéns a vocês e à equipe da STCP pela conquista! Abraço.”
Vitor Hugo Balvedi (Diretor)
Fonte: STCP NEWS. Curitiba, jan. 2006.
Construindo um Gigante
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ORGANOGRAMA DA EMPRESA

O PRÉDIO dA STCP
A STCP Engenharia de Projetos está instalada em um prédio
próprio localizado no bairro Juvevê, região nobre da cidade, à Rua
Euzébio da Motta n.º 450. O imóvel tem uma área aproximadamente
de 2.000m2, distribuídos em sete pavimentos.
Ao entrar na empresa o cliente encontra no térreo um
hall, muito bem decorado em estilo moderno, que abriga o
serviço de recepção e telefonia. No térreo encontram-se ainda
o departamento administrativo e o financeiro, o RH, bem como a
central de cópias, centro de informação e inteligência, biblioteca
e a copa. A biblioteca é especializada na área de interesse,
oferecendo vários serviços ao usuário.
No subsolo estão localizados o arquivo morto, a lavanderia
equipada e a área de apoio, além das garagens.
Nos andares estão instaladas as Unidades de Negócios
(UN), a saber: no primeiro andar a UN 3 – Meio Ambiente. No
segundo andar a UN 3 – Geotecnologia, UN 4 – Recursos Naturais,
a UN 6 – Gerenciamento de Áreas Florestais. No terceiro andar
estão a Assessoria Comercial, a UN 2 – Estudos de Mercado e a
UN 8 – Engenharia. No quarto andar está a UM 5 – Planejamento e
Mercado; e a UM 1 – Negócios Florestais.
No quinto e último andar estão alocadas as salas da
presidência, secretária, e duas salas onde se realizam as principais
reuniões da empresa. Embora essas sejam as mais espaçosas salas
de reuniões, em todos os andares são encontradas duas salas
de reuniões. De modo geral, as salas são equipadas com mesas,
cadeiras, computadores, quadro branco, canhão para projeção
de imagens. Integrando toda empresa tem instalado um parque
tecnológico em rede com mais de 100 microcomputadores,
utilizados como estações de trabalho pelos diversos serviços.
As áreas de trabalho contam com um sistema de informática
completo, com softwares de última geração, grande número de
periféricos e equipamentos especializados, como: impressoras,
plotters, mesa digitalizadora, scanners e outros.
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RUMO AO FUTURO
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Áreas de Atuação
A STCP, POR INTERMÉDIO DE SUA EQUIPE TÉCNICA ALTAMENTE
QUALIFICADA, VEM SE PREPARANDO PARA O FUTURO. Ao antecipar
fatos e tendências, de modo a atender às necessidades de seus clientes, tem
trabalhado para o desenvolvimento econômico, social e ambiental do Brasil e
dos países onde atua.
A viabilidade e a competitividade de um setor florestal devem fundamentalmente
atender aos anseios do desenvolvimento sustentado com respostas econômicas. Somente a
sustentabilidade econômica pode contribuir para satisfazer os critérios sociais e ambientais
estabelecidos pela sociedade, governos e organizações internacionais. 1
Nesse sentido, é importante destacar os esforços que são desenvolvidos pela equipe da
STCP para ofertar serviços, produtos e tecnologias adequadas às características de cada caso.
Com essa visão de mercado e com toda seriedade e eficiência que lhe é característica a STCP se
apresenta hoje como uma empresa de sucesso, líder na América Latina, em sua área de atuação,
e uma empresa de referência mundial.
Segundo Bernard, “A filosofia da empresa está muito concentrada no que os dois, Ivan e
Joésio, pensam, a filosofia da empresa começou cedo, por isso que ela cresceu, quando eu entrei
na STCP ainda era incipiente, mas já tinha essa vontade de crescer em diversas direções, na época
eles tinham uma fábrica de compensado aqui em Curitiba e tinham também uma empresa que fazia
equipamentos eletrônicos para a área da indústria da madeira, e montaram uma laminadora lá no
sul do Pará, que eu fiquei um período lá para ajudar organizar, eram outras empresas separadas,
Rumo ao Futuro
105

mas os donos eram basicamente os mesmos. O que estava dando certo era a consultoria, a STCP,
a vontade era não expandir mais com outras empresas, vamos expandir a área de consultoria,
ou aquilo que for afim à consultoria. O movimento da STCP está sempre nesse sentido, a gente
expande e cria áreas específicas como são as unidades aqui com especialidades em diversas
áreas, a expansão de atividades dentro da própria empresa. A política da empresa é a expansão
contínua, nos últimos seis, sete anos foi a fase que a gente mais cresceu, ela nunca cresceu menos
do que 30%, o ano passado crescemos 60%. Isso se deve ao reconhecimento do mercado, são 30
anos, hoje a maior empresa do setor, de consultoria, gerenciamento, engenharia, de uma certa
forma, é uma empresa de assessoramento para empresas, uma das maiores da América Latina,
tem empresas maiores, mas com o foco que nós temos, não tem.” 2
Embora a STCP tenha nascido como empresa de consultoria, com base em demandas
do mercado, foi ao longo dos anos ampliando a abrangência de sua atuação. Como resultado,
três décadas depois a empresa expandiu para quatro grandes áreas de atuação: consultoria,
engenharia, gerenciamento e negócios inovadores.
Consultoria
A consultoria sempre foi o carro chefe dos serviços prestados pela STCP, ela abrange
praticamente tudo em termos de meio ambiente, recursos naturais, estudos econômicos e de
mercado, estudos estratégicos e políticas.
“Tudo em consultoria de meio ambiente ou desenvolvimento de projeto a gente é muito
forte, nacional e internacionalmente. Temos uma área de engenharia que está começando a
decolar, temos uma frente chamada de novos negócios, como uso de energias alternativas para
uso de novas tecnologias, a STCP é reconhecida também por isso, em especial para utilizar
novos instrumentos para privilegiar novos softwares, que são desenvolvidos para os clientes,
especifico para sua necessidade e de acordo com sua cultura. Procuramos contemplar a cultura
do demandante e com isso atendemos a política da STCP, que é a satisfação do cliente.” 3
A empresa possui uma larga experiência na elaboração de pareceres técnicos, análises
conjunturais, ensaios teóricos e práticos, formulação de cenários futuros e preparação de planos
estratégicos e operacionais com soluções otimizadas. Toda orientação é dada para que a solução
ofertada ao cliente seja precisa e eficiente.
106
STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

Os serviços de consultoria se subdividem em quatro campos de atuação, a saber:
1) Meio Ambiente: Licenciamento Ambiental - EIA / RIMA; Diagnóstico e Auditoria
Ambiental; Análise de Passivo Ambiental; Planejamento e Zoneamento Econômico-Ecológico;
Análise de Risco; Plano Diretor para Uso de Solo; Recuperação de áreas Degradadas; Sistema de
Controle Ambiental e de Gestão Ambiental; Seqüestro e Fixação de CO2; Análise do Ciclo de Vida
de Produto; Certificação Florestal e Ambiental.
2) Recursos Naturais: Manejo Florestal e Silvicultura; Inventário de Recursos; Projetos
e Programas Florestais; Planejamento Operacional; Otimização de Colheita e Transporte;
Estruturação e Implantação de SIG; Legalização de áreas e Operações.
3) Planejamento, Economia e Mercado: Oportunidades de Negócios; Estudos de Mercado;
Estratégias de Marketing; Avaliação de Ativos; Fusões e Aquisições; Seleção de Sites; Logística;
Estudos de Viabilidade; Análise de Competitividade; Análise de Custos e Preços; Financiamento
de Projetos; Reestruturação de Empresas; Modelos de Gestão e Terceirização.
4) Estudos Estratégicos e Políticas: Estratégias de Desenvolvimento Setorial; Formulação
e Regulamentação de Políticas; Reformulação (descentralização, privatização e outros); Planos
Mestres; Planejamento e Zoneamento; Estudos Socioeconômicos; Desenvolvimento Rural;
Qualificação de RH; Plano Diretor Urbano.
Engenharia
A área de engenharia da STCP possui os mais modernos equipamentos tecnológicos,
além de pessoal altamente especializado para o desenvolvimento de projetos industriais e
outras. A STCP demonstra ao mercado e clientes uma enorme capacidade de mobilizar equipes,
mantendo o nível de qualidade necessário, com custos competitivos no mercado. Elabora desde
projetos conceituais até engenharia detalhada, atende à indústria de base florestal (celulose
e papel, painéis reconstituídos, madeira sólida, móveis), indústria de mineração e também a
outros setores. A equipe da STCP está preparada para propor soluções inteligentes em projetos
industriais para seus clientes ao desenvolver processos e equipamentos, especificações técnicas,
orçamentação, contratos e outros aspectos. Os serviços de engenharia se apresentam em dois
campos de atuação:
Rumo ao Futuro
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108 STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

