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RCIA - ED. 136 - NOVEMBRO 2016

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ÍNDICE<br />

<strong>ED</strong>IÇÃO N°<strong>136</strong> - <strong>NOVEMBRO</strong> / <strong>2016</strong><br />

CAPA<br />

Uniodonto<br />

ECONOMIA<br />

Unidos pela Morada do Sol<br />

CONQUISTA<br />

Álcool como combustível<br />

LITERATURA<br />

Loyola lança novo livro<br />

9 10<br />

19<br />

30<br />

Uma das mais importantes e atuantes<br />

cooperativas odontológicas do interior<br />

do Estado completa 26 anos de<br />

atividades em Araraquara.<br />

SINCOMERCIO, CIESP, Sindicato<br />

Rural e CANASOL montam grupo<br />

para discutir demandas para o<br />

desenvolvimento de nossa cidade.<br />

Em 1930, alunos e professores<br />

da antiga Escola de Farmácia<br />

de Araraquara assinavam uma<br />

experiência única para a época.<br />

Em noite especial, escritor apresenta<br />

sua nova obra, ‘Se For Pra Chorar,<br />

Que Seja de Alegria, para um Palacete<br />

das Rosas lotado de amigos e fãs.<br />

Da Redação<br />

05 | Sônia Maria Marques comenta<br />

a obrigatoriedade do pagamento de<br />

impostos no Brasil e seus impactos<br />

No Ginásio do Sesi<br />

18| Unidades do CIESP Araraquara,<br />

Matão e São Carlos promovem a<br />

‘Rodada de Negócios’.<br />

Solidariedade<br />

22| Grupo Amigos da Fé comanda<br />

campanha para ajudar família<br />

araraquarense.<br />

Sindicato Rural<br />

44|Programa Olericultura Orgânica<br />

visa beneficiar o pequeno produtor<br />

por meio de um amplo trabalho social.<br />

Já não se faz mais DAAE como antes<br />

Vários bairros da cidade têm sofrido com<br />

a falta d’água e os motivos dados pelo<br />

DAAE embora sejam diferentes, levam<br />

sempre a mesma conclusão: inexistência<br />

de manutenção ou falta de recursos<br />

para expansão das redes. A liberação<br />

para o surgimento de novos bairros, sem<br />

planejamento prévio, poderá acarretar<br />

no futuro por questões estruturais, em<br />

problemas ainda mais sérios. Sobre<br />

a falta d’água em outubro, período<br />

do sol senegalesco sobre a cidade, o<br />

vereador Édio Lopes realizou trabalho de<br />

fiscalização para entender os motivos.<br />

O vereador Édio Lopes conversou com Laura<br />

Santos da Silva, quando chegava à ETA para<br />

cobrar providências sobre a falta d’água no<br />

Vale do Sol e em bairros próximos<br />

Liniker brilha<br />

A banda araraquarense Liniker e os<br />

Caramelows não para de crescer. Destaque<br />

na imprensa nacional e com uma imensa<br />

quantidade de fãs, os pratas da casa<br />

venceram o prêmio Multishow <strong>2016</strong> na<br />

categoria ‘artista revelação’. Com recordes<br />

de acessos no You Tube, a Liniker viaja o País<br />

divulgando seu primeiro disco, ‘Remonta’.<br />

Em Araraquara, o material já tem uma data<br />

de lançamento marcada para o dia 8 de<br />

dezembro, no Sesc Araraquara. Este é o<br />

segundo show do grupo na unidade local: o<br />

primeiro deles ocorreu em janeiro deste ano<br />

para um Ginásio lotado.<br />

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DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

por: Sônia Maria Marques<br />

ARTES PLÁSTICAS<br />

‘Capital das Artes’<br />

MEMÓRIA<br />

Carros, motos e muita gente<br />

PAGANDO AS CONTAS<br />

34<br />

Exposição no Sesc local resgata a<br />

história da Escola de Belas de Artes<br />

de Araraquara; ex-aluno, o pintor<br />

Ernesto Lia, comenta o assunto.<br />

Canasol<br />

49| Produtores procuram meios<br />

para aumentar produtividade a<br />

partir de investimentos certeiros.<br />

52<br />

Na Bento de Abreu, famoso<br />

‘footing’ era ponto de encontro,<br />

dos araraquarenses nas tardes<br />

de domingo.<br />

Vida Social<br />

69 | Maribel Santos destaca<br />

chá beneficente do grupo Mãos<br />

Generosas.<br />

Recursos para a Santa Casa<br />

O secretário municipal de Saúde, Abelardo Ferrarezi<br />

de Andrade, representando o prefeito Marcelo Barbieri,<br />

participou no dia 24 de outubro, de assinatura para<br />

liberação de verba do Governo Federal, para a Santa<br />

Casa. R$ 231.109,68 serão destinados à linha que cuida<br />

do sobrepeso e da obesidade e que habilita a Santa Casa<br />

como estabelecimento de saúde em assistência de Alta<br />

Complexidade ao indivíduo com obesidade em Araraquara.<br />

R$ 8.200,20 estabelece recurso do bloco de média e alta<br />

complexidade a ser incorporado ao limite financeiro anual da<br />

Santa Casa para serviços de Referência para diagnóstico de<br />

Câncer de Mama. 8.523,72 para Serviço de Referência para<br />

Diagnóstico e Tratamento de Lesões Precursoras do Câncer<br />

de Colo de Útero. O prefeito Marcelo Barbieri disse que o<br />

“Governo Federal está atendendo nos apelos para aumentar<br />

a verbas que custearão<br />

o SUS, que há anos está<br />

com valores de repasses<br />

desatualizados. Serão<br />

R$ 247 mil para serem<br />

investidos na Santa<br />

Casa”.<br />

É redundante, hoje em dia, falar ou questionar sobre os<br />

deveres de cada cidadão. São muitos, mas o que nos<br />

faz pensar e ficarmos preocupados, são as condições<br />

pré estabelecidas, como por exemplo, os impostos que<br />

pagamos. Temos um leque de siglas (IR, IPTU, IPVA, FGTS,<br />

DARF, etc), que se não forem pagos, ficamos à mercê da<br />

inadimplência (SPC, Serasa, conta negativada, bloqueio).<br />

Se há atraso de um dia numa conta ou imposto, por<br />

exemplo, lá serão cobrados juros, juros de mora, multa<br />

por atraso, tudo já embutido numa fatura, boleto ou<br />

guia, que até nos faz perder o sono. É justo que devemos<br />

honrar nossos compromissos, porém, torna-se difícil para<br />

todos, tanto de pessoa física quanto jurídica. As empresas<br />

então, principalmente as pequenas e médias, nem se fala,<br />

pois do ganho bruto, sobra apenas o suficiente para se<br />

manterem em funcionamento. O lucro, em muitos casos,<br />

passa desapercebido e na contabilização final, fica a<br />

dúvida se continuam com as portas abertas e mantêm os<br />

funcionários, que também esperam pelos seus direitos, pois<br />

senão, é aí que começa o ciclo do não cumprimento das<br />

obrigações impostas por lei.<br />

É a realidade. Trabalhamos e pagamos por muito e ficamos<br />

com pouco e cada um (empresas, lojas, serviços, eu,<br />

você), vamos vivendo, ou melhor dizendo, ajeitando, como<br />

podemos.<br />

Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni<br />

Supervisora Editorial: Sônia Marques<br />

Editor: Matheus Vieira (MTB 67.923/SP)<br />

Diretor Comercial: Humberto Perez<br />

Depto. Comercial: Gian Roberto, Silmara Zanardi,<br />

Heloísa Nascimento, Anderson Rovina<br />

Design: Carolina Bacardi, Bete Campos<br />

Tiragem: 5 mil exemplares<br />

Impressão: Grafinew - (16) 3322-6131<br />

A Revista Comércio, Indústria e Agronegócio<br />

é distribuida gratuitamente em Araraquara e região<br />

* COORDENAÇÃO, <strong>ED</strong>ITORAÇÃO, R<strong>ED</strong>AÇÃO E PUBLICIDADE<br />

Fone/Fax: (16) 3336 4433<br />

Rua Tupi, 245 - Centro<br />

Araraquara/SP - CEP: 14801-307<br />

marzo@marzo.com.br<br />

Santa Casa de<br />

Araraquara, modelo<br />

para a saúde<br />

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<strong>ED</strong>ITORIAL<br />

por: Ivan Roberto Peroni<br />

Desistir, jamais!<br />

O aplicativo da frase remonta aos tempos, envereda pelas linhas do raciocínio e acaba<br />

pontuando situações que se moldam às necessidades que cada ser humano enfrenta na vida<br />

pessoal ou profissional. Ir em frente é desafiar o tempo, o temor, é ter forças para caminhar<br />

sobre o desconforto, não silenciar e apostar no poder da mente. Vivemos um período de<br />

enfrentamentos e desconfianças, marginalizando costumes e tradições, ideias, sugestões,<br />

esbarrando em planos e diálogos, quando não, na acomodação.<br />

Recém terminada a eleição municipal<br />

de <strong>2016</strong> no silencio do meu<br />

canto coloco-me a pensar: a Edna<br />

Martins, como candidata, perguntava<br />

o que você faria se a cidade fosse<br />

sua. Embora não houvesse originalidade<br />

do tema meramente político, é<br />

verdade que a frase nos deu alento<br />

ante a liberdade concedida para a<br />

exposição dos nossos desejos.<br />

Ainda que vestida pela demagogia,<br />

primordialidade em campanhas<br />

políticas, qualquer um poderia dizer<br />

o que pensava e queria. Assim,<br />

nasceram em meio a fantasia mais<br />

UPAs, mais creches, descentralização<br />

de serviços públicos para beneficiar<br />

os bairros e uma cidade extremamente<br />

criativa. Mas não era apenas<br />

isso, pois canditado que se preze se<br />

envolve em promessas e transforma<br />

em ilusão o que jamais poderia cumprir,<br />

ignorando o passado político<br />

que já teve e que por sinal já havia<br />

lhe dado a oportunidade de fazer. A prezada candidata não era caso isolado<br />

de promessa e transformação da cidade.<br />

A miserabilidade santificada pela opulência se enraizou nos princípios<br />

democráticos de cada concorrente, todos eles predestinados ao uso do ser<br />

humano como primeiro passo, pois num segundo momento, estabelecia-se a<br />

ponderação como – “se eu for eleito vou acabar com a pobreza”.<br />

Não digo exterminar a pobreza mas o que ficou marcado como peça de<br />

campanha foi uma série de promessas, uma delas o fim da taxa do lixo, assunto<br />

que escorrega por vários anos. Agora que tudo passou e cada um fechou<br />

sua fábrica de ideias, me pergunto como ficará o contribuinte ou o consumidor,<br />

pois promessas são levadas pelo vento e nunca poderão ser compridas? Em<br />

sã consciência ninguém pode abastecer com esperanças uma população descrente<br />

(64 mil votos flutuantes) e que pelo menos, espera que as vias públicas<br />

sejam pavimentadas, que as escolas tenham ensino padrão, que a saúde seja<br />

humanizada e a segurança se apresente com tolerância zero.<br />

Esta eleição com estigma de uma sessão de magia, nos ensinou que não<br />

devemos desistir dos nossos sonhos e acreditar sempre na capacidade de<br />

realização do ser humano, que por sinal foi a sábia técnica que premiou o<br />

ganhador que garantiu dar continuidade ao que construíra no passado e a<br />

promessa de reabertura de um pronto socorro. Foi uma vitória da esperteza<br />

e da coerência democrática, com ligeiras pitadas de um sentimento bairrista.<br />

Nesta eleição vimos uma sala de aula onde o mestre ensina que a persistência<br />

ancorada pelos efeitos de suas gestões são argumentos mais fortes que<br />

as promessas.<br />

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REPORTAGEM DE CAPA<br />

Cooperativa Uniodonto há<br />

26 anos em Araraquara<br />

Alto padrão de qualidade<br />

e comprometimento incluem<br />

a Uniodonto como uma das<br />

mais importantes cooperativas<br />

odontológicos do interior do<br />

Estado<br />

Há 26 anos, um grupo de Cirurgiões-Dentistas<br />

reuniu-se tendo como<br />

objetivo comum atrair novos clientes<br />

para seus consultórios, além da Pessoa<br />

Física, atingir o setor empresarial.<br />

O pensamento voltou-se então para<br />

criação da Uniodonto em Araraquara,<br />

modelo cooperativista em comercialização<br />

de planos odontológicos, com<br />

Sistema Nacional em Atendimento,<br />

sendo, na época, já há 20 anos no mercado.<br />

O desejo concretizou-se então,<br />

e em 1990 surgia a Uniodonto Araraquara;<br />

e de lá para cá, muito empenho<br />

e dedicação de todos os envolvidos:<br />

Diretorias; Colaboradores e Cooperados,<br />

fizeram e fazem-se presentes,<br />

dia a dia, no cumprimento a todas as<br />

exigências hoje imputadas, através de<br />

seu Órgão Regulador, a ANS, que norteiam<br />

a boa condução dos trabalhos,<br />

hoje necessária para o correto funcionamento<br />

como Operadora de Plano de<br />

Saúde Odontológico. E assim o tempo<br />

passou! Mudanças ocorrem a todo<br />

momento, do “simples ao complexo”,<br />

fortalecendo e estruturando, calçando<br />

e elevando colunas, amalgamando as<br />

relações Cooperativa-Beneficiário-Cooperado,<br />

através de gestões cada vez<br />

mais profissionalizadas, que elevam a<br />

Uniodonto Araraquara, à Cooperativa<br />

modelo dentro do Sistema Uniodonto e<br />

entre as Operadoras de Saúde Odontológica,<br />

no cenário Estadual e Nacional.<br />

Assim somos:<br />

Uniodonto Araraquara localizada na Rua<br />

Voluntários da Pátria, 1947, Centro<br />

• + de 120 Cooperados;<br />

• + de 20 mil Beneficiários;<br />

• Cobertura em 14 municípios: Araraquara, Américo Brasiliense, Boa<br />

Esperança do Sul, Borborema, Dobrada, Gavião Peixoto, Ibitinga, Itápolis,<br />

Matão, Motuca, Nova Europa, Rincão, Santa Lúcia e Tabatinga.<br />

• A Sede da Uniodonto Araraquara ao seu lado, facilitando a comunicação,<br />

diminuindo distâncias, através de seus Colaboradores e Diretoria sempre<br />

presente, diferenciais que o mercado exige;<br />

• Sistema Nacional de atendimento em casos de Urgência/Emergência;<br />

• Plantão 24 horas em Araraquara e Matão;<br />

• Tecnologia na aprovação<br />

de orçamentos on-line e<br />

on-time, pelo uso<br />

Nossas instalações<br />

de imagens (câmeras<br />

intra-orais), que aumentam<br />

e muito a qualidade final<br />

nos atendimentos;<br />

• Planos acessíveis<br />

a você e sua família,<br />

assim como os Planos<br />

Empresariais;<br />

• Equipe de Vendas pronta<br />

a lhe atender<br />

EM <strong>NOVEMBRO</strong>, MÊS DE ANIVERSÁRIO DA UNIODONTO ARARAQUARA,<br />

PENSAMOS EM VOCÊ: FAÇA CONTATO CONOSCO, ADQUIRA UM PLANO<br />

E VEJA AS VANTAGENS! AGUARDAMOS VOCÊ! SORRIA CONOSCO!<br />

9


Mário Porto (SENAR-SP), Michele Pelaes (CIESP), Bruno Naddeo (Núcleo de Jovens Empreendedores), Ademir Ramos da Silva (CIESP/FIESP),<br />

Antonio Deliza Neto (SINCOMERCIO), Luís Henrique Scabello de Oliveira (CANASOL), Nicolau de Souza Freitas (Sindicato Rural), Jaime<br />

Vasconcellos (Economista SINCOMERCIO/FECOMERCIO) e Tatiana Caiano Teixeira Campos Leite (CANASOL) no encontro da RCIa<br />

ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO<br />

Eles estão juntos na construção<br />

de uma cidade ainda mais forte<br />

Hoje o SINCOMERCIO, o<br />

CIESP, o Sindicato Rural e a<br />

CANASOL, representam bem<br />

mais que 70% da economia<br />

em Araraquara. A convite da<br />

Revista Comércio, Indústria<br />

e Agronegócio, decidiram se<br />

juntar em um único bloco para<br />

apresentar e discutir demandas<br />

para o desenvolvimento da<br />

cidade, além de promoverem<br />

uma aproximação mais forte<br />

com a comunidade em defesa<br />

dos direitos da população.<br />

Sai Marcelo Barbieri que encerra<br />

oito anos de mandato e entra Edinho<br />

Silva, que inicia uma gestão de quatro<br />

anos. Bem mais conscientizada politicamente<br />

em função dos movimentos<br />

sociais que ocorreram nas ruas nos últimos<br />

meses, Araraquara começa a se<br />

articular através das suas forças mais<br />

representativas - comércio, indústria e<br />

agronegócio - com o objetivo de discutir<br />

e implementar ações que venham melhorar<br />

as condições de vida dos seus<br />

habitantes, e consolidar a imagem econômica<br />

de Araraquara como município<br />

de destaque no ranking nacional.<br />

Olhando para este ângulo é que a<br />

Revista Comércio, Indústria e Agronegócio<br />

decidiu reunir cinco dias após as<br />

eleições municipais de 2 de outubro, os<br />

presidentes do Sindicato do Comércio<br />

Varejista (Antonio Deliza Neto), Sindicato<br />

Rural de Araraquara (Nicolau de Souza<br />

Freitas), Luís Henrique Scabello de<br />

Oliveira (CANASOL) e Ademir Ramos da<br />

Silva (Diretor Regional do CIESP), para<br />

a discussão de uma agenda que fortaleça<br />

o cumprimento de demandas em<br />

benefício da população.<br />

O encontro, inicialmente em circuíto<br />

fechado, foi realizado na sede do Sindicato<br />

Rural e teve ainda a participação<br />

de Bruno Naddeo (coordenador do<br />

10<br />

Núcleo de Jovens Empreendedores de<br />

Araraquara), Mário Porto (coordenador<br />

do SENAR-SP), Michele Pelaes (gerente<br />

da Regional do CIESP), Jaime Vasconcellos<br />

(eocnomista da FECOMERCIO) e<br />

Tatiana Caiano Texeira Campos Leite<br />

(vice presidente da CANASOL), que formaram<br />

uma frente para consolidação<br />

do grupo, juntamente com o jornalista<br />

Ivan Roberto Peroni, da RCIa.<br />

Foram quase duas horas de debates<br />

e apresentação de sugestões e propostas<br />

de cada segmento, bem como<br />

a definição dos próximos passos. Cada<br />

dirigente deixou claro o pensamento de<br />

união, a necessidade de um associativismo<br />

na apresentação e cumprimento<br />

das demandas que não favoreçam apenas<br />

as classes trabalhadoras que as<br />

entidades representam, mas de forma<br />

mais ampla, a própria população, nesta<br />

fase de transição dos gestores municipais.<br />

“O entendimento é este, de união,<br />

para que possamos construir uma<br />

grande cidade”, disseram eles.


