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ÍNDICE<br />
Artigos<br />
05 | Da redação Sônia Maria Marques<br />
comenta a importância da Iniciativa de<br />
Negócios na cidade<br />
07 | Editorial Ivan Roberto Peroni mostra a<br />
cara do “pedágio caro num país que adora<br />
pão, circo e futebol”<br />
38 | Pesquisa Jaime Vasconcellos<br />
Economia é prejudicada por rotatividade de<br />
mão de obra em empresas de Araraquara<br />
40 | Jurídico Iran Carlos Ribeiro<br />
O custo das decisões trabalhistas<br />
Thermoar, 16 anos<br />
Capa<br />
Thermoar<br />
Engenharia Thérmica<br />
Especializada em<br />
condicionadores de ar<br />
central para grandes<br />
obras, a Thermoar faz<br />
16 anos trabalhando<br />
em todo o Estado e<br />
prestando serviço de<br />
qualidade<br />
PÁG. 08<br />
História<br />
10 | ACIA A história haverá de falar por nós<br />
Trabalho especial sobre as comemorações<br />
dos seus 80 anos de fundação<br />
Cidade<br />
13 | Dádiva Eventos Empresa<br />
comemora 10 anos organizando<br />
a decoração da festa da ACIA.<br />
14 | Graciano Uma prova de<br />
resistência ao tempo<br />
19 | Buffet Karam Juliano Karam<br />
cumprimenta ACIA pelos 80 anos<br />
de fundação<br />
26 | A palestra de Golfeto Quem<br />
não foi perdeu a aula de<br />
economia do mestre<br />
28 | Massafera Estado flexibilizará<br />
os prazos do ICMS<br />
36 | Responsabilidade Filhos<br />
começam a assumir<br />
responsabilidades na direção<br />
das empresas dos pais<br />
42 | Lembrança Restaurante e<br />
Churrascaria Boi na Brasa foi<br />
sinônimo de sucesso nos anos 60<br />
46 | Nova Era Jovens e<br />
independentes, eles passam,<br />
lavam, cozinham e cuidam<br />
das finanças<br />
Economia<br />
29| Informe Mercado alerta<br />
empresários para retração do<br />
crédito<br />
31| Bebida Torcedores juntam útil ao<br />
agradável e consomem mais<br />
bebidas em época da Copa<br />
PÁG. 14<br />
Empresário Graciano R. Affonso<br />
mostra orgulhoso a chegada do<br />
Chevrolet em Araraquara (1929)<br />
32 | Televisores Vendas de TVs<br />
para assistir as partidas da Copa<br />
aumentam 50%<br />
66 | Shopping Jaraguá<br />
Previsto para ser entregue em<br />
meados de 2015, o Shopping<br />
Jaraguá está com o ritmo<br />
acelerado e sua expansão<br />
poderá ser concluída antes<br />
do prazo.<br />
Revolução de 1932<br />
44 | Voluntários araraquarenses<br />
RCI presta homenagem aos soldados<br />
constitucionalistas da Revolução de 32;<br />
cerca de 20 araraquarenses estiveram<br />
presentes na linha de frente no combate<br />
PÁG. 44<br />
Bandeira do Estado de São Paulo<br />
Sindicato Rural<br />
50| Caboclinho Querido<br />
Mathias Vianna, grande produtor<br />
rural, será homenageado pelo<br />
seu dia em festa do Sindicato<br />
52| Família Benedette<br />
Reginaldo e Marlene Benedette,<br />
exemplos de empreendedorismo<br />
Arquitetura & Construção<br />
61 | Decorando ambientes<br />
Cuidado com as cores claras. Elas<br />
podem ser vilãs se não souber<br />
usar corretamente<br />
Colecionadores fanáticos<br />
68 | Tem de tudo<br />
Tem história em quadrinhos, álbuns da<br />
Copa, bonecos Playmobil, discos dos<br />
Beattles e muito mais desses<br />
apaixonados por coisas assim<br />
Willian começou<br />
aos 10 anos<br />
com revista do<br />
Homem Aranha<br />
PÁG. 68<br />
O PP de Araraquara, em respeito<br />
ao compromisso assumido com a<br />
sociedade, de renovação política,<br />
apresentou alguns de seus novos<br />
filiados. Em reunião realizada no<br />
dia 28 de junho, o progressista de<br />
84 anos, Fulvio Accorinte, filiado<br />
ao partido desde a sua fundação,<br />
abraçou Herbert Luiz Barbosa,<br />
da Juventude Progressista, com<br />
apenas 20 anos. Segundo Fulvio,<br />
a troca de experiências entre<br />
gerações fortalece a democracia<br />
progressista. Tá certo.<br />
Partners entrando firme no mercado de consultoria<br />
Profissionais da Partners<br />
Consultoria: Amleto<br />
Landucci Júnior, Deives<br />
Baptistella, José Luiz<br />
Monnazzi e Eduardo<br />
Nogueira Monazzi,<br />
na comemoração dos<br />
80 anos da ACIA,<br />
apresentaram os serviços<br />
realizados pela empresa.<br />
Por sinal, hoje é um<br />
dos mercados<br />
mais promissores<br />
4
Documento<br />
56 | Samuel Brasil Bueno<br />
Historiador relembra em sua<br />
página a trajetória de Roque<br />
José Hage, o primeiro locutor<br />
esportivo da cidade,<br />
na Rádio Cultura<br />
Saúde<br />
70 | XTerra Ilhabela<br />
Carlinhos Tavares fala sobre o XTerra<br />
Brazil, que em <strong>2014</strong> foi em Ilhabela,<br />
com Triathlon individual e em equipe.<br />
Os araraquarenses da Absolute Fit<br />
foram em peso para acirrar a disputa<br />
Futebol Amador<br />
71 | Paulista Futebol Clube<br />
Em tempos de Copa do Mundo, a<br />
RCI conta a história do Paulista,<br />
pois nele nasceu Maurinho, o<br />
“flexa” araraquarense que jogou<br />
na Copa de 54 na Suíça.<br />
Maurinho, ponta-direita<br />
do Paulista FC, atuou<br />
também na Seleção<br />
Brasileira em 1954,<br />
na Suíça<br />
PÁG. 77<br />
Zi, Marcelo, Renato e Edna<br />
PÁG. 56<br />
Roque José Hage<br />
sempre foi muito<br />
querido por<br />
colegas de<br />
imprensa e<br />
também da antiga<br />
Telefônica onde<br />
trabalhou por<br />
muitos anos.<br />
Bem lembrada a<br />
homenagem.<br />
PÁG. 71<br />
Variedades<br />
77 | Em foco<br />
Os fatos e as pessoas que<br />
circulam em eventos da cidade<br />
86 | Luiz Carlos Bedran<br />
Colunista da RCI fala sobre<br />
ciência e religião. Tema é muito<br />
debatido em todas as esferas<br />
e mexe com as crenças da<br />
população<br />
DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />
Sônia Maria Marques<br />
Iniciativas de negócios ajudando<br />
os pequenos negócios<br />
Como parte das ações da ACIA na comemoração dos seus 80<br />
anos de fundação está o Programa Empreender, iniciativa que<br />
ajuda o micro e pequenos empresários a se estabelecerem no<br />
mercado ou se capacitarem, colocando sua empresa em evidência<br />
através de bons negócios. O Programa Empreender, com o<br />
apoio do SEBRAE, como tem sido divulgado, reúne empresas de<br />
um mesmo segmento para abordar os problemas do dia a dia e a<br />
partir daí, elaborar um plano para que sua funcionalidade interna<br />
e externamente sejam verificadas, resultando em adequação e<br />
é claro, em lucratividade. Esse Programa do Empreender, assim<br />
como outros criados pela ACIA, tem o único propósito de fazer<br />
bem ao empreendedor, sua empresa e consequentemente, ao<br />
público consumidor.<br />
Paralelamente outros movimentos acontecem na cidade<br />
com o objetivo de fazer prosperar os pequenos empreendedores.<br />
Por exemplo: parceria entre o Sindicato da Indústria de Panificação<br />
e Confeitaria de Araraquara e Região (Sipcar) e Prefeitura,<br />
fez nascer o Programa - Produtos do Campo -, beneficiando<br />
produtores rurais e padarias da cidade. O projeto conta com 400<br />
produtores do Assentamento Monte Alegre e visa auxiliar na venda<br />
dos produtos de segunda a sexta-feira, das 6h às 11h, em<br />
espaços cedidos por algumas panificadoras. Há também o projeto<br />
da Feira Noturna, funcionando as quintas-feiras, na Estação<br />
Ferroviária, onde os produtores rurais colocam à venda os seus<br />
produtos para o público consumidor. Como se vê, são propostas<br />
de apoio aos pequenos empreendedores.<br />
SAIBA COMO DISCRIMINAR O IMPOSTO NA NOTA<br />
Cartilha elaborada pela SMPE esclarece pontos referentes ao<br />
Decreto nº 8264/14, que regulamenta a lei que garante aos<br />
cidadãos o conhecimento mais claro da carga tributária<br />
incidente sobre cada produto e serviço que consomem.<br />
Para o Presidente da Associação<br />
Comercial e Industrial de Araraquara<br />
Renato Haddad,<br />
as penalidades para as<br />
empresas que não discriminarem<br />
o valor ou a porcentagem<br />
dos impostos<br />
em nota/cupom ou afixarem<br />
em local visível no<br />
estabelecimento, somente<br />
serão aplicadas a partir de<br />
01/01/2015.<br />
A prorrogação deu-se<br />
através da Medida Provisória<br />
649, de 05 de junho,<br />
em virtude da exigência<br />
de se informar, separadamente, os<br />
impostos federais, estaduais e municipais.<br />
Assim, a partir de 01/01/2015,<br />
penalidades poderão ser impostas<br />
aos estabelecimentos, inclusive<br />
a de multa, respeitando-se,<br />
sempre, o princípio<br />
da dupla visita, já que<br />
o texto da Lei 12.741/12<br />
tem caráter meramente<br />
informativo e que, por<br />
isso, não se presta a finalidade<br />
de natureza fiscal<br />
ou financeira.<br />
Portanto, a recomendação<br />
é para que,<br />
desde já, os empresários<br />
que possuam sistemas<br />
de informática procurem<br />
realizar a adaptação e, para os<br />
menores, afixar em local visível o<br />
valor ou a porcentagem dos impostos.<br />
REVISTA<br />
<strong>ED</strong>IÇÃO N°<strong>108</strong> - <strong>JULHO</strong> / <strong>2014</strong><br />
Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni<br />
Supervisora Editorial: Sônia Marques<br />
Redação: Rafael Zocco, Jean Cazellotto<br />
Depto. Comercial: Gian Roberto, Silmara Zanardi,<br />
Marcos Assumpção, Marcello Furtado<br />
Design: Mário Francisco, Carolina Bacardi,<br />
Fernando Oprime, Bete Campos<br />
Tiragem: 5 mil exemplares<br />
Impressão: Grafinew - (16) 3322-6131<br />
A Revista Comércio & Indústria é distribuida gratuitamente<br />
em Araraquara e região<br />
INFORMAÇÕES ACIA: (16) 3322 3633<br />
COORDENAÇÃO, <strong>ED</strong>ITORAÇÃO, R<strong>ED</strong>AÇÃO E PUBLICIDADE<br />
Fone/Fax: (16) 3336 4433<br />
Rua Tupi, 245 - Centro<br />
Araraquara/SP - CEP: 14801-307<br />
marzo@marzo.com.br<br />
Acesse www.aciaararaquara.com.br e tire suas dúvidas<br />
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<strong>ED</strong>ITORIAL<br />
Pedágio caro num país que<br />
adora pão, circo e futebol<br />
Faltando pouco para se saber se é bom negócio “pedagiar”<br />
o caminho do céu, mesmo porque o inferno está<br />
cheio de gente bem intencionada, eis que, primeiro de julho<br />
acordou com o aumento da tarifa no pedágio da Rodovia<br />
Washington Luís, a mais próxima de nós. Aqui já era então<br />
a tarifa mais cara do Estado de São Paulo. No entanto, o<br />
aumento deste mês - 5,51%, praticado na Washington Luís<br />
ficou acima dos índices nas outras praças (5,29%).<br />
Quando se diz que o inferno está repleto de pessoas<br />
bem intencionadas é evidente que existe um tom de ironia,<br />
pois as concessionárias levantam a voz para explicar que<br />
pistas bem conservadas necessitam de investimentos. Só<br />
que melhorias se aplicam em anos eleitorais e rodovias tecnicamente<br />
seguras são enaltecidas por quem trafega por<br />
elas. Como o povo tem memória curta, logo esquece e acaba<br />
pagando a conta das campanhas eleitorais. É assim que a<br />
coisa funciona.<br />
Não há como negar que para os motoristas que usam as<br />
estradas paulistas, a diferença anunciada no final do mês<br />
passado vai pesar no bolso do consumidor quando julho terminar.<br />
Até então o impacto passará batido, já que a euforia<br />
pela Copa do Mundo está acima de todas as coisas. E, sinceramente,<br />
não há período melhor para se anunciar coisas<br />
assim do que uma Copa do Mundo.<br />
Em nosso país já se tornou regra aumentar imposto no<br />
silêncio da madrugada; político aprovar ampliação do seu<br />
salário no canto do galo. Tudo que é ruim é feito desta forma:<br />
na escuridão. O povo está dormindo mesmo. E quando ele<br />
acorda vem “o susto, a xingação, porque são corruptos, canalhas”<br />
e assim vai estrada a fora, ou melhor rodovia a fora,<br />
com ou sem pedágio. É assim que nos habituamos a viver,<br />
assaltados, indignados, porém, plenamente acomodados.<br />
Quanto mais escândalos, mais o povo<br />
acha que o governo está sendo transparente.<br />
Nos acostumamos com o engodo<br />
praticado.<br />
Efeito cascata no aumento da tarifa do pedágio<br />
A concessionária Triângulo do Sol, que administra o pedágio<br />
de Araraquara na rodovia Washington Luís, subiu 5,51%. Dos R$<br />
12,90 cobrados até 30 de junho, o valor passou para R$ 13,60.<br />
Já a concessionária Autovias, que administra o pedágio da SP-255,<br />
em Guatapará (Araraquara a Ribeirão Preto), reajustou a tarifa em<br />
5,17%. De R$ 11,50 passou para R$ 12,10.<br />
Quem dá a cara pra bater se somos acomodados? Se aceitamos<br />
receber um salário mínimo do tamanho que é, aceitamos pagar<br />
juros e encargos contratuais a cartões de crédito e bancos que<br />
ultrapassam os 12% ao mês e porque aceitamos que a Caderneta<br />
de Poupança renda apenas 0,5%?<br />
Em sã consciência, quem vai gritar neste momento com a Copa<br />
do Mundo nos sufocando? Estamos verdadeiramente acomodados<br />
para assistir os espetáculos armados nos estádios construídos com<br />
dinheiro de quem... do próprio povo? E todos nós, indistintamente<br />
somos acomodados porque permitimos que nossos idosos passem<br />
mais de 10 horas em uma fila para receber ou dar entrada em sua<br />
aposentadoria depois de terem trabalhado tanto.<br />
E ontem pensava eu no meu canto, calado, perplexo, na bola<br />
que bateu na trave do Brasil na disputa dos pênaltis, nas palavras<br />
ditas pelo professor Eloy Braga, certa vez: somos acomodados porque<br />
aceitamos que o Comitê de Política Monetária do Banco Central<br />
aumente todos os meses a taxa básica de juros e que isso provoque<br />
um efeito cascata na economia, fazendo-nos pagar os juros mais<br />
altos do mundo em todos os setores do mercado. Somos acomodados<br />
porque aceitamos pagar mais de 40% do valor de tudo o que<br />
compramos em impostos.<br />
A expressão caipira nos leva a dizer que - tudo que tinha que<br />
subir, subiu agora. Ninguém chia. Terminou a Copa do Mundo, como<br />
vem a eleição, surgem as promessas do “vou fazer isso, fazer aquilo,<br />
aumentar o vale isso, vale aquilo”. O pedágio difícil que se diz<br />
por aí, faz parte da nossa rotina, da vida do brasileiro movido a pão,<br />
circo e futebol. Eternamente seremos acomodados.<br />
7
eportagem de capa<br />
Thermoar é marca de qualidade<br />
para atender grandes empresas<br />
Acompanhando o avanço da<br />
tecnologia e tendo em seu leque<br />
de serviços projetos específicos<br />
para a instalação de aparelhos<br />
de ar condicionado em grandes<br />
empresas, a Thermoar assume<br />
em seu segmento, posição de<br />
destaque no mercado paulista,<br />
sendo um orgulho para a cidade.<br />
A Thermoar, líder em vendas e manutenção<br />
de ar condicionado em Araraquara, completa<br />
16 anos em <strong>2014</strong> com uma enorme<br />
variedade de produtos e soluções para as empresas,<br />
de pequeno a grande porte. Empresa<br />
idônea, ela atende Araraquara e qualquer cidade<br />
do estado de São Paulo.<br />
O proprietário Marco Aurélio Boiani iniciou<br />
sua carreira em Bauru, após concluir a Faculdade<br />
de Engenharia Mecânica pela Universidade<br />
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita<br />
Filho” daquela cidade. Trabalhou por um ano<br />
em uma empresa de venda e assistência de<br />
ar condicionado. Em poucos meses, foi promovido<br />
e logo depois abriu o seu próprio negócio<br />
em Araraquara.<br />
“Quando comecei a trabalhar em Bauru,<br />
viajava muito para a região de Araraquara, então<br />
conhecia bastante esse mercado. Sentia<br />
falta de uma empresa especializada em obras<br />
grandes, com sistema de ar condicionado central.<br />
Foi aí que resolvi abrir a Thermoar. Por<br />
muitos anos coloquei a mão na massa com<br />
mais um funcionário. Entrava em forros, me<br />
sujava, mas valeu a pena”, explica<br />
Boiani, orgulhoso com os resultados<br />
obtidos ao longo do tempo.<br />
Atualmente, a Thermoar emprega<br />
18 funcionários que passam<br />
constantemente por treinamentos<br />
e palestras. Segundo o empresário,<br />
é um investimento com retorno<br />
garantido. “Ao menos uma vez por<br />
mês, damos uma palestra rápida<br />
para nossos colaboradores de como<br />
Frota de veículos da Thermoar,<br />
atendendo a população do Estado<br />
de São Paulo há 16 anos, e<br />
sempre oferecendo bom preço e<br />
produtos de qualidade<br />
8
Os irmãos Marco Aurélio Boiani e Marcelo Ricardo Boiani, proprietários da Thermoar em<br />
Araraquara; uma tradição em projetos para grandes obras, condicionadores de ar central,<br />
residencial e comercial<br />
se comportar na casa dos clientes e como<br />
tratá-los, além de palestras motivacionais.<br />
Com certeza, a empresa tem um retorno significativo<br />
dos clientes por conta disso. Devemos<br />
investir na equipe Themoar para conseguir ganhar<br />
a confiança dos nossos clientes. É uma<br />
segurança ter pessoas capacitadas para manusear<br />
e instalar nossos produtos. Faz toda a<br />
diferença para eles. Às vezes não é questão de<br />
pagar um pouco mais, mas sim ter um produto<br />
de qualidade com uma assistência e manutenção<br />
que valerá o investimento”.<br />
Há três anos, a Thermoar se tornou uma<br />
das poucas empresas do interior especializada<br />
em ar condicionado para atender os requisitos<br />
de grandes empresas, na instalação e<br />
manutenção de ar condicionado central com<br />
documentos regularizados, como o Plano de<br />
Manutenção e Controle (Pmoc), regulamentado<br />
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária<br />
(Anvisa). Empresas como a Nestlé, Unimed,<br />
JBT e outras potências instaladas em Araraquara,<br />
exigem cursos de especialização e regulamentação<br />
junto à Anvisa para poder dar<br />
assistência em seus produtos,<br />
como o ar condicionado.<br />
Além dos produtos para<br />
grandes obras, a Thermoar<br />
também vende e instala condicionadores<br />
de ar para residências<br />
e empresas de pequeno<br />
porte.<br />
A Thermoar desde 2011 é<br />
uma empresa especializada<br />
em ar condicionado que tem<br />
todos os requisitos para<br />
atender grandes empresas<br />
O prédio da Thermoar na Avenida 36<br />
Há dois anos, Marco Boiani fez uma parceria<br />
com a Carrier, maior fabricante de ar condicionado<br />
no Brasil. “Com essa parceria, nos tornamos<br />
a Casa Carrier e revendedor autorizado<br />
desta e outras marcas em Araraquara, como<br />
Midea, Springer e Toshiba. Isso traz inúmeros<br />
benefícios, pois conseguimos um atendimento<br />
melhor direto com a fábrica, preços mais baixos<br />
e atendimento personalizado aos nossos<br />
clientes”, explica Boiani.<br />
A Thermoar recebeu por cinco anos consecutivos<br />
o prêmio Top Of Mind, como a melhor<br />
empresa de manutenção e instalação de ar<br />
condicionado de Araraquara. A pesquisa do<br />
prêmio é feita por porcentagem de entrevistados<br />
aleatoriamente na rua que, sem indução,<br />
citam uma marca ou produto específico que<br />
vem à memória, ao serem questionados sobre<br />
as propagandas que se lembram em uma categoria<br />
nos últimos 30 dias.<br />
Com uma grande variedade de produtos<br />
em sua loja, a Thermoar já fez obras importantes<br />
como a instalação de condicionadores<br />
de ar central na Unidade de Terapia Intensiva<br />
(UTI) do Hospital São Paulo, em Araraquara; Tonin<br />
Hipermercados, inaugurado a pouco mais<br />
de um ano na cidade; a nova obra da Santa<br />
Casa, em fase de construção; Caixa Econômica<br />
Federal na Fonte, em Ibaté e também em<br />
Américo Brasiliense; a nova agência do Banco<br />
do Brasil em Itirapina, lojas e hipermercados<br />
em todo o litoral paulista, além de outras grandes<br />
obras em todo o Estado.<br />
Visite o Show Room da Thermoar - em<br />
seu horário de atendimento - das 8h às 18h<br />
e conheça todos os seus produtos e serviços.<br />
Solicitação de orçamentos sem compromisso.<br />
ATENDIMENTO THERMOAR<br />
Av. Pe. Francisco Sales Colturato (36), 1262<br />
Fone: (16) 3331 2242<br />
www.thermoar.com.br<br />
9
aniversário da acia<br />
A história haverá de falar por nós!<br />
A ACIA, através da sua diretoria,<br />
fez em <strong>2014</strong>, ao comemorar 80<br />
anos de fundação, uma festa que<br />
ficará marcada por muito tempo<br />
em nossas lembranças. Mais que<br />
a festa, o reconhecimento pelo<br />
que cada empresa associada e<br />
homenageada por seu antigo<br />
tempo de filiação fez pela nossa<br />
terra. Só há uma forma de<br />
retribuir a elas esse trabalho:<br />
muito obrigado, vocês são 10!<br />
Após quase três meses de preparativos,<br />
a Associação Comercial e Industrial de Araraquara<br />
realizou no dia 28 de junho o evento comemorativo<br />
ao seu octagésimo aniversário de<br />
fundação. A entidade surgiu em 1934, tendo<br />
como seu primeiro presidente o farmacêutico<br />
Benevenuto Colombo; sua origem se deu por<br />
conta de protestos contra a elevação dos impostos<br />
estabelecida pelo Interventor de São<br />
Paulo, Armando Salles de Oliveira, para minimizar<br />
os custos oriundos da Revolução Paulista<br />
de 1932.<br />
Oitenta anos depois o filme parece ser o<br />
mesmo: o Impostômetro que aparece no site<br />
da ACIA mostra que este ano o brasileiro já pagou<br />
cerca de 900 bilhões de reais em busca<br />
de uma sociedade mais justa, através de aplicações<br />
corretas na Educação, Saúde e Segurança,<br />
setores que afligem a estabilidade da<br />
qualidade de vida do nosso povo.<br />
“Essa é uma das razões que leva a Associação<br />
Comercial e Industrial de Araraquara<br />
a existir e o seu foco está centrado cada vez<br />
mais em ter que participar das discussões políticas<br />
e sociais, visando defender o bem-estar<br />
da classe empresarial e também a população<br />
em seu todo”, afirma o presidente Renato<br />
Haddad. Ele tem o privilégio de ser o “presidente<br />
dos 80 anos da entidade”, com uma<br />
diretoria unida e participativa.<br />
As 10 empresas homenageadas - que se<br />
mantiveram altaneiras escrevendo sua história<br />
na vida da ACIA e da cidade - ajudaram e<br />
continuam ajudando no desenvolvimento econômico,<br />
gerando empregos e divisas, unidas<br />
pelos laços familiares, prosperando com sua<br />
luta para possibilitar às novas gerações, um<br />
caminho de sucesso, tal como o que lhes foi<br />
deixado por seus antepassados.<br />
10 10<br />
SEGUE<br />
Renato Haddad,<br />
prresidente da ACIA
Fotos/eventos: Marcello Furtado e José Augusto<br />
EMPRESAS<br />
HOMENAGEADAS<br />
A Associação Comercial e Industrial de<br />
Araraquara agradece a colaboração e a<br />
participação das empresas que se<br />
dispuseram em estar representadas no<br />
evento, que marcou os 80 anos de sua<br />
fundação. É uma demonstração de<br />
apreço à iniciativa que tem o objetivo de<br />
fortalecer a classe empreendedora e<br />
ampliar o companheirismo entre os<br />
empresários da cidade.<br />
PATROCÍNIO<br />
Graciano<br />
Filiação: 07/01/1935<br />
Maria Teresa Smirne e Geórgia Affonso,<br />
vice-presidente da Graciano R. Affonso<br />
Lupo<br />
Filiação: 01/03/1935<br />
Marlene Porsani e Carlos Alberto Mazzeo,<br />
diretor industrial da Lupo<br />
Banco do Brasil<br />
Filiação: 15/04/1939<br />
Smirne<br />
Filiação: 01/05/1935<br />
Roberto Abud e Reinaldo Smirne, diretor da<br />
Smirne Madeiras e Materiais para Construção<br />
Ademar Ramos e Rogério Aparecido Idino,<br />
superintendente regional do Banco do Brasil<br />
Escritório São Paulo<br />
Filiação: 01/03/1949<br />
Antônio Junquetti e Marcos Henrique Duó,<br />
diretor do Escritório São Paulo de Contabilidade<br />
Essências Crisci<br />
Filiação: 01/03/1949<br />
Damiano Barbiero Neto e Fernando Simões<br />
Crisci, diretor da Fábrica de Essências Crisci<br />
Irmãos Michetti<br />
Filiação: 15/12/1953<br />
Geraldo José Cataneu e Bento Michetti,<br />
fundador da Casa Michetti e Hotel Uirapuru<br />
Sorveteria Biju<br />
Filiação: 09/12/1954<br />
Dagmar Bizzinotto e Nanci Sinabucro<br />
Dakuzaku, proprietária da Sorveteria Biju<br />
Padaria do Lima<br />
Filiação: 12/04/1956<br />
Luis Petroni e Emilio Afonso Rodrigues Lima,<br />
proprietário da Padaria do Lima<br />
Nigro<br />
Filiação: 24/05/1956<br />
Marcelo de Mattos Frigo e Arcângelo Nigro<br />
Neto, diretor industrial da Nigro Alumínio<br />
11 11
HOMENAGENS AOS<br />
EX-PRESIDENTES<br />
Em sua festa de 80 anos, a ACIA<br />
homenageou 10 dos 22 presidentes que<br />
fazem parte da sua história, como forma<br />
de reconhecimento e gratidão ao que<br />
cada um realizou. A permanência<br />
de ex-presidentes em nosso convívio<br />
levou a Associação Comercial a<br />
homenagear também os ex-presidentes<br />
falecidos, caso de Benevenuto Colombo,<br />
fundador e primeiro presidente,<br />
que teve a representá-lo sua neta Maria<br />
Auxiliadora Colombo.<br />
Jair Martineli e Apparecido Dahab<br />
(1978 a 1980)<br />
Carlos Renato Segura e Péricles Medina Júnior<br />
(Péricles Medina - 1980 a 1984)<br />
Maria Auxiliadora recebe flores de Léa<br />
Haddad, esposa de Renato Haddad<br />
Edes Dalmo de Oliveira e Joel Roberto Aranha<br />
(1984 a 1989)<br />
Renato Haddad e Ivo Dall’Acqua Júnior<br />
(1989 a 1992)<br />
Marcos Henrique Duó e Pedro Augusto Lia<br />
Tedde (1992 a 1998)<br />
Reinaldo Dias de Lima e Jorge Lorenzetti Neto<br />
(1998 a 2001)<br />
Maria Teresa Smirne e Sônia Maria Corrêa<br />
Borges (2001 a 2004)<br />
Damiano Barbiero Neto e Samuel Brasil<br />
Bueno (janeiro a junho de 2003)<br />
Geraldo José Cataneu e José Carlos Pascoal<br />
Cardozo (julho a novembro de 2008)<br />
12 12<br />
Antônio Junquetti e Valter Merlos<br />
(2004 a 2010)
serviços<br />
Dádiva Eventos fez sucesso<br />
na Festa de 80 anos da ACIA<br />
O Baile de Aniversário da<br />
Associação Comercial e Industrial<br />
de Araraquara ganhou nota<br />
máxima com a decoração<br />
organizada pela Dádiva Eventos<br />
que há 10 anos está no mercado<br />
regional. Toda suntuosidade foi<br />
elogiada pelos participantes do<br />
importante acontecimento social.<br />
Uma das mais conhecidas<br />
empresas de decoração<br />
e organização de eventos na<br />
região de Araraquara, a Dádiva<br />
Eventos, está presente<br />
no mercado desde 2003.<br />
Este ano, Inês Maccagnan e<br />
Silvia Maccagnan proprietárias,<br />
comemoram mais uma<br />
conquista.<br />
Foi a Dávida Eventos que<br />
fez o trabalho de decoração<br />
do salão de festas do Clube<br />
Araraquarense, onde aconteceu a comemoração<br />
aos 80 anos de fundação da ACIA. O mais<br />
importante acontecimento social da cidade<br />
nos últimos anos, contou com a presença de<br />
empresários e políticos da cidade, além de<br />
um show exclusivo com o grupo Demônios da<br />
Garoa.<br />
Toque de requinte em cada espaço decorado pela Dádiva Eventos<br />
De acordo com Inês e Silvia, é um evento<br />
de alto nível para a divulgação da marca.<br />
“Estamos realizadas e orgulhosas com nossa<br />
presença na decoração desta festa tão bonita<br />
para a cidade de Araraquara, além de ser uma<br />
ótima oportunidade para mostrar o nosso trabalho”.<br />
A Dádiva Eventos oferece decoração,<br />
organização, assessoria e cerimonial para<br />
festas com conhecimento ministrado pela<br />
conceituada cerimonialista de São Paulo,<br />
Vera Simão.<br />
As sócias falam orgulhosas sobre a especialização<br />
da empresa. “A equipe tem formação<br />
em decoração de interiores pela Escola<br />
Panamericana de Artes de São Paulo, mas a<br />
nossa paixão é a cenografia, considerada o diferencial<br />
da Dádiva Eventos”.<br />
É verdade que já temos um relacionamento<br />
forte com as cidades da região, porém,<br />
estar presente na vida social de Araraquara é<br />
um fato significativo para o fortalecimento da<br />
nossa marca. “Participamos deste evento em<br />
que estão envolvidos mais de 400 empresários<br />
e esta foi sem dúvida, uma grande oportunidade<br />
para que o público pudesse conhecer<br />
o trabalho que desenvolvemos”.<br />
Ambientes finissimamente preparados para os mais diversos acontecimentos<br />
Dádiva Eventos<br />
Avenida Fioravante Bertachini, 633<br />
Residencial Olivio Benassi – Matão<br />
Telefones: (16) 3382 7929 / 99703-5663<br />
13
Chegada do Chevrolet 1929 à<br />
Graciano R. Affonso que teve sua<br />
concessionária por muitos anos<br />
na Rua São Bento esquina com<br />
Avenida Brasil<br />
valores da nossa terra<br />
Graciano R. Affonso (07/01/1934)<br />
As empresas associadas mais antigas da Acia<br />
Uma prova de resistência ao tempo<br />
Como é fantástica esta cidade,<br />
antes de chão batido, ruas<br />
estreitas, passadas largas de<br />
quem por ela andava, seguindo<br />
apenas o clarão da madrugada.<br />
Embarcar no sonho gerado pelo<br />
ronco do moderno calhambeque,<br />
a olhar estão três ou quatro<br />
“muleques”, e dentro desta<br />
novidade sob rodas, os senhores<br />
a imaginar como seria 80 anos<br />
depois esta morada.<br />
Engraçado que tudo vai surgindo<br />
como que por acaso. Aqui, lá, as<br />
obras do homem se<br />
amontoam num piscar de olhos,<br />
e num sopro tudo se transforma.<br />
É o mistério advindo das mãos<br />
divinas, pois tudo surge e pouco<br />
ou quase nada fica na memória.<br />
Mas um dia do passado se<br />
precisa, e para tê-lo de<br />
volta é imprescindível<br />
recriar ruas,<br />
avenidas, prédios,<br />
praças, mas nem tudo<br />
tem a mesma graça do<br />
Selo comemorativo aos 80<br />
anos de fundação da ACIA,<br />
elaborado pela agência Marzo<br />
que aquilo que foi gerado pelo<br />
suor e o amor de quem nunca<br />
imaginou, ser esta uma herança<br />
advinda das mãos calejadas por<br />
essa gente que tanto trabalhou.<br />
14
Smirne Madeiras e Materiais para Construção (01/05/1935)<br />
Fábrica de Meias Lupo (01/03/1935)<br />
Banco do Brasil (15/04/1939)<br />
Irmãos Michetti (15/12/1953) Escritório São Paulo (01/03/1949)<br />
Em seu primeiro ano<br />
de atividades, 1934,<br />
a ACIA contava com<br />
52 empresas associadas.<br />
O critério de escolha para as<br />
homenagens realizadas no<br />
dia 28 de junho durante seu<br />
Baile de Aniversário,<br />
foi premiar as mais antigas,<br />
que ainda permanecem<br />
em atividade.<br />
Essências Crisci (01/03/1949)<br />
Sorveteria Biju (09/12/1954)<br />
Indústrias Nigro<br />
(24/05/1956)<br />
