RCIA - ED. 136 - NOVEMBRO 2016
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ÍNDICE<br />
<strong>ED</strong>IÇÃO N°<strong>136</strong> - <strong>NOVEMBRO</strong> / <strong>2016</strong><br />
CAPA<br />
Uniodonto<br />
ECONOMIA<br />
Unidos pela Morada do Sol<br />
CONQUISTA<br />
Álcool como combustível<br />
LITERATURA<br />
Loyola lança novo livro<br />
9 10<br />
19<br />
30<br />
Uma das mais importantes e atuantes<br />
cooperativas odontológicas do interior<br />
do Estado completa 26 anos de<br />
atividades em Araraquara.<br />
SINCOMERCIO, CIESP, Sindicato<br />
Rural e CANASOL montam grupo<br />
para discutir demandas para o<br />
desenvolvimento de nossa cidade.<br />
Em 1930, alunos e professores<br />
da antiga Escola de Farmácia<br />
de Araraquara assinavam uma<br />
experiência única para a época.<br />
Em noite especial, escritor apresenta<br />
sua nova obra, ‘Se For Pra Chorar,<br />
Que Seja de Alegria, para um Palacete<br />
das Rosas lotado de amigos e fãs.<br />
Da Redação<br />
05 | Sônia Maria Marques comenta<br />
a obrigatoriedade do pagamento de<br />
impostos no Brasil e seus impactos<br />
No Ginásio do Sesi<br />
18| Unidades do CIESP Araraquara,<br />
Matão e São Carlos promovem a<br />
‘Rodada de Negócios’.<br />
Solidariedade<br />
22| Grupo Amigos da Fé comanda<br />
campanha para ajudar família<br />
araraquarense.<br />
Sindicato Rural<br />
44|Programa Olericultura Orgânica<br />
visa beneficiar o pequeno produtor<br />
por meio de um amplo trabalho social.<br />
Já não se faz mais DAAE como antes<br />
Vários bairros da cidade têm sofrido com<br />
a falta d’água e os motivos dados pelo<br />
DAAE embora sejam diferentes, levam<br />
sempre a mesma conclusão: inexistência<br />
de manutenção ou falta de recursos<br />
para expansão das redes. A liberação<br />
para o surgimento de novos bairros, sem<br />
planejamento prévio, poderá acarretar<br />
no futuro por questões estruturais, em<br />
problemas ainda mais sérios. Sobre<br />
a falta d’água em outubro, período<br />
do sol senegalesco sobre a cidade, o<br />
vereador Édio Lopes realizou trabalho de<br />
fiscalização para entender os motivos.<br />
O vereador Édio Lopes conversou com Laura<br />
Santos da Silva, quando chegava à ETA para<br />
cobrar providências sobre a falta d’água no<br />
Vale do Sol e em bairros próximos<br />
Liniker brilha<br />
A banda araraquarense Liniker e os<br />
Caramelows não para de crescer. Destaque<br />
na imprensa nacional e com uma imensa<br />
quantidade de fãs, os pratas da casa<br />
venceram o prêmio Multishow <strong>2016</strong> na<br />
categoria ‘artista revelação’. Com recordes<br />
de acessos no You Tube, a Liniker viaja o País<br />
divulgando seu primeiro disco, ‘Remonta’.<br />
Em Araraquara, o material já tem uma data<br />
de lançamento marcada para o dia 8 de<br />
dezembro, no Sesc Araraquara. Este é o<br />
segundo show do grupo na unidade local: o<br />
primeiro deles ocorreu em janeiro deste ano<br />
para um Ginásio lotado.<br />
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DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />
por: Sônia Maria Marques<br />
ARTES PLÁSTICAS<br />
‘Capital das Artes’<br />
MEMÓRIA<br />
Carros, motos e muita gente<br />
PAGANDO AS CONTAS<br />
34<br />
Exposição no Sesc local resgata a<br />
história da Escola de Belas de Artes<br />
de Araraquara; ex-aluno, o pintor<br />
Ernesto Lia, comenta o assunto.<br />
Canasol<br />
49| Produtores procuram meios<br />
para aumentar produtividade a<br />
partir de investimentos certeiros.<br />
52<br />
Na Bento de Abreu, famoso<br />
‘footing’ era ponto de encontro,<br />
dos araraquarenses nas tardes<br />
de domingo.<br />
Vida Social<br />
69 | Maribel Santos destaca<br />
chá beneficente do grupo Mãos<br />
Generosas.<br />
Recursos para a Santa Casa<br />
O secretário municipal de Saúde, Abelardo Ferrarezi<br />
de Andrade, representando o prefeito Marcelo Barbieri,<br />
participou no dia 24 de outubro, de assinatura para<br />
liberação de verba do Governo Federal, para a Santa<br />
Casa. R$ 231.109,68 serão destinados à linha que cuida<br />
do sobrepeso e da obesidade e que habilita a Santa Casa<br />
como estabelecimento de saúde em assistência de Alta<br />
Complexidade ao indivíduo com obesidade em Araraquara.<br />
R$ 8.200,20 estabelece recurso do bloco de média e alta<br />
complexidade a ser incorporado ao limite financeiro anual da<br />
Santa Casa para serviços de Referência para diagnóstico de<br />
Câncer de Mama. 8.523,72 para Serviço de Referência para<br />
Diagnóstico e Tratamento de Lesões Precursoras do Câncer<br />
de Colo de Útero. O prefeito Marcelo Barbieri disse que o<br />
“Governo Federal está atendendo nos apelos para aumentar<br />
a verbas que custearão<br />
o SUS, que há anos está<br />
com valores de repasses<br />
desatualizados. Serão<br />
R$ 247 mil para serem<br />
investidos na Santa<br />
Casa”.<br />
É redundante, hoje em dia, falar ou questionar sobre os<br />
deveres de cada cidadão. São muitos, mas o que nos<br />
faz pensar e ficarmos preocupados, são as condições<br />
pré estabelecidas, como por exemplo, os impostos que<br />
pagamos. Temos um leque de siglas (IR, IPTU, IPVA, FGTS,<br />
DARF, etc), que se não forem pagos, ficamos à mercê da<br />
inadimplência (SPC, Serasa, conta negativada, bloqueio).<br />
Se há atraso de um dia numa conta ou imposto, por<br />
exemplo, lá serão cobrados juros, juros de mora, multa<br />
por atraso, tudo já embutido numa fatura, boleto ou<br />
guia, que até nos faz perder o sono. É justo que devemos<br />
honrar nossos compromissos, porém, torna-se difícil para<br />
todos, tanto de pessoa física quanto jurídica. As empresas<br />
então, principalmente as pequenas e médias, nem se fala,<br />
pois do ganho bruto, sobra apenas o suficiente para se<br />
manterem em funcionamento. O lucro, em muitos casos,<br />
passa desapercebido e na contabilização final, fica a<br />
dúvida se continuam com as portas abertas e mantêm os<br />
funcionários, que também esperam pelos seus direitos, pois<br />
senão, é aí que começa o ciclo do não cumprimento das<br />
obrigações impostas por lei.<br />
É a realidade. Trabalhamos e pagamos por muito e ficamos<br />
com pouco e cada um (empresas, lojas, serviços, eu,<br />
você), vamos vivendo, ou melhor dizendo, ajeitando, como<br />
podemos.<br />
Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni<br />
Supervisora Editorial: Sônia Marques<br />
Editor: Matheus Vieira (MTB 67.923/SP)<br />
Diretor Comercial: Humberto Perez<br />
Depto. Comercial: Gian Roberto, Silmara Zanardi,<br />
Heloísa Nascimento, Anderson Rovina<br />
Design: Carolina Bacardi, Bete Campos<br />
Tiragem: 5 mil exemplares<br />
Impressão: Grafinew - (16) 3322-6131<br />
A Revista Comércio, Indústria e Agronegócio<br />
é distribuida gratuitamente em Araraquara e região<br />
* COORDENAÇÃO, <strong>ED</strong>ITORAÇÃO, R<strong>ED</strong>AÇÃO E PUBLICIDADE<br />
Fone/Fax: (16) 3336 4433<br />
Rua Tupi, 245 - Centro<br />
Araraquara/SP - CEP: 14801-307<br />
marzo@marzo.com.br<br />
Santa Casa de<br />
Araraquara, modelo<br />
para a saúde<br />
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<strong>ED</strong>ITORIAL<br />
por: Ivan Roberto Peroni<br />
Desistir, jamais!<br />
O aplicativo da frase remonta aos tempos, envereda pelas linhas do raciocínio e acaba<br />
pontuando situações que se moldam às necessidades que cada ser humano enfrenta na vida<br />
pessoal ou profissional. Ir em frente é desafiar o tempo, o temor, é ter forças para caminhar<br />
sobre o desconforto, não silenciar e apostar no poder da mente. Vivemos um período de<br />
enfrentamentos e desconfianças, marginalizando costumes e tradições, ideias, sugestões,<br />
esbarrando em planos e diálogos, quando não, na acomodação.<br />
Recém terminada a eleição municipal<br />
de <strong>2016</strong> no silencio do meu<br />
canto coloco-me a pensar: a Edna<br />
Martins, como candidata, perguntava<br />
o que você faria se a cidade fosse<br />
sua. Embora não houvesse originalidade<br />
do tema meramente político, é<br />
verdade que a frase nos deu alento<br />
ante a liberdade concedida para a<br />
exposição dos nossos desejos.<br />
Ainda que vestida pela demagogia,<br />
primordialidade em campanhas<br />
políticas, qualquer um poderia dizer<br />
o que pensava e queria. Assim,<br />
nasceram em meio a fantasia mais<br />
UPAs, mais creches, descentralização<br />
de serviços públicos para beneficiar<br />
os bairros e uma cidade extremamente<br />
criativa. Mas não era apenas<br />
isso, pois canditado que se preze se<br />
envolve em promessas e transforma<br />
em ilusão o que jamais poderia cumprir,<br />
ignorando o passado político<br />
que já teve e que por sinal já havia<br />
lhe dado a oportunidade de fazer. A prezada candidata não era caso isolado<br />
de promessa e transformação da cidade.<br />
A miserabilidade santificada pela opulência se enraizou nos princípios<br />
democráticos de cada concorrente, todos eles predestinados ao uso do ser<br />
humano como primeiro passo, pois num segundo momento, estabelecia-se a<br />
ponderação como – “se eu for eleito vou acabar com a pobreza”.<br />
Não digo exterminar a pobreza mas o que ficou marcado como peça de<br />
campanha foi uma série de promessas, uma delas o fim da taxa do lixo, assunto<br />
que escorrega por vários anos. Agora que tudo passou e cada um fechou<br />
sua fábrica de ideias, me pergunto como ficará o contribuinte ou o consumidor,<br />
pois promessas são levadas pelo vento e nunca poderão ser compridas? Em<br />
sã consciência ninguém pode abastecer com esperanças uma população descrente<br />
(64 mil votos flutuantes) e que pelo menos, espera que as vias públicas<br />
sejam pavimentadas, que as escolas tenham ensino padrão, que a saúde seja<br />
humanizada e a segurança se apresente com tolerância zero.<br />
Esta eleição com estigma de uma sessão de magia, nos ensinou que não<br />
devemos desistir dos nossos sonhos e acreditar sempre na capacidade de<br />
realização do ser humano, que por sinal foi a sábia técnica que premiou o<br />
ganhador que garantiu dar continuidade ao que construíra no passado e a<br />
promessa de reabertura de um pronto socorro. Foi uma vitória da esperteza<br />
e da coerência democrática, com ligeiras pitadas de um sentimento bairrista.<br />
Nesta eleição vimos uma sala de aula onde o mestre ensina que a persistência<br />
ancorada pelos efeitos de suas gestões são argumentos mais fortes que<br />
as promessas.<br />
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REPORTAGEM DE CAPA<br />
Cooperativa Uniodonto há<br />
26 anos em Araraquara<br />
Alto padrão de qualidade<br />
e comprometimento incluem<br />
a Uniodonto como uma das<br />
mais importantes cooperativas<br />
odontológicos do interior do<br />
Estado<br />
Há 26 anos, um grupo de Cirurgiões-Dentistas<br />
reuniu-se tendo como<br />
objetivo comum atrair novos clientes<br />
para seus consultórios, além da Pessoa<br />
Física, atingir o setor empresarial.<br />
O pensamento voltou-se então para<br />
criação da Uniodonto em Araraquara,<br />
modelo cooperativista em comercialização<br />
de planos odontológicos, com<br />
Sistema Nacional em Atendimento,<br />
sendo, na época, já há 20 anos no mercado.<br />
O desejo concretizou-se então,<br />
e em 1990 surgia a Uniodonto Araraquara;<br />
e de lá para cá, muito empenho<br />
e dedicação de todos os envolvidos:<br />
Diretorias; Colaboradores e Cooperados,<br />
fizeram e fazem-se presentes,<br />
dia a dia, no cumprimento a todas as<br />
exigências hoje imputadas, através de<br />
seu Órgão Regulador, a ANS, que norteiam<br />
a boa condução dos trabalhos,<br />
hoje necessária para o correto funcionamento<br />
como Operadora de Plano de<br />
Saúde Odontológico. E assim o tempo<br />
passou! Mudanças ocorrem a todo<br />
momento, do “simples ao complexo”,<br />
fortalecendo e estruturando, calçando<br />
e elevando colunas, amalgamando as<br />
relações Cooperativa-Beneficiário-Cooperado,<br />
através de gestões cada vez<br />
mais profissionalizadas, que elevam a<br />
Uniodonto Araraquara, à Cooperativa<br />
modelo dentro do Sistema Uniodonto e<br />
entre as Operadoras de Saúde Odontológica,<br />
no cenário Estadual e Nacional.<br />
Assim somos:<br />
Uniodonto Araraquara localizada na Rua<br />
Voluntários da Pátria, 1947, Centro<br />
• + de 120 Cooperados;<br />
• + de 20 mil Beneficiários;<br />
• Cobertura em 14 municípios: Araraquara, Américo Brasiliense, Boa<br />
Esperança do Sul, Borborema, Dobrada, Gavião Peixoto, Ibitinga, Itápolis,<br />
Matão, Motuca, Nova Europa, Rincão, Santa Lúcia e Tabatinga.<br />
• A Sede da Uniodonto Araraquara ao seu lado, facilitando a comunicação,<br />
diminuindo distâncias, através de seus Colaboradores e Diretoria sempre<br />
presente, diferenciais que o mercado exige;<br />
• Sistema Nacional de atendimento em casos de Urgência/Emergência;<br />
• Plantão 24 horas em Araraquara e Matão;<br />
• Tecnologia na aprovação<br />
de orçamentos on-line e<br />
on-time, pelo uso<br />
Nossas instalações<br />
de imagens (câmeras<br />
intra-orais), que aumentam<br />
e muito a qualidade final<br />
nos atendimentos;<br />
• Planos acessíveis<br />
a você e sua família,<br />
assim como os Planos<br />
Empresariais;<br />
• Equipe de Vendas pronta<br />
a lhe atender<br />
EM <strong>NOVEMBRO</strong>, MÊS DE ANIVERSÁRIO DA UNIODONTO ARARAQUARA,<br />
PENSAMOS EM VOCÊ: FAÇA CONTATO CONOSCO, ADQUIRA UM PLANO<br />
E VEJA AS VANTAGENS! AGUARDAMOS VOCÊ! SORRIA CONOSCO!<br />
9
Mário Porto (SENAR-SP), Michele Pelaes (CIESP), Bruno Naddeo (Núcleo de Jovens Empreendedores), Ademir Ramos da Silva (CIESP/FIESP),<br />
Antonio Deliza Neto (SINCOMERCIO), Luís Henrique Scabello de Oliveira (CANASOL), Nicolau de Souza Freitas (Sindicato Rural), Jaime<br />
Vasconcellos (Economista SINCOMERCIO/FECOMERCIO) e Tatiana Caiano Teixeira Campos Leite (CANASOL) no encontro da RCIa<br />
ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO<br />
Eles estão juntos na construção<br />
de uma cidade ainda mais forte<br />
Hoje o SINCOMERCIO, o<br />
CIESP, o Sindicato Rural e a<br />
CANASOL, representam bem<br />
mais que 70% da economia<br />
em Araraquara. A convite da<br />
Revista Comércio, Indústria<br />
e Agronegócio, decidiram se<br />
juntar em um único bloco para<br />
apresentar e discutir demandas<br />
para o desenvolvimento da<br />
cidade, além de promoverem<br />
uma aproximação mais forte<br />
com a comunidade em defesa<br />
dos direitos da população.<br />
Sai Marcelo Barbieri que encerra<br />
oito anos de mandato e entra Edinho<br />
Silva, que inicia uma gestão de quatro<br />
anos. Bem mais conscientizada politicamente<br />
em função dos movimentos<br />
sociais que ocorreram nas ruas nos últimos<br />
meses, Araraquara começa a se<br />
articular através das suas forças mais<br />
representativas - comércio, indústria e<br />
agronegócio - com o objetivo de discutir<br />
e implementar ações que venham melhorar<br />
as condições de vida dos seus<br />
habitantes, e consolidar a imagem econômica<br />
de Araraquara como município<br />
de destaque no ranking nacional.<br />
Olhando para este ângulo é que a<br />
Revista Comércio, Indústria e Agronegócio<br />
decidiu reunir cinco dias após as<br />
eleições municipais de 2 de outubro, os<br />
presidentes do Sindicato do Comércio<br />
Varejista (Antonio Deliza Neto), Sindicato<br />
Rural de Araraquara (Nicolau de Souza<br />
Freitas), Luís Henrique Scabello de<br />
Oliveira (CANASOL) e Ademir Ramos da<br />
Silva (Diretor Regional do CIESP), para<br />
a discussão de uma agenda que fortaleça<br />
o cumprimento de demandas em<br />
benefício da população.<br />
O encontro, inicialmente em circuíto<br />
fechado, foi realizado na sede do Sindicato<br />
Rural e teve ainda a participação<br />
de Bruno Naddeo (coordenador do<br />
10<br />
Núcleo de Jovens Empreendedores de<br />
Araraquara), Mário Porto (coordenador<br />
do SENAR-SP), Michele Pelaes (gerente<br />
da Regional do CIESP), Jaime Vasconcellos<br />
(eocnomista da FECOMERCIO) e<br />
Tatiana Caiano Texeira Campos Leite<br />
(vice presidente da CANASOL), que formaram<br />
uma frente para consolidação<br />
do grupo, juntamente com o jornalista<br />
Ivan Roberto Peroni, da RCIa.<br />
Foram quase duas horas de debates<br />
e apresentação de sugestões e propostas<br />
de cada segmento, bem como<br />
a definição dos próximos passos. Cada<br />
dirigente deixou claro o pensamento de<br />
união, a necessidade de um associativismo<br />
na apresentação e cumprimento<br />
das demandas que não favoreçam apenas<br />
as classes trabalhadoras que as<br />
entidades representam, mas de forma<br />
mais ampla, a própria população, nesta<br />
fase de transição dos gestores municipais.<br />
“O entendimento é este, de união,<br />
para que possamos construir uma<br />
grande cidade”, disseram eles.