Rumo ao Futuro
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1) Consultorias Industriais: Avaliações de equipamentos e processos, e prospecção de
melhorias; Estudos e orçamentação para aumento de capacidade e modernização; Estudos de
viabilidade técnica e econômica de novos investimentos; Engenharia de controle ambiental.
2) Detalhamento de Projetos: Engenharia civil; Engenharia mecânica e equipamentos;
Engenharia de processo; Engenharia elétrica; Engenharia de instrumentação; Tubulação;
Digitalização e vetorização de desenhos; Outros.
Gerenciamento
A execução do planejamento, o cumprimento dos prazos e a concretização dos objetivos
de um projeto, na prática, nem sempre são alcançados com facilidade. Visando otimizar a sua
operação ou negócio, garantir maior transparência e minimizar conflitos, a STCP oferece uma
estrutura específica e altamente qualificada para gerenciar projetos e (ou) empreendimentos
nos segmentos de meio ambiente, áreas florestais e implantação de indústrias.
1) Gerenciamento Ambiental: Apoio Técnico Jurídico; Planejamento Estratégico;
Planejamento Operacional; Implementação / Gestão de Condicionantes Ambientais;
Intermediação e Qualificação junto a Órgãos Ambientais; Seleção e Qualificação de Fornecedores;
Auditorias Ambientais.
2) Gerenciamento de Áreas Florestais: Licenciamento de Operações Florestais; Inventário
Florestal e Prognose de Produção; Planejamento Estratégico; Planejamento Operacional;
Proteção Florestal; Gestão de Contratos / Fornecedores; Transparência na Gestão de Negócio;
Controle / Monitoramento das Operações; Introdução de Novas Tecnologias; Melhoria na
Produtividade; Minimização de Conflitos; Aquisição de Terras.
3) Gerenciamento de Implantação de Indústrias: Planejamento e Controles de
Obras; Gerenciamento de Documentação e Contratos; Gerenciamento de Suprimentos;
Diligenciamento e Inspeção de Fabricação; Assessoria na Contratação de Prestadores de
Serviços; Comissionamento e Acompanhamento a Partida; Gerenciamento de Engenharia;
Gerenciamento de Obras, Instalações e Montagens; Implantação de Projetos na Modalidade
“Turn-key”; Apoio na Partida e Pré-Operação.
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STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

Negócios Inovadores
A STCP, sempre preocupada em buscar novas oportunidades e inovar em sua forma de
atuação, está concentrando esforços no fortalecimento de novas áreas focadas em: bioenergia,
sistema de gestão de informações (SGI) e Geotecnologia.
1) Bioenergia: Geração de Energia a partir da Biomassa; Plantas de Bicombustíveis;
Projetos de Termelétricas; Projetos agrícolas e florestais para bicombustíveis; Projetos de MDL
e REDD; Aproveitamento de resíduos florestais; Identificação de fontes alternativas de energia.
2) Tecnologia da Informação: Conceitos Inovadores de Gestão Florestal; Programação
Orientada a Objetos; Operação em Plataforma Web 2.0; Operação em Múltiplos Bancos de
Dados; Gestão Fundiária, Gestão Florestal e Gestão Financeira; Integração com soluções em
Geoprocessamento e SIFP (Sistema de Inventário de Florestas Plantadas - STCP); Integração
com ERP (Sistemas Integrados de Gestão Empresarial).
3) Geotecnologia: Novas Tecnologias em Sensoriamento Remoto; Sistemas de Mapeamento
Digital Automatizados; Demarcação/Georreferenciamento de Imóveis Rurais; Aquisição,
Interpretação e Vetorização de Imagens Automatizadas; Desenvolvimento, Implantação e Gestão
do SIGas; Geração Automática de Ortofotos; Aerotriangulação Fotogramétrica Digital; Restituição
Fotogramétrica Digital; Aerofotogrametria Digital Métrica e Não Métrica; Planejamento de voo.
Novas Tendências e Desafios
No Brasil, a STCP é a empresa líder na sua área de atuação e especialidade. Isso em virtude
da sua sólida participação no mercado e da sua capacidade de antecipar tendências, o que faz com
que se posicione como referência nos debates de que participa.
“O impacto positivo e forte da STCP junto ao setor florestal, acontece quase desde que a
empresa começou, sempre foi uma referência, influenciada por seus sócios, doutores na área.
A escola de referência no país foi a Escola de Florestas da UFPR. Na área de atuação da STCP
tudo que se referir à Engenharia Florestal é o nosso negócio, é a parte de florestas, mas também
a parte de indústria. A gente constrói a indústria, a gente trabalha na área de engenharia civil
para construir uma indústria de compensado, de mdf, de celulose, tudo o que envolve o setor
Rumo ao Futuro
111