Padaria do Lima (12/04/1956)<br />
15
concessionária chevrolet<br />
graciano r. affonso<br />
Dos velhos aos novos tempos, a Graciano<br />
deu um enorme salto na história regional<br />
Graciano da Ressurreição Affonso<br />
sempre foi um dos empresários<br />
mais audaciosos de Araraquara,<br />
com visão empreendedora que<br />
o torna uma figura lendária no<br />
mundo dos negócios. A empresa<br />
é a mais antiga associada da<br />
ACIA: janeiro de 1935.<br />
CONCESSIONÁRIAS CHEVROLET / GRACIANO R. AFFONSO<br />
Graciano da Ressurreição<br />
Affonso, fundador da<br />
empresa, já falecido, nasceu<br />
em Concelho de Bragança,<br />
Portugal, em 6 de<br />
março de 1900, integrando,<br />
com a família, o contingente<br />
de portugueses que<br />
chegou ao Brasil, na condição<br />
de imigrante, sem escolaridade.<br />
Em 3 de janeiro de 1926, conquista em<br />
São José dos Campos, seu primeiro empreendimento,<br />
concessionária autorizada para comercializar<br />
veículos Chevrolet nessa região. A marca<br />
Chevrolet se instalara no Brasil pouco antes, um<br />
ano, em 26 de janeiro de 1925.<br />
Pouco tempo decorrido de sua nomeação,<br />
conseguiu a transferência da Concessionária<br />
Chevrolet para a região de Araraquara, onde se<br />
mudara, instalando-se inicialmente na Rua Carlos<br />
Gomes, depois na Avenida Brasil e atualmente<br />
na Avenida Sete de Setembro.<br />
A trajetória de Graciano sempre foi pautada<br />
de muito sucesso, fruto de intensa dedicação<br />
pessoal. Merecem registros, como<br />
principais empreendimentos sua condição de:<br />
Concessionário Chevrolet, Usina de Açúcar e<br />
Álcool, cinco famosos e charmosos cinemas<br />
na cidade.<br />
O grupo familiar constitutivo da Graciano R.<br />
Affonso S/A Veículos teve como presidente, dirigente<br />
e acionista principal, o empresário Jorge<br />
Affonso, cargo que exerceu desde abril de 1988.<br />
Hoje é presidente do grupo, sua esposa Marlene<br />
Sualdini que assumiu o cargo em 2013, tendo<br />
a Drª Geórgia Affonso como vice-presidente,<br />
José Augusto Silva, diretor comercial e Airton Roque,<br />
diretor financeiro. Vale ressaltar, no campo<br />
automotivo, realizações paralelas com adicionais<br />
concessões Chevrolet, instaladas nas cidades de<br />
Bariri; Ibitinga (brevemente em sua nova e moderna<br />
instalação); Itápolis e Matão .<br />
Araraquara<br />
Bariri<br />
Itápolis<br />
A matriz em Araraquara que está situada<br />
na Avenida Sete de Setembro, bairro do Carmo<br />
e face à demanda e exigência mercadológica,<br />
tem passado por inúmeras fases, sempre<br />
acompanhando as evoluções de mercado;<br />
atualmente projeta a modernização das instalações,<br />
do sistema de telefonia, de informática,<br />
nas dependências de sua oficina, com a<br />
Ibitinga<br />
Matão<br />
implantação do serviço Premium, onde o cliente<br />
fala diretamente com o mecânico, com hora<br />
previamente agendada, salão de veículos novos<br />
e usados. A reformulação se deve ao empenho<br />
de todo quadro diretivo, que mantém<br />
o lema - Cliente Totalmente Satisfeito - que<br />
coincide com seus objetivos e a importância<br />
da marca Chevrolet.<br />
16
angelo smirne<br />
Smirne Madeiras e Materiais para Construção<br />
Com a força do trabalho escreveu<br />
seu nome na história da cidade<br />
A vida do italiano Angelo Smirne<br />
sempre foi de sonhos e muitas<br />
realizações, pontuada pelo<br />
caráter, trabalho e vontade de<br />
vencer. Para isso pode contar<br />
com a colaboração e a<br />
dedicação dos seus filhos.<br />
Angelo Smirne, nascido em Nemoli, sul da<br />
Itália (22 de outubro de 1900), chegando ao<br />
Brasil em 1909, foi morar com o pai Francesco<br />
Smirne, imigrante que já estava instalado<br />
há mais de uma década em Rincão. Quando<br />
completou 18 anos, veio para Araraquara e começou<br />
a trabalhar em uma marcenaria.<br />
Em 1922 casou-se com Maria Cortez e em<br />
meados de 1924, abriu sua própria marcenaria,<br />
nos fundos da casa do sogro na Avenida<br />
D. Pedro II, onde a Smirne se mantém até hoje.<br />
Angelo criou a fábrica de Rastelos e Vassouras<br />
Estrela e o manuseio da madeira o<br />
fez se especializar em esquadrias. Alguns<br />
anos depois, decidiu fechar a fábrica e abrir a<br />
Smirne Madeiras, que além das esquadrias<br />
se especializou em portas, janelas, poltronas<br />
para terraços, utensílios domésticos, armários<br />
para banheiro e cozinha.<br />
Geraldo e Ronaldo, os filhos mais velhos,<br />
começaram a trabalhar com o pai, muito cedo<br />
na marcenaria. Quando o primeiro completou<br />
18 anos, Angelo passou parte da empresa<br />
para o filho, que se transformou em Angelo<br />
Smirne & Filho. O mesmo fez com Ronaldo,<br />
passando a empresa a se chamar Angelo<br />
Smirne & Filhos. Ele tinha então, a ajuda de<br />
seus dois filhos, e com os negócios crescendo,<br />
vieram os outros dois, Arnaldo e Romualdo,<br />
que trabalharam juntos por décadas, partindo<br />
para o ramo da construção civíl e loja de<br />
Angelo e sua<br />
esposa Maria<br />
materiais para construção.<br />
A Smirne foi pioneira em construções de<br />
grandes edifícios e condomínios em Araraquara<br />
e Matão, ficando claro o grande sonho de<br />
Angelo: que a família morasse perto, uns dos<br />
outros. Então na década de 80 foi construído<br />
um edifício para a família, na Rua Carlos Gomes<br />
esquina da Avenida D. Pedro II, que em<br />
homenagem ao patriarca leva o nome de Edifício<br />
Angelo Smirne.<br />
Geraldo filho mais velho, apaixonado por<br />
marcenaria, continuou trabalhando até 1999,<br />
onde veio a falecer no ano seguinte aos 76<br />
anos.<br />
Hoje a Smirne está na quarta geração,<br />
atuando fortemente no ramo da marcenaria,<br />
com máquinas modernas direcionadas para<br />
a indústria moveleira e no comércio em geral.<br />
Angelo e Geraldo deixaram exemplos de<br />
honestidade, trabalho e muito sacrifício, que<br />
foram acatados por Reinaldo e Heloisa, que<br />
hoje atuam na empresa com muito amor e<br />
zelo. Este ano a Smirne completa 90 anos,<br />
motivo de muito orgulho para todos que nela<br />
sempre atuaram com afinco e respeito.<br />
Geraldo<br />
Smirne<br />
Ronaldo<br />
Smirne<br />
Os filhos de Angelo Smirne: Arnaldo,<br />
Wanda, Ana Maria, Maria Aparecida,<br />
Geraldo (falecido), Ronaldo e Romualdo A Smirne na Av. Dom Pedro II, 793<br />
Heloisa e Reinaldo, filhos de Izabel e<br />
Geraldo Smirne, assumiram a Smirne<br />
Madeiras e Materiais para Construção,<br />
dando continuidade aos negócios iniciados<br />
pelo avô Angelo Smirne em 1924<br />
17
Achiles Adérico<br />
Bazone<br />
Salvador Martins<br />
Bonilha<br />
Escritório São Paulo de Contabilidade em<br />
sede própria na Rua Padre Duarte<br />
história contábil<br />
Escritório São Paulo<br />
71 anos em busca da inovação<br />
Excelência em assessoria contábil, o Escritório São Paulo conquistou<br />
merecidamente seu espaço em 71 anos de atividades.<br />
Em 1943, o sonho de ingressar no mundo<br />
empresarial fez com que os amigos Salvador<br />
Martins Bonilha e Achiles Adérico Bazone tomassem<br />
a iniciativa, abrindo as portas de uma<br />
das principais empresas de consultoria e contabilidade<br />
de Araraquara: o Escritório São Paulo.<br />
Alguns anos depois, Lourival Letício e José<br />
Marcos Duó, como co-fundadores, assumiram<br />
a empresa, preservando os traços administrativos<br />
que deram à empresa essa estrutura que<br />
atravessa 71 anos.<br />
O empenho, profissionalismo, transparência<br />
e dedicação sempre foram qualidades que<br />
fazem do Escritório São Paulo uma referência<br />
no meio de assessoria e consultoria contábil<br />
de Araraquara, gerando soluções para seus<br />
clientes através de serviços que atendem às<br />
suas necessidades, além de uma atuação dinâmica<br />
pautada no respeito à individualidade<br />
do cliente. Para isso, o ESPC está sempre em<br />
busca do conhecimento e informatização.<br />
Desses novos tempos, tem participado<br />
do processo de transformação da empresa,<br />
um corpo técnico formado por profissionais<br />
graduados, pós-graduados e experientes. Da<br />
sua diretoria, hoje fazem parte os empresários<br />
Marcos Henrique Duó, Wladimir Carlos Bersanetti<br />
Rodrigues e Marco Aurélio Schiavon.<br />
Além disso, o ESPC também investe em<br />
seus colaboradores, mantendo sua tradição<br />
de profissionalismo de alto nível. Seus departamentos<br />
trabalham de forma integrada, num<br />
processo ágil, em acordo com as formalidades<br />
e legislações. E mais: para desempenhar suas<br />
atividades com superioridade, a tecnologia e<br />
seus aplicativos de última geração são pontos<br />
constantes de investimentos.<br />
Tudo isso para que o Escritório São Paulo<br />
possa exercer com responsabilidade suas<br />
atividades, atendendo de maneira estratégica<br />
seu amplo quadro de clientes, que vão de<br />
indústrias a prestadores de serviços, do co-<br />
Wladimir C. B. Rodrigues<br />
Marcos Henrique Duó<br />
mércio varejista ao atacadista, de empresas<br />
a instituições, de associações a grupos autônomos.<br />
Lourival Letício José Marcos Duó Os colaboradores do Escritório São Paulo de Contabilidade<br />
18
19
essências crisci<br />
Henrique João Baptista Crisci<br />
Tudo começou com ele em 1944<br />
Bons tempos aqueles em que<br />
andávamos pelo centro da<br />
cidade e sentíamos o aroma de<br />
baunilha que escapava pelas<br />
chaminés da Fábrica de Essências<br />
Crisci. Tudo isso faz parte de um<br />
passado de quem ajudou a<br />
construir a história da nossa terra.<br />
Fábrica de Essências Crisci: é desta forma<br />
que Araraquara passou a ter a partir de primeiro<br />
de janeiro de 1944, uma das empresas<br />
mais conceituadas no setor em todo o Estado<br />
de São Paulo. Seu fundador, Henrique João<br />
Baptista Crisci, ao constituir a fábrica, decidiu<br />
denominá-la - Henrique B. Crisci e 20 anos<br />
depois (64) ela se transformou em Essências<br />
Crisci, nome perpetuado no campo industrial.<br />
A atividade inicial da empresa era produzir aromas<br />
para balas, doces e refrigerantes, além de<br />
extratos para bebidas.<br />
Henrique, nascido em São Paulo em 30 de<br />
junho de 1906, casado com Ruth Rodrigues<br />
Ramos Crisci e pais de Sônia, Norma, Marcos<br />
Henrique e José Henrique, faleceu aos 76<br />
anos (1982). Bem antes (1967), o filho Marcos<br />
Henrique Crisci, formado em Química pela<br />
Unesp, com título de bacharel e licenciado em<br />
Química, assumiu o controle da empresa.<br />
“O nosso objetivo era dar continuidade ao<br />
trabalho implantado nos anos 40”, comenta<br />
Marcos Crisci com orgulho. Sempre envolvido<br />
pela produção de aromas e extratos, aliou a<br />
experiência adquirida à sua formação profissional<br />
e vislumbrou de forma continuada, a<br />
expansão dos negócios.<br />
A Essências Crisci desde a sua fundação<br />
em 1944, funcionou na Rua Gonçalves Dias,<br />
682, centro de Araraquara. Em novembro de<br />
2005, visando a ampliação da sua produção,<br />
a empresa passou a operar em seu novo prédio<br />
na Avenida Ermano Biancardi, 474, no V<br />
Distrito Industrial.<br />
Logomarca da<br />
empresa<br />
Com a mudança, Marcos Crisci deu novo<br />
formato à gestão administrativa, contando<br />
com a participação do filho Fernando Simões<br />
Crisci, cirurgião dentista, casado com Juliana<br />
e pais de Enrico e Maria Fernanda. Marcos e<br />
a esposa Dulce Simões Crisci têm também o<br />
filho Marcos Henrique Crisci Filho, cirurgião<br />
plástico, casado com Paula e pais de Bruno e<br />
Luca.<br />
Em janeiro passado, a Essências Crisci<br />
completou 70 anos de atividades, o que demonstra<br />
a maneira ética e responsável com<br />
que atua no mercado brasileiro.<br />
Marcos Henrique<br />
Crisci dando<br />
sequência ao<br />
trabalho do pai<br />
Henrique João<br />
Baptista Crisci<br />
Novo prédio da Essências Crisci, no V Distrito<br />
Industrial, abriga a expansão da fábrica<br />
Fernando, filho<br />
de Dulce e Marcos<br />
participando<br />
da gestão<br />
administrativa<br />
da empresa<br />
Antigo prédio da<br />
empresa na Rua<br />
Gonçalves Dias<br />
“A empresa teve acrescida<br />
em sua fabricação produtos<br />
químicos aromáticos e<br />
linha completa de produtos<br />
para sorvetes”<br />
20
Era 1952, quando Guido Michetti que<br />
atuava na cidade no ramo da construção civil<br />
há alguns anos, decidiu incorporar novo ramo<br />
de atividade aos seus negócios. Juntamente<br />
com seus filhos Bento, o mais velho e Vicente,<br />
instalou em 6 de janeiro de 1953, a empresa<br />
Irmãos Michetti Ltda “para a exploração do<br />
comércio de materiais em geral para construções<br />
e fábrica de ladrilhos e artefatos de<br />
cimento” conforme o contrato social.<br />
A empresa foi instalada em prédio próprio,<br />
localizado à Avenida D. Pedro II, 1022, passando<br />
a atender uma clientela que aos poucos foi<br />
ampliando consideravelmente. O nome fantasia<br />
que a identificava prontamente era Casa<br />
Michetti. Ela permanece no mesmo endereço<br />
até os dias atuais, onde ainda funciona sob<br />
outra denominação - BVM (Bento e Vicente Michetti)<br />
Materiais para Construção.<br />
Durante 25 anos os irmãos estiveram à<br />
frente dos negócios. Em 1978 transferiram<br />
para a segunda geração a administração da<br />
empresa. Um novo contrato social definiu noirmãos<br />
michetti ltda.<br />
Bento e Vicente Michetti<br />
Uma família chamada trabalho,<br />
ousadia e amor à terra natal<br />
A família Michetti faz parte da<br />
história de Araraquara pelo<br />
notável desempenho de Guido,<br />
depois seus filhos Bento e<br />
Vicente, os netos e agora os<br />
bisnetos. Poucos são os que<br />
tiveram envolvimento tão forte<br />
quanto eles, fruto do trabalho e<br />
dedicação para com a cidade.<br />
Hotel Uirapuru, grande empreendimento da<br />
família em 1965, bem no centro da cidade<br />
Casa Michetti na Av. D. Pedro, dos irmãos<br />
Bento e Vicente - notável saga<br />
empreendedora em Araraquara<br />
Guido com os filhos Bento e Vicente na<br />
inauguração do Hotel Uirapuru em 1965,<br />
um envolvimento com a comunidade e que<br />
só merece elogios<br />
vos ramos de atividade e a denominação da<br />
empresa: BVM Construtora Comercial e Industrial<br />
Ltda. Com esta razão social atuou até o<br />
ano de 2007 quando se subdividiu em duas<br />
empresas: BVM Construtora Ltda e BVM Materiais<br />
para Construção Ltda, as quais ainda<br />
atuam no mercado, estando agora em parte,<br />
sob a direção da 3ª geração.<br />
A TRAJETÓRIA DOS IRMÃOS<br />
Em maio de 1965, os irmãos Bento e Vicente<br />
inauguraram o Hotel Uirapuru, adaptando<br />
um prédio de apartamentos que haviam<br />
construído, mudando sua finalidade e implantando<br />
um novo segmento de trabalho. Localizado<br />
no centro da cidade, na Praça Dª Judith<br />
Lupo, teve seu endereço alterado quando de<br />
sua ampliação. Hoje localiza-se na Avenida<br />
Portugal, 156.<br />
Dada a carência de hotéis na cidade naquele<br />
período, os índices de ocupação eram<br />
elevados, o que levou os irmãos a construir no<br />
terreno contíguo, um novo prédio, desta vez<br />
com projeto próprio para hotelaria. Essa nova<br />
ala foi inaugurada em 1968.<br />
Seis anos mais tarde, em 1974, em razão<br />
da demanda, incorporaram mais uma ala ao<br />
hotel, construindo no terreno ao lado da segunda<br />
ala já implantada, um novo prédio,<br />
Fachada do Shopping Uirapuru, construído<br />
na Maurício Galli<br />
mais amplo dos que os anteriores. Adquiriram<br />
também uma outra área anexa para a implantação<br />
do estacionamento.<br />
Atuaram desde 65, ativamente no Hotel,<br />
pois deixando as atividades comerciais da<br />
Casa Michetti, dedicaram-se a este ramo de<br />
trabalho, até que as forças físicas permitiram.<br />
Entre os momentos de expansão do ramo<br />
de hotelaria, eles incorporaram outro estabelecimento<br />
para hospedagem: a Estância Uirapuru,<br />
em 1966. Hoje a administração do hotel<br />
está a cargo de uma empresa especializada:<br />
RAH Administração Hoteleira, com sede em<br />
Fortaleza.<br />
Eduardo Michetti, o engenheiro que partiu<br />
de forma prematura (2006), buscava formas<br />
de fortalecer os negócios criados pelo pai<br />
(Bento) e Vicente (tio).<br />
21
antônio lima<br />
Padaria e Confeitaria do Carmo<br />
Pioneira no bairro, mantém à sua<br />
frente uma tradição bem familiar<br />
Sendo uma das panificadoras mais populares da cidade, a Padaria do<br />
Lima, como se tornou conhecida, é um cartão de apresentação do<br />
setor pela maneira com que sempre se conduziu. São 63 anos de vida<br />
mantidos pelo ideal e disposição de uma conceituada família: Lima.<br />
Desde 1951, a Padaria do Lima funciona<br />
neste ponto da Rua João Gurgel<br />
A história da família Lima no ramo da panificação<br />
começa antes da fundação da padaria,<br />
no ano de 1915, quando Emilio Rodrigues,<br />
sogro do saudoso Antônio, “seo Tonico Lima”,<br />
funda a Padaria Hespanhola, na Rua Padre<br />
Duarte. Quatro décadas depois, junto aos irmãos<br />
Demerval e Euclides Custódio de Lima,<br />
“seo Tonico” inaugura a Padaria Lima, e onde<br />
seu sogro chega a colaborar com a vasta experiência<br />
no ramo.<br />
Fundada em 29 de junho de 1951, a Padaria<br />
Lima deu início às suas atividades na<br />
Rua João Gurgel, bairro do Carmo, onde até<br />
hoje está funcionando. “Na década de 50,<br />
havia poucas padarias na cidade e região, e<br />
a Padaria Lima se encarregava de distribuir<br />
diferentes tipos de pães em Araraquara, Matão,<br />
Rincão, Santa Lúcia, Nova Europa e outras<br />
cidades próximas”, comenta Emilio Afonso Rodrigues<br />
de Lima, que dá continuidade ao trabalho<br />
familiar.<br />
Para atender a essa<br />
demanda, os irmãos Lima<br />
investiram em fornos e equipamentos<br />
de alta produção,<br />
movidos a lenha e a diesel,<br />
e numa estrutura de logística<br />
e recursos humanos. Na ocasião,<br />
a Padaria Lima também<br />
focava as suas atividades<br />
em confeitaria industrial e<br />
fornecia seus produtos para<br />
diversos estabelecimentos<br />
comerciais da região.<br />
Na década de 70, alguns<br />
anos após o falecimento<br />
de Euclides, os irmãos Demerval<br />
e Tonico, também<br />
proprietários da Casa Lima<br />
(armazém de secos e molhados),<br />
dividiram os negócios, e Tonico passou<br />
a administrar a padaria, com a ajuda de sua<br />
esposa Odette e seus filhos Antônio Carlos<br />
(Pipo), Maria do Rosário (Zaia) e Emilio.<br />
Na ocasião, Emilio<br />
adquiriu parte da<br />
padaria, e uma outra<br />
sociedade familiar<br />
foi estabelecida.<br />
Junto à sua entrada,<br />
vieram as novas tendências,<br />
e produtos<br />
como massas frescas,<br />
pães embalados,<br />
pizzas e salgados<br />
em geral foram<br />
introduzidos na produção.<br />
Por mais de<br />
três décadas, a padaria<br />
manteve esse<br />
segmento.<br />
Padaria Hespanhola<br />
fundada por Emilio<br />
Rodrigues (sogro de<br />
Tonico Lima) em 1915,<br />
com a massa feita em<br />
máquina movida à<br />
eletricidade<br />
Ao completar 50 anos em 2001, Lima foi<br />
homenageado pelo Moinho Santista<br />
Com o falecimento de seus pais e irmã,<br />
e com a saída do irmão, Emilio mantém-se à<br />
frente da padaria, e atualmente foca na produção<br />
de pães. Está preparando a empresa<br />
para novos desafios, com planos de entrada<br />
da nova geração Lima para dar continuidade à<br />
história da família.<br />
Emilio e suas<br />
filhas Maria<br />
Angélica e Maria<br />
Livia, prestam<br />
essa singela<br />
homenagem a<br />
Maria Helena,<br />
esposa e mãe<br />
carinhosa que<br />
faleceu em<br />
outubro de 2013.<br />
Ela sempre teve<br />
importante<br />
participação no<br />
sucesso do marido<br />
e da Padaria do<br />
Lima<br />
Maria Helena (in<br />
memorian) ao lado do<br />
marido Emilio<br />
22
sorveteria biju<br />
Saburo e Sadako Sinabucro<br />
Receita original desde 1947<br />
Não são apenas os clientes araraquarenses que se valem do privilégio<br />
em estar tão próximos da fabricação de um sorvete da mais alta<br />
qualidade: a tradição consegue trazer fregueses de várias partes do<br />
Estado de São Paulo. E o segredo nasceu pelas mãos de dona Amélia.<br />
A história da Sorveteria<br />
Biju parte desde o período da<br />
imigração japonesa no Brasil,<br />
quando a família Sinabucro,<br />
como a maioria dos imigrantes<br />
japoneses, morava e trabalhava<br />
no campo.<br />
Em 1944, o casal Saburo e Sadako Sinabucro<br />
(conhecida como Dona Amélia) oficializaram<br />
sua união e, em 1947, Saburo decidiu<br />
deixar o sítio situado ao norte do estado de<br />
São Paulo para procurar um local na região<br />
de Araraquara onde pudesse residir e estabelecer<br />
um comércio. Após localizar um ponto<br />
satisfatório no encontro da Rua Voluntários da<br />
Pátria com a Avenida XV de Novembro, resolveu<br />
trazer toda a sua família.<br />
Família Sinabucro, década de 50<br />
família, juntamente com seus oito filhos. Em<br />
1987, após o casamento da quarta filha Nanci<br />
com o jovem Claudio Dakuzaku, que também<br />
era proprietário de uma sorveteria, a família<br />
decidiu encerrar as atividades como bar e passou<br />
a dedicar-se apenas aos sorvetes. A partir<br />
de então, o estabelecimento recebeu o nome<br />
de “Sorveteria Biju”.<br />
Em 2009, com o falecimento de Claudio<br />
Dakuzaku, a Sorveteria Biju passou a ser dirigida<br />
pelas irmãs Nanci e Mariusa, que ainda<br />
mantêm a tradição e prezam pela qualidade<br />
dos produtos e ótimo atendimento, marca registrada<br />
da casa.<br />
Nanci e seu avô<br />
Cristina e as irmãs Nanci e Mariusa<br />
Nestes 67 anos de funcionamento, além<br />
de atender clientes de Araraquara e região,<br />
a Sorveteria Biju conquistou apreciadores de<br />
São Paulo e também de outros estados.<br />
Inicialmente denominado como “Bar e<br />
Sorveteria Independência”, o estabelecimento<br />
oferecia bebidas, salgados e doces feitos<br />
pelas habilidosas mãos de Dona Amélia, além<br />
de sorvetes de massa e picolé. Os sabores da<br />
época eram: nata, coco, ameixa, flocos, chocolate<br />
e o famoso creme suíço. Todos seguem a<br />
receita original até os dias atuais.<br />
Em 1972, com o falecimento de Saburo,<br />
Dona Amélia tomou a frente dos negócios da<br />
Em 1997, a sorveteria entrou em processo<br />
de ampliação dos seus negócios<br />
Netos de Sadako e Saburo: Aline, André,<br />
Fred e Paula<br />
Familiares em 1997<br />
Passar pela Rua Voluntários da<br />
Pátria esquina com a Avenida<br />
XV de Novembro é um convite<br />
para saborear o melhor<br />
sorvete da cidade. A qualidade<br />
é incrível, buscando nos<br />
remeter aos tempos em que<br />
dona Amélia preparava a<br />
massa e Saburo permanecia<br />
no atendimento.<br />
23<br />
Sorveteria Biju - <strong>2014</strong>
24
Final dos anos 70.<br />
Arcângelo Nigro<br />
mostra orgulhoso a<br />
panela produzida em<br />
1943 e a moderna<br />
Eterna, primeira<br />
panela de pressão<br />
fabricada pela<br />
indústria na cidade.<br />
Do sonho à realidade dos nossos tempos<br />
A história da Nigro começa em tempos difíceis,<br />
na segunda guerra mundial, onde Arcângelo<br />
Nigro, casado com Maria Cavicchioli Nigro<br />
e os filhos Francisco, Hugo, Beatriz e Pedro<br />
resolveram sair da cidade de Itápolis onde residiam,<br />
e escolheram Londrina, no Paraná. Lá,<br />
já morava seu irmão Antônio com a família. Porém,<br />
em uma breve passagem por Araraquara,<br />
quis o destino que aqui ele se estabelecesse e<br />
começasse um novo negócio, o de reutilização<br />
de latas (óleo, massa de tomate e outras embalagens).<br />
Pai e filhos foram pioneiros nesse<br />
trabalho de reciclagem, hoje uma preocupaarcângelo<br />
nigro<br />
Nigro Alumínio<br />
A qualidade assina presença<br />
em todas as partes do mundo<br />
Desde 1943 a Nigro mescla a<br />
sua poderosa marca ao nome da<br />
nossa cidade e ambas parecem<br />
se definir como sendo um<br />
único nome. A construção deste<br />
conceito se alicerça na ousadia,<br />
coragem e qualidade dos seus<br />
produtos, motivo de orgulho<br />
para Araraquara.<br />
Nos anos 40, a<br />
Nigro já tinha<br />
seu papel social:<br />
as pessoas<br />
recolhiam e<br />
vendiam para<br />
a empresa<br />
instalada em<br />
frente ao Extra,<br />
as latas que<br />
depois seriam<br />
canecas e<br />
outros<br />
utensílios<br />
domésticos<br />
ção mundial, já que o desenvolvimento das<br />
empresas também deve estar baseado em<br />
responsabilidade ambiental.<br />
Os vizinhos acolheram os Nigro’s dando<br />
as boas vindas e as amizades se fortaleceram<br />
com as famílias Rossi, Magnani, Stemberg<br />
(Antônio, primeiro funcionário da empresa),<br />
Luiz Manelli, Professor Machadinho, Dr. Mazzi,<br />
Tarallo e outras pessoas que aqui moravam.<br />
Toda família contribuía para o progresso.<br />
Os filhos contavam as latinhas e as peças cortadas<br />
enquanto Arcângelo ficava até<br />
altas horas da noite na garagem martelando<br />
as canecas e soldando as alças.<br />
As chapinhas das vassouras eram<br />
entregues para a fábrica do Mário e<br />
João Dosualdo em Américo Brasiliense.<br />
Assim, surgiam novas parcerias.<br />
A nona Beatriz com seus filhos<br />
Roque, Pascoal, Antônio, Arcângelo<br />
e Vicente, pouco tempo antes da<br />
fábrica ser fundada pela família<br />
em nossa cidade<br />
O casal Maria Cavicchioli e Arcângelo Nigro<br />
com os filhos Francisco, Hugo, Pedro e Beatriz<br />
Mais tarde vieram os regadores e os baldes.<br />
A primeira panela artesanal, fundida no quintal<br />
com alumínio derretido, ficou na memória.<br />
Cada produto feito era uma comemoração. A<br />
fábrica foi crescendo e se tornando conhecida<br />
na cidade e região. Foram tempos de muita<br />
luta e trabalho.<br />
A primeira grande conquista foi a abertura<br />
da loja na cidade, na Rua São Bento, em frente<br />
ao antigo Seminário dos Padres Redentoristas,<br />
hoje local do Extra. Os regadores eram pendurados<br />
na frente e nos fundos ficava a pequena<br />
fábrica. Novos produtos tais como: chuveiros,<br />
forninhos, tachos de cobre e panelas já eram<br />
produzidos. O crescimento da empresa levou<br />
Arcângelo a construir a sede da Nigro em<br />
1958, na Avenida Arcângelo Nigro, 166.<br />
Anos mais tarde seu filho Francisco Nigro<br />
assumiu a fábrica e hoje a indústria possui<br />
mais de 20 mil metros quadrados, fabrica<br />
mais de 300 itens, sendo 500 mil peças mês,<br />
desenvolvidos com alta tecnologia, atendendo<br />
normas de segurança nacionais e internacionais.<br />
Entre seus produtos estão panelas, caçarolas,<br />
frigideiras, formas e a sofisticada e segura<br />
Panela de Pressão Eterna, exportada para<br />
vários países da América, Europa e Oriente.<br />
Este ano a Nigro comemora 71 anos de<br />
existência e de muito trabalho, levando a marca<br />
de Araraquara para todo o País e para o<br />
Mundo.<br />
25
aniversário da acia<br />
A palestra de<br />
Golfeto<br />
Professor Antônio<br />
Vicente Golfeto<br />
fez explanação<br />
sobre a Economia<br />
Regional e Nacional<br />
No mês do seu aniversário a<br />
ACIA busca parceiros e consegue<br />
realizar importante evento<br />
visando a integração dos seus<br />
associados à vida da entidade.<br />
A vinda de palestrante de renome<br />
deu a ela o fortalecimento para<br />
investir em novos encontros.<br />
Duas palestras abriram na segunda quinzena<br />
de junho (24), as festividades de 80 anos<br />
de fundação da Associação Comercial e Industrial<br />
de Araraquara. Sua criação se deu no dia<br />
30 de junho de 1934, na antiga União Syria,<br />
proximidades da Praça da Matriz. “Uma data<br />
importante e da qual me sinto orgulhoso em<br />
participar na condição de presidente”, disse o<br />
empresário Renato Haddad ao abrir o evento<br />
que marcou oficialmente o início das comemorações.<br />
Renato lembrou que foi eleito em<br />
2010 e releito em 2013, sendo o vigésimo segundo<br />
presidente da entidade e era motivo de<br />
enorme alegria estar envolvido por uma data<br />
tão significativa.<br />
A primeira palestra foi com Rogério Marcos<br />
de Oliveira Volpini, consultor do SEBRAE-SP,<br />
tendo como tema as Tendências e as inovações<br />
no Varejo e os rumos do varejo no Brasil<br />
e no mundo. Segundo ele, as tendências que<br />
mexeram com o varejo em Nova Iorque agora<br />
vão movimentar a nossa região, apontando a<br />
Retail´s Big Show, da NRF (National Retail Federation),<br />
em Nova Iorque, como um caminho<br />
a ser seguido, pois sendo a maior exposição<br />
comercial do mundo, apresenta as principais<br />
novidades para o varejo.<br />
Daniel Palácio<br />
Alves, gerente<br />
regional<br />
do SEBRAE,<br />
parceiro<br />
da ACIA<br />
O SEBRAE-SP e a ACIA mostraram<br />
durante o evento, as soluções<br />
mais inovadoras que foram destaque<br />
na feira, para o empresário movimentar<br />
ainda mais seus negócios<br />
por aqui.<br />
“Eu juntamente com os demais<br />
empresários que participaram da<br />
missão além de visitarmos a feira,<br />
fomos às lojas de Nova Iorque. Fui<br />
a uma loja e fábrica de chocolate<br />
no bairro do Brooklyn, e logo na<br />
entrada, o cliente se depara com<br />
sacos de cacau e já sente o aroma<br />
do doce, isso é o que se chama<br />
de “Venda Sensorial”, lá também<br />
existia uma mesa pronta com vários produtos<br />
para degustação, muito interessante.”, disse<br />
Volpini.<br />
Outro exemplo citado por ele foi um novo<br />
conceito de loja, onde vários empresários de<br />
diferentes segmentos dividem o mesmo espaço<br />
físico, modelo também encontrado no bairro<br />
do Brooklyn. “Este caso é bem interessante.<br />
Era uma loja de roupas, uma barbearia e cafeteria,<br />
isso é chamado de “Varejo Colaborativo”.<br />
Três diferentes empresas no mesmo local,<br />
algo que com certeza irá otimizar o tempo do<br />
cliente, pois lá ele encontra tudo que busca.”,<br />
explicou.<br />
A “Rice to Riches”, foi outra loja citada durante<br />
a palestra. A empresa fica no bairro do<br />
