RCIA - ED. 136 - NOVEMBRO 2016
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MEMÓRIA<br />
Campeonato brasileiro de 1974 - Interlagos, com a equipe araraquarense: Penha (90), Neto (91), Baiano Faito (92), Benê (78)<br />
Belas tardes de domingo...<br />
Quantas alegrias!<br />
Era a alegria das tardes<br />
de domingo, os encontros<br />
marcados na Bento de Abreu,<br />
com o barulho dos motores<br />
de máquinas possantes e dos<br />
carrões. Boas lembranças<br />
de um tempo em que todos<br />
se reuniam para o famoso<br />
“footing”.<br />
Era um domingo à tarde, estávamos<br />
todos - como fez uma geração inteira de<br />
jovens - passeando na Bento de Abreu,<br />
Fonte Luminosa, o bairro mais chique<br />
de Araraquara, cortado por duas lindas<br />
e arborizadas alamedas. Se você quisesse<br />
encontrar alguém desta cidade,<br />
no fim de semana, era só ficar um pouco<br />
estacionado na frente no primeiro<br />
balão e, certamente, se ela também<br />
desejasse o mesmo, não tenha dúvida,<br />
acabavam se vendo. Por isso, tudo<br />
acontecia naquele local, era o ponto de<br />
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paquera, de "footing", de movimento e<br />
de ostentação. Carros, carrões, gente<br />
de toda classe social, jovens, enfim,<br />
adrenalina mil. Meu grupo andava de<br />
motocicleta e estacionava, estacionava<br />
e depois andava. Mas, o certo é que<br />
passávamos a tarde do domingo inteiro<br />
ali, fazendo nada, ou melhor, vivendo<br />
a plenitude da idade. De vez em quando<br />
saía um racha e era um espetáculo,<br />
pura emoção, tinha de tudo, gente<br />
que tocava pra caramba, gente louca<br />
e gente louca que também tocava pra<br />
caramba: Manolo (Emanoel Toledo de<br />
Lima), Adolphinho Segnini, Murilo Rodolfo<br />
Penteado Leonard, Paulinho Ciborg,<br />
Paulinho Ferramenta, Reinaldo<br />
Smirne, Manolo Bucho, Dario Pires, Antonio<br />
Carlos Selvino, Camilinho Dinucci,<br />
Zinho Cefally, Valter Merlos, Eduardo<br />
Silva, Paulo Pecin, Bianchini, Carlinhos<br />
fotógrafo, Vanderlei Cavalari, Luis Carlos<br />
Gonçalves, Toninho Das Dornas,<br />
Berto da funerária, entre outros. Tinha<br />
também o pessoal do Moto Clube Araraquara,<br />
Equipe oficial de competição,<br />
que na oportunidade era composta,<br />
dentre outros, por Olympio Bernardes<br />
Ferreira Neto, Pinho (Jose Manoel Sampaio),<br />
Zé Faito, Diogo Martinez, Zé Duvilio,<br />
Adolpho Tedeschi, Negão, Edivilmo<br />
Queiroz, e que de vez em quando, com<br />
a possível margem de segurança do local,<br />
também entravam no divertimento.<br />
Num final de domingo destes quando o<br />
sol já caía, por volta das 17hs participei<br />
de um, que não era o meu primeiro,<br />
mas foi sem dúvida, o mais importante<br />
da minha vida. Com minha Ducati MarcK<br />
3, 250cc, junto com Evaldo Salerno<br />
(Nezinho), meu ídolo maior, que pilotava<br />
uma Suzuki 500cc 2 tempos e Celso<br />
Martinez (Baiano Faito), a referência<br />
de todo o meu mundo da motocicleta<br />
e que tocava uma Ducati Marck 1,<br />
250cc, preparada para as corridas do<br />
saudoso Victorinho Barbugli, fomos pro<br />
pau. Eles, dois extraordinários pilotos,<br />
com experiência de corrida em autódromo,<br />
pista de rua e, ainda o fato de,