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TÉCNICA NO CAMPO<br />

36<br />

Paulo Lanzetta<br />

Somente com<br />

mudas de<br />

qualidade é<br />

possível formar<br />

pomares<br />

produtivos e<br />

longevos<br />

N<br />

Mudas de pêssego: base<br />

e sucesso da produção<br />

o mercado da fruticultura ainda são<br />

poucas as opções de cultivares de<br />

porta-enxertos para pessegueiros,<br />

“o que contribui para o uso de<br />

misturas varietais de caroços de<br />

diversas cultivares-copa (resíduo da<br />

industrialização do pêssego) para a<br />

produção dos porta-enxertos”, afirma<br />

o engenheiro agrônomo Newton Alex<br />

Mayer, pesquisador da Embrapa<br />

Clima Temperado. Esta realidade,<br />

continua o especialista, “pode gerar<br />

diversos problemas nos pomares,<br />

como diferentes reações a fatores<br />

bióticos e abióticos, mortalidade de<br />

plantas e redução da longevidade<br />

dos pomares”.<br />

Vale lembrar que as mudas têm<br />

papel fundamental nos pomares.<br />

Se forem de baixa qualidade, os<br />

problemas fitossanitários vão ser<br />

maiores e a produtividade e qualidade<br />

menores. “É preciso estar claro<br />

que uma boa muda é o início da<br />

“construção” do seu pomar e que<br />

somente com mudas de qualidade<br />

é possível formar pomares produtivos<br />

e longevos”, diz Mayer.<br />

Propagação por estaquia<br />

Uma alternativa é o uso de estaquia.<br />

“A produção de mudas de<br />

pessegueiro através da estaquia<br />

vem sendo utilizada comercialmente<br />

em alguns países, tendo como<br />

principais vantagens a facilidade de<br />

realização, o baixo custo e a rapidez<br />

na produção da muda”, afirma, em<br />

artigo, a pesquisadora e professora<br />

aposentada Márcia Wulff Schuch,<br />

da Universidade Federal de Pelotas.<br />

A principal vantagem desta técnica<br />

“é a garantia da preservação das<br />

características genéticas da planta<br />

matriz, o que é altamente desejável<br />

na formação de pomares comerciais”,<br />

afirma Mayer, da Embrapa.<br />

Ele diz ainda que, como a estaquia<br />

é um método de propagação vegetativa<br />

em que é possível formar<br />

raízes adventícias em um segmento<br />

destacado da planta (ramos que<br />

dão origem às estacas, no caso<br />

do pessegueiro), é possível clonar e<br />

padronizar geneticamente o sistema<br />

radicular das plantas, seja de um<br />

porta-enxerto ou de uma muda.<br />

Como é realizada a técnica<br />

Tudo começa com a seleção das<br />

estacas, que são classificadas em<br />

herbáceas, semilenhosas e lenhosas,<br />

sendo que, segundo pesquisas, os<br />

melhores resultados são as estacas<br />

herbáceas e semilenhosas. Mayer resume<br />

o passo a passo do processo: o<br />

primeiro passo é verificar a disponibilidade<br />

de plantas matrizes com, pelo<br />

menos, três anos de idade. Depois<br />

é realizada uma poda drástica nas<br />

plantas matrizes, no final do inverno,<br />

com a coleta de ramos herbáceos<br />

(haste verde) ou semilenhosos (haste<br />

amarela ou passando a marrom)<br />

sadios e com folhas íntegras.

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