Soho, e se especializou na comercialização de<br />
arroz doce. “Acredito que uma franquia desta<br />
aqui no Brasil iria ser um sucesso; o arroz doce<br />
não é simples, como estes que conhecemos,<br />
ele possui diferentes coberturas e recheios<br />
como: chocolate, caramelo, frutas, e é vendido<br />
em potes com colheres diferenciadas.”, afirmou<br />
o gerente.<br />
Para Rogério Volpini, o empresário tem<br />
que posicionar e buscar sempre o diferencial<br />
para a empresa, independente do segmento,<br />
conquistar e fidelizar o cliente.“Os empreendedores<br />
têm que buscar o diferencial para negócios.<br />
Lembre-se que a tecnologia está cada<br />
26
Gilberto Gomes,<br />
gerente regional<br />
dos Correios<br />
A participação dos Correios no aniversário da ACIA<br />
Marcos Grosso,<br />
gerente dos<br />
Correios em<br />
Araraquara<br />
Gilberto Gomes, gerente regional dos<br />
Correios (sede Ribeirão), participou do evento<br />
mostrando satisfação em manter parceria<br />
com a ACIA e ter essa proximidade com as empresas<br />
locais. Aos empresários, o gerente dos<br />
Correios em Araraquara, Marcos José Grosso,<br />
ressaltou os novos serviços mantidos pelo órgão,<br />
um deles a “Logística Reversa”, que é o<br />
serviço de remessa de documentos e mercadorias<br />
em devolução, sem ônus ao remetente,<br />
para serem entregues exclusivamente no<br />
endereço indicado pelo cliente, podendo ser<br />
uma localidade diferente do endereço de sua<br />
sede, comentou.<br />
Grosso também apresentou como novos<br />
serviços o Exporta Fácil, Banco Postal e o envio<br />
eletrônico de cartas e telegramas.<br />
dia mais presente e os consumidores estão<br />
mais exigentes também, por isso o ambiente<br />
empresarial necessita de mudanças. O empresário<br />
deve parar e refletir sempre pois cliente<br />
feliz compra muito mais, então trate-o com<br />
atenção”, finaliza Volpini.<br />
Rogério Volpini,<br />
do SEBRAE-SP<br />
Auditório da ACIA<br />
A economia regional<br />
Crescimento e desenvolvimento econômico<br />
são algumas das principais preocupações<br />
das pessoas atualmente. Há um processo de<br />
interiorização dos recursos econômicos e financeiros,<br />
que buscam cidades menores que<br />
reúnem condições ideais de desenvolvimento<br />
de negócios. Municípios ou regiões que saem<br />
na frente ao melhorar sua atratividade para<br />
esses negócios, podem fazer a diferença a<br />
partir de agora.<br />
Foi desta forma que o palestrante Vicente<br />
Antônio Golfeto iniciou a palestra sobre Economia<br />
Regional e Nacional. O seu trabalho foi<br />
acompanhado com interesse pelo público que<br />
compareceu ao auditório da ACIA. “Só elogios<br />
ao palestrante e ao tema colocado em discussão”,<br />
disse o presidente Renato Haddad.<br />
Falar sobre a economia regional foi muito<br />
importante, pois é nela que Araraquara está<br />
inserida. Hoje a estrutura industrial do município<br />
está baseada na agroindústria, representada<br />
pelo binômio cana e laranja. Outros<br />
setores de destaque da economia local são os<br />
setores metal-mecânico, indústria têxtil, tecnologia<br />
de informação, aeronáutico e serviços,<br />
com empresas que empregam<br />
mão-de-obra intensiva.<br />
Golfeto chegou a dizer que “Araraquara<br />
é um município privilegiado na<br />
área de transporte de cargas. Rodovias<br />
importantes para o Estado e para<br />
o Brasil cortam o município, como as<br />
SP-255 (norte/sul) e SP-310 (leste/<br />
oeste). Araraquara também abriga um<br />
dos principais terminais ferroviários de<br />
carga do País, ligando regiões produtoras<br />
(centro-oeste) e exportadoras (capital paulista<br />
e portos marítimos).<br />
Pesquisa realizada pela “Folha de S. Paulo”<br />
mostrou que cidades menores agora estão<br />
no radar de empresas que, antes, tinham<br />
como alvo municípios com mais de 500 mil<br />
habitantes. Empresas como construtoras e<br />
concessionárias de automóveis de luxo já vêm<br />
considerando cidades com até 100 mil habitantes<br />
como foco de negócios.<br />
“O critério de população é uma referência,<br />
não uma regra fechada, mas serve de ponto<br />
de partida na avaliação para abertura de negócios.<br />
Fatores como renda e potencial de<br />
consumo vêm em seguida na elaboração do<br />
estudo de viabilidade”, informa a reportagem.<br />
No encerramento, o palestrante foi muito<br />
cumprimentado por quase 95 empresários<br />
que tomaram parte do encontro.<br />
PATROCÍNIO<br />
27
política<br />
Massafera anuncia que o Estado<br />
flexibilizará os prazos do ICMS<br />
O deputado estadual Roberto<br />
Massafera tem cumprido extensa<br />
agenda de ações que o envolve<br />
em busca de benefícios para<br />
Araraquara e região, visando<br />
o desenvolvimento econômico<br />
que gera empregos e amplia a<br />
sustentabilidade dos municípios.<br />
Texto e Fotos: Douglas Bras<br />
O governador Geraldo Alckmin aprovou<br />
este ano, um proposta de flexibilização de prazos<br />
de recolhimento de ICMS idealizado por<br />
empresários de Araraquara e defendida pelo<br />
deputado estadual Roberto Massafera junto<br />
ao Legislativo e Executivo paulista.<br />
Ainda neste ano de <strong>2014</strong>, a ACIA (Associação<br />
Comercial e Industrial de Araraquara) está<br />
completando 80 anos de fundação. Nasceu<br />
em 30 de junho de 1934 com a missão de lutar<br />
contra a crescente carga tributária imposta<br />
pelo governo interventor de Armando Sales de<br />
Oliveira em São Paulo.<br />
A coincidência de datas mostra mais do<br />
que um acaso da história. A oportunidade do<br />
governador Geraldo Alckmin indica que as motivações<br />
que levaram os empresários de Araraquara<br />
a se associarem em 1934 continuam<br />
legítimas e pertinentes.<br />
“O governo paulista vem gradativamente<br />
adotando medidas para a desoneração dos<br />
impostos em vários setores, desde gêneros alimentícios,<br />
couros e calçados, têxtil, vestuário,<br />
autopeças, informática e muitos outros. Essa<br />
política tem inúmeros benefícios. Ela reduz<br />
os preços para o consumidor final, aquece a<br />
economia, gera emprego, aumenta os investimentos<br />
em São Paulo, incentiva a formalidade<br />
entre as empresas, resultando em mais arrecadação<br />
para o Estado”, comenta Massafera.<br />
Trabalho realizado por Massafera merece os cumprimentos do Governador Geraldo Alckmin<br />
Com apoio do deputado Roberto Massafera,<br />
o Estado aumentou para até 75 dias o<br />
prazo para recolhimento de ICMS, medida<br />
que está em vigor desde janeiro. Isso beneficiou<br />
222 mil empresários que, muitas vezes,<br />
tinham que pagar o imposto antes mesmo de<br />
receber pela venda, gerando ainda mais encargos<br />
financeiros.<br />
A proposta, segundo Massafera, nasceu<br />
de um debate com empresários de Araraquara,<br />
especialmente os diretores da Nigro Alumínios,<br />
Francisco e Arcângelo Nigro Neto. A<br />
mudança estimula a economia e aumenta a<br />
competitividade da indústria paulista.<br />
Outro que faz aniversário este ano é a<br />
revista Comércio & Indústria. Dirigida pelo jornalista<br />
Ivan Roberto Peroni, sua missão é vocalizar<br />
as propostas e demandas dos empresários<br />
de Araraquara. “Parabéns a toda equipe<br />
do Ivan Roberto que faz da revista da ACIA, um<br />
veículo de diálogo pelo desenvolvimento<br />
regional, de São Paulo e<br />
do País”, comentou Massafera.<br />
Massafera conseguiu na Assembleia,<br />
sensibilizar os demais parlamentares e ter o<br />
apoio de Alckmin para aprovar proposta de<br />
flexibilização de prazos do recolhimento de<br />
ICMS, idealizado por empresários de<br />
Araraquara e região<br />
Roberto Massafera visitou a<br />
Nigro Alumínios, conceituada<br />
empresa da cidade que<br />
comemorou aniversário de<br />
fundação sendo recebido pelos<br />
diretores Francisco e Arcângelo<br />
Nigro Neto<br />
Massafera no rádio anuncia suas ações<br />
28
FATOS E FOTOS<br />
O PERIGO MORA AO LADO<br />
Abandono total da Praça de São Geraldo, uma<br />
das mais tradicionais e até mesmo cartão postal<br />
da cidade. Está certo que o problema é do Poder<br />
Público, contudo, a comunidade religiosa bem<br />
que podia ajudar a prefeitura a encontrar uma<br />
saída.<br />
Lavagem da pista que circunda o Parque Infantil<br />
para que as pessoas possam caminhar tem um<br />
custo significativo: são dois caminhões a transportar<br />
água nas madrugadas, lavando os 800<br />
metros do arruamento, buscando eliminar a sujeira<br />
ocasionada pelas aves que habitam a linda<br />
paisagem. No total são quase 50 mil litros d’água<br />
por dia.<br />
ACERTANDO OS PONTEIROS<br />
Carol e Alex,<br />
na Câmara<br />
Os professores Ana Carolina Soares dos Santos e<br />
Alexandre Papandré, em maio foram até a Câmara<br />
Municipal para falar sobre a regularização da forma<br />
de contratação dos profissinais que atuam nos projetos<br />
Saúde na Praça e Hidroterapia, mantidos pela<br />
Secretaria Municipal de Esportes. Pela nova forma de<br />
contratação, cada professor de educação física criou<br />
uma MEI – Microempresa Individual -, que assegura<br />
todos os direitos trabalhistas, pondo fim a uma<br />
irregularidade que era praticada havia 12 anos pela<br />
Fundesport, cujos profissionais de Educação Física<br />
eram contratados através do termo de adesão como<br />
atletas amadores. Quer dizer, contratados para uma<br />
coisa, registrados por uma outra forma.<br />
Frase<br />
O trabalho não é uma<br />
commodity. Por isso não<br />
pode ser automaticamente<br />
regulado pelo mercado<br />
como se faz com o ouro,<br />
a soja ou o petróleo. O<br />
trabalho requer regulamentação<br />
das instituições<br />
que levam em conta as<br />
suas dimensões econômicas<br />
e humanas.<br />
MANTENDO A TRADIÇÃO<br />
José Pastore,<br />
professor<br />
Alunos do curso de Jornalismo da Uniara preparam<br />
seu TCC sobre o “auge do rádio esportivo<br />
de Araraquara nos anos 60”. Assunto muito<br />
bem focado, pois de fato, foi nesta década que os<br />
grandes locutores e repórteres esportivos surgiram<br />
na cidade.<br />
Cidade no clima das festas juninas e agora julinas.<br />
Nesta época sentimos o importante trabalho<br />
que se faz nas escolas de Ensino Infantil, Fundamental<br />
e Integral do município. As festas típicas<br />
são uma excelente oportunidade de aproximar a<br />
família à realidade do aluno. Além da comida, bebida<br />
e brincadeiras tradicionais, os familiares têm<br />
este momento para conhecer o espaço da criança<br />
e conversar com o educador, além de prestigiar a<br />
apresentação do filho em uma coreografia trabalhada<br />
especialmente para este dia. Hoje são atendidos<br />
cerca de 20 mil estudantes nos 40 Centros<br />
de Educação e Recreação (CER/creches), 15 Escolas<br />
Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs) e<br />
oito Centros de Educação Integral (CE), por meio<br />
da Secretaria Municipal da Educação.<br />
Secretária da Educação, Arary Ferreira,<br />
visitando escolas durante festa junina<br />
JOSÉ JORGE GUIMARÃES<br />
Vítima de infarto, faleceu no dia 8 de junho<br />
em nossa cidade, o engenheiro José Jorge Guimarães,<br />
ex-gerente da Cetesb local. Casado com<br />
Eliane Aparecida Carizia Guimarães (diretora do<br />
CER Adelina Leite Amaral, da Vila Vicentina), Guimarães<br />
também atuava como professor de engenharia<br />
das Faculdades Logatti<br />
Texto assinado pelo presidente Renato Haddad,<br />
da ACIA, corre solto nas redes sociais, em anúncio<br />
elaborado por Mário Francisco, da agência<br />
Marzo: “desaqueça sua gaveta e aqueça um ser<br />
humano. O frio está aí. As pessoas necessitadas<br />
não podem esperar. Ligue que a ACIA vai buscar<br />
sua doação. Qualquer quantidade. Qualquer endereço<br />
da cidade”. Muito bom.<br />
Araraquara se orgulha em receber mais um<br />
selo: “Município Livre do Analfabetismo”. A condição<br />
para receber o certificado é que o índice de<br />
alfabetizados no município seja superior a 96%, a<br />
partir da faixa etária dos 15 anos. Dados apontam<br />
a redução do analfabetismo da população<br />
de Araraquara de 5,2% para 3,6% em 10 anos.<br />
A Prefeitura já recebeu da Câmara Municipal<br />
sinal verde para vender três terrenos, mediante<br />
licitação, na modalidade concorrência. Eles têm<br />
323, 367 e 392 metros quadrados. São terrenos<br />
que vieram para a posse do Município, resultado<br />
de execução fiscal procedida contra particulares<br />
e não se prestam à implantação de nenhum<br />
equipamento público ou comunitário devido às<br />
dimensões reduzidas das três áreas. Elas estão localizadas,<br />
respectivamente, no Parque do Carmo<br />
e duas delas no Iguatemy.<br />
29
informe<br />
Mercado alerta empresários<br />
para retração do crédito<br />
É preciso se antecipar e buscar novas possibilidades de parcerias para garantir<br />
tranquilidade numa eventual crise do mercado financeiro.<br />
Empresários e comerciantes precisam<br />
ficar atentos pois o mercado financeiro, principalmente<br />
o que diz respeito à concessão de<br />
crédito, começa a se fechar e apresentar um<br />
cenário cada vez mais restrito. Há uma crise<br />
emergente vindo por aí e é importante que os<br />
empresários se previnam, buscando alternativas<br />
no mercado, afunilando parcerias que vão<br />
ao encontro com suas expectativas. Empresas<br />
que não se anteciparem a isso e deixarem<br />
para última hora, poderão precisar de uma<br />
parceria com certa urgência e pelo pouco relacionamento,<br />
ficarão a ver navios.<br />
O mercado portanto sugere que as empresas<br />
já se mobilizem, pois o aumento exponencial<br />
das taxas de juros levará a uma escassez<br />
de crédito e será uma realidade a partir das<br />
eleições.<br />
Mas onde buscar apoio num momento<br />
como esse sem depender das instituições<br />
financeiras abrindo esse leque de relacionamento?<br />
Uma das opções mais viáveis atualmente<br />
são os serviços oferecidos por empresas<br />
de factoring.<br />
Basicamente atuando na antecipação de<br />
recebíveis, como cheques pré-datados, duplicatas<br />
e contratos, essas empresas possuem<br />
um atendimento mais personalizado e com<br />
menos burocracia. E o mais importante, começando<br />
a operar com antecedência, os empresários<br />
já estabelecem uma relação sólida<br />
de parceria e confiança, imprescindíveis<br />
nesse tipo de<br />
negócio e que futuramente<br />
lhes garantirá o crédito necessário<br />
numa eventual crise.<br />
Além disso, as taxas são<br />
altamente convidativas e<br />
os negócios fechados com<br />
mais rapidez e segurança.<br />
COM QUEM CONTAR<br />
O gorverno federal prevê retração<br />
na concessão de crédito por parte<br />
de bancos públicos e privados caso<br />
o Supremo Tribunal Federal (STF)<br />
considere Inconstitucional o<br />
cálculo de correção das<br />
cadernetas de poupança<br />
durante os planos<br />
econômicos das<br />
décadas de 80 e 90.<br />
A Federal Invest é a<br />
maior rede de factoring do<br />
país, conta com mais de 90<br />
unidades e está presente<br />
em 22 Estados brasileiros. Há 20 anos tem<br />
auxiliado empresários e comerciantes a alavancarem<br />
seus negócios, prestando um serviço<br />
também de consultoria financeira, ampliando<br />
as possibilidades de sucesso, tanto no caso<br />
da empresa estar passando por uma crise momentânea<br />
ou até mesmo quando precisa aumentar<br />
seu capital de giro para investimentos<br />
mais prósperos e lucrativos.<br />
Em Araraquara, a unidade da Federal Invest<br />
também vê com alerta esse momento<br />
econômico do país. Segundo o advogado, es-<br />
pecialista em Direito Empresarial pela FGV/SP,<br />
e administrador da agência Federal Invest de<br />
Araraquara, Rodrigo de Freitas, as altas taxas<br />
de juros dos bancos vão retrair o mercado e<br />
podem comprometer a administração dos negócios<br />
de muitas empresas.<br />
"Até o ano passado tivemos um período<br />
de liberação de crédito facilitada pelas grandes<br />
instituições financeiras, mas elas trabalham<br />
essencialmente com o sobe e desce do<br />
mercado. Portanto, é preciso abrir o leque de<br />
opções nesse momento e formar parcerias<br />
com instituições que apresentem outras possibilidades<br />
de crédito e que estejam atentas<br />
aos alertas do mercado, conhecendo todos<br />
os cenários para auxiliar seus clientes durante<br />
essa movimentação".<br />
Portanto, empresários e comerciantes<br />
que se prevenirem sentirão<br />
menos essas oscilações financeiras<br />
e garantirão um<br />
período linear, enquanto<br />
Reduzir um quarto<br />
do capital do sistema<br />
financeiro nacional<br />
com impactos para<br />
concessão de crédito,<br />
significa uma retração<br />
de crédito na ordem de<br />
R$ 1 trilhão<br />
Federal Invest de Araraquara.<br />
as que não se anteciparem<br />
passarão por turbulências.<br />
"As factorings hoje são um<br />
setor extremamente importante<br />
no mercado e garantem<br />
a saúde econômica de<br />
muitas empresas, que passam<br />
a não depender exclusivamente<br />
de instituições<br />
financeiras. Diversificar é<br />
a palavra de ordem nesse<br />
momento para garantir<br />
uma gestão de qualidade<br />
dos negócios", conclui o<br />
administrador da unidade<br />
SERVIÇO:<br />
F<strong>ED</strong>ERAL INVEST ARARAQUARA/SP<br />
Rua Padre Duarte, 151 - Sala 101<br />
Centro, Araraquara/SP - CEP 14801-310<br />
(16) 3397-4131 / 3397-4121<br />
E-mail: araraquara@federalinvest.com.br<br />
30
consumo<br />
Em tempos de Copa<br />
o torcedor bebe mais<br />
Beber e comemorar, lema<br />
adotado pelo torcedor que<br />
aproveitou as promoções<br />
surgidas na cidade.<br />
Teve lugar que apostou<br />
na promoção de “oferecer<br />
um chope a cada gol<br />
marcado pelo Brasil”.<br />
Na primeira fase do<br />
torneio foram 8 rodadas<br />
de graça para os clientes.<br />
A euforia da torcida durante a<br />
participação do Brasil na fase<br />
inicial da Copa do Mundo, levou<br />
rentabilidade para o interior dos<br />
bares e choperias. A lamentação<br />
ficou por conta da exclusão<br />
de Araraquara como subsede<br />
do torneio.<br />
Não são apenas os televisores que estão<br />
em alta para o araraquarense durante a disputa<br />
da Copa do Mundo. No ramo de consumo<br />
semi e não duráveis, houve uma queda de<br />
3,9% em relação ao mês de abril deste ano<br />
com o do mesmo período do ano passado; a<br />
fabricação de bebidas subiu cerca de 2,5% no<br />
mês que antecedia o início da Copa.<br />
"Cerveja, chope e refrigerante estão impulsionando<br />
o resultado, deixando transparecer<br />
que estes produtos têm importante relação<br />
com o evento. O setor vinha com um comportamento<br />
negativo, com impostos encarecendo<br />
o bem final. Então a opção foi trabalhar mais<br />
com a expectativa de um aumento na demanda<br />
por conta do evento, do que propriamente<br />
um aumento do consumo", diz o gerente André<br />
Macedo, da Coordenação de Indústria do<br />
IBGE.<br />
No ano, o aumento na produção de be-<br />
bidas alcoólicas foi de 3,6%, enquanto que a<br />
fabricação de não alcoólicos expandiu 0,3%.<br />
"Ou seja, claramente aqui, são a cerveja e o<br />
chope que estão com maior pressão", comenta<br />
Macedo, em uma análise considerada<br />
global, porém, proporcional de cidade para<br />
cidade.<br />
Como atrativo, diversos bares e restaurantes<br />
de Araraquara apostaram na Copa do<br />
Mundo para receber mais clientes em seus<br />
estabelecimentos, com promoções durante os<br />
jogos do Brasil, como uma rodada de chope<br />
grátis a cada gol brasileiro, open bar ou até<br />
mesmo caipirinhas. Cláudio Borba, proprietário<br />
do Villa’s Bar, enaltece que a realização do<br />
torneio trouxe uma nova fidelidade.<br />
“Quando fazemos promoções, a nossa<br />
intenção é aumentar o número de clientes,<br />
ainda mais neste período de Copa do Mundo.<br />
Durante os jogos do Brasil, tivemos um acréscimo<br />
de 30% no faturamento”, detalha Borba.<br />
Já a On Off Club optou por uma promoção<br />
durante o open bar. A cada gol brasileiro era<br />
acrescentada mais uma hora de evento. Adriano<br />
Moreira Deltrani, proprietário da casa, comemorou<br />
a clientela conquistada durante este período<br />
de Copa do Mundo. “O intuito foi de fidelizar<br />
esses clientes para que mantenham a frequência.<br />
A média de público durante os jogos do Brasil<br />
foi de 400 pessoas”, conta Deltrani.<br />
Apesar do sucesso, o proprietário lamenta<br />
por Araraquara não ter sido escolhida<br />
como subsede para a Copa. “Tenho<br />
amigos que lucraram muito dentro<br />
de uma cidade subsede. Araraquara<br />
e outros estabelecimentos perderam<br />
uma grande oportunidade com isso”,<br />
declara.<br />
Villa’s Bar transformou a rua no seu<br />
estádio de futebol para acolher os<br />
torcedores<br />
31
comércio<br />
O meu mundo<br />
parece maior<br />
Animados com a Copa do<br />
Mundo e interessados em ter um<br />
aparelho de tamanho superior, o<br />
interesse por televisores de muitas<br />
polegadas aumentou em mais de<br />
250% na cidade.<br />
A expectativa para a Copa do Mundo fez<br />
com que a fabricação de televisores aumentasse<br />
em contrapartida com a produção industrial,<br />
que caiu em 5,8% no mês de abril<br />
em relação ao ano passado, segundo dados<br />
informados pelo Instituto Brasileiro de Geografia<br />
e Estatística (IBGE). "Essa situação em<br />
si justificaria a maior produção em função da<br />
expectativa de consumo bem maior nesse<br />
período", explicou André Macedo, gerente da<br />
Coordenação de Indústria do IBGE.<br />
Eletrodomésticos da linha marrom, que incluem<br />
os aparelhos de televisão, registraram<br />
um aumento de 20,9% na produção em abril,<br />
em relação ao mesmo mês de 2013, sendo o<br />
único destaque positivo na categoria de bens<br />
duráveis. Quando o item procurado é televisor,<br />
que é um bem bastante durável, as pessoas<br />
não se preocupam só com o preço, mas sim<br />
com a relação custo-benefício proporcionada<br />
pela tecnologia e funcionalidade oferecidas<br />
pelo aparelho.<br />
"Nitidamente, a alta da linha marrom é puxada<br />
pela produção de TVs. O fator Copa do<br />
Mundo é preponderante para explicar essa<br />
expansão. Não tem como dissociar uma coisa<br />
da outra", afirmou Macedo.<br />
As vendas também tiveram um bom aumento.<br />
Em uma loja de varejo no centro da<br />
cidade, houve um aumento de 10% para 40%<br />
Cansado da TV de 29 polegadas e com<br />
vontade de adquirir um modelo maior<br />
para assistir aos jogos da Copa do<br />
Mundo, o aposentado Benedito Alves<br />
aproveitou uma promoção oferecida<br />
por uma rede de varejo e em março<br />
comprou uma TV de 43 polegadas.<br />
Ele ainda conserva a televisão antiga,<br />
mas não esconde a empolgação com<br />
a nova. Para ele o mundo parece ser<br />
bem maior.<br />
meses antes do início da Copa. Para o sociólogo,<br />
Edmundo Alves de Oliveira, o aumento é<br />
justificado em decorrência da compra coletiva<br />
que acontece entre os consumidores.<br />
“Um consumidor é motivado pelo outro.<br />
Através de uma compra bem sucedida, as<br />
pessoas acabam se motivando e comprando<br />
o mesmo produto. A estratégia de marketing<br />
de uma loja, por exemplo, acaba incentivando<br />
para que isso aconteça. Isso motiva o nosso<br />
mercado”, destaca Oliveira.<br />
A tendência é que as compras aumentem<br />
ainda neste mês. Em contato com a assessoria<br />
da Via Varejo, empresa que administra as<br />
redes Casas Bahia e Ponto Frio, as vendas de<br />
TVs podem aumentar cerca de 50% com suas<br />
promoções, que começaram com a expectativa<br />
da Copa e continua, devido a promoções<br />
realizadas mesmo com o final do evento.<br />
Nas Casas Bahia<br />
a procura por<br />
televisores a partir<br />
de 40 polegadas<br />
aumentou muito<br />
depois do Dia das<br />
Mães. Se na Copa<br />
de 2010 o interesse<br />
das pessoas era por<br />
substituir os<br />
aparelhos de tubo<br />
por outros mais<br />
finos e modernos<br />
de LCD e Plasma,<br />
agora, o interesse<br />
são TV’s maiores e<br />
mais tecnológicas.<br />
32
33
dia do panificador<br />
Singela homenagem ao<br />
pão nosso de cada dia<br />
Ao todo são quase 150 padarias<br />
na cidade, empregando cerca<br />
1600 colaboradores. O setor da<br />
panificação se espalha por todos<br />
os cantos e se mostra a agregar<br />
produtos como hortifruti para<br />
aumentar o faturamento.<br />
Para comemorar o Dia do Panificador, o<br />
SIPCAR (Sindicato da Indústria de Panificadores<br />
e Confeitarias de Araraquara) organizará<br />
um café da manhã neste dia 7, às 9h, no<br />
auditório da ACIA.<br />
Maria do Carmo Caldeira Rufino, presidente<br />
do SIPCAR, ressalta a importância de<br />
um panificador em nosso dia a dia. “O setor<br />
de panificação gera muitos empregos, desde<br />
micro e médias empresas; algumas padarias<br />
contam com sete ou até mesmo 40 funcionários,<br />
sendo, muitas delas, famílias que gostam<br />
e estão no ramo de panificação a algumas gerações.<br />
São verdadeiros heróis”, declara.<br />
Grande parte das panificadoras se dedica<br />
a projetos sociais e Maria do Carmo reconhece<br />
a importância destes trabalhos para a comunidade.<br />
“Apoiamos a ideia da realização de<br />
eventos sociais através da panificação, com o<br />
objetivo em incentivar o desenvolvimento da<br />
economia familiar, como o que está sendo realizado<br />
em algumas panificadoras, cedendo espaço<br />
para os assentados e pequenos agricultores<br />
venderem seus produtos de horticultura.<br />
Durante o café da manhã, serão entregues<br />
banners e selos a mais cinco padarias<br />
que passarão a fazer parte do projeto “Produtos<br />
do Campo”, realizado pela SIPCAR em<br />
parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura<br />
e com a Fundação ITESP – Instituto de<br />
Panificadora Cristal, na Vila Xavier, tem a tradição da Família Flório<br />
Terras do Estado de São Paulo, que tem como<br />
objetivo incentivar a venda de produtos através<br />
da agricultura familiar.<br />
É das padarias que vem o aroma, aguçando<br />
o desejo de saboreá-lo, sem contar quando<br />
ele também está em nossos lares. É quase<br />
que uma obrigação consumir um pãozinho<br />
sem respeito algum. “Se não fossem os panificadores,<br />
o nosso dia a dia não seria a mesma<br />
coisa”, argumenta Maria do Carmo.<br />
O PÃO FRANCÊS<br />
A partir de 1910, o brasileiro ia pelo menos<br />
uma vez ao ano a Paris para ficar por<br />
dentro das atualidades. No Rio de Janeiro, até<br />
então capital do Brasil, o número de cafés e<br />
Reportagem: Rafael Zocco<br />
panificadoras crescia, acostumando a servir<br />
os clientes com estilo e elegância. Porém, os<br />
pães produzidos tinham as cascas e miolos<br />
escuros, criando um mal-estar entre os clientes.<br />
É da Europa que veio a mudança.<br />
Muitos viajantes deram a ideia aos panificadores<br />
de fazerem o pãozinho de casca<br />
dourada e miolo branco, como eram feitos<br />
na França. Através dessas características, os<br />
panificadores criaram uma nova receita e apelidaram<br />
de “pão francês”, o pão que conhecemos<br />
até hoje.<br />
Hoje em dia, dizem que o nosso pão francês<br />
é um dos melhores do mundo e que alguns<br />
estrangeiros procuram copiar a receita<br />
do nosso pão “tipo francês”, que chamam de<br />
“pão brasileiro”.<br />
Maria do<br />
Carmo,<br />
presidente do<br />
Sindicato de<br />
Panificadores e<br />
Confeitarias na<br />
cidade, pronta<br />
para prestar<br />
homenagens<br />
à classe neste<br />
mês de julho<br />
Antônio César Rodrigues<br />
e a esposa Rosana Yuri<br />
produzem e entregam o<br />
pão nosso de cada dia<br />
34
Sônia e Márcio Corvello, proprietários da<br />
Panificadora Cristal<br />
FAMÍLIA FLÓRIO<br />
Araraquara teve grande contribuição com<br />
a panificação graças à família Flório. Benedito<br />
Flório foi quem semeou o sonho dos pães fresquinhos<br />
na antiga Rua do Tesouro, hoje Bento<br />
de Barros, na Vila Xavier, em 1945. Os filhos<br />
seguiram seus passos e da mesma forma, foram<br />
impulsionados pelo trabalho e orgulho em<br />
servir a cidade.<br />
Um dos frutos de Benedito é a Panificadora<br />
Cristal, presente há mais de 30 anos em<br />
Araraquara, sendo sinônimo de tradição da<br />
família Flório. Márcio Corvello, sobrinho de Benedito,<br />
é quem administra a padaria, ajudando<br />
em seus momentos a dona Sônia Corvello,<br />
uma das filhas que Benedito criou quando<br />
ainda era vivo.<br />
“A panificadora nasceu em 1977. Meus<br />
tios, Euclides Fogal e Aparecida Flório Fogal<br />
eram os proprietários. Um dia eles conversaram<br />
com o meu pai e disseram que não queriam<br />
continuar mais com a padaria, perguntando<br />
a mim se eu queria ser o novo dono, já<br />
que meus primos não queriam continuar no<br />
negócio. Aceitei na hora”, conta Márcio.<br />
Nascida na Avenida Padre Antônio Cezarino,<br />
hoje a panificadora Cristal está instalada<br />
em dois pontos na cidade: Rua Almirante de<br />
Tamandaré, 367, na Vila Xavier, e a mais nova<br />
unidade, localizada na Avenida Alberto Santos<br />
Dumont, 922, no Jardim Eliana.<br />
Márcio conta também como entrou no<br />
ramo da panificação. “Praticamente nasci um<br />
panificador. Quando criança eu estava sempre<br />
dentro das padarias da família. Eu já vivia de<br />
padaria”, relata. Hoje, o panificador ressalta a<br />
importância da profissão e o esforço contínuo<br />
da família no dia a dia.<br />
“Aqui todo dia é sinônimo de inovação. É a<br />
mistura de talento com a inspiração. Graças a<br />
isso, ampliamos os nossos estabelecimentos<br />
pensando no melhor”.<br />
SONHANDO GRANDE<br />
Diferentemente da tradição Flório, outros<br />
panificadores buscam seu espaço na cidade<br />
e se arriscam neste sonho. Proprietários da recém-inaugurada<br />
Panificadora Raíssa, no São<br />
Geraldo, o casal Rosana Yuri e Antônio César<br />
Rodrigues é formado no Curso de Panificação<br />
do Espaço Kaparaó, em parceria com o SENAI.<br />
Nascidos em São Paulo, foram donos de<br />
lanchonete e, mais tarde, moraram no Japão<br />