Antonio Deliza<br />
Neto, presidente<br />
do SINCOMERCIO<br />
NA R<strong>ED</strong>E SOCIAL<br />
Fico feliz por esta iniciativa, pois<br />
uma cidade só se desenvolve<br />
quando os setores produtivos<br />
resolvem unir suas capacidades<br />
de administração a serviço do<br />
bem comum. Juntar pessoas<br />
que decidem e sabem fazer<br />
acontecer só engrandece a<br />
comunidade. Sucesso!<br />
Alceu Patrício<br />
Sou membro da Câmara Brasileira de Gêneros<br />
Alimentícios na Confederação Nacional do<br />
Comércio; o Nicolau de Souza Freitas atua<br />
na Câmara Setorial da Citricultura; o Luís<br />
Henrique Scabelo faz parte da Câmara Setorial<br />
da Cana-de-Açúcar; o Ademir Ramos da Silva<br />
é diretor regional do CIESP com 17 municípios<br />
em sua base. Órgãos importantes em esferas<br />
mais abrangentes para o nosso representado é<br />
essencial para que ele conheça as instituições que<br />
servimos e para que possa também aderir aos<br />
nossos projetos, pois juntando-se a nós seremos<br />
mais fortes, com influência de poder de decisão<br />
na comunidade.<br />
Antonio Deliza Neto<br />
Presidente do SINCOMERCIO<br />
Enfatizando que não tem nenhuma pretensão<br />
política, o presidente do SINCOMER-<br />
CIO, Antonio Deliza Neto, destacou que<br />
está feliz pela iniciativa de um “bate-papo<br />
desses”. O presidente sindical ressaltou: ”...<br />
não estamos aqui promovendo nenhuma<br />
candidatura, mesmo tendo conhecimento<br />
que, infelizmente, não conseguimos fazer<br />
política empresarial sem falar da política<br />
partidária.”. Ao considerar que o Brasil está<br />
vivendo momento ímpar em sua história,<br />
o líder do comércio varejista salientou que<br />
a união de forças dos vários setores é de<br />
extrema importância na atual conjuntura<br />
política e econômica.<br />
Ao lembrar que o empresariado está<br />
cansado de bancar as obrigações tributárias<br />
acessórias e uma carga de impostos<br />
aviltante, com retorno zero à sociedade,<br />
11<br />
e, ainda, conviver com níveis<br />
de corrupção vergonhosos, o<br />
dirigente desabafou: “Quando<br />
uma nova empresa gera 20, 30,<br />
100 empregos, na inauguração<br />
o empreendedor é valorizado;<br />
porém, na hora da crise, onde é<br />
preciso reduzir o quadro de empregados<br />
em 10, 20 ou 50 pessoas,<br />
por uma questão de sobrevivência<br />
da empresa, quem<br />
nos questiona é o Ministério<br />
Público do Trabalho; é ele que<br />
bate às nossas portas”. E indagou:<br />
“Quando a empresa vai ser<br />
tratada como o ser social que<br />
necessita de defesa, pois o que<br />
adianta ter CLT e medidas protecionistas<br />
se não há a empresa e empregos? Não se<br />
trata de retirar direitos dos trabalhadores,<br />
mas flexibilizar a relação capital-trabalho,<br />
fomentando o emprego e a distribuição de<br />
renda”. Toninho Deliza chegou a ser ainda<br />
mais incisivo em defesa da classe empreendedora:<br />
“Acredito até, que o momento<br />
é de amadurecimento da classe empresarial<br />
e da relação capital-trabalho“, mas<br />
ninguém aparece para ver como é duro<br />
manter a empresa funcionando com a situação<br />
que estamos vivendo hoje.” Para<br />
ele, as dificuldades econômicas e a necessidade<br />
da troca de informações entre os<br />
diversos setores da atividade econômica<br />
é que o levou a sugerir este encontro entre<br />
os parceiros da Revista Comércio, Indústria<br />
e Agronegócio: “Viemos aqui para, assim<br />
como todos os presentes, expor sobre<br />
nossa atividade e também para manifestar<br />
apoio, por nosso Núcleo de Economia<br />
montado em parceria com a UNESP.” De<br />
fato, o SINCOMERCIO disponibilizou para<br />
o encontro de lideranças os seus economistas<br />
Jaime Vasconcellos e Délis Magalhães<br />
e, segundo seu presidente, darão<br />
todo apoio necessário a esta parceria.<br />
O dirigente também enalteceu a participação<br />
das outras entidades, citando a<br />
CANASOL como força do agronegócio ao<br />
lado do Sindicato Rural: “A agricultura é na<br />
atualidade a mola propulsora do país, em<br />
termos de exportação e geração de renda.<br />
Ela produz o alimento, a indústria fabrica<br />
a panela (referindo-se ao diretor regional<br />
do CIESP, Ademir Ramos da Silva, da FORT<br />
LAR, que estava ao seu lado no encontro),<br />
e o comércio coloca isso à disposição dos<br />
consumidores. A Roda gira!” No final da<br />
sua explanação, Toninho Deliza fez um<br />
apelo ao grupo: “Vamos ter agora um novo<br />
governo. Temos que esquecer o partidarismo<br />
político, mas sinto que precisamos<br />
estar unidos e este encontro é um grande<br />
passo em nossa cidade para isso”. O Presidente<br />
do SINCOMERCIO arrematou: “Se<br />
estivermos juntos, não seremos uma única<br />
voz a ser ouvida. O diálogo com os poderes<br />
Executivo e Legislativo é fundamental<br />
e, unidos, representamos grande parte<br />
dos geradores de emprego e renda de<br />
nossa cidade e da região. É por isso que<br />
estaremos lutando: para um desenvolvimento<br />
saudável e sustentável, resultando<br />
certamente em melhores condições de<br />
vida e distribuição de renda. Vamos buscar<br />
a todo instante o diálogo e o futuro prefeito<br />
é um bom interlocutor, sabe ouvir.”<br />
CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE
“Hoje está na moda a palavra empoderamento,<br />
que não significa poder, mas sim ação social<br />
coletiva de participar de debates, melhorando<br />
a representatividade e potencializando a<br />
conscientização civil sobre os direitos de uma<br />
comunidade”<br />
Luís Henrique Scabello de Oliveira<br />
Presidente da CANASOL<br />
Tudo precisa começar... e é com<br />
este diálogo que iniciamos uma nova<br />
fase no contexto econômico e social da<br />
cidade, pois há em nós o interesse em<br />
buscar conhecimentos vivenciados por<br />
outras instituições.<br />
Foi desta forma que o presidente da<br />
CANASOL, Luís Henrique Scabello de<br />
Oliveira, iniciou sua participação no encontro<br />
organizado pela Revista Comércio,<br />
Indústria e Agronegócio em outubro<br />
passado, cinco dias após Edinho Silva<br />
ser novamente eleito para quatro anos<br />
de governo municipal a partir de 2017.<br />
“Temos uma riqueza enorme em nossa<br />
cidade, envolvendo<br />
representações econômicas<br />
da indústria, do<br />
comércio, da agricultura,<br />
dos serviços e nós<br />
precisamos nos articular.<br />
Lamentavelmente,<br />
nestes últimos anos<br />
o país ficou nas mãos<br />
da política, quando na<br />
verdade tem que ficar<br />
nas mãos dos brasileiros<br />
e como brasileiros,<br />
temos que reivindicar<br />
esta nossa posição”.<br />
No entendimento do<br />
dirigente, estas oportunidades<br />
são importantes<br />
para que as classes econômicas<br />
se conheçam e para<br />
que, depois, os cenários<br />
sejam criados. Luís Henrique<br />
propôs que entidades<br />
busquem o empoderamento,<br />
termo bastante usado na<br />
atualidade, que em linhas<br />
gerais significa a adoção de<br />
atitudes que levem a melhor visibilidade<br />
do papel social que essas entidades<br />
exercem perante a sociedade, resultando<br />
em transformações nas relações<br />
sociais, políticas, culturais, econômicas<br />
e de poder com responsabilidade e respeito<br />
ao outro, sempre dentro das regras<br />
democráticas e de cidadania.<br />
Este é o nosso grande objetivo, disse<br />
o presidente da CANASOL, através<br />
de um diálogo bastante fluído e unificado<br />
para que possamos fazer-nos representar<br />
diante dos Poderes Públicos<br />
(municipal, estadual e federal), defendendo<br />
os anseios da nossa cidade.<br />
Para ele, não há distinção da importância<br />
do papel de cada instituição.<br />
Nenhuma vive sem a outra dentro da<br />
economia. Luís Henrique destacou ainda<br />
que a partir do consenso, as entidades<br />
deverão seguir um objetivo comum.<br />
O presidente da CANASOL considera<br />
que o Brasil passou muito tempo<br />
preocupado com outras coisas, que<br />
não os legítimos interesses do país<br />
e de sua população. E agora a conta<br />
deverá ser paga por todos nós. O que<br />
resta é apenas trabalhar pelo país.<br />
A Canasol nasceu do sonho de um<br />
grupo de produtores de cana, associação<br />
de classe fundada há 64 anos, que<br />
representa mais de mil produtores<br />
de cana da região central do Estado<br />
de São Paulo. Sem deixar de lado os<br />
seus principais objetivos de lutar pelos<br />
interesses de seus associados, a Canasol<br />
também busca através de sua liderança<br />
no setor agrícola regional contribuir com<br />
o desenvolvimento econômico e social<br />
por meio de parcerias e engajamento em<br />
projetos como este lançado pela Revista<br />
Comércio e Indústria. Estamos cientes do<br />
nosso papel na sociedade e apoiamos<br />
todo tipo de iniciativa que julgamos<br />
importante para o crescimento da nossa<br />
região, destaca Luís Henrique, presidente<br />
da Canasol.<br />
12
Logo que Luís Henrique Scabello<br />
de Oliveira se elegeu presidente da CA-<br />
NASOL em março de <strong>2016</strong>, houve com<br />
o Sindicato Rural de Araraquara uma<br />
aproximação muito forte e a certeza<br />
que a partir daquele momento caminhariam<br />
juntos em defesa dos interesses<br />
da classe - produtor rural - e fortalecimento<br />
do agronegócio.<br />
Nicolau de Souza Freitas, presidente<br />
do Sindicato Rural, hoje além de fazer<br />
parte da diretoria da CANASOL, da<br />
mesma forma que Luís Henrique está<br />
na diretoria do sindicato, reconhece que<br />
até o ano passado havia certa dificuldade<br />
em manter a relação entre as duas<br />
entidades e agora juntos torna a união<br />
um fato positivo para o agronegócio.<br />
No encontro com o CIESP, CANASOL<br />
e SINCOMERCIO, Nicolau foi objetivo ao<br />
reconhecer que a situação enconômica<br />
atual é bastante complicada tanto para<br />
a agricultura, quanto para o comércio e<br />
a indústria: “Passamos por uma transição<br />
e não sabemos onde ela vai chegar;<br />
acho que o consenso poderá demorar e<br />
para abreviarmos esse desconforto econômico<br />
vamos ter que nos empenhar”.<br />
Como presidente do sindicato,<br />
membro da Câmara Setorial da Citricultura<br />
em Brasília, do Conselho Fiscal<br />
do SENAR-SP, e de outras entidades representativas<br />
do setor, entendo que a<br />
união de todos neste momento de instabilidade<br />
da economia é importante<br />
para o diálogo: “Temos que nos reunir<br />
mais vezes, discutir os problemas que<br />
nos envolvem, bem como as políticas<br />
sociais, a cidade em sí. Não somos de<br />
sair em busca de benefícios próprios,<br />
mas de reivindicar pela classe e cidade.<br />
Nosso objetivo é de uma política<br />
propositiva, solicitar por<br />
situações que sejam boas<br />
para todos”, comentou Nicolau<br />
de Souza Freitas.<br />
Enfático ao comentar<br />
que “nós não vivemos de<br />
favores, nós vivemos do trabalho,<br />
geramos riquezas”,<br />
o presidente do Sindicato<br />
Rural quis também deixar<br />
claro que “o produtor rural<br />
vive do trabalho, trabalha<br />
e participa da geração de<br />
riquezas para o País” e<br />
completou: “É isso que sabemos<br />
fazer, trabalhar”.<br />
Nicolau agradeceu os<br />
elogios que lhe foram atribuídos<br />
pela sua simplicidade<br />
e a forma com que tem<br />
conduzido o sindicato desde<br />
1985. O relacionamento<br />
com os produtores rurais é<br />
que o tem classificado como<br />
um dos dirigentes mais populares<br />
e de muito respeito<br />
na classe.<br />
Nicolau de<br />
Souza Freitas,<br />
presidente do<br />
Sindicato Rural<br />
de Araraquara<br />
“Hoje estamos passando através da revista<br />
o que se passa na agricultura, tudo que é<br />
importante não só para as pessoas que vivem<br />
no campo como para a sociedade. Não<br />
apenas produzimos como também sabemos da<br />
importância de se preservar o meio ambiente,<br />
que é o nosso patrimônio”.<br />
Nicolau de Souza Freitas<br />
Presidente do Sindicato Rural de Araraquara<br />
Criado em 1965, é um dos<br />
sindicatos mais antigos da<br />
categoria em todo o País.<br />
Sua importância está em<br />
defender os interesses da<br />
classe e desenvolver intenso<br />
trabalho social, realizando<br />
cursos em parceria com<br />
o SENAR SP para os<br />
pequenos produtores rurais,<br />
levando-os à capacitação<br />
para produzir e alcançar<br />
mercados dentro do<br />
agronegócio.<br />
13
“Cada segmento tem seus problemas, suas dificuldades. Vivemos<br />
um período extremamente dificil, temos que acreditar nas<br />
mudanças estruturais que anunciam, também enfrentar os desafios<br />
da previdência trabalhista e a criação de regras para o trabalho<br />
terceirizado. Este encontro com o SINCOMERCIO, CANASOL e<br />
Sindicato Rural nos estimula para a troca de informações entre as<br />
entidades e a busca de soluções, através do diálogo, para questões<br />
mais próximas do nosso convivio”.<br />
Ademir Ramos da Silva<br />
Diretor Regional do CIESP Araraquara<br />
Ademir Ramos da Silva, diretor regional do CIESP<br />
Araraquara<br />
Diretor Titular Regional do Centro<br />
das Indústrias do Estado de São Paulo –<br />
Ciesp em Araraquara, o empresário Ademir<br />
Ramos da Silva, da Alumínio Fort Lar<br />
Indústria e Comércio, é na atualidade um<br />
dos mais atuantes membros da entidade<br />
fundada em 1928. Agradecido por participar<br />
do grupo representativo da classe<br />
industrial no encontro, Ademir considera<br />
impossível haver uma separação entre<br />
economia e política no Brasil pela circunstância<br />
que a nossa democracia apresenta,<br />
no entanto, pondera: “O governo não<br />
atrapalhando já está ajudando muito”.<br />
Visualizando um País desarrumado, ele<br />
entende que “para consertar o Brasil serão<br />
necessárias mudanças estruturais pesadas”,<br />
uma delas direcionada à previdência<br />
trabalhista que deixa o industrial de mãos<br />
atadas com questões simples, como admissão<br />
e demissão de funcionários.<br />
“O governo pretende levar adiante a<br />
reforma da legislação trabalhista e pelo<br />
menos duas propostas vêm sendo discutidas:<br />
uma para atualizar a Consolidação<br />
das Leis do Trabalho (CLT), que completou<br />
73 anos, e outra com definição de<br />
regras para a terceirização de mão-deobra,<br />
tema que vem sendo discutido desde<br />
2003 pelo Projeto de Lei 4.330. O objetivo<br />
é uniformizar interpretações sobre<br />
normas de trabalho e diminuir as ações<br />
judiciais, privilegiando as negociações<br />
coletivas. “A CLT virou uma colcha de<br />
retalhos que permite interpretações<br />
subjetivas. Sua atualização<br />
é uma necessidade”,<br />
diz o dirigente, que participa<br />
mensalmente de reuniões no<br />
CIESP, na maioria das vezes<br />
junto de ministros do governo<br />
para discussão de assuntos<br />
econômicos. “Hoje temos que<br />
pagar por essas mudanças e são tantas<br />
que não dá para acontecer em apenas<br />
um mandato de governo, pois sendo<br />
questões políticas e sindicais, as decisões<br />
ficam rolando sem chegar a lugar<br />
nenhum”, argumentou.<br />
Na sua opinião, os reflexos deste desconforto<br />
refletem na economia de todo o<br />
País e uma coisa puxa outra: “Se a indústria<br />
não vai bem é porque o comércio não<br />
está comprando e isso se transforma em<br />
consequências”. A equação do problema<br />
se dá com a geração de renda, através<br />
do trabalho e do imposto, sistemática<br />
que não dá para ser diferente.<br />
Ele chega a apontar como alternativa<br />
para o País melhorar sua imagem econômica,<br />
o investimento internacional e a privatização<br />
de empresas como a Petrobras<br />
e o BNDS, que são apontadas pela crítica<br />
como fonte de saques.<br />
“Somos um País com 12 milhões de<br />
desempregados; tenho idade avançada<br />
e sou de origem humilde, nasci na agricultura.<br />
Quando vim para a cidade e até<br />
conseguir o meu negócio, passei por fases<br />
difíceis, sei o quanto isso representa<br />
para mim e o quanto castiga o trabalhador”,<br />
lembra.<br />
Em dado momento do encontro com<br />
Toninho Deliza, Luis Henrique Scabello<br />
de Oliveira e Nicolau de Souza Freitas, o<br />
diretor regional do CIESP indagou: “Como<br />
gerar emprego? Com que segurança<br />
podemos contratar sem ter consumo?<br />
A resposta veio de forma bem objetiva:<br />
“A indústria precisa contratar, mas o<br />
País possui uma legislação que dificulta.<br />
Como contratar nestes dois últimos meses<br />
do ano, se somos forçados a entrar<br />
em férias coletivas por conta de uma economia<br />
estagnada”.<br />
Considerando que a força da indústria<br />
é significativa para o País e apontando<br />
Paulo Skaff como um presidente (FIESP/<br />
CIESP) atuante, com amplos poderes<br />
de decisão na classe industrial e ótimas<br />
relações com o governo, Ademir Ramos<br />
da Silva lembra as reuniões constantes<br />
na federação, sempre com a presença<br />
de representantes ministeriais e a forma<br />
com que a classe busca discutir o fortalecimento<br />
da economia. Para ele, o governo<br />
tem que buscar alternativas visando<br />
minimizar o endividamento interno,<br />
estabilizar a economia, gerar empregos<br />
e dar crédito as mudanças propostas. Algumas<br />
formas já foram discutidas como<br />
arrecadar recursos através da CPMF ou<br />
aumentar os impostos a partir do ano<br />
que vem. Concordo que a aprovação da<br />
PEC 241, que limita o aumento dos gastos<br />
públicos, já foi um grande passo. O<br />
texto aprovado estabelece que as despesas<br />
da União (Executivo, Legislativo e<br />
Judiciário) só poderão crescer conforme<br />
a inflação do ano anterior, valendo a proposta<br />
por 20 anos, pois na verdade o país<br />
não aguenta mais a gastança, a mentira,<br />
o desrespeito ao dinheiro. Se a PEC não<br />
fosse aprovada seria o cáos, analisa o diretor<br />
regional do CIESP.<br />
“Não adianta esperar por milagre já;<br />
sabemos que o empresariado capenga,<br />
que as ações são demoradas e chegamos<br />
num ponto em que as empresas não<br />
aguentam mais”, conclui.<br />
14
“O CIESP vê com muita expectativa uma reunião como essa. A união<br />
dessas entidades trará muitos benefícios a cidade e juntos podemos<br />
promover ações capazes de ajudar nas dificuldades do empresário,<br />
orientar de forma objetiva e eficaz as dúvidas e necessidades, além<br />
de gerar oportunidades de negócios.<br />
Durante as minhas visitas às indústrias associadas e não associadas,<br />
percebo que os problemas são parecidos em todos os lugares e se<br />
conseguirmos mobilizar essas empresas, levantar suas demandas,<br />
fortalecidas por todas essas entidades, as mudanças necessárias serão<br />
conquistadas.<br />
Aproveito a oportunidade para deixar a nossa Diretoria Regional à<br />
disposição de todas as empresas, afinal somos a Casa da Indústria e<br />
estamos disponíveis para ajudar sempre, com os vários departamentos,<br />
treinamentos e eventos”.<br />
Michele Pelaes<br />
Coordenadora Regional<br />
do CIESP Araraquara<br />
Michele Pelaes, Coordenadora Regional<br />
do CIESP Araraquara, também<br />
participou do encontro e enalteceu que<br />
iniciativas para se discutir sobre o desenvolvimento<br />
da cidade, são positivas, pois<br />
abrem caminhos e perspectivas para um<br />
planejamento que ajude não só Araraquara,<br />
mas toda comunidade.<br />
O Centro das Indústrias do Estado de<br />
São Paulo (CIESP), entidade civil sem<br />
fins lucrativos, fundado em São Paulo,<br />
em 1928, reúne empresas industriais<br />
e suas controladoras, e associações<br />
ligadas ao setor produtivo, bem como<br />
empresas que possuem por objeto<br />
atividades diretamente relacionadas<br />
aos interesses da Indústria.<br />
Em Araraquara, a unidade CIESP,<br />
composta por 17 municípios,<br />
completou 62 anos de atividades<br />
15
“O diálogo permite o fortalecimento das bases”<br />
Tatiana Caiano Teixeira Campos Leite<br />
Vice presidente da Canasol<br />
ANÁLISE<br />
“O Encontro foi bastante profícuo.<br />
Em verdade, a reunião dos representantes<br />
de setores econômicos tão representativos<br />
ao ambiente socioeconômico<br />
de Araraquara só pode gerar<br />
discussões e análises essenciais a<br />
uma melhor realidade econômica local<br />
e regional. Mais de 50% do nosso PIB<br />
estavam presentes. São os representados<br />
do SINCOMERCIO Araraquara, CA-<br />
NASOL, CIESP Araraquara e Sindicato<br />
Rural de Araraquara.<br />
É exatamente a união e a pressão<br />
de setores organizados que permitem<br />
avaliações, demandas e projetos vitais<br />
para o desenvolvimento de uma cidade<br />
ou região. O que se propõe é exatamente<br />
isso, união setorial e representativa<br />
Tatiana Caiano Teixeira Campos<br />
Leite é vice presidente da CANASOL e<br />
para ela, movimentos deste tipo devem<br />
ser entendidos como um processo pelo<br />
qual podem acontecer transformações<br />
nas relações sociais, políticas, culturais,<br />
econômicas e de poder. O cargo<br />
que ocupa em uma instituição de peso<br />
dentro da comunidade a tem levado a<br />
refletir sobre as questões de necessidade<br />
da classe que representa: “Vivemos<br />
um período extremamente difícil é verdade,<br />
com reflexos em vários setores<br />
da economia, porém o agronegócio se<br />
sustenta pelo desempenho das suas<br />
culturas e tem se transformado num<br />
dos pilares de sustentação do País”.<br />
para gerar trabalhos e atuação proativa<br />
de defesa dos interesses do setor privado<br />
local, aquele que gera emprego,<br />
renda e tributos ao município e à nossa<br />
região. A atuação deste grupo será por<br />
dois caminhos, uma junto às lideranças<br />
públicas municiais, sejam dos Legislativo<br />
ou do Executivo, outra de cunho<br />
geral nacional, onde as representações<br />
dos líderes sindicais e civis possuem<br />
voz ativa e respeito para batalhar por<br />
melhorias ao ambiente de negócios.<br />
O projeto de união setorial, comércio,<br />
indústria e agronegócio tem por<br />
norte propor medidas e projetos para<br />
continuidade de um crescimento econômico<br />
sustentável à economia de Araraquara.”<br />
A dirigente da CANASOL deixou<br />
transparecer que quando as entidades<br />
se únem, qualquer tipo de ação se torna<br />
mais forte: “A nossa associação é<br />