de base florestal é o nosso negócio. As empresas de Engenharia Florestal, no passado, faziam
com o que tinham na mão, o que podiam. Quando eu me formei acho que não tinham 1.000
engenheiros florestais no Brasil, isso em 1976, hoje deve ter uns 15 mil talvez, uns 20 mil, naquela
época existiam quatro escolas, hoje são mais de 40. A forma como a STCP foi estruturada hoje,
tranquiliza os clientes. Eles sabem que quando aparece um problema têm a quem recorrer.” 4
Em seus 30 anos de atividades a STCP desenvolveu mais de 2.500 estudos e projetos,
conquistando clientes de 37 países. A carteira de clientes é composta por empresas privadas,
governos, organizações não governamentais, investidores, agências de desenvolvimento e
organismos internacionais.
A sua equipe técnica permanente conta atualmente com cerca de 400 colaboradores,
contratados, distribuídos entre a matriz e filiais em nove estados: Paraná, Pará, Espírito Santo,
Maranhão, Bahia, Santa Catarina, Piauí, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. A STCP tem
escritórios ainda no Equador e Estados Unidos. A equipe é formada por profissionais de diversas
especialidades: civil, de produção, florestal, químico, mecânico, metalúrgico, agrônomo,
e cartógrafo; biólogos, geólogos, arqueólogos, sociólogos, economistas, administradores,
projetistas, cadistas, programadores e outros. As principais características são a versatilidade e o
dinamismo. A empresa tem também a capacidade de mobilizar mais de 50 consultores externos,
para o atendimento a demandas específicas.
Mesmo com todo o sucesso e apoio do mercado, a STCP busca continuamente novos
desafios para satisfazer às necessidades de seus clientes. Procura, assim, o desenvolvimento
de sistemas mais simplificados e eficientes de gestão de negócios, buscando a diminuição de
exigências que ampliam os obstáculos e não contribuem para melhoria da qualidade ambiental
e principalmente para a racionalização das atividades produtivas, contemplando de maneira
mais direta as relações interpessoais nas empresas, inclusive propondo soluções aos eventuais
conflitos existentes.
Para garantir e manter a qualidade dos serviços e produtos, a STCP se pauta por um sistema
voltado à eficiência baseado nas gestões da qualidade, ambiental, saúde e segurança. A gestão de
qualidade é regida pelos requisitos propostos pela ISO 9001/2008, o sistema de gestão ambiental
pela NBR 14001, neste caso não contempla a certificação, mas somente a implantação de um
programa, ligado à gestão da qualidade. Quanto a gestão de saúde e segurança, são adotados os
requisitos da BSI-OHSAS 18001, com a implantação de um programa por meio da Comissão
112
STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), contribuindo diretamente com a gestão da qualidade.
A CIPA vem dando especial atenção aos problemas de Medicina e Segurança do Trabalho, com
o objetivo de integrar e conscientizar a todos sobre a importância da prevenção de acidentes e
doenças decorrentes do trabalho. 5
Uma das preocupações da STCP é antecipar as principais tendências nas áreas em que atua
e de interesse potencial. Essa política de identificar tendências tem contribuído positivamente,
nos processos decisórios de realização de empreendimentos rentáveis. Ao contribuir de
maneira efetiva na formulação de planos, projetos e serviços, os quais se relacionam com o
desenvolvimento de negócios adequados em diversos setores da economia, tanto em nível
nacional como internacional.
O panorama mundial encontra-se ainda abalado com a crise econômica recente, o que
pode ocasionar sérias dificuldades nas metas estabelecidas para o desenvolvimento do Brasil,
em especial para os setores de base primária, como o agronegócio.
No entanto, apesar da crise, e de suas possíveis consequências nefastas, as perspectivas
para a área de atuação da STCP indicam pontos positivos, voltados ao crescimento dos patamares
de emprego e renda, e dos investimentos, com maior demanda em capacitação e consultorias.
“Assim, mesmo em havendo uma significativa redução da velocidade de crescimento da
economia mundial, e por consequência da economia brasileira, os setores em que a STCP tem
atuado, como o florestal, o da engenharia, de novos projetos, e especialmente o gerenciamento
de negócios ambientais, de áreas florestais e de implantação de indústrias, aliados aos negócios
inovadores, como bioenergia, sistemas de gestão de informações e geotecnologias, terão
crescimento e desenvolvimento adequados, pois são os temas base e de garantia futura para a
recuperação da economia mundial.” 6
Na empresa estão presentes preocupações voltadas para o futuro do mercado, o futuro da
empresa, bem como das expectativas dos clientes. A exemplo de geoprocessamento que antecipa
novas tecnologias em geração de dados, que permitam a obtenção de informações espaciais
precisas, rápidas e com menor custo, seja por meio de imagens de satélite, fotogrametria
tradicional, seja por imagens aéreas digitais de pequeno formato.
Em bioenergia, a STCP criou um grupo especializado de estudo, multidisciplinar o qual
tem apoiado seus clientes na análise e definição de investimentos em projetos relacionados à
produção de bioenergia, principalmente àqueles vinculados à indústria e ao meio rural, que
Rumo ao Futuro
113

exigem a imobilização de grandes extensões de terras, com implicações ambientais, econômicas
e sociais significativas; licenciamento ambiental das atividades de produção de biodiesel; apoio
e gestão de ativos do agronegócio como um todo.
Em gestão ambiental foca em projetos para promover o desenvolvimento sustentável,
acreditando no equilíbrio entre a conservação dos recursos naturais e a necessidade de
crescimento econômico.
Em outras áreas como na engenharia, o mercado tem levado a novas direções. “Nos últimos
três anos começamos a crescer mais em áreas da engenharia. Hoje estamos na fiscalização
de obras como é caso do aeroporto de Florianópolis, fiscalizando o projeto de engenharia da
expansão. Para o Ministério de Educação, fazemos a fiscalização de obras no Nordeste; fizemos
a engenharia das obras dos novos postos da polícia rodoviária federal. Essas são atuações mais
recentes de engenharia, não vinculado ao setor florestal. Quando começamos, a atuação era
somente no setor, mas hoje atuamos também em outras áreas.” 7
O fato de unir atividades correlatas permitiu a STCP atender a seus clientes integralmente
ou de forma segmentada. Assim, para cada projeto é possível contratar isoladamente as
atividades de Consultoria, Engenharia, Gerenciamento e Negócios Inovadores, ou as quatro
simultaneamente para a realização de ações de forma mais estruturada e coordenada.
“Hoje cerca de 50% do nosso faturamento vem da gestão que é muito diversificada.
Fazemos a gestão da coleta de informações da produção florestal para a Fibria, ex-Aracruz por
exemplo, no Espírito Santo, Sul da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro. Temos uma equipe
trabalhando, são 60 pessoas neste trabalho.Temos cerca de 15 operações ou sedes, algumas são
filiais, outras são escritórios de operação. Quando a operação é permanente como na Fibria,
temos uma filial. A estrutura básica inclui um gerente de operação e uma equipe especializada.
Apoiam investidores na identificação e aquisição técnica de terras de todo o processo. Fazemos
a gestão da implantação de empreendimentos, envolvendo a seleção e gestão de equipamentos,
empreiteiro e outros fatores, são atividades que levam um ou dois anos. As empresas perceberam
que é melhor contratar uma equipe especialista que faça a implantação de uma operacional. Temos
clientes pequenos, médios, grandes e enormes, o cliente para nós tem o mesmo tratamento
independente da sua área de atuação e do porte.” 8
Com o aumento do volume dos projetos, associados às novas áreas de atuação que
gradativamente vêm ampliando o leque de possibilidades, a STCP se deparou com uma nova
114
STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

ealidade: a de atender projetos mais complexos. Eles surgem em decorrência da necessidade
de dar solução a questões ambientais ou legais que consideram uma visão holística da operação
ou negócio. Ivan exemplifica a questão: “Entre os projetos complexos ou exóticos, temos os
projetos que faz o isolamento de animais silvestres e o atendimento veterinário desses animais
e outras atividades correlacionadas. São projetos gerados por condicionantes ambientais de
um processo de licenciamento, e podem incluir atividades com a comunidade indígena ou de
afro-descendentes, criando escolas e postos de saúde, ou outras atividades e alguém tem que
gerenciar isso.” 9
A STCP, ao assumir junto à sociedade um compromisso de vanguarda, passou a editar
o STCP Informativo. O Informativo é uma revista especializada que fornecer a seus clientes
e a sociedade informações sobre os principais acontecimentos econômicos e ambientais
relacionados a sua área de atuação.. Publicada desde 1997 o periódico antecipa as principais
tendências nas áreas em que atua. 10 No editorial da primeira edição a STCP declara: “a partir da
edição deste Informativo inicia-se uma nova fase, visando dotar os seus clientes e os usuários
de uma nova fonte de informação sobre os principais acontecimentos econômicos, sociais e
ambientais relacionadas a sua área de atuação.” 11
A ênfase da 1ª edição foi voltada para a madeira e sua exploração. Os estudos, na época
(1997), indicavam que a demanda de madeira em toras, nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, iria
apontar um déficit de cerca de 2,0 milhões de metros cúbicos. Esse déficit iria se agravar com a
entrada de novas unidades industriais, principalmente na produção de madeira sólida.
“Atualmente existe uma demanda grande por celulose, e você tem custos menores de
produção de celulose em alguns lugares, como no Brasil. As empresas e investidores estão
buscando locais que sejam mais competitivos, e estão vindo para o Brasil. O setor florestal está
muito dinâmico. Vamos nos tornar um dos países de maior produção do mundo, e precisamos
nos preparar para isso ocorrer de forma sustentada. Felizmente o fluxo de investimentos
internacionais e nacionais para o setor florestal é muito grande.” 12
A contribuição da STCP Informativo para o setor florestal brasileiro e ao desenvolvimento
do Brasil tem sido significativa. Ao alertar sobre as dificuldades que o setor vem enfrentando,
em sua maioria causadas pela falta da efetivação das políticas públicas, motiva-se o debate em
busca de soluções.
Rumo ao Futuro
115