por 17 anos. “Quando estava no Japão, Rosana<br />
veio para Araraquara conhecer a cidade.<br />
Mexendo na Internet, encontrei um pequeno<br />
salão no São Geraldo e decidimos abrir o negócio<br />
aqui mesmo”, conta Antônio.<br />
Ainda iniciando como panificador, Antônio<br />
elogia a profissão e espera adquirir mais experiência<br />
no ramo. “É uma satisfação exercer<br />
esta função. A cada dia é um conhecimento a<br />
mais sobre a panificação. O crescimento está<br />
acontecendo dentro do esperado”, detalha.<br />
35
comportamento<br />
Quando os filhos seguem<br />
os passos dos pais<br />
Em Araraquara, diretores de<br />
empresas estão passando a<br />
responsabilidade de cargo aos<br />
filhos, ainda jovens, como forma<br />
de lhes indicar o caminho da<br />
prosperidade. Os exemplos das<br />
famílias Ramos e Tedde já se<br />
ampliam como também uma<br />
forma segura de preservar os<br />
traços administrativos ou então<br />
produtivos vindos através dos<br />
tempos. Quer dizer: em time<br />
que ganha não se deve mexer.<br />
Reportagem: Jean Cazellotto<br />
Em 1986 nasceu a Fort-Lar, grande empresa<br />
de alumínio que fabrica panelas de<br />
pressão, canecas e outros produtos, nas mãos<br />
de Ademir Ramos da Silva, empresário bem<br />
sucedido da cidade.<br />
O êxito do grupo, ele diz que é a determinação,<br />
a responsabilidade e fazer a diferença<br />
no mercado. “Ninguém faz nada sozinho, então<br />
precisamos de outras pessoas e é por isso<br />
que minha família está aqui comigo hoje. E só<br />
posso fazer isso, porque eles me ajudaram e<br />
todos tiveram comprometimento, humildade e<br />
responsabilidade.”<br />
Atualmente, todos os<br />
membros da família trabalham<br />
na empresa – esposa e<br />
mais três filhos. Maria Aparecida<br />
Cardoso Ramos da Silva,<br />
mulher de Ademir, é responsável<br />
pelo setor administrativo<br />
e a filha Flávia Ramos<br />
da Silva, pelo departamento<br />
comercial. O filho mais velho,<br />
Fabrício, comanda a produção<br />
da fábrica e Vinicius<br />
está à frente da empresa de<br />
laminação de alumínios, no distrito industrial.<br />
Ademir diz orgulhoso que criou três “gigantes”,<br />
se referindo aos filhos, para assumir qualquer<br />
responsabilidade dentro do seu império construído<br />
ao longo de quase 30 anos de muito trabalho.<br />
“Qualquer crise que a empresa tenha,<br />
O casal Maria Aparecida-Ademir Ramos da Silva com os filhos Vinicius, Flávia e Fabrício<br />
eles estão altamente capacitados para solucionar<br />
com o menor impacto possível”.<br />
Questionado se pretende sair do comando<br />
geral da Fort-Lar, Ademir Ramos é direto.<br />
“Nunca. Ficarei aqui até quando não for mais<br />
possível. A diferença é que não preciso mais<br />
acordar às 5h da manhã e ficar até às 22h. Já<br />
fiz muito isso, agora é a vez<br />
dos meus filhos”, responde<br />
aos risos.<br />
Outro caso semelhante<br />
é da família Tedde. Pedro e<br />
os filhos atualmente são donos<br />
de quatro empresas, que<br />
formam o grupo TeddeWork.<br />
“Meu pai, Miguel Tedde, era<br />
advogado junto com a minha<br />
mãe. Às vezes, algumas pessoas<br />
apareciam no escritório<br />
pedindo para que ele fizesse<br />
um contrato de aluguel de<br />
imóveis, na década de 70. Depois de um tempo,<br />
minha mãe viu que era uma lacuna que<br />
precisava ser preenchida na cidade. Araraquara<br />
tinha a necessidade de uma imobiliária.<br />
Criamos então uma sala a parte do escritório<br />
e começamos a mexer apenas com aluguel.<br />
Ademir diz orgulhoso<br />
que criou três gigantes,<br />
se referindo aos filhos,<br />
para assumir qual for<br />
a responsabilidade<br />
dentro do seu império<br />
construído ao longo de<br />
quase 30 anos de muito<br />
trabalho.<br />
O interior da Fort-Lar que recentemente<br />
inaugurou seu novo prédio na Avenida<br />
Major Antônio Mariano Borba, no Jardim<br />
Portugal<br />
36
Depois crescemos para vendas e, quando me<br />
formei em engenharia civil, implementamos a<br />
Tedde Empreendimentos”.<br />
A ascensão da família continua. Em 1991,<br />
Pedro abriu com mais um sócio a Work Serviços,<br />
prestadora para faxinas e limpezas em<br />
geral e a MTS Segurança, etc. “Meu filho mais<br />
velho, o Pedro Tedde Junior, se formou em Direito<br />
e dois anos mais tarde, o sócio quis sair<br />
do negócio. Eu comprei a parte dele e passei<br />
para o Junior”, diz Pedro, orgulhoso.<br />
Alguns anos depois foi a vez de Felipe<br />
Haddad Tedde, assumindo junto com o pai<br />
a Tedde Imobiliária. “Ele se formou em administração<br />
de empresas e me ajuda com as<br />
responsabilidades da imobiliária. O caçula<br />
Raphael está em intercâmbio para aprender<br />
novas línguas e, voltando, se formará em administração<br />
de empresas também”, diz Pedro.<br />
As empresas TeddeWork se mudaram<br />
para um único prédio na Avenida Padre José<br />
de Anchieta, centralizando todos os serviços.<br />
Em linhas gerais, qualquer pai se sente<br />
orgulhoso em transferir essa responsabilidade<br />
ao filho, buscando não apenas indicar um caminho<br />
de sucesso, mas principalmente alcançar<br />
qualidade de vida , que julga ser necessária,<br />
mostrando cansaço após muitos anos de<br />
trabalho.<br />
O empresário Pedro Lia Tedde com os filhos Felipe e Pedrinho na nova sede do Grupo<br />
TeddeWork (antiga Arauto, na Vila Melhado) onde estão concentradas as quatro empresas<br />
formadas com perfil familiar<br />
37
sincomercio<br />
Rotatividade:<br />
Uma vilã à atividade econômica<br />
A exemplo do que ocorre no<br />
Brasil, a nossa cidade também<br />
enfrenta o mesmo problema:<br />
a rotatividade no emprego.<br />
No passado essa situação não<br />
acontecia com tanta frequência,<br />
no entanto, a geração atual<br />
quer tudo imediatamente. Entra<br />
em um lugar onde não vendo o<br />
crescimento surgir rapidamente,<br />
desanima, é passa a ser natural<br />
buscar a mudançade serviço.<br />
- Uma das variáveis mais corrosivas às<br />
empresas, e ao dinamismo da economia em<br />
geral, é a rotatividade da mão de obra. Conhecida<br />
também como “turnover”, a rotatividade é<br />
a movimentação de trabalhadores medida por<br />
determinado período, em relação ao estoque<br />
de mão de obra de uma economia ou setor,<br />
em local específico.<br />
De forma bem direta, a rotatividade significa<br />
custo. Quanto maior for a movimentação de<br />
trabalhadores no quadro funcional de um estabelecimento,<br />
maior será o custo financeiro<br />
e burocrático para admissão e desligamento<br />
dos funcionários, e, consequentemente, maior<br />
será o investimento para o treinamento de novos<br />
colaboradores. Quatro principais custos<br />
são os mais comuns para mostrar quanto a<br />
alta rotatividade é prejudicial às empresas:<br />
1. Custos de recrutamento/seleção;<br />
2. Custos de registro/documentação;<br />
3. Custos de integração/treinamentos;<br />
4. Custos de desligamento.<br />
Além da lista acima, podem ser listadas<br />
diversos outros fatores negativos com o alto<br />
turnover da mão de obra: Queda na produtividade,<br />
perda de capital intelectual, aumento de<br />
processos trabalhistas, entre outros.<br />
Como pode ser observado no quadro abaixo,<br />
tabela 1, a movimentação do mercado de<br />
trabalho araraquarense é superior aos 80 mil<br />
(admissões + desligamentos). Em São Carlos<br />
a movimentação gira em torno dos 70 mil e<br />
em Rio Claro cerca de 60 mil. A movimentação<br />
pode significar o quão aquecido encontra-se o<br />
mercado de trabalho, porém, também pode,<br />
em alguns momentos, ser sinal da alta rotatividade<br />
da mão de obra.<br />
Jaime Vasconcellos - Economista e Assessor de<br />
Imprensa do Sincomercio Araraquara<br />
Pesquisador do Núcleo de Conjuntura e Estudos<br />
Econômicos (NCEE) / UNESP Araraquara<br />
Se antigamente trabalhadores<br />
conquistavam a<br />
aposentadoria por tempo<br />
de serviço em um único<br />
local de trabalho, hoje a<br />
permanência não é o fator<br />
mais comum para alcançar<br />
este objetivo. A rotatividade<br />
no mercado de trabalho é<br />
um dos maiores problemas<br />
enfrentados pelos<br />
empresários, principalmente<br />
nas indústrias.<br />
Segundo a RAIS (Relação Anual de Informações<br />
Sociais) de 2012 e o CAG<strong>ED</strong>, ambos<br />
os bancos de dados do Ministério do Trabalho,<br />
atualmente a economia de Araraquara possui<br />
76.517 trabalhadores com carteira assinada.<br />
Sua rotatividade ficou em 4,4% no último mês<br />
de abril. No ano, a média é de 54%. Dentre<br />
os setores que possuem as maiores taxas de<br />
rotatividade são: Construção Civil (7,4% em<br />
abril ou 98% ao ano) e o Comércio (5,4% em<br />
abril ou 65% ao ano). Nestas médias, em uma<br />
abordagem mais simplista, em menos de dois<br />
anos teríamos todo o mercado de trabalho<br />
local renovado. O comércio segue esta média<br />
e a construção civil metade deste tempo.<br />
Em São Carlos e Rio Claro, em 2013, a rotatividade<br />
total do mercado de trabalho formal<br />
ficou em, respectivamente, 45,5% e 49,3%. É<br />
inimaginável prever ganhos de eficiência, qualidade<br />
e de produtividade com tamanha volatilidade<br />
de mão de obra.<br />
Segundo a tabela 2, ao lado, em Araraquara<br />
a queda no número de desligamentos sem<br />
justa causa nos últimos três anos está em con-<br />
38
A concorrência vem também<br />
da busca pelo negócio próprio.<br />
Pequenas empresas são criadas<br />
para atender a demanda da<br />
indústria e impulsiona outra<br />
atividade econômica: a da<br />
prestação de serviços.<br />
As pessoas estão se<br />
espertando para ter<br />
o negócio próprio, há muitas<br />
facilidades para entrar no<br />
mercado e o profissional<br />
autônomo está mais popular.<br />
traposição ao crescimento do número de desligamentos<br />
a pedido do empregado. Este último<br />
tipo de desligamento, a pedido do trabalhador,<br />
deve crescer 25,8% entre 2010 e <strong>2014</strong>. Para<br />
isso, basta o número de desligamentos deste<br />
tipo continuar a crescer na média deste primeiro<br />
quadrimestre, e, com isso, encerrar ano<br />
acima dos 12,4 mil. Tal realidade (aumento do<br />
desligamento a pedido) também é observada<br />
em São Carlos e Rio Claro. Este fenômeno é<br />
sinal claro do aquecimento do mercado de trabalho.<br />
Com o mercado de trabalho aquecido,<br />
há uma busca constante dos trabalhadores<br />
em busca a melhores postos de trabalho. Por<br />
muitas vezes, a busca por um salário minimamente<br />
maior faz com que o trabalhador troque<br />
de estabelecimento e/ou setores. Questões<br />
como ambiente de trabalho, infraestrutura e<br />
planos de carreira são outros importantes fatores<br />
que impactam a rotatividade da mão de<br />
obra.<br />
O problema deste aquecimento é o custo<br />
elevado dessa movimentação ao empresariado.<br />
Ainda mais na realidade de negócios brasileira,<br />
burocrática, vigorosamente tributada e<br />
lenta. Neste caso, o micro e pequeno estabelecimento<br />
têm, devido às margens cada vez<br />
mais exíguas, uma situação ainda mais grave.<br />
Em média um funcionário de<br />
linha de produção fica de seis<br />
meses a um ano na mesma<br />
indústria. É raro o caso<br />
daquele que está<br />
há dois anos.<br />
Por uma pequena<br />
quantidade financeira<br />
a mais no salário, ou algum<br />
outro benefício, o trabalhador<br />
troca de emprego.<br />
Algumas atitudes podem ser vitais para<br />
queda da rotatividade da mão de obra. Pelo<br />
lado das empresas, a remuneração é apenas<br />
um fator atrativo ou repulsivo. O bom ambiente<br />
de trabalho, aliado a uma política de gestão<br />
interna tendem a potencializar a relação com<br />
os colaboradores. A criação de uma sinergia<br />
entre os desempenhos individuais dos funcionários<br />
e a realidade empresarial é estratégica<br />
para manter e aperfeiçoar o quadro funcional<br />
do estabelecimento. No caso do empregado,<br />
é cada vez mais tácito que o investimento em<br />
sua qualificação, aliado a um plano de carreira<br />
e visão de longo prazo, é correlato a posições e<br />
salários melhores dentro de uma organização.<br />
A visão imediatista pode ser um risco para<br />
avaliação profissional de qualquer colaborador,<br />
principalmente em um ambiente bastante<br />
concorrencial do mercado de trabalho, como é<br />
atualmente o brasileiro.<br />
Alternativa que não dizima, mas reduziria<br />
o impacto da alta rotatividade da mão de obra<br />
é uma maior flexibilização da legislação trabalhista<br />
brasileira. Arcaica e inflexível, a mesma<br />
condiciona ao empregador e colaborador uma<br />
realidade lenta, custosa e extremamente burocrática.<br />
Uma simplificação seria de extrema<br />
utilidade à dinamização econômica do mercado<br />
de trabalho brasileiro<br />
39
jurídico<br />
O custo das decisões trabalhistas<br />
Em outra oportunidade,<br />
neste espaço, foram expostos<br />
breves pontos sobre a importância<br />
das negociações<br />
coletivas estabelecidas por<br />
sindicatos de empresas e<br />
trabalhadores para fixação<br />
de normas que sejam de interesse<br />
comum dos grupos<br />
que representam.<br />
São eles – os sindicatos<br />
– que conhecem a realidade das partes envolvidas para<br />
a aplicação de obrigações ou ampliação de direitos e, por<br />
isso, devem atuar na composição dos interesses opostos<br />
acomodando as necessidades de ambas nos limites de<br />
suas possibilidades.<br />
Interessante estudo dos professores André Portela e<br />
Eduardo Zylberstajn, da Fundação Getúlio Vargas de São<br />
Paulo (FGV-SP), encomendado pela FECOMERCIO-SP, demonstra<br />
que algumas decisões emanadas do Poder Judiciário<br />
afetam as regras que foram pactuadas livremente por<br />
sindicatos de empregados e empregadores, via negociação<br />
coletiva.<br />
Em verdade, a pesquisa tem por referência as súmulas<br />
do Tribunal Superior do Trabalho – TST que indicam o<br />
entendimento pacificado daquele tribunal sobre os temas<br />
jurídicos por ele apreciados.<br />
O assunto toma relevância na medida em que, apesar<br />
de as súmulas não possuírem força de lei, a última instância<br />
judicial de discussão de controvérsia jurídico-trabalhista<br />
é o TST e o entendimento pacificado por suas decisões<br />
anteriores deverá prevalecer ao final da maioria das ações<br />
apreciadas por aquela justiça especializada.<br />
No referido trabalho da FGV, seus autores examinam o<br />
impacto das súmulas do TST no custo do trabalho no Brasil<br />
e a apuração de resultados é feita a partir de situações<br />
hipotéticas disciplinadas por aquelas decisões. Trata-se de<br />
pesquisa bem detalhada demonstrando em números os<br />
prejuízos advindos das súmulas em três temas escolhidos<br />
pelos professores: intervalo intrajornada para repouso e<br />
alimentação, início da contagem da duração da jornada de<br />
trabalho e estabilidade para gestantes nos contratos por<br />
tempo determinado.<br />
As súmulas do TST, conhecidas como “persuasivas”, devem<br />
servir de instrumento protetivo às partes, no que concerne<br />
à segurança jurídica daqueles que precisam se socorrer<br />
do Poder Judiciário para fazer valer seus direitos. Ocorre<br />
que, segundo a pesquisa, na seara trabalhista, em alguns<br />
casos, a imposição de entendimento sumular acaba por<br />
afetar direta e prejudicialmente empresas e trabalhadores.<br />
Pois bem. Deixando de lado os dois últimos assuntos,<br />
objetos da pesquisa, e tratando apenas do intervalo intrajornada,<br />
pode-se observar que o maior problema é a imposição<br />
de rigidez nas regras previstas em súmulas, que<br />
anulam acordos e convenções coletivas e impossibilitam a<br />
negociação sobre questões que são de interesse coletivo, conforme<br />
a Súmula 437, item II, quando assim determina: “II - É<br />
inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho<br />
contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada<br />
porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança<br />
do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da<br />
CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva.”<br />
Com a decisão do TST de declarar a nulidade dos acordos e<br />
convenções coletivas com previsão de redução do tempo para<br />
repouso e refeição, trabalhadores e empregadores podem, em<br />
muitas situações, sofrer prejuízos.<br />
Não é incomum ser de interesse dos empregadores a redução<br />
do horário de refeição e repouso de seus colaboradores<br />
para atingir maior eficácia na produção de seus produtos ou na<br />
prestação de seus serviços e também, de outra parte, não é<br />
incomum ser do interesse dos trabalhadores tal redução para<br />
que possam usufruir maior tempo para os estudos, o lazer ou<br />
o convívio familiar. A conciliação de tais interesses se fazia por<br />
acordo ou convenção coletiva, porém, após 27/09/2012, com<br />
a edição da nova regra sumular, a negociação para a referida<br />
redução, na prática, foi proibida. Em tal panorama, aponta o<br />
referido estudo:<br />
“Para o empregador, os custos se dividem entre: (I) diretos:<br />
associados ao dispêndio adicional que seria evitado caso<br />
a decisão judicial não impedisse uma solução superior, com<br />
ganhos mútuos para as partes; (II) custos processuais (ou ‘passivo<br />
comum’): relativos aos gastos com acesso e intermediação<br />
judiciária para responder a descumprimentos de preceitos normativos;<br />
(III) passivo oculto: originário da insegurança jurídica<br />
associada às leis e à justiça trabalhistas.<br />
Diferentemente do passivo comum, sua variante ‘oculta’<br />
não decorre do descumprimento da legislação, mas de uma<br />
mudança de entendimento dos dispositivos legais pelos tribunais,<br />
com possível retroatividade (no máximo cinco anos) caso<br />
se decida pela condenação...<br />
Para o empregado, os custos envolvem, usualmente, perda<br />
de bem-estar associada à inviabilidade de acordar bilateralmente<br />
uma solução mais cômoda ou mais econômica...”<br />
Como se vê pelo trabalho da FGV-SP, a interferência do Poder<br />
Judiciário nas relações de trabalho, tal como realizada pelo<br />
item II da Súmula 437, do TST, que anula acordos e convenções<br />
sindicais, com efeito retroativo, não contribui para o ambiente<br />
de negócios no Brasil, gera incertezas e custos que não são suportáveis<br />
aos investidores e retarda o progresso do país.<br />
Infelizmente, possui razão o jornalista Celso Ming ao afirmar,<br />
em artigo publicado em sua coluna no “Estadão”, em<br />
05/10/2013, que tal cenário “faz parte daquilo que o ex-ministro<br />
da Fazenda Pedro Malan chamava de ‘passado incerto’.”<br />
Enfim, a permanecer este quadro jurídico, os empresários,<br />
os trabalhadores e a sociedade perdem, os investimentos se<br />
retraem e o que era para servir de salvaguarda da segurança<br />
jurídica – leia-se: súmula – se desmancha no ar.<br />
Dr. Iran Carlos Ribeiro<br />
Advogado do SINCOMERCIO Araraquara<br />
40 40
ca-suco<br />
Onde a notícia<br />
chega na frente<br />
Final dos anos 70; a cidade com<br />
quase 100 mil habitantes era<br />
marcada por um processo de<br />
transformação comercial. Neste<br />
clima é que surge a Ca-Suco<br />
pelas mãos da Família Cardozo.<br />
Foi em 1978 que “os Cardozo” decidiram<br />
criar no centro emergente de Araraquara a<br />
Ca-suco, lanchonete que surgia com a novidade<br />
do café expresso. Simultaneamente,<br />
a família comandava uma loja de materiais<br />
esportivos, a J. Cardozo, que se tornou ponto<br />
de referência no mercado. Assim, José Roberto<br />
Cardozo dirigia a loja e os irmãos Elias<br />
e José Carlos administravam a Ca-Suco, que<br />
foi ganhando espaço e poder na comunicação<br />
- quase que em tempo real.<br />
Trinta e seis anos são passados e a lanchonete<br />
que mantinha concorrência brava com o<br />
“café feito em coador no Bar do Pernambuco”,<br />
continua com o mesmo perfil, apimentando<br />
Elias, Zé Carlos<br />
e Zé Roberto<br />
unidos na<br />
preservação<br />
da histórica<br />
lanchonete<br />
sua fonte noticiosa nos anos eleitorais. Uns<br />
aproveitam e fazem do local uma central de<br />
notícias. A Ca-Suco se transformou em referência<br />
pelas próprias características que criou<br />
ao longo do tempo.<br />
Sua identificação com a cidade é marcante<br />
em quase quatro décadas de serviços, fato<br />
que José Roberto, Elias e José Carlos fazem<br />
questão de preservar. O atendimento é rápido<br />
e impecável, comentam políticos, empresários,<br />
bancários, lojistas, empreendedores,<br />
artistas, enfim, todos que apreciam um bom<br />
cafezinho, sucos e salgadinhos. Parabéns família<br />
Cardozo.<br />
41
gastronomia<br />
Prontos para ir ao<br />
Boi na Brasa<br />
Passava um pouco das 10 horas da noite. Nos tempos em que<br />
o AM era o coqueluche das rádios, Orlando Gaspar ligava seu<br />
surrado Philips na Tupi de São Paulo e os poucos clientes que ainda<br />
estavam no “Boi na Brasa” ouviam Joel de Almeida, parceiro de<br />
Vinicius de Morais em algumas músicas, mandar mensagens para<br />
o querido ouvinte em Araraquara. O ambiente coincidia com a<br />
familiaridade da época e a simplicidade de Orlando, vista na<br />
inauguração da churrascaria.<br />
O restaurante e churrascaria Boi na<br />
Brasa foi inaugurado em 1967 e já iniciou<br />
suas atividades com casa cheia e pessoas<br />
importantes da elite de Araraquara.<br />
Sua história começou com a criação do<br />
atual Escritório de Contabilidade Gaspar,<br />
na Rua Nove de Julho (Rua 2), onde hoje<br />
é a Emy Cosméticos. Os irmãos Gaspar<br />
O fusca quase em frente ao Boi na Brasa<br />
fazia parte daquele cenário de 1966<br />
eram os responsáveis<br />
por tocar o negócio que<br />
a família iniciara. Rosário<br />
e Arnaldo ficaram com o<br />
escritório e, na divisão de<br />
terreno, Orlando decidiu<br />
abrir uma churrascaria – o<br />
Boi na Brasa.<br />
Felício Gaspar, um dos<br />
filhos de Orlando, ainda<br />
menino participou de toda<br />
a trajetória do negócio do<br />
pai. “Eu ia lá quase todos<br />
os dias e via meu pai trabalhar.<br />
Ficava fascinado<br />
com todas aquelas pessoas<br />
que frequentavam<br />
a churrascaria e a casa<br />
sempre estava cheia”, diz orgulhoso. Um<br />
dos cinco garçons que serviram as mesas<br />
da churrascaria naquele ano foi Argemiro<br />
de Freitas e hoje com 80 anos de idade,<br />
relembra da inauguração. “Muitas pessoas<br />
compareceram no dia da abertura.<br />
Era tanta gente que não tinha lugar para<br />
todos. Eu ajudava bastante na churrasqueira,<br />
que era a especialidade da casa,<br />
e também saladas que eram deliciosas.<br />
Foi uma época de coisas boas”.<br />
Nas fotografias daquele tempo, aparecem<br />
importantes pessoas do meio político<br />
e empresários, como o prefeito falecido<br />
Rômulo Lupo. “Até o prefeito foi prestigiar<br />
a nossa comida”, diz Freitas, rindo.<br />
Argemiro foi garçom do local por pouco<br />
mais de um ano e se lembra de que<br />
trabalhava muito. “Éramos cinco garçons<br />
e servíamos muitas horas por dia, principalmente<br />
durante o final de semana.<br />
A casa abria às 9h da manhã e fechava<br />
Marcondes Machado,<br />
diretor da Rádio Cultura,<br />
cumprimenta o amigo<br />
Orlando Gaspar<br />
O prefeito Rômulo Lupo<br />
desata a fita inaugurando o<br />
restaurante; Antônio Carlos<br />
Araujo grava para a Rádio<br />
Cultura divulgar o evento<br />
na Parada de Notícias,<br />
enquanto o Cônego<br />
Aldomiro Storniollo espera<br />
para proceder a benção das<br />
instalações, sob os olhares<br />
do delegado de polícia<br />
Nelson Barbosa<br />
42
Waldemar De Santi, então<br />
vereador, não poderia faltar<br />
ao evento e logo levou um<br />
convidado muito especial: o<br />
amigo Ivo Martinez que na<br />
época também estava<br />
envolvido na política local<br />
Logomarca da casa<br />
sempre depois das 22h, mas tínhamos<br />
algumas regalias como comer e beber a<br />
vontade depois que o restaurante fechava.<br />
O ‘seo Orlando’ não controlava”.<br />
Freitas ainda diz como era o chefe.<br />
“Era uma família unida e todos nos tratavam<br />
muito bem. O pequeno Felício ficava<br />
lá para aprender com a gente. Além disso,<br />
muitos jogadores de times importantes<br />
que vinham jogar em Araraquara contra<br />
a Ferroviária, almoçavam ou jantavam lá.<br />
Personalidades importantes do esporte<br />
paulista compareciam para experimentar<br />
nossa comida e os serviços”, relembra Argemiro<br />
com saudades.<br />
O Boi na Brasa encerrou suas atividades<br />
em 1976, depois de quase dez anos<br />
de existência. “Meu pai estava cansado,<br />
já dava os primeiros sinais da doença e<br />
não aguentava mais tocar o negócio. Ele<br />
baixou as portas com o restaurante lotado.<br />
Autoridades, delegados, políticos, empresários,<br />
jogadores de futebol e pessoas<br />
ligadas ao esporte do interior e capital<br />
que frequentavam a casa, se entristeceram<br />
com a notícia, mas infelizmente não<br />
tinha o que fazer”, conta Felício.<br />
Orlando morreu em abril de 2004, em<br />
consequência de um acidente vascular<br />
cerebral.<br />
O restaurante sempre lotado<br />
O garçom Argemiro de Freitas<br />
Após conquistar o<br />
título de campeã da<br />
Segunda Divisão em<br />
66 e no ano seguinte<br />
ser campeã do<br />
Interior, Orlando<br />
Gaspar fechou a casa<br />
para servir os atletas<br />
e os diretores da<br />
Ferroviária a pedido<br />
de Aldo Comito. Entre<br />
os convidados, Olavo<br />
Pereira de Córdis e os<br />
jornalistas Ivan<br />
Roberto Peroni e<br />
Adilson Telarolli<br />
43
linha de frente<br />
As costureiras da<br />
Revolução de 32<br />
Araraquara também relembra<br />
o feriado estadual de 9 de Julho<br />
que marcou o início do combate<br />
entre São Paulo e Minas Gerais,<br />
com apoio de outros estados<br />
do sul, para elaborar uma nova<br />
constituição e deportar Getúlio<br />
Vargas. Daqui, 20 soldados<br />
partiram; ficaram as costureiras<br />
que confeccionaram as roupas<br />
dos combatentes.<br />
O ano era 1932. A história quase todos<br />
conhecem. A guerra entre São Paulo e Minas<br />
Gerais, ocasionada por movimentos políticos<br />
entre Washington Luís e Getúlio Vargas, deixou<br />
900 mortos de acordo com números oficiais,<br />
mas estimativas apontam que foram mais de<br />
duas mil pessoas. Mato Grosso do Sul apoiava<br />
São Paulo, que lutava contra Minas Gerais, Paraná<br />
e Rio Grande do Sul.<br />
Araraquara participava de modo muito singelo.<br />
Apenas 20 pessoas se voluntariaram a<br />
As mulheres que<br />
ajudaram na costura<br />
em 1932<br />
participar da disputa entre os estados.<br />
O dentista Jamil Massud diz que, quando<br />
tinha por volta de 15 anos, leu um livro comprado<br />
por sua mãe, escrito por repórteres<br />
do jornal A Gazeta. O livro, hoje raridade não<br />
encontrada em local algum, contava o que<br />
os profissionais da imprensa presenciaram<br />
na Revolução de 1932. “Depois dos policiais<br />
terem matado quatro estudantes<br />
de Direito, a Guerra explodiu”,<br />
diz.<br />
Celeste Monteiro Massud,<br />
mulher de Jamil, relata a passagem<br />
de seu irmão Alfredo<br />
Monteiro pelas trincheiras em<br />
Barretos. “Ele tinha apenas 14<br />
anos, fugiu de casa e se voluntariou<br />
para participar da revolução.<br />
Pequeno, ele achava<br />
que seria uma aventura”.<br />
Dona Celeste relembra<br />
uma história que sua mãe, Orminda Monteiro,<br />
sempre falava das travessuras de Alfredo.<br />
“Minha mãe era portuguesa, com sotaque<br />
forte. Era dona do Grande Hotel, na Avenida<br />
São Paulo proximidades do Terminal de Pas-<br />
Celeste<br />
e Jamil<br />
sageiros e também de um barzinho pequeno<br />
que ficava em frente. Nesta época, não podia<br />
se vender nada. Praticamente não podíamos<br />
ficar abertos. Certo dia chegou um trem com<br />
os presos paulistas. Desceu um tenente que<br />
foi até ela e quis comprar um cálice de pinga. A<br />
minha mãe estava tão desesperada que pediu<br />
ao homem que fosse até o trem e perguntasse<br />
pelo filho Alfredo Monteiro,<br />
e aí venderia a pinga. O tenente<br />
passou de vagão por vagão,<br />
mas não encontrou o menino.<br />
Mesmo não o encontrando, ela<br />
não vendeu o cálice para o homem,<br />
ela deu a garrafa toda”,<br />
conta sorrindo da situação.<br />
O menino Alfredo permaneceu<br />
em Barretos por quase<br />
três meses, quando a mãe<br />
descobriu onde ele estava por<br />
meio de um amigo, que lhe<br />
entregou uma carta contando seu paradeiro.<br />
“Mamãe disse ao meu pai com seu jeito português<br />
“tragas o menino, mas não batas nele”,<br />
e graças a Deus tudo acabou bem”.<br />
Já com a família Massud, um fato curioso<br />
Os soldados<br />
paulistas em duas<br />
situações: antes<br />
da partida para o<br />
campo de luta e a<br />
visita dos oficiais<br />
de São Paulo a nossa<br />
cidade para inspeção<br />
e recepção através<br />
do prefeito<br />
Antenor Borba<br />
44 44
Em 1932 a cidade<br />
se concentrou na<br />
Praça Pedro de<br />
Toledo, antigo<br />
Largo da Câmara,<br />
para um desfile<br />
que marcaria a<br />
despedida dos<br />
pracinhas inscritos<br />
para defender o<br />
Estado de São<br />
Paulo na chamada<br />
revolução paulista.<br />
Os participantes<br />
foram em direção<br />
ao centro.<br />
Colaboração:<br />
Museu Imagem e Som de Araraquara<br />
também ocorreu. O pai de Jamil era proprietário<br />
de uma casa de secos e molhados em<br />
Iaras, próximo a Águas de Santa Bárbara, por<br />
onde passavam as tropas paulistas em ataque<br />
à região Sul do país. “Quase no fim das batalhas,<br />
fugindo das forças federais que vinham<br />
do Paraná, um soldado passou na mercearia<br />
que tínhamos e trocou a farda e uma arma<br />
por uma camisa e uma calça, para disfarçar<br />
e não sofrer ataques. Infelizmente não sabemos<br />
o que houve com o material, porque isso<br />
já faz muito tempo, mas seria uma relíquia que<br />
poderíamos guardar ou doar para algum museu”,<br />
finaliza Jamil.<br />
Thyrson de<br />
Almeida Leite,<br />
pai do Pancho<br />