formada por pessoas sempre interessadas<br />
em dialogar visando naturalmente<br />
o bem-estar da comunidade; e os nossos<br />
propósitos realmente são estes de<br />
avançarmos com a representatividade,<br />
demonstrando interesse no envolvimento<br />
e na discussão de questões que<br />
poderão trazer benefícios para o município”,<br />
comentou Tatiana, que é na história<br />
da CANASOL, antiga Associação<br />
dos Forncedores de Cana de Araraquara,<br />
a primeira mulher a ocupar um cargo<br />
tão importante.<br />
Jaime Vasconcellos é coordenador do Núcleo<br />
de Economia do SINCOMERCIO Araraquara<br />
e assessor econômico da Fecomercio-SP e<br />
a sua participação e acompanhamento dos<br />
comentários e propostas valorizou o encontro<br />
organizado pela Revista Comércio, Indústria<br />
e Agronegócio<br />
16
Temos ciência da nossa responsabilidade como coordenador do<br />
SENAR-SP na região de Araraquara; o nosso projeto em parceria<br />
com o Sindicato Rural e a Fundação Itesp não tem outro objetivo<br />
senão capacitar o pequeno produtor rural, dando-lhe condições<br />
de tornar a terra onde mora, em algo rentável”<br />
Mário Porto<br />
Coordenador do SENAR-SP Araraquara<br />
Aos olhos do sistema FAESP/SE-<br />
NAR-SP, os programas de qualificação<br />
realizados em nosso município têm alcançado<br />
pontuação máxima desde a<br />
criação dos projetos. O encontro organizado<br />
pela Revista Comércio, Indústria<br />
e Agronegócio em outubro, serviu para<br />
que o coordenador Mário Porto fizesse<br />
uma explanação sobre os programas<br />
e também mostrar as pendências do<br />
agronegócio no pequeno meio rural.<br />
“Nós estamos dando formação a<br />
essa gente, pois sabemos que eles podem<br />
ter a sua propriedade como fonte<br />
de renda”, destacou o dirigente. Desde<br />
o começo do ano vários programas envolvendo<br />
o pequeno agricultor foram<br />
realizados, cada um marcado<br />
pela necessidade do produtor e<br />
do meio em que ele vive.<br />
Hoje uma das grandes preocupações<br />
do consumidor é a<br />
alimentação com produtos orgânicos,<br />
quer dizer, sem uso dos<br />
agrotóxicos, o que vai fazer bem<br />
para o meio ambiente e para o ser humano.<br />
O programa Olericultura Orgânica<br />
em novembro chegou ao seu final com<br />
a formação de diversos produtores.<br />
Além disso, o sistema FAESP/SENAR-<br />
SP, através do Sindicato Rural e da Fundação<br />
Itesp, ensinou aos proprietários<br />
de pequenas terras como cultivar e<br />
comercializar o maracujá, a pupunha,<br />
a banana e como desenvolver culturas<br />
que vão gerar rendas.<br />
Uma feira já está sendo projetada<br />
em parceria com o município para a<br />
comercialização dos produtos colhidos<br />
nas propriedades dos produtores capacitados.<br />
Há também uma preocupação<br />
com os chamados cursos de preventivos<br />
(animais peçonhentos).<br />
17
OPORTUNIDADE<br />
‘Rodada de Negócios’ é sucesso<br />
em Araraquara<br />
Evento patrocinado pelo Ciesp<br />
reuniu empresários de toda a<br />
Região, no Ginásio do Sesi da<br />
cidade<br />
Airton Tadeu Siste, gerente do Ciesp<br />
Com o objetivo de favorecer negócios<br />
e aproximar empresas da Região,<br />
a ‘Rodada de Negócios’ levou cerca<br />
de 120 empresários para o Ginásio<br />
do Sesi no último dia 25 de outubro. O<br />
evento, patrocinado pelas unidades do<br />
CIESP Araraquara, São Carlos e Matão,<br />
começou às 14h e encerrou-se quatro<br />
horas depois.<br />
Ao todo, 19 empresas âncoras de<br />
médio e grande porte de todo o País<br />
ficaram representadas por pessoas<br />
sentadas em mesas fixas. Por elas, representantes<br />
e executivos de negócios<br />
realizaram um literal rodízio, onde promoviam<br />
reuniões curtas, com no máximo<br />
dez minutos de duração.<br />
Vale lembrar que o evento está em<br />
sua terceira edição na Região. Segundo<br />
números de balanço do próprio CIESP,<br />
em <strong>2016</strong>, um volume de negociação<br />
girou em torno dos R$ 43,5 milhões,<br />
28% maior que os 35 milhões de 2009,<br />
primeiro ano da ‘rodada’.<br />
Encontro de <strong>2016</strong> promoveu 907 reuniões<br />
ANÁLISE<br />
Airton Tadeu Siste, gerente do<br />
CIESP, em seu discurso de abertura,<br />
ressaltou a importância do encontro,<br />
agradecendo também a todos os parceiros<br />
que ajudaram na realização do<br />
evento na Morada do Sol. “Iniciativas<br />
do tipo somam para aquecer ainda<br />
mais o mercado, desejo ótimos negócios<br />
a todos”, completou. O discurso de<br />
Siste ganhou ainda mais força na voz<br />
de Fernando Bossani, analista de negócios<br />
CIESP. Ele julga que iniciativas do<br />
tipo encurtam o tempo de uma possível<br />
negociação. “Essa aproximação rápida<br />
com empresas de grande e médio porte<br />
é muito interessante. Às vezes, marcar<br />
uma reunião pode demorar meses<br />
e, na rodada, todo esse processo fica<br />
mais fácil”, analisa.<br />
“Iniciativas como a<br />
Rodada de Negócios<br />
somam para aquecer<br />
ainda mais o mercado,<br />
desejo ótimos negócios<br />
a todos”,<br />
Airton Tadeu Siste<br />
Gerente do Ciesp<br />
18
ADORÁVEL DESCOBERTA<br />
Em 1930 alunos da nossa Farmácia já usavam o<br />
álcool como combustível nos carros da época<br />
Aquele 7 de setembro de 1930<br />
entrou para a história em<br />
Araraquara. Era um domingo,<br />
mais ou menos 9 horas da<br />
manhã quando professores e<br />
alunos da Escola de Farmácia<br />
de Araraquara, se juntaram<br />
na frente da faculdade para<br />
comemorar o sucesso de uma<br />
inesquecível experiência.<br />
com a criação do primeiro carro a álcool<br />
do país. A Escola de Farmácia em Araraquara<br />
foi fundada quatro anos antes<br />
pela ousadia de Bento de Abreu Sampaio<br />
Vidal, juntamente com a Escola de<br />
Odontologia.<br />
Professores e alunos em frente a<br />
Escola de Farmácia comemorando<br />
o sucesso da experiência fazendo o<br />
“pé-de-bode” andar com álcool<br />
A HISTÓRIA<br />
Em 23 de junho de 1927, a Usina<br />
Serra Grande, localizada no município<br />
de São José da Laje - Alagoas, anunciava<br />
em um grande evento no Recife, o início<br />
Quando os professores da antiga<br />
Escola de Farmácia de Araraquara, em<br />
1925, tiveram conhecimento de que<br />
os “pés de bode” da época poderiam<br />
ser movidos a alcool - hoje etanol - se<br />
apressaram em aperfeiçoar a descoberta.<br />
Na verdade, a primeira experiência<br />
de uso do etanol como combustível<br />
no Brasil aconteceu no ano de 1925,<br />
CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE<br />
19
Professores e alunos da Escola de Farmácia em 1925 participantes da pesquisa: Gonçalo<br />
Samarra (2), Francisco Scalamandré Sobrinho (3), Luiz Novais (4), Dr. Fernando Carrazedo<br />
(5), Gentil (7), Carlos Tucci (8), Ivo Martinez Perez (10) e Hugo Cariani (11). Outros quatro<br />
participantes não foram identificados.<br />
da produção do etanol combustível (conhecido<br />
como USGA), alternativo à gasolina.<br />
O empreendimento manteve-se até<br />
os primeiros anos da década seguinte<br />
com relativo êxito em Pernambuco e Alagoas,<br />
estados onde sua comercialização<br />
atingiu níveis expressivos. Outras misturas<br />
de etanol combustível surgiram<br />
no país durante este período: Azulina,<br />
Motorina e Cruzeiro do Sul entre outras.<br />
Em 1940, com a queda nos preços do<br />
petróleo, estes empreendimentos não<br />
tiveram condições de prosseguir.<br />
Conhecedor profundo sobre a produção<br />
de cana em nosso País, o agrônomo<br />
Luis Henrique Scabello de Oliveira,<br />
presidente da CANASOL e membro da<br />
Câmara Setorial da Cana-de-Açúcar em<br />
Brasília, diz que a experiência também<br />
passou a ser feita pelos professores e<br />
alunos da Escola de Farmácia em Araraquara,<br />
a partir de 1928. A principal<br />
motivação para tal alternativa, era a crise<br />
na indústria e agricultura provocada<br />
pela retração do mercado internacional<br />
do pós-guerra (1914/1918), considerada<br />
guerra global centrada na Europa. O<br />
conflito envolveu as grandes potências<br />
de todo o mundo, culminando com a depressão<br />
econômica em 1930.<br />
Para diferenciar um combústivel do<br />
outro - a gasolina era amarela - adicionava-se<br />
ao etanol e ao éter o azul de mitileno,<br />
daí o nome comercial de Azulina.<br />
POR QUE NÃO DEU CERTO?<br />
Segundo Luís Henrique, naquela<br />
época quem fazia o transporte da<br />
Azulina até o Recife era uma companhia<br />
inglesa (Great-Western Brazil<br />
Rail-Way), que por sinal a mesma<br />
que fazia a importação: “Ocorreu um<br />
conflito de interesses muito grande e<br />
o que a companhia fez, sobretaxou o<br />
frete da tal Azulina que era o combustível<br />
à base de etanol e inviabilizou<br />
seu comércio porque precisava vender<br />
a sua gasolina que era importada<br />
em tambores”.<br />
Com a chegada da Segunda Guerra<br />
Mundial (1939-1945), com o racionamento<br />
da gasolina, surgiu outro<br />
combustível alternativo imposto pelo<br />
governo brasileiro obrigando os motoristas<br />
a converter seus carros para<br />
funcionar com gasogênio (gás obtido<br />
por meio da queima de carvão).<br />
Para ser usado, o gasogênio requeria<br />
um equipamento acoplado na<br />
traseira dos veículos. O motor adaptado<br />
para gasogênio funcionava com<br />
os gases (nitrogênio, hidrogênio, monóxido<br />
de carbono, metano) obtidos<br />
pela queima do carvão ou da lenha.<br />
O uso da cana como combustível<br />
voltou a ocorrer em 1975 com a criação<br />
do Proálcool, substituindo por álcool<br />
etílico, a gasolina.<br />
20
Prédio da Escola<br />
de Farmácia, hoje<br />
Faculdade de Farmácia<br />
da UNESP, na Rua<br />
Expedicionários do<br />
Brasil, em 1921<br />
Nos últimos anos o Brasil teve um desenvestimento<br />
na área o petróleo; as refinarias que deveriam<br />
ter ficado prontas, não ficaram e o consumo<br />
de combustível mantém-se regular apesar da<br />
crise. Há uma projeção de que a partir de<br />
2020 nós poderemos ter grande dificuldade de<br />
abastecimento de gasolina. Nesse cenário é que<br />
eu quero dizer que o etanol pode ser o grande<br />
substituto nessa questão, pois 100% da frota<br />
de veículos vai ser flex”.<br />
Luís Henrique Scabello de Oliveira<br />
Presidente da CANASOL<br />
A utilização do álcool como combustível<br />
foi uma inovação brasileira para<br />
tentar diminuir a dependência frente<br />
ao petróleo. O álcool combustível, ou<br />
etanol, possui característica de biocombustível,<br />
uma vez que é extraído<br />
de vegetais, tais como cana-de-açúcar,<br />
mandioca, milho ou beterraba.<br />
Para a inserção no mercado do combustível<br />
e também de veículos movidos<br />
a álcool, o governo implantou o Proálcool,<br />
projeto que visava motivar a produção<br />
desse alternativo combustível,<br />
além da redução de tarifas fiscais na<br />
aquisição de veículos movidos a etanol.<br />
O que determinou a criação do projeto<br />
citado foi a crise do petróleo que se<br />
desenvolveu nos anos 70.<br />
Lado direito, a sede da<br />
Usina Serra Grande,<br />
nas Alagoas, onde<br />
produziu o álcool como<br />
combustível em 1927<br />
Para a implantação do projeto, lembra<br />
Luís Henrique, o governo direcionou<br />
esforços para dinamizar e atingir uma<br />
produção em grande escala do combustível<br />
com intuito de abastecer por<br />
completo o mercado.<br />
Por outro lado, as indústrias de veículos<br />
instaladas na época realizaram<br />
as devidas adaptações na engenharia<br />
mecânica dos motores para funcionar<br />
com o álcool.<br />
As indústrias automobilísticas da<br />
época eram basicamente Volkswagen,<br />
Fiat, Ford e General Motors que produziam<br />
duas versões de motorização: álcool<br />
e gasolina.<br />
O Fiat 147 foi o primeiro modelo de<br />
veículo com motor movido a álcool, isso<br />
em 1978, caindo no gosto popular até<br />
1986, ano em que praticamente todos<br />
os carros fabricados eram movidos a<br />
esse combustível.<br />
No entanto, a prosperidade<br />
desse biocombustível logo<br />
entrou em declínio, derivado<br />
pela ausência de subsidio<br />
governamental, além disso,<br />
os produtores rurais deixaram<br />
de produzir o álcool devido<br />
o alto preço do açúcar<br />
no mercado. Houve também<br />
a exportação de etanol para<br />
os Estados Unidos a partir de<br />
1991, esses e outros fatores<br />
conduziram a extinção do<br />
projeto Proálcool.<br />
Outro fator determinante<br />
para o fim do projeto<br />
está ligado a problemas técnicos nos<br />
veículos, que ao serem ligados tinham<br />
que permanecer durante certo período<br />
aquecendo o motor, sempre com o afogador<br />
acionado. O problema se agravava<br />
nos períodos do ano com temperaturas<br />
baixas.<br />
Atualmente, os veículos não oferecem<br />
tais inconvenientes ao seu dono,<br />
basta ligá-los e imediatamente sair sem<br />
nenhum impedimento técnico, além<br />
disso, os carros modernos são fabricados<br />
com duas opções de combustíveis<br />
em um mesmo motor, denominados de<br />
flex, tecnologia que aceita gasolina e<br />
álcool ao mesmo tempo, em qualquer<br />
proporção de ambos combustíveis.<br />
21
AJUDANDO O PRÓXIMO<br />
Força, fé e solidariedade<br />
Estes são os pilares que<br />
sustentam a vida da<br />
araraquarense Elisângela<br />
Cristina Mendes da Silva, que<br />
cuida, em sua casa, de três<br />
pessoas portadoras de doença<br />
rara; grupo ‘Amigos da Fé’<br />
promove ações solidárias para<br />
ajudar a família.<br />
‘Deus foi e sempre será bom para<br />
minha família’. É desta maneira que a<br />
araraquarense Elisângela Cristina Mendes<br />
da Silva, de 39 anos, busca forças<br />
para superar um problema de saúde<br />
que, há muitos anos, bateu à porta de<br />
sua casa.<br />
É que seu marido, Jeryel Munhoz<br />
Valante Júnior (41) e seus filhos,<br />
Jeryelen Munhoz Valante (15) e Isaac<br />
Munhoz Valante (1), são portadores da<br />
osteopsatirose, doença rara conhecida<br />
como ‘ossos de vidro’.<br />
Tal anomalia afeta diretamente a<br />
produção do colágeno, proteína essencial<br />
para o corpo humano. Sua ausência<br />
deixa os ossos frágeis e sensíveis.<br />
Assim, eles podem quebrar em virtude<br />
de um movimento qualquer. A doença<br />
não é letal, tem tratamento paliativo,<br />
O grupo Amigos da Fé tem cinco anos de existência e conta hoje com 17 voluntários<br />
porém seu quadro é irreversível.<br />
Logo, dentro de casa, o repouso e<br />
o cuidado para evitar quedas e acidentes<br />
são algumas das atitudes preventivas<br />
para diminuir os riscos de lesões,<br />
afinal, quando há alguma fratura, o<br />
gesso e ‘a cama’ são os principais tratamentos.<br />
Nessa tarefa, Elisângela<br />
tem a companhia<br />
de sua outra filha, Jeryhane<br />
Valante, de 14. Ambas são<br />
saudáveis.<br />
“Claro que temos<br />
muitas dificuldades em<br />
nossa rotina, porém sempre<br />
procuramos meios para<br />
tentar sobreviver a tudo<br />
isso. Eu faço artesanato,<br />
mas no momento estou<br />
apenas me dedicando a<br />
eles. Minha filha e eu fazemos<br />
tudo”, conta.<br />
E boa parte do dinheiro é gasto com<br />
viagens a Ribeirão Preto, onde Isaac e<br />
Jeryel realizam consultas no Hospital<br />
das Clínicas. Lá, ele é tratado com um<br />
medicamento chamado pamidronato.<br />
Os irmãos também fazem fisioterapia<br />
na Universidade Paulista (Unip) de Araraquara.<br />
Mas será que mesmo após o diagnóstico<br />
de Jeryelen, o medo de ter<br />
mais um filho doente falou mais alto na<br />
vida de Elisângela e Jeryel? Sim e não.<br />
Segundo ela, a outra gestação foi por<br />
acidente e, de acordo com uma previsão<br />
médica, as chances eram de 50%.<br />
“Depois que soubemos que a<br />
Jeryelen e o Isaac eram portadores da<br />
osteopsatirose, não tínhamos mais o<br />
que fazer. Eles já estavam dentro de<br />
mim e jamais os tiraria. Acredito em<br />
Deus e sei que nele vou buscar forças<br />
para alimentar nossa batalha”, finaliza.<br />
Cândida Alier, formadora do grupo,<br />
ao lado do marido, Aislan Serpa<br />
22
UNIDOS POR UMA CAUSA<br />
Com o objetivo de ajudar voluntariamente<br />
a família, o Grupo ‘Amigos na<br />
Fé’, de Araraquara, realiza uma campanha<br />
para arrecadar fraldas no tamanho<br />
G e GG, além de outros suprimentos.<br />
No dia 20/11, um almoço beneficente<br />
ocorre na Chácara do Nelson, local<br />
que abre, com frequência, espaço para<br />
eventos ligados a causas sociais em<br />
Araraquara.<br />
Os convites custam R$ 35 e podem<br />
ser comprados na sede do grupo (Rua<br />
Luiz Piquera Lozano, 279, no Jardim<br />
Morumbi). A noite solidária terá música<br />
ao vivo a cargo de Gustavo Bombarda<br />
e barracas de comida com yakisoba e<br />
tempurá.<br />
“Além das fraldas, arrecadamos também<br />
alimentos e outros itens. Para mais<br />
informações, o telefone é (16) 3397-<br />
8404. Também temos página no facebook.”,<br />
comentou a voluntária Juliana<br />
Paula de Oliveira, da Amigos na Fé.<br />
Juliana é irmã de Cândida Alier, a<br />
Duda, fundadora do projeto. “Meu pai<br />
Horácio e minha mãe, Minolina, sempre<br />
trabalharam com solidariedade.<br />
Eles foram minha inspiração. Daí comecei<br />
a falar com amigos e parentes<br />
e fundamos o grupo”, explica Cândida.<br />
O ‘Amigos na Fé’ tem cinco anos de<br />
atuação em Araraquara e hoje conta<br />
com a participação de 17 pessoas. O<br />
primeiro caso que o grupo trabalhou foi<br />
o ‘do menino Arthur’, cuja mãe abandou<br />
um tratamento de câncer para salvar<br />
a vida do filho. Para tal, foram feitas<br />
rifas e feijoadas. “Normalmente, trabalhamos<br />
com uma causa por vez. Agora<br />
estamos focados em ajudar a família<br />
Valante e tenho certeza que vamos obter<br />
sucesso”, finaliza Juliana.<br />
Você também pode doar!<br />
Banco Caixa Econômica Federal<br />
Agência: 0282<br />
Operação: 023<br />
Conta Poupança: 0000 5763-4<br />
Elisângela Cristina Mendes da Silva<br />
Jeryelen Munhoz<br />
Valante e Isaac<br />
Munhoz Valante<br />
são portadores da<br />
osteopsatirose<br />
23
FATOS & FOTOS<br />
CAMINHO LIVRE?<br />
O empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da construtora<br />
UTC e delator da Lava Jato, em novo depoimento<br />
ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enfatizou, mais<br />
uma vez, que as doações feitas à campanha de<br />
Dilma Rousseff em 2014 foram legais, isentando<br />
então o prefeito eleito de Araraquara e coordenador<br />
financeiro da campanha, Edinho Silva, de qualquer<br />
irregularidade e de ter lhe pedido propina. Pessoa<br />
pontuou que os recursos repassados para as<br />
campanhas de Dilma e Aécio tiveram a mesma<br />
origem, o caixa das empresas do Grupo UTC, que<br />
era unificado. À campanha de Dilma, foi feita a<br />
doação de R$ 7,5 milhões, já para a campanha do<br />
candidato do PSDB, R$ 4,5 milhões. Para Edinho,<br />
que sempre defendeu as apurações da Lava Jato,<br />
o depoimento de Ricardo Pessoa confirma, mais<br />
uma vez, que a campanha de Dilma em 2014<br />
foi conduzida dentro das leis estabelecidas. ‘Estou<br />
tranquilo pois sempre agi de forma ética e dentro<br />
da legalidade, não sou processado, e não sou réu<br />
em nenhum processo e tenho a maior disposição<br />
em esclarecer qualquer dúvida que existir’, disse<br />
o novo prefeito da Morada do Sol. Cabe a nós,<br />
araraquarenses, ‘dar tempo ao tempo’, torcendo<br />
sempre para que a verdade prevaleça.<br />
RODANDO O BRASIL<br />
O músico araraquarense Carrapicho Rangel<br />
vive um grande momento em sua carreira.<br />
Primeiro instrumentista formado em bandolim<br />
no Conservatório de Tatuí, ele divide seu tempo<br />
entre aulas e shows por todo o território nacional,<br />
principalmente ao lado do músico Sandami.<br />
ORQUESTRA ESCOLA<br />
Após atender cerca de 200 crianças e adolescentes<br />
em 2015/<strong>2016</strong> com aulas de música erudita<br />
gratuitas, o projeto Orquestra Escola prepara-se<br />
para o ano de 2017. Com aprovação na Lei<br />
Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), que<br />
possibilita empresas tributadas no lucro real e<br />
cidadãos (pessoa física) aplicarem uma parte do<br />
IR (imposto de renda) devido em ações culturais,<br />
a iniciativa busca agora parceiros para iniciar<br />
suas atividades. O coordenador Geraldo Souza<br />
convida as empresas interessadas a entrarem<br />
em contato pelo e-mail projetoorquestraescola@<br />
gmail.com. Vamos ajudar a fomentar o ensino<br />
musical em nossa cidade e contribuir com a<br />
inclusão e transformação social, consequência<br />
desta ação.<br />
24<br />
Edinho Silva participou da campanha da<br />
presidente Dilma Rousseff em 2014, cujo<br />
valor gira em torno de R$ 7,5 milhões<br />
SUBINDO<br />
(literalmente)<br />
O Imposto Predial<br />
e Territorial Urbano<br />
(IPTU) será reajustado<br />
em 7,5% no próximo<br />
ano, em Araraquara,<br />
após aprovação, em<br />
Sessão Ordinária, da Lei<br />
Complementar que trata<br />
da reposição inflacionária<br />
do Imposto Predial e<br />
Territorial Urbano, com<br />
base no IPCA (Índice<br />
Nacional de Preços ao<br />
Consumidor Amplo)<br />
projetado para <strong>2016</strong>. O<br />
projeto obteve apoio de<br />
12 parlamentares, contra<br />
5 votos contrários.<br />
DESCENDO<br />
Muitas pessoas<br />
comentam que<br />
reclamar é um dos<br />
esportes favoritos<br />
do brasileiro. Tudo<br />
bem, a afirmação<br />
pode até ter um certo<br />
sentido. Mas quando<br />
falamos de problemas<br />
de infraestrutura<br />
em Araraquara, os<br />
imensos buracos nas<br />
ruas ganham um<br />
espaço importante.<br />
Por aqui, ao invés de<br />
reclamar, o esporte<br />
poderia ser recapear.<br />
Ou mesmo cuidar.<br />
Que tal?<br />
SAINDO DO VERMELHO<br />
Os contribuintes araraquarenses com débitos com<br />
o Município podem aderir ao Programa Especial<br />
de Quitação da Dívida Ativa (PEQ-DA) para<br />
saldar suas dívidas até o dia 30 de novembro.<br />
Para participar do Programa, os devedores de<br />
IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), ISSQN<br />
(Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza)<br />
e Taxa de Poder de Polícia, além de multas e<br />
outros tributos relativos ao ano de <strong>2016</strong> e de anos<br />
anteriores, devem procurar pela Prefeitura.