A STCP acredita que uma ação coordenada entre as entidades governamentais e a iniciativa
privada possa ser desenvolvida e implantada, valendo-se de tecnologias adequadas à produção,
à industrialização e ao comércio dos produtos florestais, o que implica um meio ambiente sadio
que possibilite a autossustentação do ecossistema.
Outro veículo de comunicação disponibilizado aos seus clientes é o site da empresa
www.stcp.com em versão trilíngue. É um meio de relacionamento com os clientes e a sociedade
em geral. Disponível desde 1995, atualmente disponibiliza informações sobre a empresa,
com histórico, estrutura, equipe técnica, estrutura e parceiros, atuação, trazendo suas áreas
específicas: consultoria, engenharia, gestão e negócios inovadores; publicações incluindo
revistas, catálogos e folders; apresenta ainda projetos, clientes, notícias e meios de contato.
A página é acessada sistematicamente por clientes, estudantes e pesquisadores, investidores
empresas, ONGs, governos e especialistas em diversas partes do mundo
Esses fatos demonstram como a empresa se prepara para novos tempos, atendendo de
maneira adequada às necessidades de seus clientes e, ao mesmo tempo, se antecipando diante
de novas propostas e desafios, sempre buscando as melhores respostas econômicas, financeiras,
sociais e ambientais dos investimentos realizados sob sua gestão.
Notas de Referência
1 STCP INFORMATIVO. Editorial. Curitiba, n.7. 2003-2004.
2 DELESPINASSE, Eng. Bernard Françoise Marie. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 4 fev. 2011.
3 SIQUEIRA, Eng. Joésio Deoclécio Pierin. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 3 fev 2011.
4 DELESPINASSE.
5 STCP NEWS. Curitiba, ago.-out. 2007.
6 STCP INFORMATIVO. Editorial. Curitiba, n.12. 2008-2009. p.2.
7 TOMASELLI, Eng. Ivan. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 3 fev 2011.
8 TOMASELLI.
9 TOMASELLI.
10 STCP NEWS. Curitiba, abr. 2001.
11 STCP INFORMATIVO. Editorial. Curitiba, n.1. 1997. p.1.
12 TOMASELLI.
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STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

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LEGADO E CONTRIBUIÇÕES
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Novas Abordagens
STCP É, NA ATUALIDADE, UMA DAS EMPRESAS GLOBAIS DE MAIOR
CREDIBILIDADE E SEGURANÇA EM CONSULTORIA, ENGENHARIA E
GESTÃO, ATUANDO NÃO SOMENTE NO SETOR FLORESTAL, MAS TAMBÉM
EM OUTROS SETORES DA ECONOMIA. No desenvolvimento de suas
atividades, sempre participou ativamente na formulação de políticas públicas
relacionadas com o meio ambiente e com o desenvolvimento florestal e na
consolidação de normas que protegessem o homem e o espaço ambiental.
“No setor florestal, latino americano, nós devemos ser a empresa que mais emprega
especialistas da área. A STCP é a única empresa que conhece a Engenharia Florestal no Brasil
inteiro. Nós já executamos projetos em todos os lugares da federação e podemos afirmar, por
exemplo, que em inventário florestal, nós somos a empresa que já fez a maior área inventariada,
e o maior número de amostras levantadas no Brasil, distribuídas pela maioria dos Estados da
federação. Já fizemos trabalhos em todos os Estados da Amazônia, no Centro Oeste, do Sudeste e
também do Sul. Talvez no Nordeste é que possivelmente tem algum lugar que ainda não atuamos.” 1
Os profissionais da STCP se sentem orgulhosos e gratificados por contribuírem
com o desenvolvimento florestal e de outras áreas dos diversos países em que atuam.
Participam desse sucesso um corpo técnico multidisciplinar, formado por uma ampla gama
de profissionais dedicados e qualificados, bem como os eventuais colaboradores e parceiros
externos. Contribuiu neste processo a postura da própria empresa ao nortear suas atividades
Legado e Contribuições
123

pelos princípios éticos e o compromisso de utilizar os conhecimentos acumulados para
desenvolvimento e benefício dos clientes.
“Hoje nós temos uma empresa conceituada com um bom padrão de qualidade, temos
um grupo de pessoas com uma identificação grande com a empresa, isso dá para nós uma boa
capacidade de operação no mercado, e significa que temos uma boa capacidade de aproveitamento
das oportunidades. Estamos passando hoje no Brasil por um período de muitas oportunidades.
O tema ambiental e o próprio tema florestal, ocupa hoje um patamar mais elevado, em termos
de importância, econômica e estratégica e a falta de pessoal qualificado para trabalhar é uma
limitação. Na realidade existe muita conversa e pouco resultado concreto. Falta hoje uma
capacidade para interagir com o mercado, e nos temos uma boa capacidade para interagir aí,
tendo capacidade de ocupar, uma parte do espaço desta área, novos horizontes para os próximos
cinco anos. O Brasil hoje tem um nível de investimento elevado em mineração, infraestrutura
e agronegócio e todos esses setores juntamente com o florestal em que nós atuamos, têm uma
necessidade grande de demanda de serviços na área ambiental. Vejo estas oportunidades como
um ponto forte, a nossa atuação ambiental ocupando parte deste mercado. Em paralelo todas
essas atividades implicam em serviços de engenharia, e que também atuamos” 2
Com muito trabalho e persistência, a empresa foi se consolidando, através do tempo,
cumprindo metas e superando desafios, com isso obteve não só o reconhecimento de seus clientes,
mas também, criou oportunidades de investimentos, agindo sempre com muita criatividade.
A caminhada continua, e novas respostas terão que ser apresentadas no futuro. É um eterno
reinventar-se, superando-se a cada passo.
“Os novos desafios são internacionalizar a empresa e dar uma maior profissionalização.
Estamos estruturando a administração da empresa para lidar com uma segunda geração, (isso
deve ocorrer nos próximos cinco a dez anos), e manter a taxa de crescimento. Neste ano, estamos
planejando crescer 40 % e ocupar novos espaços, internacionalizar a empresa, e profissionalizar” 3
Os próprios profissionais da empresa têm consciência de que devem se preparar para
novas empreitadas. Em entrevista ao STCP News, Márcio Tuoto faz sua avaliação: “Qualquer
processo de internacionalização da STCP dependerá da capacidade de seus técnicos em dominar
diferentes idiomas. A STCP é uma das maiores empresa em nível mundial em sua área de atuação.
A STCP é extremamente competitiva e parece que estamos incomodando muito a concorrência.
A capacidade técnica, a multidisciplinaridade e versatilidade da equipe técnica talvez sejam
124 STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

