Contato VIP - Julho de 2019 - Carazinho
Edição da Revista Contato VIP do mês de Julho de 2019, com a capa de circulação da cidade de Carazinho/RS
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<strong>VIP</strong> | Economia<br />
OS PASSOS PARA ALCANÇAR UMA BOA GESTÃO DE CUSTOS<br />
Quando encontro gestores ou<br />
empresas buscando redução<br />
<strong>de</strong> custos, são raras e poucas<br />
empresas que o fazem <strong>de</strong> forma<br />
preventiva, pois seus gestores sempre<br />
estão atuando <strong>de</strong> forma corretiva, quando<br />
já existe algum sintoma <strong>de</strong> problema, com<br />
objetivo <strong>de</strong> apagar um incêndio já instaurado.<br />
A busca <strong>de</strong> conhecimentos e pelo<br />
olhar para <strong>de</strong>ntro do negócio, buscando<br />
melhoria <strong>de</strong> performance <strong>de</strong> resultados,<br />
é trabalhoso, por isso muitas empresas e<br />
gestores ainda preferem terceirizar a culpa.<br />
É sempre o governo, economia, a concorrência<br />
que está <strong>de</strong>sleal ou consumidor que<br />
está exigente. Tudo isso são os problemas<br />
que já sabemos, mas como estamos<br />
reagindo e nos preparando para prosperar<br />
neste cenário?<br />
Hoje uma empresa não sobrevive sem uma<br />
gestão econômica, mesmo que ela esteja<br />
em um mercado <strong>de</strong> baixa competição,<br />
como exemplo o boom competitivo do<br />
mercado têxtil na década <strong>de</strong> 90 e os seus<br />
impactos no setor. Para uma boa gestão <strong>de</strong><br />
custos, apenas montar um planejamento<br />
para monitorar o seu plano versus o real,<br />
do que foi orçado, normalmente pelo setor<br />
<strong>de</strong> controladoria, não é mais o suficiente<br />
para garantir a competitivida<strong>de</strong> e até a<br />
soli<strong>de</strong>z da organização no mercado, nem a<br />
sua lucrativida<strong>de</strong>. É preciso ir além: buscar<br />
pró-ativamente e <strong>de</strong> maneira contínua a<br />
redução dos custos internos para assim<br />
assumir novos patamares <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho.<br />
Todas as empresas e todos os seus setores<br />
possuem ofensores ou problemas em seus<br />
processos operacionais. O que diferencia<br />
uma empresa para outra é a intensida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>stes problemas e o nível <strong>de</strong> tolerância,<br />
que vêm da cultura diretiva. Para redução<br />
dos custos <strong>de</strong> forma ativa, como primeiro<br />
passo, é preciso um processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação<br />
e localização <strong>de</strong> perdas. Portanto,<br />
o simples controle do que foi produzido,<br />
se produziu mais ou menos do que outro<br />
período, não proporciona nenhuma<br />
informação para a gestão ativa. Estou me<br />
referindo à produtivida<strong>de</strong>, que é o aproveitamento<br />
real e efetivo <strong>de</strong> todo e qualquer<br />
recurso disponível.<br />
Para isso, é preciso utilizar conceitos <strong>de</strong><br />
gestão da produtivida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong> “Overall<br />
equipment effectiveness” (OEE) e<br />
os cálculos para seus indicadores, para<br />
assim, checar on<strong>de</strong> ocorrem os maiores<br />
ofensores <strong>de</strong> horas do processo. A atuação<br />
efetiva sobre estes ofensores irá elevar a<br />
performance, possibilitando fazer mais<br />
com o mesmo padrão <strong>de</strong> gastos, melhor<br />
diluindo os custos. Feito este primeiro<br />
passo, é possível analisar a classificação<br />
dos gastos pela taxa/hora, que é o custo<br />
por hora que <strong>de</strong>ve ser absorvido em cada<br />
etapa do processo e compõe o custo <strong>de</strong><br />
transformação. Po<strong>de</strong>mos, assim, associá-la<br />
aos números <strong>de</strong> horas dos ofensores da<br />
gestão da produtivida<strong>de</strong>. Desta forma, a<br />
empresa consegue visualizar e mensurar<br />
on<strong>de</strong> realmente estão as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
redução, direcionando suas energias on<strong>de</strong><br />
existem maiores oportunida<strong>de</strong>s.<br />
Todo este processo po<strong>de</strong> ser melhor<br />
explorado através da disciplina <strong>de</strong> Cost<br />
Deployment, um dos pilares da World<br />
Class Manufacturing (WCM) que é uma<br />
metodologia direcionada para organizações<br />
que já possuem maturida<strong>de</strong> nas disciplinas<br />
anteriores e buscam a excelência<br />
nos seus processos internos e também no<br />
atendimento ao cliente. Redução <strong>de</strong> custos<br />
vai muito além do corte do cafézinho ou<br />
sensores <strong>de</strong> presença para o apagar das<br />
luzes, que também é relevante por questões<br />
ambientais. Não é preciso dizer que o<br />
processo <strong>de</strong> compras e gestão <strong>de</strong> estoques<br />
também é importante, mas temos uma<br />
rica oportunida<strong>de</strong> em custos variáveis e<br />
se queremos gerar ações sérias com maior<br />
profundida<strong>de</strong>, precisamos amadurecer<br />
para estruturar este processo <strong>de</strong> gestão.<br />
Fonte: Fenacon - Victor Vitorette<br />
Clóvis da Rocha<br />
Contador<br />
CRC/RS 59.369<br />
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