FRASE<br />
O Carlos Alberto<br />
Torres era um<br />
jogador diferente.<br />
Poucos atletas,<br />
Wilson Luiz<br />
nos dias de hoje,<br />
entendem o peso e a importância de ser um<br />
capitão de um time de futebol. No campo,<br />
ele orientava e comandava com muita<br />
personalidade e liderança. Seu apelido,<br />
‘Capita’, era mais do que justo<br />
Comentário do locutor esportivo Wilson<br />
Luiz sobre a morte de Carlos Alberto Torres,<br />
capitão da seleção brasileira que conquistou o<br />
tricampeonato em 1970; Luiz narrou muitos de seus<br />
jogos da época em que o atleta atuava pelo Santos.<br />
SAIBA OS SEUS DIREITOS<br />
A maior parte dos consumidores desconhece o<br />
Código de Defesa do Consumidor que, completou<br />
em setembro, 26 anos de atuação. É uma lei que,<br />
mesmo com algumas imperfeições, assegura o<br />
consumidor em algumas práticas em relação a<br />
compras como, por exemplo, onde os produtos<br />
expostos em vitrines devem ter o preço e o preço<br />
não pode ser alterado se o consumidor pagar à<br />
vista, seja no cartão ou em dinheiro. São inúmeros<br />
ítens que podem ajudar o consumidor, porém<br />
muitos consumidores desconhecem, ficando sem<br />
respaldo do Código. Em Araraquara, a defesa<br />
do consumidor é uma iniciativa do ex-vereador<br />
Ariovaldo Del´Acqua.<br />
ARARAQUARA NO BOLSHOI<br />
A Escola Municipal de Dança “Iracema<br />
Nogueira” cedeu quatro de seus alunos (Artur,<br />
Giuliano, José Felisbino e Miguel) para a Escola<br />
do Teatro Bolshoi no Brasil. Acompanhados<br />
pela gestora da EMD, Vivian Ibelli Tavares, dos<br />
professores Carlos Fonseca e Inaiá Braghini, e<br />
pelos pais, os estudantes participaram de uma<br />
audição nacional no último mês de outubro<br />
da sede da escola em Joinville (SC). Os quatro<br />
foram selecionados entre mais de 650 crianças<br />
e adolescentes. Os candidatos da EMD foram<br />
escolhidos pela equipe da Bolshoi em setembro,<br />
quando estiveram em Araraquara para uma<br />
pré-indicação.<br />
Jovens agora integram o elenco da renomada<br />
companhia<br />
TECNOLOGIA<br />
Durante muitos anos, o mercado<br />
conhecia apenas duas formas de pagamento:<br />
Através de dinheiro vivo ou então<br />
através do velho talão de cheques.<br />
Muitos anos se passaram sem novidades,<br />
até que o cheque, fragilizado pelos<br />
altos índices de emissões de cheques<br />
sem fundos, praticamente caiu no descrédito.<br />
Com a evolução da tecnologia, chegou<br />
o momento da supremacia das<br />
maquininhas de cartões. E infelizmente,<br />
diz o diretor administrativo do SI-<br />
COOB Araraquara, Walter Francisco Orloski,<br />
o mercado acabou refém de duas<br />
grandes e únicas operadoras. Aluguéis<br />
das máquinas elevados, tarifas sobre<br />
as vendas abusivas, capturou uma parcela<br />
importante dos lucros dos empresários.<br />
Mesmo assim, alguns grupos<br />
de empreendedores unidos (como os<br />
postos de gasolinas), até que conseguiram<br />
negociar tarifas um pouco mais<br />
diferenciadas. Com o tempo, a situação<br />
começou a ficar um pouquinho mais<br />
justa quando apareceram as primeiras<br />
operadoras concorrentes.<br />
Sicoob lança a Sipag,<br />
a máquina dos<br />
bons negócios<br />
O SICOOB em Araraquara dá mais um importante passo<br />
para consolidar seu posicionamento na indústria de meios<br />
eletrônicos de pagamentos, disponibilizando a SIPAG,<br />
uma maquininha sem taxa de adesão e com a menor<br />
mensalidade do mercado.<br />
Menos de um ano e meio após<br />
seu lançamento, a maquininha<br />
do sistema SICOOB já está<br />
presente em mais de 10 mil lojas,<br />
restaurantes, supermercados e outros<br />
estabelecimentos por todo o país.<br />
A NOVIDADE<br />
No entanto, a mudança de fato<br />
mais expressiva aconteceu com o<br />
surgimento da máquina SIPAG. Com<br />
custos de longe muito mais atraentes,<br />
tecnologia superior, tarifas mais<br />
justas, com tudo de bom que uma<br />
operadora poderosa pode oferecer, a<br />
SIPAG chegou para transformar a<br />
realidade do mercado de pagamentos.<br />
Orloski hoje, apresenta a SIPAG<br />
como a máquina do SICOOB que é o<br />
maior sistema cooperativo do país. E<br />
o SICOOB como todos já sabem, não<br />
tem a finalidade de lucro.<br />
Informações sobre a SIPAG e negociações<br />
na sede do SICOOB Araraquara,<br />
na Avenida Barroso, 350 ou<br />
através do telefone (16) 3331.2170.<br />
25
HISTÓRIA<br />
O elo entre Bueno de<br />
Andrada e a Família Freitas<br />
Por: Paulo Roberto de Freitas<br />
Rebuscar o passado histórico<br />
desse pequeno distrito,<br />
distante 18km de Araraquara,<br />
sem mencionar a família<br />
Freitas, é quase impossível.<br />
Eu sou suspeito de falar,<br />
pois descendo desta família<br />
portuguesa, com muito<br />
orgulho. Os Freitas têm laços<br />
extremamente fortes com a<br />
origem de Bueno de Andrada<br />
e fazem parte da<br />
sua fundação de forma<br />
relevante e significativa.<br />
Esta narrativa que segue, baseiase<br />
principalmente no depoimento fiel<br />
do meu tio Zeca (José de Freitas) que<br />
junto com minha tia Zulmira, são os<br />
últimos remanescentes dos irmãos, filhos<br />
de Júlio de Freitas (meu avô), no<br />
total de dez.<br />
Estação de Bueno de Andrada<br />
Mas, retrocedendo a mais de um<br />
século atrás, e pesquisando a árvore<br />
genealógica da nossa família, vamos<br />
resgatar um pouco das nossas raízes.<br />
A história começa em 1897, com<br />
um navio singrando os mares, partindo<br />
de Funchal (Ilha da Madeira, Portugal)<br />
com destino ao Brasil. À bordo estava<br />
meu bisavô paterno Mateus de Freitas,<br />
sua esposa Libania e seus filhos: Júlio<br />
de Freitas (meu avô) com dez anos, e<br />
as irmãs Maria e Matilde, as quais ignoro<br />
suas idades na época. Aquele bravo<br />
e honesto imigrante lusitano trouxe a<br />
família para se estabelecer nesta terra<br />
acolhedora. Veio praticamente sem<br />
dinheiro, por conta da desonestidade<br />
de seu compadre e sócio que comprou<br />
a parte do meu bisavô no comércio de<br />
secos e molhados e não o pagou. O seu<br />
sócio prometeu conseguir o dinheiro<br />
combinado antes do embarque do meu<br />
bisavô, mas não cumpriu a palavra e<br />
ele ficou “a ver navios”, literalmente.<br />
Com uma deslavada falsidade, chegou<br />
a ir ao cais se despedir do meu bisavô,<br />
inventando uma desculpa canalha para<br />
não pagá-lo.<br />
Aquele valoroso imigrante português<br />
enfrentou percalços e adversidades<br />
desanimadoras, em sua vinda para<br />
o Brasil.<br />
Sua esposa Libania, que estava<br />
grávida e prestes a dar à luz, teve seu<br />
Maria, Júlio de Freitas Filho, Isabel e Abel de<br />
Freitas (pai de Paulo de Freitas)<br />
filho durante a viagem. Talvez devido às<br />
condições precárias para o parto, com<br />
poucos dias de vida, a criança veio a<br />
falecer. Como a viagem levaria dias, o<br />
recém-nascido foi sepultado nas águas<br />
do mar.<br />
Após longa e desgastante travessia<br />
marítima com o coração amargurado<br />
pela perda, Mateus de Freitas desembarcou<br />
com a mulher e os três filhos<br />
no porto de Santos no dia 28 de abril<br />
de 1897. No início, as dificuldades de<br />
adaptação à nova pátria foram inúmeras,<br />
e o intrépido aventureiro luso, enfrentou<br />
condições adversas e inóspitas<br />
para se estabelecer e se acomodar provisoriamente.<br />
Após muitos anos de sacrifício e<br />
muita luta, meu bisavô conseguiu comprar<br />
um pequeno sítio nos arredores<br />
de Bueno onde passou sua vida. A filha<br />
mais velha casou-se e foi morar em<br />
Cambé (PR). A mais nova, Maria, também<br />
constituiu família e se estabeleceu<br />
na região de Taquaritinga. Meu avô<br />
Júlio de Freitas casou-se com Carmélia<br />
Ferrara e se estabeleceu em Bueno de<br />
26
Tios de Paulo de Freitas: Júlio, Mário, Abel (pai), Ernesto José de Freitas, Arlindo,<br />
Elisa e Zulmira<br />
Última reunião da família Freitas<br />
Andrada. Teve 10 filhos: Júlio de Freitas<br />
Filho, Maria, Abel (meu pai), Isabel, Ernesto,<br />
Mário, Elisa, José, Arlindo e Zulmira.<br />
Segundo meu tio José de Freitas<br />
(Zeca) os moradores mais antigos de<br />
Bueno, que se tem notícias foi a família<br />
Cruz. Antes de abrir a empresa de<br />
ônibus em Araraquara, possuíam uma<br />
área bem extensa circunvizinha da vila.<br />
Esta área foi vendida para a Estrada de<br />
Ferro Araraquara, o antigo horto florestal,<br />
que se transformou em assentamento<br />
da reforma agrária atualmente.<br />
Posteriormente vieram as famílias Freitas,<br />
Trovati, Farias, Ferreira, Aranha,<br />
Barbosa e outras. Meu avô juntamente<br />
com essas famílias foram os primeiros<br />
habitantes de Bueno de Andrada, que<br />
na época se chamava Ibitirí.<br />
Ibitirí era então um pequeno povoado<br />
constituído pelas primeiras casas.<br />
Com o passar do tempo foi mudado o<br />
nome da vila para Itaquerê, e finalmente<br />
para Bueno de Andrada, em definitivo.<br />
O nome foi dado em homenagem à<br />
um engenheiro da estrada de ferro que<br />
estava sendo construída.<br />
O meu avô Júlio de Freitas foi um<br />
precursor exponencial na origem de<br />
Bueno. Ele deu sua contribuição histórica<br />
para a Vila. Montou um comércio<br />
forte em gêneros alimentícios. Fornecia<br />
todas as fazendas da região. A economia<br />
na época era o café predominantemente.<br />
A Baguassú foi uma das<br />
maiores, senão a maior produtora dessa<br />
cultura. Para tal empregava muitas<br />
famílias de colonos que cuidavam da<br />
plantação, colheita, secagem e benefício<br />
dos grãos.<br />
Ainda hoje existe parte daquelas<br />
instalações muito deterioradas: o pátio<br />
destinado a secagem do café, o depósito<br />
que se guardava e beneficiava a safra.<br />
Naturalmente a maior parte dessa<br />
estrutura cafeeira foi consumida pelo<br />
tempo, e viraram escombros.<br />
O café produzido era carregado e<br />
transportado pela ferrovia recém-construída.<br />
As primeiras composições eram<br />
puxadas pelas locomotivas a vapor, que<br />
percorriam os trilhos de bitola estreita.<br />
A famosa “Maria Fumaça” levava<br />
acoplado junto à máquina enegrecida<br />
pela fumaça, um vagonete igualmente<br />
preto carregado de lenha. Além do<br />
maquinista, existia o foguista que abastecia<br />
a locomotiva, jogando lenha na<br />
caldeira que produzia o vapor, que era<br />
o combustível propulsor da máquina.<br />
A fumaça produzida exalava um cheiro<br />
característico que impregnava o ar de<br />
forma inconfundível.<br />
A mais de meio século atrás havia<br />
um carregamento de lenha em Bueno.<br />
O chamado “lenheiro” era uma extensão<br />
limitada de linha férrea onde ficavam<br />
as gôndolas a serem carregadas.<br />
Cerca de oito a dez gôndolas recebiam<br />
o transporte de lenha trazida pelos caminhões.<br />
A maioria eram toras de eucalipto.<br />
Produzidas e cortadas no horto<br />
florestal. Quando o carregamento dessa<br />
madeira estava completo era levado<br />
e eram trazidas novas gôndolas vazias.<br />
Outra fonte de renda das fazendas<br />
era a pecuária. Eu, ainda menino, acompanhei<br />
muitas passagens de boiadas<br />
dentro da vila. O gado sempre composto<br />
por numerosas cabeças marchavam<br />
ruidosas, guiados pelos estalos de chicotes<br />
dos vaqueiros e ao som vibrante<br />
dos berrantes. Em poucos minutos só<br />
sobravam as marcas de patas no solo,<br />
muito estrume bovino espalhado pelo<br />
chão e uma densa poeira vermelha que<br />
demorava a assentar.<br />
Essa atividade financeira também<br />
contou intensamente com o transporte<br />
ferroviário. Recordo nitidamente do embarcadouro<br />
de gado muito bem construído<br />
com as madeiras perfeitamente<br />
encaixadas e parafusadas, pintadas<br />
com uma mistura preta de tinta e pixe.<br />
O gado era embarcado em gaiolas próprias<br />
para o transporte. Elas eram perfiladas<br />
junto ao embarcadouro até que<br />
entrassem todas as novilhas.<br />
A fazenda Baguassú também criava<br />
o gado, mas não era para o abate. O<br />
gado leiteiro era muito produtivo e o leite<br />
tirado das vacas era armazenado em<br />
latões e transladado para os laticínios<br />
também via ferrovia.<br />
Nessa época já havia sido mudada<br />
a medida da bitola dos trilhos, e a “Maria<br />
Fumaça” deu lugar a locomotivas<br />
maiores e mais modernas.<br />
A empresa responsável pela ampliação<br />
da bitola larga, a abertura dos cortes<br />
e terraplenagem da nova ferrovia foi<br />
a Camango/Correia. Depois de um longo<br />
tempo, a obra foi entregue em prol do<br />
progresso regional e estadual. Nascia a<br />
Ferrovia Araraquarense antiga (efa).<br />
27
Foto antiga da Mercearia Freitas<br />
Voltando a falar do meu avô, Júlio<br />
de Freitas e seu armazém. Ele fornecia<br />
todas as fazendas da região. As mercadorias<br />
eram vendidas a prazo, sem<br />
nenhuma garantia. Meu avô enfrentou<br />
crises financeiras, pois naqueles tempos<br />
difíceis já havia inadimplência e<br />
miséria. Ele alimentou muitas famílias,<br />
e como consequência ingrata, tomou<br />
tantos calotes que quase foi à falência.<br />
Com muita tenacidade, conseguiu suplantar<br />
a crise. Naquela época existia<br />
outro bom armazém que pertencia a<br />
Henrique Farias.<br />
Através dos tempos, muitos nomes<br />
movimentaram o comércio buenense:<br />
Arnaldo Trovatti, Egisto Gandolfi, Orísio<br />
Barbosa e outros. Da família Freitas,<br />
minha tia Elisa casou-se com Orísio<br />
Barbosa e teve um grande armazém<br />
que funcionou por muitos anos.<br />
Arlindo de Freitas tinha bar e mercearia,<br />
vendeu para meu irmão José<br />
Orávio que passou para o meu pai Abel<br />
de Freitas, que finalmente transferiu<br />
para mim em 1984. Estou à frente<br />
deste estabelecimento desde então.<br />
Meu avô que deu origem a tudo<br />
isso, faleceu em 25 de março de 1968.<br />
O Centro Esportivo Júlio de Freitas foi<br />
inaugurado em 22 de agosto de 1982,<br />
em homenagem póstuma a ele.<br />
Outras pessoas de relevante importância<br />
que gravaram seus nomes em<br />
ruas de Bueno foram: Adaides Fernandes,<br />
farmacêutico que serviu a população<br />
de forma prestativa. Bento Aranha<br />
do Amaral, dono do cartório local e outros<br />
moradores como: Alcides Cardoso, Francisco<br />
Solcia, Orísio Barbosa da Cunha.<br />
A praça da igreja leva o nome Dr.<br />
Cristiano Altenfelder Silva em justa homenagem<br />
por ter construído o templo<br />
da igreja “Sagrado Coração de Jesus”<br />
com recursos próprios em 1926. Ele era<br />
dono da fazenda Baguassú. Na época<br />
o Distrito ainda se chamava Itaquerê.<br />
A praça central tem o nome de Celeste<br />
Paulossi Trovatti. A escola EMEF e a<br />
creche Eugênio Trovatti. A rua principal<br />
e o posto de saúde levam o nome do<br />
Dr. Nilo Rodrigues da Silva, médico e<br />
proprietário da fazenda Capão Bonito.<br />
Em síntese, basicamente é tudo o<br />
que eu tenho a relatar sobre o passado<br />
de Bueno de Andrada, minha terra<br />
natal, onde nasci no dia 10 de setem-<br />
28
Esboço da Igreja que<br />
hoje é um dos cartões<br />
postais de Bueno. Está<br />
localizada em frente<br />
ao prédio das famosas<br />
Coxinhas Douradas de<br />
Bueno<br />
bro de 1956. No ano em que completo<br />
o sexagésimo aniversário, este simpático<br />
distrito comemora 118 anos, no dia 1º de<br />
outubro de <strong>2016</strong>.<br />
A cana-de-açúcar é o que movimenta<br />
a economia local e regional, juntamente<br />
com a laranja numa escala bem menor.<br />
Nos dias atuais, Bueno de Andrada<br />
passou a ser conhecida nacionalmente<br />
por conta das coxinhas crocantes e deliciosas<br />
produzidas e vendidas no Bar e<br />
Mercearia Freitas, cujo comércio pertence<br />
a mim. É inacreditável como um vilarejo<br />
que nem sequer figurava nos mapas, se<br />
tornasse tão famoso.<br />
Tudo começou no dia 23 de março de<br />
2001 quando o escritor Ignácio de Loyola<br />
Brandão escreveu uma crônica no Jornal<br />
Estado de São Paulo intitulada: “As Coxinhas<br />
Douradas de Bueno de Andrada”. O<br />
tema da crônica foi inspirado por sua visita<br />
a Bueno, um domingo antes. Além de uma<br />
rápida descrição do seu passeio, ele detalhou<br />
a crocância e o sabor das coxinhas<br />
após degustá-las em companhia de sua<br />
sobrinha Letícia.<br />
Foi surpreendente o sucesso repentino<br />
do meu negócio. Minhas vendas cresceram<br />
em proporções astronômicas como<br />
uma “bola de neve”. Sinto-me recompensado<br />
pelo trabalho empreendido ter sido<br />
coroado de êxito.<br />
É gratificante sentir o reconhecimento<br />
das pessoas, e mais ainda saber que<br />
estamos gerando muitas vagas de emprego.<br />
A empresa precisou ser adequada<br />
gradativamente à produção crescente dos<br />
salgados para atender tal demanda. Hoje,<br />
as “Coxinhas Douradas” emprega mais de<br />
cinquenta funcionários, com muito orgulho.<br />
Atribuo este sucesso primeiramente à<br />
Deus, pois nada acontece por acaso, nem<br />
sem a Sua Vontade; depois à divulgação<br />
feita pelo ilustre escritor Ignácio de Loyola<br />
Brandão, à quem serei eternamente grato.<br />
E finalmente, pelo espírito empreendedor<br />
da minha esposa Sônia, que administrou<br />
com extrema capacidade cada etapa desse<br />
processo.<br />
29
NOITE ESPECIAL<br />
Loyola come coxinha, divulga<br />
novo livro e revê amigos<br />
Evento no Palacete das Rosas marcou o lançamento de sua mais<br />
nova obra, ‘Se for pra chorar, que seja de alegria’<br />
Em uma noite de muito glamour e<br />
com um coquetel extremamente saboroso<br />
recheado de ‘Coxinhas Douradas’<br />
de Bueno de Andrada, um dos mais<br />
ilustres filhos de Araraquara, o escritor<br />
Ignácio de Loyola Brandão, lançou seu<br />
mais novo livro de crônicas, ‘Se for pra<br />
chorar, que seja de alegria’. O evento<br />
ocorreu no dia 25 de outubro em um<br />
Palacete das Rosas lotado de amigos e<br />
fãs.<br />
Para quem não sabe, Loyola é um<br />
dos grandes responsáveis pela divulgação<br />
do salgado por todo o Brasil, escrevendo<br />
sobre ele em crônica no jornal<br />
Estado de São Paulo, além de uma citação<br />
em entrevista ao apresentador Jô<br />
Soares, da Rede Globo.<br />
“Não é a primeira vez que participamos<br />
de um evento dele. Para nós é<br />
sempre um prazer, pois somos gratos a<br />
tudo que ele fez por nós”, diz Abel Neto,<br />
auxiliar admistrativo das Coxinhas Douradas<br />
de Bueno’.<br />
E sobre sua nova obra, o escritor<br />
araraquarense resumiu como uma<br />
coletânea de 41 crônicas, estas escritas<br />
para o ‘Estadão’ e também para o<br />
jornal Tribuna, da cidade. No tempero<br />
dos textos, sua tradicional mistura de<br />
drama e humor, sempre com muito espaço<br />
para um senso crítico ímpar e um<br />
sarcasmo peculiar.<br />
“Este tipo de texto é gostoso de escrever,<br />
é um pouco de poesia, um pouco<br />
de mim, um pouco da cidade, um<br />
pouco do Brasil e um pouco do mundo.<br />
É um livro direto para o coração do leitor,<br />
um presente de 80 anos para toda<br />
a gente que o acompanha há tantos<br />
anos”, conta.<br />
E além do livro, Loyola também ganhou<br />
outro presente especial ao completar<br />
oito décadas de vida, afinal ele<br />
foi o primeiro contemplado do prêmio<br />
Machado de Assis (da Academia Brasileira<br />
de Letras – ABL) em seu novo<br />
formato, que condecora autores pela<br />
totalidade de sua obra.<br />
Ignácio de Loyola Brandão autografa<br />
livro para o amigo Ernesto Lia<br />
SERVIÇO:<br />
‘Se for pra<br />
chorar, que<br />
seja de<br />
alegria’<br />
Editora Global –<br />
184 páginas<br />
Preço sugerido: R$ 39<br />
CARREIRA<br />
Para quem não sabe, o também<br />
jornalista Ignácio de Loyola Brandão<br />
passou por diversas redações e tem<br />
40 livros publicados, entre romances,<br />
contos, crônicas, viagens (Cuba e Alemanha)<br />
e infantis. Entre seus romances<br />
mais conhecidos estão “Bebel que<br />
a cidade comeu”, “Zero”, entre outros.<br />
É autor da biografia de “Ruth Cardoso,<br />
Fragmentos de uma vida”, e de<br />
uma peça teatral, “A última viagem de<br />
Borges”. Suas obras estão traduzidas<br />
em inglês, alemão, italiano, espanhol,<br />
húngaro, tcheco e coreano do sul.<br />
Com o infantil “O menino que vendia<br />
palavras”, ganhou o Prêmio Jabuti<br />
de Melhor Livro de Ficção de 2008, no<br />
Brasil. Seu mais recente lançamento é<br />
o também infantil “Os Olhos Cegos dos<br />
Cavalos Loucos”, editora Modera, que<br />
levou 70 anos para ser escrito.<br />
30
MERCADO<br />
A arte é o carro chefe<br />
O gestor cultural Geraldo Souza lança pacotes de palestras<br />
motivacionais para organizações relacionando a música clássica<br />
à comunicação e ao mundo corporativo; Souza também busca<br />
parceiros para seus outros dois projetos: o Orquestra Escola e<br />
a Pointé Cia de Dança<br />
Por acreditar na inclusão, formação<br />
e qualificação do ser humano através<br />
da arte, o gestor cultural, profissional de<br />
marketing e palestrante, Geraldo Souza<br />
resolveu ir além, profissionalizando sua<br />
proposta a fim de sintetizar todas as suas<br />