a principal vantagem competitiva da STCP. Seja em termos de fortalecimento ou de elevado
nível de informatização tanto das atividades administrativas como técnicas, tudo isso pode ser
caracterizado como um importante aspecto de fortalecimento para STCP. Paralelo ao processo
de informatização é importante que se esteja atento aos aspectos relacionados à qualidade dos
serviços prestados. ” 4
A STCP teve atuação destacada na estruturação e formulação de instrumentos de
políticas públicas relacionadas ao conceito de desenvolvimento sustentado, tanto no Brasil
como no exterior, sendo exemplo a serem destacados, os planos diretores de desenvolvimento
elaborados para o Espírito Santo, Bahia, Acre, Piauí e Mato Grosso do Sul, e para a Argentina,
Bolívia, Equador e Peru. Destacam-se também as contribuições aos Planos de Manejo para
Unidades de Conservação e os treinamentos e capacitação para licenciamento ambiental
via cursos para funcionários públicos e profissionais, tanto do Ministério do Meio Ambiente
como das Organizações Estaduais de Meio Ambiente e da iniciativa privada. Contribuiu ainda
para a formulação de políticas públicas florestais em base legal, elaborou a base legal para
instrumentalizar o licenciamento ambiental florestal no Equador. Atuou de forma decisiva, na
estruturação e implantação do Programa Nacional de Qualidade da Madeira e da certificação de
qualidade, visando aos requisitos do mercado europeu. Foram esses sistemas que permitiram
a melhoria da qualidade do produto nacional e ampliaram, em âmbito internacional, a
comercialização de chapas de madeira compensada. 5
“A empresa veio num processo crescente, o Brasil está crescendo e você cresce junto.
Tivemos uma colaboração importante no desenvolvimento de vários segmentos. Vendemos
muitos sistemas de otimização para diversas indústrias. Criamos processos para inventários
florestais; nossos softwares estão disponíveis ao mercado a mais de 15 anos. São tecnologias
repassadas ao setor ao longo do tempo inclusive fornecendo toda a base técnica que foi utilizada
para elaborar o marco regulatório do manejo de florestas tropicais no Brasil. Participamos da
discussão nacional dos modelos de plano de manejo, do licenciamento florestal, da indústria
também e até no processo de discussão internacional. Participamos das discussões da
Organização Internacional das Madeiras Tropicais, como membro da missão brasileira por mais
de dez anos; e das discussões internacionais da FAO. Trabalhamos muito para o Banco Mundial
e Banco Interamericano de Desenvolvimento. Para este último, desenvolvemos a adoção do
conceito de terra de vocação florestal, nas políticas nacionais, e ainda desenvolvemos o índice
Legado e Contribuições
125

de avaliação de medição de atração de investimento florestal para a América Latina, Caribe, o
IAIF. No desenvolvimento do IAIF trabalhamos com análise de fatores suprassetoriais, parte
econômica, cambial, jurídica do país, análises intrassetoriais, processo de políticas agrícolas
e análises setoriais, (políticas florestais, as facilidades, os incentivos) São sessenta fatores
diferentes num índice semelhante ao do desenvolvimento humano.” 6
Por tudo isso, fica evidente a importante contribuição da STCP nas soluções de problemas
ambientais, na preservação de florestas e no desenvolvimento do setor florestal garantindo um
legado forte e consciente para as gerações futuras.
“A nossa importância no setor florestal é grande, temos uma empresa de porte, consultada
para vários casos de políticas públicas estaduais e federais, mas nossa tendência é se tornar maior
na parte de consultoria, engenharia e gestão, independente do setor florestal, hoje operamos cada
vez mais em vários setores da economia, como mineração, construção civil e fiscalização de obras.”
“No Paraguai, preparamos as bases do Programa Nacional de Reflorestamento; na
Argentina, fizemos um Plano de Desenvolvimento para o Setor Florestal. Em vários estados no
Brasil, como Piauí e Mato Grosso Sul, influenciamos diretamente na criação de políticas públicas,
principalmente buscando desenvolvimento florestal. Daqui a vinte anos queremos ser uma
empresa de padrão internacional, com capital aberto e talvez com dois ou três mil funcionários, e
com uma ampliação na abordagem. A nossa empresa é ética e a nossa busca de crescimento é em
cima desta ética. Nós cumprimos o acordado, e ao entender perfeitamente a demanda do cliente
sucesso. Primeiro é preciso ter certeza que o negócio é um bom negócio, que maximize a relação
entre resultado econômico e os riscos associados. Controlar os riscos hoje é mais importante
do que o resultado econômico. Você deve buscar novas oportunidades, aumentar produtividade,
buscar inovações, mas não deve pensar que já atingiu o máximo, a empresa tem que tomar
cuidado para não envelhecer. A inovação é que traz novas perspectivas. A nossa empresa tem
um programa de endo-marqueting, com um objetivo de trazer as pessoas para perto da empresa,
para crescerem juntos com a empresa e se sentirem motivadas e para se apresentar ao mercado
e vender a empresa.” 7
A criatividade fez com que a empresa se destacasse internacionalmente. “Não tem
empresa igual à STCP no mundo. Ninguém no mundo consegue ter uma empresa dessas para
trabalhar com ênfase no setor florestal. No setor florestal, as perspectivas futuras são baseadas
em nossas informações. Trabalhamos como os maiores produtores nacionais de celulose e
126
STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

papel e também no setor de mineração. Os principais clientes fora do país são normalmente
governos, empresas, e organismos internacionais. Nós creditamos o grande sucesso da STCP a
esse processo de crescimento, devido a oferta de serviços de consultoria, engenharia e gestão,
para atender a demanda, evoluindo passo a passo.” 8
Nesse sentido, afirma, “... historicamente a cada três anos nós dobramos o nosso
faturamento e isso vem ocorrendo desde 1995. Em 2005, a meta estabelecida foi ousada, mesmo
assim em 2010 esta meta foi ultrapassada. Isso requer uma equipe com padrão de qualidade e
nós estamos negociando para continuar a crescer. Eu enxergo um período de crescimento forte
até 2014. Para isso é preciso continuamente remodelar e repensar a empresa, isso implica em
rever a organização, metas e mercado. Existe um grupo de oportunidades que deve elevar a nossa
atuação de modo razoável até 2015 e para isso é preciso se reordenar, ter uma política de pessoal.
E depois tem todas as questões do mercado, onde estão as oportunidades.” 9
Sem dúvida há um consenso, compartilhado por clientes, funcionários, diretores,
instituições públicas e privadas, governos sobre a importância da STCP nas questões voltadas
ao meio ambiente. Isso fortalece a empresa e encoraja a buscar novos rumos e novas frentes em
busca de oportunidades inovadoras.
“O futuro da STCP vai ser brilhante, pois a demanda por serviços na sua especialidade é
crescente nos últimos dois anos. A área de meio ambiente, tem uma grande representatividade,
e a necessidade de serviços e apoio técnico especializado. A minha vida profissional ativa é
limitada e a STCP tem a preocupação com o futuro, é a continuidade dos negócios. É necessário
buscar e capacitar novos profissionais, essa é uma grande preocupação da empresa.” 10
Segundo avaliação da diretoria da empresa, “Em relação a grandes realizações, na STCP
só existe uma, a contribuição que a STCP deu para a prestação de serviços, a consultoria, o modelo.
A nossa maior realização, desde o nosso tempo na universidade, foi associar a iniciativa pública e
privada. Estabelecemos as bases dessa consultoria, e isso é um modelo no Brasil e no mundo. As
pessoas consultam o site da STCP para saber o que está acontecendo. Isso para nós, representa
uma grande contribuição. O resultado econômico e financeiro é o primeiro que mostra que
você é bem sucedido, não iriam nos consultar se nós não tivéssemos resultados positivos. Essa
contribuição que a gente tem é também a que nos leva a buscar alternativas, novos negócios, novas
posições, para estarmos sempre à frente. Podemos até desistir de operara em determinadas áreas
de negócios, porque não somos competitivos mas sempre buscamos alternativas para manter o
Legado e Contribuições
127