O ex-soldado Thyrson de Almeida Leite,<br />
em 2012, com 99 anos de idade,<br />
participou de uma homenagem aos 80 anos<br />
da revolução. A solenidade em frente ao<br />
monumento localizado na Praça do<br />
Soldado Constitucionalista, na Avenida Bento<br />
de Abreu, lembrou os cinco soldados da<br />
cidade que morreram em combate: Bento<br />
de Barros, Diógenes Muniz Barreto, Joaquim<br />
Alves, José Cezarini e Waldomiro Machado.<br />
Outra homenagem, foi a transformação da<br />
Rua do Comércio - a principal da cidade -<br />
em Rua Nove de Julho.<br />
45
nova era<br />
Universitários e<br />
independentes<br />
Felipe cuida da<br />
casa, trabalha e<br />
estuda durante<br />
a noite<br />
Cresce em Araraquara o índice<br />
de universitários que falam ser<br />
independentes, porém felizes,<br />
em busca de novos caminhos.<br />
Ainda jovens, saem do conforto<br />
da casa dos pais cada vez mais<br />
cedo, procurando estabilidade<br />
financeira e futuro promissor.<br />
Em uma época remota, os adolescentes<br />
fugiam de casa para se casar ou viver uma<br />
aventura. Muitas vezes a regressão ao lar não<br />
era possível, pois se tratava de uma afronta<br />
aos pais. Hoje o mundo é outro e, cada vez<br />
mais cedo, os jovens procuram sua independência<br />
financeira, liberdade e não têm medo<br />
de errar.<br />
Em números oficiais, o Censo realizado<br />
pelo IBGE em 2010 mostra que Araraquara ti-<br />
Thiago diz que a maior dificuldade ao sair<br />
da casa dos pais, foi aprender a cozinhar<br />
46
Smaniotto consegue um tempo para fazer<br />
trabalhos entre todas as tarefas do dia<br />
nha 208 mil habitantes. Segundo estimativas<br />
da instituição, em 2013 a cidade já contava<br />
com 222 mil moradores. Grande parte destes<br />
números é de estudantes de cidades variadas<br />
da região e todo o país, que vêm para cá em<br />
busca da graduação e outras especializações.<br />
O estudante Felipe de Assis Smaniotto<br />
está em Araraquara há quase um ano. “Sou<br />
de Brotas e me mudei para cá em busca de<br />
novas oportunidades de trabalho. Este ano<br />
comecei a cursar Design Digital e vejo novos<br />
rumos na área profissional”, explica.<br />
Ainda de acordo com Smaniotto, a cidade<br />
é um início de carreira. “Apesar de ainda continuar<br />
sendo um tanto quanto pacata, digo isso<br />
pelo seu espírito de cidade pequena, existem<br />
vantagens de estar aqui. Araraquara, pra mim,<br />
é uma ponte de onde se começam as estradas,<br />
onde posso sair dela e encontrar uma<br />
oportunidade melhor pela região”.<br />
Thiago Guedes, 27 anos, é natural de Ibitinga<br />
e está em Araraquara há pouco mais de<br />
seis meses para cursar Engenharia Civil. “Mudei<br />
para cá porque viajava todo dia e com a<br />
correria de trabalhar e estudar, a viagem estava<br />
se tornando cansativa. Planejei bastante<br />
antes de morar aqui, mas acho que vale a<br />
pena, pois consigo ver as chances de trabalho<br />
na minha área, que é a construção civil”, diz.<br />
Segundo ele, uma das maiores dificuldades<br />
ao mudar-se para Araraquara foi deixar<br />
os amigos. “Não foi fácil deixar um lugar onde<br />
conheço todo mundo e vir para uma cidade<br />
maior onde não conhecia ninguém. Aprendi<br />
a cozinhar e me virar sozinho. Além disso, o<br />
apoio dos meus pais foi muito importante no<br />
momento da decisão da mudança. Sou o filho<br />
do meio, de três, mas fui o primeiro a sair de<br />
casa”, diz Thiago.<br />
As dificuldades<br />
encontradas por<br />
jovens que resolvem<br />
ser independentes e<br />
viver – e conviver –<br />
novas experiências,<br />
é a distância com o<br />
ambiente familiar e os<br />
gastos para visitá-los.<br />
Oportunidades de<br />
crescer como pessoa e<br />
profissionalmente são<br />
as vantagens dessa<br />
decisão.<br />
47
O encontro<br />
dos núcleos<br />
No final de junho, no auditório<br />
da ACIA, foi realizado o primeiro<br />
encontro de empreendedores<br />
ligados ao ramo de materiais de<br />
construção (25). No dia seguinte<br />
se deu a reunião do setor de<br />
vestuário. No dia 30 foi a vez<br />
dos minimercados. Eles fazem<br />
parte do Programa Empreender.<br />
Núcleo de Materiais<br />
para Construção<br />
Na reunião realizada<br />
com os três núcleos que<br />
fazem parte do Programa<br />
Empreender em parceria<br />
com o SEBRAE, os<br />
pontos foram abordados<br />
através do coordenador<br />
José Carlos de Barros,<br />
agente do Empreender<br />
da ACIA. O foco das palestras<br />
foi, além dos participantes<br />
se conhecerem,<br />
também analisar os problemas inerentes<br />
ao ramo de cada atividade e elencar os prós<br />
e contras no dia a dia de cada empresa. Nas<br />
reuniões, cada participante, conforme fichas<br />
passadas, identificava os problemas que<br />
podem ocorrer na empresa e qual seria<br />
o rumo ideal para o bom funcionamento<br />
interno do estabelecimento.<br />
O Programa Empreender da ACIA,<br />
que tem parceria com o SEBRAE, oferece<br />
aos empresários que participam,<br />
uma nova visão sobre gestão de suas<br />
empresas, diagnosticando todos os pontos,<br />
principalmente os negativos, para<br />
que sejam sanados, resultando num<br />
aumento de suas participações no mercado.<br />
Thiago Ferreira Silveira, Analista do SE-<br />
BRAE Araraquara, explicou as formas como<br />
se dá o auxílio a essas empresas, com visitas<br />
para identificação dos pontos que precisam de<br />
atenção e aferindo em visitas posteriores, os<br />
resultados ou dificuldades encontradas.<br />
Para o presidente da ACIA, Renato<br />
Haddad, “esse projeto dá aos empreendedores<br />
um estímulo para que possam alavancar<br />
seus negócios, de maneira sadia, focando no<br />
crescimento, com lucratividade, é óbvio, mas<br />
a partir do programa, num ambiente de funcionalidade,<br />
onde se criam muitas oportunidades.<br />
O resultado desse investimento, será<br />
observado pelo consumidor”.<br />
Barros com os<br />
Minimercados<br />
48
Dia do Agricultor<br />
<strong>JULHO</strong>/<strong>2014</strong><br />
• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS COM<br />
PULVERIZADOR COSTAL MANUAL<br />
14/07/<strong>2014</strong> até 19/07/<strong>2014</strong><br />
• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS COM<br />
TURBO PULVERIZADOR<br />
15/07/<strong>2014</strong> até 17/07/<strong>2014</strong><br />
21/07/<strong>2014</strong> até 23/07/<strong>2014</strong><br />
29/07/<strong>2014</strong> até 31/07/<strong>2014</strong><br />
• APROVEITAMENTO DE ALIMENTOS<br />
03/07/<strong>2014</strong> até 04/07/<strong>2014</strong><br />
• ENCONTRO- APOIO ÀS<br />
COMUNIDADES RURAIS<br />
26/07/<strong>2014</strong> até 26/07/<strong>2014</strong><br />
AGRO<br />
N E G Ó C I O S<br />
CURSOS<br />
• PROCESSAMENTO ARTESANAL<br />
DE PAES<br />
01/07/<strong>2014</strong> até 02/07/<strong>2014</strong><br />
• TURISMO RURAL - PONTO DE<br />
VENDA DE PRODUTOS (MÓDULO V)<br />
10/07/<strong>2014</strong> até 25/07/<strong>2014</strong><br />
• USO DE CONDIMENTOS NA<br />
GASTRONOMIA<br />
16/07/<strong>2014</strong> até 17/07/<strong>2014</strong><br />
• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS COM<br />
TURBO PULVERIZADOR<br />
21/07/<strong>2014</strong> até 23/07/<strong>2014</strong><br />
• JOVEM AGRICULTOR DO FUTURO -<br />
MODULO V<br />
14/07/<strong>2014</strong> até 31/07/<strong>2014</strong><br />
• TURISMO RURAL - PONTO DE<br />
VENDA DE PRODUTOS (MÓDULO V)<br />
01/07/<strong>2014</strong> até 28/07/<strong>2014</strong><br />
REALIZAÇÕES:<br />
Coordenador SENAR/SP Araraquara:<br />
Mário Roberto Porto<br />
INFORMATIVO<br />
edição julho <strong>2014</strong><br />
No dia 26, uma homenagem<br />
aos nossos produtores rurais<br />
Com realização do Sindicato<br />
Rural e patrocínio do SEBRAE SP,<br />
evento em homenagem ao Dia<br />
do Agricultor (26 de julho)<br />
recebe apoio da CATI, Canasol,<br />
Faesp/Senar, Itesp, Secretaria<br />
Municipal de Agricultura e<br />
Defesa Agropecuária de<br />
Araraquara.<br />
“São dois grandes companheiros, merecedores<br />
da nossa confiança, respeito e admiração;<br />
há em cada um deles a ética e a devoção<br />
ao trabalho”. É desta forma que o presidente<br />
do Sindicato Rural de Araraquara, Nicolau de<br />
Souza Freitas, define o perfil dos empresários<br />
do campo - Mathias Vianna e Reginaldo Benedette,<br />
que serão homenageados no SEST SE-<br />
NAT, no dia 26 de julho.<br />
Para a diretoria do Sindicato Rural é importante<br />
este reconhecimento ao trabalho<br />
que ambos realizam: “Temos que reconhecer,<br />
e também valorizar a ação de cada um,<br />
pois juntos expressam um ideal, se mostram<br />
audaciosos e escrevem uma brilhante página<br />
da história rural brasileira”.<br />
O evento terá início às 8h com credenciamento<br />
e café da manhã; às 8h30, pronunciamentos<br />
e homenagens a Mathias Vianna e<br />
Reginaldo Benedetti (Sindicato Rural) e Hilário<br />
Rodrigues, da CATI; às 9h30, Missa Sertaneja<br />
e 10h45 – “Dedo de prosa” com Debate sobre<br />
Mercado Rural com interação do público<br />
através de Luiz Felipe, mediador e consultor<br />
especialista de Agro do ER; em seguida, visita<br />
aos expositores de máquinas, equipamentos e<br />
insumos.<br />
HOMENAGEADO DA CATI<br />
Hilário Rodrigues sempre foi agricultor<br />
familiar, cresceu com o pai agricultor, na mesma<br />
propriedade na qual trabalha atualmente.<br />
Com assessoria técnica da Casa da Agricultura<br />
de Araraquara - <strong>ED</strong>R Araraquara - CATI, plantou<br />
café, laranja, cana, hortaliças, feijão irrigado<br />
e cereais. Por questão de sobrevivência, e<br />
após o crescimento de seu filho, expandiu a<br />
área de plantio arrendando terras para cultivo<br />
de milho, o que faz até hoje, com dedicação,<br />
honestidade e perseverança.<br />
TRADIÇÃO DO EVENTO<br />
A exemplo do ocorrido em 2013, o evento<br />
deste ano terá sucesso semelhante e uma<br />
demonstração disso - diz Nicolau - é o investimento<br />
que o SEBRAE faz em nosso trabalho, a<br />
quem somos gratos pela confiança.<br />
Nicolau de<br />
Souza Freitas,<br />
presidente do<br />
Sindicato Rural<br />
49
mathias vianna<br />
O caboclinho da cidade grande<br />
nos confins do sertão brasileiro<br />
Se dermos uma busca no Google, o aplicativo de pesquisa mais<br />
usado na Internet em todo o mundo, o nome do agropecuarista<br />
Mathias Vianna não estará citado. O que surge são homônimos ou<br />
sobrenomes de outras pessoas ou escritórios de advocacia. E para<br />
quem tem pouco mais de 25 anos, este fato deve fazer todo o<br />
sentido. Afinal, “há vida fora da internet”. E quanta vida!<br />
e todos, do Mathias (o mais velho) até a Beth<br />
(a caçula), criaram raízes na Morada do Sol.<br />
Mathias formou-se em Engenharia de<br />
Agrimensura na escola de Engenharia e Agrimensura<br />
- Logatti; abriu em sociedade com<br />
os irmãos Job e Juarez a Vianna Engenharia<br />
Topográfica, que por muitos anos mediu terras<br />
por todos os cantos do país, num trabalho árduo,<br />
especialmente nas décadas de 1970 e<br />
1980, quando não era nada fácil a locomoção<br />
e ainda sem as facilidades das ferramentas de<br />
informática e da magia do GPS. Assim proporcionou<br />
oportunidades para iniciação a muitos<br />
colegas da profissão. Casou-se com dona Diva<br />
Marli Piquera Lozana e teve três filhos, Patrícia,<br />
Fabiano e Eduardo.<br />
Filho de Antonio Figueiredo Vianna e Leopoldina<br />
Siqueira Vianna, mais velho de nove<br />
irmãos, líder nato, sempre acompanhou o pai<br />
no trabalho com a terra e já aos sete anos de<br />
idade tinha seu próprio negócio: ir vender na<br />
cidade os ovos das galinhas de uma tia querida<br />
para ganhar os seus trocados.<br />
Natural de Cabo Verde, mas com a infância<br />
vivida nas zonas rurais dos municípios de<br />
Cabo Verde e de Divisa Nova (MG), herdou do<br />
avô paterno o nome e uma agenda, que guarda<br />
a sete chaves num cofre, onde estão os<br />
apontamentos da vida naqueles tempos e naquele<br />
lugar. São detalhes compartilhados com<br />
aquela gente mineira acolhedora, que valoriza<br />
a família acima de tudo demonstrando os valores<br />
que acompanham por toda a vida.<br />
Para “estudar os filhos”, os progenitores<br />
com toda a família mudaram-se para Muzambinho<br />
(MG) e a adolescência se passou por<br />
aquelas bandas. Já adulto jovem, enfrentou a<br />
vida na cidade grande. Foi a São Paulo estudar<br />
e trabalhar por alguns anos, juntamente com<br />
o irmão Tote.<br />
Ainda vieram tantas outras mudanças,<br />
tantos outros negócios: gado, batata, madeira,<br />
cana, café, Piracicaba, Botucatu, Campo<br />
Mourão, Ituiutaba; até se fixar com a família<br />
em Araraquara, no final dos anos 50. Antonio<br />
adquiriu as terras da fazenda Goiabal, vizinha<br />
de onde hoje se encontra a represa do Náutico<br />
Avô paterno<br />
Mathias<br />
de Souza<br />
Vianna<br />
Os pais de<br />
Mathias em<br />
1937<br />
Mathias, seis<br />
meses de idade<br />
Fotos: Acervo familiar<br />
Alguns dos irmãos mineiros foram visitar<br />
“outros pastos”, mas o Mathias, que sempre<br />
acompanhou o pai e registra a mesma característica<br />
empreendedora dele, foi buscar desafios<br />
em Rondônia, Mato Grosso e Goiás. Neste<br />
último estado, a criação de gado de corte e de<br />
leite acabou ganhando destaque em sua atividade<br />
profissional, deixando a agrimensura, de<br />
cuja história e currículo constitui um capítulo a<br />
parte, com muitos feitos e realizações.<br />
Enquanto manteve fazendas no Centro<br />
Oeste, fez diversas experiências e empreendeu<br />
novidades nas regiões por onde passou:<br />
biodigestor, ordenha mecânica, pastejo rotacionado,<br />
irrigação, melhoramento genético,<br />
diversidade de pastagem, semiconfinamento<br />
e tantas outras ações o tornaram referência<br />
por onde andou.<br />
Mais recentemente, transferiu-se para a<br />
região do Triângulo Mineiro, com a fazenda Talismã,<br />
próxima a Iturama. Nela o trabalho novamente<br />
é com gado, mas a lavoura da cana<br />
se aproxima rapidamente. Há um ano e meio<br />
50
Antonio e a esposa Leopoldina com<br />
os filhos (da direita para esquerda)<br />
Mathias, Aristóteles, Luiza,<br />
Antonio, Job, Juarez e Paulo<br />
(no colo), em 1949<br />
Valter Logatti, diretor da Escola de<br />
Engenharia e Agrimensura Logatti,<br />
entrega o diploma de Engenheiro<br />
Agrimensor a Mathias em 1969<br />
viu seu primeiro neto, Davi, nascer e espera a<br />
chegada de mais um, o Mateus.<br />
Apesar das andanças e buscas de oportunidades<br />
em outras praças, manteve sempre<br />
como referência o orgulho de ter fincado os<br />
pés em Araraquara, berço da esposa e dos<br />
filhos, razões de sua vida. Aqui, é a sede principal<br />
de todas suas atividades profissionais<br />
ligadas à agrimensura; desenvolveu diversas<br />
ações ligadas à sua vocação agropecuária;<br />
com dedicação e apreço, compartilhou com<br />
o pai Antonio, a transformação<br />
da Goiabal,<br />
de gleba bruta de cerrado,<br />
em propriedade<br />
produtiva, efetuando<br />
vários experimentos<br />
e implantando desde<br />
cultivo de mandioca<br />
e amendoim, até gramíneas<br />
de variedades<br />
pouco conhecidas e<br />
pesquisadas na época<br />
(1959), quando<br />
terras de cerrados característicos<br />
da Goiabal,<br />
ainda se destinavam<br />
exclusivamente à<br />
exploração de madeira (natural) e criação de<br />
gado nas veredas. Depois, dedicou-se à cafeicultura<br />
e formou produtiva lavoura de café,<br />
onde hoje é perímetro urbano (proximidades<br />
da praça rotatória sobre a Rodovia SP 310).<br />
Sua vocação com a terra, também se estendeu<br />
a demais níveis. Esteve sempre ligado<br />
ao meio rural, com destaque junto ao Sindicato<br />
Rural, sua menina dos olhos; participou<br />
ativamente de duas gerações na vida do Sindicato.<br />
Família reunida na Fazenda Goiabal em<br />
1966 com o Clube Náutico ao fundo<br />
Mathias, seguindo<br />
os passos do pai<br />
Na primeira de saudosos e também autênticos<br />
companheiros, presenciou o desligamento<br />
do Sindicato e Comapa; quando cada entidade<br />
passou a seguir seu destino distintamente e, em<br />
consequência, o Sindicato passou uma etapa<br />
com dificuldades de sobrevivência.<br />
Na segunda, tendo participado mais efetivamente,<br />
presidiu a entidade quando ainda<br />
em etapas de dificuldades; contando sempre<br />
com a colaboração, o prestigio e a presença<br />
efetiva dos companheiros, alguns saudosos<br />
e os demais de cuja presença, orgulha-se de<br />
ser hoje colaborador e continuar gozando do<br />
respeito e amizade.<br />
Certamente, essas histórias não estão no<br />
Google, estão acessíveis através de um outro<br />
aplicativo, não tão novo assim, mas muito eficiente:<br />
a prosa, e prosa da boa!<br />
Ah, isso o “seo” Mathias tem de sobra!<br />
Sorte de quem pode usufruir de uma boa conversa<br />
com ele.<br />
PS: Se quiserem encontrá-lo no Facebook<br />
usem como contato a página da esposa, afinal,<br />
avós são capazes até de abrir uma conta<br />
no facebook só pra ver as estripulias dos<br />
netos.<br />
HOJE<br />
Casal Diva e Mathias com os filhos Patrícia<br />
(sentada), Fabiano (esposa Adriana) e<br />
Eduardo (esposa Flávia)<br />
Sob olhares dos pais Antonio e Leopoldina,<br />
os familiares reunidos: Paulo, André, Luiza<br />
e Elizabeth (em pé), Antonio (falecido),<br />
Mathias, Job (falecido), Juarez e Aristóteles<br />
Mathias e Diva, na<br />
Fazenda Talismã em<br />
Minas (maio <strong>2014</strong>)<br />
Casamento<br />
em 1969<br />
51
Reportagem: Jean Cazellotto<br />
reginaldo benedette<br />
Abençoadas mãos que afagam<br />
esse nosso pedaço de chão<br />
O amor à terra e a<br />
disposição para o trabalho<br />
tornaram Reginaldo<br />
Benedette um ser humano de<br />
valor inestimável. É com essa<br />
força que ele semeia coragem<br />
e ousadia, se tornando um<br />
próspero agricultor com várias<br />
propriedades, as quais têm<br />
a visão familiar, envolvendo<br />
esposa e filhos. No Dia do<br />
Agricultor ele recebe a<br />
homenagem do Sindicato<br />
Rural de Araraquara.<br />
Reginaldo Benedette nasceu em Morro<br />
Agudo, a 160 quilômetros de Araraquara,<br />
em uma família pobre, com muitos irmãos<br />
e um pai rígido com o intuito de transformar<br />
seus filhos em pessoas de bem. Ao longo do<br />
tempo, se tornou um importante agricultor<br />
na região. Os pais Alberto e Lydia Rastelli<br />
Benedette criaram seis filhos à base de carinho,<br />
amor, mas principalmente educação<br />
e respeito ao próximo.<br />
Os Benedette começaram seus negócios<br />
como arrendatários, ainda em Morro<br />
Agudo, com plantação de soja, milho e<br />
amendoim, mas na primeira metade da<br />
década de 70, a família sofre um baque.<br />
Os irmãos Adevair e Luiz Carlos morrem em<br />
um acidente de carro. Com esse episódio,<br />
o pai decidiu mudar para Araraquara, e assim<br />
tentar esquecer o ocorrido e recomeçar<br />
uma nova vida.<br />
Compraram então, a Fazenda Santa<br />
Helena com aproximadamente 370 alqueires<br />
(quase nove milhões de metros quadrados),<br />
mais tarde arrendados para usinas<br />
de cana da região. Após a morte do pai em<br />
1994 e da mãe quatro anos mais tarde, a<br />
família desmembrou as terras e criou várias<br />
fazendas, entre elas a Sucuri e Inhumas,<br />
de propriedade de Reginaldo, com cerca de<br />
150 alqueires.<br />
Após concluir o curso<br />
de Agrimensura na escola<br />
de Engenharia e Agrimensura<br />
– Logatti, Reginaldo<br />
se casou com Marlene<br />
Aparecida Xavier Benedette<br />
em 1977, dois anos<br />
após concluir o curso. O<br />
pai dela era corretor e,<br />
Reginaldo Benedette em seu Sítio Nossa<br />
Senhora Aparecida, em 2002<br />
logo depois do início do namoro, os patriarcas<br />
mudaram-se para Goiatuba, no Estado<br />
de Goiás. O casal decidiu juntar o útil ao<br />
agradável e começava ali uma linda e longa<br />
história de amor. Reginaldo e Marlene tiveram<br />
dois filhos – Marcelo e Daiane.<br />
Marcelo se formou em Direito, mas<br />
abandonou a profissão para seguir os passos<br />
do pai. Hoje ele administra a Fazenda<br />
Rondônia, próximo a Gavião Peixoto.<br />
Daiane se formou em Letras – junto<br />
com a mãe Marlene –, e hoje é professora e<br />
vice-diretora de um colégio em Araraquara.<br />
Reginaldo aos<br />
sete anos de idade<br />
Os pais Lydia Rastelli e<br />
Alberto Benedette, ainda<br />
em suas propriedades em<br />
Morro Agudo<br />
52
Casamento de Marlene<br />
e Reginaldo em 1977<br />
Boas oportunidades apareceram e a<br />
família comprou o sítio Nossa Senhora<br />
Aparecida, próximo ao distrito de Bueno<br />
de Andrada. Depois da primeira aquisição,<br />
compraram terras vizinhas, como o Santa<br />
Marlene, São Reginaldo e outras.<br />
Reginaldo Benedette, criado no campo,<br />
se lembra da vida difícil e das condições<br />
que tinha na década de 50 e 60. “A gente<br />
(irmãos) estudava e depois ia ajudar meu<br />
pai na roça. Muitas vezes ficava com raiva<br />
e não entendia o que se passava, mas hoje<br />
eu me curvo diante da imagem dele, porque<br />
eu agradeço tudo o que ele me fez. Sou<br />
eternamente grato porque sou quem sou<br />
graças a ele”.<br />
Selfie da família Benedette com a pequena Mikaella, primeira neta do casal<br />
O BRAÇO FORTE<br />
Reginaldo tem a ajuda do funcionário<br />
Rébio Teodoro da Silva, que cuida das fazendas<br />
unificadas em Araraquara. “Tenho<br />
que ter alguém olhando as propriedades,<br />
não pode ficar sem ninguém. Mas eu confio<br />
muito nele, é meu braço direito e um exemplo<br />
de funcionário”, fala Benedette.<br />
Rébio conta da sua relação com o patrão.<br />
“Quando ele (Reginaldo) ficou ruim dos<br />
pulmões por causa do cigarro, eu chegava a<br />
esconder os maços dele e isso gerou muita<br />
confusão, mas ele parou de fumar com a<br />
minha ajuda”.<br />
Reginaldo diz que os conflitos já aconteceram,<br />
mas o respeito com Rébio está acima<br />
de qualquer coisa<br />
Sítio na cidade de Bom Jardim do Goiás;<br />
anos mais tarde, foi comprado por<br />
Mathias Viana, colega de campo<br />
que também será homenageado<br />
no dia 24 de julho pelo<br />
Sindicato Rural de Araraquara<br />
TERCEIRA GERAÇÃO<br />
Os irmãos Marcelo e Daiane estão na<br />
terceira geração da família envolvidos nas<br />
atividades rurais com a produção de canade-açúcar.<br />
Reginaldo mudou<br />
o plantio diversas vezes. “Já<br />
plantamos cana, café e voltamos<br />
para a cana, com grande<br />
parte das terras arrendadas<br />
para uma usina da região”,<br />
diz.<br />
Em novembro de 2013<br />
nasceu a primeira neta do casal.<br />
Filha de Marcelo, a pequena<br />
Mikaella Amaral Xavier Benedette<br />
é a alegria da família.<br />
Sítio Santa Marlene é o principal das<br />
propriedades da família Benedette, com<br />
sede e piscina<br />
Reginaldo no Sítio<br />
Nossa Senhora Aparecida,<br />
o primeiro a ser adquirido<br />
em Araraquara em 2002<br />
Casal Benedette com um quadro da vista aérea das<br />
propriedades, próximo a Bueno de Andrada<br />
53
feira noturna<br />
Novidade<br />
na praça<br />
O que você acha de uma<br />
feira noturna em Araraquara?<br />
A experiência acontecerá a partir<br />
deste mês, das 18h às 22h,<br />
todas as quintas-feiras, na<br />
Estação Ferroviária.<br />
Os produtores rurais e os assentados de<br />
Araraquara estão recebendo novo espaço<br />
para comercialização dos seus produtos,<br />
que passam a estar inseridos em uma feira<br />
noturna. Com o horário fora do habitual, o<br />
que se pretende é atender consumidores<br />
que não têm o costume de ir às feiras<br />
diurnas, para comprar itens como verduras,<br />
frutas e legumes de qualidade.<br />
A princípio, produtores e assentados<br />
serão os mesmos que já ficam instalados na<br />
Praça Pedro de Toledo, nas panificadoras e<br />
no Terminal Rodoviário, assegura Marimar<br />
Guidorzi, coordenadora da Secretaria da<br />
Agricultura de Araraquara. “A tendência<br />
é dar mais espaço para outras famílias<br />
se instalarem também com suas bancas<br />
e terem uma renda com as vendas. É<br />
claro que para o consumidor também é<br />
interessante, pois encontrarão variedades<br />
e comodidade”, comenta a coordenadora.<br />
Além da feira noturna, o espaço da<br />
Estação Ferroviária contará também com<br />
uma praça de alimentação, música e<br />
lazer durante seu funcionamento. O local<br />
passou por reformas para trazer mais<br />
conforto, segurança ao ambiente, com<br />
amplo estacionamento. “Por conta de se<br />
instalar nesse ponto central da cidade,<br />
esperamos um bom público as quintasfeiras,<br />
oferecendo muitas alternativas para<br />
a população”, conta Guidorzi.<br />
Marimar Guidorzi, coordenadora da<br />
Secretaria da Agricultura com Roberto Vieira<br />
Júnior e sua filha Lidia Vieira<br />
A Secretaria da Agricultura de<br />
Araraquara de acordo com o projeto,<br />
promoverá várias palestras antes e depois<br />
das feiras aos produtores e assentados,<br />
mostrando a importância de como gerir a<br />
carreira de agricultor e da importância no<br />
atendimento ao consumidor.<br />
O produtor rural da agricultura familiar,<br />
Roberto Vieira Junior trabalha há 4 anos<br />
na feira da Praça Pedro de Toledo e vê com<br />
otimismo o espaço conquistado para todos.<br />
“A nossa expectativa é excelente. Conheço<br />
muitas pessoas que não vão à feira de<br />
manhã por causa do horário”, lembra.<br />
Vendedor de legumes, hortaliças e<br />
frutas, Vieira também elogia a proposta<br />
elaborada pela Secretaria em ter um local<br />
de grande referência para a população.<br />
“A Estação Ferroviária é um ótimo ponto.<br />
O trânsito não será problema, e a feira<br />
terá espaços para música e lazer no seu<br />
decorrer”, acrescenta.<br />
Os produtores que têm interesse em<br />
fazer cadastro e participar da feira noturna,<br />
devem procurar a Secretaria da Agricultura,<br />
localizada na Av. Padre Antônio Cezarino,<br />
808 – Vila Xavier. Outras informações pelo<br />
telefone (16) 3301-6161.<br />
Reunião<br />
da feira<br />
noturna<br />
54
negócio do campo<br />
Os hortifrútis<br />
em padarias<br />
Várias panificadoras da cidade<br />
decidiram apostar no sucesso do<br />
programa Negócio do Campo<br />
que visa comercializar hortifrutis<br />
de famílias rurais.<br />
Araraquara está criando um programa praticamente<br />
inédito para fortalecer o trabalho<br />
dos assentados, ou então, de pequenos produtores<br />
rurais. Lançado há três meses através<br />
da parceria da Secretaria Municipal da Agricultura,<br />
Sindicato da Indústria de Panificação e<br />
Confeitaria de Araraquara e Região (Sipcar) e<br />
Fundação Instituto Itesp do Estado, o Programa<br />
Negócio do Campo – Produtos do Campo<br />
vem ganhando força.<br />
Na segunda quinzena de junho outras<br />
quatro panificadoras da cidade passaram a<br />
integrar o projeto. Cinco estabelecimentos já<br />
participavam desde o lançamento. Além dessas,<br />
a expectativa é de que a partir de julho<br />
mais uma panificadora passe a integrar o programa<br />
que promove a realização de feiras de<br />
hortifrútis na área de comércio das padarias.<br />
As novas panificadoras que receberam as<br />
feiras são a Altos da Vila, Pão Caseiro, Tabapuã<br />
e América, que atenderão em sistema de rodízio,<br />
de terça a domingo, junto com as panificadoras<br />
Fada, Vale do Sol, Estrela, Pérola e Azul.<br />
COMO FUNCIONA<br />
Lançado no dia 15 de abril, o Programa<br />
Negócio do Campo – Produtos do Campo disponibiliza<br />
pontos de venda para que pequenos<br />
produtores rurais, em forma de rodízio, possam<br />
expor seus produtos para serem adquiridos<br />
diretamente pelo consumidor final. Não<br />
deixa de ser uma proposta inovadora e uma<br />
conquista para Araraquara, pela qualidade<br />
dos produtos oferecidos com preços acessíveis<br />
à população.<br />
Para o secretário municipal da Agricultura,<br />
Fernando Guzzi, o “grande mérito do programa<br />
é a venda direta dos produtos para o consumidor”,<br />
quando ele for de manhã à panificadora.<br />
Da feira para<br />
a padaria<br />
Solange Torres, na Padaria Pão Caseiro,<br />
vendendo seus produtos<br />
OS DIAS E OS LOCAIS DAS FEIRAS<br />
Terça-feira:<br />
Panificadora Fada - Avenida Antonio Ferreira<br />
Filho, 499, Jardim das Hortênsias.<br />
Panificadora Pão Caseiro – Rua Mauricio Galli,<br />
1696, Jardim Imperador<br />
Quarta-feira:<br />
Panificadora Vale do Sol - Rua Atílio Jurisato,<br />
110, Vale do Sol<br />
Panificadora Tabapuã – Avenida Otaviano de<br />
Arruda Campos, 929, Jardim Tabapuã<br />
Quinta-feira:<br />
Panificadora Estrela - Alameda Paulista, 1906,<br />
Grande Vila Xavier<br />
Panificadora América, Avenida Taquaritinga, 84,<br />
Jardim América<br />
Sexta-feira:<br />
Panificadora Pérola - Mauricio Galli, 4033,<br />
Jardim Selmi Dei<br />
Domingo:<br />
Panificadora Azul - Avenida Badia Miguel Saba,<br />
222, Parque Cecap.<br />
Panificadora Altos da Vila - Alameda Paulista,<br />
1208, Grande Vila Xavier<br />
Fernando Guzzi,<br />
atual secretário<br />
municipal da<br />
Agricultura,<br />
assegura que<br />
o consumidor<br />
pode mudar o<br />
hábito: ir logo<br />
cedo à padaria<br />
e aproveitar<br />
para comprar<br />
produtos<br />
hortifruti<br />
55
SEU NOME ESTÁ NA RUA<br />
TEXTO: SAMUEL BRASIL BUENO<br />
ROQUE JOSÉ HAGE<br />
Roque, o bom amigo<br />
para todas as horas!<br />
O rádio deu a ele o jeito de se<br />
expressar de forma objetiva e<br />
segura. Estes traços sempre<br />
foram seus aliados para se<br />
tornar amigo, conselheiro e<br />
também, brilhante profissional<br />
da Telefônica, depois Telesp.<br />
Nascido em Araraquara, Roque José Hage<br />
desembarcou num 4 de agosto de 1929 e ele<br />
mesmo num certo dia, contou pra gente sua<br />
história, resumidamente: “Nasci na Morada<br />
do Sol onde fui menino com uma infância muito<br />
feliz; aqui cursei grupo e ginásio. Em 1974<br />
bacharelei-me na Faculdade de Direito da cidade<br />
e ingressei na OAB”.<br />
Roque era asim, simples. Gostava muito<br />