Antonio Deliza<br />

Neto, presidente<br />

do SINCOMERCIO<br />

NA R<strong>ED</strong>E SOCIAL<br />

Fico feliz por esta iniciativa, pois<br />

uma cidade só se desenvolve<br />

quando os setores produtivos<br />

resolvem unir suas capacidades<br />

de administração a serviço do<br />

bem comum. Juntar pessoas<br />

que decidem e sabem fazer<br />

acontecer só engrandece a<br />

comunidade. Sucesso!<br />

Alceu Patrício<br />

Sou membro da Câmara Brasileira de Gêneros<br />

Alimentícios na Confederação Nacional do<br />

Comércio; o Nicolau de Souza Freitas atua<br />

na Câmara Setorial da Citricultura; o Luís<br />

Henrique Scabelo faz parte da Câmara Setorial<br />

da Cana-de-Açúcar; o Ademir Ramos da Silva<br />

é diretor regional do CIESP com 17 municípios<br />

em sua base. Órgãos importantes em esferas<br />

mais abrangentes para o nosso representado é<br />

essencial para que ele conheça as instituições que<br />

servimos e para que possa também aderir aos<br />

nossos projetos, pois juntando-se a nós seremos<br />

mais fortes, com influência de poder de decisão<br />

na comunidade.<br />

Antonio Deliza Neto<br />

Presidente do SINCOMERCIO<br />

Enfatizando que não tem nenhuma pretensão<br />

política, o presidente do SINCOMER-<br />

CIO, Antonio Deliza Neto, destacou que<br />

está feliz pela iniciativa de um “bate-papo<br />

desses”. O presidente sindical ressaltou: ”...<br />

não estamos aqui promovendo nenhuma<br />

candidatura, mesmo tendo conhecimento<br />

que, infelizmente, não conseguimos fazer<br />

política empresarial sem falar da política<br />

partidária.”. Ao considerar que o Brasil está<br />

vivendo momento ímpar em sua história,<br />

o líder do comércio varejista salientou que<br />

a união de forças dos vários setores é de<br />

extrema importância na atual conjuntura<br />

política e econômica.<br />

Ao lembrar que o empresariado está<br />

cansado de bancar as obrigações tributárias<br />

acessórias e uma carga de impostos<br />

aviltante, com retorno zero à sociedade,<br />

11<br />

e, ainda, conviver com níveis<br />

de corrupção vergonhosos, o<br />

dirigente desabafou: “Quando<br />

uma nova empresa gera 20, 30,<br />

100 empregos, na inauguração<br />

o empreendedor é valorizado;<br />

porém, na hora da crise, onde é<br />

preciso reduzir o quadro de empregados<br />

em 10, 20 ou 50 pessoas,<br />

por uma questão de sobrevivência<br />

da empresa, quem<br />

nos questiona é o Ministério<br />

Público do Trabalho; é ele que<br />

bate às nossas portas”. E indagou:<br />

“Quando a empresa vai ser<br />

tratada como o ser social que<br />

necessita de defesa, pois o que<br />

adianta ter CLT e medidas protecionistas<br />

se não há a empresa e empregos? Não se<br />

trata de retirar direitos dos trabalhadores,<br />

mas flexibilizar a relação capital-trabalho,<br />

fomentando o emprego e a distribuição de<br />

renda”. Toninho Deliza chegou a ser ainda<br />

mais incisivo em defesa da classe empreendedora:<br />

“Acredito até, que o momento<br />

é de amadurecimento da classe empresarial<br />

e da relação capital-trabalho“, mas<br />

ninguém aparece para ver como é duro<br />

manter a empresa funcionando com a situação<br />

que estamos vivendo hoje.” Para<br />

ele, as dificuldades econômicas e a necessidade<br />

da troca de informações entre os<br />

diversos setores da atividade econômica<br />

é que o levou a sugerir este encontro entre<br />

os parceiros da Revista Comércio, Indústria<br />

e Agronegócio: “Viemos aqui para, assim<br />

como todos os presentes, expor sobre<br />

nossa atividade e também para manifestar<br />

apoio, por nosso Núcleo de Economia<br />

montado em parceria com a UNESP.” De<br />

fato, o SINCOMERCIO disponibilizou para<br />

o encontro de lideranças os seus economistas<br />

Jaime Vasconcellos e Délis Magalhães<br />

e, segundo seu presidente, darão<br />

todo apoio necessário a esta parceria.<br />

O dirigente também enalteceu a participação<br />

das outras entidades, citando a<br />

CANASOL como força do agronegócio ao<br />

lado do Sindicato Rural: “A agricultura é na<br />

atualidade a mola propulsora do país, em<br />

termos de exportação e geração de renda.<br />

Ela produz o alimento, a indústria fabrica<br />

a panela (referindo-se ao diretor regional<br />

do CIESP, Ademir Ramos da Silva, da FORT<br />

LAR, que estava ao seu lado no encontro),<br />

e o comércio coloca isso à disposição dos<br />

consumidores. A Roda gira!” No final da<br />

sua explanação, Toninho Deliza fez um<br />

apelo ao grupo: “Vamos ter agora um novo<br />

governo. Temos que esquecer o partidarismo<br />

político, mas sinto que precisamos<br />

estar unidos e este encontro é um grande<br />

passo em nossa cidade para isso”. O Presidente<br />

do SINCOMERCIO arrematou: “Se<br />

estivermos juntos, não seremos uma única<br />

voz a ser ouvida. O diálogo com os poderes<br />

Executivo e Legislativo é fundamental<br />

e, unidos, representamos grande parte<br />

dos geradores de emprego e renda de<br />

nossa cidade e da região. É por isso que<br />

estaremos lutando: para um desenvolvimento<br />

saudável e sustentável, resultando<br />

certamente em melhores condições de<br />

vida e distribuição de renda. Vamos buscar<br />

a todo instante o diálogo e o futuro prefeito<br />

é um bom interlocutor, sabe ouvir.”<br />

CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE


“Hoje está na moda a palavra empoderamento,<br />

que não significa poder, mas sim ação social<br />

coletiva de participar de debates, melhorando<br />

a representatividade e potencializando a<br />

conscientização civil sobre os direitos de uma<br />

comunidade”<br />

Luís Henrique Scabello de Oliveira<br />

Presidente da CANASOL<br />

Tudo precisa começar... e é com<br />

este diálogo que iniciamos uma nova<br />

fase no contexto econômico e social da<br />

cidade, pois há em nós o interesse em<br />

buscar conhecimentos vivenciados por<br />

outras instituições.<br />

Foi desta forma que o presidente da<br />

CANASOL, Luís Henrique Scabello de<br />

Oliveira, iniciou sua participação no encontro<br />

organizado pela Revista Comércio,<br />

Indústria e Agronegócio em outubro<br />

passado, cinco dias após Edinho Silva<br />

ser novamente eleito para quatro anos<br />

de governo municipal a partir de 2017.<br />

“Temos uma riqueza enorme em nossa<br />

cidade, envolvendo<br />

representações econômicas<br />

da indústria, do<br />

comércio, da agricultura,<br />

dos serviços e nós<br />

precisamos nos articular.<br />

Lamentavelmente,<br />

nestes últimos anos<br />

o país ficou nas mãos<br />

da política, quando na<br />

verdade tem que ficar<br />

nas mãos dos brasileiros<br />

e como brasileiros,<br />

temos que reivindicar<br />

esta nossa posição”.<br />

No entendimento do<br />

dirigente, estas oportunidades<br />

são importantes<br />

para que as classes econômicas<br />

se conheçam e para<br />

que, depois, os cenários<br />

sejam criados. Luís Henrique<br />

propôs que entidades<br />

busquem o empoderamento,<br />

termo bastante usado na<br />

atualidade, que em linhas<br />

gerais significa a adoção de<br />

atitudes que levem a melhor visibilidade<br />

do papel social que essas entidades<br />

exercem perante a sociedade, resultando<br />

em transformações nas relações<br />

sociais, políticas, culturais, econômicas<br />

e de poder com responsabilidade e respeito<br />

ao outro, sempre dentro das regras<br />

democráticas e de cidadania.<br />

Este é o nosso grande objetivo, disse<br />

o presidente da CANASOL, através<br />

de um diálogo bastante fluído e unificado<br />

para que possamos fazer-nos representar<br />

diante dos Poderes Públicos<br />

(municipal, estadual e federal), defendendo<br />

os anseios da nossa cidade.<br />

Para ele, não há distinção da importância<br />

do papel de cada instituição.<br />

Nenhuma vive sem a outra dentro da<br />

economia. Luís Henrique destacou ainda<br />

que a partir do consenso, as entidades<br />

deverão seguir um objetivo comum.<br />

O presidente da CANASOL considera<br />

que o Brasil passou muito tempo<br />

preocupado com outras coisas, que<br />

não os legítimos interesses do país<br />

e de sua população. E agora a conta<br />

deverá ser paga por todos nós. O que<br />

resta é apenas trabalhar pelo país.<br />

A Canasol nasceu do sonho de um<br />

grupo de produtores de cana, associação<br />

de classe fundada há 64 anos, que<br />

representa mais de mil produtores<br />

de cana da região central do Estado<br />

de São Paulo. Sem deixar de lado os<br />

seus principais objetivos de lutar pelos<br />

interesses de seus associados, a Canasol<br />

também busca através de sua liderança<br />

no setor agrícola regional contribuir com<br />

o desenvolvimento econômico e social<br />

por meio de parcerias e engajamento em<br />

projetos como este lançado pela Revista<br />

Comércio e Indústria. Estamos cientes do<br />

nosso papel na sociedade e apoiamos<br />

todo tipo de iniciativa que julgamos<br />

importante para o crescimento da nossa<br />

região, destaca Luís Henrique, presidente<br />

da Canasol.<br />

12


Logo que Luís Henrique Scabello<br />

de Oliveira se elegeu presidente da CA-<br />

NASOL em março de <strong>2016</strong>, houve com<br />

o Sindicato Rural de Araraquara uma<br />

aproximação muito forte e a certeza<br />

que a partir daquele momento caminhariam<br />

juntos em defesa dos interesses<br />

da classe - produtor rural - e fortalecimento<br />

do agronegócio.<br />

Nicolau de Souza Freitas, presidente<br />

do Sindicato Rural, hoje além de fazer<br />

parte da diretoria da CANASOL, da<br />

mesma forma que Luís Henrique está<br />

na diretoria do sindicato, reconhece que<br />

até o ano passado havia certa dificuldade<br />

em manter a relação entre as duas<br />

entidades e agora juntos torna a união<br />

um fato positivo para o agronegócio.<br />

No encontro com o CIESP, CANASOL<br />

e SINCOMERCIO, Nicolau foi objetivo ao<br />

reconhecer que a situação enconômica<br />

atual é bastante complicada tanto para<br />

a agricultura, quanto para o comércio e<br />

a indústria: “Passamos por uma transição<br />

e não sabemos onde ela vai chegar;<br />

acho que o consenso poderá demorar e<br />

para abreviarmos esse desconforto econômico<br />

vamos ter que nos empenhar”.<br />

Como presidente do sindicato,<br />

membro da Câmara Setorial da Citricultura<br />

em Brasília, do Conselho Fiscal<br />

do SENAR-SP, e de outras entidades representativas<br />

do setor, entendo que a<br />

união de todos neste momento de instabilidade<br />

da economia é importante<br />

para o diálogo: “Temos que nos reunir<br />

mais vezes, discutir os problemas que<br />

nos envolvem, bem como as políticas<br />

sociais, a cidade em sí. Não somos de<br />

sair em busca de benefícios próprios,<br />

mas de reivindicar pela classe e cidade.<br />

Nosso objetivo é de uma política<br />

propositiva, solicitar por<br />

situações que sejam boas<br />

para todos”, comentou Nicolau<br />

de Souza Freitas.<br />

Enfático ao comentar<br />

que “nós não vivemos de<br />

favores, nós vivemos do trabalho,<br />

geramos riquezas”,<br />

o presidente do Sindicato<br />

Rural quis também deixar<br />

claro que “o produtor rural<br />

vive do trabalho, trabalha<br />

e participa da geração de<br />

riquezas para o País” e<br />

completou: “É isso que sabemos<br />

fazer, trabalhar”.<br />

Nicolau agradeceu os<br />

elogios que lhe foram atribuídos<br />

pela sua simplicidade<br />

e a forma com que tem<br />

conduzido o sindicato desde<br />

1985. O relacionamento<br />

com os produtores rurais é<br />

que o tem classificado como<br />

um dos dirigentes mais populares<br />

e de muito respeito<br />

na classe.<br />

Nicolau de<br />

Souza Freitas,<br />

presidente do<br />

Sindicato Rural<br />

de Araraquara<br />

“Hoje estamos passando através da revista<br />

o que se passa na agricultura, tudo que é<br />

importante não só para as pessoas que vivem<br />

no campo como para a sociedade. Não<br />

apenas produzimos como também sabemos da<br />

importância de se preservar o meio ambiente,<br />

que é o nosso patrimônio”.<br />

Nicolau de Souza Freitas<br />

Presidente do Sindicato Rural de Araraquara<br />

Criado em 1965, é um dos<br />

sindicatos mais antigos da<br />

categoria em todo o País.<br />

Sua importância está em<br />

defender os interesses da<br />

classe e desenvolver intenso<br />

trabalho social, realizando<br />

cursos em parceria com<br />

o SENAR SP para os<br />

pequenos produtores rurais,<br />

levando-os à capacitação<br />

para produzir e alcançar<br />

mercados dentro do<br />

agronegócio.<br />

13


“Cada segmento tem seus problemas, suas dificuldades. Vivemos<br />

um período extremamente dificil, temos que acreditar nas<br />

mudanças estruturais que anunciam, também enfrentar os desafios<br />

da previdência trabalhista e a criação de regras para o trabalho<br />

terceirizado. Este encontro com o SINCOMERCIO, CANASOL e<br />

Sindicato Rural nos estimula para a troca de informações entre as<br />

entidades e a busca de soluções, através do diálogo, para questões<br />

mais próximas do nosso convivio”.<br />

Ademir Ramos da Silva<br />

Diretor Regional do CIESP Araraquara<br />

Ademir Ramos da Silva, diretor regional do CIESP<br />

Araraquara<br />

Diretor Titular Regional do Centro<br />

das Indústrias do Estado de São Paulo –<br />

Ciesp em Araraquara, o empresário Ademir<br />

Ramos da Silva, da Alumínio Fort Lar<br />

Indústria e Comércio, é na atualidade um<br />

dos mais atuantes membros da entidade<br />

fundada em 1928. Agradecido por participar<br />

do grupo representativo da classe<br />

industrial no encontro, Ademir considera<br />

impossível haver uma separação entre<br />

economia e política no Brasil pela circunstância<br />

que a nossa democracia apresenta,<br />

no entanto, pondera: “O governo não<br />

atrapalhando já está ajudando muito”.<br />

Visualizando um País desarrumado, ele<br />

entende que “para consertar o Brasil serão<br />

necessárias mudanças estruturais pesadas”,<br />

uma delas direcionada à previdência<br />

trabalhista que deixa o industrial de mãos<br />

atadas com questões simples, como admissão<br />

e demissão de funcionários.<br />

“O governo pretende levar adiante a<br />

reforma da legislação trabalhista e pelo<br />

menos duas propostas vêm sendo discutidas:<br />

uma para atualizar a Consolidação<br />

das Leis do Trabalho (CLT), que completou<br />

73 anos, e outra com definição de<br />

regras para a terceirização de mão-deobra,<br />

tema que vem sendo discutido desde<br />

2003 pelo Projeto de Lei 4.330. O objetivo<br />

é uniformizar interpretações sobre<br />

normas de trabalho e diminuir as ações<br />

judiciais, privilegiando as negociações<br />

coletivas. “A CLT virou uma colcha de<br />

retalhos que permite interpretações<br />

subjetivas. Sua atualização<br />

é uma necessidade”,<br />

diz o dirigente, que participa<br />

mensalmente de reuniões no<br />

CIESP, na maioria das vezes<br />

junto de ministros do governo<br />

para discussão de assuntos<br />

econômicos. “Hoje temos que<br />

pagar por essas mudanças e são tantas<br />

que não dá para acontecer em apenas<br />

um mandato de governo, pois sendo<br />

questões políticas e sindicais, as decisões<br />

ficam rolando sem chegar a lugar<br />

nenhum”, argumentou.<br />

Na sua opinião, os reflexos deste desconforto<br />

refletem na economia de todo o<br />

País e uma coisa puxa outra: “Se a indústria<br />

não vai bem é porque o comércio não<br />

está comprando e isso se transforma em<br />

consequências”. A equação do problema<br />

se dá com a geração de renda, através<br />

do trabalho e do imposto, sistemática<br />

que não dá para ser diferente.<br />

Ele chega a apontar como alternativa<br />

para o País melhorar sua imagem econômica,<br />

o investimento internacional e a privatização<br />

de empresas como a Petrobras<br />

e o BNDS, que são apontadas pela crítica<br />

como fonte de saques.<br />

“Somos um País com 12 milhões de<br />

desempregados; tenho idade avançada<br />

e sou de origem humilde, nasci na agricultura.<br />

Quando vim para a cidade e até<br />

conseguir o meu negócio, passei por fases<br />

difíceis, sei o quanto isso representa<br />

para mim e o quanto castiga o trabalhador”,<br />

lembra.<br />

Em dado momento do encontro com<br />

Toninho Deliza, Luis Henrique Scabello<br />

de Oliveira e Nicolau de Souza Freitas, o<br />

diretor regional do CIESP indagou: “Como<br />

gerar emprego? Com que segurança<br />

podemos contratar sem ter consumo?<br />

A resposta veio de forma bem objetiva:<br />

“A indústria precisa contratar, mas o<br />

País possui uma legislação que dificulta.<br />

Como contratar nestes dois últimos meses<br />

do ano, se somos forçados a entrar<br />

em férias coletivas por conta de uma economia<br />

estagnada”.<br />

Considerando que a força da indústria<br />

é significativa para o País e apontando<br />

Paulo Skaff como um presidente (FIESP/<br />

CIESP) atuante, com amplos poderes<br />

de decisão na classe industrial e ótimas<br />

relações com o governo, Ademir Ramos<br />

da Silva lembra as reuniões constantes<br />

na federação, sempre com a presença<br />

de representantes ministeriais e a forma<br />

com que a classe busca discutir o fortalecimento<br />

da economia. Para ele, o governo<br />

tem que buscar alternativas visando<br />

minimizar o endividamento interno,<br />

estabilizar a economia, gerar empregos<br />

e dar crédito as mudanças propostas. Algumas<br />

formas já foram discutidas como<br />

arrecadar recursos através da CPMF ou<br />

aumentar os impostos a partir do ano<br />

que vem. Concordo que a aprovação da<br />

PEC 241, que limita o aumento dos gastos<br />

públicos, já foi um grande passo. O<br />

texto aprovado estabelece que as despesas<br />

da União (Executivo, Legislativo e<br />

Judiciário) só poderão crescer conforme<br />

a inflação do ano anterior, valendo a proposta<br />

por 20 anos, pois na verdade o país<br />

não aguenta mais a gastança, a mentira,<br />

o desrespeito ao dinheiro. Se a PEC não<br />

fosse aprovada seria o cáos, analisa o diretor<br />

regional do CIESP.<br />

“Não adianta esperar por milagre já;<br />

sabemos que o empresariado capenga,<br />

que as ações são demoradas e chegamos<br />

num ponto em que as empresas não<br />

aguentam mais”, conclui.<br />

14


“O CIESP vê com muita expectativa uma reunião como essa. A união<br />

dessas entidades trará muitos benefícios a cidade e juntos podemos<br />

promover ações capazes de ajudar nas dificuldades do empresário,<br />

orientar de forma objetiva e eficaz as dúvidas e necessidades, além<br />

de gerar oportunidades de negócios.<br />

Durante as minhas visitas às indústrias associadas e não associadas,<br />

percebo que os problemas são parecidos em todos os lugares e se<br />

conseguirmos mobilizar essas empresas, levantar suas demandas,<br />

fortalecidas por todas essas entidades, as mudanças necessárias serão<br />

conquistadas.<br />

Aproveito a oportunidade para deixar a nossa Diretoria Regional à<br />

disposição de todas as empresas, afinal somos a Casa da Indústria e<br />

estamos disponíveis para ajudar sempre, com os vários departamentos,<br />

treinamentos e eventos”.<br />

Michele Pelaes<br />

Coordenadora Regional<br />

do CIESP Araraquara<br />

Michele Pelaes, Coordenadora Regional<br />

do CIESP Araraquara, também<br />

participou do encontro e enalteceu que<br />

iniciativas para se discutir sobre o desenvolvimento<br />

da cidade, são positivas, pois<br />

abrem caminhos e perspectivas para um<br />

planejamento que ajude não só Araraquara,<br />

mas toda comunidade.<br />

O Centro das Indústrias do Estado de<br />

São Paulo (CIESP), entidade civil sem<br />

fins lucrativos, fundado em São Paulo,<br />

em 1928, reúne empresas industriais<br />

e suas controladoras, e associações<br />

ligadas ao setor produtivo, bem como<br />

empresas que possuem por objeto<br />

atividades diretamente relacionadas<br />

aos interesses da Indústria.<br />

Em Araraquara, a unidade CIESP,<br />

composta por 17 municípios,<br />

completou 62 anos de atividades<br />

15


“O diálogo permite o fortalecimento das bases”<br />

Tatiana Caiano Teixeira Campos Leite<br />

Vice presidente da Canasol<br />

ANÁLISE<br />

“O Encontro foi bastante profícuo.<br />

Em verdade, a reunião dos representantes<br />

de setores econômicos tão representativos<br />

ao ambiente socioeconômico<br />

de Araraquara só pode gerar<br />

discussões e análises essenciais a<br />

uma melhor realidade econômica local<br />

e regional. Mais de 50% do nosso PIB<br />

estavam presentes. São os representados<br />

do SINCOMERCIO Araraquara, CA-<br />

NASOL, CIESP Araraquara e Sindicato<br />

Rural de Araraquara.<br />

É exatamente a união e a pressão<br />

de setores organizados que permitem<br />

avaliações, demandas e projetos vitais<br />

para o desenvolvimento de uma cidade<br />

ou região. O que se propõe é exatamente<br />

isso, união setorial e representativa<br />

Tatiana Caiano Teixeira Campos<br />

Leite é vice presidente da CANASOL e<br />

para ela, movimentos deste tipo devem<br />

ser entendidos como um processo pelo<br />

qual podem acontecer transformações<br />

nas relações sociais, políticas, culturais,<br />

econômicas e de poder. O cargo<br />

que ocupa em uma instituição de peso<br />

dentro da comunidade a tem levado a<br />

refletir sobre as questões de necessidade<br />

da classe que representa: “Vivemos<br />

um período extremamente difícil é verdade,<br />

com reflexos em vários setores<br />

da economia, porém o agronegócio se<br />

sustenta pelo desempenho das suas<br />

culturas e tem se transformado num<br />

dos pilares de sustentação do País”.<br />

para gerar trabalhos e atuação proativa<br />

de defesa dos interesses do setor privado<br />

local, aquele que gera emprego,<br />

renda e tributos ao município e à nossa<br />

região. A atuação deste grupo será por<br />

dois caminhos, uma junto às lideranças<br />

públicas municiais, sejam dos Legislativo<br />

ou do Executivo, outra de cunho<br />

geral nacional, onde as representações<br />

dos líderes sindicais e civis possuem<br />

voz ativa e respeito para batalhar por<br />

melhorias ao ambiente de negócios.<br />

O projeto de união setorial, comércio,<br />

indústria e agronegócio tem por<br />

norte propor medidas e projetos para<br />

continuidade de um crescimento econômico<br />

sustentável à economia de Araraquara.”<br />

A dirigente da CANASOL deixou<br />

transparecer que quando as entidades<br />

se únem, qualquer tipo de ação se torna<br />

mais forte: “A nossa associação é<br />

formada por pessoas sempre interessadas<br />

em dialogar visando naturalmente<br />

o bem-estar da comunidade; e os nossos<br />

propósitos realmente são estes de<br />

avançarmos com a representatividade,<br />

demonstrando interesse no envolvimento<br />

e na discussão de questões que<br />

poderão trazer benefícios para o município”,<br />

comentou Tatiana, que é na história<br />

da CANASOL, antiga Associação<br />

dos Forncedores de Cana de Araraquara,<br />

a primeira mulher a ocupar um cargo<br />

tão importante.<br />

Jaime Vasconcellos é coordenador do Núcleo<br />

de Economia do SINCOMERCIO Araraquara<br />

e assessor econômico da Fecomercio-SP e<br />

a sua participação e acompanhamento dos<br />

comentários e propostas valorizou o encontro<br />

organizado pela Revista Comércio, Indústria<br />

e Agronegócio<br />

16


Temos ciência da nossa responsabilidade como coordenador do<br />

SENAR-SP na região de Araraquara; o nosso projeto em parceria<br />

com o Sindicato Rural e a Fundação Itesp não tem outro objetivo<br />

senão capacitar o pequeno produtor rural, dando-lhe condições<br />

de tornar a terra onde mora, em algo rentável”<br />

Mário Porto<br />

Coordenador do SENAR-SP Araraquara<br />

Aos olhos do sistema FAESP/SE-<br />

NAR-SP, os programas de qualificação<br />

realizados em nosso município têm alcançado<br />

pontuação máxima desde a<br />

criação dos projetos. O encontro organizado<br />

pela Revista Comércio, Indústria<br />

e Agronegócio em outubro, serviu para<br />

que o coordenador Mário Porto fizesse<br />

uma explanação sobre os programas<br />

e também mostrar as pendências do<br />

agronegócio no pequeno meio rural.<br />

“Nós estamos dando formação a<br />

essa gente, pois sabemos que eles podem<br />

ter a sua propriedade como fonte<br />

de renda”, destacou o dirigente. Desde<br />

o começo do ano vários programas envolvendo<br />

o pequeno agricultor foram<br />

realizados, cada um marcado<br />

pela necessidade do produtor e<br />

do meio em que ele vive.<br />

Hoje uma das grandes preocupações<br />

do consumidor é a<br />

alimentação com produtos orgânicos,<br />

quer dizer, sem uso dos<br />

agrotóxicos, o que vai fazer bem<br />

para o meio ambiente e para o ser humano.<br />

O programa Olericultura Orgânica<br />

em novembro chegou ao seu final com<br />

a formação de diversos produtores.<br />

Além disso, o sistema FAESP/SENAR-<br />

SP, através do Sindicato Rural e da Fundação<br />

Itesp, ensinou aos proprietários<br />

de pequenas terras como cultivar e<br />

comercializar o maracujá, a pupunha,<br />

a banana e como desenvolver culturas<br />

que vão gerar rendas.<br />

Uma feira já está sendo projetada<br />

em parceria com o município para a<br />

comercialização dos produtos colhidos<br />

nas propriedades dos produtores capacitados.<br />

Há também uma preocupação<br />

com os chamados cursos de preventivos<br />

(animais peçonhentos).<br />

17


OPORTUNIDADE<br />

‘Rodada de Negócios’ é sucesso<br />

em Araraquara<br />

Evento patrocinado pelo Ciesp<br />

reuniu empresários de toda a<br />

Região, no Ginásio do Sesi da<br />

cidade<br />

Airton Tadeu Siste, gerente do Ciesp<br />

Com o objetivo de favorecer negócios<br />

e aproximar empresas da Região,<br />

a ‘Rodada de Negócios’ levou cerca<br />

de 120 empresários para o Ginásio<br />

do Sesi no último dia 25 de outubro. O<br />

evento, patrocinado pelas unidades do<br />

CIESP Araraquara, São Carlos e Matão,<br />

começou às 14h e encerrou-se quatro<br />

horas depois.<br />

Ao todo, 19 empresas âncoras de<br />

médio e grande porte de todo o País<br />

ficaram representadas por pessoas<br />

sentadas em mesas fixas. Por elas, representantes<br />

e executivos de negócios<br />

realizaram um literal rodízio, onde promoviam<br />

reuniões curtas, com no máximo<br />

dez minutos de duração.<br />

Vale lembrar que o evento está em<br />

sua terceira edição na Região. Segundo<br />

números de balanço do próprio CIESP,<br />

em <strong>2016</strong>, um volume de negociação<br />

girou em torno dos R$ 43,5 milhões,<br />

28% maior que os 35 milhões de 2009,<br />

primeiro ano da ‘rodada’.<br />

Encontro de <strong>2016</strong> promoveu 907 reuniões<br />

ANÁLISE<br />

Airton Tadeu Siste, gerente do<br />

CIESP, em seu discurso de abertura,<br />

ressaltou a importância do encontro,<br />

agradecendo também a todos os parceiros<br />

que ajudaram na realização do<br />

evento na Morada do Sol. “Iniciativas<br />

do tipo somam para aquecer ainda<br />

mais o mercado, desejo ótimos negócios<br />

a todos”, completou. O discurso de<br />

Siste ganhou ainda mais força na voz<br />

de Fernando Bossani, analista de negócios<br />

CIESP. Ele julga que iniciativas do<br />

tipo encurtam o tempo de uma possível<br />

negociação. “Essa aproximação rápida<br />

com empresas de grande e médio porte<br />

é muito interessante. Às vezes, marcar<br />

uma reunião pode demorar meses<br />

e, na rodada, todo esse processo fica<br />

mais fácil”, analisa.<br />

“Iniciativas como a<br />

Rodada de Negócios<br />

somam para aquecer<br />

ainda mais o mercado,<br />

desejo ótimos negócios<br />

a todos”,<br />

Airton Tadeu Siste<br />

Gerente do Ciesp<br />

18


ADORÁVEL DESCOBERTA<br />

Em 1930 alunos da nossa Farmácia já usavam o<br />

álcool como combustível nos carros da época<br />

Aquele 7 de setembro de 1930<br />

entrou para a história em<br />

Araraquara. Era um domingo,<br />

mais ou menos 9 horas da<br />

manhã quando professores e<br />

alunos da Escola de Farmácia<br />

de Araraquara, se juntaram<br />

na frente da faculdade para<br />

comemorar o sucesso de uma<br />

inesquecível experiência.<br />

com a criação do primeiro carro a álcool<br />

do país. A Escola de Farmácia em Araraquara<br />

foi fundada quatro anos antes<br />

pela ousadia de Bento de Abreu Sampaio<br />

Vidal, juntamente com a Escola de<br />

Odontologia.<br />

Professores e alunos em frente a<br />

Escola de Farmácia comemorando<br />

o sucesso da experiência fazendo o<br />

“pé-de-bode” andar com álcool<br />

A HISTÓRIA<br />

Em 23 de junho de 1927, a Usina<br />

Serra Grande, localizada no município<br />

de São José da Laje - Alagoas, anunciava<br />

em um grande evento no Recife, o início<br />

Quando os professores da antiga<br />

Escola de Farmácia de Araraquara, em<br />

1925, tiveram conhecimento de que<br />

os “pés de bode” da época poderiam<br />

ser movidos a alcool - hoje etanol - se<br />

apressaram em aperfeiçoar a descoberta.<br />

Na verdade, a primeira experiência<br />

de uso do etanol como combustível<br />

no Brasil aconteceu no ano de 1925,<br />

CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE<br />

19


Professores e alunos da Escola de Farmácia em 1925 participantes da pesquisa: Gonçalo<br />