mercado. É o compromisso que temos, se nos comprometemos vamos fazer. O que importa é o
compromisso que nós assumimos, de que iríamos fazer isso da melhor maneira possível. Esse é
exemplo e o legado que deixamos para a prestação de serviço no setor florestal, portanto é a nossa
maior contribuição.” 11
Dessa forma, pode-se afirmar que: “A STCP tem contribuído com o desenvolvimento
sustentado não só no Brasil como para outros países, e por nós termos esse conhecimento
acumulado, de como a coisa deve ser feita, temos participado em diversas situações não só na
formulação da política pública, mas como na sua implementação. Como doutor em políticas
públicas,participei na elaboração da grande maioria da legislação que existe. A lei da política do
meio ambiente eu ajudei a escrever, em 1981. Fizemos isso aqui no Brasil para Mato Grosso do
Sul, Piauí, Bahia, e outros Estados, e ainda no Equador e Peru.” 12
Lições de Excelência
Depois de decorridos os primeiros trinta anos de lutas e conquistas, muito se têm para
recordar, comemorar e reinventar. No entanto, muitas lições vividas foram fundamentais para
as conquistas presentes e com certeza orientarão as gerações futuras, entre elas convém salientar
a ética e a responsabilidade social que sempre estiveram presentes em seu desempenho como
profissionais dessa área tão valiosa para a estabilidade do mundo futuro.
“Existem poucas empresas que conseguem ter a evolução que a STCP teve. Do ponto
de vista da empresa é muito positivo, do ponto de vista da contribuição para a sociedade se a
empresa está crescendo, ela está atendendo à demanda que a sociedade apresenta. Existe uma
contribuição econômica e também em termos de informação de conhecimento organizado que
se gera aqui. As pessoas que trabalham conosco crescem como profissionais e como pessoas.
Perdemos profissionais com alguma frequência, eles vão ocupar posições de destaque em
empresas maiores, por exemplo, empresas de celulose e papel, e isso quer dizer que nós também
contribuímos com formação de mão de obra.” 13
“A mensagem é (...) eu vivo o setor florestal há quarenta anos, sei como era, como está,
e como vai ficar, e conheço a solução que a STCP vai ofertar no setor. Tem uma coisa que eu
acredito piamente, porque eu participei do processo em quatro países, sei que isso é que vai
resolver. Eu acredito que nós vamos entrar nos próximos anos num processo muito forte de
128
STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

educação; educação econômica, ambiental, psicológica, do trânsito. É a base, eu acredito que
vamos entrar num processo acentuado de educação, porque foi isso que aconteceu em outros
países que prosperaram como com os tigres asiáticos. Vamos evitar a fuga das nossas melhores
cabeças, porque estaremos em uma posição de ar melhor condição aos profissionais, e mantêlos
é importante para o desenvolvimento do país. Na Engenharia Florestal, pode ter certeza que
essa contribuição a STCP dará, será um dos principais atores no processo, pode acreditar. Só
que isso não é só o meu desejo, não é só a minha mensagem. A minha mensagem é o que desejo
e busco permanentemente. Eu quero a STCP como uma das maiores empresas de consultoria,
engenharia e gestão do mundo. Na área de meio ambiente, já está entre as dez primeiras, eu
quero o reconhecimento por ser uma empresa transnacional, por ter esse conhecimento. Eu
quero a STCP internacionalizada e perfeitamente integrada.” 14
O futuro pertence àqueles que tiverem coragem de desbravar novos horizontes, a força de
inovar, de não se deixar abater nos momentos difíceis, a ousadia de sonhar com um país mais
forte e competente. A mensagem da STCP é de fé no homem e na natureza, ambos pródigos em
doar amor e fartura para quem sabe buscar.
“Nossa mensagem é de que temos um futuro extremamente promissor e algumas coisas
que nós aprendemos aqui, acabaram criando a identidade. São valores fundamentais que a
STCP tem e que, a gente não encontra em todos os lugares. O primeiro deles é que ‘erra quem
trabalha’, esse é um dos princípios que temos o que considero muito importante, nós apontamos
e criticamos erros, temos o principio que é melhor resolvermos os problemas internamente. O
erro é parte do trabalhar, o erro não é algo que deve simplesmente ser penalizado. Isto é muito
importante dentro dos princípios da STCP. Algo que é derivado disso, e faz parte da nossa cultura
e é uma mensagem que a gente deve resgatar que é a seguinte: ‘problema você resolve e não busca
culpado’. Quando você tem um problema a sua ação deve ser dirigida para resolver o problema.
Aqui nós valorizamos muito às pessoas, que ao encontrar um problema, trabalham de modo
proativo para resolvê-lo, isso é da cultura da empresa.” 15
O erro nada mais é que a falta de acerto em um determinado momento, mas o importante
é que ensine um novo caminho, o correto. Quem tenta e não desanima ao primeiro embate,
vence o desafio
“A empresa foi criada visando à demanda do setor, a oportunidade de mercado estava
em uma demanda não atendida. Havia algumas empresas que já atuavam no setor, mas nós
Legado e Contribuições
129

acreditamos que poderíamos ocupar esse espaço, demorou dez a quinze anos, mas temos
presença no mercado. Algumas destas empresas saíram do negócio e conseguimos converter a
STCP na maior empresa de consultoria da América Latina. Acho que como empresário no Brasil,
naquela época, você tinha que ser um pouco teimoso, você acreditava nas ideias que tinha e
insistia. Alguns sócios que a gente teve acabaram saindo da empresa, acharam que o negócio não
era bom, não adiantava insistir, e eu e o Joésio continuamos. A persistência é muito importante,
às vezes, você tem que se privar de certas coisas nesse processo.” 16
Enfrentar os problemas e buscar soluções foi o lema desta empresa diante dos desafios
que enfrentou em sua caminhada rumo ao sucesso. Sempre em busca das ações acertadas que
definiram sua trajetória, confiantes em seu desempenho pessoal e profissional e no futuro do
país, batalharam em um irreversível processo de construção em que não havia lugar para céticos
e pessimistas. Agiram com uma reiterada manifestação de força e coragem que os conduziu sobre
os desafios, projetando-se em um patamar de realizações e vitórias que comemoram nesta data.
Desse modo, a STCP entende que só se constrói uma nação com o pleno esforço de todos,
e que essa construção se efetivará com maior facilidade a partir do conhecimento acumulado
da sociedade e da adequada utilização dos recursos naturais, até mesmo como forma de obter o
desenvolvimento sustentado e sustentável do país e deixar este exemplo como herança para as
novas gerações do Brasil.
Notas de Referência
1 FERREIRA, Eng. Aguimar Mendes. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 4 fev. 2011.
2 FERREIRA.
3 TOMASELLI, Eng. Ivan. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 3 fev 2011.
4 STCP NEWS. Curitiba, nov. 2002.
5 STCP INFORMATIVO. Editorial. Curitiba, n.10. 2006-2007.
6 TOMASELLI.
7 TOMASELLI
8 SIQUEIRA, Eng. Joésio Deoclécio Pierin. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 3 fev 2011.
9 FERREIRA.
10 DELESPINASSE, Eng. Bernard Françoise Marie. Entrevista concedida a Brisa Teixeira. Curitiba, 4 fev. 2011.
11 SIQUEIRA.
12 SIQUEIRA.
13 FERREIRA.
14 SIQUEIRA.
15 FERREIRA.
16 TOMASELLI.
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STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

Legado e Contribuições
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STCP 30 anos • Construindo o Amanhã

