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RCIA - ED. 143 - JUNHO 2017

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De calça bege e cinto marrom, o cartola posa para foto com a equipe afeana que se classificou<br />

para a série B do Brasileiro em 1992<br />

Milton Cardoso também foi o único<br />

dirigente do Interior, em 2002, a montar<br />

uma chapa de oposição para disputar<br />

as eleições da Federação Paulista<br />

de Futebol. Só que o final não foi feliz.<br />

Eduardo José Farah se reelegeu e três<br />

meses depois renunciou.<br />

“A atitude de Farah foi premeditada,<br />

na tentativa de não deixar a chapa do<br />

Interior vencer as eleições. Mas eu não<br />

desisti e consegui ser eleito membro do<br />

Conselho Fiscal da FPF, o único representante<br />

fora da Capital”, afirma.<br />

BOLA ROLANDO<br />

Dentro de campo, Milton Cardoso<br />

sofreu a pior época da Ferroviária. Em<br />

1998, pegou um time destroçado, que<br />

havia caído para A3, reflexo da péssima<br />

campanha na Série A2 de 1997, fato<br />

que já era uma tragédia, pois o time<br />

deixava a elite do futebol paulista após<br />

30 anos do inesquecível acesso de<br />

1966. “Vivíamos uma fase ruim, sem<br />

dinheiro e condições muito limitadas”,<br />

lembra emocionado.<br />

No ano seguinte, a campanha foi<br />

melhor. A equipe ficou em segundo lugar,<br />

mas não conseguiu voltar para a<br />

A2, visto que apenas um clube tinha o<br />

direito, que ficou na mão do Oeste, de<br />

Itápolis. Mas um detalhe positivo chamou<br />

atenção naquela caminhada.<br />

“A Ferroviária foi a única equipe a jogar<br />

o Campeonato Paulista A3 com um<br />

time sub-23. Essa aposta que fizemos<br />

rendeu ao clube um prêmio de 50 mil<br />

reais, dado pela Federação Paulista de<br />

Futebol, como incentivo à revelação de<br />

jovens valores”, lembra Milton.<br />

Mas o trabalho que parecia ter uma<br />

boa sequência resultou, em 2000, no<br />

pior capítulo da história da Ferrinha: a<br />

queda para a B1. “Nesse tempo, dois<br />

módulos formavam o campeonato. No<br />

primeiro, fomos bem. No segundo não.<br />

Caímos. A crise financeira era extrema.<br />

As dificuldades também. A situação era<br />

crítica”, lembra o ex-presidente.<br />

Em 2001, com uma equipe melhor,<br />

contando com os gols de Grafite, que<br />

veio da Matonense e Rodrigo Tabata,<br />

do Etti Jundiaí, a Ferroviária conseguiu<br />

subir um degrau, voltando para A3. E foi<br />

nesta divisão, justamente onde começou,<br />

que Milton Cardoso encerrava sua<br />

participação de presidente, passando<br />

o boné em maio de 2002, no meio do<br />

campeonato. Naquele ano, a AFE não<br />

subiu. E nem desceu. Terminou em 13º<br />

lugar. Nascia, depois, a Ferroviária S.A.<br />

Foto ao lado do eterno Fiori Gigliotti<br />

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