Samarra (2), Francisco Scalamandré Sobrinho (3), Luiz Novais (4), Dr. Fernando Carrazedo<br />

(5), Gentil (7), Carlos Tucci (8), Ivo Martinez Perez (10) e Hugo Cariani (11). Outros quatro<br />

participantes não foram identificados.<br />

da produção do etanol combustível (conhecido<br />

como USGA), alternativo à gasolina.<br />

O empreendimento manteve-se até<br />

os primeiros anos da década seguinte<br />

com relativo êxito em Pernambuco e Alagoas,<br />

estados onde sua comercialização<br />

atingiu níveis expressivos. Outras misturas<br />

de etanol combustível surgiram<br />

no país durante este período: Azulina,<br />

Motorina e Cruzeiro do Sul entre outras.<br />

Em 1940, com a queda nos preços do<br />

petróleo, estes empreendimentos não<br />

tiveram condições de prosseguir.<br />

Conhecedor profundo sobre a produção<br />

de cana em nosso País, o agrônomo<br />

Luis Henrique Scabello de Oliveira,<br />

presidente da CANASOL e membro da<br />

Câmara Setorial da Cana-de-Açúcar em<br />

Brasília, diz que a experiência também<br />

passou a ser feita pelos professores e<br />

alunos da Escola de Farmácia em Araraquara,<br />

a partir de 1928. A principal<br />

motivação para tal alternativa, era a crise<br />

na indústria e agricultura provocada<br />

pela retração do mercado internacional<br />

do pós-guerra (1914/1918), considerada<br />

guerra global centrada na Europa. O<br />

conflito envolveu as grandes potências<br />

de todo o mundo, culminando com a depressão<br />

econômica em 1930.<br />

Para diferenciar um combústivel do<br />

outro - a gasolina era amarela - adicionava-se<br />

ao etanol e ao éter o azul de mitileno,<br />

daí o nome comercial de Azulina.<br />

POR QUE NÃO DEU CERTO?<br />

Segundo Luís Henrique, naquela<br />

época quem fazia o transporte da<br />

Azulina até o Recife era uma companhia<br />

inglesa (Great-Western Brazil<br />

Rail-Way), que por sinal a mesma<br />

que fazia a importação: “Ocorreu um<br />

conflito de interesses muito grande e<br />

o que a companhia fez, sobretaxou o<br />

frete da tal Azulina que era o combustível<br />

à base de etanol e inviabilizou<br />

seu comércio porque precisava vender<br />

a sua gasolina que era importada<br />

em tambores”.<br />

Com a chegada da Segunda Guerra<br />

Mundial (1939-1945), com o racionamento<br />

da gasolina, surgiu outro<br />

combustível alternativo imposto pelo<br />

governo brasileiro obrigando os motoristas<br />

a converter seus carros para<br />

funcionar com gasogênio (gás obtido<br />

por meio da queima de carvão).<br />

Para ser usado, o gasogênio requeria<br />

um equipamento acoplado na<br />

traseira dos veículos. O motor adaptado<br />

para gasogênio funcionava com<br />

os gases (nitrogênio, hidrogênio, monóxido<br />

de carbono, metano) obtidos<br />

pela queima do carvão ou da lenha.<br />

O uso da cana como combustível<br />

voltou a ocorrer em 1975 com a criação<br />

do Proálcool, substituindo por álcool<br />

etílico, a gasolina.<br />

20


Prédio da Escola<br />

de Farmácia, hoje<br />

Faculdade de Farmácia<br />

da UNESP, na Rua<br />

Expedicionários do<br />

Brasil, em 1921<br />

Nos últimos anos o Brasil teve um desenvestimento<br />

na área o petróleo; as refinarias que deveriam<br />

ter ficado prontas, não ficaram e o consumo<br />

de combustível mantém-se regular apesar da<br />

crise. Há uma projeção de que a partir de<br />

2020 nós poderemos ter grande dificuldade de<br />

abastecimento de gasolina. Nesse cenário é que<br />

eu quero dizer que o etanol pode ser o grande<br />

substituto nessa questão, pois 100% da frota<br />

de veículos vai ser flex”.<br />

Luís Henrique Scabello de Oliveira<br />

Presidente da CANASOL<br />

A utilização do álcool como combustível<br />

foi uma inovação brasileira para<br />

tentar diminuir a dependência frente<br />

ao petróleo. O álcool combustível, ou<br />

etanol, possui característica de biocombustível,<br />

uma vez que é extraído<br />

de vegetais, tais como cana-de-açúcar,<br />

mandioca, milho ou beterraba.<br />

Para a inserção no mercado do combustível<br />

e também de veículos movidos<br />

a álcool, o governo implantou o Proálcool,<br />

projeto que visava motivar a produção<br />

desse alternativo combustível,<br />

além da redução de tarifas fiscais na<br />

aquisição de veículos movidos a etanol.<br />

O que determinou a criação do projeto<br />

citado foi a crise do petróleo que se<br />

desenvolveu nos anos 70.<br />

Lado direito, a sede da<br />

Usina Serra Grande,<br />

nas Alagoas, onde<br />

produziu o álcool como<br />

combustível em 1927<br />

Para a implantação do projeto, lembra<br />

Luís Henrique, o governo direcionou<br />

esforços para dinamizar e atingir uma<br />

produção em grande escala do combustível<br />

com intuito de abastecer por<br />

completo o mercado.<br />

Por outro lado, as indústrias de veículos<br />

instaladas na época realizaram<br />

as devidas adaptações na engenharia<br />

mecânica dos motores para funcionar<br />

com o álcool.<br />

As indústrias automobilísticas da<br />

época eram basicamente Volkswagen,<br />

Fiat, Ford e General Motors que produziam<br />

duas versões de motorização: álcool<br />

e gasolina.<br />

O Fiat 147 foi o primeiro modelo de<br />

veículo com motor movido a álcool, isso<br />

em 1978, caindo no gosto popular até<br />

1986, ano em que praticamente todos<br />

os carros fabricados eram movidos a<br />

esse combustível.<br />

No entanto, a prosperidade<br />

desse biocombustível logo<br />

entrou em declínio, derivado<br />

pela ausência de subsidio<br />

governamental, além disso,<br />

os produtores rurais deixaram<br />

de produzir o álcool devido<br />

o alto preço do açúcar<br />

no mercado. Houve também<br />

a exportação de etanol para<br />

os Estados Unidos a partir de<br />

1991, esses e outros fatores<br />

conduziram a extinção do<br />

projeto Proálcool.<br />

Outro fator determinante<br />

para o fim do projeto<br />

está ligado a problemas técnicos nos<br />

veículos, que ao serem ligados tinham<br />

que permanecer durante certo período<br />

aquecendo o motor, sempre com o afogador<br />

acionado. O problema se agravava<br />

nos períodos do ano com temperaturas<br />

baixas.<br />

Atualmente, os veículos não oferecem<br />

tais inconvenientes ao seu dono,<br />

basta ligá-los e imediatamente sair sem<br />

nenhum impedimento técnico, além<br />

disso, os carros modernos são fabricados<br />

com duas opções de combustíveis<br />

em um mesmo motor, denominados de<br />

flex, tecnologia que aceita gasolina e<br />

álcool ao mesmo tempo, em qualquer<br />

proporção de ambos combustíveis.<br />

21


AJUDANDO O PRÓXIMO<br />

Força, fé e solidariedade<br />

Estes são os pilares que<br />

sustentam a vida da<br />

araraquarense Elisângela<br />

Cristina Mendes da Silva, que<br />

cuida, em sua casa, de três<br />

pessoas portadoras de doença<br />

rara; grupo ‘Amigos da Fé’<br />

promove ações solidárias para<br />

ajudar a família.<br />

‘Deus foi e sempre será bom para<br />

minha família’. É desta maneira que a<br />

araraquarense Elisângela Cristina Mendes<br />

da Silva, de 39 anos, busca forças<br />

para superar um problema de saúde<br />

que, há muitos anos, bateu à porta de<br />

sua casa.<br />

É que seu marido, Jeryel Munhoz<br />

Valante Júnior (41) e seus filhos,<br />

Jeryelen Munhoz Valante (15) e Isaac<br />

Munhoz Valante (1), são portadores da<br />

osteopsatirose, doença rara conhecida<br />

como ‘ossos de vidro’.<br />

Tal anomalia afeta diretamente a<br />

produção do colágeno, proteína essencial<br />

para o corpo humano. Sua ausência<br />

deixa os ossos frágeis e sensíveis.<br />

Assim, eles podem quebrar em virtude<br />

de um movimento qualquer. A doença<br />

não é letal, tem tratamento paliativo,<br />

O grupo Amigos da Fé tem cinco anos de existência e conta hoje com 17 voluntários<br />

porém seu quadro é irreversível.<br />

Logo, dentro de casa, o repouso e<br />

o cuidado para evitar quedas e acidentes<br />

são algumas das atitudes preventivas<br />

para diminuir os riscos de lesões,<br />

afinal, quando há alguma fratura, o<br />

gesso e ‘a cama’ são os principais tratamentos.<br />

Nessa tarefa, Elisângela<br />

tem a companhia<br />

de sua outra filha, Jeryhane<br />

Valante, de 14. Ambas são<br />

saudáveis.<br />

“Claro que temos<br />

muitas dificuldades em<br />

nossa rotina, porém sempre<br />

procuramos meios para<br />

tentar sobreviver a tudo<br />

isso. Eu faço artesanato,<br />

mas no momento estou<br />

apenas me dedicando a<br />

eles. Minha filha e eu fazemos<br />

tudo”, conta.<br />

E boa parte do dinheiro é gasto com<br />

viagens a Ribeirão Preto, onde Isaac e<br />

Jeryel realizam consultas no Hospital<br />

das Clínicas. Lá, ele é tratado com um<br />

medicamento chamado pamidronato.<br />

Os irmãos também fazem fisioterapia<br />

na Universidade Paulista (Unip) de Araraquara.<br />

Mas será que mesmo após o diagnóstico<br />

de Jeryelen, o medo de ter<br />

mais um filho doente falou mais alto na<br />

vida de Elisângela e Jeryel? Sim e não.<br />

Segundo ela, a outra gestação foi por<br />

acidente e, de acordo com uma previsão<br />

médica, as chances eram de 50%.<br />

“Depois que soubemos que a<br />

Jeryelen e o Isaac eram portadores da<br />

osteopsatirose, não tínhamos mais o<br />

que fazer. Eles já estavam dentro de<br />

mim e jamais os tiraria. Acredito em<br />

Deus e sei que nele vou buscar forças<br />

para alimentar nossa batalha”, finaliza.<br />

Cândida Alier, formadora do grupo,<br />

ao lado do marido, Aislan Serpa<br />

22


UNIDOS POR UMA CAUSA<br />

Com o objetivo de ajudar voluntariamente<br />

a família, o Grupo ‘Amigos na<br />

Fé’, de Araraquara, realiza uma campanha<br />

para arrecadar fraldas no tamanho<br />

G e GG, além de outros suprimentos.<br />

No dia 20/11, um almoço beneficente<br />

ocorre na Chácara do Nelson, local<br />

que abre, com frequência, espaço para<br />

eventos ligados a causas sociais em<br />

Araraquara.<br />

Os convites custam R$ 35 e podem<br />

ser comprados na sede do grupo (Rua<br />

Luiz Piquera Lozano, 279, no Jardim<br />

Morumbi). A noite solidária terá música<br />

ao vivo a cargo de Gustavo Bombarda<br />

e barracas de comida com yakisoba e<br />

tempurá.<br />

“Além das fraldas, arrecadamos também<br />

alimentos e outros itens. Para mais<br />

informações, o telefone é (16) 3397-<br />

8404. Também temos página no facebook.”,<br />

comentou a voluntária Juliana<br />

Paula de Oliveira, da Amigos na Fé.<br />

Juliana é irmã de Cândida Alier, a<br />

Duda, fundadora do projeto. “Meu pai<br />

Horácio e minha mãe, Minolina, sempre<br />

trabalharam com solidariedade.<br />

Eles foram minha inspiração. Daí comecei<br />

a falar com amigos e parentes<br />

e fundamos o grupo”, explica Cândida.<br />

O ‘Amigos na Fé’ tem cinco anos de<br />

atuação em Araraquara e hoje conta<br />

com a participação de 17 pessoas. O<br />

primeiro caso que o grupo trabalhou foi<br />

o ‘do menino Arthur’, cuja mãe abandou<br />

um tratamento de câncer para salvar<br />

a vida do filho. Para tal, foram feitas<br />

rifas e feijoadas. “Normalmente, trabalhamos<br />

com uma causa por vez. Agora<br />

estamos focados em ajudar a família<br />

Valante e tenho certeza que vamos obter<br />

sucesso”, finaliza Juliana.<br />

Você também pode doar!<br />

Banco Caixa Econômica Federal<br />

Agência: 0282<br />

Operação: 023<br />

Conta Poupança: 0000 5763-4<br />

Elisângela Cristina Mendes da Silva<br />

Jeryelen Munhoz<br />

Valante e Isaac<br />

Munhoz Valante<br />

são portadores da<br />

osteopsatirose<br />

23


FATOS & FOTOS<br />

CAMINHO LIVRE?<br />

O empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da construtora<br />

UTC e delator da Lava Jato, em novo depoimento<br />

ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enfatizou, mais<br />

uma vez, que as doações feitas à campanha de<br />

Dilma Rousseff em 2014 foram legais, isentando<br />

então o prefeito eleito de Araraquara e coordenador<br />

financeiro da campanha, Edinho Silva, de qualquer<br />

irregularidade e de ter lhe pedido propina. Pessoa<br />

pontuou que os recursos repassados para as<br />

campanhas de Dilma e Aécio tiveram a mesma<br />

origem, o caixa das empresas do Grupo UTC, que<br />

era unificado. À campanha de Dilma, foi feita a<br />

doação de R$ 7,5 milhões, já para a campanha do<br />

candidato do PSDB, R$ 4,5 milhões. Para Edinho,<br />

que sempre defendeu as apurações da Lava Jato,<br />

o depoimento de Ricardo Pessoa confirma, mais<br />

uma vez, que a campanha de Dilma em 2014<br />

foi conduzida dentro das leis estabelecidas. ‘Estou<br />

tranquilo pois sempre agi de forma ética e dentro<br />

da legalidade, não sou processado, e não sou réu<br />

em nenhum processo e tenho a maior disposição<br />

em esclarecer qualquer dúvida que existir’, disse<br />

o novo prefeito da Morada do Sol. Cabe a nós,<br />

araraquarenses, ‘dar tempo ao tempo’, torcendo<br />

sempre para que a verdade prevaleça.<br />

RODANDO O BRASIL<br />

O músico araraquarense Carrapicho Rangel<br />

vive um grande momento em sua carreira.<br />

Primeiro instrumentista formado em bandolim<br />

no Conservatório de Tatuí, ele divide seu tempo<br />

entre aulas e shows por todo o território nacional,<br />

principalmente ao lado do músico Sandami.<br />

ORQUESTRA ESCOLA<br />

Após atender cerca de 200 crianças e adolescentes<br />

em 2015/<strong>2016</strong> com aulas de música erudita<br />

gratuitas, o projeto Orquestra Escola prepara-se<br />

para o ano de 2017. Com aprovação na Lei<br />

Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), que<br />

possibilita empresas tributadas no lucro real e<br />

cidadãos (pessoa física) aplicarem uma parte do<br />

IR (imposto de renda) devido em ações culturais,<br />

a iniciativa busca agora parceiros para iniciar<br />

suas atividades. O coordenador Geraldo Souza<br />

convida as empresas interessadas a entrarem<br />

em contato pelo e-mail projetoorquestraescola@<br />

gmail.com. Vamos ajudar a fomentar o ensino<br />

musical em nossa cidade e contribuir com a<br />

inclusão e transformação social, consequência<br />

desta ação.<br />

24<br />

Edinho Silva participou da campanha da<br />

presidente Dilma Rousseff em 2014, cujo<br />

valor gira em torno de R$ 7,5 milhões<br />

SUBINDO<br />

(literalmente)<br />

O Imposto Predial<br />

e Territorial Urbano<br />

(IPTU) será reajustado<br />

em 7,5% no próximo<br />

ano, em Araraquara,<br />

após aprovação, em<br />

Sessão Ordinária, da Lei<br />

Complementar que trata<br />

da reposição inflacionária<br />

do Imposto Predial e<br />

Territorial Urbano, com<br />

base no IPCA (Índice<br />

Nacional de Preços ao<br />

Consumidor Amplo)<br />

projetado para <strong>2016</strong>. O<br />

projeto obteve apoio de<br />

12 parlamentares, contra<br />

5 votos contrários.<br />

DESCENDO<br />

Muitas pessoas<br />

comentam que<br />

reclamar é um dos<br />

esportes favoritos<br />

do brasileiro. Tudo<br />

bem, a afirmação<br />

pode até ter um certo<br />

sentido. Mas quando<br />

falamos de problemas<br />

de infraestrutura<br />

em Araraquara, os<br />

imensos buracos nas<br />

ruas ganham um<br />

espaço importante.<br />

Por aqui, ao invés de<br />

reclamar, o esporte<br />

poderia ser recapear.<br />

Ou mesmo cuidar.<br />

Que tal?<br />

SAINDO DO VERMELHO<br />

Os contribuintes araraquarenses com débitos com<br />

o Município podem aderir ao Programa Especial<br />

de Quitação da Dívida Ativa (PEQ-DA) para<br />

saldar suas dívidas até o dia 30 de novembro.<br />

Para participar do Programa, os devedores de<br />

IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), ISSQN<br />

(Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza)<br />

e Taxa de Poder de Polícia, além de multas e<br />

outros tributos relativos ao ano de <strong>2016</strong> e de anos<br />

anteriores, devem procurar pela Prefeitura.


FRASE<br />

O Carlos Alberto<br />

Torres era um<br />

jogador diferente.<br />

Poucos atletas,<br />

Wilson Luiz<br />

nos dias de hoje,<br />

entendem o peso e a importância de ser um<br />

capitão de um time de futebol. No campo,<br />

ele orientava e comandava com muita<br />

personalidade e liderança. Seu apelido,<br />

‘Capita’, era mais do que justo<br />

Comentário do locutor esportivo Wilson<br />

Luiz sobre a morte de Carlos Alberto Torres,<br />

capitão da seleção brasileira que conquistou o<br />

tricampeonato em 1970; Luiz narrou muitos de seus<br />

jogos da época em que o atleta atuava pelo Santos.<br />

SAIBA OS SEUS DIREITOS<br />

A maior parte dos consumidores desconhece o<br />

Código de Defesa do Consumidor que, completou<br />

em setembro, 26 anos de atuação. É uma lei que,<br />

mesmo com algumas imperfeições, assegura o<br />

consumidor em algumas práticas em relação a<br />

compras como, por exemplo, onde os produtos<br />

expostos em vitrines devem ter o preço e o preço<br />

não pode ser alterado se o consumidor pagar à<br />

vista, seja no cartão ou em dinheiro. São inúmeros<br />

ítens que podem ajudar o consumidor, porém<br />

muitos consumidores desconhecem, ficando sem<br />

respaldo do Código. Em Araraquara, a defesa<br />

do consumidor é uma iniciativa do ex-vereador<br />

Ariovaldo Del´Acqua.<br />

ARARAQUARA NO BOLSHOI<br />

A Escola Municipal de Dança “Iracema<br />

Nogueira” cedeu quatro de seus alunos (Artur,<br />

Giuliano, José Felisbino e Miguel) para a Escola<br />

do Teatro Bolshoi no Brasil. Acompanhados<br />

pela gestora da EMD, Vivian Ibelli Tavares, dos<br />

professores Carlos Fonseca e Inaiá Braghini, e<br />

pelos pais, os estudantes participaram de uma<br />

audição nacional no último mês de outubro<br />

da sede da escola em Joinville (SC). Os quatro<br />

foram selecionados entre mais de 650 crianças<br />

e adolescentes. Os candidatos da EMD foram<br />

escolhidos pela equipe da Bolshoi em setembro,<br />

quando estiveram em Araraquara para uma<br />

pré-indicação.<br />

Jovens agora integram o elenco da renomada<br />

companhia<br />

TECNOLOGIA<br />

Durante muitos anos, o mercado<br />

conhecia apenas duas formas de pagamento:<br />

Através de dinheiro vivo ou então<br />

através do velho talão de cheques.<br />

Muitos anos se passaram sem novidades,<br />

até que o cheque, fragilizado pelos<br />

altos índices de emissões de cheques<br />

sem fundos, praticamente caiu no descrédito.<br />

Com a evolução da tecnologia, chegou<br />

o momento da supremacia das<br />

maquininhas de cartões. E infelizmente,<br />

diz o diretor administrativo do SI-<br />

COOB Araraquara, Walter Francisco Orloski,<br />

o mercado acabou refém de duas<br />

grandes e únicas operadoras. Aluguéis<br />

das máquinas elevados, tarifas sobre<br />

as vendas abusivas, capturou uma parcela<br />

importante dos lucros dos empresários.<br />

Mesmo assim, alguns grupos<br />

de empreendedores unidos (como os<br />

postos de gasolinas), até que conseguiram<br />

negociar tarifas um pouco mais<br />

diferenciadas. Com o tempo, a situação<br />

começou a ficar um pouquinho mais<br />

justa quando apareceram as primeiras<br />

operadoras concorrentes.<br />

Sicoob lança a Sipag,<br />

a máquina dos<br />

bons negócios<br />

O SICOOB em Araraquara dá mais um importante passo<br />

para consolidar seu posicionamento na indústria de meios<br />

eletrônicos de pagamentos, disponibilizando a SIPAG,<br />

uma maquininha sem taxa de adesão e com a menor<br />

mensalidade do mercado.<br />

Menos de um ano e meio após<br />

seu lançamento, a maquininha<br />

do sistema SICOOB já está<br />

presente em mais de 10 mil lojas,<br />

restaurantes, supermercados e outros<br />

estabelecimentos por todo o país.<br />

A NOVIDADE<br />

No entanto, a mudança de fato<br />

mais expressiva aconteceu com o<br />

surgimento da máquina SIPAG. Com<br />

custos de longe muito mais atraentes,<br />

tecnologia superior, tarifas mais<br />

justas, com tudo de bom que uma<br />

operadora poderosa pode oferecer, a<br />

SIPAG chegou para transformar a<br />

realidade do mercado de pagamentos.<br />

Orloski hoje, apresenta a SIPAG<br />

como a máquina do SICOOB que é o<br />

maior sistema cooperativo do país. E<br />

o SICOOB como todos já sabem, não<br />

tem a finalidade de lucro.<br />

Informações sobre a SIPAG e negociações<br />

na sede do SICOOB Araraquara,<br />

na Avenida Barroso, 350 ou<br />

através do telefone (16) 3331.2170.<br />

25


HISTÓRIA<br />

O elo entre Bueno de<br />

Andrada e a Família Freitas<br />

Por: Paulo Roberto de Freitas<br />

Rebuscar o passado histórico<br />

desse pequeno distrito,<br />

distante 18km de Araraquara,<br />

sem mencionar a família<br />

Freitas, é quase impossível.<br />

Eu sou suspeito de falar,<br />

pois descendo desta família<br />

portuguesa, com muito<br />

orgulho. Os Freitas têm laços<br />

extremamente fortes com a<br />

origem de Bueno de Andrada<br />

e fazem parte da<br />

sua fundação de forma<br />

relevante e significativa.<br />

Esta narrativa que segue, baseiase<br />

principalmente no depoimento fiel<br />

do meu tio Zeca (José de Freitas) que<br />

junto com minha tia Zulmira, são os<br />

últimos remanescentes dos irmãos, filhos<br />

de Júlio de Freitas (meu avô), no<br />

total de dez.<br />

Estação de Bueno de Andrada<br />

Mas, retrocedendo a mais de um<br />

século atrás, e pesquisando a árvore<br />

genealógica da nossa família, vamos<br />

resgatar um pouco das nossas raízes.<br />

A história começa em 1897, com<br />

um navio singrando os mares, partindo<br />

de Funchal (Ilha da Madeira, Portugal)<br />

com destino ao Brasil. À bordo estava<br />

meu bisavô paterno Mateus de Freitas,<br />

sua esposa Libania e seus filhos: Júlio<br />

de Freitas (meu avô) com dez anos, e<br />

as irmãs Maria e Matilde, as quais ignoro<br />

suas idades na época. Aquele bravo<br />

e honesto imigrante lusitano trouxe a<br />

família para se estabelecer nesta terra<br />

acolhedora. Veio praticamente sem<br />

dinheiro, por conta da desonestidade<br />

de seu compadre e sócio que comprou<br />

a parte do meu bisavô no comércio de<br />

secos e molhados e não o pagou. O seu<br />

sócio prometeu conseguir o dinheiro<br />

combinado antes do embarque do meu<br />

bisavô, mas não cumpriu a palavra e<br />

ele ficou “a ver navios”, literalmente.<br />

Com uma deslavada falsidade, chegou<br />

a ir ao cais se despedir do meu bisavô,<br />

inventando uma desculpa canalha para<br />

não pagá-lo.<br />

Aquele valoroso imigrante português<br />

enfrentou percalços e adversidades<br />

desanimadoras, em sua vinda para<br />

o Brasil.<br />

Sua esposa Libania, que estava<br />

grávida e prestes a dar à luz, teve seu<br />

Maria, Júlio de Freitas Filho, Isabel e Abel de<br />

Freitas (pai de Paulo de Freitas)<br />

filho durante a viagem. Talvez devido às<br />

condições precárias para o parto, com<br />

poucos dias de vida, a criança veio a<br />

falecer. Como a viagem levaria dias, o<br />

recém-nascido foi sepultado nas águas<br />

do mar.<br />

Após longa e desgastante travessia<br />

marítima com o coração amargurado<br />

pela perda, Mateus de Freitas desembarcou<br />

com a mulher e os três filhos<br />

no porto de Santos no dia 28 de abril<br />

de 1897. No início, as dificuldades de<br />

adaptação à nova pátria foram inúmeras,<br />

e o intrépido aventureiro luso, enfrentou<br />

condições adversas e inóspitas<br />

para se estabelecer e se acomodar provisoriamente.<br />

Após muitos anos de sacrifício e<br />

muita luta, meu bisavô conseguiu comprar<br />

um pequeno sítio nos arredores<br />

de Bueno onde passou sua vida. A filha<br />

mais velha casou-se e foi morar em<br />

Cambé (PR). A mais nova, Maria, também<br />

constituiu família e se estabeleceu<br />

na região de Taquaritinga. Meu avô<br />

Júlio de Freitas casou-se com Carmélia<br />

Ferrara e se estabeleceu em Bueno de<br />

26


Tios de Paulo de Freitas: Júlio, Mário, Abel (pai), Ernesto José de Freitas, Arlindo,<br />