de prozear e nas vezes que falava da sua vida,<br />
seus olhos pareciam expressar elevada dose<br />
de orgulho. E das coisas que fez lembrava<br />
com carinho, como em 1947 quando participou<br />
do Campeonato Colegial no Estádio Municipal<br />
do Pacaembu e ali conquistou o título<br />
de vice-campeão estadual de salto em altura e<br />
também na demonstração de ginástica coletiva<br />
no dia 7 de setembro do mesmo ano.<br />
Em 1948 ele começou a carreira de jornalista<br />
n’O Imparcial e três anos depois (1951),<br />
ingressou no quadro de correspondentes da<br />
Fundação Cásper Líbero. Não demorou muito<br />
Sorrir assim, marca<br />
registrada de Roque<br />
José Hage<br />
tempo e Roque - como era carinhosamente<br />
chamado na cidade - assumiu o cargo de diretor<br />
da sucursal da “A Gazeta” e da “A Gazeta<br />
Esportiva”. No início de 1952 entrou na Rádio<br />
Cultura como locutor esportivo.<br />
Seu envolvimento com a comunidade<br />
sempre foi muito grande: em 1971 se tornou<br />
sócio-fundador do Lions Clube de Araraquara<br />
– Fonte Luminosa e seu segundo presidente.<br />
Durante 40 anos foi redator e responsável por<br />
uma página de esportes no jornal O Imparcial.<br />
Além disso, se transformou em comentarista<br />
esportivo na Rádio Morada do Sol.<br />
Roque José Hage e Iracy formaram uma<br />
família muito querida que participava dos<br />
movimentos sociais da cidade<br />
56
Embora fanático pelo rádio, foi na CTB<br />
(Companhia Telefônica Brasileira) e Telesp que<br />
Roque José Hage fez sua carreira, exercendo<br />
por muitos anos a função de gerente. A maneira<br />
fácil com que se comunicava o levou a<br />
ser presidente, secretário e tesoureiro da Associação<br />
Telefônica Beneficente, da diretoria<br />
do Clube Telesp de Araraquara, bem como<br />
vice-presidente do Hospital e Maternidade<br />
Gota de Leite e Hospital da Mulher de Araraquara<br />
e conselheiro da Associação Ferroviária<br />
de Esportes.<br />
Também foi na Associação dos Cronistas<br />
Esportivos de Araraquara (ACEA) que Roque<br />
brilhou como um dos seus mais importantes<br />
diretores e até hoje, a velha guarda do rádio<br />
relembra o trabalho do antigo companheiro<br />
com muito carinho.<br />
Em 10 de novembro de 1992, um enfarto<br />
do miocárdio cessou as batidas generosas<br />
do coração do brilhante profissional. Ele não<br />
resistiu a uma segunda intervenção cirúrgica.<br />
Naquele dia o rádio esportivo da cidade, por<br />
tudo que Roque José Hage realizou, ficou mais<br />
pobre e triste.<br />
Roque deixou viúva a professora Iracy<br />
Ferraz Hage e os filhos Any Marise, casada<br />
com José Carlos Borgonovo; Dr. Ricardo Ferraz<br />
Hage, casado com Tereza Magnani Hage;<br />
O casal Iracy-<br />
Roque, com seus<br />
filhos Ricardo, Any<br />
Marise, Eduardo e<br />
Any Márcia,<br />
integrantes de uma<br />
das mais<br />
conceituadas<br />
famílias em nossa<br />
cidade<br />
Dr. Eduardo Ferraz Hage, casado com Mariza<br />
Cristina Faria Hage e Any Márcia, casada com<br />
Silvio Marasca.<br />
Recebeu homenagens póstumas da Câmara<br />
Municipal de Araraquara, da Câmara<br />
Municipal de Rincão, da Assembleia Legislativa<br />
do Estado de São Paulo, do Clube Araraquarense,<br />
da OAB Secção de São Paulo e demais<br />
entidades esportivas, filantrópicas e de clubes<br />
de serviço de Araraquara.<br />
Roque José Hage não passou em brancas<br />
nuvens pela terra; foi feliz, foi um excelente<br />
companheiro, um maravilhoso pai de família,<br />
um homem dedicado à sociedade, deixando<br />
um enorme rastro de saudade, característica<br />
de quem passa por esta vida em busca da prática<br />
do bem.<br />
Merecidamente seu nome está na rua:<br />
em 8 de dezembro de 1994, a Praça conhecida<br />
como Faveral, recebeu seu nome (situada<br />
na Vila José Bonifácio entre as ruas Henrique<br />
Lupo e Japão e avenidas Mariângela Pucci<br />
Ananias e Infante D. Henrique. O autor do projeto<br />
que deu o nome de Roque José Hage à<br />
Praça, foi o vereador Elias Damus, fato ocorrido<br />
a 2 de janeiro de 1993. O prefeito Roberto<br />
Massafera promulgou a lei 4.393 de 21 de<br />
setembro de 1994 efetivando a homenagem.<br />
Familiares de Roque José Hage reunidos na inauguração da Praça em 1994<br />
Roque em 1974, na confraternização d’O Imparcial<br />
57
cremação em araraquara<br />
Entre o temor de ficar em baixo da terra ou pavor<br />
de ser queimado, o que em vida pode ser melhor?<br />
Empresa da cidade iniciou em 2011, vendas de planos<br />
para cremação e diz que a adesão tem crescido muito<br />
nos últimos meses. Só no ano passado em Araraquara<br />
foram 20 cremações, superando os anos anteriores.<br />
Muito usado em países desenvolvidos e<br />
uma forte cultura no mundo ocidental, a cremação<br />
de corpos ainda é um tabu a ser vencido<br />
no Brasil. Nos Estados Unidos, por exemplo,<br />
essa técnica pós-funeral é mais difundida<br />
que aqui.<br />
Em Araraquara, o serviço funerário Fonteri<br />
é pioneiro na venda de pacotes crematórios.<br />
Começou em 2011, com apenas dez cremações<br />
durante todo o ano. Em 2012 o número<br />
caiu um pouco, chegando a seis, porém no<br />
ano seguinte, em 2013, foram 20 cremações<br />
realizadas. Até o mês de maio, nove pessoas<br />
haviam sido cremadas este ano.<br />
Segundo o proprietário da empresa, João<br />
Luiz Roveri, obter um plano funerário traz uma<br />
série de benefícios. “A pessoa deve pensar em<br />
longo prazo. Primeiro no falecimento de um<br />
ente querido, depois pensar que no momento<br />
da dor, a funerária irá prestar todo o serviço<br />
ao corpo. É o conforto financeiro, pagando em<br />
parcelas e também o conforto emocional”, explica.<br />
Ainda de acordo com Roveri, para lançar<br />
este serviço na cidade, foi feita uma pesquisa<br />
de mercado, realizada por um grupo da Unesp.<br />
“Descobrimos que havia a necessidade deste<br />
serviço em Araraquara, e então implantamos.<br />
É um trabalho de formiga”.<br />
Quem não tem um plano funerário e quer<br />
contratar a empresa no momento da morte,<br />
o sepultamento custa a partir de R$ 2.300<br />
reais. A cremação pode custar R$ 3 mil.<br />
Pesquisas realizadas no Brasil provam que<br />
a cremação de cadáveres traz um ganho para<br />
o meio ambiente, pois não há risco de contaminar<br />
o solo, no caso do sepultamento.<br />
Fernanda Miranda já fez<br />
sua opção: ser cremada<br />
e ter as cinzas do corpo<br />
atiradas ao mar, cuja<br />
força é tão grandiosa que<br />
influencia até mesmo<br />
religiões e mitos, como é<br />
o caso de Iemanjá, que na<br />
Umbanda é considerada a<br />
rainha das águas e recebe<br />
oferendas todos os anos.<br />
DEBATES EM RELIGIÕES<br />
De acordo com o Preletor da<br />
Igreja Internacional da Graça de<br />
Deus, do pastor R. R. Soares, Sebastião<br />
Barbosa, a bíblia diz que<br />
os ossos devem ser preservados<br />
sempre. “Estou dizendo conforme<br />
a Bíblia diz, os ossos devem ser<br />
preservados em qualquer ocasião.<br />
Quando Jesus Cristo foi crucificado,<br />
nenhum osso foi quebra-<br />
Professor Rodolpho Telarolli,<br />
falecido em 2001, em vida, optou<br />
pela cremação e seu desejo foi<br />
realizado no Crematório de Vila<br />
Alpina, o primeiro do Brasil. Ele<br />
se dedicou à pesquisa da história<br />
local com muito rigor e como forma<br />
de homenagear a cidade em que<br />
nasceu, suas cinzas foram jogas em<br />
frente à Esplanda das Rosas,<br />
na Rua São Bento.<br />
58
materiais cerâmicos<br />
Varela preside<br />
congresso na Itália<br />
João Luiz Roveri, da Fonteri<br />
do. A igreja evangélica não apoia esta decisão.<br />
Se a pessoa tiver ciência de espírito, jamais<br />
permitirá que seja cremado”.<br />
O diretor comercial Sergio Sanchez é Espírita<br />
e se declara a favor da cremação. “Em minha<br />
opinião, deve-se levar em consideração o<br />
conhecimento, a religião e o grau de maturidade<br />
de cada pessoa diante deste processo”. A<br />
cultura espírita diz que é necessário aguardar<br />
um prazo de, ao menos, 48 horas para que<br />
o espírito se desligue totalmente do corpo. A<br />
cremação só deve ser realizada depois desse<br />
tempo. “O grande Mentor Espiritual Emmanuel<br />
diz ser necessário um tempo para efetuar o<br />
processo da cremação, afirmando que neste<br />
período, os benfeitores têm mais tempo para<br />
ajudar ao espírito a se liberar do despojo físico<br />
de forma mais serena e equilibrada, não sofrendo<br />
assim de "imediato" as interveniências<br />
que a cremação exige”, finaliza. Sanchez deixa<br />
claro que a resposta é de caráter estritamente<br />
pessoal.<br />
A igreja católica não tem um posicionamento<br />
contra ou a favor da cremação, segundo<br />
o Padre Marcelo de Souza, da Matriz de<br />
São Bento. “O catolicismo não deixa imposto<br />
se é permitido ou não. Apesar das tradições de<br />
se velar corpos dentro da igreja (antigamente),<br />
hoje o católico tem a opção de poder escolher<br />
sem ser condenado”.<br />
A coordenadora de conteúdo Fernanda Miranda<br />
diz que quer ser cremada. “Me assusta<br />
a ideia de ter um corpo deixado em um caixão<br />
e que haverá a decomposição. Eu quero ser<br />
cremada e já pedi à minha família que minhas<br />
cinzas sejam jogadas no mar. Tenho uma ligação<br />
muito forte com o mar; é onde me sinto<br />
melhor e sinto também que Deus existe”, explica<br />
Miranda, que é espírita.<br />
Leirislaine Lima é dona de casa e afirma<br />
ter receio de ser sepultada e também cremada.<br />
“Pensar que meu corpo ficará em um lugar<br />
escuro, em baixo da terra, fico apavorada.<br />
Porém, ser queimada também me preocupa,<br />
mas acho que não vou sentir nada. Meu único<br />
desejo é que meus órgãos sejam doados,<br />
independente de sepultada ou cremada. O importante<br />
é ajudar outras vidas”, finaliza.<br />
Alguns crematórios contam com estrutura especial para atender aos familiares no momento<br />
de despedida de seus entes queridos<br />
59<br />
Professor José<br />
Arana Varela,<br />
da Química<br />
Araraquara<br />
José Arana Varela, diretor-presidente do<br />
Conselho Técnico-Administrativo da Fapesp<br />
e professor titular do Instituto de Química<br />
da Unesp, Campus de Araraquara, presidiu<br />
a sessão de abertura do 13th International<br />
Ceramics Congress, realizado em junho na<br />
cidade de Montecatini Terme, na Toscana, na<br />
Itália. Ele foi o primeiro pesquisador brasileiro<br />
a ser convidado para coordenar a sessão de<br />
início do evento científico que integra o International<br />
Conference on Modern Materials<br />
and Technologies.<br />
Organizada desde o fim dos anos 60 na<br />
Itália, a série de conferências foi lançada<br />
com o objetivo de estreitar as relações entre<br />
os pesquisadores da área de materiais dos<br />
países do Leste Europeu e os do bloco ocidental,<br />
em um momento em que a troca de<br />
informações entre eles estava restringida em<br />
razão da Guerra Fria.<br />
“O evento do Cimtec reuniu nesta edição,<br />
pesquisadores de aproximadamente 80 países,<br />
incluindo o Brasil”, comentou Varela. Em<br />
razão da própria gênese, a conferência acabou<br />
se tornando a mais internacional da área<br />
de materiais cerâmicos hoje.<br />
“Os simpósios do congresso cobriram<br />
praticamente todas as áreas de pesquisa<br />
em materiais cerâmicos”, disse Reginaldo<br />
Muccillo, pesquisador do Instituto de Pesquisas<br />
Energéticas e Nucleares (Ipen).<br />
Muccillo foi um dos mais de 20 palestrantes<br />
brasileiros no evento – entre eles,<br />
pesquisadores com projetos de pesquisa<br />
apoiados pela Fapesp.
na estrada<br />
Tricicar na<br />
FISPAL<br />
Indústria da cidade ganha<br />
espaço no mercado e amplia<br />
sua participação em feiras para<br />
fortalecimento da marca.<br />
Sergio Dal Negro, Maiara Dal Negro,<br />
Izabela Costa e Jussara Santos na feira<br />
A Tricicar, empresa<br />
de renome em Araraquara,<br />
no segmento<br />
de triciclos, esteve presente<br />
em São Paulo, no<br />
Center Norte, no período<br />
de 24 a 27 de junho,<br />
participando da Fispal<br />
Food Service, Feira<br />
Internacional de Produtos<br />
e Serviços para<br />
a Alimentação Fora do<br />
Lar, em sua 30ª edição.<br />
No evento, a Tricicar apresentou em seu<br />
stand, três triciclos, sendo um, a grande novidade<br />
no mercado, pois é o primeiro triciclo<br />
nacional com marcha a ré e sistema de transmissão<br />
por cardan e diferencial. Os outros, um<br />
furgão com corrente normal e mais um com<br />
caçamba de entregar gás, também fizeram<br />
parte da exposição.<br />
Sergio Dal Negro, proprietário da empresa,<br />
diz que os triciclos já estão sendo comercializados<br />
na Tricicar desde junho e as vendas<br />
têm sido um sucesso. “Participar de eventos<br />
como a FISPAL é importante para a divulgação<br />
do produto e da nossa marca, nos dando a<br />
certeza da conquista de uma fatia ainda maior<br />
dentro do mercado”, comenta.<br />
O crescimento da Tricicar em Araraquara<br />
Luana Sparapan, Franciane Azevedo, Maiara e Sergio Dal Negro<br />
se dá justamente no momento em que dezenas<br />
de empresas chegam para participar do<br />
nosso desenvolvimento econômico. Parabéns<br />
aos sócios Sergio Dal Negro e Ailton Dal Negro.<br />
A novidade está na praça: o pioneirismo<br />
de um triciclo nacional com marcha a ré e<br />
sistema de transmissão por cardan<br />
e diferencial<br />
60
designer<br />
Cores claras trazem frescor e<br />
amplitude, mas exigem cuidados<br />
A suavidade das cores chama atenção neste apartamento. O truque<br />
decorativo usado exige atenção extra com a limpeza, mas é ideal<br />
para refletir a luz e conferir mais claridade aos espaços.<br />
A grande preocupação<br />
hoje em dia no<br />
momento da<br />
construção ou reforma<br />
é realmente dar aos<br />
ambientes uma grande<br />
claridade. Para isso se<br />
criam projetos especiais<br />
em busca de um visual<br />
onde a luz predomina<br />
em perfeita harmonia<br />
com a pintura.<br />
O projeto comandado por Cilene Monteiro<br />
Luppi, designer de interiores, tinha<br />
como prioridade, além da luminosidade,<br />
incluir aspectos de sustentabilidade num<br />
apartamento de dois andares. Para tanto,<br />
a designer valorizou o uso da luz natural<br />
(por meio de janelas e portas bem posicionadas),<br />
a economia de água (com a escolha<br />
dos metais e tubulações) e a eficiência<br />
energética (no uso de L<strong>ED</strong> e lâmpadas<br />
fluorescentes, além da dimerização dos<br />
sistemas). A integração das áreas<br />
sociais foi mais um aspecto importante<br />
na reforma, deixando o imóvel<br />
mais amplo e confortável.<br />
Forros de gesso rebaixados em<br />
diferentes níveis, divisórias de vidro,<br />
painéis de marcenaria e pisos<br />
diferentes ajudaram a delimitar os<br />
espaços. O imóvel de ampla metra-<br />
gem ganhou ainda alternativas para aproveitar<br />
melhor os espaços. Nichos embutidos<br />
em painéis de gesso e na marcenaria,<br />
estiveram presentes em ambientes como o<br />
living e os dormitórios.<br />
Houve a recomendação de que as cores<br />
claras exigiriam um maior cuidado em<br />
relação a limpeza. Porém, os proprietários<br />
aceitaram o desafio e deixaram o apartamento<br />
com tons suaves, o que proporcionou<br />
mais clareza nos ambientes.<br />
Os tons aplicados na pintura e a<br />
influência da luz no ambiente<br />
61
arquitetura<br />
Conheça a casa de Oscar, o craque<br />
da seleção brasileira em Americana<br />
A casa de veraneio do meio-campista Oscar, em Americana (SP),<br />
privilegia as áreas de lazer, onde se destacam a ampla piscina de<br />
formas orgânicas e o espaço gourmet, sob a laje de concreto. O<br />
projeto de arquitetura é de Aquiles Kílaris.<br />
Fotos: Leandro Farchi<br />
A mansão do atleta Oscar<br />
Quando o meio-campista da seleção<br />
brasileira Oscar era apenas um menino e<br />
dava os primeiros passos no mundo do futebol,<br />
um dos seus sonhos era construir uma<br />
carreira sólida para poder comprar uma<br />
casa como as que ele via na área nobre<br />
de Americana, 175 km de Araraquara. Os<br />
anos se passaram, ele se transformou em<br />
uma das estrelas do clube inglês Chelsea e<br />
agora, já casado, decidiu que era hora de<br />
investir no seu antigo desejo e construir uma<br />
casa de veraneio em sua terra natal.<br />
A tarefa de dar formas concretas às<br />
ideias do jovem jogador ficou sob a responsabilidade<br />
do arquiteto Aquiles Kílaris,<br />
que criou para o atleta e sua esposa, uma<br />
residência de 670 m², divididos em dois<br />
pavimentos, localizada em um condomínio<br />
fechado.<br />
A arquitetura combina linhas curvas<br />
e formas orgânicas ao estilo neoclássico,<br />
com frontões, molduras e frisos na fachada.<br />
Como a residência é utilizada somente nas<br />
férias, o ponto de partida do projeto foi criar<br />
uma área de lazer completa e espaçosa,<br />
com piscina, espaço gourmet, gazebos, jardim<br />
e grandes varandas.<br />
ARQUITETURA IMPONENTE<br />
A implantação no terreno de 1.200 m²<br />
se deu com base em um estudo sobre a<br />
posição do sol e as melhores condições de<br />
ventilação. Aquiles conta que a preocupação<br />
era garantir que as varandas permanecessem<br />
a maior parte do tempo na sombra e<br />
a piscina o máximo possível exposta ao sol.<br />
Para dar maior imponência à construção,<br />
o projeto também elevou a cota da<br />
casa em relação à rua. A estrutura de concreto<br />
armado com lajes pré-fabricadas permitiu<br />
criar amplos vãos livres e um pé-direito<br />
que, na área do mezanino, chega a seis metros<br />
de altura. No lado interno, os ambientes<br />
integrados e as amplas aberturas favoreceram<br />
a entrada de luz natural e a ventilação<br />
Neste living, a arquiteta Brunete Fraccaroli<br />
recorreu ao fundo claro, à simetria, à<br />
moldura no teto e à cortina drapeada para<br />
dar o tom neoclássico. Na decoração do<br />
estar, as mesas laterais estilo império<br />
convivem com peças contemporâneas e<br />
orientais. Para arrematar, almofadas com<br />
estampas inspiradas na natureza.<br />
62
Oscar, um dos principais atletas da<br />
seleção brasileira de futebol com<br />
Ludimila que se tornou sua mulher<br />
aos 17 anos de idade. O casal<br />
mantém a casa de veraneio em<br />
Americana<br />
cruzada, dando um toque ainda maior de<br />
requinte.<br />
As áreas sociais se distribuem no térreo.<br />
As duas salas de estar, a de jantar, a cozinha,<br />
a sala de almoço e o home theater se voltam<br />
para o jardim. No segundo andar estão a<br />
suíte do casal, com uma generosa varanda,<br />
e as dependências de hóspedes.<br />
tos e nos bordados das almofadas - e<br />
à capital britânica, onde o jogador<br />
tem residência fixa. A designer Iara<br />
Kílaris conta que era fundamental<br />
garantir a sensação de aconchego a<br />
todos os ambientes, além do luxo. Tal<br />
necessidade orientou a escolha dos<br />
móveis - sobretudo os estofados - e<br />
acessórios, como tapetes, cortinas e<br />
papéis de parede.<br />
O projeto de iluminação também foi<br />
trabalhado visando o conforto, oferecendo<br />
a possibilidade da criação de diferentes climas.<br />
Enquanto a luz direcionada ajudou a<br />
valorizar elementos marcantes da arquitetura<br />
e do paisagismo, como as palmeiras e a<br />
piscina.<br />
TOQUES DE REALEZA<br />
Em função do perfil dos proprietários -<br />
um casal jovem na faixa dos 20 anos - a<br />
decoração buscou um estilo mais contemporâneo,<br />
com predominância de mobiliário e<br />
revestimentos neutros. No piso, mármores e<br />
porcelanato polido se alinham à arquitetura<br />
com sofisticação.<br />
Na decoração, se destacam as referências<br />
à realeza - com símbolos como coroas em pra-<br />
O sobrado mostra uma decoração fantástica<br />
Madeira wenge e tecidos<br />
encorpados foram utilizados na<br />
decoração do home theater, na casa<br />
de Oscar. Além do sofá reclinável,<br />
o ambiente conta, ainda, com um<br />
painel ilustrado com a imagem da<br />
Tower Bridge, de Londres, cidade<br />
onde Oscar e sua esposa vivem. O<br />
projeto de arquitetura é de Aquiles<br />
Kílaris e o design de interiores, além<br />
do paisagismo, têm a assinatura de<br />
Iara Kílaris. (Leandro Farchi<br />
(Divulgação)<br />
63
obra pública<br />
A deterioração do<br />
nosso Terminal<br />
Câmara Municipal pressiona a<br />
concessionária de um dos mais<br />
importantes bens públicos, hoje<br />
apresentando aspecto crítico,<br />
assustando usuários e depondo<br />
contra cidade.<br />
Bastou o vereador Tenente Santana denunciar<br />
“o certo abandono vivenciado na estrutura<br />
do Terminal Rodoviário” para que a Riera<br />
Empreendimentos, empresa responsável<br />
pela administração do espaço se manifestasse.<br />
Em abril de 2012, o município concedeu a<br />
ela os direitos de exploração por 30 anos.<br />
“Usuários nos mandaram fotos mostrando<br />
as condições dos banheiros e fomos lá conferir.<br />
A situação realmente não é boa, na verdade,<br />
o local está em péssimas<br />
condições”, disse o vereador.<br />
No banheiro masculino alguns<br />
espaços estão interditados<br />
com fitas e madeira. Os<br />
azulejos estão desgastados<br />
e falta iluminação. Torneiras<br />
têm defeitos e em outros locais<br />
ela nem existe. As portas<br />
estão também deterioradas<br />
e as paredes estão com concreto<br />
aparente.<br />
Quase duas mil pessoas<br />
circulam diariamente pelo<br />
Terminal Rodoviário, aumentando<br />
nos feriados em até<br />
50%. O prédio inaugurado<br />
em 1978, gestão do prefeito Waldemar De<br />
Santi, era um cartão postal. Há dois anos a<br />
Riera assumiu a administração; as mudanças<br />
previstas ainda não surtiram efeito e quem<br />
precisa usar o banheiro encontra dificuldades.<br />
O contrato previa ainda uma revitalização<br />
do prédio avaliada em R$ 2 milhões e com<br />
prazo de realização de cinco anos. As primeiras<br />
mudanças, no entanto, deveriam ser as<br />
reformas dos banheiros, troca do piso, pintu-<br />
O Terminal Rodoviário é uma das principais<br />
obras realizadas pelo prefeito Waldemar<br />
De Santi em 1978. Possui pouco mais de 20<br />
agências federais e estaduais<br />
ra, sinalização, além da acessibilidade. Mas,<br />
por enquanto, pouca coisa aparente foi feito.<br />
Rampas estão interditadas, a banca de revistas<br />
segue desativada e não houve mudança<br />
no visual prometido.<br />
Logo após as denúncias apresentadas<br />
pelo vereador Natalino Santana, a empresa<br />
anunciou que deve começar o mais rápido<br />
possível as obras de reforma dos banheiros. O<br />
diretor administrativo da Riera, Rodrigo Takami,<br />
e o gerente do terminal,<br />
Cláudio de Oliveira Gomes,<br />
estiveram na Prefeitura Municipal<br />
para detalharem os<br />
investimentos já realizados e<br />
as obras a serem feitas.<br />
Segundo Takami, a empresa<br />
está cumprindo o<br />
cronograma estabelecido<br />
inicialmente para as obras e<br />
já realizou a reforma do telhado,<br />
a troca de todos os sistemas<br />
elétrico e hidráulico, a<br />
pintura e a organização da<br />
estrutura dos serviços.<br />
Quanto a segurança do<br />
terminal, Takami diz que ainda<br />
existe vandalismo nos banheiros da rodoviária,<br />
principalmente durante a madrugada,<br />
apesar da segurança privada. Ele solicitou a intermediação<br />
da Prefeitura e da Câmara Municipal<br />
para que a ronda policial seja ampliada.<br />
O lastimável estado em que se encontram<br />
os banheiros do Terminal Rodoviário de<br />
nossa cidade. É preciso mais fiscalização.<br />
64
casa cor sp<br />
Expo em São Paulo<br />
termina em julho<br />
Com convites especiais em mãos,<br />
os arquitetos de Araraquara têm<br />
feito da Casa Cor a passarela<br />
da moda para apreciar as<br />
tendências da construção civil.<br />
Foi no dia 28 de maio que a Casa Cor abriu<br />
suas portas em São Paulo. A 27ª edição de<br />
uma das mais famosas exposições de designer<br />
e arquitetura do país teve um grande agito<br />
O espaço Deca marca<br />
a volta do arquiteto<br />
Sig Bergamin à Casa<br />
Cor. O profissional fez<br />
um loft na praia.<br />
envolvendo quem gosta<br />
de decoração. Só que a<br />
feira termina neste mês<br />
de julho, mostrando que<br />
valeu a pena todo tipo de investimento. Por<br />
exemplo: ela chega ao seu final apresentando<br />
uma grande novidade: os participantes foram<br />
selecionados por um comitê curador, formado<br />
pela designer Claudia Moreira Salles, a diretora<br />
de relacionamento da Casa Cor, Cristina<br />
Ferraz, o fotógrafo Tuca Reinés, o consultor de<br />
arquitetura e decoração Roberto Dimbério e o<br />
empresário e curador de arte Waldick Jatobá.<br />
São 77 ambientes com o tema “Morar Bem”.<br />
Entre os participantes estão os arquitetos Sig<br />
Bergamin, que retornou à mostra depois de<br />
A Casa Weekend, na Casa Cor, é o espaço<br />
perfeito para o “dolce far niente”. Projeto de<br />
Olegário de Sá e Gilberto Cioni.<br />
sete anos de ausência, Olegário de Sá, Gustavo<br />
Calazans, David Bastos, Jóia Bergamo,<br />
Esther Giobbi, o designer de interiores Gilberto<br />
Cioni e o escritório Arkitito.<br />
Outro diferencial é a exposição com 17 peças<br />
de mobiliário do acervo do MoMA, Museu<br />
de Arte Moderna de Nova York. Entre os móveis<br />
estão a poltrona Mole, de Sergio Rodrigues, e<br />
a cadeira Panton. As luminárias do projeto A<br />
Gente Transforma, de Marcelo Rosenbaum,<br />
exibidas pela primeira vez na Semana de Design<br />
de Milão, também estão na mostra. Pelo<br />
terceiro ano consecutivo a Casa Cor também<br />
tem um viés solidário: a cada ingresso inteiro<br />
vendido, 1 real está sendo destinado ao Instituto<br />
Ayrton Senna (projetos sociais).<br />
65
expansão<br />
Shopping Jaraguá<br />
Sua nova face<br />
Com 30% da obra de seu<br />
terceiro projeto de expansão já<br />
concluída, o Shopping Jaraguá<br />
Araraquara começa a ganhar<br />
novo perfil, dando perspectiva<br />
do que será o revitalizado<br />
empreendimento a partir de<br />
março de 2015, com 70 novas<br />
lojas e ampla praça de eventos.<br />
Araraquara terá em 2015, o que há de<br />
mais moderno em varejo, lazer, conveniência,<br />
serviços e entretenimento, pela beleza do projeto<br />
de expansão do Shopping Jaraguá, localizado<br />
em uma região considerada, hoje, pólo<br />
técnico e de inovação, com um milhão de habitantes<br />
e intensos investimentos. O shopping,<br />
em nova fase, acompanha o desenvolvimento<br />
do Centro Paulista. Sua expansão vem atender<br />
uma demanda encontrada na cidade para um<br />
mix de lojas ainda mais qualificado, com marcas<br />
de renome no mercado nacional.<br />
Com o término das obras, que tiveram<br />
início em junho de 2013, o Shopping Jaraguá<br />
Araraquara terá mais 12.647 m² de área bruta<br />
locável (ABL), com mais três âncoras, entre<br />
elas a Riachuelo e a Renner já confirmadas,<br />
três megalojas, 70 lojas satélites, além de<br />
uma nova praça de eventos e um piso superior<br />
que acomodará um moderno cinema (som e<br />
imagem de última geração com opções 3D) e<br />
um restaurante.<br />
A nove meses para a entrega das obras,<br />
a comercialização também segue em ritmo<br />
acelerado no estande<br />
de vendas, localizado no<br />
próprio shopping, com<br />
funcionamento em horário<br />
comercial. Com 49%<br />
de ABL já comercializada,<br />
o shopping terá franquias<br />
como: Rock&Ribs, Atelier<br />
Mix, Casa Pilão, Maglee,<br />
Labellamafia, Deni Tenis,<br />
As obras avançam para<br />
a total transformação do<br />
Shopping Jaraguá em<br />
Araraquara<br />
Parcial da expansão do shopping<br />
Madeleine, Provanza, Caracol Chocolates, Ice<br />
By Nice e World Tênnis, além de mais uma<br />
unidade da Polishop e da transferência da<br />
Bonetto’s para a nova área.<br />
Restando apenas paisagismo, sinalização,<br />
gradil e entrada, o novo estacionamento, com<br />
95% de sua obra já concluída, oferecerá aos<br />
clientes 900 vagas adicionais que, somadas<br />
as 623 hoje disponíveis, trarão comodidade e<br />
facilidade de acesso ao empreendimento.<br />
Com assinatura do escritório de arquitetura<br />
Collaço e Monteiros, hoje com mais de 20<br />
shopping projetados, a nova área do shopping<br />
terá um visual moderno, com corredores espaçosos<br />
e aproveitando a iluminação externa. A<br />
ampla praça de eventos, com 850 m² e iluminação<br />
natural, terá estrutura para acomodar<br />
atrações de portes variados, sendo mais um<br />
ponto de encontro de eventos culturais para a<br />
população da região.<br />
“Este novo passo do Jaraguá Araraquara<br />
reforça nosso compromisso com a população<br />
da cidade e região de sempre oferecer o<br />
melhor em atendimento e opções de varejo e<br />
lazer”, afirma Andréia Quércia, diretora executiva<br />
das Organizações Sol Panamby, controladora<br />
do empreendimento, entusiasmada com<br />
a receptividade que teve no município.<br />
66
Emerson Nunes, apresentado à imprensa<br />
como novo superintendente do shopping<br />
À frente do planejamento e desenvolvimento<br />
da expansão está a Lumine, que traz<br />
sua experiência em shopping centers para a<br />
nova fase do Jaraguá Araraquara. “Até 2015, a<br />
cidade receberá investimentos no setor hoteleiro<br />
e de turismo de negócios e pólo tecnológico<br />
regional. Nesse cenário, a população e visitantes<br />
contarão com um shopping totalmente<br />
equipado, moderno e com mais opções”, ressalta<br />
Cláudio Sallum, sócio diretor da Lumine.<br />
REFERÊNCIA NA REGIÃO<br />
Além dos moradores de Araraquara, Matão,<br />
Américo, São Carlos, Boa Esperança e<br />
demais cidades da região, o Shopping Jaraguá<br />
Araraquara costuma também receber a<br />
frequente visita de uma intensa população flutuante.<br />
Dos universitários que passam a viver<br />
na cidade aos profissionais estimulados pelo<br />
constante turismo de negócio, impulsionado<br />
pela presença de indústrias multinacionais, o<br />
Shopping Jaraguá Araraquara tem percebido<br />
um crescente aumento no seu fluxo de pessoas.<br />
Segundo Telmo Mendes, gerente geral<br />