ações em uma consultoria especializada<br />
dentro do segmento. Mas como funciona<br />
tudo isso?<br />
É simples. Atualmente coordenador e<br />
gestor de iniciativas socioculturais, como<br />
os projetos Orquestra Escola e Pointé Cia<br />
de Dança - que voltam às suas atividades<br />
em 2017, Souza agora soma ao seu repertório<br />
palestras motivacionais.<br />
Num formato que foge da normalidade,<br />
o gestor comanda um bate-papo dinâmico,<br />
claro e interativo. Nele, a música<br />
clássica é pano de fundo e base de argumentação<br />
para criar metáforas entre uma<br />
organização e uma orquestra.<br />
“Para emocionar, prender a atenção<br />
e arrancar aplausos calorosos do público,<br />
uma Orquestra precisa se apresentar em<br />
perfeita sintonia. Para tal, todos os músicos<br />
precisam estar bem preparados, concentrados<br />
e focados, como em qualquer<br />
situação”, contextualiza Geraldo Souza.<br />
Em sua pasta, dois temas estão disponíveis:<br />
“’Sua empresa orquestrada<br />
como uma Orquestra” e “A arte de se<br />
comunicar”. “Você pode ser brilhante em<br />
qualquer coisa, se você não souber se comunicar,<br />
se você gerar confusão toda vez<br />
que abre a boca, você não vai conseguir<br />
realizar seu sonho e estará fadado ao fracasso”,<br />
pontua.<br />
No palco, Geraldo Souza tem o auxílio<br />
de recursos de áudio e vídeo com slides.<br />
Também há a possibilidade da contratação<br />
de uma orquestra de câmara para<br />
fazer a trilha sonora ao vivo e também<br />
ilustrar o conteúdo.<br />
“Como disse o administrador austríaco<br />
Peter Drucker em 1988: ‘As empresas<br />
do próximo século deveriam ser como as<br />
orquestras, atuando sempre em perfeita<br />
sintonia’, afirma. Para finalizar, Geraldo<br />
Souza garante ao público histórias de vida<br />
interessantes, instrutivas e cativantes, que<br />
visam melhorar ainda mais seu ambiente<br />
de trabalho. “Entre em contato comigo<br />
para alinharmos o formato que melhor<br />
atende suas necessidades”, encerra.<br />
EM PRÁTICA<br />
Sobre o Orquestra Escola, Souza garante<br />
que o projeto está pronto para continuar.<br />
Em 2015 e <strong>2016</strong>, a iniciativa aten-<br />
Geraldo<br />
Souza<br />
deu 200 crianças e adolescentes com<br />
aulas gratuitas de música erudita.<br />
Aprovada na Lei Federal de Incentivo<br />
à Cultura (Lei Rouanet), ela busca<br />
parceiros interessados em contribuir<br />
por meio de incentivo fiscal (como o<br />
IR-imposto de renda). Vale lembrar<br />
que este projeto deu origem a outro, a<br />
Pointé Cia de Dança, que promove aulas<br />
(também gratuitas) de balé clássico<br />
para crianças e jovens.<br />
“A ideia é unir os dois trabalhos, afinal<br />
eles são complementares. Quem tiver<br />
interesse em saber mais sobre eles,<br />
ou mesmo como ajudar, peço para entrar<br />
em contato comigo pelo e-mail gestaoararaquara@gmail.com”,<br />
convida.<br />
31
ENSINO<br />
EXTERNATO SANTA TEREZINHA<br />
Após 84 anos fica a marca da sabedoria,<br />
amizade e amor<br />
Era 19 de maio de 1932, uma quinta-feira, aparentemente fria, com<br />
prenúncio de um inverno que poderá chegar mais cedo. Naquela<br />
manhã, em meio a intensa manifestação causada pela revolução de<br />
32, Araraquara com pouco mais de 25 mil habitantes se prepara para<br />
receber a Escola de Curso Particular Jardim da Infância São José.<br />
Era o início de um movimento com o objetivo de acolher crianças no seu<br />
Jardim da Infância e capacitar jovens e adultos nos cursos de Corte e<br />
Costura, Bordado, Arte, Culinária e Datilografia. A estratégia da escola<br />
para captação de alunos se voltava principalmente para as jovens mães<br />
interessadas em se capacitar para as profissões que despontavam na<br />
época, participando de atividades em horários semelhantes aos do<br />
Jardim da Infância.<br />
O começo da escola em 1932 e um mundo de sonhos para<br />
as crianças que participavam do Jardim da Infância<br />
Em 1942, a escola passou a chamar-se Colégio Santa Terezinha e após longos anos de ensino, mudou-se para<br />
Externato Santa Terezinha, sendo até hoje conhecido como “coleginho” e portador de uma linda história dentro<br />
do ensino regional.<br />
O Coleginho<br />
Pátio da escola. 19 de maio de<br />
1932, crianças entre 3 e 10 anos,<br />
correm por todos os cantos. Meninos<br />
e meninas em pequenos grupos parecem<br />
despertar para o inacreditável<br />
mundo da fantasia, só que de repente<br />
uma voz ecoa entendida simplesmente<br />
como um pedido de silêncio. Uma das<br />
professoras toma a frente e seus olhos<br />
parecem correr para o rosto de cada<br />
criança. Ela toma fôlego e solta palavras<br />
aparentemente trêmulas:<br />
“Hoje, vamos iniciar o nosso<br />
curso de Jardim da Infância e o<br />
Primário. Queridas mães, nosso<br />
intuito é ensinar às crianças não<br />
só conhecimentos básicos, mas<br />
também levar, a todas vocês,<br />
a Palavra da Vida, que é o<br />
Evangelho; incutir-lhe, o amor a<br />
Deus e aos irmãos; ensinar-lhes, o<br />
caminho do bem, da justiça e da<br />
paz. Estamos também iniciando<br />
os cursos de Corte e Costura,<br />
Datilografia, Arte-Culinária,<br />
Pintura e Bordado. Se souberem<br />
de pessoas interessadas, pedimos<br />
no-las enviar. “<br />
Assim, tinha início em Araraquara, o<br />
Curso Particular Jardim da Infância São<br />
José. A missão de ensinar se cumpriria,<br />
a cada dia, sob a orientação de sua primeira<br />
diretora - Irmã Francisca Varani.<br />
Dez anos depois a escola passou a<br />
denominar-se Colégio Santa Terezinha;<br />
alguns anos mais tarde, Externato Santa<br />
Terezinha e, finalmente, a partir de<br />
1981, Escola de 1º grau do Externato<br />
Santa Terezinha. Esse estabelecimento<br />
cresceu, mas continua conhecido com<br />
o carinhoso nome que lhe deram os primeiros<br />
alunos - “Coleginho”.<br />
O prefeito Marcelo Barbieri nas comemorações dos 84 anos de atividades do Externato ao lado do corpo administrativo do coleginho<br />
32
ADVERSIDADES<br />
Como toda escola teve seus altos e<br />
baixos. Houve uma época em que mesmo<br />
o primário deixou de funcionar. A<br />
nova Lei exigia que houvesse continuidade<br />
até a 8ª série e as dificuldades<br />
eram muitas. Mas, em 1981, as Irmãs<br />
Graziela Bove e Irmã Jandyra se propuseram<br />
levar a escola até a 8ª série. Já<br />
no ano seguinte os alunos da 4ª série<br />
puderam permanecer no Colégio para<br />
fazerem a 5ª série. Enfrentaram muitas<br />
dificuldades, mas cumpriram a promessa.<br />
Em 1982, nova dependência foi<br />
inaugurada - o “Castelinho”, destinado<br />
ao Curso Infantil, com instalações modernas,<br />
confortáveis e de muita beleza.<br />
Em 1985, a primeira turma de 1º grau<br />
se formava. As melhorias não pararam:<br />
a quadra coberta é, no presente, uma<br />
realidade. E mais do que o desenvolvimento<br />
material, aprimora-se para levar<br />
seus alunos, a atuarem positivamente<br />
num mundo em transformação.<br />
1995 - O EXTERNATO DE<br />
CARA NOVA<br />
Depois de quase dois anos, finalmente<br />
fica pronto o prédio de três andares<br />
e inicia-se o ano com chave de<br />
ouro. Novos ambientes para todos, desde<br />
secretaria, sala dos professores, biblioteca,<br />
até as salas de aulas maiores,<br />
mais arejadas, ventiladas, possibilitando<br />
melhorar condições de estudo individual<br />
e em grupos. Mudanças foram<br />
feitas, levando em conta a qualidade<br />
de ensino e disciplina.<br />
Atendendo antiga reivindicação dos<br />
pais e dos próprios alunos, iniciou-se no<br />
Externato Santa Terezinha, em 1999, o<br />
Ensino Médio, que tem como objetivo a<br />
formação integral do indivíduo, preparando-o<br />
para o trabalho, o vestibular e<br />
para exercer a cidadania.<br />
Sob a direção da Irmã Anna Carolina<br />
dos Santos, o Externato permaneceu firme<br />
na sua estrutura, colaborando com<br />
eficácia no ensino da cidade, fincando<br />
marcos de sabedoria, amizade e amor.<br />
84 ANOS DEPOIS<br />
Hoje o Externato Santa Terezinha é<br />
dirigido pela Irmã Lucila Oliveira Pimen-<br />
Além do trabalho<br />
pedagógico que<br />
realiza e que<br />
tornou-se modelo<br />
educacional, existe<br />
a preocupação<br />
constante da<br />
formação do<br />
indivíduo também<br />
com os princípios<br />
cristãos<br />
ta, também pertencente à Congregação<br />
das Irmãs Franciscanas da Imaculada<br />
Conceição.<br />
Em constante crescimento, o colégio<br />
possui biblioteca, laboratório de Física<br />
e Química, duas quadras poliesportivas,<br />
teatro com capacidade para 420<br />
pessoas, estúdio de gravação, duas<br />
salas de informática (uma para Ensino<br />
Fundamental e outra, adaptada, para a<br />
Educação Infantil), lousas digitais em<br />
todas as salas de Ensino Fundamental<br />
II e Ensino Médio e sala de Artes.<br />
A metodologia de ensino proposta<br />
pelo Externato deve conduzir o educando<br />
à autoeducação, à autonomia, à<br />
emancipação intelectual. O colégio tem<br />
compromisso com a formação integral<br />
dos alunos, não havendo apenas preocupação<br />
com o desenvolvimento acadêmico,<br />
mas também com o desenvolvimento<br />
humano e cidadão, com base<br />
nos valores cristãos.<br />
A HISTÓRIA<br />
As Irmãs que dirigiram<br />
o Externato de 1932 até<br />
hoje foram: Irmã Francisca<br />
Varani, Madre Mansueta,<br />
Irmã Beatriz Camargo,<br />
Irmã Celina Neves, Irmã<br />
Benigna Consolata, Irmã<br />
Cacilda Moraes, Irmã Leocádia<br />
Zago, Irmã Boaventura<br />
de Carvalho, Irmã<br />
Antonia Feltre, Irmã Agos-<br />
A merecida homenagem<br />
prestada pelo coleginho às<br />
Irmãs Franciscanas por tudo<br />
que têm feito em benefício<br />
da Ordem<br />
tinha C. Paúl, Irmã Aracy O. Mendes,<br />
Irmã Graziela Iole Bove, Irmã Jandyra<br />
Gissi, Irmã Maria Madalena Köhler,<br />
Irmã Terezinha Auxiliadora Duarte, Irmã<br />
Maria Leonete Rosa, Irmã Anna Carolina<br />
dos Santos.<br />
A diretora do Externato Santa Terezinha é<br />
cumprimentada de forma carinhosa pelo<br />
prefeito Marcelo Barbieri nas comemorações<br />
dos 84 anos de fundação do coleginho<br />
33
ARTE<br />
Apaixonantes<br />
lembranças<br />
O renomado artista plástico<br />
local Ernesto Lia lembra com<br />
muito carinho do tempo em<br />
que foi aluno da Escola de<br />
Belas de Araraquara; assunto<br />
é destaque em exposição<br />
homônima no Sesc da cidade.<br />
Marco na história cultural da Morada<br />
do Sol e também do País todo, a<br />
Escola de Belas Artes de Araraquara foi<br />
fundada em 1935 por Bento de Abreu<br />
Sampaio Vidal. Até 1969, ano em que<br />
o espaço fechou suas portas, ela funcionou<br />
onde hoje fica o Museu Histórico<br />
Pedagógico da cidade (na Praça Pedro<br />
de Toledo) e também em um velho casarão<br />
da Rua Padre Duarte, próximo ao<br />
Colégio Progresso.<br />
Por lá, no auge de seu funcionamento,<br />
em uma verdadeira ode às artes plásticas,<br />
diferentes estilos e movimentos<br />
artísticos, como o expressionismo e o<br />
cubismo e até o novíssimo modernismo<br />
(‘e seu ar europeu’) conviviam no mesmo<br />
ambiente.<br />
Muito por conta dessas ações, Araraquara<br />
foi apelidada, entre as décadas<br />
de 40 e 50, como a “capital das artes”.<br />
E naquelas cadeiras, sentaram importantíssimos<br />
e icônicos artistas locais,<br />
tais como Judith Lauand, Francisco<br />
Amendola, Sidney Rodrigues, Ernesto<br />
Lia, entre outros.<br />
“Foi um período apaixonante do qual<br />
guardo imensas e saudosas lembranças.<br />
A Escola de Belas Artes de Araraquara<br />
foi a minha primeira formação<br />
acadêmica, sendo assim, tenho um<br />
imenso carinho por tudo que aprendi,<br />
Em um primeiro<br />
momento, a escola<br />
funcionou no prédio<br />
do atual Museu<br />
Pedagógico da<br />
cidade<br />
que foi fundamental no desenvolvimento<br />
da minha carreira. Adorava sair com a<br />
turma para pinturas ao ar livre”, conta,<br />
com exclusividade, o premiado artista<br />
plástico araraquarense Ernesto Lia.<br />
À época, o pintor italiano Quirino<br />
Campofiorito, sua esposa, Hilda, e Eduardo<br />
Bevilacqua lecionavam pintura,<br />
desenho, modelagem, arte decorativa e<br />
outras formas de arte. Os mecenas Helio<br />
Morganti, Mario Ybarra de Almeida e<br />
Domenico Lazarini (conhecido pintor italiano<br />
que se instalou na cidade) também<br />
foram professores no espaço.<br />
“De todos, guardo um imenso carinho<br />
pelo Mario Ybarra, com quem tive<br />
grande amizade no decorrer dos anos.<br />
Fiz, inclusive, um retrato dele e presenteei<br />
a família. Ele era um homem elegante<br />
e de talento único”, revela Lia, que diz<br />
que cada sala tinha, em torno, de dez a<br />
doze pessoas.<br />
COM OS PRÓPRIOS OLHOS<br />
E para resgatar mais detalhes desta<br />
história, o Sesc Araraquara promove<br />
até o dia 18 de dezembro a exposição<br />
“Escola de Belas Artes de Araraquara”,<br />
a cargo do coletivo local ‘Uns que pensa’.<br />
Nela, por meio de recursos cenográficos,<br />
estão representadas obras,<br />
documentos, fotos e esboços originais,<br />
além de restos de materiais e tintas.<br />
Segundo a organização, um gran-<br />
de destaque da mostra é a presença<br />
de quadros de todos os formandos da<br />
primeira turma da escola (de 1948-<br />
1950). O araraquarense Ernesto Lia<br />
faz parte dela.<br />
QUEM É ERNESTO LIA?<br />
Filho do italiano José Lia e da brasileira<br />
Paschoalina de Lucca, Ernesto Lia<br />
nasceu em uma família numerosa de<br />
onze irmãos. Hoje com 77 anos, após<br />
se formar na Escola de Belas Artes,<br />
estagiou no ateliê do pintor italiano<br />
Gaetano De Gennaro, em São Paulo.<br />
Em 1959 recebeu a Grande<br />
Medalha de Ouro da Associação<br />
dos Artistas Unidos do Brasil por<br />
seu reconhecimento dentro da arte<br />
brasileira com a tela “Gabriela Cravo e<br />
Canela”. Desde então, ganhou diversos<br />
prêmios e hoje suas telas podem ser<br />
encontradas em museus e espaços<br />
culturais nos Estados Unidos, Argentina,<br />
Suíça, África do Sul, França, entre<br />
tantos outros.<br />
Ernesto Lia<br />
Todos os formandos da<br />
primeira turma da escola<br />
ganham espaço na mostra<br />
Visitação no Sesc Araraquara<br />
ocorre até o dia 18 de dezembro<br />
34
BORA VIAJAR<br />
Malas prontas para mais uma excursão?<br />
Seja pela tranquilidade<br />
de uma viagem sem<br />
“surpresas”, evitar pressa<br />
e correria para escolher<br />
hospedagem, transporte<br />
e alimentação ou pelas<br />
facilidades na hora do<br />
pagamento, a excursão<br />
vem ganhando ainda mais<br />
espaço entre aqueles que<br />
procuram uma viagem<br />
segura e sossegada<br />
VEJA AS VANTAGENS DE<br />
VIAJAR COM UMA EXCURSÃO<br />
Praticidade é sem dúvida, a<br />
vantagem mais atraente quando se<br />
fala em excursão. Você não precisa<br />
se preocupar com nada: transporte,<br />
hospedagem, alimentação,<br />
passeios... dependendo do pacote<br />
selecionado, tudo está incluso!<br />
FAZER AMIGOS<br />
O grupo da excursão te acompanhará<br />
durante todos os dias da viagem. Isso<br />
faz com que você acabe conversando<br />
e fazendo amizade com essas<br />
pessoas. Além disso, é mais legal<br />
viajar com um grupo entrosado!<br />
APROVEITAR PASSEIOS<br />
Com o guia da excursão e os<br />
ingressos em mãos, você não corre<br />
o risco de gastar a mais ou de<br />
entrar numa furada com passeios<br />
não-oficiais. Além disso, você evita<br />
filas desnecessárias para comprar<br />
ingressos para atrações.<br />
35
36
<strong>ED</strong>UCAÇÃO<br />
LICEU MONTEIRO LOBATO - POSITIVO<br />
A parceria do sistema Positivo<br />
com a Escola Liceu Monteiro<br />
Lobato, completa 20 anos de<br />
ensino de qualidade.<br />
No dia 7 de outubro, Doriane Ferreira,<br />
coordenadora do Positivo, esteve presente<br />
no Liceu Monteiro Lobato para comemorar<br />
os 20 anos da parceria Liceu Monteiro Lobato<br />
com o sistema Positivo.<br />
Essa parceria está presente há 20<br />
anos, desde a fundação da escola, alcançando<br />
grande resultado.<br />
Para Daniel de Barros, diretor do Liceu<br />
Monteiro Lobato, essa união reforça o<br />
compromisso da escola em oferecer ensino<br />
de qualidade que a coloca entre os es-<br />
tabelecimentos de ensino de alto padrão<br />
em nosso país.<br />
Na oportunidade, a coordenadora do<br />
Positivo, reconhecendo o valor do trabalho<br />
organizado por duas décadas, entregou<br />
aos diretores Daniel de Barros e Eliane de<br />
Barros, um troféu que configura o padrão<br />
desta parceria.<br />
Na visita do Positivo, também estiveram<br />
presentes ilustres professores do passado<br />
da escola, além de ex-funcionários e<br />
colaboradores, que, pela sua enorme dedicação<br />
e eficiência, foram protagonistas dos<br />
20 anos da sua história. Todos participaram<br />
de um momento alegre e descontraído,<br />
com breve discurso de Doriane Ferreira,<br />
do Positivo, enaltecendo a parceria. Foi oferecido<br />
um gostoso bolo aos presentes, com<br />
a inserção comemorativa dos 20 anos.<br />
Diretores junto a alguns atuais professores da<br />
escola, mais o Prof. Romeu D´Andréa, que por 17<br />
anos foi professor de Ciências do Liceu Monteiro<br />
Lobato.<br />
Doriane, do Positivo, diretores e colaboradores<br />
da escola que hoje fazem parte da sua história:<br />
orientadora Cacilda Mascarenhas, profa. Lélia<br />
Cavícchia, profa. Janice Figueiredo e Roque<br />
Azarito, secretário da escola desde 1996.<br />
Doriane faz a entrega do troféu comemorativo<br />
para Eliane e Daniel de Barros<br />
37
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE<br />
ESTOQUE NO VAREJO<br />
Uma gestão eficiente do<br />
estoque é ponto essencial<br />
para o sucesso de um<br />
empreendimento varejista,<br />
independentemente do seu<br />
ramo de atuação e de seu<br />
tamanho. Isso decorre do<br />
simples fato que quando falta<br />
algum produto demandado,<br />
há perda de faturamento,<br />
giro e fidelização do cliente, o<br />
que consequentemente afeta<br />
o desempenho financeiro do<br />
varejista. Contudo, o excesso<br />
de produtos em estoque<br />
também não é benéfico ao<br />
lojista, pois gera problemas<br />
para o fluxo de caixa, ocupa<br />
desnecessariamente espaço<br />
físico, inibe o capital de<br />
giro e também há risco de<br />
obsoletismo dos produtos.<br />
Em muitos casos, como não há<br />
controle no tempo de giro do estoque,<br />
pedidos acabam sendo feitos quando<br />
não há necessidade e deixam de ser<br />
feitos quando são realmente necessários.<br />
É um eterno dilema. Um estoque<br />
cheio pode fazer com que o empreendedor<br />
fique com itens encalhados, o<br />
que gera necessidade de promoções<br />
e, com isso, redução da margem de<br />
lucro.<br />
Em outra questão, tanto a sazonalidade<br />
inerente ao varejo e quanto<br />
o perfil do cliente deve ser levado em<br />
consideração para reposição de estoque,<br />
pois o abastecimento deve priorizar<br />
a característica da demanda e<br />
o tipo de data especial em que se é<br />
vendido. Saber quem é o público, suas<br />
preferências e em qual momento sua<br />
procura maior ocorrerá, contribui muito<br />
para que o aumento do volume de<br />
vendas signifique aumento das receitas<br />
com tais vendas.<br />
Assim, para um bom funcionamento<br />
do estoque, devem ser definidos<br />
indicadores e implementados processos<br />
que gerem a integração de atividades<br />
e procedimentos priorizem as<br />
informações sobre cada item do seu<br />
estoque. Entradas e saídas devem ser<br />
registradas e isso pode ser feito desde<br />
simples controles de tabulação, até<br />
softwares mais completos. Posteriormente,<br />
os inventários, que comprovam<br />
se o estoque físico está igual ao estoque<br />
informado no sistema, são essenciais<br />
para o funcionamento eficiente e<br />
correto da empresa. Essas duas formas<br />
de gerenciamento são essenciais<br />
para o controle e diagnóstico dos estoques,<br />
assim como possíveis erros na<br />
contagem ou digitação na entrada do<br />
produto, roubos, extravios, produtos<br />
vencidos, entre outros. Além disso,<br />
controlar a quantidade de produto à<br />
disposição possibilita manutenção da<br />
lucratividade, reduz perdas com análise<br />
ineficaz do custo-oportunidade de<br />
cada mercadoria, promove melhorias<br />
38<br />
Jaime Vasconcellos<br />
Economista / Coordenardor do Núcleo de<br />
Economia do SINCOMERCIO Araraquara /<br />
Assessor Econômico do FECOMERCIO<br />
no fluxo de caixa e capital de giro e<br />
redução custo com possível estrutura<br />
física inadequada.<br />
Em suma, um dos alicerces de<br />
gestão empresarial eficiente é controlar<br />
bem os estoques. Tal realidade se<br />
torna ainda mais tácita na atual conjuntura<br />
de redução de vendas, onde<br />
37% dos empresários do comércio se<br />
dizem com estoques acima do ideal.<br />
Possuir indicadores específicos de giro<br />
de cada mercadoria, características<br />
dos demandantes e das datas sazonais<br />
de crescimento de vendas são<br />
algumas das preocupações essenciais<br />
do empresário ao possuir uma oferta<br />
equilibrada com os movimentos da demanda<br />
do cliente.