Elisa e Zulmira<br />

Última reunião da família Freitas<br />

Andrada. Teve 10 filhos: Júlio de Freitas<br />

Filho, Maria, Abel (meu pai), Isabel, Ernesto,<br />

Mário, Elisa, José, Arlindo e Zulmira.<br />

Segundo meu tio José de Freitas<br />

(Zeca) os moradores mais antigos de<br />

Bueno, que se tem notícias foi a família<br />

Cruz. Antes de abrir a empresa de<br />

ônibus em Araraquara, possuíam uma<br />

área bem extensa circunvizinha da vila.<br />

Esta área foi vendida para a Estrada de<br />

Ferro Araraquara, o antigo horto florestal,<br />

que se transformou em assentamento<br />

da reforma agrária atualmente.<br />

Posteriormente vieram as famílias Freitas,<br />

Trovati, Farias, Ferreira, Aranha,<br />

Barbosa e outras. Meu avô juntamente<br />

com essas famílias foram os primeiros<br />

habitantes de Bueno de Andrada, que<br />

na época se chamava Ibitirí.<br />

Ibitirí era então um pequeno povoado<br />

constituído pelas primeiras casas.<br />

Com o passar do tempo foi mudado o<br />

nome da vila para Itaquerê, e finalmente<br />

para Bueno de Andrada, em definitivo.<br />

O nome foi dado em homenagem à<br />

um engenheiro da estrada de ferro que<br />

estava sendo construída.<br />

O meu avô Júlio de Freitas foi um<br />

precursor exponencial na origem de<br />

Bueno. Ele deu sua contribuição histórica<br />

para a Vila. Montou um comércio<br />

forte em gêneros alimentícios. Fornecia<br />

todas as fazendas da região. A economia<br />

na época era o café predominantemente.<br />

A Baguassú foi uma das<br />

maiores, senão a maior produtora dessa<br />

cultura. Para tal empregava muitas<br />

famílias de colonos que cuidavam da<br />

plantação, colheita, secagem e benefício<br />

dos grãos.<br />

Ainda hoje existe parte daquelas<br />

instalações muito deterioradas: o pátio<br />

destinado a secagem do café, o depósito<br />

que se guardava e beneficiava a safra.<br />

Naturalmente a maior parte dessa<br />

estrutura cafeeira foi consumida pelo<br />

tempo, e viraram escombros.<br />

O café produzido era carregado e<br />

transportado pela ferrovia recém-construída.<br />

As primeiras composições eram<br />

puxadas pelas locomotivas a vapor, que<br />

percorriam os trilhos de bitola estreita.<br />

A famosa “Maria Fumaça” levava<br />

acoplado junto à máquina enegrecida<br />

pela fumaça, um vagonete igualmente<br />

preto carregado de lenha. Além do<br />

maquinista, existia o foguista que abastecia<br />

a locomotiva, jogando lenha na<br />

caldeira que produzia o vapor, que era<br />

o combustível propulsor da máquina.<br />

A fumaça produzida exalava um cheiro<br />

característico que impregnava o ar de<br />

forma inconfundível.<br />

A mais de meio século atrás havia<br />

um carregamento de lenha em Bueno.<br />

O chamado “lenheiro” era uma extensão<br />

limitada de linha férrea onde ficavam<br />

as gôndolas a serem carregadas.<br />

Cerca de oito a dez gôndolas recebiam<br />

o transporte de lenha trazida pelos caminhões.<br />

A maioria eram toras de eucalipto.<br />

Produzidas e cortadas no horto<br />

florestal. Quando o carregamento dessa<br />

madeira estava completo era levado<br />

e eram trazidas novas gôndolas vazias.<br />

Outra fonte de renda das fazendas<br />

era a pecuária. Eu, ainda menino, acompanhei<br />

muitas passagens de boiadas<br />

dentro da vila. O gado sempre composto<br />

por numerosas cabeças marchavam<br />

ruidosas, guiados pelos estalos de chicotes<br />

dos vaqueiros e ao som vibrante<br />

dos berrantes. Em poucos minutos só<br />

sobravam as marcas de patas no solo,<br />

muito estrume bovino espalhado pelo<br />

chão e uma densa poeira vermelha que<br />

demorava a assentar.<br />

Essa atividade financeira também<br />

contou intensamente com o transporte<br />

ferroviário. Recordo nitidamente do embarcadouro<br />

de gado muito bem construído<br />

com as madeiras perfeitamente<br />

encaixadas e parafusadas, pintadas<br />

com uma mistura preta de tinta e pixe.<br />

O gado era embarcado em gaiolas próprias<br />

para o transporte. Elas eram perfiladas<br />

junto ao embarcadouro até que<br />

entrassem todas as novilhas.<br />

A fazenda Baguassú também criava<br />

o gado, mas não era para o abate. O<br />

gado leiteiro era muito produtivo e o leite<br />

tirado das vacas era armazenado em<br />

latões e transladado para os laticínios<br />

também via ferrovia.<br />

Nessa época já havia sido mudada<br />

a medida da bitola dos trilhos, e a “Maria<br />

Fumaça” deu lugar a locomotivas<br />

maiores e mais modernas.<br />

A empresa responsável pela ampliação<br />

da bitola larga, a abertura dos cortes<br />

e terraplenagem da nova ferrovia foi<br />

a Camango/Correia. Depois de um longo<br />

tempo, a obra foi entregue em prol do<br />

progresso regional e estadual. Nascia a<br />

Ferrovia Araraquarense antiga (efa).<br />

27


Foto antiga da Mercearia Freitas<br />

Voltando a falar do meu avô, Júlio<br />

de Freitas e seu armazém. Ele fornecia<br />

todas as fazendas da região. As mercadorias<br />

eram vendidas a prazo, sem<br />

nenhuma garantia. Meu avô enfrentou<br />

crises financeiras, pois naqueles tempos<br />

difíceis já havia inadimplência e<br />

miséria. Ele alimentou muitas famílias,<br />

e como consequência ingrata, tomou<br />

tantos calotes que quase foi à falência.<br />

Com muita tenacidade, conseguiu suplantar<br />

a crise. Naquela época existia<br />

outro bom armazém que pertencia a<br />

Henrique Farias.<br />

Através dos tempos, muitos nomes<br />

movimentaram o comércio buenense:<br />

Arnaldo Trovatti, Egisto Gandolfi, Orísio<br />

Barbosa e outros. Da família Freitas,<br />

minha tia Elisa casou-se com Orísio<br />

Barbosa e teve um grande armazém<br />

que funcionou por muitos anos.<br />

Arlindo de Freitas tinha bar e mercearia,<br />

vendeu para meu irmão José<br />

Orávio que passou para o meu pai Abel<br />

de Freitas, que finalmente transferiu<br />

para mim em 1984. Estou à frente<br />

deste estabelecimento desde então.<br />

Meu avô que deu origem a tudo<br />

isso, faleceu em 25 de março de 1968.<br />

O Centro Esportivo Júlio de Freitas foi<br />

inaugurado em 22 de agosto de 1982,<br />

em homenagem póstuma a ele.<br />

Outras pessoas de relevante importância<br />

que gravaram seus nomes em<br />

ruas de Bueno foram: Adaides Fernandes,<br />

farmacêutico que serviu a população<br />

de forma prestativa. Bento Aranha<br />

do Amaral, dono do cartório local e outros<br />

moradores como: Alcides Cardoso, Francisco<br />

Solcia, Orísio Barbosa da Cunha.<br />

A praça da igreja leva o nome Dr.<br />

Cristiano Altenfelder Silva em justa homenagem<br />

por ter construído o templo<br />

da igreja “Sagrado Coração de Jesus”<br />

com recursos próprios em 1926. Ele era<br />

dono da fazenda Baguassú. Na época<br />

o Distrito ainda se chamava Itaquerê.<br />

A praça central tem o nome de Celeste<br />

Paulossi Trovatti. A escola EMEF e a<br />

creche Eugênio Trovatti. A rua principal<br />

e o posto de saúde levam o nome do<br />

Dr. Nilo Rodrigues da Silva, médico e<br />

proprietário da fazenda Capão Bonito.<br />

Em síntese, basicamente é tudo o<br />

que eu tenho a relatar sobre o passado<br />

de Bueno de Andrada, minha terra<br />

natal, onde nasci no dia 10 de setem-<br />

28


Esboço da Igreja que<br />

hoje é um dos cartões<br />

postais de Bueno. Está<br />

localizada em frente<br />

ao prédio das famosas<br />

Coxinhas Douradas de<br />

Bueno<br />

bro de 1956. No ano em que completo<br />

o sexagésimo aniversário, este simpático<br />

distrito comemora 118 anos, no dia 1º de<br />

outubro de <strong>2016</strong>.<br />

A cana-de-açúcar é o que movimenta<br />

a economia local e regional, juntamente<br />

com a laranja numa escala bem menor.<br />

Nos dias atuais, Bueno de Andrada<br />

passou a ser conhecida nacionalmente<br />

por conta das coxinhas crocantes e deliciosas<br />

produzidas e vendidas no Bar e<br />

Mercearia Freitas, cujo comércio pertence<br />

a mim. É inacreditável como um vilarejo<br />

que nem sequer figurava nos mapas, se<br />

tornasse tão famoso.<br />

Tudo começou no dia 23 de março de<br />

2001 quando o escritor Ignácio de Loyola<br />

Brandão escreveu uma crônica no Jornal<br />

Estado de São Paulo intitulada: “As Coxinhas<br />

Douradas de Bueno de Andrada”. O<br />

tema da crônica foi inspirado por sua visita<br />

a Bueno, um domingo antes. Além de uma<br />

rápida descrição do seu passeio, ele detalhou<br />

a crocância e o sabor das coxinhas<br />

após degustá-las em companhia de sua<br />

sobrinha Letícia.<br />

Foi surpreendente o sucesso repentino<br />

do meu negócio. Minhas vendas cresceram<br />

em proporções astronômicas como<br />

uma “bola de neve”. Sinto-me recompensado<br />

pelo trabalho empreendido ter sido<br />

coroado de êxito.<br />

É gratificante sentir o reconhecimento<br />

das pessoas, e mais ainda saber que<br />

estamos gerando muitas vagas de emprego.<br />

A empresa precisou ser adequada<br />

gradativamente à produção crescente dos<br />

salgados para atender tal demanda. Hoje,<br />

as “Coxinhas Douradas” emprega mais de<br />

cinquenta funcionários, com muito orgulho.<br />

Atribuo este sucesso primeiramente à<br />

Deus, pois nada acontece por acaso, nem<br />

sem a Sua Vontade; depois à divulgação<br />

feita pelo ilustre escritor Ignácio de Loyola<br />

Brandão, à quem serei eternamente grato.<br />

E finalmente, pelo espírito empreendedor<br />

da minha esposa Sônia, que administrou<br />

com extrema capacidade cada etapa desse<br />

processo.<br />

29


NOITE ESPECIAL<br />

Loyola come coxinha, divulga<br />

novo livro e revê amigos<br />

Evento no Palacete das Rosas marcou o lançamento de sua mais<br />

nova obra, ‘Se for pra chorar, que seja de alegria’<br />

Em uma noite de muito glamour e<br />

com um coquetel extremamente saboroso<br />

recheado de ‘Coxinhas Douradas’<br />

de Bueno de Andrada, um dos mais<br />

ilustres filhos de Araraquara, o escritor<br />

Ignácio de Loyola Brandão, lançou seu<br />

mais novo livro de crônicas, ‘Se for pra<br />

chorar, que seja de alegria’. O evento<br />

ocorreu no dia 25 de outubro em um<br />

Palacete das Rosas lotado de amigos e<br />

fãs.<br />

Para quem não sabe, Loyola é um<br />

dos grandes responsáveis pela divulgação<br />

do salgado por todo o Brasil, escrevendo<br />

sobre ele em crônica no jornal<br />

Estado de São Paulo, além de uma citação<br />

em entrevista ao apresentador Jô<br />

Soares, da Rede Globo.<br />

“Não é a primeira vez que participamos<br />

de um evento dele. Para nós é<br />

sempre um prazer, pois somos gratos a<br />

tudo que ele fez por nós”, diz Abel Neto,<br />

auxiliar admistrativo das Coxinhas Douradas<br />

de Bueno’.<br />

E sobre sua nova obra, o escritor<br />

araraquarense resumiu como uma<br />

coletânea de 41 crônicas, estas escritas<br />

para o ‘Estadão’ e também para o<br />

jornal Tribuna, da cidade. No tempero<br />

dos textos, sua tradicional mistura de<br />

drama e humor, sempre com muito espaço<br />

para um senso crítico ímpar e um<br />

sarcasmo peculiar.<br />

“Este tipo de texto é gostoso de escrever,<br />

é um pouco de poesia, um pouco<br />

de mim, um pouco da cidade, um<br />

pouco do Brasil e um pouco do mundo.<br />

É um livro direto para o coração do leitor,<br />

um presente de 80 anos para toda<br />

a gente que o acompanha há tantos<br />

anos”, conta.<br />

E além do livro, Loyola também ganhou<br />

outro presente especial ao completar<br />

oito décadas de vida, afinal ele<br />

foi o primeiro contemplado do prêmio<br />

Machado de Assis (da Academia Brasileira<br />

de Letras – ABL) em seu novo<br />

formato, que condecora autores pela<br />

totalidade de sua obra.<br />

Ignácio de Loyola Brandão autografa<br />

livro para o amigo Ernesto Lia<br />

SERVIÇO:<br />

‘Se for pra<br />

chorar, que<br />

seja de<br />

alegria’<br />

Editora Global –<br />

184 páginas<br />

Preço sugerido: R$ 39<br />

CARREIRA<br />

Para quem não sabe, o também<br />

jornalista Ignácio de Loyola Brandão<br />

passou por diversas redações e tem<br />

40 livros publicados, entre romances,<br />

contos, crônicas, viagens (Cuba e Alemanha)<br />

e infantis. Entre seus romances<br />

mais conhecidos estão “Bebel que<br />

a cidade comeu”, “Zero”, entre outros.<br />

É autor da biografia de “Ruth Cardoso,<br />

Fragmentos de uma vida”, e de<br />

uma peça teatral, “A última viagem de<br />

Borges”. Suas obras estão traduzidas<br />

em inglês, alemão, italiano, espanhol,<br />

húngaro, tcheco e coreano do sul.<br />

Com o infantil “O menino que vendia<br />

palavras”, ganhou o Prêmio Jabuti<br />

de Melhor Livro de Ficção de 2008, no<br />

Brasil. Seu mais recente lançamento é<br />

o também infantil “Os Olhos Cegos dos<br />

Cavalos Loucos”, editora Modera, que<br />

levou 70 anos para ser escrito.<br />

30


MERCADO<br />

A arte é o carro chefe<br />

O gestor cultural Geraldo Souza lança pacotes de palestras<br />

motivacionais para organizações relacionando a música clássica<br />

à comunicação e ao mundo corporativo; Souza também busca<br />

parceiros para seus outros dois projetos: o Orquestra Escola e<br />

a Pointé Cia de Dança<br />

Por acreditar na inclusão, formação<br />

e qualificação do ser humano através<br />

da arte, o gestor cultural, profissional de<br />

marketing e palestrante, Geraldo Souza<br />

resolveu ir além, profissionalizando sua<br />

proposta a fim de sintetizar todas as suas<br />

ações em uma consultoria especializada<br />

dentro do segmento. Mas como funciona<br />

tudo isso?<br />

É simples. Atualmente coordenador e<br />

gestor de iniciativas socioculturais, como<br />

os projetos Orquestra Escola e Pointé Cia<br />

de Dança - que voltam às suas atividades<br />

em 2017, Souza agora soma ao seu repertório<br />

palestras motivacionais.<br />

Num formato que foge da normalidade,<br />

o gestor comanda um bate-papo dinâmico,<br />

claro e interativo. Nele, a música<br />

clássica é pano de fundo e base de argumentação<br />

para criar metáforas entre uma<br />

organização e uma orquestra.<br />

“Para emocionar, prender a atenção<br />

e arrancar aplausos calorosos do público,<br />

uma Orquestra precisa se apresentar em<br />

perfeita sintonia. Para tal, todos os músicos<br />

precisam estar bem preparados, concentrados<br />

e focados, como em qualquer<br />

situação”, contextualiza Geraldo Souza.<br />

Em sua pasta, dois temas estão disponíveis:<br />

“’Sua empresa orquestrada<br />

como uma Orquestra” e “A arte de se<br />

comunicar”. “Você pode ser brilhante em<br />

qualquer coisa, se você não souber se comunicar,<br />

se você gerar confusão toda vez<br />

que abre a boca, você não vai conseguir<br />

realizar seu sonho e estará fadado ao fracasso”,<br />

pontua.<br />

No palco, Geraldo Souza tem o auxílio<br />

de recursos de áudio e vídeo com slides.<br />

Também há a possibilidade da contratação<br />

de uma orquestra de câmara para<br />

fazer a trilha sonora ao vivo e também<br />

ilustrar o conteúdo.<br />

“Como disse o administrador austríaco<br />

Peter Drucker em 1988: ‘As empresas<br />

do próximo século deveriam ser como as<br />

orquestras, atuando sempre em perfeita<br />

sintonia’, afirma. Para finalizar, Geraldo<br />

Souza garante ao público histórias de vida<br />

interessantes, instrutivas e cativantes, que<br />

visam melhorar ainda mais seu ambiente<br />

de trabalho. “Entre em contato comigo<br />

para alinharmos o formato que melhor<br />

atende suas necessidades”, encerra.<br />

EM PRÁTICA<br />

Sobre o Orquestra Escola, Souza garante<br />

que o projeto está pronto para continuar.<br />

Em 2015 e <strong>2016</strong>, a iniciativa aten-<br />

Geraldo<br />

Souza<br />

deu 200 crianças e adolescentes com<br />

aulas gratuitas de música erudita.<br />

Aprovada na Lei Federal de Incentivo<br />

à Cultura (Lei Rouanet), ela busca<br />

parceiros interessados em contribuir<br />

por meio de incentivo fiscal (como o<br />

IR-imposto de renda). Vale lembrar<br />

que este projeto deu origem a outro, a<br />

Pointé Cia de Dança, que promove aulas<br />

(também gratuitas) de balé clássico<br />

para crianças e jovens.<br />

“A ideia é unir os dois trabalhos, afinal<br />

eles são complementares. Quem tiver<br />

interesse em saber mais sobre eles,<br />

ou mesmo como ajudar, peço para entrar<br />

em contato comigo pelo e-mail gestaoararaquara@gmail.com”,<br />

convida.<br />

31


ENSINO<br />

EXTERNATO SANTA TEREZINHA<br />

Após 84 anos fica a marca da sabedoria,<br />

amizade e amor<br />

Era 19 de maio de 1932, uma quinta-feira, aparentemente fria, com<br />

prenúncio de um inverno que poderá chegar mais cedo. Naquela<br />

manhã, em meio a intensa manifestação causada pela revolução de<br />

32, Araraquara com pouco mais de 25 mil habitantes se prepara para<br />

receber a Escola de Curso Particular Jardim da Infância São José.<br />

Era o início de um movimento com o objetivo de acolher crianças no seu<br />

Jardim da Infância e capacitar jovens e adultos nos cursos de Corte e<br />

Costura, Bordado, Arte, Culinária e Datilografia. A estratégia da escola<br />

para captação de alunos se voltava principalmente para as jovens mães<br />

interessadas em se capacitar para as profissões que despontavam na<br />

época, participando de atividades em horários semelhantes aos do<br />

Jardim da Infância.<br />

O começo da escola em 1932 e um mundo de sonhos para<br />

as crianças que participavam do Jardim da Infância<br />

Em 1942, a escola passou a chamar-se Colégio Santa Terezinha e após longos anos de ensino, mudou-se para<br />

Externato Santa Terezinha, sendo até hoje conhecido como “coleginho” e portador de uma linda história dentro<br />

do ensino regional.<br />

O Coleginho<br />

Pátio da escola. 19 de maio de<br />

1932, crianças entre 3 e 10 anos,<br />

correm por todos os cantos. Meninos<br />

e meninas em pequenos grupos parecem<br />

despertar para o inacreditável<br />

mundo da fantasia, só que de repente<br />

uma voz ecoa entendida simplesmente<br />

como um pedido de silêncio. Uma das<br />

professoras toma a frente e seus olhos<br />

parecem correr para o rosto de cada<br />

criança. Ela toma fôlego e solta palavras<br />

aparentemente trêmulas:<br />

“Hoje, vamos iniciar o nosso<br />

curso de Jardim da Infância e o<br />

Primário. Queridas mães, nosso<br />

intuito é ensinar às crianças não<br />

só conhecimentos básicos, mas<br />

também levar, a todas vocês,<br />

a Palavra da Vida, que é o<br />

Evangelho; incutir-lhe, o amor a<br />

Deus e aos irmãos; ensinar-lhes, o<br />

caminho do bem, da justiça e da<br />

paz. Estamos também iniciando<br />

os cursos de Corte e Costura,<br />

Datilografia, Arte-Culinária,<br />

Pintura e Bordado. Se souberem<br />

de pessoas interessadas, pedimos<br />

no-las enviar. “<br />

Assim, tinha início em Araraquara, o<br />

Curso Particular Jardim da Infância São<br />

José. A missão de ensinar se cumpriria,<br />

a cada dia, sob a orientação de sua primeira<br />

diretora - Irmã Francisca Varani.<br />

Dez anos depois a escola passou a<br />

denominar-se Colégio Santa Terezinha;<br />

alguns anos mais tarde, Externato Santa<br />

Terezinha e, finalmente, a partir de<br />

1981, Escola de 1º grau do Externato<br />

Santa Terezinha. Esse estabelecimento<br />

cresceu, mas continua conhecido com<br />

o carinhoso nome que lhe deram os primeiros<br />

alunos - “Coleginho”.<br />

O prefeito Marcelo Barbieri nas comemorações dos 84 anos de atividades do Externato ao lado do corpo administrativo do coleginho<br />