Telmo Mendes, gerente geral do Shopping<br />
Jaraguá em nossa cidade<br />
do Shopping Center da Sol Panamby, “com<br />
a expansão, o shopping irá gerar mais empregos<br />
para a cidade. Também teremos um<br />
acréscimo nas vendas e consequentemente<br />
melhores resultados de vendas para os lojistas.<br />
A previsão é aumentar em 80% o fluxo de<br />
visitantes do shopping após a conclusão da<br />
expansão, quando todas as novas lojas estiverem<br />
em operação”.<br />
O empreendimento também se destaca<br />
por seus resultados em vendas. Com índices<br />
superiores à média do setor no Brasil, o faturamento<br />
do Shopping Jaraguá Araraquara cresceu<br />
17% em 2013 em relação ao ano anterior,<br />
8,4% a mais que o mercado nacional de shopping<br />
(8,6%), dado este da Associação Brasileira<br />
de Shopping Centers (ABRASCE).<br />
Pertencente às Organizações Sol Panamby,<br />
o Shopping Jaraguá Araraquara, localizado<br />
a quatro quilômetros do centro da cidade, conta<br />
hoje, com área de 12.535 m² de ABL, reunindo<br />
cinco âncoras e um mix de 100 l ojas/<br />
quiosques de vários segmentos que foram<br />
enriquecidos em sua última expansão, em dezembro<br />
de 2010.<br />
Simone Soriano, coordenadora de marketing do<br />
Jaraguá na apresentação do andamento das obras<br />
67
Gilberto Garcia<br />
Júnior, maluco<br />
por figurinha<br />
comportamento<br />
Adorável paixão dos colecionadores<br />
nos tempos de Copa do Mundo<br />
Colecionar ou colecionismo,<br />
além da ideia básica de entreter,<br />
é uma arte e uma ciência, e<br />
desenvolve o aprendizado, sendo<br />
para muitos uma apreciada<br />
atividade cultural por excelência.<br />
A palavra entra e sai de moda,<br />
depende da época, como agora<br />
na Copa do Mundo.<br />
Muitas pessoas veem objetos como forma<br />
de consumo ou não se dão conta de como<br />
aquilo pode acrescentar no seu cotidiano. Outras<br />
transformam isso em seu principal desejo<br />
por toda uma vida. Assim são os colecionadores.<br />
Não importa se é selo, figurinha, revista,<br />
moedas ou até carros. A paixão move sentimentos<br />
e traz nova postura em seu dia a dia.<br />
Com a Copa do Mundo na reta final, vários<br />
colecionadores ainda insistem em preencher<br />
um, dois ou mais álbuns. Além de colecionar,<br />
a pessoa acaba tendo um contato didático,<br />
educacional e cultural sobre o item, o que é<br />
importante para o usuário.<br />
Aos seis anos de idade, Gilberto Garcia Jr.<br />
deu início a sua coleção de figurinhas do Campeonato<br />
Brasileiro de 1999. O até então garoto,<br />
tomou gosto pela coisa, surgindo a sua primeira<br />
coleção da Copa do Mundo, em 2002,<br />
quando o Brasil foi pentacampeão. “Dentro da<br />
minha coleção, o álbum predileto é, sem dúvi-<br />
68<br />
das, o da Copa do Mundo de 2002, quando foi<br />
disputada na Coréia do Sul e Japão”, relembra<br />
Garcia, hoje com 21 anos.<br />
E foi dali que surgiu a figurinha que ele<br />
considera a mais valiosa. “Com certeza é a<br />
do Ronaldo. Ninguém acreditava nele, mas<br />
conseguiu calar a boca de todo mundo, sendo<br />
o artilheiro do torneio e dando a Copa para o<br />
Brasil. Essa vale ouro”, enfatiza.<br />
Alguns devem achar desta atividade algo<br />
elitista. Muito pelo contrário. A coleção parte<br />
do tamanho do bolso de um colecionador e o<br />
começo das coleções se dá de forma espontânea,<br />
com um interesse do colecionador pelo<br />
objeto que mais lhe atrai, e com o tempo, a<br />
sua coleção toma forma e rumo, para que<br />
assim, ele possa aumentá-la dentro de suas<br />
possibilidades.<br />
Ronaldo, figurinha valiosa no álbum de 2022
A coleção começou em 1998, quando<br />
Maria descobriu que a fábrica de brinquedos<br />
Estrela pararia de produzir o Playmobil no<br />
Brasil. Passei a comprar todos os que encontrava<br />
pela frente. Não queria que deixassem<br />
de existir, lembra ela. Contando bonecos e<br />
acessórios, já são mais de 5 000 peças.<br />
Muitos deles vieram de fora do país, como<br />
A gratificação proporcionada a um colecionador<br />
com o seu item não tem preço. O<br />
Brasil ainda está longe deste reconhecimento<br />
de uma forma geral. Nem o Guinness Book<br />
pode salvar este raro momento. Outros colecionadores<br />
de itens raros mostraram à nossa<br />
reportagem o amor e carinho por seus objetos<br />
de desejo.<br />
Willian Lopes de Abreu começou a sua<br />
afeição por quadrinhos logo aos 10 anos<br />
quando ganhou a sua primeira revista do Homem-Aranha.<br />
“Na época eu estava acompanhando<br />
a minha mãe em uma viagem e, então,<br />
o ônibus parou em um posto onde havia<br />
uma banca dentro. Adquiri a edição nº 115 do<br />
Homem-Aranha e a partir daí começou o gosto<br />
em colecionar quadrinhos”. Hoje, Abreu possui<br />
mais de 2 mil quadrinhos em sua coleção<br />
num armário dividido em três portas, repleto<br />
de histórias.<br />
Apesar de suas coleções de Batman,<br />
X-Men, entre outros, Abreu destaca um quadrinho<br />
atípico dos mais tradicionais em sua<br />
os noivinhos franceses<br />
que sua mãe<br />
encontrou em Paris.<br />
Conseguir um item<br />
que você queria muito<br />
é sensacional, afirma.<br />
Há dois anos, Maria<br />
criou uma conta no<br />
aplicativo Instagram<br />
(Iloveplaymo) com fotos<br />
dos homenzinhos<br />
em cenários reais.<br />
Quando viaja, leva<br />
duas malas cheias dos bonecos para clicá-los.<br />
Hoje, tem mais de 100 000 seguidores.<br />
Seu trabalho foi parar na fan page oficial<br />
da Playmobil. É outra forma de realização,<br />
diz ela, que toma cuidado para não perder<br />
o bom-senso e ultrapassar a medida. Conheço<br />
pessoas que se endividam por causa de<br />
uma coleção, mas não é meu caso, garante.<br />
coleção. “O meu título favorito é o Preacher, do<br />
escritor irlandês Garth Ennis. É uma escolha<br />
totalmente pessoal pelo conjunto da obra. É<br />
tudo tão adoravelmente de mau gosto (risos)”,<br />
conta Abreu.<br />
O colecionador não tem<br />
como objetivo, lucrar com os<br />
pertences. A aquisição de conhecimento<br />
do assunto faz<br />
com que ele domine a sua<br />
área. Caso venha um lucro<br />
financeiro, será de maneira<br />
natural, mas a verdadeira<br />
origem da riqueza será o<br />
acúmulo de valores vindos<br />
de suas coleções.<br />
Bacharelado e licenciado<br />
em Letras, Sérgio Mendes<br />
coleciona moedas. Possui<br />
cerca de 2.600 peças<br />
em seu acervo. A primeira<br />
ganhou ainda garoto, uma<br />
moeda de 400 réis de 1901<br />
A histórica edição 115, onde a<br />
vida de colecionador começou<br />
para Willian Lopes de Abreu<br />
69<br />
de seu primo, na qual considera a mais importante<br />
de seu seleto grupo.<br />
“Desde então comecei a colecionar. No começo<br />
eu apenas pegava algumas, mas a partir<br />
dos 15 anos, eu comecei a catalogá-las e<br />
hoje sou um colecionador”, declara Mendes. A<br />
graça da moeda não é o valor monetário, mas<br />
o papel daquilo em uma sociedade e os símbolos<br />
nela usados. “Numismática, a ciência<br />
que estuda a moeda, auxilia em outros campos.<br />
Logo, o numisma acaba sendo um pouco<br />
historiador e economista também”, complementa<br />
Mendes.<br />
Figurinhas, quadrinhos, moedas. A constelação<br />
é gigantesca, um buraco negro, podendo<br />
achar diversas galáxias de coleções. E<br />
o embalo para tudo isso? Não poderia faltar<br />
uma trilha sonora. Luis Roberto Neves é um<br />
grande apaixonado pelos Beatles. “Eu tinha<br />
uns 10 anos quando eu ouvi a primeira música<br />
dos Beatles. Estava passando por uma loja<br />
de discos em São Carlos junto com minha tia<br />
e pedi para que ela comprasse para mim. Era<br />
um compacto simples que tinha “She Loves<br />
You” de um lado e “I’ll Get You Do” do outro.<br />
A partir dali começou uma paixão minha pelo<br />
grupo”.<br />
Hoje, com um programa na Uniara FM<br />
chamado Beatlemania, Neves conta a história<br />
de cada música e álbum toda semana.<br />
Luis Roberto, que também é músico, não tem<br />
um álbum preferido dos garotos de Liverpool,<br />
mas ele ressalta um que fez história. “Se eu<br />
tivesse que citar um álbum para representar<br />
toda a carreira da banda, em que os quatro<br />
aparecem como compositores maduros e músicos<br />
excepcionais, este álbum seria o “Abbey<br />
Road”, o último que eles gravaram”.
COLUNA<br />
ESPORTE É AVENTURA<br />
Carlinhos Tavares<br />
Absolute Fit<br />
16 3114 8664<br />
Olá, queridos<br />
leitores!<br />
Nesta edição vou<br />
falar do XTERRA<br />
BRAZIL de Ilhabela,<br />
a etapa preferida<br />
dos atletas, cujo<br />
circuito percorre<br />
todo Brasil.<br />
Por sua dificuldade técnica e paisagens<br />
incríveis, o XTERRA ILHABELA conquista a<br />
cada ano mais e mais participantes. Neste<br />
evento de Ilhabela contamos com várias modalidades,<br />
dentre elas:<br />
- Triathlon individual e equipe: nesta prova<br />
os atletas nadam 1,5km no mar e saem<br />
da água. Na sequência inicia-se o percurso<br />
de Montain Bike, que em Ilhabela é conhecido<br />
como o mais técnico percurso de todo o<br />
circuito XTERRA. Ao término da bike, os atletas<br />
finalizam a prova com uma corrida trail de<br />
8km, percorrendo terrenos acidentados e com<br />
muitas subidas e pedras soltas.<br />
- Night Run 21 km e 7 km: nesses percursos,<br />
as dificuldades estão nas trilhas estreitas<br />
no meio do mato e na visibilidade, já que ela é<br />
realizada à noite e todos os altetas necessitam<br />
de lanterna pessoal para enxergar o solo. A largada<br />
de ambos dá-se na praia.<br />
Também temos as corridas Endurance de<br />
50 e 80km. Um mega desafio!<br />
Na minha opinião, o XTERRA BRAZIL em<br />
Família Absolute Fit<br />
Ilhabela é uma mistura de sensações e emoções,<br />
fazendo a junção do que existe de melhor<br />
na natureza, como praias, montanhas,<br />
paisagens lindas. Mas a melhor palavra para<br />
descrever este magnífico evento é Desafio!<br />
Neste ano a Absolute Fit esteve representada<br />
em Ilhabela por 23 alunos que se divertiram<br />
muito! Passamos grandes momentos<br />
juntos, tivemos vários participantes na Night<br />
Run, duas equipes no Triathlon e um atleta no<br />
Triathlon Individual. Foi um show! Não podemos<br />
deixar de mencionar o bom desempenho<br />
de todos, dando destaque a uma de nossas<br />
equipes de triathlon, que pelo segundo ano<br />
consecutivo ficou na 2º colocação no triathlon<br />
por equipes, demonstrando seu potencial em<br />
meio a outras 29 equipes.<br />
Queridos leitores, nunca deixem de correr<br />
atrás de algo em que acreditem, tenham apenas<br />
uma certeza: os desafios que parecem ser<br />
os mais distantes, são os mais recompensadores.<br />
Se você se animou, venha para a Absolute<br />
Fit ampliar a nossa família que não para<br />
de crescer! Cuidaremos de toda sua preparação<br />
física e emocional para que você possa<br />
realizar grandes desafios pessoais, porque<br />
Esporte é Aventura!<br />
Para saber mais, como dicas de treino ou<br />
outras informações, curta nossa página no Facebook<br />
(www.facebook.com/absolutefit). Neste<br />
canal você poderá interagir, compartilhar fotos e<br />
fazer perguntas.<br />
Família Absolute<br />
Leonardo Cezare e Aluísio di Nardo<br />
Simone, Vitória, Lucas e Natália Soares<br />
Equipe Absolute Fit - Carlinhos Tavares,<br />
Edmilson Marques e Davi Dezotti<br />
70
grandes clubes da nossa terra<br />
Aos domingos o galo cantava,<br />
imponente e todo poderoso<br />
Logomarca na camisa do<br />
time, bordada uma a uma<br />
por dona Tita Bersanetti<br />
Das famílias Bersanetti, Da Valle,<br />
Arruda Camargo, Alonso Martinez<br />
a Souza e Silva, e tantas outras<br />
importantes da comunidade, a<br />
história do Paulista Futebol Clube é<br />
uma só: de amor à camisa, fidelidade<br />
aos seus princípios e de glórias<br />
no campo de luta. Foi assim sua<br />
existência por mais de 70 anos. O<br />
que se mantém acesa é essa chama<br />
Em pé: Carioca, Duda, Aderico, Nengo, Robertão, Camilo, Nelson<br />
Agachados: Armando, Bicudo, Zequinha (goleiro), Clarim e Ministrinho<br />
de esperança de que algum dia<br />
poderá voltar. Sonho que da mesma<br />
forma acalenta a ADA que o sucedeu.<br />
O clube nascido em 1930 possuía<br />
um invejável time de futebol, de onde<br />
saiu Maurinho, que jogou pela seleção<br />
brasileira na Copa do Mundo de<br />
1954 na Suíça.<br />
SEGUE<br />
71
paulista, seu começo<br />
Em campo<br />
está o Galo<br />
“Da fusão realizada nos clubes<br />
Gaúcho e 24 de Outubro de<br />
nossa cidade, é que resultou<br />
numa continuação feliz, a<br />
organização do selecionado<br />
Paulista Futebol Clube, cuja<br />
diretoria eleita em assembleia,<br />
na sede do Centro Hespanhol<br />
há poucos dias, foi constituída<br />
tendo Felix Lopes de Castro<br />
como seu primeiro presidente”.<br />
Reportagem: Rafael Zocco<br />
O primeiro time do Paulista, no amistoso realizado contra o Ruy Barbosa, de São Carlos,<br />
em 28 de dezembro de 1931: Em pé: Bento Cemitério, Carioca, Baid, Turquesa, Gouvêa,<br />
Loloarena e Tucci. Agachados: Freitas, Monte, Armandinho, Romeu Cefaly e Cocodé. Deitado:<br />
Alfredo Tucci (goleiro)<br />
te da equipe do Ruy Barbosa Futebol Clube,<br />
de São Carlos. A histórica peleja (*) realizada<br />
no Estádio Municipal terminou empatada em<br />
2x2, tendo Lolo, atacante da equipe araraquarense,<br />
como principal destaque com dois gols.<br />
O Paulista jogou com Tucci, Monte e Cocodé;<br />
Branco, Armando e Romeu; Bonucci, Carioca,<br />
Dictinho, Júlio e Lolo. Muitos desses jovens<br />
atletas vieram da extinta Associação Atlética<br />
Araraquara (AAA), com o objetivo de representar<br />
Araraquara no Estado de São Paulo.<br />
O tricolor (branco, vermelho e preto) tinha<br />
uma rotina de treinamentos quase como time<br />
profissional, realizados no Estádio Municipal<br />
todas as terças, quintas e sextas-feiras, pois<br />
Através de uma nota publicada no jornal<br />
O Diário, em dezembro de 1930, Araraquara<br />
tomou conhecimento que estava oficializado o<br />
nascimento de um grande time, um dos pioneiros<br />
no futebol da cidade. A nota deixava de<br />
contar a importância que a família Bersanetti<br />
teve no esporte amador regional e com os heróis<br />
da Revolução de 32. O time chamado de<br />
Paulista foi precursor do nascimento da Associação<br />
Desportiva Araraquara (ADA), até a chegada<br />
da Associação Ferroviária de Esportes.<br />
De tudo isso o Paulista fez parte.<br />
Fundado em 3 de dezembro de 1930, o<br />
“Galo”, como também era conhecido, realizou<br />
logo no dia 28 o seu primeiro jogo oficial diana<br />
diretoria do clube preocupava-se em acertar<br />
amistosos com equipes fortes, buscando notoriedade<br />
na cidade e região. Assim, em 1931,<br />
surge a primeira diretoria do Paulista, formada<br />
por Félix Lopes de Castro (presidente honorário),<br />
Carlos Bersanetti (presidente), José<br />
Gomes Nunes (vice), Joaquim S. Marques (1º<br />
secretário), Quirino Queiroz (2º secretário), Manoel<br />
Joaquim Pacheco (1º tesoureiro), Luiz Soller<br />
(2º tesoureiro), Triphônio Guimarães (orador),<br />
Antônio de Checci (1º diretor esportivo)<br />
e Orlando Cunha Monte (2º diretor esportivo).<br />
Isso fez com que os amantes do futebol<br />
na cidade reacendessem velhas paixões pela<br />
pelota (*) e a rivalidade acirrada com a criação<br />
de outros times, dispostos a medir forças com<br />
o esquadrão tricolor, como aconteceu no dia<br />
1º de fevereiro de 1931, quando o Paulista jogou<br />
com o Sul América da Vila Xavier, vencendo<br />
por 2x0, com gols de Nico e Lolo.<br />
Com o Paulista em alta, outras facções<br />
do futebol local foram se encorajando para<br />
constituírem novas equipes a fim de desafiar<br />
o tricolor. Uma antiga agremiação, inativa há<br />
alguns anos, ressurgiria para testar a força do<br />
time do “seo” Bersanetti - o Palestra Itália.<br />
* peleja (jogo) e pelota (bola), são termos antigos<br />
criados pela crônica esportiva<br />
Nesta montagem feita pelo Foto Tucci em<br />
1938, temos Orlando Da Valle, que<br />
manteve uma fábrica de bebidas em<br />
Araraquara (antigo FQF) até a década de<br />
70, junto com outros campeões do futebol<br />
amador daquele ano. Também aparece o<br />
Carioca, diretor esportivo do clube mais<br />
querido da cidade.<br />
72
o mais querido<br />
A sorte de<br />
um lado só<br />
A União Syria de Araraquara<br />
mantinha em frente à Praça da<br />
Matriz um dos poucos salões<br />
sociais da cidade. E foi lá, em<br />
1931, que aconteceu uma<br />
pesquisa para se apurar qual<br />
o clube mais popular em<br />
Araraquara. O Paulista teve mais<br />
de 250 votos. Três anos depois<br />
também na União Syria, era<br />
fundada a Associação Comercial<br />
e Industrial de Araraquara.<br />
Em 13 de dezembro de 1931, a cidade<br />
com pouco mais de 20 mil habitantes, começava<br />
a fervilhar com o futebol amador. Era no<br />
centro velho que se formavam as “rodinhas” e<br />
nelas a conversa tinha um foco: a fundação do<br />
Paulista Futebol Clube.<br />
No final de setembro, o comerciante João<br />
Lupo, que mantinha uma relojoaria nas proximidades<br />
da Santa Cruz, garantia que se<br />
realmente fosse organizado um Campeonato<br />
Amador ele daria o troféu. Seria oficialmente<br />
a disputa do primeiro torneio realizado pela<br />
Federação Esportiva de Araraquara, contando<br />
com a participação de quatro equipes: Paulista,<br />
Palestra Itália, Brasil e Usina Tamoyo. João<br />
Lupo apressou-se em encomendar o troféu<br />
em São Paulo.<br />
Na partida inaugural disputada entre Palestra<br />
e Brasil, ocorreu uma peculiaridade. Foi<br />
necessária a troca de árbitro por duas vezes,<br />
ou seja, três juízes apitaram um mesmo jogo<br />
diante dos ânimos exaltados. A partida terminou<br />
empatada em<br />
1x1.<br />
Chegava então<br />
a vez do Paulista FC<br />
estrear diante da<br />
1931. Laerte foi considerado por seus gols,<br />
o ídolo do Paulista e um dos responsáveis<br />
pela transformação do Galo no time mais<br />
popular da cidade segundo a pesquisa feita<br />
na barraca de festa da União Syria<br />
equipe do Tamoyo no dia 20 de dezembro. Com<br />
uma sonora goleada de 10x1, gols marcados por<br />
Laerte (6), Fibiela (3) e Lolo, o tricolor precisava de<br />
um empate para se garantir na decisão do torneio<br />
da cidade. No dia 30 de dezembro, a barraca da<br />
União Syria (festa realizada na cidade), organizou<br />
um concurso popular para saber qual era o clube<br />
mais simpático de Araraquara. O Paulista ganhou<br />
com 284 votos. O carinho que o time recebia era<br />
inimaginável.<br />
Chegou o dia do derby entre Paulista e Palestra<br />
Itália, a quarta partida do torneio. O Paulista<br />
conseguiu o empate que precisava para<br />
chegar à decisão: 1x1. O gol saiu dos pés de<br />
Laerte. Já Abílio fez para a equipe alviverde. O<br />
Galo, como passou a ser chamado, jogou com<br />
Tucci, Monte e Cocodé; Armando, Ramona e<br />
Zico; Lolo, Adérico, Fibiela, Laerte e Gouveia.<br />
No dia 17 de janeiro de 1932, Paulista e<br />
Brasil decidiram o campeonato. Com dois gols<br />
de Laerte, o grande nome da equipe na competição<br />
com 9 gols, o Paulista conquistava o<br />
primeiro título de sua história e da cidade, levantando<br />
a “Taça João Lupo”, que por quase<br />
um mês ficou exposta na loja do comerciante<br />
para mostrar que a promessa fora cumprida.<br />
O Paulista já<br />
nos anos 40,<br />
foi se tornando<br />
no celeiro de<br />
craques que<br />
abasteceria<br />
a futura<br />
Ferroviária<br />
Em pe: Monte, Madalena, Cascão, Humaitá, Tiana e Rafael.<br />
Agachados: Souza, Lexe, Elvo, Zé Ferino e Milton<br />
73
Maurinho,<br />
na seleção<br />
em 1954,<br />
na Suíça<br />
o nosso flecha<br />
Maurinho, do Paulista<br />
para a Seleção Brasileira<br />
Saiu do Paulista o primeiro e um dos únicos jogadores que atuaram<br />
pelo Brasil em campeonatos mundiais. Ele era Maurinho, o “flecha”.<br />
6<br />
de julho de 1933 nascia, em Araraquara,<br />
Mauro Raphael, o Maurinho,<br />
um menino que quando ainda cursava a escola<br />
primária, já esbanjava habilidade com<br />
a bola no pé diante de seus colegas. E não<br />
deu outra. Pequenino e rápido, começou sua<br />
carreira no Paulistinha, time infantil do Paulista,<br />
em 1948, com apenas 15 anos de idade.<br />
Chamando atenção de dirigentes, foi integrado<br />
ao elenco principal no mesmo ano e disputou<br />
sua primeira partida contra a equipe<br />
do Amparo (SP), no Estádio Municipal. O tricolor<br />
venceu a partida por 5x3, com Maurinho<br />
substituindo o ponta-esquerda Ivan e sendo o<br />
destaque da partida.<br />
Porém, a principal partida de Maurinho<br />
com a camisa do Paulista aconteceria no dia<br />
23 de julho de 1950, em amistoso diante da<br />
equipe do Palmeiras, de Oberdan Cattani (falecido<br />
em 20 de junho último) e tantos outros<br />
craques no Estádio Municipal. Todos acreditavam<br />
que o Palmeiras venceria facilmente. Mas<br />
não foi da maneira que se imaginava.<br />
O Palmeiras venceu por 5x3. E quem<br />
roubou a cena? O menino Maurinho, com 17<br />
anos, fazendo os três gols do tricolor. Logo<br />
após a partida, dirigentes do alviverde ficaram<br />
interessados em seu futebol rápido e alegre.<br />
Porém, por ser menor de idade, o Palmeiras<br />
desistiu de levá-lo para São Paulo. No final de<br />
1950, o Guarani de Campinas, que acabara<br />
de subir para a divisão especial do Campeonato<br />
Paulista, acertou a sua contratação.<br />
MAURINHO, A PRIMEIRA REVELAÇÃO<br />
Os personagens: Maurinho, era ainda um<br />
garoto de 16 para 17 anos e vivia somente<br />
para sua Araraquara. Amadeu Ceregatti diretor<br />
e “olheiro” do Guarani, viajava muito na<br />
época pelo interior de São Paulo vendendo a<br />
cerveja “Mossoró, produzida em Campinas.<br />
Como homem de vendas bem sucedido, Amadeu<br />
era elegante e sempre ia aos engraxates<br />
para deixar impecável seus sapatos.<br />
Certo dia em Araraquara, engraxando seus<br />
sapatos e “papeando” com os engraxates no<br />
Salão d’Onofre (Hotel Municipal) e falando de<br />
futebol, foi alertado pelos garotos que um deles<br />
era muito “bom de bola”; e foi então que resolveu<br />
assistir um jogo de fim de semana em<br />
nossa cidade, e deslumbrado com o futebol<br />
do garoto Maurinho, o levou para Campinas,<br />
ficando ele hospedado na casa da família de<br />
Amadeu que cobriu todos os gastos.<br />
Maurinho sentia falta de sua família e de<br />
seus amigos. Nos treinamentos no campo velho<br />
do Guarani na Rua Barão Geraldo de Rezende,<br />
“o Pastinho”, havia momentos em que<br />
China, o centro avante que viera do São Paulo<br />
FC para se consagrar no Guarani, gritava com<br />
Maurinho que chegava a chorar, sendo consolado<br />
por Otto Vieira, técnico naquela época.<br />
Logo Maurinho se tornou titular e nunca mais<br />
deixou a ponta-esquerda do time.<br />
Certa vez, no Pacaembu, jogavam às 11<br />
horas da manhã Corinthians 0 x Guarani 1, gol<br />
do avante Romeu. Após o jogo um torcedor do<br />
Corinthians falou: “Eu vim aqui para ver este<br />
ponta-esquerda jogar”. Realmente Maurinho<br />
foi um sucesso e a primeira revelação do Guarani<br />
para o futebol brasileiro acabou sendo<br />
vendido ao São Paulo.<br />
No São Paulo, Maurinho - jogador bi-destro<br />
foi para a ponta direita porque Canhoteiro era<br />
absoluto na ponta esquerda do tricolor. Daí prá<br />
frente, Maurinho brilhou com a camisa do São<br />
Paulo: em 7 anos entrou em campo 347 vezes<br />
e marcou 136 gols, o nono maior artilheiro da<br />
história do clube. Ganhou os títulos paulistas<br />
de 1953 e 57.<br />
Neste último, na finalíssima contra o Corinthians,<br />
ele marcou o terceiro gol na vitória de 3<br />
a 1. No lance, antes de chutar a bola, perguntou<br />
ao goleiro adversário Gilmar dos Santos<br />
Neves, em qual canto queria o drible: deu uma<br />
finta desconcertante e fez um golaço. Furioso,<br />
depois do jogo, Gilmar saiu correndo atrás de<br />
Maurinho querendo agredi-lo. O juiz Alberto<br />
Gama Malcher proibiu então que os são-paulinos<br />
dessem a volta olímpica no Pacaembu,<br />
já que os ânimos da torcida e dos jogadores<br />
74<br />
corintianos estavam exaltados.<br />
Consolidado no futebol, Maurinho chegou<br />
à seleção brasileira disputando a Copa<br />
do Mundo de 1954, na Suíça, se tornando o<br />
primeiro jogador da cidade a participar do torneio.<br />
Ele jogou contra a Hungria, episódio que<br />
ficou conhecido como a “Batalha de Berna”.<br />
Os húngaros eliminaram a seleção nas quartas<br />
de final por 4x2. Maurinho disputou 14 jogos<br />
pela seleção e marcou 4 gols.<br />
Depois do São Paulo, Maurinho foi contratado<br />
pelo Fluminense, onde seguiu brilhando<br />
e conquistou o Campeonato Carioca de 1959.<br />
Após três anos nas Laranjeiras, de 1958 a<br />
1961, Maurinho se transferiu para o Boca<br />
Juniors. Lá, ajudou o time mais popular da<br />
Argentina a ser campeão em 1962. Voltou ao<br />
Brasil em 1964, teve uma rápida passagem<br />
pelo Vasco da Gama e encerrou a carreira no<br />
Fluminense. Maurinho tinha apenas 31 anos<br />
quando pendurou as chuteiras. Ele faleceu em<br />
São Paulo em 28 de junho de 1995.<br />
Mazinho, na Câmara<br />
Municipal, quando<br />
vereador nos anos 70<br />
Omar de Souza e Silva foi vereador e<br />
presidente da Câmara Municipal em nossa<br />
cidade e presidente e um dos principais<br />
dirigentes do Paulista, durante décadas,<br />
depois do Dr. Antonio Alonso Martinez
Lelei, filho de Tita e<br />
Ministrinho, junto com<br />
Dinho, filho de Ninim,<br />
e Desastre, filho de<br />
Carlos Bersanetti<br />
amor além da vida<br />
A influência do Paulista<br />
na vida dos Bersanetti<br />
A Família Bersanetti ainda hoje<br />
tem o Paulista FC como peça<br />
importante da família. Carlos<br />
foi um dos fundadores e mesmo<br />
tendo ficado cego, ia ao Estádio<br />
Municipal acompanhar os jogos<br />
do time nos anos 40.<br />
Todo grande clube tem o seu apaixonado,<br />
aquele que é devoto, ajuda-o como se fosse<br />
um filho, quer sempre o melhor para ele.<br />
Leva-o para se divertir em diversos lugares na<br />
companhia de outros amigos e fanáticos. Este<br />
foi Carlos Bersanetti, o primeiro presidente do<br />
Paulista Futebol Clube. Homem dedicado e<br />
que transmitia aos seus descendentes todo o<br />
amor que dispensava ao tricolor.<br />
Proprietário na época de um armazém<br />
de secos e molhados, na Av. Sete de Setembro<br />
com a Rua Humaitá, acomodava pessoas<br />
da zona rural, sítios e fazendas, além de ser<br />
o principal ponto de encontro dos jogadores.<br />
“Seo” Carlos auxiliava economicamente a<br />
equipe de futebol, juntamente com os doutores<br />
Octávio de Arruda Camargo e Alonso Martinez<br />
Perez. Nas décadas de 30 e 40, o Paulista<br />
reinava absoluto em Araraquara.<br />
Porém, algo acontece na vida de seu presidente.<br />
Em 1941, Carlos Bersanetti é acometido<br />
por uma cegueira repentina. Poderia ser<br />
o fim da linha para o pai acompanhar o filho<br />
Wilson Carlos Albino,<br />
o Mirandinha<br />
(Paulista FC) nos jogos. Poderia se não fosse a<br />
sua adorável filha, Rosa Bersanetti, a Tita.<br />
“Mesmo com o meu avô cego, minha mãe<br />
Tita o levava em todos os jogos do Paulista no<br />
Estádio Municipal. Eles chegavam e já havia<br />
um espaço reservado atrás do gol de entrada<br />
para que pudessem acompanhar o jogo. Minha<br />
mãe era uma espécie de rádio para ele.<br />
Narrava todos os lances que acontecia no<br />
campo e, dependendo de como estava o jogo,<br />
Dona Tita com os filhos Lelei e Miradinha, na<br />
festa de formatura (Direito, em 1977)<br />
75<br />
meu avô aplaudia ou xingava os jogadores<br />
(risos)”, conta Wilson Carlos Albino, o Mirandinha,<br />
filho de Rosa e ex-conselheiro do clube.<br />
Rosa casou-se com Waldemar Albino, o<br />
Ministrinho, que na época jogava pelo Paulista.<br />
Além de Wilson, criou os filhos Wanderley e<br />
Wladimir Manoel Albino, continuando a dinastia<br />
da família Bersanetti. Sua paixão pelo Paulista<br />
sempre foi muito grande e assim preservava<br />
o ideal do seu patriarca Carlos Bersanetti.<br />
Seus quatro filhos homens foram jogadores e<br />
vestiram a camisa do Paulista: Ninin, Heitor<br />
(Bicudo), Dindão e Desastre.<br />
“Minha família foi fundamental para o esporte<br />
amador, assim como outras. De todos os<br />
familiares, minha mãe teve papel importantíssimo,<br />
pois era os olhos do meu avô. Ela é<br />
quem bordava os distintivos nas camisas do<br />
Paulista e posteriormente da ADA, tanto que<br />
sempre foi considerada a “madrinha” do Paulista<br />
e também da ADA”.<br />
E de toda a história, a Família Bersanetti<br />
lembra bem: o clube participou em cinco ocasiões<br />
das divisões de acesso do Campeonato<br />
Paulista de Futebol, a Segunda Divisão (atual<br />
Série A2), entre os anos de 1948 e 1954, ausentando-se<br />
nos anos de 1952 e 1953. Apenas<br />
disputando o amador na cidade até 1963,<br />
sagrou-se campeão em 1971, última vez, sob<br />
a presidência de Mazinho. Era considerado o<br />
Galo da Cidade pelos campeonatos consecutivos<br />
conquistados no Amador de 1930 a 1944,<br />
e também possuidor de um grande patrimônio,<br />
conforme consta no livro nº 59, folhas 33<br />
e 35 no Registro de Imóveis de Araraquara:<br />
área de 183m de frente por 145m de fundo<br />
(quase 27mil m², a Chácara do Paulista, dividida<br />
posteriormente entre 34 associados que<br />
mantinham o título patrimonial).<br />
Sendo a primeira equipe profissional da<br />
cidade de Araraquara, o Paulista teve anos de<br />
glória na região, protagonizando alguns dos<br />
maiores jogos nos anos de 1940 e 50. Com<br />
o surgimento da Ferroviária e ADA, o Paulista<br />
acabou ficando em terceiro plano, entrando<br />
em decadência.<br />
Carlos<br />
Bersanetti,<br />
fundador e<br />
primeiro<br />
presidente<br />
do Paulista.<br />
A família deu<br />
continuidade<br />
ao seu<br />
trabalho.<br />
* Parte desta reportagem tem informações<br />
contidas no livro “Araraquara Futebol e Política”,<br />
de Luis Marcelo Inaco Cirino.