COLABORADORES STCP
EM MARÇO/2011
ABILIO HENRIQUE CONDE DOS REIS
ADEGILDO NASCIMENTO DA SILVA
ADEMAR LIMA FRANCO
ADEMIR VIEIRA DE SOUZA
ADENILSON DIAS DA GAMA
ADILSON JOSE DOS SANTOS
ADRIANE CRISTIANE DE LARA
ADRIANO BATISTA DE CAMARGO
ADRIANO CARODOS DE MORAIS
AFONSO JORGE ROSNER
AGUIMAR MENDES FERREIRA
ALAN LESSA DERCI AUGUSTYNCZIK
ALBENIA BARROS DE AQUINO
ALBERDAN SILVA OLIVEIRA
ALCEU EILERT NASCIMENTO
ALCINO RAMOS CARVALHO
ALCIONE JOSE DE CRISTO
ALESSANDRO CARVALHO FERREIRA
ALEX MATOS DOS REIS NEVES
ALEXANDRE DIEMITRE RECHETNEK WROBEL
ALEXANDRE ELIAS ESPER
ALEXANDRE SCARABELOT CAMPOS
ALEXRYUS AUGUSTO ALTRAN
ALINE FERNANDA DOS S FERNANDES
ALISSON FRANCIS BERNARDI
ALLAN FELIPE C DA FONSECA
ALMERINDO COELHO DE SOUZA
ANA CAROLINA ROCHE
ANDERSON BRITO DE SOUZA
ANDRE BELLO DA SILVA
ANDRE LUIS XAVIER
ANDRE MAGNANI XAVIER DE LIMA
ANELICIO MARIA DA CONCEICAO
ANGELA TOEWS
ANIELY TAISLANY CORDEIRO
ANILSON RIBEIRO DOS S FILHO
ANKE MANUELA SALZMANN
ANTONIO CARLOS ROCHA DE SOUZA
ANTONIO GILSON N RODRIGUES
ANTONIO JORGE GOMES
ANTONIO JOSE DA S RODRIGUES
ARTUR PADAO GARCIA CAMPOS
AULO ANDRE ALMEIDA BRITO
AYME MAZARA SOARES LECHIU
BARBARA KANTIKAS AZEVEDO
BENEDITO GERMANO FELIX
BENEDITO JARDELINA DOS SANTOS
BENEDITO RAIMUNDO DA SILVA
BERNARD FRANCOIS M DELESPINASE
BRUNO DA SILVA FEITOZA
BRUNO DE ANDRADE MATUELLA
BRUNO MACHADO BRANDAO
BRUNO PINTO DIAS
CARLA ADRIANA COSTITIHE
CARLLAN JHONNE AZEVEDO SILVA
CARLOS ALBERTO B. RAPOSO
CARLOS CELIO FLAUZINO DE PAULO
CARLOS RODRIGUES DA SILVA
CASSIANE DAS GRACAS CELLI
CASSIANO DA CRUZ
CELIA SAYAMA
CELSO RICARDO BATISTA GOMES
CESAR ANTONIO BERNI VELAZCO
CINTIA LUCIANE DE Q FAGUNDES
CLAUDIA PEREIRA DA S SAMPAIO
CLAUDIO DA SILVA TEIXEIRA
CLAUDIO ROBERTO DOS S MOURA
CLAUDIVAN ALVES DOS SANTOS
CLEBER NOVACOVSKI
CLEITON RODRIGO CISZ
CLEMILSON MACHADO DE PAULA
CLEVERSON ADRIANO COSTA
CLEVERSON DA SILVA ALMEIDA
CRISTIANE SCHAPPO WESSLING
DALMIR MARIM
DANIEL PIRES COUTINHO
DANIEL SEBASTIÃO ANGELO JUNIOR
DANIELA GASPAR DA SILVA
DANIELE CRISTINA PRIES STAUT
DANIELE ZILIO VIGOLO
DANILO NUNES DOS REIS
DEBORA ANDREIA NEVES LEMOS
DIOGO PANISSON
DIOGO PEREIRA DE CRISTO
DIRCEU DORIGON
DOMINGOS DE BASTOS
DORACELE ALCANTARA TUMA
DORIEL DELMIRA SALVINO
DOUGLAS GUASTALA
DYEGO SCARANTO BRACHT
EDEMIR BARBOSA COSTA
EDER FAGUNDES BRANCO
EDER GIACOMIN
EDIELSON SANTOS COSTA
EDIMAR ALMEIDA CAMPOS
EDIVALDO RIOS DE FREITAS
EDIVAN LINHARES DOS SANTOS
EDSON ALVES DOS SANTOS
EDSON ANTONIO MALDONADO
EDSON DIAS DA SILVA
EDSON LUIZ VENTURINE
ELCIO DE JESUS DIAS
ELDER PEDRO O. DO NASCIMENTO
ELENILDO TERCILIA BARNABE
ELIAS ALVES DE SOUZA
133

ELIAS DA SILVA XAVIER
ELIEL DA SILVA FARIA
ELIESER DE SOUZA PRADO
ELISABETE VISOLI
ELISANGELA MARIA MATTIUZZI
ELIZEU ARTIGAS
ELIZEU SILVA
ELMAR DE ARAUJO
ELY ARAUJO SILVA
EMERSON GERONAZZO MARTINS
EVANDO DANIEL DE SOUSA
EVERALDO JOSE BASTOS
EZEQUIAS DE CRISTO
EZEQUIEL ZATONI MOCELIN
FABIANA MAIA DE A MARIANO
FABIO HENRIQUE DE ALMEIDA
FABIO LEMOS
FABIO LUIZ CARVALHO RIBEIRO
FABRICIO FIORANI SCHUNEMANN
FABRICIO OLIVEIRA DOS SANTOS
FELIPE OTT LOPES DOS SANTOS
FELIPE SCOPEL
FERNANDO FORMAGINI
FERNANDO LOPES DE JESUS
FLÁVIA NATALIA MACHADO ALVES
FLAVIO LUIZ PEREIRA
FLAVIO LEMES DE ALMEIDA
FRANCELINO S.DE JESUS JUNIOR
FRANCILIO DA SILVA RODRIGUES
FRANCINALDO GONZAGA O DA SILVA
FRANCISCO BRITO DE SOUSA
FRANCISCO DE ALMEIDA SILVA
FRANCISCO EVANDRO C DOS SANTOS
FRANCISCO FERREIRA SOUSA
GABRIEL PENNO SARAIVA
GABRIELA MARQUES ROSSES
GADHEGO SILVA BARBOZA
GECEMAR EDUARDO DO CARMO
GELSON NOGUEIRA DIAS
GENIVALDO SILVA MIGUEL
GERALDO SCOPEL
GILDEMOR TAVARES DE SOUZA
GILMARIO NASCIMENTO CONCEICAO
GILSON ALVES FARIA
GINALDO DOS SANTOS BRITO
GINILTON DA SILVA OLIVEIRA
GLECIO MACHADO SIQUEIRA
GLORISNALDO ROSA DOS SANTOS
GUILHERME BRENNER KRAEMER
GUILHERME NUNES FERREIRA
GUILHERME SILVA COSTA
HUBEQUISON DOS SANTOS FROTA
INGRID RAQUEL NIELSEN
IRENILDA DE SANTANA ALVES
ISNALDO SANTOS DE SOUZA
IURI DE GRACIA BARBONI
IVAN TOMASELLI
JADIELSON SOUSA LOPES
JAMIL FERREIRA DE OLIVEIRA
JANCLEI PEREIRA DA SILVA
JANON DE MEIRELLES SIQUEIRA
JAQUELINE MARIA DE CRISTO
JEFFERSON LUIZ DORIGON GARCIA
JEOVANIO SANTOS RODRIGUES
JESAYLJOHN DA SILVA SOARES
JESSICA CAMARGO CORDEIRO
JESSICA DIAS KOPETSKI
JOAIS NEVES ALVES
JOANA GOMES TONO
JOAO LUIZ FELDE
JOÃO ALVARO CAJA KURLL
JOAO DA MATA JULIO CECILIA
JOAO GILBERTO POSSEBOM
JOAO HENRIQUE DE LARA AVILA
JOAO JAILSON CORDEIRO
JOAO JORGE KOTZIAS
JOAO MARIA PEREIRA
JOESIO DE MEIRELLES SIQUEIRA
JOESIO DEOCLECIO P SIQUEIRA
JORGE DA LUZ DA SILVA
JOSE ABRAAO SILVA OLIVEIRA
JOSE CARLOS DE JESUS SANTANA
JOSE CARLOS DE LARA AVILA
JOSE CARLOS T LEOPOLDO
JOSE CARLOS TECHELATCKA
JOSE FRANCISCO REGINI
JOSE GENAURIO CAVALHEIRO
JOSE MARIA MARTINS DO N JUNIOR
JOSE MARIO CZERVINSKI
JOSE RIBAMAR PEREIRA S JUNIOR
JOSE SANTANA R CORREA
JOSE VIEIRA DOS SANTOS
JOSIANE DE F. ANDRADE MACIEL
JOSIMAR CARLOS NASCIMENTO
JOSINALDO RIBAS DE MEIRA
JOSUE QUEIROZ VIANA
JOVENILDO VIEIRA SANTANA
JUCELIA MARIA DE MATOS
JULIANA ANTUNES
JULIANA BOSCHIROLI LAMANNA PUGA
JULIANA CRISTINA KREISCHE
JULIO CESAR NOGUEIRA DA LUZ
KELLY ANDRE GONÇALVES
KELTENNER CHRISTIAN A R FERNAN
LAERCIO DA SILVEIRA S BARBEIRO
LAURA APARECIDA CARDOSO
LAYANNE CORDEIRO RAMOS
LEANDRO DUARTE DOS SANTOS
LEANDRO MENDES GOES
LEOCIMAR BLUM
LEONARDO HERAKI
LETICIA CAVAGNARI
LETICIA K.M. DE A. ULANDOWSKI
LIGIA CARLA DE SOUZA
LINDOLFO MOTIM RAMOS
LORENA DOS SANTOS SILVA
LUANA DA SILVA GOMES
134