32


ADVERSIDADES<br />

Como toda escola teve seus altos e<br />

baixos. Houve uma época em que mesmo<br />

o primário deixou de funcionar. A<br />

nova Lei exigia que houvesse continuidade<br />

até a 8ª série e as dificuldades<br />

eram muitas. Mas, em 1981, as Irmãs<br />

Graziela Bove e Irmã Jandyra se propuseram<br />

levar a escola até a 8ª série. Já<br />

no ano seguinte os alunos da 4ª série<br />

puderam permanecer no Colégio para<br />

fazerem a 5ª série. Enfrentaram muitas<br />

dificuldades, mas cumpriram a promessa.<br />

Em 1982, nova dependência foi<br />

inaugurada - o “Castelinho”, destinado<br />

ao Curso Infantil, com instalações modernas,<br />

confortáveis e de muita beleza.<br />

Em 1985, a primeira turma de 1º grau<br />

se formava. As melhorias não pararam:<br />

a quadra coberta é, no presente, uma<br />

realidade. E mais do que o desenvolvimento<br />

material, aprimora-se para levar<br />

seus alunos, a atuarem positivamente<br />

num mundo em transformação.<br />

1995 - O EXTERNATO DE<br />

CARA NOVA<br />

Depois de quase dois anos, finalmente<br />

fica pronto o prédio de três andares<br />

e inicia-se o ano com chave de<br />

ouro. Novos ambientes para todos, desde<br />

secretaria, sala dos professores, biblioteca,<br />

até as salas de aulas maiores,<br />

mais arejadas, ventiladas, possibilitando<br />

melhorar condições de estudo individual<br />

e em grupos. Mudanças foram<br />

feitas, levando em conta a qualidade<br />

de ensino e disciplina.<br />

Atendendo antiga reivindicação dos<br />

pais e dos próprios alunos, iniciou-se no<br />

Externato Santa Terezinha, em 1999, o<br />

Ensino Médio, que tem como objetivo a<br />

formação integral do indivíduo, preparando-o<br />

para o trabalho, o vestibular e<br />

para exercer a cidadania.<br />

Sob a direção da Irmã Anna Carolina<br />

dos Santos, o Externato permaneceu firme<br />

na sua estrutura, colaborando com<br />

eficácia no ensino da cidade, fincando<br />

marcos de sabedoria, amizade e amor.<br />

84 ANOS DEPOIS<br />

Hoje o Externato Santa Terezinha é<br />

dirigido pela Irmã Lucila Oliveira Pimen-<br />

Além do trabalho<br />

pedagógico que<br />

realiza e que<br />

tornou-se modelo<br />

educacional, existe<br />

a preocupação<br />

constante da<br />

formação do<br />

indivíduo também<br />

com os princípios<br />

cristãos<br />

ta, também pertencente à Congregação<br />

das Irmãs Franciscanas da Imaculada<br />

Conceição.<br />

Em constante crescimento, o colégio<br />

possui biblioteca, laboratório de Física<br />

e Química, duas quadras poliesportivas,<br />

teatro com capacidade para 420<br />

pessoas, estúdio de gravação, duas<br />

salas de informática (uma para Ensino<br />

Fundamental e outra, adaptada, para a<br />

Educação Infantil), lousas digitais em<br />

todas as salas de Ensino Fundamental<br />

II e Ensino Médio e sala de Artes.<br />

A metodologia de ensino proposta<br />

pelo Externato deve conduzir o educando<br />

à autoeducação, à autonomia, à<br />

emancipação intelectual. O colégio tem<br />

compromisso com a formação integral<br />

dos alunos, não havendo apenas preocupação<br />

com o desenvolvimento acadêmico,<br />

mas também com o desenvolvimento<br />

humano e cidadão, com base<br />

nos valores cristãos.<br />

A HISTÓRIA<br />

As Irmãs que dirigiram<br />

o Externato de 1932 até<br />

hoje foram: Irmã Francisca<br />

Varani, Madre Mansueta,<br />

Irmã Beatriz Camargo,<br />

Irmã Celina Neves, Irmã<br />

Benigna Consolata, Irmã<br />

Cacilda Moraes, Irmã Leocádia<br />

Zago, Irmã Boaventura<br />

de Carvalho, Irmã<br />

Antonia Feltre, Irmã Agos-<br />

A merecida homenagem<br />

prestada pelo coleginho às<br />

Irmãs Franciscanas por tudo<br />

que têm feito em benefício<br />

da Ordem<br />

tinha C. Paúl, Irmã Aracy O. Mendes,<br />

Irmã Graziela Iole Bove, Irmã Jandyra<br />

Gissi, Irmã Maria Madalena Köhler,<br />

Irmã Terezinha Auxiliadora Duarte, Irmã<br />

Maria Leonete Rosa, Irmã Anna Carolina<br />

dos Santos.<br />

A diretora do Externato Santa Terezinha é<br />

cumprimentada de forma carinhosa pelo<br />

prefeito Marcelo Barbieri nas comemorações<br />

dos 84 anos de fundação do coleginho<br />

33


ARTE<br />

Apaixonantes<br />

lembranças<br />

O renomado artista plástico<br />

local Ernesto Lia lembra com<br />

muito carinho do tempo em<br />

que foi aluno da Escola de<br />

Belas de Araraquara; assunto<br />

é destaque em exposição<br />

homônima no Sesc da cidade.<br />

Marco na história cultural da Morada<br />

do Sol e também do País todo, a<br />

Escola de Belas Artes de Araraquara foi<br />

fundada em 1935 por Bento de Abreu<br />

Sampaio Vidal. Até 1969, ano em que<br />

o espaço fechou suas portas, ela funcionou<br />

onde hoje fica o Museu Histórico<br />

Pedagógico da cidade (na Praça Pedro<br />

de Toledo) e também em um velho casarão<br />

da Rua Padre Duarte, próximo ao<br />

Colégio Progresso.<br />

Por lá, no auge de seu funcionamento,<br />

em uma verdadeira ode às artes plásticas,<br />

diferentes estilos e movimentos<br />

artísticos, como o expressionismo e o<br />

cubismo e até o novíssimo modernismo<br />

(‘e seu ar europeu’) conviviam no mesmo<br />

ambiente.<br />

Muito por conta dessas ações, Araraquara<br />

foi apelidada, entre as décadas<br />

de 40 e 50, como a “capital das artes”.<br />

E naquelas cadeiras, sentaram importantíssimos<br />

e icônicos artistas locais,<br />

tais como Judith Lauand, Francisco<br />

Amendola, Sidney Rodrigues, Ernesto<br />

Lia, entre outros.<br />

“Foi um período apaixonante do qual<br />

guardo imensas e saudosas lembranças.<br />

A Escola de Belas Artes de Araraquara<br />

foi a minha primeira formação<br />

acadêmica, sendo assim, tenho um<br />

imenso carinho por tudo que aprendi,<br />

Em um primeiro<br />

momento, a escola<br />

funcionou no prédio<br />

do atual Museu<br />

Pedagógico da<br />

cidade<br />

que foi fundamental no desenvolvimento<br />

da minha carreira. Adorava sair com a<br />

turma para pinturas ao ar livre”, conta,<br />

com exclusividade, o premiado artista<br />

plástico araraquarense Ernesto Lia.<br />

À época, o pintor italiano Quirino<br />

Campofiorito, sua esposa, Hilda, e Eduardo<br />

Bevilacqua lecionavam pintura,<br />

desenho, modelagem, arte decorativa e<br />

outras formas de arte. Os mecenas Helio<br />

Morganti, Mario Ybarra de Almeida e<br />

Domenico Lazarini (conhecido pintor italiano<br />

que se instalou na cidade) também<br />

foram professores no espaço.<br />

“De todos, guardo um imenso carinho<br />

pelo Mario Ybarra, com quem tive<br />

grande amizade no decorrer dos anos.<br />

Fiz, inclusive, um retrato dele e presenteei<br />

a família. Ele era um homem elegante<br />

e de talento único”, revela Lia, que diz<br />

que cada sala tinha, em torno, de dez a<br />

doze pessoas.<br />

COM OS PRÓPRIOS OLHOS<br />

E para resgatar mais detalhes desta<br />

história, o Sesc Araraquara promove<br />

até o dia 18 de dezembro a exposição<br />

“Escola de Belas Artes de Araraquara”,<br />

a cargo do coletivo local ‘Uns que pensa’.<br />

Nela, por meio de recursos cenográficos,<br />

estão representadas obras,<br />

documentos, fotos e esboços originais,<br />

além de restos de materiais e tintas.<br />

Segundo a organização, um gran-<br />

de destaque da mostra é a presença<br />

de quadros de todos os formandos da<br />

primeira turma da escola (de 1948-<br />

1950). O araraquarense Ernesto Lia<br />

faz parte dela.<br />

QUEM É ERNESTO LIA?<br />

Filho do italiano José Lia e da brasileira<br />

Paschoalina de Lucca, Ernesto Lia<br />

nasceu em uma família numerosa de<br />

onze irmãos. Hoje com 77 anos, após<br />

se formar na Escola de Belas Artes,<br />

estagiou no ateliê do pintor italiano<br />

Gaetano De Gennaro, em São Paulo.<br />

Em 1959 recebeu a Grande<br />

Medalha de Ouro da Associação<br />

dos Artistas Unidos do Brasil por<br />

seu reconhecimento dentro da arte<br />

brasileira com a tela “Gabriela Cravo e<br />

Canela”. Desde então, ganhou diversos<br />

prêmios e hoje suas telas podem ser<br />

encontradas em museus e espaços<br />

culturais nos Estados Unidos, Argentina,<br />

Suíça, África do Sul, França, entre<br />

tantos outros.<br />

Ernesto Lia<br />

Todos os formandos da<br />

primeira turma da escola<br />

ganham espaço na mostra<br />

Visitação no Sesc Araraquara<br />

ocorre até o dia 18 de dezembro<br />

34


BORA VIAJAR<br />

Malas prontas para mais uma excursão?<br />

Seja pela tranquilidade<br />

de uma viagem sem<br />

“surpresas”, evitar pressa<br />

e correria para escolher<br />

hospedagem, transporte<br />

e alimentação ou pelas<br />

facilidades na hora do<br />

pagamento, a excursão<br />

vem ganhando ainda mais<br />

espaço entre aqueles que<br />

procuram uma viagem<br />

segura e sossegada<br />

VEJA AS VANTAGENS DE<br />

VIAJAR COM UMA EXCURSÃO<br />

Praticidade é sem dúvida, a<br />

vantagem mais atraente quando se<br />

fala em excursão. Você não precisa<br />

se preocupar com nada: transporte,<br />

hospedagem, alimentação,<br />

passeios... dependendo do pacote<br />

selecionado, tudo está incluso!<br />

FAZER AMIGOS<br />

O grupo da excursão te acompanhará<br />

durante todos os dias da viagem. Isso<br />

faz com que você acabe conversando<br />

e fazendo amizade com essas<br />

pessoas. Além disso, é mais legal<br />

viajar com um grupo entrosado!<br />

APROVEITAR PASSEIOS<br />

Com o guia da excursão e os<br />

ingressos em mãos, você não corre<br />

o risco de gastar a mais ou de<br />

entrar numa furada com passeios<br />

não-oficiais. Além disso, você evita<br />

filas desnecessárias para comprar<br />

ingressos para atrações.<br />

35


36


<strong>ED</strong>UCAÇÃO<br />

LICEU MONTEIRO LOBATO - POSITIVO<br />

A parceria do sistema Positivo<br />

com a Escola Liceu Monteiro<br />

Lobato, completa 20 anos de<br />

ensino de qualidade.<br />

No dia 7 de outubro, Doriane Ferreira,<br />

coordenadora do Positivo, esteve presente<br />

no Liceu Monteiro Lobato para comemorar<br />

os 20 anos da parceria Liceu Monteiro Lobato<br />

com o sistema Positivo.<br />

Essa parceria está presente há 20<br />

anos, desde a fundação da escola, alcançando<br />

grande resultado.<br />

Para Daniel de Barros, diretor do Liceu<br />

Monteiro Lobato, essa união reforça o<br />

compromisso da escola em oferecer ensino<br />

de qualidade que a coloca entre os es-<br />

tabelecimentos de ensino de alto padrão<br />

em nosso país.<br />

Na oportunidade, a coordenadora do<br />

Positivo, reconhecendo o valor do trabalho<br />

organizado por duas décadas, entregou<br />

aos diretores Daniel de Barros e Eliane de<br />

Barros, um troféu que configura o padrão<br />

desta parceria.<br />

Na visita do Positivo, também estiveram<br />

presentes ilustres professores do passado<br />

da escola, além de ex-funcionários e<br />

colaboradores, que, pela sua enorme dedicação<br />

e eficiência, foram protagonistas dos<br />

20 anos da sua história. Todos participaram<br />

de um momento alegre e descontraído,<br />

com breve discurso de Doriane Ferreira,<br />

do Positivo, enaltecendo a parceria. Foi oferecido<br />

um gostoso bolo aos presentes, com<br />

a inserção comemorativa dos 20 anos.<br />

Diretores junto a alguns atuais professores da<br />

escola, mais o Prof. Romeu D´Andréa, que por 17<br />

anos foi professor de Ciências do Liceu Monteiro<br />

Lobato.<br />

Doriane, do Positivo, diretores e colaboradores<br />

da escola que hoje fazem parte da sua história:<br />

orientadora Cacilda Mascarenhas, profa. Lélia<br />

Cavícchia, profa. Janice Figueiredo e Roque<br />

Azarito, secretário da escola desde 1996.<br />

Doriane faz a entrega do troféu comemorativo<br />

para Eliane e Daniel de Barros<br />

37


A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE<br />

ESTOQUE NO VAREJO<br />

Uma gestão eficiente do<br />

estoque é ponto essencial<br />

para o sucesso de um<br />

empreendimento varejista,<br />

independentemente do seu<br />

ramo de atuação e de seu<br />

tamanho. Isso decorre do<br />

simples fato que quando falta<br />

algum produto demandado,<br />

há perda de faturamento,<br />

giro e fidelização do cliente, o<br />

que consequentemente afeta<br />

o desempenho financeiro do<br />

varejista. Contudo, o excesso<br />

de produtos em estoque<br />

também não é benéfico ao<br />

lojista, pois gera problemas<br />

para o fluxo de caixa, ocupa<br />

desnecessariamente espaço<br />

físico, inibe o capital de<br />

giro e também há risco de<br />

obsoletismo dos produtos.<br />

Em muitos casos, como não há<br />

controle no tempo de giro do estoque,<br />

pedidos acabam sendo feitos quando<br />

não há necessidade e deixam de ser<br />

feitos quando são realmente necessários.<br />

É um eterno dilema. Um estoque<br />

cheio pode fazer com que o empreendedor<br />

fique com itens encalhados, o<br />

que gera necessidade de promoções<br />

e, com isso, redução da margem de<br />

lucro.<br />

Em outra questão, tanto a sazonalidade<br />

inerente ao varejo e quanto<br />

o perfil do cliente deve ser levado em<br />

consideração para reposição de estoque,<br />

pois o abastecimento deve priorizar<br />

a característica da demanda e<br />

o tipo de data especial em que se é<br />

vendido. Saber quem é o público, suas<br />

preferências e em qual momento sua<br />

procura maior ocorrerá, contribui muito<br />

para que o aumento do volume de<br />

vendas signifique aumento das receitas<br />

com tais vendas.<br />

Assim, para um bom funcionamento<br />

do estoque, devem ser definidos<br />

indicadores e implementados processos<br />

que gerem a integração de atividades<br />

e procedimentos priorizem as<br />

informações sobre cada item do seu<br />

estoque. Entradas e saídas devem ser<br />

registradas e isso pode ser feito desde<br />

simples controles de tabulação, até<br />

softwares mais completos. Posteriormente,<br />

os inventários, que comprovam<br />

se o estoque físico está igual ao estoque<br />

informado no sistema, são essenciais<br />

para o funcionamento eficiente e<br />

correto da empresa. Essas duas formas<br />

de gerenciamento são essenciais<br />

para o controle e diagnóstico dos estoques,<br />

assim como possíveis erros na<br />

contagem ou digitação na entrada do<br />

produto, roubos, extravios, produtos<br />

vencidos, entre outros. Além disso,<br />

controlar a quantidade de produto à<br />

disposição possibilita manutenção da<br />

lucratividade, reduz perdas com análise<br />

ineficaz do custo-oportunidade de<br />

cada mercadoria, promove melhorias<br />

38<br />

Jaime Vasconcellos<br />

Economista / Coordenardor do Núcleo de<br />

Economia do SINCOMERCIO Araraquara /<br />

Assessor Econômico do FECOMERCIO<br />

no fluxo de caixa e capital de giro e<br />

redução custo com possível estrutura<br />

física inadequada.<br />

Em suma, um dos alicerces de<br />

gestão empresarial eficiente é controlar<br />

bem os estoques. Tal realidade se<br />

torna ainda mais tácita na atual conjuntura<br />

de redução de vendas, onde<br />

37% dos empresários do comércio se<br />

dizem com estoques acima do ideal.<br />

Possuir indicadores específicos de giro<br />

de cada mercadoria, características<br />

dos demandantes e das datas sazonais<br />

de crescimento de vendas são<br />

algumas das preocupações essenciais<br />

do empresário ao possuir uma oferta<br />

equilibrada com os movimentos da demanda<br />

do cliente.


Sincomercio Araraquara e Boa Vista Serviço SCPC lançaram<br />

em outubro novos produtos para análise e concessão de<br />

Crédito Pessoa Física a Família Acerta.<br />

Com as constantes mudanças no mercado de crédito e para acompanhar toda evolução, o<br />

Sincomercio|SCPC e Boa Vista Serviços criaram soluções inteligentes para assessorar as análises<br />

de concessão de crédito. Na atualidade para liberar um crédito, não basta mais obter como resposta<br />

na consulta Nada Consta ou Consta Registro, se tornou necessário obter muito mais informações<br />

sobre o cliente.<br />

Para atender a atualidade, apresentamos produtos que realizam uma análise mais completa do consumidor<br />

a Família ACERTA, produtos para análise Cadastral e de concessão de crédito. As novas<br />

ferramentas já estão disponibilizadas pelo SCPC Araraquara.<br />

Acerta, Acerta Essencial, Acerta Mais e Acerta Completo.<br />

Acerta: O Acerta informa dados cadastrais, títulos protestados, registros de débito, informações<br />

bancárias, consultas anteriores e Análise de Risco / Score.<br />

Acerta Essencial: Informa dados cadastrais, títulos protestados, registros de débito, informações<br />

bancárias, consultas anteriores, Análise de Risco / Score e renda mensal presumida. Já as<br />

informações como indicação de valor de parcela e sugestão de venda (Recomendada / Não<br />

Recomendada), podem ou não ser adicionadas à consulta, a critério do empresário.<br />

Acerta Mais: Informa dados cadastrais, títulos protestados, registros de débito, informações bancárias,<br />

consultas anteriores, Análise de Risco / Score e renda mensal presumida, sugestão de<br />

venda (Recomendada / Não Recomendada). As informações como indicação de valor de parcela,<br />

podem ou não ser adicionadas à consulta, a critério do empresário.<br />

Acerta Completo: Produto completo. Informa dados cadastrais, títulos protestados, registros de<br />

débito, informações bancárias, consultas anteriores, Análise de Risco / Score, e toda a parte de<br />

soluções inteligentes dentro de uma só consulta, indicação de valor de parcela, renda mensal<br />