capacitação<br />
Elas aprendem a fazer<br />
o gostoso pão caseiro<br />
Projeto social de grande valor<br />
permite que as pessoas possam<br />
se capacitar para fazer pão. A<br />
proposta totalmente gratuita, se<br />
desenvolve em locais adequados<br />
para facilitar o aprendizado.<br />
O Sindicato Rural e o SENAR - Serviço<br />
Nacional de Aprendizagem Rural - organizam<br />
os cursos com instrutores cadastrados no<br />
SENAR, e são realizados em lugares adequados<br />
ao tema, geralmente, os de alimentação,<br />
como os de pão, no Restaurante Popular por<br />
apresentar boa infraestrura. Há aqueles que<br />
são feitos em Assentamentos ou em outros<br />
lugares conforme o conteúdo do curso exigir.<br />
As inscrições para os cursos são feitas<br />
através dos Sindicatos Rurais, e incluem trabalhadores,<br />
proprietários, e pessoas relacionadas<br />
à área rural, mas as vagas podem ser<br />
preenchidas também por pessoas da área<br />
urbana, interessadas em aprender, aprimorar<br />
e futuramente, como resultado, ter uma<br />
alternativa de renda e perspectiva de melhor<br />
qualidade de vida, assegura o coordenador do<br />
SENAR, Mário Porto.<br />
Dentro da sua área de atuação como instrutora<br />
do SENAR na área de alimentação,<br />
Mirna Pickel Perez tem ministrado cursos<br />
voltados para o Processamento Artesanal de<br />
Pães, com informações completas sobre panificação.<br />
Em abril, uma das etapas foi cumprida<br />
com 20 participantes de idade acima de 16<br />
anos. O curso teve duração de 16 horas.<br />
Pelo projeto, nas aulas, os alunos recebem<br />
alimentação do dia, material didático, e participam<br />
da preparação, ocorrendo a integração<br />
de todo grupo.<br />
Mirna Pikel Perez,<br />
Instrutora e Mário<br />
Porto, coordenador,<br />
ambos do SENAR<br />
com os alunos do<br />
curso que ensina o<br />
processamento<br />
artesanal de pães,<br />
realizado pelo<br />
SENAR e Sindicato<br />
Rural, na cozinha<br />
do Restaurante<br />
Popular<br />
76
POR: MARCELO FURTADO<br />
Empresários da cidade se<br />
reuniram no Araraquarense<br />
para a festa de 80 anos da<br />
ACIA. O jantar foi servido pelo<br />
excelente Buffet Karam e a<br />
decoração do salão ficou por<br />
conta de Dádiva Eventos.<br />
Família Lima em noite de homenagem: Paula, Lucas, Talitha, Fátima, Preto Cardozo,<br />
Angélica, Rafael Reina, Livia e Emílio (Padaria do Lima)<br />
Lebrão Caires<br />
e Maria Rita<br />
Gerson<br />
Monteacutti e<br />
Cristina<br />
Carlos Dahab<br />
e Renata<br />
Fernandes<br />
Caê Caraccio<br />
e Teresa<br />
Isabelle e<br />
Apparecido<br />
Dahab<br />
Renato<br />
Haddad<br />
e Léa<br />
Rosa e<br />
Mariza<br />
Camargo<br />
A festa da ACIA para<br />
comemorar seus 80<br />
anos de fundação foi<br />
um grande sucesso.<br />
Alegria por todos<br />
os cantos num belo<br />
ambiente e com<br />
assinatura da Dádiva<br />
Eventos. O patrocínio<br />
do Sebrae-SP, Banco<br />
do Brasil, Correios,<br />
Vilage Marcas e<br />
Patentes, Jucesp, foi<br />
fundamental para<br />
que a ACIA atingisse<br />
seus objetivos.<br />
Parabéns.<br />
77<br />
Maria Teresinha<br />
e Samuel Brasil<br />
Bueno
PROMOÇÃO<br />
O BOX É NOSSO<br />
CARNE COM BATATA<br />
IMPERIAL EXECUTIVO JR.<br />
Por apenas<br />
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19 ,90<br />
Araraquara<br />
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indicadas. Taxa de entrega não inclusa. Área de entrega restrita. Fotos ilustrativas.<br />
Célia Merlos, Tamara Lima, Adriana Braga, Cristiane Santarelli, Eliana Toloi, Roberta<br />
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O diretor comercial<br />
José Augusto Silva<br />
e a vice presidente<br />
Geórgia Affonso, da<br />
Graciano R. Affonso,<br />
na festa da ACIA<br />
Carlos Murad e Milene<br />
O diretor industrial<br />
da Lupo, Carlos<br />
Alberto Mazzeo com<br />
a esposa Silvia, na<br />
festa de entrega da<br />
comenda Mérito<br />
Empresarial da<br />
ACIA à empresa<br />
78
Natasha e<br />
Rafael Cruz<br />
Tuffy Haddad e<br />
Whadya<br />
Eva e Luiz Antônio Barreto da Silva<br />
Jorge<br />
Lorenzetti<br />
e Ligia<br />
Antonio Deliza Neto,<br />
presidente do Sincomercio<br />
e Ivo Dall’Acqua Junior,<br />
conselheiro da Fecomercio<br />
Péricles Medina<br />
Júnior e Mara<br />
Aparecido Berto<br />
Antônio Carlos<br />
Tavares e Gi<br />
Olliver<br />
79
Marcos Assumpção<br />
e Adriana<br />
Casal<br />
Marisa e<br />
Pedro<br />
Lia Tedde<br />
Berenice Munhoz,<br />
Maria Regina<br />
Ramos e Adélia<br />
Arnosti<br />
Ana Maria e Artur<br />
Wormhoudt<br />
Renee Dália e Poli Arnosti<br />
Renata e Rodrigo Marasca<br />
Família Morvillo: Giuseppe Júnior, Gaetano Neto, Giuseppe Neto e Giuseppe<br />
80
O enlace matrimonial de Graziela<br />
e José Janone Júnior movimentou a<br />
sociedade araraquarense no dia 20 de<br />
junho. O evento aconteceu no Jeca Tatu.<br />
Janone Júnior assina Sunrise.<br />
O casal arrumou as malas para lua de<br />
mel no sul do Brasil e volta a viajar em<br />
dezembro para a Itália.<br />
José Janone e esposa Jane Lúcia Vitória<br />
Janone; Dênis Henrique Janone e esposa<br />
Taísa Toledo Piza Janone<br />
Momento<br />
emocionante<br />
da cerimônia<br />
81
Bárbara<br />
Baptista<br />
mostrando<br />
seu charme e<br />
sua beleza<br />
Cinira Fuzaro e família Lia: Isabela, Marisabel, Cristina e<br />
Nicolino Lia, em evento realizado na cidade<br />
Tania Roque, José Carlos Alves, o Tuto<br />
e o garotão Morylo Victor Alves<br />
Mário Francisco, o Chiquito<br />
(Revista Comércio & Indústria)<br />
e Sônia Scuttari, voluntários na<br />
festa da APAE<br />
Rosimeire, Sérgio Luis e a aniversariante<br />
Monique Baptista. Família em noite de<br />
desfile no Clube Araraquarense<br />
Em junho tivemos o fechamento de uma<br />
das mais antigas pastelarias da cidade:<br />
a Rochoson, na Avenida 36. É pena, pois<br />
nos fins de semana as famílias ali se<br />
reuniam. Era muito bom!<br />
Camila Duarte e Victor Diniz, curtindo essa<br />
joia rara chamada Alice<br />
Sônia Maria Marques, Jean Cazellotto e<br />
Rafael Zocco, da RCI, no Arraiá da APAE<br />
Sucesso absoluto de<br />
seu público e<br />
organização. Parabéns<br />
APAE pelo seu Arraiá<br />
da Solidariedade<br />
realizado em junho.<br />
Damiano Barbiero<br />
Neto fez um grande<br />
trabalho, ao lado de<br />
Nenê Ferrenha, seus<br />
colaboradores e<br />
voluntários.<br />
82
O empresário Mário<br />
Roberto Mendonça ao<br />
lado de três princesas<br />
na Festa Junina do<br />
COC: Letícia (Ângela e<br />
Estevão), Giovanna<br />
(Tatiane e Daniel); Lara<br />
(Viviane e Ivan<br />
Roberto Peroni). O<br />
amigo Mendonça é vovô<br />
da Giovanna.<br />
O Senac Araraquara<br />
recebeu em junho,<br />
o estilista Alexandre<br />
Herchcovitch, uma<br />
das principais<br />
referências da moda<br />
do Brasil, para<br />
ministrar a palestra<br />
Educação e Moda.<br />
Foi um sucesso.<br />
A notável dedicação de José Carlos Porsani à sua<br />
querida SABSA, fazendo a entrega de kaftas na barraca<br />
que a entidade armou na festa do COC. Ao seu lado,<br />
para também ajudar a SABSA, a sua irmã Márcia<br />
Marlene Benedetti e a filha<br />
Daiane, afivelando as malas<br />
rumo aos Estados Unidos<br />
para breve temporada, tendo<br />
antecipadamente o sinal de<br />
férias vividas com alegria.<br />
Cristina Figueroa com sua afilhada<br />
Mariah Silva Pavan e a filha Vitorya na<br />
festa junina do COC<br />
Thaís e o pai coruja, Nilton<br />
Gonçalves, o Boca, no Arraiá da<br />
Solidariedade da APAE<br />
Mônica Braga, diretora pedagógica do COC e André<br />
Lourenço, assessor de imprensa do colégio, durante a<br />
festa realizada em junho com muito sucesso. O evento,<br />
por sinal, mantém a tradição de ser um dos mais<br />
típicos, graças à organização e alegria das crianças<br />
83
A Nigro realiza todos os<br />
anos sua Missa de São<br />
Pedro, que já se tornou<br />
tradicional, acompanhada<br />
por seus colaboradores,<br />
diretores e convidados. O<br />
ato religioso é visto como<br />
uma ação de graças pelo<br />
êxito positivo em mais um<br />
ano de trabalho. A<br />
consultora de Negócios,<br />
Heloisa Nascimento,<br />
participou da cerimônia<br />
representando a Revista<br />
Comércio & Indústria. Na<br />
foto, Heloísa ao lado dos<br />
empresários Arcângelo<br />
Nigro Neto, Geraldo José<br />
Cataneu e Francisco Nigro.<br />
Patricia e José Mauro Gonçalves, no<br />
concorrido coquetel da Unigastro<br />
Gabriela Ribeiro, Livia Cordeiro, Dorani Cordeiro,<br />
Elen Lima e Isabella Jorge (Equipe Unigastro)<br />
Karen Sassakai, Cristiane Canhoto e Sonia Piva,<br />
secretárias Unigastro<br />
Orgulho para os pais Léa e Renato<br />
Haddad participarem da entrega da<br />
carteira de advogado ao filho<br />
Renatinho. O ato aconteceu na sede<br />
da OAB em Araraquara. Parabéns.<br />
Lucia e Farid Jacob Abi Rached,<br />
Souham e Jorge Bedran<br />
e Jorge Hage Zbeidi na festa<br />
de apresentação das novas<br />
instalações da Unigastro<br />
84
ANIVERSÁRIOS<br />
<strong>JULHO</strong><br />
A diretoria da ACIA cumprimenta todos os aniversariantes<br />
DATA NOME EMPRESA DATA NOME EMPRESA<br />
01/07<br />
01/07<br />
01/07<br />
02/07<br />
02/07<br />
03/07<br />
03/07<br />
03/07<br />
04/07<br />
04/07<br />
04/07<br />
04/07<br />
05/07<br />
05/07<br />
05/07<br />
05/07<br />
05/07<br />
05/07<br />
05/07<br />
06/07<br />
06/07<br />
06/07<br />
06/07<br />
06/07<br />
06/07<br />
07/07<br />
07/07<br />
07/07<br />
07/07<br />
08/07<br />
08/07<br />
08/07<br />
08/07<br />
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Aristóteles de Melo<br />
Leda Maria de Souza Apolônio<br />
Antônio Akira Matsumoto<br />
Carlos Henrique Murad<br />
Airton Roberto de Ponte<br />
Izabella dos Santos Perdonatti<br />
Luiz do Carmo Credendio<br />
Atílio Luiz Mori<br />
Paschoal Malara Júnior<br />
Carlos Alberto Menin<br />
Antônio Carlos Julianeti<br />
Maria Aparecida da Silva<br />
Valquírio Ferreira Cabral Júnior<br />
Érica Samaha Gritti<br />
Ana Rosa Malara Caparelli<br />
Ivo Eduardo Moroni<br />
Andréia Cury de Andrade<br />
José Benedito Pilon<br />
Sônia Maria Corrêa Borges<br />
José Antônio Neves<br />
Sônia Aparecida Masson Silva<br />
Alessandra dos Santos<br />
Márcia da Silva Bonavina<br />
Marlene Porsani<br />
Roberto Ambrósio<br />
Isabela T. Carrascoza Juarez<br />
Sérgio Bonini<br />
Ildemar Luiz Kurmann<br />
Alexandre Edgar de Rizzo<br />
Rubens Benedito de Oliveira<br />
Clélio Bacaglini<br />
Agnaldo G. Freires<br />
Kátia Murakami<br />
Carlos Augusto Staufackar<br />
Marcelus de Freitas Biagioni<br />
Luis Augusto Cirelli<br />
Angélica Regina R. Araújo<br />
Rosimeire Aparecida Lujan<br />
Ângelo Smirne Neto<br />
Carlos Eduardo Pucca<br />
Aparecido Antônio Rodela<br />
Natália Leite Coletti<br />
Luciano Abelhaneda<br />
José Henrique Pelegrini<br />
Jair Aparecido Martineli<br />
Diskfone - 3303 3000<br />
Kambé Embalagens - papel e plástico<br />
Rosângela Flores<br />
Moto Fácil<br />
De Ponte Celulares<br />
Boticário<br />
Art Matic<br />
Amalfi Mori & Filhos<br />
Irmãos Malara Rodas<br />
Modulus Informática<br />
Casa do Tapeceiro<br />
Marrie Modas<br />
Lupo<br />
Importronics<br />
Art Final<br />
Pavisolo<br />
Vivenda Nobre<br />
Jopasa<br />
Smabtur<br />
Foto e Vídeo<br />
Motores Araraquara<br />
Excellent Global<br />
Escritório Aracontas<br />
Drogaria Borsari<br />
Hot Sign Comercial<br />
Mistika Jóias e Presentes<br />
Sérgio Bonini Jóias e Relógios<br />
Unimarcas<br />
Associação dos Médicos Veterinários<br />
Cantina Vetor<br />
Lanchonete Araraquara<br />
Epil Listas Telefônicas<br />
Depósito Caçula<br />
APCD Regional de Araraquara<br />
P&b Company<br />
Vilage Marcas & Patentes<br />
Gráfica Esperança<br />
Chico Memorial Nossa Senhora Aparecida<br />
Smirne Home Center Rede Construvem<br />
Pucca<br />
Drogaria Iguatemy<br />
Valmag<br />
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Carregue Recarregadora de Cartuchos<br />
Vira Volta<br />
13/07<br />
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31/07<br />
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Flávia Antunes<br />
Antunes Persianas<br />
Christine Pierre Gibim<br />
Imobiliária Araraquara<br />
Sidinei Oltremare<br />
Iesacred<br />
Frederico José Abranches Quintão Hot Sign Comercial<br />
Shingo Honda<br />
Hermes Comercial<br />
Ana Sergia Autullo<br />
Odontocorpus<br />
José Roberto Cincerre<br />
Celta Engenharia e Consultoria<br />
José Antônio Ribeiro dos Santos Imobiliária São Paulo<br />
João Arnaldo Crispim<br />
Magazine Luiza<br />
Sandra C. Lemos<br />
JRS Propaganda e Marketing<br />
Márcia Luiza Marques de Souza Serralheria Lismar<br />
Denise Aranha<br />
Loja da Fonte<br />
Antônio Tadeu Spera<br />
Funilaria e Pintura do Toninho<br />
Emílio Rodrigues<br />
Gráfica Esperança<br />
Nilton de Oliveira Bessa<br />
Nilana<br />
Pedro Henrique de Souza Mimosa - GMP<br />
Alcides Junquetti<br />
Restaurante do Cidinho<br />
Valdemir Ap. Redondo de Conti Marcenaria de Conti<br />
Carlos Augusto Cataneu<br />
Cataneu Materiais para Construção<br />
Maria Elisabete Afonso<br />
Bete Novidades<br />
Oreste Ferreira<br />
Retífica Ferreira<br />
Júlio Augusto Marchesan Marischen TV Ara<br />
Irinete Cavalcante Alexandre Iris Moda<br />
Clara Motterani Caires<br />
Locoara<br />
Daniela Abelhaneda<br />
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Thiago Acquarone Gomes Imobiliária São Paulo<br />
Tiago Ferreira Pires<br />
Grampir<br />
Mariana G. Rodrigues<br />
Sorte Sportiva<br />
Ederson Silva<br />
Atacadão<br />
Cicero Fernando Carcelin<br />
Top Stylo Móveis Planejados<br />
Sebastião do Carmo Mesquita Solcred<br />
Paulo Cézar Gatti<br />
Esacon<br />
Luiz Carlos da Silva<br />
Luis Carlos da Silva<br />
Rodolfo Messali<br />
Peixe e Cia<br />
Ana Maria Lopes dos Santos Primotex<br />
Arnaldo Marques Pereira<br />
Bar e Mercearia Tuti<br />
Daniel Janone Pereira<br />
Recarga e Cia<br />
Gabriel de Paiva<br />
Panfletos & Cia<br />
Claire Ap. Sodre Cosma<br />
Kumon Unidade Santa Angelina<br />
Marli Pedroso Marcola<br />
Liliantex<br />
Vera Lúcia da Cunha Lapena Auto Eletro Carlão<br />
Ricardo Caparelli<br />
Móveis Caparelli<br />
Eusa Fátima Gibeli Fuzari<br />
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Luís Carlos<br />
Desde o início da civilização, há mais ou<br />
menos uns 10.000 anos, o ser humano<br />
tem se deparado com uma série de dúvidas<br />
a respeito do mundo em que vive e, principalmente,<br />
sobre ele mesmo. Porém, por<br />
mais que ele especule sobre a sua existência,<br />
por mais que ele tente desvendar o mistério<br />
das coisas, por mais que ele procure<br />
conhecer o desconhecido, dificilmente tem<br />
conseguido chegar a uma conclusão pacífica<br />
sobre as indagações que o tem perturbado<br />
nesse tempo todo.<br />
Entretanto, para alguns tem sido até<br />
fácil. Basta apenas acreditar num ente supremo,<br />
que tudo provê, e crer que, além<br />
desta nossa “insignificante” vida terrena,<br />
haverá outra onde ele poderá ser mais feliz<br />
do que talvez o tenha sido nesta. Já para<br />
outros tem sido muito mais difícil, pois, se<br />
ele não crê na primeira hipótese, forçosamente<br />
deve acreditar que só se vive uma<br />
vez e então, terminada sua breve existência<br />
em nosso planeta, nada mais sobrará.<br />
Nada mesmo.<br />
O primeiro caminho que o homem tem<br />
seguido tem sido o da religião; o outro, o<br />
da ciência. O impasse entre essas duas<br />
correntes ainda continua atual, apesar das<br />
inúmeras conquistas científicas que se têm<br />
verificado ao longo de todos esses séculos.<br />
Entretanto, mesmo entre aqueles que<br />
procuram a segurança na religião, na crença<br />
e na fé, sempre remanescem dúvidas<br />
quando as inevitáveis circunstâncias da<br />
vida os levam no mais das vezes a se sentir<br />
inseguros e fragilizados. E quando se achava<br />
que a ciência, a partir do Renascimento<br />
e do Iluminismo no século 18 conseguiria<br />
resolver todos os problemas do homem e<br />
até desvendar alguns dos mais profundos<br />
mistérios da natureza, ao contrário do que<br />
se pensava, mais e mais dúvidas foram<br />
surgindo nos últimos dois séculos.<br />
Mas como ninguém quer ficar na dúvida,<br />
porque esta leva à insegurança, a maioria<br />
das pessoas não quer nem mesmo refletir<br />
superficialmente sobre o assunto, porque,<br />
para essa extrema maioria, basta tão somente<br />
procurar viver sem maiores preocupações,<br />
minimizando os problemas. Viver,<br />
pura e simplesmente. Aproveitar ao máximo<br />
B<strong>ED</strong>RAN<br />
Sociólogo e articulista da Revista<br />
Comércio & Indústria de Araraquara<br />
Ciência e Religião<br />
a vida, comer, beber, amar e divertir-se enquanto<br />
pode, porque não desconhece que a<br />
vida não é eterna.<br />
Outros, porém, alguns poucos que querem<br />
descobrir o significado das coisas, não<br />
se conformam com a sua atroz insignificância<br />
e então procuram confortar seu pensamento<br />
ou suas angústias tentando descobrir<br />
fórmulas que os satisfazem, dentro da<br />
liberdade, do livre-arbítrio de que supostamente<br />
possam ter ou do destino fatal a que<br />
estão sujeitos.<br />
É isso que a Humanidade tem se deparado<br />
durante todo esse tempo em que o<br />
homem começou a desfrutar do ócio, a ter<br />
tempo e condições para refletir. Ou ele parte<br />
para a religião ou então para a ciência. Mas<br />
quando, nem uma e nem outra conseguem<br />
satisfazê-lo suficientemente, aí ele procura<br />
o caminho da filosofia.<br />
Porque é na filosofia que ele tenta escapar<br />
do dogmatismo da fé e também do<br />
dogmatismo da fé na ciência, levada até as<br />
suas últimas consequências. Mas isso não<br />
quer dizer que também ele conseguirá escapar<br />
das eternas dúvidas e dos mistérios<br />
eternos que ainda envolvem a existência do<br />
homem na sociedade em que vive.<br />
Ao contrário do que se poderia imaginar,<br />
mesmo as descobertas filosóficas mais surpreendentes,<br />
mesmo as ideias e as interpretações<br />
dos grandes filósofos em todos<br />
os tempos, têm conduzido o ser humano a<br />
muito mais dúvidas ainda, as infinitas dúvidas.<br />
Mas como ele está fadado a pensar, a<br />
raciocinar e a usar da razão, que é da sua<br />
própria condição humana, não há como escapar<br />
dessa sua eterna sina.<br />
Por isso, apesar do possível conforto<br />
espiritual que a religião poderia nos proporcionar,<br />
apesar de todas as descobertas<br />
científicas que têm levado o homem a viver<br />
melhor, ou pelo menos, aparentemente melhor<br />
em sua vida material - e isso já é uma<br />
discutível dúvida filosófica -, ainda assim<br />
restam as eternas indagações humanas,<br />
que, tanto a religião, quanto a ciência ou<br />
a filosofia estão tentando responder, mas<br />
que ainda estão bem longe de conseguir<br />
desvendá-las.<br />
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