Sincomercio Araraquara e Boa Vista Serviço SCPC lançaram<br />
em outubro novos produtos para análise e concessão de<br />
Crédito Pessoa Física a Família Acerta.<br />
Com as constantes mudanças no mercado de crédito e para acompanhar toda evolução, o<br />
Sincomercio|SCPC e Boa Vista Serviços criaram soluções inteligentes para assessorar as análises<br />
de concessão de crédito. Na atualidade para liberar um crédito, não basta mais obter como resposta<br />
na consulta Nada Consta ou Consta Registro, se tornou necessário obter muito mais informações<br />
sobre o cliente.<br />
Para atender a atualidade, apresentamos produtos que realizam uma análise mais completa do consumidor<br />
a Família ACERTA, produtos para análise Cadastral e de concessão de crédito. As novas<br />
ferramentas já estão disponibilizadas pelo SCPC Araraquara.<br />
Acerta, Acerta Essencial, Acerta Mais e Acerta Completo.<br />
Acerta: O Acerta informa dados cadastrais, títulos protestados, registros de débito, informações<br />
bancárias, consultas anteriores e Análise de Risco / Score.<br />
Acerta Essencial: Informa dados cadastrais, títulos protestados, registros de débito, informações<br />
bancárias, consultas anteriores, Análise de Risco / Score e renda mensal presumida. Já as<br />
informações como indicação de valor de parcela e sugestão de venda (Recomendada / Não<br />
Recomendada), podem ou não ser adicionadas à consulta, a critério do empresário.<br />
Acerta Mais: Informa dados cadastrais, títulos protestados, registros de débito, informações bancárias,<br />
consultas anteriores, Análise de Risco / Score e renda mensal presumida, sugestão de<br />
venda (Recomendada / Não Recomendada). As informações como indicação de valor de parcela,<br />
podem ou não ser adicionadas à consulta, a critério do empresário.<br />
Acerta Completo: Produto completo. Informa dados cadastrais, títulos protestados, registros de<br />
débito, informações bancárias, consultas anteriores, Análise de Risco / Score, e toda a parte de<br />
soluções inteligentes dentro de uma só consulta, indicação de valor de parcela, renda mensal<br />
presumida e sugestão de venda recomenda ou Não recomenda.<br />
Entre em contato para tirar suas dúvidas sobre os produtos.<br />
39<br />
Maria Helena Terrosse<br />
Assistente Comercial SCPC
COMÉRCIO<br />
Desde 1970, construindo<br />
uma história de sucesso<br />
Com uma estrutura moderna<br />
e profissionais qualificados,<br />
a Rede Recapex oferece<br />
qualidade, segurança e<br />
economia.<br />
Excelência em produtos, serviços e<br />
atendimento sempre foram a base da Recapex,<br />
que mantém sua equipe de colaboradores<br />
atualizada com treinamentos<br />
contínuos. Essa definição sobre a Recapex<br />
se estende por mais de 46 anos em<br />
20 pontos de vendas espalhados pelo<br />
interior de São Paulo.<br />
A empresa especializada em pneus<br />
novos para carros, camionetes, veículos<br />
de carga, agrícola, fora de estrada e industrial<br />
da marca Goodyear, hoje é considerada<br />
uma das mais conceituadas em<br />
sua área de atuação. A Recapex conta<br />
também com 3 unidades de reforma de<br />
pneus, o que mostra a preocupação<br />
com a prestação de serviço<br />
e o meio ambiente.<br />
PRÊMIOS E<br />
CERTIFICAÇÕES<br />
Da excelência em qualidade, vem<br />
o reconhecimento. As reformadoras da<br />
Rede Recapex possuem certificação ISO<br />
9001:2008. Em janeiro de 2004, diz Renato,<br />
demos início à jornada em busca<br />
de certificações em Sistemas de Gestão<br />
da Qualidade baseados na versão NBR<br />
ABNT ISO 9001:2000, com normas implementadas<br />
nas unidades de reforma<br />
de Taquaritinga (2004), Barra Bonita<br />
(2005) e São José do Rio Preto (2006).<br />
Segundo Renato Cervone, supervisor<br />
comercial da Recapex em Araraquara,<br />
melhorando cada vez mais, em maio de<br />
A Recapex em Araraquara, na Avenida 36, com equipe<br />
especializada no atendimento de carros, camionetes e<br />
vans<br />
2010 a empresa atualizou sua certificação<br />
com base na versão NBR ABNT ISO<br />
9001:2008. “Esta certificação nos fornece<br />
completo gerenciamento na área<br />
de reforma de pneus, além de nos proporcionar<br />
a participação em grandes empresas<br />
também certificadas na mesma<br />
norma, tais como: Rodonaves, Coca-Cola,<br />
Imediato Logística, dentre outras. Em<br />
março de 2011, a Recapex iniciou seu registro<br />
junto ao INMETRO para alinhar-se à<br />
portaria 444, que assegura a qualidade<br />
de seus produtos, com objetivo de trazer<br />
mais segurança aos consumidores.<br />
40
AGRO<br />
N E G Ó C I O S<br />
INFORMATIVO<br />
edição novembro | <strong>2016</strong><br />
Nicolau de Souza Freitas entre<br />
os ícones da agricultura paulista<br />
Para orgulho de Araraquara, o presidente Nicolau de Souza<br />
Freitas, do Sindicato Rural, foi homenageado no dia 28 de<br />
outubro em Guaíra/SP, por ser considerado uma das expressões<br />
históricas do agronegócio do Estado de São Paulo. Também foram<br />
homenageados outros dirigentes sindicais do interior paulista.<br />
O Salão de Festas do Grêmio Colorado<br />
em Guaíra estava maravilhosamente<br />
decorado para receber no final de outubro,<br />
os maiores nomes da agricultura<br />
em nosso Estado. O evento serviu para<br />
comemorar os 5 anos de atividades da<br />
Revista Agro SA, de grande circulação<br />
na região.<br />
A diretora executiva da revista, Ma-<br />
A HOMENAGEM AO NOSSO PRESIDENTE<br />
ria Izildinha Lacativa destacou na abertura<br />
do acontecimento, que o objetivo<br />
era dar visibilidade através de uma<br />
parceria e integração, criando um laço<br />
ainda mais forte com o mundo agro.<br />
Cerca de 500 convidados participaram<br />
do jantar em que foi homenageado Nicolau<br />
de Souza Freitas e outros representantes<br />
de sindicatos do interior.<br />
Destacado como ícone da Agricultura Paulista, Nicolau de Souza<br />
Freitas recebeu a seguinte mensagem em seu prêmio:<br />
“Nicolau, agradecemos a sua<br />
presença e tê-lo entre nós nesta noite<br />
de festa, é nos dar a segurança e a<br />
certeza de um encontro inesquecível.<br />
Quem o conhece bem, sabe da<br />
sua simplicidade, do seu amor a terra<br />
e a vontade permanente de defender,<br />
aqueles que plantam esperanças<br />
e encontram a fartura como<br />
colheita.<br />
Hoje, não é apenas o Sindicato<br />
Rural de Araraquara que tem o privilégio<br />
do seu companheirismo, pois o<br />
trabalho, o espírito idealista, o tornaram<br />
o Senhor dos Campos, disposto<br />
ao diálogo e a vontade de tornar<br />
fértil o relacionamento que renasce<br />
pelo respeito e a ética nestes novos<br />
tempos.<br />
Obrigado, presidente!”<br />
Os diretores executivos<br />
da Revista Agro SA, Maria<br />
Izildinha Lacativa e Lincoln<br />
Santos Ribeiro, com o<br />
recém eleito prefeito José<br />
Eduardo Lelis, o presidente<br />
homenageado Nicolau<br />
de Souza Freitas e o<br />
secretário de Agricultura<br />
do Estado de São Paulo,<br />
Arnaldo Jardim<br />
<strong>NOVEMBRO</strong> / <strong>2016</strong><br />
• TURISMO RURAL - RESGATE<br />
GASTRONÔMICO (MÓDULO IX)<br />
01/11/<strong>2016</strong> até 03/11/<strong>2016</strong><br />
04/11/<strong>2016</strong> até 06/11/<strong>2016</strong><br />
• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS<br />
COM PULVERIZADOR DE BARRAS<br />
07/11/<strong>2016</strong> até 09/11/<strong>2016</strong><br />
• LARANJA - COLHEITA<br />
07/11/<strong>2016</strong> até 07/11/<strong>2016</strong><br />
08/11/<strong>2016</strong> até 08/11/<strong>2016</strong><br />
09/11/<strong>2016</strong> até 09/11/<strong>2016</strong><br />
10/11/<strong>2016</strong> até 10/11/<strong>2016</strong><br />
11/11/<strong>2016</strong> até 11/11/<strong>2016</strong><br />
14/11/<strong>2016</strong> até 14/11/<strong>2016</strong><br />
16/11/<strong>2016</strong> até 16/11/<strong>2016</strong><br />
17/11/<strong>2016</strong> até 17/11/<strong>2016</strong><br />
18/11/<strong>2016</strong> até 18/11/<strong>2016</strong><br />
• TURISMO RURAL - CONSOLIDAÇÃO<br />
DO PROGRAMA (MÓDULO X)<br />
09/11/<strong>2016</strong> até 10/11/<strong>2016</strong><br />
24/11/<strong>2016</strong> até 25/11/<strong>2016</strong><br />
• ROSA - MANEJO E TRATOS<br />
CULTURAIS<br />
10/11/<strong>2016</strong> até 12/11/<strong>2016</strong><br />
• EQUITAÇÃO - NOÇÕES BÁSICAS<br />
14/11/<strong>2016</strong> até 18/11/<strong>2016</strong><br />
• PROCESSAMENTO ARTESANAL DE<br />
PRODUTOS DE HIGIENE E LIMPEZA<br />
17/11/<strong>2016</strong> até 18/11/<strong>2016</strong><br />
• PUPUNHA - MANEJO E TRATOS<br />
CULTURAIS<br />
22/11/<strong>2016</strong> até 24/11/<strong>2016</strong><br />
CURSOS<br />
• EXIGÊNCIAS LEGAIS PARA A<br />
FORMALIZAÇÃO E COME<strong>RCIA</strong>LIZAÇÃO<br />
29/11/<strong>2016</strong> até 30/11/<strong>2016</strong><br />
REALIZAÇÕES:<br />
Coordenador SENAR/SP Araraquara:<br />
Mário Roberto Porto<br />
41
CONSUMO COM QUALIDADE<br />
FEIRA DO PRODUTOR RURAL<br />
Regras práticas e seguras para o pequeno<br />
produtor vender qualidade ao consumidor<br />
As normas são cada vez mais<br />
rígidas e o consumidor insiste<br />
com razão na qualidade do<br />
produto que compra. A Feira<br />
do Produtor Rural combina<br />
com essas exigências.<br />
O fato do Sindicato Rural de Araraquara<br />
ser escolhido em setembro para<br />
sediar o encontro do coordenador do<br />
Programa Feira do Produtor Rural e instrutores<br />
do SENAR-SP, com o objetivo<br />
de elaborar uma cartilha sobre Boas<br />
Práticas de Manipulação de Alimentos,<br />
foi considerado pelo presidente da entidade,<br />
Nicolau de Souza Freitas, como<br />
privilégio e motivo de orgulho. A cartilha,<br />
comentou o dirigente, fará parte<br />
em 2017, da apostila a ser usada pelo<br />
SENAR-SP para capacitar no Estado de<br />
São Paulo, produtores interessados em<br />
participar da Feira do Produtor Rural.<br />
O encontro em Araraquara foi dirigido<br />
pelo coordenador estadual do programa,<br />
Teodoro Miranda Neto e teve<br />
a participação dos instrutores Carlos<br />
Alberto Leal Rodrigues, Maria Cristina<br />
Meneghin e Roberta Zavoneli Rossini.<br />
Embora o programa já exista há dois<br />
anos, a inserção da cartilha com as<br />
boas práticas de manipulação de alimentos,<br />
neste momento, aperfeiçoa a<br />
apostila e possibilita aos participantes<br />
do curso, conhecimento mais amplo sobre<br />
a legislação.<br />
Na verdade, diz Teodoro, o programa<br />
tem como objetivos específicos formar<br />
uma Comissão Gestora da Feira<br />
do Produtor Rural; capacitar grupo de<br />
produtores para a atuação organizada<br />
e seguir normas legais de comercialização<br />
dos produtos; capacitar para a preparação<br />
dos produtos através da Feira<br />
do Produtor Rural; promover a melhoria<br />
na gestão do negócio e estimular a consolidação<br />
da Feira do Produtor Rural.<br />
Da comissão gestora devem participar<br />
de acordo com os organizadores os<br />
membros do Sindicato Rural, SENAR-SP<br />
e do próprio município.<br />
42<br />
Segundo Teodoro, a feira busca dar<br />
oportunidade aos pequenos produtores para<br />
comercialização dos seus produtos de forma<br />
direta aos consumidores
SAIBA COMO É O PROGRAMA,<br />
SUAS FINALIDADES E ORGANIZAÇÃO<br />
O programa tem por finalidade criar uma opção de renda para o produtor<br />
rural, através da venda direta dos produtos produzidos na sua propriedade<br />
rural, na Feira do Produtor Rural.<br />
OBJETIVO<br />
Capacitar o produtor rural a comercializar seus produtos diretamente ao<br />
consumidor, promovendo a relação de confiança e respeito.<br />
DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA<br />
- Integração/Sensibilização – 16 horas<br />
- Reunião com as lideranças locais para apresentação do Programa, definição<br />
e aprovação da implantação do Programa e dos possíveis locais de realização<br />
da Feira do Produtor Rural.<br />
- Palestra de sensibilização com os produtores rurais interessados para<br />
apresentação e adesão ao Programa.<br />
- Módulo I – Normas e Procedimentos da Feira do Produtor – 32 horas<br />
Capacitar sobre normas e procedimentos para a implantação de forma<br />
organizada da Feira do Produtor Rural.<br />
- Módulo II – Produtos rurais para comercialização – 32 horas<br />
Planejar a produção e preparar os produtos adequadamente para a<br />
comercialização.<br />
- Módulo III – Construções dos estandes em bambu – 64 horas<br />
Construir o estande de bambu a ser utilizado na Feira do Produtor Rural.<br />
- Módulo IV – Comercialização – 32 horas<br />
Capacitar os participantes a comercializar seus produtos na Feira do Produtor<br />
Rural.<br />
- Módulo V – Gestão do negócio – 32 horas<br />
Capacitar os participantes a realizarem a gestão do negócio na Feira do Produtor<br />
Rural.<br />
- Módulo VI – Feira do Produtor Rural – 48 horas<br />
Realizar quatro Feiras do Produtor Rural<br />
- Módulo VII – Consolidação do Programa – 16 horas<br />
Consolidar a Feira do Produtor Rural no município visando a sua continuidade,<br />
avaliação dos resultados e fortalecimento da Comissão Gestora.<br />
Cartazes anunciando os dias de realização da<br />
Feira do Produtor Rural<br />
MATERIAL DISPONIBILIZADO AO PARTICIPANTE<br />
O avental faz<br />
parte do kit do<br />
produtor<br />
Identificação da banca onde o produtor rural vai trabalhar<br />
Trabalho obrigatório<br />
com camiseta<br />
Boné como complemento<br />
do uniforme<br />
Uso do crachá para<br />
identificar o dono<br />
da banca e seus<br />
atendentes<br />
43
BELO TRABALHO<br />
Sindicato Rural, SENAR e Itesp encerram<br />
o programa Olericultura Orgância<br />
Encerrou-se em outubro, com<br />
muito sucesso, o programa<br />
de Olericultura Orgânica que<br />
teve início em março, sendo<br />
considerado um amplo trabalho<br />
social, visando beneficiar o<br />
pequeno produtor<br />
Participantes do curso realizando as últimas<br />
visitas no campo para avaliar os resultados das<br />
aulas práticas do curso olericultura orgânica.<br />
No dia 10 de outubro ocorreu o módulo<br />
VIII do Programa, referente aos<br />
Custos de Produção. Neste módulo, o<br />
objetivo principal é orientar os produtores<br />
sobre os custos de produção no<br />
sistema orgânico, explicitando os custos<br />
fixos e variáveis e diversos outros<br />
aspectos referentes ao planejamento<br />
da produção. Já no dia 11 de outubro<br />
ocorreu o módulo final do programa referente<br />
à Comercialização. Nesta oportunidade,<br />
os participantes são orientados<br />
sobre as diversas formas de<br />
comercialização orgânica, bem como<br />
o processo de certificação orgânica.<br />
Nesta etapa final, a servidora da<br />
Fundação Itesp, Dayana Portes Ramos,<br />
foi convidada para relatar a experiência<br />
de Certificação Orgânica que<br />
ocorreu no Assentamento Guarany,<br />
localizado no município de Pradópolis<br />
e Guatapará. Este trabalho também<br />
foi realizado através da parceria entre<br />
Fundação Itesp e SENAR, sendo o instrutor<br />
Marcelo Sambiase condutor das<br />
atividades nesta localidade também.<br />
Avaliamos positivamente a importância<br />
desta troca de experiências<br />
neste momento da atividade, visto que<br />
os participantes podem perceber que<br />
é possível a sequência dos trabalhos<br />
relacionados ao orgânico, de forma<br />
integrada a universidades, órgãos de<br />
assistência técnica e demais parceiros<br />
interessados.<br />
Foi muito positiva a avaliação do<br />
Programa Olericultura Orgânica. Os<br />
participantes avaliaram muito bem a<br />
conduta do instrutor Marcelo Sambiase<br />
e todo o aparato que o SENAR e Sindicato<br />
Rural oferecem para a atividade.<br />
Alguns outros produtores que também<br />
têm interesse em realizar a transição<br />
orgânica, já indicaram seus nomes<br />
para participarem das próximas ativi-<br />
Maria Clara Piai da<br />
Silva da Fundação<br />
Itesp<br />
dades no ano de 2017. Para nós do<br />
Itesp esta atividade é de suma importância.<br />
Um dos componentes de nossa<br />
missão institucional é implementar<br />
políticas públicas de desenvolvimento<br />
sustentável, desta forma a produção<br />
orgânica e agroecológica sempre será<br />
estimulada por nossa equipe técnica.<br />
Além disso, o produto orgânico é uma<br />
importante demanda de mercado na<br />
atualidade, o que agrega geração de<br />
renda ao nosso público beneficiário. O<br />
instrutor Marcelo Sambiase além de<br />
44<br />
A servidora do Itesp, Dayana Portes Ramos<br />
e o Instrutor do SENAR, Marcelo Sambiase,<br />
apresentando os resultados do trabalho<br />
de Certificação Orgânica realizado no<br />
Assentamento Guarany
dominar as técnicas de produção orgânica,<br />
ainda desperta nos produtores a<br />
consciência ambiental, o que garante<br />
o sucesso da produção agroecológica.<br />
Finalizamos a atividade no dia 11<br />
de outubro com a presença do sr Mário<br />
Porto, Coordenador do SENAR, que já<br />
se pronunciou sobre os projetos para o<br />
ano de 2017. Também compareceu ao<br />
encerramento da atividade, o Supervisor<br />
do Grupo Técnico de Campo de<br />
Araraquara da Fundação Itesp, Mauro<br />
Geraldo Cavichiolli, o pesquisador da<br />
Uniara, Joviro Junior, os servidores da<br />
Fundação Itesp, Carlos César Rocha<br />
da Silva, Milton Meninato e Maria Clara<br />
Piai, que acompanharam a atividade<br />
durante todo o ano.<br />
Para o ano de 2017 já temos demandas<br />
de capacitação na área do<br />
orgânico e é um dos nossos objetivos<br />
manter uma sequência didática deste<br />
tema nos assentamentos a fim de que<br />
os produtores interessados se sintam<br />
motivados a seguir na transição orgânica.<br />
Além de atividades nesta linha,<br />
também serão solicitadas outras atividades<br />
dada a diversidade do público<br />
beneficiário da Fundação Itesp.<br />
Encerramento do Programa Olericultura Orgânica - participantes e parceiros reunidos<br />
Várias etapas do curso de Olericultura Orgânica com<br />
participação de vários produtores sob a instrução de<br />
Marcelo Sambiase, do SENAR-SP<br />
Algumas fotos que relembram<br />
momentos do programa,<br />
orientações no campo e<br />
teóricas, visitas técnicas às<br />
hortas dos participantes, etc.<br />
Visita ao campo como<br />
parte das aulas práticas<br />
do curso de Olericultura<br />
Orgânica<br />
O instrutor<br />
Marcelo<br />
Sambiase<br />
45
NOVA CULTURA<br />
Araraquara se prepara para<br />
ser a terra da Pupunha<br />
A novidade está chegando<br />
e graças ao Sindicato Rural,<br />
SENAR-SP e Fundação Itesp<br />
o pequeno produtor rural<br />
está sendo capacitado para<br />
produdiz e comercializar a<br />
pupunha<br />
Durante o mês de outubro, um grupo<br />
de produtores do Assentamento<br />
Monte Alegre participou de capacitação<br />
sobre a cultura da pupunha. Esta<br />
é mais uma atividade resultado da parceria<br />
entre SENAR, Sindicato Rural de<br />
Araraquara e Fundação Itesp.<br />
O módulo Instalação da Lavoura<br />
ocorreu nos dias 18 e 19 de outubro.<br />
O instrutor Eber Nimtz Rocha proporcionou<br />
nestes dois dias, a oportunidade<br />
de orientar os produtores sobre<br />
vários aspectos para profissionalizar<br />
este cultivo, estimulando a formarem<br />
plantios focando na produtividade e<br />
futura comercialização. O plantio experimental<br />
foi realizado no sítio do<br />
produtor Osmar Januário da Silva, que<br />
reside no Assentamento Monte Alegre<br />
III, segundo Maria Clara Piai da Silva,<br />
da Fundação Itesp. Durante a aula prática<br />
o instrutor orienta o passo a passo<br />
do plantio, passando pelo preparo<br />
e nivelamento do solo, espaçamento,<br />
formação das covas corretamente,<br />
adubação, sistema de irrigação, etc.<br />
Para nós do Itesp, a metodologia<br />
adotada pelos instrutores do SENAR<br />
é o ideal. Eles focam na orientação<br />
profissional dos participantes e concentram<br />
boa parte da aula na prática,<br />
além disso sempre visitamos várias<br />
áreas dos participantes interessados<br />
para que sejam identificados seus<br />
principais problemas e sugeridas alternativas.<br />
Os técnicos do Itesp também<br />
acompanham a atividade visando contribuir<br />
para a adequação das atividades<br />
à realidade do público, divulgando<br />
os canais de comercialização e trocando<br />
experiências com o instrutor e participantes,<br />
afirma Maria Clara.<br />
O instrutor Eber Nimtz Rocha focou<br />
na viabilidade desta cultura para<br />
a agricultura familiar visto que possui<br />
preço satisfatório, garantindo renda<br />
aos produtores, além das oportunidades<br />
de comercialização do produto.<br />
Em novembro, de acordo com Mário<br />
Porto, coordenador do SENAR-SP,<br />
ocorrerá o módulo do manejo e tratos<br />
culturais e, na sequência, a colheita<br />
e comercialização. O curso completo<br />
possibilita que os produtores tenham<br />
visão ampla sobre os diversos aspectos<br />
inerentes à cultura, viabilizando<br />
sua atividade.<br />
Nivelamento do solo<br />
46
CURIOSIDADES<br />
SOBRE A PUPUNHA<br />
Nome popular: Pupunha<br />
Nome científico: Bactrys Gasipaes<br />
Família botânica: Palmáceas<br />
A pupunha (Bactris Gasipaes H.B.K.), da família das palmáceas, foi cultivada<br />
pelos ameríndios pré-colombianos na região neotropical úmida; hoje essa espécie<br />
encontra-se distribuída desde Honduras até a Bolívia. Ocorre na costa atlântica das<br />
Américas Central e do Sul, até São Luiz, no Maranhão e também ao longo da costa<br />
do Pacífico, do sul da Costa Rica até o norte do Peru.<br />
O Palmito da Pupunha ou Pupunheira, vem se consolidando como um agronegócio<br />
extremamente viável sob os aspectos econômicos, sociais e ambientais.<br />
Palmeira perene, produzindo palmito no sistema de cultivo, a pupunheira é uma<br />
excelente opção de matéria-prima para a indústria que possui demanda de aproximadamente<br />
100.000 ton/ano (mercado interno), e que hoje depende em 80% do<br />
abastecimento do produto extrativista. O Palmito de Pupunha com apenas 18% do<br />
mercado é responsável pela preservação de pelo menos 100 milhões de Palmeiras<br />
Nativas por ano.<br />
O palmito da Pupunheira possui uma característica única entre os demais, ele não<br />
escurece após o corte, podendo ser consumido da maneira tradicional em conserva,<br />
como também In Natura ou Minimamente Processado e Resfriado, abrindo um novo<br />
e inexplorado caminho de comercialização.<br />
Em São Paulo, atualmente, a pupunheira está sendo plantada em praticamente<br />
todo o estado, num processo semelhante ao que ocorreu com a seringueira anos<br />
atrás. Todo esse impulso que a cultura vem recebendo é motivado pelas boas perspectivas<br />
do mercado de palmito<br />
Formação correta das covas,<br />
plantio e irrigação<br />
Aula teórica com orientações gerais sobre o plantio<br />
47
NOTÍCIAS<br />
CANAS L<br />
<strong>ED</strong>IÇÃO<br />
<strong>NOVEMBRO</strong> | <strong>2016</strong><br />
CANA-DE-AÇUCAR<br />
Entidades de fornecedores de<br />
cana buscam maior proximidade<br />
A Diretoria da Feplana – Federação<br />
dos Plantadores de Cana do Brasil<br />
– entidade que representa todos<br />
os produtores de cana do País, visitou<br />
recentemente algumas Associações<br />
de Produtores de Cana do Estado de<br />
São Paulo para tratar de assuntos relativos<br />
ao setor sucroalcooleiro e para<br />
aproximar as entidades regionais<br />
à nacional. O presidente Alexandre<br />
Andrade de Lima, acompanhado do<br />
vice-presidente Paulo Leal e do diretor-secretário<br />
da entidade, Luís Henrique<br />
Scabello de Oliveira, visitaram no<br />
último dia 21, duas importantes associações<br />
do interior paulista.<br />
Em Jaú, os dirigentes da Feplana<br />
estiveram na Sede da Associcana, sendo<br />
recebidos pelo presidente Eduardo<br />
Vasconcelos Romão e pelo vice Pedro<br />
Sanzovo. Na oportunidade foram discutidos<br />