presumida e sugestão de venda recomenda ou Não recomenda.<br />

Entre em contato para tirar suas dúvidas sobre os produtos.<br />

39<br />

Maria Helena Terrosse<br />

Assistente Comercial SCPC


COMÉRCIO<br />

Desde 1970, construindo<br />

uma história de sucesso<br />

Com uma estrutura moderna<br />

e profissionais qualificados,<br />

a Rede Recapex oferece<br />

qualidade, segurança e<br />

economia.<br />

Excelência em produtos, serviços e<br />

atendimento sempre foram a base da Recapex,<br />

que mantém sua equipe de colaboradores<br />

atualizada com treinamentos<br />

contínuos. Essa definição sobre a Recapex<br />

se estende por mais de 46 anos em<br />

20 pontos de vendas espalhados pelo<br />

interior de São Paulo.<br />

A empresa especializada em pneus<br />

novos para carros, camionetes, veículos<br />

de carga, agrícola, fora de estrada e industrial<br />

da marca Goodyear, hoje é considerada<br />

uma das mais conceituadas em<br />

sua área de atuação. A Recapex conta<br />

também com 3 unidades de reforma de<br />

pneus, o que mostra a preocupação<br />

com a prestação de serviço<br />

e o meio ambiente.<br />

PRÊMIOS E<br />

CERTIFICAÇÕES<br />

Da excelência em qualidade, vem<br />

o reconhecimento. As reformadoras da<br />

Rede Recapex possuem certificação ISO<br />

9001:2008. Em janeiro de 2004, diz Renato,<br />

demos início à jornada em busca<br />

de certificações em Sistemas de Gestão<br />

da Qualidade baseados na versão NBR<br />

ABNT ISO 9001:2000, com normas implementadas<br />

nas unidades de reforma<br />

de Taquaritinga (2004), Barra Bonita<br />

(2005) e São José do Rio Preto (2006).<br />

Segundo Renato Cervone, supervisor<br />

comercial da Recapex em Araraquara,<br />

melhorando cada vez mais, em maio de<br />

A Recapex em Araraquara, na Avenida 36, com equipe<br />

especializada no atendimento de carros, camionetes e<br />

vans<br />

2010 a empresa atualizou sua certificação<br />

com base na versão NBR ABNT ISO<br />

9001:2008. “Esta certificação nos fornece<br />

completo gerenciamento na área<br />

de reforma de pneus, além de nos proporcionar<br />

a participação em grandes empresas<br />

também certificadas na mesma<br />

norma, tais como: Rodonaves, Coca-Cola,<br />

Imediato Logística, dentre outras. Em<br />

março de 2011, a Recapex iniciou seu registro<br />

junto ao INMETRO para alinhar-se à<br />

portaria 444, que assegura a qualidade<br />

de seus produtos, com objetivo de trazer<br />

mais segurança aos consumidores.<br />

40


AGRO<br />

N E G Ó C I O S<br />

INFORMATIVO<br />

edição novembro | <strong>2016</strong><br />

Nicolau de Souza Freitas entre<br />

os ícones da agricultura paulista<br />

Para orgulho de Araraquara, o presidente Nicolau de Souza<br />

Freitas, do Sindicato Rural, foi homenageado no dia 28 de<br />

outubro em Guaíra/SP, por ser considerado uma das expressões<br />

históricas do agronegócio do Estado de São Paulo. Também foram<br />

homenageados outros dirigentes sindicais do interior paulista.<br />

O Salão de Festas do Grêmio Colorado<br />

em Guaíra estava maravilhosamente<br />

decorado para receber no final de outubro,<br />

os maiores nomes da agricultura<br />

em nosso Estado. O evento serviu para<br />

comemorar os 5 anos de atividades da<br />

Revista Agro SA, de grande circulação<br />

na região.<br />

A diretora executiva da revista, Ma-<br />

A HOMENAGEM AO NOSSO PRESIDENTE<br />

ria Izildinha Lacativa destacou na abertura<br />

do acontecimento, que o objetivo<br />

era dar visibilidade através de uma<br />

parceria e integração, criando um laço<br />

ainda mais forte com o mundo agro.<br />

Cerca de 500 convidados participaram<br />

do jantar em que foi homenageado Nicolau<br />

de Souza Freitas e outros representantes<br />

de sindicatos do interior.<br />

Destacado como ícone da Agricultura Paulista, Nicolau de Souza<br />

Freitas recebeu a seguinte mensagem em seu prêmio:<br />

“Nicolau, agradecemos a sua<br />

presença e tê-lo entre nós nesta noite<br />

de festa, é nos dar a segurança e a<br />

certeza de um encontro inesquecível.<br />

Quem o conhece bem, sabe da<br />

sua simplicidade, do seu amor a terra<br />

e a vontade permanente de defender,<br />

aqueles que plantam esperanças<br />

e encontram a fartura como<br />

colheita.<br />

Hoje, não é apenas o Sindicato<br />

Rural de Araraquara que tem o privilégio<br />

do seu companheirismo, pois o<br />

trabalho, o espírito idealista, o tornaram<br />

o Senhor dos Campos, disposto<br />

ao diálogo e a vontade de tornar<br />

fértil o relacionamento que renasce<br />

pelo respeito e a ética nestes novos<br />

tempos.<br />

Obrigado, presidente!”<br />

Os diretores executivos<br />

da Revista Agro SA, Maria<br />

Izildinha Lacativa e Lincoln<br />

Santos Ribeiro, com o<br />

recém eleito prefeito José<br />

Eduardo Lelis, o presidente<br />

homenageado Nicolau<br />

de Souza Freitas e o<br />

secretário de Agricultura<br />

do Estado de São Paulo,<br />

Arnaldo Jardim<br />

<strong>NOVEMBRO</strong> / <strong>2016</strong><br />

• TURISMO RURAL - RESGATE<br />

GASTRONÔMICO (MÓDULO IX)<br />

01/11/<strong>2016</strong> até 03/11/<strong>2016</strong><br />

04/11/<strong>2016</strong> até 06/11/<strong>2016</strong><br />

• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS<br />

COM PULVERIZADOR DE BARRAS<br />

07/11/<strong>2016</strong> até 09/11/<strong>2016</strong><br />

• LARANJA - COLHEITA<br />

07/11/<strong>2016</strong> até 07/11/<strong>2016</strong><br />

08/11/<strong>2016</strong> até 08/11/<strong>2016</strong><br />

09/11/<strong>2016</strong> até 09/11/<strong>2016</strong><br />

10/11/<strong>2016</strong> até 10/11/<strong>2016</strong><br />

11/11/<strong>2016</strong> até 11/11/<strong>2016</strong><br />

14/11/<strong>2016</strong> até 14/11/<strong>2016</strong><br />

16/11/<strong>2016</strong> até 16/11/<strong>2016</strong><br />

17/11/<strong>2016</strong> até 17/11/<strong>2016</strong><br />

18/11/<strong>2016</strong> até 18/11/<strong>2016</strong><br />

• TURISMO RURAL - CONSOLIDAÇÃO<br />

DO PROGRAMA (MÓDULO X)<br />

09/11/<strong>2016</strong> até 10/11/<strong>2016</strong><br />

24/11/<strong>2016</strong> até 25/11/<strong>2016</strong><br />

• ROSA - MANEJO E TRATOS<br />

CULTURAIS<br />

10/11/<strong>2016</strong> até 12/11/<strong>2016</strong><br />

• EQUITAÇÃO - NOÇÕES BÁSICAS<br />

14/11/<strong>2016</strong> até 18/11/<strong>2016</strong><br />

• PROCESSAMENTO ARTESANAL DE<br />

PRODUTOS DE HIGIENE E LIMPEZA<br />

17/11/<strong>2016</strong> até 18/11/<strong>2016</strong><br />

• PUPUNHA - MANEJO E TRATOS<br />

CULTURAIS<br />

22/11/<strong>2016</strong> até 24/11/<strong>2016</strong><br />

CURSOS<br />

• EXIGÊNCIAS LEGAIS PARA A<br />

FORMALIZAÇÃO E COME<strong>RCIA</strong>LIZAÇÃO<br />

29/11/<strong>2016</strong> até 30/11/<strong>2016</strong><br />

REALIZAÇÕES:<br />

Coordenador SENAR/SP Araraquara:<br />

Mário Roberto Porto<br />

41


CONSUMO COM QUALIDADE<br />

FEIRA DO PRODUTOR RURAL<br />

Regras práticas e seguras para o pequeno<br />

produtor vender qualidade ao consumidor<br />

As normas são cada vez mais<br />

rígidas e o consumidor insiste<br />

com razão na qualidade do<br />

produto que compra. A Feira<br />

do Produtor Rural combina<br />

com essas exigências.<br />

O fato do Sindicato Rural de Araraquara<br />

ser escolhido em setembro para<br />

sediar o encontro do coordenador do<br />

Programa Feira do Produtor Rural e instrutores<br />

do SENAR-SP, com o objetivo<br />

de elaborar uma cartilha sobre Boas<br />

Práticas de Manipulação de Alimentos,<br />

foi considerado pelo presidente da entidade,<br />

Nicolau de Souza Freitas, como<br />

privilégio e motivo de orgulho. A cartilha,<br />

comentou o dirigente, fará parte<br />

em 2017, da apostila a ser usada pelo<br />

SENAR-SP para capacitar no Estado de<br />

São Paulo, produtores interessados em<br />

participar da Feira do Produtor Rural.<br />

O encontro em Araraquara foi dirigido<br />

pelo coordenador estadual do programa,<br />

Teodoro Miranda Neto e teve<br />

a participação dos instrutores Carlos<br />

Alberto Leal Rodrigues, Maria Cristina<br />

Meneghin e Roberta Zavoneli Rossini.<br />

Embora o programa já exista há dois<br />

anos, a inserção da cartilha com as<br />

boas práticas de manipulação de alimentos,<br />

neste momento, aperfeiçoa a<br />

apostila e possibilita aos participantes<br />

do curso, conhecimento mais amplo sobre<br />

a legislação.<br />

Na verdade, diz Teodoro, o programa<br />

tem como objetivos específicos formar<br />

uma Comissão Gestora da Feira<br />

do Produtor Rural; capacitar grupo de<br />

produtores para a atuação organizada<br />

e seguir normas legais de comercialização<br />

dos produtos; capacitar para a preparação<br />

dos produtos através da Feira<br />

do Produtor Rural; promover a melhoria<br />

na gestão do negócio e estimular a consolidação<br />

da Feira do Produtor Rural.<br />

Da comissão gestora devem participar<br />

de acordo com os organizadores os<br />

membros do Sindicato Rural, SENAR-SP<br />

e do próprio município.<br />

42<br />

Segundo Teodoro, a feira busca dar<br />

oportunidade aos pequenos produtores para<br />

comercialização dos seus produtos de forma<br />

direta aos consumidores


SAIBA COMO É O PROGRAMA,<br />

SUAS FINALIDADES E ORGANIZAÇÃO<br />

O programa tem por finalidade criar uma opção de renda para o produtor<br />

rural, através da venda direta dos produtos produzidos na sua propriedade<br />

rural, na Feira do Produtor Rural.<br />

OBJETIVO<br />

Capacitar o produtor rural a comercializar seus produtos diretamente ao<br />

consumidor, promovendo a relação de confiança e respeito.<br />

DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA<br />

- Integração/Sensibilização – 16 horas<br />

- Reunião com as lideranças locais para apresentação do Programa, definição<br />

e aprovação da implantação do Programa e dos possíveis locais de realização<br />

da Feira do Produtor Rural.<br />

- Palestra de sensibilização com os produtores rurais interessados para<br />

apresentação e adesão ao Programa.<br />

- Módulo I – Normas e Procedimentos da Feira do Produtor – 32 horas<br />

Capacitar sobre normas e procedimentos para a implantação de forma<br />

organizada da Feira do Produtor Rural.<br />

- Módulo II – Produtos rurais para comercialização – 32 horas<br />

Planejar a produção e preparar os produtos adequadamente para a<br />

comercialização.<br />

- Módulo III – Construções dos estandes em bambu – 64 horas<br />

Construir o estande de bambu a ser utilizado na Feira do Produtor Rural.<br />

- Módulo IV – Comercialização – 32 horas<br />

Capacitar os participantes a comercializar seus produtos na Feira do Produtor<br />

Rural.<br />

- Módulo V – Gestão do negócio – 32 horas<br />

Capacitar os participantes a realizarem a gestão do negócio na Feira do Produtor<br />

Rural.<br />

- Módulo VI – Feira do Produtor Rural – 48 horas<br />

Realizar quatro Feiras do Produtor Rural<br />

- Módulo VII – Consolidação do Programa – 16 horas<br />

Consolidar a Feira do Produtor Rural no município visando a sua continuidade,<br />

avaliação dos resultados e fortalecimento da Comissão Gestora.<br />

Cartazes anunciando os dias de realização da<br />

Feira do Produtor Rural<br />

MATERIAL DISPONIBILIZADO AO PARTICIPANTE<br />

O avental faz<br />

parte do kit do<br />

produtor<br />

Identificação da banca onde o produtor rural vai trabalhar<br />

Trabalho obrigatório<br />

com camiseta<br />

Boné como complemento<br />

do uniforme<br />

Uso do crachá para<br />

identificar o dono<br />

da banca e seus<br />

atendentes<br />

43


BELO TRABALHO<br />

Sindicato Rural, SENAR e Itesp encerram<br />

o programa Olericultura Orgância<br />

Encerrou-se em outubro, com<br />

muito sucesso, o programa<br />

de Olericultura Orgânica que<br />

teve início em março, sendo<br />

considerado um amplo trabalho<br />

social, visando beneficiar o<br />

pequeno produtor<br />

Participantes do curso realizando as últimas<br />

visitas no campo para avaliar os resultados das<br />

aulas práticas do curso olericultura orgânica.<br />

No dia 10 de outubro ocorreu o módulo<br />

VIII do Programa, referente aos<br />

Custos de Produção. Neste módulo, o<br />

objetivo principal é orientar os produtores<br />

sobre os custos de produção no<br />

sistema orgânico, explicitando os custos<br />

fixos e variáveis e diversos outros<br />

aspectos referentes ao planejamento<br />

da produção. Já no dia 11 de outubro<br />

ocorreu o módulo final do programa referente<br />

à Comercialização. Nesta oportunidade,<br />

os participantes são orientados<br />

sobre as diversas formas de<br />

comercialização orgânica, bem como<br />

o processo de certificação orgânica.<br />

Nesta etapa final, a servidora da<br />

Fundação Itesp, Dayana Portes Ramos,<br />

foi convidada para relatar a experiência<br />

de Certificação Orgânica que<br />

ocorreu no Assentamento Guarany,<br />

localizado no município de Pradópolis<br />

e Guatapará. Este trabalho também<br />

foi realizado através da parceria entre<br />

Fundação Itesp e SENAR, sendo o instrutor<br />

Marcelo Sambiase condutor das<br />

atividades nesta localidade também.<br />

Avaliamos positivamente a importância<br />

desta troca de experiências<br />

neste momento da atividade, visto que<br />

os participantes podem perceber que<br />

é possível a sequência dos trabalhos<br />

relacionados ao orgânico, de forma<br />

integrada a universidades, órgãos de<br />

assistência técnica e demais parceiros<br />

interessados.<br />

Foi muito positiva a avaliação do<br />

Programa Olericultura Orgânica. Os<br />

participantes avaliaram muito bem a<br />

conduta do instrutor Marcelo Sambiase<br />

e todo o aparato que o SENAR e Sindicato<br />

Rural oferecem para a atividade.<br />

Alguns outros produtores que também<br />

têm interesse em realizar a transição<br />

orgânica, já indicaram seus nomes<br />

para participarem das próximas ativi-<br />

Maria Clara Piai da<br />

Silva da Fundação<br />

Itesp<br />

dades no ano de 2017. Para nós do<br />

Itesp esta atividade é de suma importância.<br />

Um dos componentes de nossa<br />

missão institucional é implementar<br />

políticas públicas de desenvolvimento<br />

sustentável, desta forma a produção<br />

orgânica e agroecológica sempre será<br />

estimulada por nossa equipe técnica.<br />

Além disso, o produto orgânico é uma<br />

importante demanda de mercado na<br />

atualidade, o que agrega geração de<br />

renda ao nosso público beneficiário. O<br />

instrutor Marcelo Sambiase além de<br />

44<br />

A servidora do Itesp, Dayana Portes Ramos<br />

e o Instrutor do SENAR, Marcelo Sambiase,<br />

apresentando os resultados do trabalho<br />

de Certificação Orgânica realizado no<br />

Assentamento Guarany


dominar as técnicas de produção orgânica,<br />

ainda desperta nos produtores a<br />

consciência ambiental, o que garante<br />

o sucesso da produção agroecológica.<br />

Finalizamos a atividade no dia 11<br />

de outubro com a presença do sr Mário<br />

Porto, Coordenador do SENAR, que já<br />

se pronunciou sobre os projetos para o<br />

ano de 2017. Também compareceu ao<br />

encerramento da atividade, o Supervisor<br />

do Grupo Técnico de Campo de<br />

Araraquara da Fundação Itesp, Mauro<br />

Geraldo Cavichiolli, o pesquisador da<br />

Uniara, Joviro Junior, os servidores da<br />

Fundação Itesp, Carlos César Rocha<br />

da Silva, Milton Meninato e Maria Clara<br />

Piai, que acompanharam a atividade<br />

durante todo o ano.<br />

Para o ano de 2017 já temos demandas<br />

de capacitação na área do<br />

orgânico e é um dos nossos objetivos<br />

manter uma sequência didática deste<br />

tema nos assentamentos a fim de que<br />

os produtores interessados se sintam<br />

motivados a seguir na transição orgânica.<br />

Além de atividades nesta linha,<br />

também serão solicitadas outras atividades<br />

dada a diversidade do público<br />

beneficiário da Fundação Itesp.<br />

Encerramento do Programa Olericultura Orgânica - participantes e parceiros reunidos<br />

Várias etapas do curso de Olericultura Orgânica com<br />

participação de vários produtores sob a instrução de<br />

Marcelo Sambiase, do SENAR-SP<br />

Algumas fotos que relembram<br />

momentos do programa,<br />

orientações no campo e<br />

teóricas, visitas técnicas às<br />

hortas dos participantes, etc.<br />

Visita ao campo como<br />

parte das aulas práticas<br />

do curso de Olericultura<br />

Orgânica<br />

O instrutor<br />

Marcelo<br />

Sambiase<br />

45


NOVA CULTURA<br />

Araraquara se prepara para<br />

ser a terra da Pupunha<br />

A novidade está chegando<br />

e graças ao Sindicato Rural,<br />

SENAR-SP e Fundação Itesp<br />

o pequeno produtor rural<br />

está sendo capacitado para<br />

produdiz e comercializar a<br />

pupunha<br />

Durante o mês de outubro, um grupo<br />

de produtores do Assentamento<br />

Monte Alegre participou de capacitação<br />

sobre a cultura da pupunha. Esta<br />

é mais uma atividade resultado da parceria<br />

entre SENAR, Sindicato Rural de<br />

Araraquara e Fundação Itesp.<br />

O módulo Instalação da Lavoura<br />

ocorreu nos dias 18 e 19 de outubro.<br />

O instrutor Eber Nimtz Rocha proporcionou<br />

nestes dois dias, a oportunidade<br />

de orientar os produtores sobre<br />

vários aspectos para profissionalizar<br />

este cultivo, estimulando a formarem<br />

plantios focando na produtividade e<br />

futura comercialização. O plantio experimental<br />

foi realizado no sítio do<br />

produtor Osmar Januário da Silva, que<br />

reside no Assentamento Monte Alegre<br />

III, segundo Maria Clara Piai da Silva,<br />

da Fundação Itesp. Durante a aula prática<br />

o instrutor orienta o passo a passo<br />

do plantio, passando pelo preparo<br />

e nivelamento do solo, espaçamento,<br />

formação das covas corretamente,<br />

adubação, sistema de irrigação, etc.<br />

Para nós do Itesp, a metodologia<br />

adotada pelos instrutores do SENAR<br />

é o ideal. Eles focam na orientação<br />

profissional dos participantes e concentram<br />

boa parte da aula na prática,<br />

além disso sempre visitamos várias<br />

áreas dos participantes interessados<br />

para que sejam identificados seus<br />

principais problemas e sugeridas alternativas.<br />

Os técnicos do Itesp também<br />

acompanham a atividade visando contribuir<br />

para a adequação das atividades<br />

à realidade do público, divulgando<br />

os canais de comercialização e trocando<br />

experiências com o instrutor e participantes,<br />

afirma Maria Clara.<br />

O instrutor Eber Nimtz Rocha focou<br />

na viabilidade desta cultura para<br />

a agricultura familiar visto que possui<br />

preço satisfatório, garantindo renda<br />

aos produtores, além das oportunidades<br />

de comercialização do produto.<br />

Em novembro, de acordo com Mário<br />

Porto, coordenador do SENAR-SP,<br />

ocorrerá o módulo do manejo e tratos<br />

culturais e, na sequência, a colheita<br />

e comercialização. O curso completo<br />

possibilita que os produtores tenham<br />

visão ampla sobre os diversos aspectos<br />

inerentes à cultura, viabilizando<br />

sua atividade.<br />

Nivelamento do solo<br />

46


CURIOSIDADES<br />

SOBRE A PUPUNHA<br />

Nome popular: Pupunha<br />

Nome científico: Bactrys Gasipaes<br />

Família botânica: Palmáceas<br />

A pupunha (Bactris Gasipaes H.B.K.), da família das palmáceas, foi cultivada<br />

pelos ameríndios pré-colombianos na região neotropical úmida; hoje essa espécie<br />

encontra-se distribuída desde Honduras até a Bolívia. Ocorre na costa atlântica das<br />

Américas Central e do Sul, até São Luiz, no Maranhão e também ao longo da costa<br />

do Pacífico, do sul da Costa Rica até o norte do Peru.<br />

O Palmito da Pupunha ou Pupunheira, vem se consolidando como um agronegócio<br />

extremamente viável sob os aspectos econômicos, sociais e ambientais.<br />

Palmeira perene, produzindo palmito no sistema de cultivo, a pupunheira é uma<br />

excelente opção de matéria-prima para a indústria que possui demanda de aproximadamente<br />

100.000 ton/ano (mercado interno), e que hoje depende em 80% do<br />

abastecimento do produto extrativista. O Palmito de Pupunha com apenas 18% do<br />

mercado é responsável pela preservação de pelo menos 100 milhões de Palmeiras<br />

Nativas por ano.<br />

O palmito da Pupunheira possui uma característica única entre os demais, ele não<br />

escurece após o corte, podendo ser consumido da maneira tradicional em conserva,<br />

como também In Natura ou Minimamente Processado e Resfriado, abrindo um novo<br />

e inexplorado caminho de comercialização.<br />

Em São Paulo, atualmente, a pupunheira está sendo plantada em praticamente<br />

todo o estado, num processo semelhante ao que ocorreu com a seringueira anos<br />

atrás. Todo esse impulso que a cultura vem recebendo é motivado pelas boas perspectivas<br />

do mercado de palmito<br />

Formação correta das covas,<br />

plantio e irrigação<br />

Aula teórica com orientações gerais sobre o plantio<br />

47


NOTÍCIAS<br />

CANAS L<br />

<strong>ED</strong>IÇÃO<br />

<strong>NOVEMBRO</strong> | <strong>2016</strong><br />

CANA-DE-AÇUCAR<br />

Entidades de fornecedores de<br />

cana buscam maior proximidade<br />

A Diretoria da Feplana – Federação<br />

dos Plantadores de Cana do Brasil<br />

– entidade que representa todos<br />

os produtores de cana do País, visitou<br />

recentemente algumas Associações<br />

de Produtores de Cana do Estado de<br />

São Paulo para tratar de assuntos relativos<br />

ao setor sucroalcooleiro e para<br />

aproximar as entidades regionais<br />

à nacional. O presidente Alexandre<br />

Andrade de Lima, acompanhado do<br />

vice-presidente Paulo Leal e do diretor-secretário<br />

da entidade, Luís Henrique<br />

Scabello de Oliveira, visitaram no<br />

último dia 21, duas importantes associações<br />

do interior paulista.<br />

Em Jaú, os dirigentes da Feplana<br />

estiveram na Sede da Associcana, sendo<br />

recebidos pelo presidente Eduardo<br />

Vasconcelos Romão e pelo vice Pedro<br />

Sanzovo. Na oportunidade foram discutidos<br />

assuntos relativos ao setor em<br />

destaque o atual bom momento por<br />

que passa o setor sucroenergético nacional.<br />

No mesmo dia, a Diretoria da Federação<br />

visitou a Associação dos<br />

Fornecedores de Cana da Região<br />

Oeste Paulista, sediada na cidade<br />

de Valparaíso, região de Araçatuba,<br />

onde foram recebidos pelo presidente<br />

“Junior” (Apolinário Pereira da Silva<br />

Junior), que estava acompanhado<br />

do Diretor do Departamento Técnico<br />

Fábio Cândido Pereira da Silva e pela<br />

gestora da entidade, Edinéia Candido<br />

Pereira da Silva. Mais uma vez o foco<br />

das discussões foi o atual momento<br />

de recuperação do setor sucroenergético<br />

e as perspectivas para os próximos<br />

anos favorecidas por um déficit<br />

mundial de açúcar e pelo crescimento<br />

da demanda nacional de etanol, bem<br />

como, pelo grande interesse por esse<br />

combustível por diversos países.<br />

Paulo Leal, Alexandre Andrade de Lima, Eduardo Romão, Luís Henrique e Pedro Sanzovo,<br />

durante reunião na Associcana de Jaú<br />

Edinéia Candido, Luís Henrique, Júnior e Fábio Pereira da Silva, em Valparaíso<br />

48


PRODUÇÃO<br />

Aumento de produtividade<br />

com investimento certo<br />

O tema vem sendo discutido com<br />

ênfase nos últimos tempos em todo o<br />

Estado e nas demais regiões produtoras<br />

de cana. A necessidade de se aumentar<br />

a produtividade de cana com<br />

qualidade e desenvolvimento e chegar<br />

aos três dígitos, ou seja, colher 100 toneladas<br />

de cana por hectare. Recentemente<br />

o assunto foi debatido durante<br />

o 10º Congresso Nacional da Cana da<br />

STAB - Sociedade dos Técnicos Açucareiros<br />

e Alcooleiros do Brasil - em Ribeirão<br />

Preto.<br />

Objetivando que os seus associados<br />

tenham mais informações sobre<br />

o assunto e que alcancem um volume<br />

maior em sua produção, a Canasol tem<br />

investido em cursos e palestras. A cada<br />

mês acontece ao menos um evento<br />

técnico destinado aos seus associados<br />

no Auditório da Associação com a presença<br />

de especialistas e representantes<br />

das principais empresas do setor.<br />

Além dos eventos, a Canasol tem<br />

dado suporte para que seus técnicos<br />

participem dessas atualizações para<br />

que possam repassar esses conhecimentos<br />

aos produtores diretamente no<br />

campo. Um exemplo disso foi a participação<br />

do engenheiro agrônomo Lautinê<br />

Antonelli – Tone - num curso sobre<br />

tecnologia em aplicação de defensivos<br />

agrícolas realizado no Centro Tecnológico<br />

da empresa Jacto na cidade de<br />

Pompéia. Foram cinco dias de aulas<br />

intensivas sobre os vários temas ligados<br />

à tecnologia de aplicação, como<br />

calibração, regulagem, manutenção e<br />

operação de equipamentos pulverizadores.<br />

A importância em participar de um<br />

curso como este, afirma Antonelli, é<br />

adquirir melhor capacitação para depois<br />

repassar aos produtores, visando<br />

a racionalidade e a economia não só<br />

nos produtos empregados, como também<br />

no correto dimensionamento dos<br />

equipamentos, na sua manutenção e<br />

durabilidade, bem como na obtenção<br />

de melhores resultados para a sua lavoura.<br />

O engenheiro agrônomo da Canasol,<br />

Lautinë Antonelli, com o equipamento<br />

Uniport – Jacto<br />

Tone aferindo o equipamento durante<br />

curso na Jacto em Pompéia<br />

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50


51


MEMÓRIA<br />

Campeonato brasileiro de 1974 - Interlagos, com a equipe araraquarense: Penha (90), Neto (91), Baiano Faito (92), Benê (78)<br />

