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RCIA - ED. 136 - NOVEMBRO 2016

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AJUDANDO O PRÓXIMO<br />

Força, fé e solidariedade<br />

Estes são os pilares que<br />

sustentam a vida da<br />

araraquarense Elisângela<br />

Cristina Mendes da Silva, que<br />

cuida, em sua casa, de três<br />

pessoas portadoras de doença<br />

rara; grupo ‘Amigos da Fé’<br />

promove ações solidárias para<br />

ajudar a família.<br />

‘Deus foi e sempre será bom para<br />

minha família’. É desta maneira que a<br />

araraquarense Elisângela Cristina Mendes<br />

da Silva, de 39 anos, busca forças<br />

para superar um problema de saúde<br />

que, há muitos anos, bateu à porta de<br />

sua casa.<br />

É que seu marido, Jeryel Munhoz<br />

Valante Júnior (41) e seus filhos,<br />

Jeryelen Munhoz Valante (15) e Isaac<br />

Munhoz Valante (1), são portadores da<br />

osteopsatirose, doença rara conhecida<br />

como ‘ossos de vidro’.<br />

Tal anomalia afeta diretamente a<br />

produção do colágeno, proteína essencial<br />

para o corpo humano. Sua ausência<br />

deixa os ossos frágeis e sensíveis.<br />

Assim, eles podem quebrar em virtude<br />

de um movimento qualquer. A doença<br />

não é letal, tem tratamento paliativo,<br />

O grupo Amigos da Fé tem cinco anos de existência e conta hoje com 17 voluntários<br />

porém seu quadro é irreversível.<br />

Logo, dentro de casa, o repouso e<br />

o cuidado para evitar quedas e acidentes<br />

são algumas das atitudes preventivas<br />

para diminuir os riscos de lesões,<br />

afinal, quando há alguma fratura, o<br />

gesso e ‘a cama’ são os principais tratamentos.<br />

Nessa tarefa, Elisângela<br />

tem a companhia<br />

de sua outra filha, Jeryhane<br />

Valante, de 14. Ambas são<br />

saudáveis.<br />

“Claro que temos<br />

muitas dificuldades em<br />

nossa rotina, porém sempre<br />

procuramos meios para<br />

tentar sobreviver a tudo<br />

isso. Eu faço artesanato,<br />

mas no momento estou<br />

apenas me dedicando a<br />

eles. Minha filha e eu fazemos<br />

tudo”, conta.<br />

E boa parte do dinheiro é gasto com<br />

viagens a Ribeirão Preto, onde Isaac e<br />

Jeryel realizam consultas no Hospital<br />

das Clínicas. Lá, ele é tratado com um<br />

medicamento chamado pamidronato.<br />

Os irmãos também fazem fisioterapia<br />

na Universidade Paulista (Unip) de Araraquara.<br />

Mas será que mesmo após o diagnóstico<br />

de Jeryelen, o medo de ter<br />

mais um filho doente falou mais alto na<br />

vida de Elisângela e Jeryel? Sim e não.<br />

Segundo ela, a outra gestação foi por<br />

acidente e, de acordo com uma previsão<br />

médica, as chances eram de 50%.<br />

“Depois que soubemos que a<br />

Jeryelen e o Isaac eram portadores da<br />

osteopsatirose, não tínhamos mais o<br />

que fazer. Eles já estavam dentro de<br />

mim e jamais os tiraria. Acredito em<br />

Deus e sei que nele vou buscar forças<br />

para alimentar nossa batalha”, finaliza.<br />

Cândida Alier, formadora do grupo,<br />

ao lado do marido, Aislan Serpa<br />

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