assuntos relativos ao setor em<br />
destaque o atual bom momento por<br />
que passa o setor sucroenergético nacional.<br />
No mesmo dia, a Diretoria da Federação<br />
visitou a Associação dos<br />
Fornecedores de Cana da Região<br />
Oeste Paulista, sediada na cidade<br />
de Valparaíso, região de Araçatuba,<br />
onde foram recebidos pelo presidente<br />
“Junior” (Apolinário Pereira da Silva<br />
Junior), que estava acompanhado<br />
do Diretor do Departamento Técnico<br />
Fábio Cândido Pereira da Silva e pela<br />
gestora da entidade, Edinéia Candido<br />
Pereira da Silva. Mais uma vez o foco<br />
das discussões foi o atual momento<br />
de recuperação do setor sucroenergético<br />
e as perspectivas para os próximos<br />
anos favorecidas por um déficit<br />
mundial de açúcar e pelo crescimento<br />
da demanda nacional de etanol, bem<br />
como, pelo grande interesse por esse<br />
combustível por diversos países.<br />
Paulo Leal, Alexandre Andrade de Lima, Eduardo Romão, Luís Henrique e Pedro Sanzovo,<br />
durante reunião na Associcana de Jaú<br />
Edinéia Candido, Luís Henrique, Júnior e Fábio Pereira da Silva, em Valparaíso<br />
48
PRODUÇÃO<br />
Aumento de produtividade<br />
com investimento certo<br />
O tema vem sendo discutido com<br />
ênfase nos últimos tempos em todo o<br />
Estado e nas demais regiões produtoras<br />
de cana. A necessidade de se aumentar<br />
a produtividade de cana com<br />
qualidade e desenvolvimento e chegar<br />
aos três dígitos, ou seja, colher 100 toneladas<br />
de cana por hectare. Recentemente<br />
o assunto foi debatido durante<br />
o 10º Congresso Nacional da Cana da<br />
STAB - Sociedade dos Técnicos Açucareiros<br />
e Alcooleiros do Brasil - em Ribeirão<br />
Preto.<br />
Objetivando que os seus associados<br />
tenham mais informações sobre<br />
o assunto e que alcancem um volume<br />
maior em sua produção, a Canasol tem<br />
investido em cursos e palestras. A cada<br />
mês acontece ao menos um evento<br />
técnico destinado aos seus associados<br />
no Auditório da Associação com a presença<br />
de especialistas e representantes<br />
das principais empresas do setor.<br />
Além dos eventos, a Canasol tem<br />
dado suporte para que seus técnicos<br />
participem dessas atualizações para<br />
que possam repassar esses conhecimentos<br />
aos produtores diretamente no<br />
campo. Um exemplo disso foi a participação<br />
do engenheiro agrônomo Lautinê<br />
Antonelli – Tone - num curso sobre<br />
tecnologia em aplicação de defensivos<br />
agrícolas realizado no Centro Tecnológico<br />
da empresa Jacto na cidade de<br />
Pompéia. Foram cinco dias de aulas<br />
intensivas sobre os vários temas ligados<br />
à tecnologia de aplicação, como<br />
calibração, regulagem, manutenção e<br />
operação de equipamentos pulverizadores.<br />
A importância em participar de um<br />
curso como este, afirma Antonelli, é<br />
adquirir melhor capacitação para depois<br />
repassar aos produtores, visando<br />
a racionalidade e a economia não só<br />
nos produtos empregados, como também<br />
no correto dimensionamento dos<br />
equipamentos, na sua manutenção e<br />
durabilidade, bem como na obtenção<br />
de melhores resultados para a sua lavoura.<br />
O engenheiro agrônomo da Canasol,<br />
Lautinë Antonelli, com o equipamento<br />
Uniport – Jacto<br />
Tone aferindo o equipamento durante<br />
curso na Jacto em Pompéia<br />
49
50
51
MEMÓRIA<br />
Campeonato brasileiro de 1974 - Interlagos, com a equipe araraquarense: Penha (90), Neto (91), Baiano Faito (92), Benê (78)<br />
Belas tardes de domingo...<br />
Quantas alegrias!<br />
Era a alegria das tardes<br />
de domingo, os encontros<br />
marcados na Bento de Abreu,<br />
com o barulho dos motores<br />
de máquinas possantes e dos<br />
carrões. Boas lembranças<br />
de um tempo em que todos<br />
se reuniam para o famoso<br />
“footing”.<br />
Era um domingo à tarde, estávamos<br />
todos - como fez uma geração inteira de<br />
jovens - passeando na Bento de Abreu,<br />
Fonte Luminosa, o bairro mais chique<br />
de Araraquara, cortado por duas lindas<br />
e arborizadas alamedas. Se você quisesse<br />
encontrar alguém desta cidade,<br />
no fim de semana, era só ficar um pouco<br />
estacionado na frente no primeiro<br />
balão e, certamente, se ela também<br />
desejasse o mesmo, não tenha dúvida,<br />
acabavam se vendo. Por isso, tudo<br />
acontecia naquele local, era o ponto de<br />
52<br />
paquera, de "footing", de movimento e<br />
de ostentação. Carros, carrões, gente<br />
de toda classe social, jovens, enfim,<br />
adrenalina mil. Meu grupo andava de<br />
motocicleta e estacionava, estacionava<br />
e depois andava. Mas, o certo é que<br />
passávamos a tarde do domingo inteiro<br />
ali, fazendo nada, ou melhor, vivendo<br />
a plenitude da idade. De vez em quando<br />
saía um racha e era um espetáculo,<br />
pura emoção, tinha de tudo, gente<br />
que tocava pra caramba, gente louca<br />
e gente louca que também tocava pra<br />
caramba: Manolo (Emanoel Toledo de<br />
Lima), Adolphinho Segnini, Murilo Rodolfo<br />
Penteado Leonard, Paulinho Ciborg,<br />
Paulinho Ferramenta, Reinaldo<br />
Smirne, Manolo Bucho, Dario Pires, Antonio<br />
Carlos Selvino, Camilinho Dinucci,<br />
Zinho Cefally, Valter Merlos, Eduardo<br />
Silva, Paulo Pecin, Bianchini, Carlinhos<br />
fotógrafo, Vanderlei Cavalari, Luis Carlos<br />
Gonçalves, Toninho Das Dornas,<br />
Berto da funerária, entre outros. Tinha<br />
também o pessoal do Moto Clube Araraquara,<br />
Equipe oficial de competição,<br />
que na oportunidade era composta,<br />
dentre outros, por Olympio Bernardes<br />
Ferreira Neto, Pinho (Jose Manoel Sampaio),<br />
Zé Faito, Diogo Martinez, Zé Duvilio,<br />
Adolpho Tedeschi, Negão, Edivilmo<br />
Queiroz, e que de vez em quando, com<br />
a possível margem de segurança do local,<br />
também entravam no divertimento.<br />
Num final de domingo destes quando o<br />
sol já caía, por volta das 17hs participei<br />
de um, que não era o meu primeiro,<br />
mas foi sem dúvida, o mais importante<br />
da minha vida. Com minha Ducati MarcK<br />
3, 250cc, junto com Evaldo Salerno<br />
(Nezinho), meu ídolo maior, que pilotava<br />
uma Suzuki 500cc 2 tempos e Celso<br />
Martinez (Baiano Faito), a referência<br />
de todo o meu mundo da motocicleta<br />
e que tocava uma Ducati Marck 1,<br />
250cc, preparada para as corridas do<br />
saudoso Victorinho Barbugli, fomos pro<br />
pau. Eles, dois extraordinários pilotos,<br />
com experiência de corrida em autódromo,<br />
pista de rua e, ainda o fato de,
terem nascido e crescido no meio da<br />
graxa. Andavam pra caramba, donos<br />
de uma técnica refinada, pilotos arrojados,<br />
tinham ainda outras qualidades:<br />
detalhistas, conferiam tudo, checavam<br />
tudo, queriam tudo do melhor, perfeccionistas<br />
e acertavam como poucos os<br />
seus equipamentos. Eu não, somente<br />
um menino sonhador, encantado com a<br />
oportunidade da companhia de ambos.<br />
Aceleramos do primeiro para o segundo<br />
balão, a Suzuki pulou na frente, depois<br />
a Marck 1 e, finalmente eu, por último.<br />
Chegamos juntinhos na entrada do segundo<br />
balão (C.T.A.), nesta ordem, tão<br />
próximos que metidamente cheguei a<br />
colocar a roda dianteira de minha motocicleta<br />
entre as duas que iam lado a<br />
lado, absolutamente deitadas, na minha<br />
frente. No segundo anterior, em<br />
quinta marcha, no fim da reta, reduzi<br />
firmemente na entrada para a quarta<br />
e terceira marcha, movimento sincronizado<br />
de câmbio e freios mantendo a<br />
rotação na casa dos 8 mil giros. Com<br />
bastante suavidade, fui inclinando meu<br />
corpo, primeiro para a direita levando<br />
o meu peito e braço direito pra frente,<br />
depois no início da curva, comecei a<br />
deitar, buscando o centro de gravidade,<br />
jogando todo o resto do corpo para<br />
a esquerda, e comecei a contornar o<br />
grande balão, já acelerando de novo<br />
para colocar quarta marcha para a<br />
direita e, finalmente, quinta na saída<br />
Box do Moto Clube Araraquara em Interlagos-SP<br />
distante, uns cinquenta<br />
metros da<br />
curva, que acabávamos<br />
de contornar.<br />
Foi um barulho<br />
ensurdecedor,<br />
ensandecido. Para<br />
quem é amante de<br />
corridas, parecia<br />
uma orquestra totalmente<br />
afinada,<br />
entre movimento<br />
de pêndulos, marchas,<br />
óleo Castrol,<br />
gasolina azul octanada<br />
e sons, bálsamos<br />
para os ouvidos<br />
de amantes da<br />
velocidade. Cada<br />
um de nós, do seu<br />
jeito, tirando tudo<br />
que o motor e espaço<br />
podiam proporcionar.<br />
Descemos<br />
o retão de volta, rumo ao primeiro<br />
balão. Marcha com marcha, roda com<br />
roda, som sobre som, a Suzuki abrindo<br />
um pouco da Marck 1 e em seguida a<br />
Marck 3, um orgasmo imenso, até a entrada<br />
de volta do primeiro balão. Fiquei<br />
por último no resultado, mas penso que<br />
a partir daquele dia, nunca mais fui o<br />
mesmo, me senti um deles, do time, o<br />
caçula, o menos experiente, ali, junto,<br />
vivenciando com meus ídolos o sonho<br />
Penha, Rogério, Edivilmo, Benê, Evaldo Salerno e José Manoel Sampaio<br />
(Pinho), com a moto Yamaha TD2-B (500 Milhas de Interlagos)<br />
de criança. Senti que o mundo que imaginara<br />
pra mim, desde a tenra idade,<br />
quando me deliciava em ver e ouvir as<br />
lambretinhas do Zezé Braghini, e do Gildo<br />
Scarpa, estava tão perto e palpável,<br />
que eu mesmo me dei o status de piloto<br />
(que talvez nunca tenha sido).<br />
Desaceleramos entre as ruas<br />
Gonçalves Dias e Nove de Julho e fomos<br />
embora. Descemos a rua 3, e calmamente<br />
cada um foi para sua casa,<br />
como o sol que também se retirava,<br />
sem qualquer explicação, sem qualquer<br />
comentário. Depois, à noite fomos<br />
no Cine Plaza, depois pra segunda-feira<br />
e, depois para a vida. Passados tantos<br />
anos, ainda grandes amigos e meus<br />
eternos ídolos, acho que ambos não<br />
têm a menor lembrança disso tudo, e<br />
ainda não sabem da importância que o<br />
fato representou para mim, para minha<br />
vida, pro meu futuro, e, principalmente<br />
por terem proporcionado um daqueles<br />
momentos impagáveis, que todos nós<br />
temos e que estão eternizados, dentro<br />
do nosso coração.<br />
Nota: isso foi entre o fim de<br />
1973 e o começo de 1974, eu tinha 16<br />
anos, a Fonte Luminosa não tinha o balão<br />
da Rua 2, a gente podia estacionar<br />
no lado esquerdo tanto indo como vindo<br />
e, éramos muito, mais muito felizes<br />
e nem sabíamos.<br />
53
SEU NOME ESTÁ NA RUA<br />
TEXTO: SAMUEL BRASIL BUENO<br />
DR. FRANCISCO OSWALDO CASTELLUCCI<br />
Chamado como clínico notável<br />
Francisco Oswaldo Castellucci<br />
sempre foi um caprichoso<br />
virginiano, tendo nascido em<br />
Boituva, município de Porto<br />
Feliz, a 4 de setembro de<br />
1920. Seu sobrenome delineia<br />
sua origem italiana, sendo<br />
um dos cinco filhos de Felipe<br />
Castellucci e Pedrina Sartorelli<br />
Castellucci.<br />
Viveu em fazenda toda sua infância,<br />
em companhia dos pais, indo para Tatuí<br />
hospedar-se na casa dos tios para<br />
estudar no Colégio Estadual daquela<br />
localidade.<br />
Optando pela Medicina, foi fazer<br />
seu curso em Curitiba, na hoje Universidade<br />
Federal do Paraná. Tendo sido,<br />
desde jovem, um grande discursador<br />
e entusiasmado líder, participou por<br />
5 anos como um atuante membro da<br />
União Nacional dos Estudantes.<br />
Casou-se com Dona Guiomar Gomes<br />
Nogueira, em 30 de dezembro de<br />
O casal Dr. Francisco Castellucci<br />
e a esposa Guiomar<br />
54<br />
1939, na cidade de Santos, onde exercia<br />
a medicina logo após a sua formatura<br />
e teve com ela três filhos: Ney Ricardo,<br />
Diva Rosely e Francisco Oswaldo os<br />
quais lhes deram netos e bisnetos.<br />
Clinicou com muito brilho em nossa<br />
cidade. Foi um dos fundadores do Hospital<br />
São Paulo e labutou por muitos<br />
anos no Serviço Especial de Saúde de<br />
Araraquara.<br />
Faleceu no dia 11 de junho de<br />
1985, na Beneficência Portuguesa,<br />
antes portanto de completar seus 65<br />
anos de idade, em virtude de pertinaz<br />
enfermidade neurocerebral com graves<br />
sintomas de labirintite que o impediram<br />
de exercer a clínica nos últimos meses<br />
de vida, do que lastimaram seus inúmeros<br />
e agradecidos clientes.<br />
CASTELLUCCI, UM<br />
GRANDE CLÍNICO<br />
O Dr. Castellucci, como era popularmente<br />
chamado, foi um clínico notável,<br />
possuidor de um fantástico tirocínio<br />
diagnóstico e divinamente inspirado<br />
em suas receitas. Tais grandiosos dons,<br />
associados a uma louvada dedicação<br />
aos pacientes, fizeram dele um médico<br />
amado pelos araraquarenses e respeitado<br />
pelos seus colegas que com ele<br />
tiveram a graça de conviver.<br />
Estabelecendo-se num consultório<br />
dotado de modestas instalações, em<br />
sua própria residência ali na Avenida<br />
15 de Novembro, 631, fez do local um<br />
verdadeiro santuário de suas atividades<br />
clínicas onde, com incomparável<br />
dedicação e eficiente zelo, recuperou<br />
a saúde de muitos e salvou inúmeras<br />
vidas.<br />
Nos anos de 1960 e 1961, sua<br />
clientela já era efervescente e enorme,<br />
assim persistindo durante toda a vida<br />
do Dr. Castellucci. Gozava ele da esti-
Da esquerda para a direita, a família: Ney Ricardo, Diva Rosely, Dona Guiomar,<br />
sentado, dr. Castellucci e o filho Francisco Oswaldo<br />
ma, do respeito e do crédito de todo o<br />
povo araraquarense. Naquele tempo,<br />
vigorava a existência do Médico Clínico<br />
Geral, do Médico de Beira-de-Leito. Do<br />
Médico que atendia pacientes em casa,<br />
do Médico-de-Família, amigo e confidente<br />
para todos os fins. Castellucci foi<br />
tudo isso.<br />
Quem passava pela Avenida 15,<br />
nas proximidades de sua casa, se defrontava,<br />
diariamente, com uma fila de<br />
carros-de-praça. Castellucci não tinha<br />
automóvel, de forma que seus inúmeros<br />
clientes mandavam um taxi à porta<br />
dele para esperar a vez. Ele via um paciente<br />
em casa, via um no consultório,<br />
pegava outro taxi, voltava ao consultório<br />
e assim corria seu dia até às 22h,<br />
invariavelmente.<br />
Logo que teve algum dinheiro disponível,<br />
ele não pensou em outra coisa<br />
senão construir um novo consultório,<br />
de frente para a Rua Voluntários da Pátria,<br />
em continuidade com a sua antiga<br />
casa. Ofereceu conforto e funcionalidade<br />
à sua inúmera clientela que dele<br />
jamais se esquecerá, porque Castellucci<br />
foi médico dedicado, um verdadeiro<br />
sacerdote da Medicina, a quem o povo<br />
de Araraquara devota especial homenagem<br />
e se recorda dele com amor<br />
cada vez que lê o nome dele, que está<br />
na Rua.<br />
SEU NOME ESTÁ NA RUA<br />
Através do Decreto n° 5295 de<br />
12/07/1985, a via pública conhecida<br />
por Avenida 04, do loteamento Parque<br />
Residencial Vale do Sol, que tem o seu<br />
início na Rua 01 e o seu término na rua<br />
52, passa a denominar-se Dr. Francisco<br />
Oswaldo Castellucci.<br />
O Posto de<br />
Saúde do Yolanda<br />
Ópice também leva<br />
o seu nome.<br />
Av. Dr. Francisco<br />
Oswaldo Castellucci -<br />
Vale de Sol<br />
55
DECORAÇÃO<br />
Como escolher os<br />
móveis para escritório<br />
É no espaço chamado “escritório” que atividades<br />
profissionais são desenvolvidas.<br />
Seja este um local comercial ou residencial, sua<br />
importância é a mesma: é um local de concentração,<br />
criatividade, produtividade e eficiência.<br />
Pensar e planejar sua decoração exige<br />
atenção a detalhes e alguns conhecimentos<br />
técnicos que permitem criar um ambiente adequado<br />
para o trabalho. O que é importante?<br />
Acima de tudo o escritório deve ser ergonômico:<br />
ter móveis com medidas adequadas, acessórios<br />
que facilitem o apoio de pés e mãos e<br />
ter materiais e acabamentos que protejam a<br />
saúde de quem usa o ambiente.<br />
A estética do escritório também é importante<br />
e vem em segundo lugar: a imagem<br />
transmitida através da decoração reflete a<br />
personalidade de quem usa aquele espaço<br />
56
e no caso das empresas, traduz, através de uma<br />
imagem, os conceitos e a visão empresarial, interferindo<br />
diretamente no rendimento do trabalho<br />
dos funcionários e na credibilidade dos clientes<br />
que instintivamente irão se sentir acolhidos ou não<br />
neste local.<br />
Resumindo, estes são os principais aspectos a<br />
considerar na criação de um escritório:<br />
Conforto Físico (ser ergonômico): deve proteger<br />
a saúde de quem usa seu espaço;<br />
Conforto Psicológico: deve estimular o trabalho,<br />
a produtividade e o bem-estar;<br />
Transmitir corretamente conceitos relacionados a que<br />
se destina: imagem empresarial ou personalidade do usuário<br />
residencial;<br />
Ter o espaço organizado de acordo com as atividades<br />
que serão realizadas dentro dele (mesas para computadores,<br />
mesas para reuniões, trabalho individual ou em equipe, etc).<br />
57
AMBIENTES<br />
Plantas ideais para escritório<br />
Elas são usadas na decoração<br />
e para deixar o ambiente de<br />
trabalho mais alegre mas em<br />
ambientes fechados, merecem<br />
cuidados especiais.<br />
Mini Cacto: Os cactos geralmente dão<br />
pouco trabalho e exigem pouca manutenção.<br />
Os mini cactos podem ficar em vasinhos<br />
decorados e trazem um charme para<br />
a mesa de escritório. Exigem pouca iluminação<br />
solar, bastando estar em um escritório<br />
com boa iluminação. Regue sempre<br />
que perceber que a terra está seca, aproximadamente<br />
a cada 20 ou 30 dias.<br />
Suculenta: esse tipo de planta que armazena<br />
água nas folhas e caules e são semelhantes<br />
aos cactos, exigindo os mesmos<br />
cuidados. Suculentas e cactos podem, até<br />
mesmo, serem plantados juntos. Esse tipo<br />
de planta não tolera muito a luz solar, mas<br />
agradam na decoração de escritórios.<br />
Você pode colocá-la numa xícara ou num<br />
vasinho bonito para deixar a mesa ainda<br />
mais interessante. Um exemplo bem fácil<br />
de ser encontrado é a Echeveria, que tem<br />
um formato parecido com o de uma rosa.<br />
Violeta: é uma das plantas tradicionalmente<br />
mais utilizadas para decoração.<br />
Tem grande variedade de cores e, portanto,<br />
possibilidade de composições bem<br />
diversificado. Deixe-a à exposição de luz<br />
indireta e regue de uma a duas vezes por<br />
semana, sem molhar folhas e flores.<br />
Lírio da Paz: é conhecida principalmente<br />
por trazer harmonia ao ambiente. Mesmo<br />
sem flores, tem uma linda folhagem.<br />
Deve ser mantida à sombra.<br />
Lança de São Jorge: é bem resistente<br />
ao clima de escritório. É preciso regá-la a<br />
cada 15 dias, sem molhar as suas folhas.<br />
Melhora a qualidade do ar à noite e tem<br />
um visual ornamental e tamanhos variados.<br />
Deve ser mantida à sombra.<br />
Pau D’água: também faz parte das plantas<br />
mais resistentes, sobrevivendo bem ao<br />
ar condicionado mais frequente. Não precisa<br />
ficar exposta ao sol, nem ser regada<br />
com muita frequência.<br />
58
TECNOLOGIA E SEGURANÇA<br />
Como contratar uma empresa<br />
de segurança eletrônica<br />
O mercado de segurança eletrônica no<br />
Brasil fatura mais de 5 bilhões por ano<br />
e tem um crescimento médio de 10%, se<br />
tornando um atrativo para investidores<br />
e “aproveitadores”. Infelizmente as leis<br />
do país facilitam a irregularidade e prejudicam<br />
as empresas legais, como todo<br />
mercado, existe os aventureiros que se<br />
aproveitam de um momento do segmento<br />
e depois caem fora, deixando um<br />
lastro negativo em uma fatia do mercado.<br />
Vamos dar algumas sugestões para<br />
você contratar as melhores empresas<br />
de segurança eletrônica evitando muitas<br />
dores de cabeça, pois não adianta<br />
comprar um produto de primeira linha<br />
se a prestação de serviço não estiver à<br />
altura. Na sequência estão relacionados<br />
sete itens para garantir uma boa contratação.<br />
finitiva em segurança eletrônica.<br />
- Idoneidade: Honrar os compromissos<br />
financeiros, pagar os impostos, recolher<br />
os encargos trabalhistas, devem<br />
ser levados em consideração na escolha,<br />
pois isso mostra um compromisso<br />
da organização e dos sócios quanto<br />
cumprir suas obrigações.<br />
- Atendimento: A qualidade do atendimento<br />
não pode ser considerada diferencial,<br />
é uma regra básica, a empresa<br />
que não estiver apta a dar um pronto<br />
atendimento e solucionar os problemas,<br />
deve ser desconsiderada da sua relação<br />
de melhores empresas.<br />
- Capacitação Técnica: Qualificação<br />
Profissional garante a solução rápida<br />
Atendimento<br />
Por: Jefferson Barroso<br />
Gestor de Segurança Eletrônica<br />
contato@jeffersonbarroso.com.br<br />
Inovação e Tecnologia,<br />
a serviço da segurança<br />
e conforto das pessoas.<br />
e precisa, gerando produtividade para<br />
empresa e satisfação para o cliente.<br />
- Estrutura: Localização da empresa,<br />
tecnologias atuais, sistemas de informação<br />
que garantem a qualidade do serviço,<br />
backup de equipamentos, veículos<br />
e pessoal capacitado e em quantidade<br />
adequada para atender melhor o cliente,<br />
leve tudo isso em consideração, antes<br />
de contratar a empresa para instalar<br />
um sistema de segurança em sua casa<br />
ou empresa.<br />
- Experiência: Quanto tempo a empresa<br />
tem no mercado? Claro que quanto<br />
maior Know-How da empresa, mais<br />
adequada e viável será a solução apresentada,<br />
e isso elimina a possiblidade<br />
de contratar um “aventureiro”.<br />
- Produtos de Qualidade: Devido o<br />
avanço da tecnologia, todos os dias<br />
lançam produtos, tentando ser inovadores<br />
ou para baratear seu custo, mas<br />
tanto esse pioneirismo, quanto preço<br />
baixo, podem colocar em risco o bom<br />
funcionamento do sistema. Produtos,<br />
testados, aprovados e validados pelos<br />
controles de qualidades internacionais<br />
são fundamentais para um solução de-<br />
Qualidade<br />
Experiência<br />
Capacitação<br />
técnica<br />
59
DECOR<br />
Decoração com móveis rústicos<br />
Muitas vezes os móveis planejados e feitos sob<br />
medida deixam os ambientes de uma casa sem<br />
tanto estilo e personalidade. Se você também<br />
se cansa de ter apenas móveis tipo “padrão” e<br />
enjoou um pouco do MDF na sua decoração, a<br />
solução pode vir dos móveis rústicos.<br />
60
Os móveis de madeira mais pesados deixam<br />
os cômodos charmosos e requintados. Saber<br />
combinar essas peças com outras de estilo mais<br />
moderno e atual é o segredo.<br />
Móveis rústicos vão bem por toda a casa. Podem<br />
ser usados em cozinhas, salas, banheiros e<br />
quartos. Basta balancear com outros materiais<br />
e elementos mais leves para ter um resultado<br />
super positivo. Mas se a casa for estilo “cabana”<br />
de campo, vale abusar da madeira também nas<br />
vigas, teto, paredes e no chão. A decoração fica<br />
temática e linda.<br />
Outra dica é mesclar as cores. Como o tom da<br />
madeira já é naturalmente mais escuro, procure<br />
escolher cores mais claras para sofás, cortinas,<br />
roupas de cama e peças decorativas. Peças<br />
coloridas espalhadas pelos ambientes também<br />
dão um toque todo especial.<br />
A PARTE MAIS FORTE<br />
DA SUA CONSTRUÇÃO<br />
COLUNAS VIGAS CORTE SAPATAS TELAS PREGOS<br />
VERGALHÕES<br />
IMPERMEABILIZANTES<br />
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61<br />
Av. Rômulo Lupo, 155 | Araraquara/SP
TEMPORADA<br />
Cuidados com a piscina na chuva<br />
O ciclo das chuvas é o que<br />
costuma dar mais trabalho,<br />
pois nessa fase a proliferação<br />
de algas, os famosos lodos,<br />
são as maiores.<br />
Isso acontece porque faltam produtos<br />
preventivos especificamente para<br />
as algas, a algicida. “Nessa temporada,<br />