Belas tardes de domingo...<br />

Quantas alegrias!<br />

Era a alegria das tardes<br />

de domingo, os encontros<br />

marcados na Bento de Abreu,<br />

com o barulho dos motores<br />

de máquinas possantes e dos<br />

carrões. Boas lembranças<br />

de um tempo em que todos<br />

se reuniam para o famoso<br />

“footing”.<br />

Era um domingo à tarde, estávamos<br />

todos - como fez uma geração inteira de<br />

jovens - passeando na Bento de Abreu,<br />

Fonte Luminosa, o bairro mais chique<br />

de Araraquara, cortado por duas lindas<br />

e arborizadas alamedas. Se você quisesse<br />

encontrar alguém desta cidade,<br />

no fim de semana, era só ficar um pouco<br />

estacionado na frente no primeiro<br />

balão e, certamente, se ela também<br />

desejasse o mesmo, não tenha dúvida,<br />

acabavam se vendo. Por isso, tudo<br />

acontecia naquele local, era o ponto de<br />

52<br />

paquera, de "footing", de movimento e<br />

de ostentação. Carros, carrões, gente<br />

de toda classe social, jovens, enfim,<br />

adrenalina mil. Meu grupo andava de<br />

motocicleta e estacionava, estacionava<br />

e depois andava. Mas, o certo é que<br />

passávamos a tarde do domingo inteiro<br />

ali, fazendo nada, ou melhor, vivendo<br />

a plenitude da idade. De vez em quando<br />

saía um racha e era um espetáculo,<br />

pura emoção, tinha de tudo, gente<br />

que tocava pra caramba, gente louca<br />

e gente louca que também tocava pra<br />

caramba: Manolo (Emanoel Toledo de<br />

Lima), Adolphinho Segnini, Murilo Rodolfo<br />

Penteado Leonard, Paulinho Ciborg,<br />

Paulinho Ferramenta, Reinaldo<br />

Smirne, Manolo Bucho, Dario Pires, Antonio<br />

Carlos Selvino, Camilinho Dinucci,<br />

Zinho Cefally, Valter Merlos, Eduardo<br />

Silva, Paulo Pecin, Bianchini, Carlinhos<br />

fotógrafo, Vanderlei Cavalari, Luis Carlos<br />

Gonçalves, Toninho Das Dornas,<br />

Berto da funerária, entre outros. Tinha<br />

também o pessoal do Moto Clube Araraquara,<br />

Equipe oficial de competição,<br />

que na oportunidade era composta,<br />

dentre outros, por Olympio Bernardes<br />

Ferreira Neto, Pinho (Jose Manoel Sampaio),<br />

Zé Faito, Diogo Martinez, Zé Duvilio,<br />

Adolpho Tedeschi, Negão, Edivilmo<br />

Queiroz, e que de vez em quando, com<br />

a possível margem de segurança do local,<br />

também entravam no divertimento.<br />

Num final de domingo destes quando o<br />

sol já caía, por volta das 17hs participei<br />

de um, que não era o meu primeiro,<br />

mas foi sem dúvida, o mais importante<br />

da minha vida. Com minha Ducati MarcK<br />

3, 250cc, junto com Evaldo Salerno<br />

(Nezinho), meu ídolo maior, que pilotava<br />

uma Suzuki 500cc 2 tempos e Celso<br />

Martinez (Baiano Faito), a referência<br />

de todo o meu mundo da motocicleta<br />

e que tocava uma Ducati Marck 1,<br />

250cc, preparada para as corridas do<br />

saudoso Victorinho Barbugli, fomos pro<br />

pau. Eles, dois extraordinários pilotos,<br />

com experiência de corrida em autódromo,<br />

pista de rua e, ainda o fato de,


terem nascido e crescido no meio da<br />

graxa. Andavam pra caramba, donos<br />

de uma técnica refinada, pilotos arrojados,<br />

tinham ainda outras qualidades:<br />

detalhistas, conferiam tudo, checavam<br />

tudo, queriam tudo do melhor, perfeccionistas<br />

e acertavam como poucos os<br />

seus equipamentos. Eu não, somente<br />

um menino sonhador, encantado com a<br />

oportunidade da companhia de ambos.<br />

Aceleramos do primeiro para o segundo<br />

balão, a Suzuki pulou na frente, depois<br />

a Marck 1 e, finalmente eu, por último.<br />

Chegamos juntinhos na entrada do segundo<br />

balão (C.T.A.), nesta ordem, tão<br />

próximos que metidamente cheguei a<br />

colocar a roda dianteira de minha motocicleta<br />

entre as duas que iam lado a<br />

lado, absolutamente deitadas, na minha<br />

frente. No segundo anterior, em<br />

quinta marcha, no fim da reta, reduzi<br />

firmemente na entrada para a quarta<br />

e terceira marcha, movimento sincronizado<br />

de câmbio e freios mantendo a<br />

rotação na casa dos 8 mil giros. Com<br />

bastante suavidade, fui inclinando meu<br />

corpo, primeiro para a direita levando<br />

o meu peito e braço direito pra frente,<br />

depois no início da curva, comecei a<br />

deitar, buscando o centro de gravidade,<br />

jogando todo o resto do corpo para<br />

a esquerda, e comecei a contornar o<br />

grande balão, já acelerando de novo<br />

para colocar quarta marcha para a<br />

direita e, finalmente, quinta na saída<br />

Box do Moto Clube Araraquara em Interlagos-SP<br />

distante, uns cinquenta<br />

metros da<br />

curva, que acabávamos<br />

de contornar.<br />

Foi um barulho<br />

ensurdecedor,<br />

ensandecido. Para<br />

quem é amante de<br />

corridas, parecia<br />

uma orquestra totalmente<br />

afinada,<br />

entre movimento<br />

de pêndulos, marchas,<br />

óleo Castrol,<br />

gasolina azul octanada<br />

e sons, bálsamos<br />

para os ouvidos<br />

de amantes da<br />

velocidade. Cada<br />

um de nós, do seu<br />

jeito, tirando tudo<br />

que o motor e espaço<br />

podiam proporcionar.<br />

Descemos<br />

o retão de volta, rumo ao primeiro<br />

balão. Marcha com marcha, roda com<br />

roda, som sobre som, a Suzuki abrindo<br />

um pouco da Marck 1 e em seguida a<br />

Marck 3, um orgasmo imenso, até a entrada<br />

de volta do primeiro balão. Fiquei<br />

por último no resultado, mas penso que<br />

a partir daquele dia, nunca mais fui o<br />

mesmo, me senti um deles, do time, o<br />

caçula, o menos experiente, ali, junto,<br />

vivenciando com meus ídolos o sonho<br />

Penha, Rogério, Edivilmo, Benê, Evaldo Salerno e José Manoel Sampaio<br />

(Pinho), com a moto Yamaha TD2-B (500 Milhas de Interlagos)<br />

de criança. Senti que o mundo que imaginara<br />

pra mim, desde a tenra idade,<br />

quando me deliciava em ver e ouvir as<br />

lambretinhas do Zezé Braghini, e do Gildo<br />

Scarpa, estava tão perto e palpável,<br />

que eu mesmo me dei o status de piloto<br />

(que talvez nunca tenha sido).<br />

Desaceleramos entre as ruas<br />

Gonçalves Dias e Nove de Julho e fomos<br />

embora. Descemos a rua 3, e calmamente<br />

cada um foi para sua casa,<br />

como o sol que também se retirava,<br />

sem qualquer explicação, sem qualquer<br />

comentário. Depois, à noite fomos<br />

no Cine Plaza, depois pra segunda-feira<br />

e, depois para a vida. Passados tantos<br />

anos, ainda grandes amigos e meus<br />

eternos ídolos, acho que ambos não<br />

têm a menor lembrança disso tudo, e<br />

ainda não sabem da importância que o<br />

fato representou para mim, para minha<br />

vida, pro meu futuro, e, principalmente<br />

por terem proporcionado um daqueles<br />

momentos impagáveis, que todos nós<br />

temos e que estão eternizados, dentro<br />

do nosso coração.<br />

Nota: isso foi entre o fim de<br />

1973 e o começo de 1974, eu tinha 16<br />

anos, a Fonte Luminosa não tinha o balão<br />

da Rua 2, a gente podia estacionar<br />

no lado esquerdo tanto indo como vindo<br />

e, éramos muito, mais muito felizes<br />

e nem sabíamos.<br />

53


SEU NOME ESTÁ NA RUA<br />

TEXTO: SAMUEL BRASIL BUENO<br />

DR. FRANCISCO OSWALDO CASTELLUCCI<br />

Chamado como clínico notável<br />

Francisco Oswaldo Castellucci<br />

sempre foi um caprichoso<br />

virginiano, tendo nascido em<br />

Boituva, município de Porto<br />

Feliz, a 4 de setembro de<br />

1920. Seu sobrenome delineia<br />

sua origem italiana, sendo<br />

um dos cinco filhos de Felipe<br />

Castellucci e Pedrina Sartorelli<br />

Castellucci.<br />

Viveu em fazenda toda sua infância,<br />

em companhia dos pais, indo para Tatuí<br />

hospedar-se na casa dos tios para<br />

estudar no Colégio Estadual daquela<br />

localidade.<br />

Optando pela Medicina, foi fazer<br />

seu curso em Curitiba, na hoje Universidade<br />

Federal do Paraná. Tendo sido,<br />

desde jovem, um grande discursador<br />

e entusiasmado líder, participou por<br />

5 anos como um atuante membro da<br />

União Nacional dos Estudantes.<br />

Casou-se com Dona Guiomar Gomes<br />

Nogueira, em 30 de dezembro de<br />

O casal Dr. Francisco Castellucci<br />

e a esposa Guiomar<br />

54<br />

1939, na cidade de Santos, onde exercia<br />

a medicina logo após a sua formatura<br />

e teve com ela três filhos: Ney Ricardo,<br />

Diva Rosely e Francisco Oswaldo os<br />

quais lhes deram netos e bisnetos.<br />

Clinicou com muito brilho em nossa<br />

cidade. Foi um dos fundadores do Hospital<br />

São Paulo e labutou por muitos<br />

anos no Serviço Especial de Saúde de<br />

Araraquara.<br />

Faleceu no dia 11 de junho de<br />

1985, na Beneficência Portuguesa,<br />

antes portanto de completar seus 65<br />

anos de idade, em virtude de pertinaz<br />

enfermidade neurocerebral com graves<br />

sintomas de labirintite que o impediram<br />

de exercer a clínica nos últimos meses<br />

de vida, do que lastimaram seus inúmeros<br />

e agradecidos clientes.<br />

CASTELLUCCI, UM<br />

GRANDE CLÍNICO<br />

O Dr. Castellucci, como era popularmente<br />

chamado, foi um clínico notável,<br />

possuidor de um fantástico tirocínio<br />

diagnóstico e divinamente inspirado<br />

em suas receitas. Tais grandiosos dons,<br />

associados a uma louvada dedicação<br />

aos pacientes, fizeram dele um médico<br />

amado pelos araraquarenses e respeitado<br />

pelos seus colegas que com ele<br />

tiveram a graça de conviver.<br />

Estabelecendo-se num consultório<br />

dotado de modestas instalações, em<br />

sua própria residência ali na Avenida<br />

15 de Novembro, 631, fez do local um<br />

verdadeiro santuário de suas atividades<br />

clínicas onde, com incomparável<br />

dedicação e eficiente zelo, recuperou<br />

a saúde de muitos e salvou inúmeras<br />

vidas.<br />

Nos anos de 1960 e 1961, sua<br />

clientela já era efervescente e enorme,<br />

assim persistindo durante toda a vida<br />

do Dr. Castellucci. Gozava ele da esti-


Da esquerda para a direita, a família: Ney Ricardo, Diva Rosely, Dona Guiomar,<br />