LUCAS SILVA TOMASELLI
LUCIANO MOREIRA CEOLIN
LUIZ AUGUSTO SEGURO
LUIZ CARLOS ALMEIDA
LUIZ CARLOS DA SILVA PASSOS
LUIZ CARLOS DOS SANTOS
LUIZ CARLOS MARTINS
LUIZ SERGIO NOGUEIRA
MALENA RIPARDO POSTAY
MANOEL MISSIAS SOUZA DE JESUS
MARCELA MAINARDES TEMPO
MARCELO BONACIN SELLETI
MARCELO LENTINI RIBAS
MARCELO SERGIO S WIECHETECK
MARCIO COUTINHO PELISSARI
MARCIO NASCIMENTO SOUZA SANTOS
MARCIO ROGERIO DE SOUSA FARIAS
MARCOS GEISLER DE FREITAS
MARIA DIVINO DE LIMA
MARIA IZABEL DE CRISTO SANTOS
MARIA JOCYLENE BARROS LEITE
MARIA MARGARIDA S GONCALVES
MARIA RUTH S M DO NASCIMENTO
MARIA SENA CARDOSO
MARIO BENATO SANCHES COSO
MARISA CAROLINA BAIDA DINIZ
MARIZA APARECIDA ZAHARKO
MARTINHO SPISILA
MATEUS MIRANDA
MAURICIO RIBEIRO BOLCATO
MELQUEZEDEQUE DA CONCEICAO
MICHEL MARCOS DE OLIVEIRA
MICHELA ROSSANE C SCUPINO
MIGUEL LANZUOLO DE PAULA
MILTON JARDELINA DOS SANTOS
MILTON LOPES DE JESUS
MIRIVALDO COELHO SANTOS
MONICA LETICIA BREDA
MURILO FIGUEIRA NEVES
MURILO SULINSKI DE C MADEIRA
NAGILA EVELINE C SEMIGHINI
NILCEU TAQUES
ODAIR ALVES
OSIEL DOS SANTOS SALOMAO
OSMAR LUIZ FANTINEL
PASCOAL CORTEZ DE A NETO
PAULA SILVERIO THIELE
PAULO HENRIQUE SILVA SOUZA
PAULO SERGIO OLIVIO FILHO
PERCY RIBERA SUAREZ
PETERSON LUIZ GOOD
PIETER MAURITS VAN DER MEER
PRADYUMNA DAS R ALENCAR
PRICILA GOMES FOGACA
PRISCILA DA GRAÇA M ARAUJO
RAFAEL DE OLIVEIRA DIAS
RAFAEL HENRIQUE DE MORAES
RAFAEL SILVA DOS SANTOS
RAIMUNDO FERRO DOS SANTOS
RAIMUNDO NONATO SILVA SOUZA
RAMON GOMES
REGINALDA NUNES TEIXEIRA
REGINALDO SILVA DE OLIVEIRA
REINALDO NUNES DA COSTA
REJANE FERREIRA DA SILVEIRA
RESLEY DOS SANTOS SOARES
RICARDO REKSIDLER BRAGA
RIVANILDE RAMOS SANTOS
ROBÉRIO MARCOLINO FILHO
ROBERTO BONSE
ROBERTO CARLOS TURIBIO
ROBERTO DE ALMEIDA
ROBERTO DE LIMA ASSIS
ROBERTO FARO DO ROSARIO
ROBSON JOSE DE LIMA
RODRIGO GUILHERME RODRIGUES
RODRIGO MACHADO PADILHA
RODRIGO MANFROI
ROGERIO BARROS FLORES
ROMUALDO LEZETA PROFIRO
ROMULO SOUSA LISBOA
RONILDO DA CRUZ R. FERREIRA
ROSALICE MARILIA HANSCH
RUBENS GREGORIO P. DA SILVA JR
RUY CESAR SOARES DE JESUS
SAMUEL MARQUES PESTANA
SANDRO DRINKO DE MATOS
SANDRO SARAIVA SILVA
SANTO MACHADO NETO
SEBASTIAO RODRIGUES DOS SANTOS
SERGIO AUGUSTO ABRAHAO MORATO
SERGIO DE SOUZA JUNIOR
SERGIO FARIA BATISTA
SERGIO FIGUEIRA DA ROSA
SERGIO RICARDO ULANDOWSKI
SHINOBU ENDO
SIDNEI COITINHO DA SILVA
SIGRID DE AQUINO NEIVA
SILVIO LUIZ LOPES GUEDES
SOFIA RUMIKO HIRAKURI
TATIANA VIEIRA BARBOSA DUARTE
TEODORO BISPO DOS SANTOS
TEREZA CRISTINA DE LUNA DANTAS
THALES SOEIRO DE SOUZA
THIAGO FOCHT BARBOSA
TIAGO STREMEL
VALDECI PEREIRA
VALDINAR FERREIRA DE SOUSA
VANESSA ELISA CAMILO
VANUZA MARIA ALVES SENNES
WAGNER ARAUJO SANTANA
WAGNER MARGRAF
WANESSA BATISTA LIMA OLIVEIRA
WIGANDO SIMM JUNIOR
135

Este livro foi composto em Filosofia e CG Omega e
impresso em papel Couchê fosco 115g/m2.
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