devemos usar os produtos característicos,<br />
são peculiares os cuidados<br />
pois as algas podem trazer danos à<br />
saúde.” informa o piscineiro Antônio<br />
Luiz. “O pH também é alterado, ou<br />
seja, mais cuidado, mais tratamento.<br />
Aí devemos partir para um tratamento<br />
de choque e depois colocar os produtos<br />
químicos necessários”<br />
Algas causam danos pois na verdade<br />
propiciam a prosperidade para<br />
bactérias procriarem, a partir disso<br />
podem causar doenças na pele e in-<br />
fecções graves. Fatores de chuva e<br />
vento levam para dentro da piscina<br />
os microorganismos. Algas verdes são<br />
fáceis de eliminar com escovação, porém<br />
se espalham rapidamente. Algas<br />
amarelas também de fácil propagação,<br />
não costumam sair tão fácil com<br />
escovação. Em ambos os casos, apesar<br />
da limpeza que pode e deve ser feita,<br />
não dispense os produtos químicos<br />
para total remoção.<br />
Ainda existem as algas rosas, que<br />
são fungos de substância espumosa<br />
sob a água que consegue ser facilmente<br />
removida e eliminada. A mais<br />
temida é a alga preta. Praticamente se<br />
funda pela piscina e tem remoção bastante<br />
difícil. Com crescimento gradual,<br />
que permeia toda piscina em pequenos<br />
círculos com pontos escuros, ela<br />
pode retornar várias vezes e cobrir de<br />
vez toda piscina.<br />
Então o tom esverdeado já é sinal de<br />
preocupação. “Os índices de pH, cloro<br />
e alcalinidade estarão fora do que é recomendado,<br />
com toda certeza” informa<br />
Luiz Antônio. Por usar mais produtos e<br />
formar uma verdadeira bagunça em<br />
todos os quesitos que deveriam estar<br />
em ordem, a limpeza deve ser feita<br />
com mais rigor, assim, evitaria além da<br />
compra dos produtos para eliminar as<br />
algas, recompor todos os quesitos já citados<br />
em pleno período de férias.<br />
Por se tratar de baixas temperaturas<br />
na época das chuvas, onde as algas se<br />
reproduzem menos, este não pode ser o<br />
motivo da piscina ser deixada de lado.<br />
“É justamente o que irrita quem possui<br />
piscina, parar com o uso no ciclo de<br />
chuvas e ser surpreendido com a sujeira<br />
que as algas provocam. Acham que<br />
por não utilizarem, não devem fazer a<br />
manutenção. Mas como se trata de saúde<br />
e recreação, requer preocupação”<br />
explica.<br />
62
SOB M<strong>ED</strong>IDA<br />
Móveis planejados<br />
sob medida<br />
Feitos e montados sob medida<br />
para casas, apartamentos ou comércios,<br />
os móveis planejados têm sido<br />
cada vez mais comuns nos imóveis<br />
para revenda e locação. Para o proprietário,<br />
esse tipo de mobília pode<br />
trazer uma valorização de até R$ 30<br />
mil na negociação, no caso de venda,<br />
além de aumentar as chances de<br />
encontrar um comprador ou locador.<br />
“Se eu tenho um imóvel com móveis<br />
planejados e outro sem nada e<br />
a diferença de preço não for muito<br />
grande, o cliente vai optar pelo que<br />
já vem mobiliado”. E, embora cause<br />
um aumento no preço do imóvel, esse<br />
tipo de venda já com a mobília pode<br />
ser vantajosa também para o cliente,<br />
pois ele não vai ter que se preocupar<br />
com a escolha dos móveis depois. “É<br />
um custo que pode ser pago antes,<br />
mas traz o benefício e a comodidade<br />
de ter o imóvel já pronto pra morar.<br />
A mobília planejada é um ponto<br />
favorável na negociação, já que o<br />
cliente “tem mais facilidade de se ver<br />
dentro do imóvel”. Esse tipo de adicional<br />
é mais comum nos apartamentos<br />
novos da cidade e existem, também,<br />
construtoras que oferecem o serviço já<br />
na compra do imóvel.<br />
Os proprietários que adquirem<br />
móveis fixos, que permanecem no<br />
imóvel, também pagam valor menor<br />
do Imposto Sobre o Ganho de Capital,<br />
no momento da venda. A mudança no<br />
entendimento da Receita Federal sobre<br />
a venda de imóveis, considerou que a<br />
margem de lucro na negociação foi<br />
menor e como consequência, o valor<br />
recolhido do imposto será proporcional.<br />
Esse tipo de imposto incide em<br />
15% sobre o lucro que o contribuinte<br />
tem ao vender um imóvel.<br />
63
ESTILO<br />
Decoração com móveis retrô:<br />
uma eterna tendência<br />
Se você era daqueles que fazia pouco caso<br />
desse tipo de mobília, é melhor repensar,<br />
pois só terá a ganhar: um belo lar e de<br />
muito bom gosto!<br />
Já pensou em dar<br />
um ar mais alegre<br />
à sua cozinha? Os<br />
móveis são perfeitos!<br />
Por terem um<br />
design diferenciado,<br />
eles permitem<br />
obter efeitos bem<br />
distintos, mas todos<br />
muito charmosos<br />
e o destaque é a<br />
geladeira modelo<br />
retrô. Os armários<br />
e as tradicionais<br />
cristaleiras são<br />
excelentes, ainda<br />
mais, se forem em<br />
cores mais ousadas,<br />
como amarelo,<br />
vermelho ou turquesa. Para deixar<br />
o ambiente mais divertido e<br />
moderno, uma boa alternativa é dar<br />
preferência aos eletrodomésticos<br />
coloridos. Cortina estampada ou<br />
persiana em tom mais vibrante dará<br />
aquele toque.<br />
64
65
CUIDADOS<br />
Manutenção com o pisos e decks de madeira<br />
Os pisos e os decks de<br />
madeira costumam ter uma<br />
ótima durabilidade, porém,<br />
para que estejam sempre em<br />
bom estado, alguns cuidados<br />
devem ser tomados desde a<br />
sua instalação.<br />
O principal item é determinar o<br />
local de instalação. Para os decks de<br />
madeira, é aconselhável observar se<br />
por baixo do piso há condições favoráveis<br />
para o escoamento da água das<br />
chuvas; isso pode ser resolvido com<br />
caimento e ralo ou mesmo com um<br />
solo permeável.<br />
A área em volta das piscinas e dos<br />
ofurôs precisa de um piso que, além<br />
de bonito, seja antiderrapante e tenha<br />
boa resistência à umidade e à insolação.<br />
No mesmo local, é indicado o uso<br />
de madeiras nobres, previamente tratadas,<br />
resistentes a cupins e ao apodrecimento,<br />
como é o caso do ipê e<br />
da itaúba. Outra opção são os novos<br />
revestimentos: o porcelanato e o piso<br />
cimentício – que procuram imitar a<br />
madeira – e o plástico, feitos a partir<br />
de materiais reciclados.<br />
Na instalação, lembre-se de deixar<br />
o espaçamento necessário entre<br />
as placas para dilatação, evitando as<br />
fissuras e as tábuas empenadas. Essa<br />
regra vale para os pisos internos e externos.<br />
Os decks de madeira, sempre expostos<br />
às ações do tempo, devem ser<br />
revestidos com verniz naval – responsável<br />
por protegê-los dos raios solares.<br />
A cada 6 meses, é necessário fazer<br />
a raspagem do produto e uma nova<br />
aplicação do verniz. Essa dica fará<br />
com que o seu piso dure em média 10<br />
anos em bom estado.<br />
O piso de madeira para ambiente<br />
interno deve receber a mesma manutenção<br />
que o deck. A diferença é o verniz<br />
utilizado: deve ser à base de água<br />
e sua raspagem pode ser feita uma vez<br />
ao ano.<br />
DICAS DO QUE NÃO FAZER<br />
- Não encere um assoalho de madeira<br />
com acabamento em poliuretano.<br />
- Não passe produtos de limpeza que<br />
deixem um filme ou resíduo.<br />
- Não use limpadores de amônia ou<br />
sabonetes de óleo, pois afetam a sua<br />
capacidade de recobrir mais tarde.<br />
- Não utilize esponjas ou palha de<br />
ação. Prefira um limpador de chão<br />
de madeira profissional para remover<br />
arranhões e marcas de sapato ocasionais.<br />
- Não limpe o chão com um pano excessivamente<br />
úmido (a madeira naturalmente<br />
se expande quando é molhada<br />
em demasia).<br />
66
MÚSICA<br />
O rock tem casa, sim!<br />
Pub 13 larga na frente em Araraquara e abre espaço para o<br />
estilo com duas noites de shows semanais<br />
O bom e velho rock’n’roll tem seu<br />
lugar cativo nas noites araraquarenses.<br />
Com uma estrutura diferenciada e<br />
atrações variadas, o Pub 13 consolida<br />
seu nome como uma das poucas casas<br />
na Região a ter uma programação<br />
voltada para o estilo, com shows em<br />
dois dias da semana, sempre as quintas<br />
e sábados.<br />
Por aquele palco, diversas bandas<br />
da cidade já mostraram seu trabalho,<br />
assim como músicos do Brasil todo.<br />
Nos intervalos, um DJ residente e outros<br />
convidados sempre animam a noite<br />
tocando clássicos do gênero.<br />
E para completar o pacote, um<br />
cardápio diferenciado reúne chopes<br />
artesanais, uma vasta carta de rótulos<br />
de cervejas, lanches saborosos e<br />
porções fartas.<br />
Para Adriano Daltrini, proprietário<br />
do local, outro diferencial do Pub 13<br />
é o seu atendimento jovial e dinâmico,<br />
em um ambiente familiar e extremamente<br />
pensado para quem quer<br />
curtir um rock’n’roll. Vale dizer que a<br />
censura do espaço é para maiores de<br />
21 anos. “Inclusive, quero convidar as<br />
bandas da cidade interessadas em<br />
se apresentar por aqui a mostrarem<br />
material para o nosso produtor, o Caio<br />
Cássio”, finaliza<br />
João Barone (esquerda) e Bi Ribeiro (direita), ambos da banda Paralamas do Sucesso, curtem o<br />
Pub 13 com Beto Neves (ao centro), líder da Beatles Again<br />
Carlos Oliveira, guitarrista da banda Dead or<br />
Alive, tocou no ‘Pub’ em julho deste ano<br />
‘EU APROVO!’<br />
Carlos Oliveira, guitarrista da banda<br />
Dead or Alive, conta que ficou<br />
impressionado com o bom gosto do local.<br />
Ele tocou apenas uma vez por lá,<br />
em julho deste ano, e já aguarda uma<br />
nova oportunidade. “Curti bastante do<br />
ambiente. Araraquara é um balaio de<br />
ótimas bandas de rock e temos um público<br />
fiel, que procura oportunidades<br />
de qualidade, tanto para quem está<br />
no palco, quanto para quem está fora<br />
dele”, conta.<br />
A cozinheira Maria Mendes é de<br />
Matão, porém sempre vem para Araraquara<br />
curtir as atrações do Pub 13.<br />
“Conheci o lugar em um show da Super<br />
Over e, partir daí, o coloquei no meu<br />
hall de opções, quando quero sair e<br />
curtir um som”, finaliza.<br />
67
COLUNA<br />
ESPORTE É AVENTURA<br />
CORRENDO<br />
e superando<br />
seus limites<br />
Todos que praticam corrida estão<br />
desafiando constantemente seus<br />
limites e buscando percorrer distâncias<br />
maiores. Mas é necessário muita<br />
disciplina, orientação profissional<br />
e paciência, pois os resultados não<br />
aparecem de uma hora para outra.<br />
A orientação profissional é um fator<br />
determinante, já que cada caso é<br />
um caso, havendo dificuldades, objetivos,<br />
rotinas e hábitos que devem<br />
ser analisados e tratados individualmente.<br />
O fortalecimento específico<br />
também é fator fundamental para<br />
a prevenção de lesões, ajudando<br />
também fortemente no condicionamento<br />
físico. Os treinos orientados<br />
são indispensáveis, a alimentação<br />
deve ser regrada e o fortalecimento<br />
deve ser constante, até para atletas<br />
de alto nível. A corrida é algo sensacional<br />
que vem ganhando muitos<br />
adeptos a cada dia.<br />
A atividade da corrida é uma<br />
constante superação de limites, o<br />
atleta está sempre sofrendo as influências<br />
do meio onde está praticando<br />
a atividade: subidas, descidas,<br />
terrenos acidentados, objetos<br />
que atrapalham o percurso ou fazem<br />
parte dele, e o principal obstáculo<br />
em provas de longa duração<br />
que é a mente do atleta. Por isso<br />
a corrida necessita de treinamento<br />
físico e mental para atingir os objetivos<br />
e cruzar a linha de chegada<br />
como um vencedor!<br />
Para atingir ótimos resultados,<br />
um acompanhamento profissional<br />
de qualidade e específico para o<br />
objetivo do corredor é indispensável,<br />
tendo com base os treinamentos<br />
68<br />
Carlinhos Tavares<br />
Absolute Fit | 16 3114.8664<br />
aeróbios específicos e o fortalecimento<br />
muscular para dar o aporte físico<br />
que a atividade necessita. Sem esse<br />
acompanhamento o atleta pode não<br />
atingir seu potencial total e está sujeito<br />
às lesões provenientes da prática<br />
esportiva.<br />
Dentro do universo das corridas é<br />
de grande importância a definição da<br />
quilometragem, ou da prova objetivo.<br />
Uma vez decidido este objetivo, que<br />
serve como pontapé inicial para outros<br />
mais desafiadores, a definição de<br />
estratégias para alcançá-lo torna-se<br />
muito mais fácil e estabelece-se o planejamento<br />
para a meta que pode se<br />
realizar a prova em um determinado<br />
tempo ou simplesmente completá-la.<br />
A corrida é uma atividade extremamente<br />
prazerosa e todo praticante<br />
sempre quer ir mais longe nos seus<br />
objetivos. Uma vez que se inicia nesse<br />
mundo dos atletas de quilometragem,<br />
o que se procura é sempre o próximo<br />
km.<br />
E para dar o suporte para esse objetivo,<br />
a Absolute Fit possui um programa<br />
de treinamento voltado para<br />
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interagir, compartilhar fotos e fazer<br />
perguntas.
VIP<br />
VIDA SOCIAL por Maribel Santos<br />
Chá beneficente<br />
Ocorreu no dia 20 de outubro, no salão<br />
de festas da igreja Nossa Senhora das<br />
Graças, mais uma edição do tradicional<br />
chá beneficente, organizado pelo grupo<br />
Mãos Generosas. Fundado há quarenta<br />
e sete anos por Odete Frem e Lenora<br />
Barbieri, hoje presidido por Marlene<br />
Bittencourt, conta com quarenta e<br />
uma voluntárias, que se reúnem duas<br />
vezes por semana, de segunda-feira e<br />
quarta-feira, das 14h às 17h. Dentre as<br />
atividades do grupo, está a fabricação<br />
de enxovais para recém-nascidos, que<br />
são doados para mães carentes. Um<br />
trabalho lindo que merece<br />
ser divulgado!<br />
A presidente do Fundo Social de<br />
Solidariedade de Araraquara,<br />
Maria Helena Rolfsen Moda<br />
Francisco Barbieri, a Zi Barbieri,<br />
com a presidente do grupo Mãos<br />
Generosas, Marlene Bittencourt<br />
Norma Azzem Rossi Regina Gatti Bia Farah Semeghini<br />
Maria do Carmo Scabello de Oliveira<br />
e Ana Maria Coan<br />
Isabel Corbi e Jane Lorenzeti<br />
69
Chegou a Dermy Clinic<br />
Larissa Paro e sua amiga e sócia Lucineia<br />
Pessoa inauguraram com um coquetel<br />
caprichado no dia 11 de outubro, a Dermy<br />
Clinic. Um espaço de muito bom gosto,<br />
atendimento diferenciado, com profissionais<br />
qualificados, a clínica chega inovando na<br />
área da estética.<br />
Valéria Kelly Rodrigues e Cristiano Lira<br />
prestigiaram o agradável coquetel da<br />
nova clínica, especializada em<br />
Dermopigmentação Estética e Paramédica<br />
A empresária Miriam Carvalho, com sua<br />
sobrinha Larissa Paro, profissional renomada<br />
na área da estética em nossa cidade<br />
O casal Jericó, Haroldo e Natália Frontarolli<br />
prestigiou a inauguração e levou para casa<br />
um exemplar da edição de outubro da nossa<br />
revista, que foi entregue aos convidados<br />
A consultora de vendas da Dermy Clinic,<br />
Silmara Andreacci, brindando o sucesso<br />
deste seu novo trabalho<br />
Kelen Cristina da Silva é uma das clientes top<br />
de Larissa Paro e fez questão de prestigiar a<br />
inauguração<br />
Vanessa Cristina Estevam Lima foi cumprimentar<br />
a amiga Lu Pessoa, pela inauguração da Dermy<br />
Clinic<br />
70
Lançamento no Palacete<br />
O querido escritor araraquarense Ignácio de Loyola Brandão, lançou seu<br />
mais novo fruto literário, “Se for pra chorar que seja de alegria”, no dia 25<br />
de outubro no Palacete das Rosas A.C. Silva. Amigos, familiares e autoridades<br />
estiveram prestigiando o autor, e, diga-se de passagem, o lançamento em<br />
sua terra natal tem outro sabor.<br />
A noite foi para lá de especial...<br />
Ignácio de Loyola Brandão<br />
com Beatriz Nigro Falcoski<br />
Maria Júlia Valdo Mascaro e Jorge Okada<br />
Maria Prada e Paulo Sérgio Chediek<br />
71
VITRINE<br />
Pedro Piva Júnior com sua esposa Sônia<br />
durante visita à Holambra<br />
Alceu Patricio de Almeida Santos, em<br />
recente viagem internacional, voltou<br />
contando as transformações do velho<br />
mundo<br />
Carlos Kawakami que faz parte do corpo diretório<br />
do Sindicato do SinHoRes<br />
Bruno Naddeo, Eduardo Carvalho, Aura<br />
Rosa, Lucas Naddeo, Fernanda Franco,<br />
Bruno Zampieri, Guilherme Veloso e Rafaela<br />
Oliveira, equipe da ComTexto que atende o<br />
Palomax e o Maxfácil.<br />
José Carlos Cardozo (SinHoRes) com seu<br />
irmão José Roberto Cardozo (Clube 27 de<br />
Outubro) e sua cunhada Maria do Carmo<br />
Jorge Bedran e Fábio Toller Furtado<br />
Patrícia Gallo e Marco Aurélio Parente<br />
Marina Amaral e Patrícia Peixoto Corbi<br />
72<br />
Anna Cinthia Cruz e Alexandre Alvares Cruz
ANIVERSÁRIOS<br />
<strong>NOVEMBRO</strong>|<strong>2016</strong><br />
A diretoria do SINCOMERCIO cumprimenta todos os aniversariantes<br />
DATA<br />
NOME<br />
EMPRESA<br />
DATA<br />
NOME<br />
EMPRESA<br />
01/11<br />
02/11<br />
02/11<br />
02/11<br />
04/11<br />
05/11<br />
05/11<br />
07/11<br />
07/11<br />
10/11<br />
10/11<br />
11/11<br />
12/11<br />
12/11<br />
12/11<br />
12/11<br />
13/11<br />
14/11<br />
14/11<br />
Maria Aparecida Vargas Faria<br />
José Pena<br />
Luzia da Glória Carbone Abud<br />
Valdecir Corrêa<br />
Paulo Izildo Pilon<br />
Camilla de Souza Penha Fiel<br />
Estevan Augusto Barros Arruda<br />
Luiz Carlos Françoso<br />
Wanderley Camilo de Figueiredo<br />
Carmen Aparecida Silva<br />
Fábio Rosseto Janusckiewicz<br />
Edson Luis Corrêa<br />
Ione Gomes Fragnan<br />
Manoel Floriano da Silva<br />
Matheus Palhares Viana<br />
Michelli Marry Regolao<br />
Yole Alves Negrão Haddad<br />
Cristina Hiromi Hamada Miyai<br />
Patricia Ferreira Santana<br />
Casa da Cozinha<br />
Vestylle Mega Store<br />
Acessorium<br />
Apollo Materiais p/ Construção<br />
Jopasa<br />
Helibombas<br />
Bem Viver<br />
Gráfica Benê<br />
Tulipa<br />
Charanguinha<br />
Hi Tec Eletrônica<br />
Apollo Materiais p/ Construção<br />
Auto Peças Vilavel<br />
Charanguinha<br />
Realvi<br />
Móveis Estrela<br />
Lajes Treliçadas Duraleve<br />
Big Real<br />
Lanchonete Tuti Frutti<br />
15/11<br />
16/11<br />
19/11<br />
21/11<br />
21/11<br />
21/11<br />
21/11<br />
22/11<br />
24/11<br />
27/11<br />
29/11<br />
30/11<br />
Carlos Alberto Haddad<br />
Rodolpho Sotrati<br />
Maria Conceição B. dos Santos<br />
Geni Helena Ribeiro Camargo<br />
Ingred Cristina Leite Marchesi<br />
Nadir Maria M. Cavaleti<br />
Renato Torres Augusto Junior<br />
Ali Zaher<br />
Sonia Raquel Murakami<br />
Erickson Apolinário da Silva<br />
Kleber José Parra Alves<br />
David Salomão Batista Borges<br />
Hdz Imóveis<br />
Castelinho Materiais p/ Construção<br />
Maquifísica<br />
Lojas Certeza<br />
Xinelo e Cia<br />
Auto Eletro São Domingos<br />
A.G.R. Materiais p/ Construção<br />
Objetivo/Objetivo Junior/COC Maternal<br />
Depósito Caçula<br />
EMUS - Espaço Musical Interativo<br />
Tutti Frutti<br />
Shalom Adonai Moda Fem. e Evangélica<br />
73
Luís Carlos<br />
B<strong>ED</strong>RAN<br />
Sociólogo e articulista da Revista Comércio,<br />
Indústria e Agronegócio de Araraquara<br />
A namorada polonesa<br />
Conheci uma jovem que nasceu<br />
logo depois da Segunda Grande<br />
Guerra na Polônia, numa cidade que<br />
não era Varsóvia, a capital. Não sei se<br />
em Lödz ou Cracóvia ou numa outra<br />
pequena cidade qualquer do interior,<br />
de nome esquisito, complicado, nem<br />
me lembro mais, faz tanto tempo.<br />
Aliás, nem mesmo consigo recordarme<br />
de seu difícil nome; mui vagamente<br />
de seu rosto, numa foto 3 x 4:<br />
um tanto rechonchudo e muito branco,<br />
como parecem ser as polonesas. Fico<br />
na dúvida agora se essa lembrança<br />
não é fruto de mera imaginação.<br />
Conheci-a através do Pen Clube,<br />
uma antiga organização internacional<br />
que facilitava e mediava a troca<br />
de correspondências, entre jovens<br />
de ambos os sexos, dos mais diversos<br />
países; uma espécie de Facebook<br />
atual, bem primitivo, claro.<br />
Recebi uma carta dela, talvez em<br />
inglês, a língua universal. Devo-lhe<br />
também ter mandado a minha resposta.<br />
E ficou por aí mesmo. Não<br />
houve mais troca de correspondências,<br />
talvez para dar início a um possível<br />
namoro a distância, coisa de<br />
adolescente. Platônico, certamente.<br />
Nunca mais encontrei a carta;<br />
perdi a foto. De vez em quando, a<br />
rememorar o passado, recordo-me<br />
daquela moça que também teria se<br />
interessado em conhecer um jovem<br />
brasileiro, da distante América. O<br />
que teria lhe acontecido? Se ainda<br />
estiver viva, talvez tenha se casado,<br />
possivelmente mãe de vários filhos<br />
e avó de muitos netos. Um mistério<br />
que jamais será desvendado.<br />
Mas o fato é que, depois disso,<br />
por curiosidade, nunca mais deixei<br />
de pensar na Polônia, incrustado<br />
pelo lado oriental, na época, pelos<br />
países pertencentes à União<br />
das Repúblicas Socialistas Soviéticas,<br />
Ucrânia e Tchecoslováquia, e<br />
pelo lado ocidental pela Alemanha.<br />
Atacado inicialmente pelos nazistas<br />
de Hitler e depois pelos comunistas<br />
da URSS, o povo polonês foi<br />
um dos que mais sofreram na Segunda<br />
Guerra. Milhares e milhares<br />
de heróis combatentes poloneses<br />
foram massacrados e dizimados<br />
pelas tropas nazistas, fortemente<br />
armadas, em combates de forças<br />
desiguais, como modernos blindados<br />
contra cavalos. Um país que foi<br />
palco de campos de concentração,<br />
como Auschwitz, de triste memória.<br />
Basta relembrar a tragédia do gueto<br />
de Varsóvia, onde milhares de judeus<br />
lá confinados foram mortos.<br />
Interessante é que estes não eram<br />
queridos, mas apenas tolerados<br />
naquele país, de formação profundamente<br />
católica.<br />
Polônia, onde nasceram personalidades<br />
famosas, como o presidente o<br />
pianista e compositor Paderewsky e o<br />
também músico e compositor, Chopin;<br />
o grande escritor britânico de origem<br />
polonesa, Joseph Conrad; o papa<br />
João Paulo II; o operário, fundador do<br />
Partido Solidariedade, Lech Walesa,<br />
entre outros, pessoas representativas<br />
que formaram o pensamento europeu<br />
e que ainda hoje passa por profundas<br />
transformações políticas, embora faça<br />
parte da União Europeia.<br />
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Também não podemos deixar de<br />
recordar o escritor e jornalista — e<br />
que participou da resistência contra<br />
os nazistas — Andrzej Szczypiorski<br />
que relatou em seu livro “A Bela Senhora<br />
Seidenman”, as dificuldades<br />
por que passou aquele país com a<br />
redemocratização do pós-guerra; o<br />
antigo escritor, Jan Potocki, do estranho<br />
“Manuscrito Encontrado em<br />
Zaragoza”; Henrik Sienkiewicz, do<br />
conhecido “Quo Vadis?”, que até<br />
foi objeto de filme; o cineasta Andrzej<br />
Wajda, recentemente falecido,<br />
além do atuante Roman Polansky,<br />
de origem polaca, intelectuais que<br />
honraram e honram aquela nação.<br />
E então, ao longo dos anos, tudo<br />
por causa daquela namorada virtual,<br />
continuei a me interessar vivamente<br />
pelo povo polonês. De vez em<br />
quando ainda fico a imaginar como<br />
ela deve ter sofrido com a miséria<br />
do pós-guerra, com as dificuldades<br />
pelas quais ela passou naquele<br />
país pressionado por aquelas duas<br />
grandes potências bélicas, tal como<br />
relatado recentemente pelo jornalista<br />
e historiador inglês Max Hastings,<br />
em seu livro “Inferno – O mundo em<br />
guerra 1939-1945”.<br />
E quando nós nos queixamos<br />
dos nossos problemas, não poderia<br />
deixar de compará-los com aqueles<br />
por que já passaram os países que<br />
sofreram com as duas guerras mundiais,<br />
como a Polônia, insignificantes<br />
perto deles.<br />
A curiosidade, porém, ainda permanece:<br />
o que teria acontecido com<br />
a minha namorada polonesa?
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