sentado, dr. Castellucci e o filho Francisco Oswaldo<br />

ma, do respeito e do crédito de todo o<br />

povo araraquarense. Naquele tempo,<br />

vigorava a existência do Médico Clínico<br />

Geral, do Médico de Beira-de-Leito. Do<br />

Médico que atendia pacientes em casa,<br />

do Médico-de-Família, amigo e confidente<br />

para todos os fins. Castellucci foi<br />

tudo isso.<br />

Quem passava pela Avenida 15,<br />

nas proximidades de sua casa, se defrontava,<br />

diariamente, com uma fila de<br />

carros-de-praça. Castellucci não tinha<br />

automóvel, de forma que seus inúmeros<br />

clientes mandavam um taxi à porta<br />

dele para esperar a vez. Ele via um paciente<br />

em casa, via um no consultório,<br />

pegava outro taxi, voltava ao consultório<br />

e assim corria seu dia até às 22h,<br />

invariavelmente.<br />

Logo que teve algum dinheiro disponível,<br />

ele não pensou em outra coisa<br />

senão construir um novo consultório,<br />

de frente para a Rua Voluntários da Pátria,<br />

em continuidade com a sua antiga<br />

casa. Ofereceu conforto e funcionalidade<br />

à sua inúmera clientela que dele<br />

jamais se esquecerá, porque Castellucci<br />

foi médico dedicado, um verdadeiro<br />

sacerdote da Medicina, a quem o povo<br />

de Araraquara devota especial homenagem<br />

e se recorda dele com amor<br />

cada vez que lê o nome dele, que está<br />

na Rua.<br />

SEU NOME ESTÁ NA RUA<br />

Através do Decreto n° 5295 de<br />

12/07/1985, a via pública conhecida<br />

por Avenida 04, do loteamento Parque<br />

Residencial Vale do Sol, que tem o seu<br />

início na Rua 01 e o seu término na rua<br />

52, passa a denominar-se Dr. Francisco<br />

Oswaldo Castellucci.<br />

O Posto de<br />

Saúde do Yolanda<br />

Ópice também leva<br />

o seu nome.<br />

Av. Dr. Francisco<br />

Oswaldo Castellucci -<br />

Vale de Sol<br />

55


DECORAÇÃO<br />

Como escolher os<br />

móveis para escritório<br />

É no espaço chamado “escritório” que atividades<br />

profissionais são desenvolvidas.<br />

Seja este um local comercial ou residencial, sua<br />

importância é a mesma: é um local de concentração,<br />

criatividade, produtividade e eficiência.<br />

Pensar e planejar sua decoração exige<br />

atenção a detalhes e alguns conhecimentos<br />

técnicos que permitem criar um ambiente adequado<br />

para o trabalho. O que é importante?<br />

Acima de tudo o escritório deve ser ergonômico:<br />

ter móveis com medidas adequadas, acessórios<br />

que facilitem o apoio de pés e mãos e<br />

ter materiais e acabamentos que protejam a<br />

saúde de quem usa o ambiente.<br />

A estética do escritório também é importante<br />

e vem em segundo lugar: a imagem<br />

transmitida através da decoração reflete a<br />

personalidade de quem usa aquele espaço<br />

56


e no caso das empresas, traduz, através de uma<br />

imagem, os conceitos e a visão empresarial, interferindo<br />

diretamente no rendimento do trabalho<br />

dos funcionários e na credibilidade dos clientes<br />

que instintivamente irão se sentir acolhidos ou não<br />

neste local.<br />

Resumindo, estes são os principais aspectos a<br />

considerar na criação de um escritório:<br />

Conforto Físico (ser ergonômico): deve proteger<br />

a saúde de quem usa seu espaço;<br />

Conforto Psicológico: deve estimular o trabalho,<br />

a produtividade e o bem-estar;<br />

Transmitir corretamente conceitos relacionados a que<br />

se destina: imagem empresarial ou personalidade do usuário<br />

residencial;<br />

Ter o espaço organizado de acordo com as atividades<br />

que serão realizadas dentro dele (mesas para computadores,<br />

mesas para reuniões, trabalho individual ou em equipe, etc).<br />

57


AMBIENTES<br />

Plantas ideais para escritório<br />

Elas são usadas na decoração<br />

e para deixar o ambiente de<br />

trabalho mais alegre mas em<br />

ambientes fechados, merecem<br />

cuidados especiais.<br />

Mini Cacto: Os cactos geralmente dão<br />

pouco trabalho e exigem pouca manutenção.<br />

Os mini cactos podem ficar em vasinhos<br />

decorados e trazem um charme para<br />

a mesa de escritório. Exigem pouca iluminação<br />

solar, bastando estar em um escritório<br />

com boa iluminação. Regue sempre<br />

que perceber que a terra está seca, aproximadamente<br />

a cada 20 ou 30 dias.<br />

Suculenta: esse tipo de planta que armazena<br />

água nas folhas e caules e são semelhantes<br />

aos cactos, exigindo os mesmos<br />

cuidados. Suculentas e cactos podem, até<br />

mesmo, serem plantados juntos. Esse tipo<br />

de planta não tolera muito a luz solar, mas<br />

agradam na decoração de escritórios.<br />

Você pode colocá-la numa xícara ou num<br />

vasinho bonito para deixar a mesa ainda<br />

mais interessante. Um exemplo bem fácil<br />

de ser encontrado é a Echeveria, que tem<br />

um formato parecido com o de uma rosa.<br />

Violeta: é uma das plantas tradicionalmente<br />

mais utilizadas para decoração.<br />

Tem grande variedade de cores e, portanto,<br />

possibilidade de composições bem<br />

diversificado. Deixe-a à exposição de luz<br />

indireta e regue de uma a duas vezes por<br />

semana, sem molhar folhas e flores.<br />

Lírio da Paz: é conhecida principalmente<br />

por trazer harmonia ao ambiente. Mesmo<br />

sem flores, tem uma linda folhagem.<br />

Deve ser mantida à sombra.<br />

Lança de São Jorge: é bem resistente<br />

ao clima de escritório. É preciso regá-la a<br />

cada 15 dias, sem molhar as suas folhas.<br />

Melhora a qualidade do ar à noite e tem<br />

um visual ornamental e tamanhos variados.<br />

Deve ser mantida à sombra.<br />

Pau D’água: também faz parte das plantas<br />

mais resistentes, sobrevivendo bem ao<br />

ar condicionado mais frequente. Não precisa<br />

ficar exposta ao sol, nem ser regada<br />

com muita frequência.<br />

58


TECNOLOGIA E SEGURANÇA<br />

Como contratar uma empresa<br />

de segurança eletrônica<br />

O mercado de segurança eletrônica no<br />

Brasil fatura mais de 5 bilhões por ano<br />

e tem um crescimento médio de 10%, se<br />

tornando um atrativo para investidores<br />

e “aproveitadores”. Infelizmente as leis<br />

do país facilitam a irregularidade e prejudicam<br />

as empresas legais, como todo<br />

mercado, existe os aventureiros que se<br />

aproveitam de um momento do segmento<br />

e depois caem fora, deixando um<br />

lastro negativo em uma fatia do mercado.<br />

Vamos dar algumas sugestões para<br />

você contratar as melhores empresas<br />

de segurança eletrônica evitando muitas<br />

dores de cabeça, pois não adianta<br />

comprar um produto de primeira linha<br />

se a prestação de serviço não estiver à<br />

altura. Na sequência estão relacionados<br />

sete itens para garantir uma boa contratação.<br />

finitiva em segurança eletrônica.<br />

- Idoneidade: Honrar os compromissos<br />

financeiros, pagar os impostos, recolher<br />

os encargos trabalhistas, devem<br />

ser levados em consideração na escolha,<br />

pois isso mostra um compromisso<br />

da organização e dos sócios quanto<br />

cumprir suas obrigações.<br />

- Atendimento: A qualidade do atendimento<br />

não pode ser considerada diferencial,<br />

é uma regra básica, a empresa<br />

que não estiver apta a dar um pronto<br />

atendimento e solucionar os problemas,<br />

deve ser desconsiderada da sua relação<br />

de melhores empresas.<br />

- Capacitação Técnica: Qualificação<br />

Profissional garante a solução rápida<br />

Atendimento<br />

Por: Jefferson Barroso<br />

Gestor de Segurança Eletrônica<br />

contato@jeffersonbarroso.com.br<br />

Inovação e Tecnologia,<br />

a serviço da segurança<br />

e conforto das pessoas.<br />

e precisa, gerando produtividade para<br />

empresa e satisfação para o cliente.<br />

- Estrutura: Localização da empresa,<br />

tecnologias atuais, sistemas de informação<br />

que garantem a qualidade do serviço,<br />

backup de equipamentos, veículos<br />

e pessoal capacitado e em quantidade<br />

adequada para atender melhor o cliente,<br />

leve tudo isso em consideração, antes<br />

de contratar a empresa para instalar<br />

um sistema de segurança em sua casa<br />

ou empresa.<br />

- Experiência: Quanto tempo a empresa<br />

tem no mercado? Claro que quanto<br />

maior Know-How da empresa, mais<br />

adequada e viável será a solução apresentada,<br />

e isso elimina a possiblidade<br />

de contratar um “aventureiro”.<br />

- Produtos de Qualidade: Devido o<br />

avanço da tecnologia, todos os dias<br />

lançam produtos, tentando ser inovadores<br />

ou para baratear seu custo, mas<br />

tanto esse pioneirismo, quanto preço<br />

baixo, podem colocar em risco o bom<br />

funcionamento do sistema. Produtos,<br />

testados, aprovados e validados pelos<br />

controles de qualidades internacionais<br />

são fundamentais para um solução de-<br />

Qualidade<br />

Experiência<br />

Capacitação<br />

técnica<br />

59


DECOR<br />

Decoração com móveis rústicos<br />

Muitas vezes os móveis planejados e feitos sob<br />

medida deixam os ambientes de uma casa sem<br />

tanto estilo e personalidade. Se você também<br />

se cansa de ter apenas móveis tipo “padrão” e<br />

enjoou um pouco do MDF na sua decoração, a<br />

solução pode vir dos móveis rústicos.<br />

60


Os móveis de madeira mais pesados deixam<br />

os cômodos charmosos e requintados. Saber<br />

combinar essas peças com outras de estilo mais<br />

moderno e atual é o segredo.<br />

Móveis rústicos vão bem por toda a casa. Podem<br />

ser usados em cozinhas, salas, banheiros e<br />

quartos. Basta balancear com outros materiais<br />

e elementos mais leves para ter um resultado<br />

super positivo. Mas se a casa for estilo “cabana”<br />

de campo, vale abusar da madeira também nas<br />

vigas, teto, paredes e no chão. A decoração fica<br />

temática e linda.<br />

Outra dica é mesclar as cores. Como o tom da<br />

madeira já é naturalmente mais escuro, procure<br />

escolher cores mais claras para sofás, cortinas,<br />

roupas de cama e peças decorativas. Peças<br />

coloridas espalhadas pelos ambientes também<br />

dão um toque todo especial.<br />

A PARTE MAIS FORTE<br />

DA SUA CONSTRUÇÃO<br />

COLUNAS VIGAS CORTE SAPATAS TELAS PREGOS<br />

VERGALHÕES<br />

IMPERMEABILIZANTES<br />

DOBRA<br />

ARAMES<br />

ACEITAMOS OS CARTÕES<br />

CONSTRUCARD<br />

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61<br />

Av. Rômulo Lupo, 155 | Araraquara/SP


TEMPORADA<br />

Cuidados com a piscina na chuva<br />

O ciclo das chuvas é o que<br />

costuma dar mais trabalho,<br />

pois nessa fase a proliferação<br />

de algas, os famosos lodos,<br />

são as maiores.<br />

Isso acontece porque faltam produtos<br />

preventivos especificamente para<br />

as algas, a algicida. “Nessa temporada,<br />

devemos usar os produtos característicos,<br />

são peculiares os cuidados<br />

pois as algas podem trazer danos à<br />

saúde.” informa o piscineiro Antônio<br />

Luiz. “O pH também é alterado, ou<br />

seja, mais cuidado, mais tratamento.<br />

Aí devemos partir para um tratamento<br />

de choque e depois colocar os produtos<br />

químicos necessários”<br />

Algas causam danos pois na verdade<br />

propiciam a prosperidade para<br />

bactérias procriarem, a partir disso<br />

podem causar doenças na pele e in-<br />

fecções graves. Fatores de chuva e<br />

vento levam para dentro da piscina<br />

os microorganismos. Algas verdes são<br />

fáceis de eliminar com escovação, porém<br />

se espalham rapidamente. Algas<br />

amarelas também de fácil propagação,<br />

não costumam sair tão fácil com<br />

escovação. Em ambos os casos, apesar<br />

da limpeza que pode e deve ser feita,<br />

não dispense os produtos químicos<br />

para total remoção.<br />

Ainda existem as algas rosas, que<br />

são fungos de substância espumosa<br />

sob a água que consegue ser facilmente<br />

removida e eliminada. A mais<br />

temida é a alga preta. Praticamente se<br />

funda pela piscina e tem remoção bastante<br />

difícil. Com crescimento gradual,<br />

que permeia toda piscina em pequenos<br />

círculos com pontos escuros, ela<br />

pode retornar várias vezes e cobrir de<br />

vez toda piscina.<br />

Então o tom esverdeado já é sinal de<br />

preocupação. “Os índices de pH, cloro<br />

e alcalinidade estarão fora do que é recomendado,<br />

com toda certeza” informa<br />

Luiz Antônio. Por usar mais produtos e<br />

formar uma verdadeira bagunça em<br />

todos os quesitos que deveriam estar<br />

em ordem, a limpeza deve ser feita<br />

com mais rigor, assim, evitaria além da<br />

compra dos produtos para eliminar as<br />

algas, recompor todos os quesitos já citados<br />

em pleno período de férias.<br />

Por se tratar de baixas temperaturas<br />

na época das chuvas, onde as algas se<br />

reproduzem menos, este não pode ser o<br />

motivo da piscina ser deixada de lado.<br />

“É justamente o que irrita quem possui<br />

piscina, parar com o uso no ciclo de<br />

chuvas e ser surpreendido com a sujeira<br />

que as algas provocam. Acham que<br />

por não utilizarem, não devem fazer a<br />

manutenção. Mas como se trata de saúde<br />

e recreação, requer preocupação”<br />

explica.<br />

62


SOB M<strong>ED</strong>IDA<br />

Móveis planejados<br />

sob medida<br />

Feitos e montados sob medida<br />

para casas, apartamentos ou comércios,<br />

os móveis planejados têm sido<br />

cada vez mais comuns nos imóveis<br />

para revenda e locação. Para o proprietário,<br />

esse tipo de mobília pode<br />

trazer uma valorização de até R$ 30<br />

mil na negociação, no caso de venda,<br />

além de aumentar as chances de<br />

encontrar um comprador ou locador.<br />

“Se eu tenho um imóvel com móveis<br />

planejados e outro sem nada e<br />

a diferença de preço não for muito<br />

grande, o cliente vai optar pelo que<br />

já vem mobiliado”. E, embora cause<br />

um aumento no preço do imóvel, esse<br />

tipo de venda já com a mobília pode<br />

ser vantajosa também para o cliente,<br />

pois ele não vai ter que se preocupar<br />

com a escolha dos móveis depois. “É<br />

um custo que pode ser pago antes,<br />

mas traz o benefício e a comodidade<br />

de ter o imóvel já pronto pra morar.<br />

A mobília planejada é um ponto<br />

favorável na negociação, já que o<br />

cliente “tem mais facilidade de se ver<br />

dentro do imóvel”. Esse tipo de adicional<br />

é mais comum nos apartamentos<br />

novos da cidade e existem, também,<br />

construtoras que oferecem o serviço já<br />

na compra do imóvel.<br />

Os proprietários que adquirem<br />

móveis fixos, que permanecem no<br />

imóvel, também pagam valor menor<br />

do Imposto Sobre o Ganho de Capital,<br />

no momento da venda. A mudança no<br />

entendimento da Receita Federal sobre<br />

a venda de imóveis, considerou que a<br />

margem de lucro na negociação foi<br />

menor e como consequência, o valor<br />

recolhido do imposto será proporcional.<br />

Esse tipo de imposto incide em<br />

15% sobre o lucro que o contribuinte<br />

tem ao vender um imóvel.<br />

63


ESTILO<br />

Decoração com móveis retrô:<br />

uma eterna tendência<br />

Se você era daqueles que fazia pouco caso<br />

desse tipo de mobília, é melhor repensar,<br />

pois só terá a ganhar: um belo lar e de<br />

muito bom gosto!<br />

Já pensou em dar<br />

um ar mais alegre<br />

à sua cozinha? Os<br />

móveis são perfeitos!<br />

Por terem um<br />

design diferenciado,<br />

eles permitem<br />

obter efeitos bem<br />

distintos, mas todos<br />

muito charmosos<br />

e o destaque é a<br />

geladeira modelo<br />

retrô. Os armários<br />

e as tradicionais<br />

cristaleiras são<br />

excelentes, ainda<br />

mais, se forem em<br />

cores mais ousadas,<br />

como amarelo,<br />

vermelho ou turquesa. Para deixar<br />

o ambiente mais divertido e<br />

moderno, uma boa alternativa é dar<br />

preferência aos eletrodomésticos<br />

coloridos. Cortina estampada ou<br />

persiana em tom mais vibrante dará<br />

aquele toque.<br />

64


65


CUIDADOS<br />

Manutenção com o pisos e decks de madeira<br />

Os pisos e os decks de<br />

madeira costumam ter uma<br />

ótima durabilidade, porém,<br />

para que estejam sempre em<br />

bom estado, alguns cuidados<br />

devem ser tomados desde a<br />

sua instalação.<br />

O principal item é determinar o<br />

local de instalação. Para os decks de<br />

madeira, é aconselhável observar se<br />

por baixo do piso há condições favoráveis<br />

para o escoamento da água das<br />

chuvas; isso pode ser resolvido com<br />

caimento e ralo ou mesmo com um<br />

solo permeável.<br />

A área em volta das piscinas e dos<br />

ofurôs precisa de um piso que, além<br />

de bonito, seja antiderrapante e tenha<br />

boa resistência à umidade e à insolação.<br />

No mesmo local, é indicado o uso<br />

de madeiras nobres, previamente tratadas,<br />

resistentes a cupins e ao apodrecimento,<br />

como é o caso do ipê e<br />

da itaúba. Outra opção são os novos<br />

revestimentos: o porcelanato e o piso<br />

cimentício – que procuram imitar a<br />

madeira – e o plástico, feitos a partir<br />

de materiais reciclados.<br />

Na instalação, lembre-se de deixar<br />

o espaçamento necessário entre<br />

as placas para dilatação, evitando as<br />

fissuras e as tábuas empenadas. Essa<br />

regra vale para os pisos internos e externos.<br />

Os decks de madeira, sempre expostos<br />

às ações do tempo, devem ser<br />

revestidos com verniz naval – responsável<br />

por protegê-los dos raios solares.<br />

A cada 6 meses, é necessário fazer<br />

a raspagem do produto e uma nova<br />

aplicação do verniz. Essa dica fará<br />

com que o seu piso dure em média 10<br />

anos em bom estado.<br />

O piso de madeira para ambiente<br />

interno deve receber a mesma manutenção<br />

que o deck. A diferença é o verniz<br />

utilizado: deve ser à base de água<br />

e sua raspagem pode ser feita uma vez<br />

ao ano.<br />

DICAS DO QUE NÃO FAZER<br />

- Não encere um assoalho de madeira<br />

com acabamento em poliuretano.<br />

- Não passe produtos de limpeza que<br />

deixem um filme ou resíduo.<br />

- Não use limpadores de amônia ou<br />

sabonetes de óleo, pois afetam a sua<br />

capacidade de recobrir mais tarde.<br />

- Não utilize esponjas ou palha de<br />

ação. Prefira um limpador de chão<br />

de madeira profissional para remover<br />

arranhões e marcas de sapato ocasionais.<br />

- Não limpe o chão com um pano excessivamente<br />

úmido (a madeira naturalmente<br />

se expande quando é molhada<br />

em demasia).<br />

66


MÚSICA<br />

O rock tem casa, sim!<br />

Pub 13 larga na frente em Araraquara e abre espaço para o<br />

estilo com duas noites de shows semanais<br />

O bom e velho rock’n’roll tem seu<br />

lugar cativo nas noites araraquarenses.<br />

Com uma estrutura diferenciada e<br />

atrações variadas, o Pub 13 consolida<br />

seu nome como uma das poucas casas<br />

na Região a ter uma programação<br />

voltada para o estilo, com shows em<br />

dois dias da semana, sempre as quintas<br />

e sábados.<br />

Por aquele palco, diversas bandas<br />

da cidade já mostraram seu trabalho,<br />

assim como músicos do Brasil todo.<br />

Nos intervalos, um DJ residente e outros<br />

convidados sempre animam a noite<br />

tocando clássicos do gênero.<br />

E para completar o pacote, um<br />

cardápio diferenciado reúne chopes<br />

artesanais, uma vasta carta de rótulos<br />

de cervejas, lanches saborosos e<br />

porções fartas.<br />

Para Adriano Daltrini, proprietário<br />

do local, outro diferencial do Pub 13<br />

é o seu atendimento jovial e dinâmico,<br />

em um ambiente familiar e extremamente<br />

pensado para quem quer<br />

curtir um rock’n’roll. Vale dizer que a<br />

censura do espaço é para maiores de<br />

21 anos. “Inclusive, quero convidar as<br />

bandas da cidade interessadas em<br />

se apresentar por aqui a mostrarem<br />

material para o nosso produtor, o Caio<br />

Cássio”, finaliza<br />

João Barone (esquerda) e Bi Ribeiro (direita), ambos da banda Paralamas do Sucesso, curtem o<br />

Pub 13 com Beto Neves (ao centro), líder da Beatles Again<br />

Carlos Oliveira, guitarrista da banda Dead or<br />

Alive, tocou no ‘Pub’ em julho deste ano<br />

‘EU APROVO!’<br />

Carlos Oliveira, guitarrista da banda<br />

Dead or Alive, conta que ficou<br />

impressionado com o bom gosto do local.<br />

Ele tocou apenas uma vez por lá,<br />

em julho deste ano, e já aguarda uma<br />

nova oportunidade. “Curti bastante do<br />

ambiente. Araraquara é um balaio de<br />

ótimas bandas de rock e temos um público<br />

fiel, que procura oportunidades<br />

de qualidade, tanto para quem está<br />

no palco, quanto para quem está fora<br />

dele”, conta.<br />

A cozinheira Maria Mendes é de<br />

Matão, porém sempre vem para Araraquara<br />

curtir as atrações do Pub 13.<br />

“Conheci o lugar em um show da Super<br />

Over e, partir daí, o coloquei no meu<br />

hall de opções, quando quero sair e<br />

curtir um som”, finaliza.<br />

67


COLUNA<br />

ESPORTE É AVENTURA<br />

CORRENDO<br />

e superando<br />

seus limites<br />

Todos que praticam corrida estão<br />

desafiando constantemente seus<br />

limites e buscando percorrer distâncias<br />

maiores. Mas é necessário muita<br />

disciplina, orientação profissional<br />

e paciência, pois os resultados não<br />

aparecem de uma hora para outra.<br />

A orientação profissional é um fator<br />

determinante, já que cada caso é<br />

um caso, havendo dificuldades, objetivos,<br />

rotinas e hábitos que devem<br />

ser analisados e tratados individualmente.<br />

O fortalecimento específico<br />

também é fator fundamental para<br />

a prevenção de lesões, ajudando<br />

também fortemente no condicionamento<br />

físico. Os treinos orientados<br />

são indispensáveis, a alimentação<br />

deve ser regrada e o fortalecimento<br />

deve ser constante, até para atletas<br />

de alto nível. A corrida é algo sensacional<br />

que vem ganhando muitos<br />

adeptos a cada dia.<br />

A atividade da corrida é uma<br />

constante superação de limites, o<br />

atleta está sempre sofrendo as influências<br />

do meio onde está praticando<br />

a atividade: subidas, descidas,<br />

terrenos acidentados, objetos<br />

que atrapalham o percurso ou fazem<br />

parte dele, e o principal obstáculo<br />

em provas de longa duração<br />

que é a mente do atleta. Por isso<br />

a corrida necessita de treinamento<br />

físico e mental para atingir os objetivos<br />

e cruzar a linha de chegada<br />

como um vencedor!<br />

Para atingir ótimos resultados,<br />

um acompanhamento profissional<br />

de qualidade e específico para o<br />

objetivo do corredor é indispensável,<br />

tendo com base os treinamentos<br />

68<br />

Carlinhos Tavares<br />

Absolute Fit | 16 3114.8664<br />

aeróbios específicos e o fortalecimento<br />

muscular para dar o aporte físico<br />

que a atividade necessita. Sem esse<br />

acompanhamento o atleta pode não<br />

atingir seu potencial total e está sujeito<br />

às lesões provenientes da prática<br />

esportiva.<br />

Dentro do universo das corridas é<br />

de grande importância a definição da<br />

quilometragem, ou da prova objetivo.<br />

Uma vez decidido este objetivo, que<br />

serve como pontapé inicial para outros<br />

mais desafiadores, a definição de<br />

estratégias para alcançá-lo torna-se<br />

muito mais fácil e estabelece-se o planejamento<br />

para a meta que pode se<br />

realizar a prova em um determinado<br />

tempo ou simplesmente completá-la.<br />

A corrida é uma atividade extremamente<br />

prazerosa e todo praticante<br />

sempre quer ir mais longe nos seus<br />

objetivos. Uma vez que se inicia nesse<br />

mundo dos atletas de quilometragem,<br />

o que se procura é sempre o próximo<br />

km.<br />

E para dar o suporte para esse objetivo,<br />

a Absolute Fit possui um programa<br />

de treinamento voltado para<br />

você atingir seus objetivos orientado<br />

por profissionais extremamente capacitados<br />

e uma metodologia exclusiva<br />

de trabalho.<br />

Para saber mais, como dicas de<br />

treino, etc., curta nossa página no<br />

Facebook (www.facebook.com/absolutefit).<br />

Neste canal, você leitor poderá<br />

interagir, compartilhar fotos e fazer<br />

perguntas.


VIP<br />

VIDA SOCIAL por Maribel Santos<br />

Chá beneficente<br />

Ocorreu no dia 20 de outubro, no salão<br />

de festas da igreja Nossa Senhora das<br />

Graças, mais uma edição do tradicional<br />

chá beneficente, organizado pelo grupo<br />

Mãos Generosas. Fundado há quarenta<br />

e sete anos por Odete Frem e Lenora<br />

Barbieri, hoje presidido por Marlene<br />

Bittencourt, conta com quarenta e<br />

uma voluntárias, que se reúnem duas<br />

vezes por semana, de segunda-feira e<br />

quarta-feira, das 14h às 17h. Dentre as<br />

atividades do grupo, está a fabricação<br />

de enxovais para recém-nascidos, que<br />

são doados para mães carentes. Um<br />

trabalho lindo que merece<br />

ser divulgado!<br />

A presidente do Fundo Social de<br />

Solidariedade de Araraquara,<br />

Maria Helena Rolfsen Moda<br />

Francisco Barbieri, a Zi Barbieri,<br />

com a presidente do grupo Mãos<br />

Generosas, Marlene Bittencourt<br />

Norma Azzem Rossi Regina Gatti Bia Farah Semeghini<br />

Maria do Carmo Scabello de Oliveira<br />

e Ana Maria Coan<br />

Isabel Corbi e Jane Lorenzeti<br />

69


Chegou a Dermy Clinic<br />

Larissa Paro e sua amiga e sócia Lucineia<br />

Pessoa inauguraram com um coquetel<br />

caprichado no dia 11 de outubro, a Dermy<br />

Clinic. Um espaço de muito bom gosto,<br />

atendimento diferenciado, com profissionais<br />

qualificados, a clínica chega inovando na<br />

área da estética.<br />

Valéria Kelly Rodrigues e Cristiano Lira<br />

prestigiaram o agradável coquetel da<br />

nova clínica, especializada em<br />

Dermopigmentação Estética e Paramédica<br />

A empresária Miriam Carvalho, com sua<br />

sobrinha Larissa Paro, profissional renomada<br />

na área da estética em nossa cidade<br />

O casal Jericó, Haroldo e Natália Frontarolli<br />

prestigiou a inauguração e levou para casa<br />

um exemplar da edição de outubro da nossa<br />

revista, que foi entregue aos convidados<br />

A consultora de vendas da Dermy Clinic,<br />

Silmara Andreacci, brindando o sucesso<br />

deste seu novo trabalho<br />

Kelen Cristina da Silva é uma das clientes top<br />

de Larissa Paro e fez questão de prestigiar a<br />

inauguração<br />

Vanessa Cristina Estevam Lima foi cumprimentar<br />

a amiga Lu Pessoa, pela inauguração da Dermy<br />

Clinic<br />

70


Lançamento no Palacete<br />

O querido escritor araraquarense Ignácio de Loyola Brandão, lançou seu<br />

mais novo fruto literário, “Se for pra chorar que seja de alegria”, no dia 25<br />

de outubro no Palacete das Rosas A.C. Silva. Amigos, familiares e autoridades<br />

estiveram prestigiando o autor, e, diga-se de passagem, o lançamento em<br />

sua terra natal tem outro sabor.<br />

A noite foi para lá de especial...<br />

Ignácio de Loyola Brandão<br />

com Beatriz Nigro Falcoski<br />

Maria Júlia Valdo Mascaro e Jorge Okada<br />

Maria Prada e Paulo Sérgio Chediek<br />

71


VITRINE<br />

Pedro Piva Júnior com sua esposa Sônia<br />

durante visita à Holambra<br />

Alceu Patricio de Almeida Santos, em<br />

recente viagem internacional, voltou<br />

contando as transformações do velho<br />

mundo<br />

Carlos Kawakami que faz parte do corpo diretório<br />

do Sindicato do SinHoRes<br />

Bruno Naddeo, Eduardo Carvalho, Aura<br />

Rosa, Lucas Naddeo, Fernanda Franco,<br />

Bruno Zampieri, Guilherme Veloso e Rafaela<br />

Oliveira, equipe da ComTexto que atende o<br />

Palomax e o Maxfácil.<br />

José Carlos Cardozo (SinHoRes) com seu<br />

irmão José Roberto Cardozo (Clube 27 de<br />

Outubro) e sua cunhada Maria do Carmo<br />

Jorge Bedran e Fábio Toller Furtado<br />

Patrícia Gallo e Marco Aurélio Parente<br />

Marina Amaral e Patrícia Peixoto Corbi<br />

72<br />

Anna Cinthia Cruz e Alexandre Alvares Cruz


ANIVERSÁRIOS<br />

<strong>NOVEMBRO</strong>|<strong>2016</strong><br />

A diretoria do SINCOMERCIO cumprimenta todos os aniversariantes<br />

DATA<br />

NOME<br />

EMPRESA<br />

DATA<br />

NOME<br />

EMPRESA<br />

01/11<br />

02/11<br />

02/11<br />

02/11<br />

04/11<br />

05/11<br />

05/11<br />

07/11<br />

07/11<br />

10/11<br />

10/11<br />

11/11<br />

12/11<br />

12/11<br />

12/11<br />

12/11<br />

13/11<br />

14/11<br />

14/11<br />

Maria Aparecida Vargas Faria<br />

José Pena<br />

Luzia da Glória Carbone Abud<br />

Valdecir Corrêa<br />

Paulo Izildo Pilon<br />

Camilla de Souza Penha Fiel<br />

Estevan Augusto Barros Arruda<br />

Luiz Carlos Françoso<br />

Wanderley Camilo de Figueiredo<br />

Carmen Aparecida Silva<br />

Fábio Rosseto Janusckiewicz<br />

Edson Luis Corrêa<br />

Ione Gomes Fragnan<br />

Manoel Floriano da Silva<br />

Matheus Palhares Viana<br />

Michelli Marry Regolao<br />

Yole Alves Negrão Haddad<br />

Cristina Hiromi Hamada Miyai<br />

Patricia Ferreira Santana<br />

Casa da Cozinha<br />

Vestylle Mega Store<br />

Acessorium<br />

Apollo Materiais p/ Construção<br />

Jopasa<br />

Helibombas<br />

Bem Viver<br />

Gráfica Benê<br />

Tulipa<br />

Charanguinha<br />

Hi Tec Eletrônica<br />

Apollo Materiais p/ Construção<br />

Auto Peças Vilavel<br />

Charanguinha<br />

Realvi<br />

Móveis Estrela<br />

Lajes Treliçadas Duraleve<br />

Big Real<br />

Lanchonete Tuti Frutti<br />

15/11<br />

16/11<br />

19/11<br />

21/11<br />

21/11<br />

21/11<br />

21/11<br />

22/11<br />

24/11<br />

27/11<br />

29/11<br />

30/11<br />

Carlos Alberto Haddad<br />

Rodolpho Sotrati<br />

Maria Conceição B. dos Santos<br />

Geni Helena Ribeiro Camargo<br />

Ingred Cristina Leite Marchesi<br />

Nadir Maria M. Cavaleti<br />

Renato Torres Augusto Junior<br />

Ali Zaher<br />

Sonia Raquel Murakami<br />

Erickson Apolinário da Silva<br />

Kleber José Parra Alves<br />

David Salomão Batista Borges<br />

Hdz Imóveis<br />

Castelinho Materiais p/ Construção<br />

Maquifísica<br />

Lojas Certeza<br />

Xinelo e Cia<br />

Auto Eletro São Domingos<br />

A.G.R. Materiais p/ Construção<br />

Objetivo/Objetivo Junior/COC Maternal<br />

Depósito Caçula<br />

EMUS - Espaço Musical Interativo<br />

Tutti Frutti<br />

Shalom Adonai Moda Fem. e Evangélica<br />

73


Luís Carlos<br />

B<strong>ED</strong>RAN<br />

Sociólogo e articulista da Revista Comércio,<br />

Indústria e Agronegócio de Araraquara<br />

A namorada polonesa<br />

Conheci uma jovem que nasceu<br />

logo depois da Segunda Grande<br />

Guerra na Polônia, numa cidade que<br />

não era Varsóvia, a capital. Não sei se<br />

em Lödz ou Cracóvia ou numa outra<br />

pequena cidade qualquer do interior,<br />

de nome esquisito, complicado, nem<br />

me lembro mais, faz tanto tempo.<br />

Aliás, nem mesmo consigo recordarme<br />

de seu difícil nome; mui vagamente<br />

de seu rosto, numa foto 3 x 4:<br />

um tanto rechonchudo e muito branco,<br />

como parecem ser as polonesas. Fico<br />

na dúvida agora se essa lembrança<br />

não é fruto de mera imaginação.<br />

Conheci-a através do Pen Clube,<br />

uma antiga organização internacional<br />

que facilitava e mediava a troca<br />

de correspondências, entre jovens<br />

de ambos os sexos, dos mais diversos<br />

países; uma espécie de Facebook<br />

atual, bem primitivo, claro.<br />

Recebi uma carta dela, talvez em<br />

inglês, a língua universal. Devo-lhe<br />

também ter mandado a minha resposta.<br />

E ficou por aí mesmo. Não<br />

houve mais troca de correspondências,<br />

talvez para dar início a um possível<br />

namoro a distância, coisa de<br />

adolescente. Platônico, certamente.<br />

Nunca mais encontrei a carta;<br />

perdi a foto. De vez em quando, a<br />

rememorar o passado, recordo-me<br />

daquela moça que também teria se<br />

interessado em conhecer um jovem<br />

brasileiro, da distante América. O<br />

que teria lhe acontecido? Se ainda<br />

estiver viva, talvez tenha se casado,<br />

possivelmente mãe de vários filhos<br />

e avó de muitos netos. Um mistério<br />

que jamais será desvendado.<br />

Mas o fato é que, depois disso,<br />

por curiosidade, nunca mais deixei<br />

de pensar na Polônia, incrustado<br />

pelo lado oriental, na época, pelos<br />

países pertencentes à União<br />

das Repúblicas Socialistas Soviéticas,<br />

Ucrânia e Tchecoslováquia, e<br />

pelo lado ocidental pela Alemanha.<br />

Atacado inicialmente pelos nazistas<br />

de Hitler e depois pelos comunistas<br />

da URSS, o povo polonês foi<br />

um dos que mais sofreram na Segunda<br />

Guerra. Milhares e milhares<br />

de heróis combatentes poloneses<br />

foram massacrados e dizimados<br />

pelas tropas nazistas, fortemente<br />

armadas, em combates de forças<br />

desiguais, como modernos blindados<br />

contra cavalos. Um país que foi<br />

palco de campos de concentração,<br />

como Auschwitz, de triste memória.<br />

Basta relembrar a tragédia do gueto<br />

de Varsóvia, onde milhares de judeus<br />

lá confinados foram mortos.<br />

Interessante é que estes não eram<br />

queridos, mas apenas tolerados<br />

naquele país, de formação profundamente<br />

católica.<br />

Polônia, onde nasceram personalidades<br />

famosas, como o presidente o<br />

pianista e compositor Paderewsky e o<br />

também músico e compositor, Chopin;<br />

o grande escritor britânico de origem<br />

polonesa, Joseph Conrad; o papa<br />

João Paulo II; o operário, fundador do<br />

Partido Solidariedade, Lech Walesa,<br />

entre outros, pessoas representativas<br />

que formaram o pensamento europeu<br />

e que ainda hoje passa por profundas<br />

transformações políticas, embora faça<br />

parte da União Europeia.<br />

74<br />

Também não podemos deixar de<br />

recordar o escritor e jornalista — e<br />

que participou da resistência contra<br />

os nazistas — Andrzej Szczypiorski<br />

que relatou em seu livro “A Bela Senhora<br />

Seidenman”, as dificuldades<br />

por que passou aquele país com a<br />

redemocratização do pós-guerra; o<br />

antigo escritor, Jan Potocki, do estranho<br />

“Manuscrito Encontrado em<br />

Zaragoza”; Henrik Sienkiewicz, do<br />

conhecido “Quo Vadis?”, que até<br />

foi objeto de filme; o cineasta Andrzej<br />

Wajda, recentemente falecido,<br />

além do atuante Roman Polansky,<br />

de origem polaca, intelectuais que<br />

honraram e honram aquela nação.<br />

E então, ao longo dos anos, tudo<br />

por causa daquela namorada virtual,<br />

continuei a me interessar vivamente<br />

pelo povo polonês. De vez em<br />

quando ainda fico a imaginar como<br />

ela deve ter sofrido com a miséria<br />

do pós-guerra, com as dificuldades<br />

pelas quais ela passou naquele<br />

país pressionado por aquelas duas<br />

grandes potências bélicas, tal como<br />

relatado recentemente pelo jornalista<br />

e historiador inglês Max Hastings,<br />

em seu livro “Inferno – O mundo em<br />

guerra 1939-1945”.<br />

E quando nós nos queixamos<br />

dos nossos problemas, não poderia<br />

deixar de compará-los com aqueles<br />

por que já passaram os países que<br />

sofreram com as duas guerras mundiais,<br />

como a Polônia, insignificantes<br />

perto deles.<br />

A curiosidade, porém, ainda permanece:<br />

o que teria acontecido com<br />

a minha namorada polonesa?


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