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Como funciona o EMDR<br />
em seu cérebro<br />
Psicologia<br />
C<br />
riado por Francine Shapiro, Eye Movement<br />
Desensitization and Reprocessing (Dessensibilização<br />
e Reprocessamento por meio dos Movimentos<br />
Oculares), a técnica do EMDR vem sendo<br />
utilizada na psicoterapia desde o final dos anos 80 e<br />
pode ser indicada para crianças, adolescentes e adultos.<br />
Este tipo de terapia utiliza a estimulação sensorial e<br />
tem um propósito muito específico: reduzir o efeito<br />
das experiências traumáticas e resolver as emoções<br />
associadas. O cérebro se divide em dois hemisférios:<br />
o esquerdo e o direito. O hemisfério esquerdo é o<br />
mais lento, responsável pela linguagem e pela lógica,<br />
é linear. O hemisfério direito é mais rápido, simbólico<br />
ou metafórico; a maior parte dos traumas se instala<br />
no hemisfério direito.<br />
O cérebro também se divide em mais 3 partes:<br />
1) Corporal, que corresponde ao sistema autônomo,<br />
responsável pelo funcionamento dos órgãos, sem<br />
que se precise pensar, como por exemplo, a respiração,<br />
que ocorre automaticamente.<br />
2) Emocional, também conhecida como sistema<br />
límbico, que é onde literalmente “mora o perigo”,<br />
pois ele é responsável por alertar contra um perigo<br />
real. Acontece que o trauma, apesar de indicar um<br />
perigo real, já passou, porém o sistema continua em<br />
alerta, causando ansiedade por coisas que já não podem<br />
mais afetar diretamente.<br />
3) Cérebro cognitivo, onde estão os pensamentos,<br />
a parte consciente. Sendo assim, pode-se perceber<br />
que dois terços do cérebro é inconsciente, ou<br />
seja, inacessível diretamente, diferente da parte cognitiva.<br />
Através da Terapia EMDR é possível acessar o material<br />
inconsciente, quando é solicitado ao paciente pensar<br />
na imagem, nas crenças, nas emoções e nas sensações<br />
e isto serve para abrir o “arquivo cerebral” para<br />
ter acesso àquela lembrança e enquanto pensa naquilo,<br />
pede-se que movimente os olhos de um lado a<br />
outro, de modo que haja a estimulação bilateral. Com<br />
a estimulação, o cérebro começa a ligar a lembrança<br />
com a parte da fala, com os pensamentos, com as<br />
emoções e sensações corporais, isso vai dissolvendo<br />
ou metabolizando a lembrança de forma que, no final,<br />
o paciente fique com uma lembrança mais “arrumada”<br />
que perde a capacidade de fazer mal, pois dissolve<br />
a carga negativa, a dor e o sofrimento vinculados<br />
à lembrança.<br />
De modo bastante simplista, pode-se comparar o<br />
EMDR a uma faxina, pois quando a pessoa faz uma<br />
faxina em seu armário, por exemplo, retira tudo o que<br />
não lhe serve mais, limpa e arruma, tornando o espaço<br />
mais organizado e livre para novas aquisições, assim<br />
é com o cérebro: limpam-se as lembranças ruins,<br />
organizando-as de modo mais funcional e abrindo<br />
espaço para novas experiências mais ajustadas. É<br />
importante lembrar que não se trata de esquecer o<br />
ocorrido, pois não é possível apagar a lembrança, mas<br />
sim, se trata de torná-la apenas uma memória de algo<br />
que já passou e não precisa mais ter importância na<br />
vida atual.<br />
IMPORTANTE: EMDR é uma psicoterapia com rigor<br />
científico! Somente psicólogos e médicos com comprovação<br />
em psicoterapia podem aplicar, após passar<br />
por uma rigorosa formação.<br />
LEMBRE-SE: A saúde mental é tão importante quanto<br />
a física, entregue o cuidado de sua saúde a profissionais<br />
preparados! Psicologia é com psicólogo!<br />
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