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RCIA - ED. 108 - JULHO 2014

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ÍNDICE<br />

Artigos<br />

05 | Da redação Sônia Maria Marques<br />

comenta a importância da Iniciativa de<br />

Negócios na cidade<br />

07 | Editorial Ivan Roberto Peroni mostra a<br />

cara do “pedágio caro num país que adora<br />

pão, circo e futebol”<br />

38 | Pesquisa Jaime Vasconcellos<br />

Economia é prejudicada por rotatividade de<br />

mão de obra em empresas de Araraquara<br />

40 | Jurídico Iran Carlos Ribeiro<br />

O custo das decisões trabalhistas<br />

Thermoar, 16 anos<br />

Capa<br />

Thermoar<br />

Engenharia Thérmica<br />

Especializada em<br />

condicionadores de ar<br />

central para grandes<br />

obras, a Thermoar faz<br />

16 anos trabalhando<br />

em todo o Estado e<br />

prestando serviço de<br />

qualidade<br />

PÁG. 08<br />

História<br />

10 | ACIA A história haverá de falar por nós<br />

Trabalho especial sobre as comemorações<br />

dos seus 80 anos de fundação<br />

Cidade<br />

13 | Dádiva Eventos Empresa<br />

comemora 10 anos organizando<br />

a decoração da festa da ACIA.<br />

14 | Graciano Uma prova de<br />

resistência ao tempo<br />

19 | Buffet Karam Juliano Karam<br />

cumprimenta ACIA pelos 80 anos<br />

de fundação<br />

26 | A palestra de Golfeto Quem<br />

não foi perdeu a aula de<br />

economia do mestre<br />

28 | Massafera Estado flexibilizará<br />

os prazos do ICMS<br />

36 | Responsabilidade Filhos<br />

começam a assumir<br />

responsabilidades na direção<br />

das empresas dos pais<br />

42 | Lembrança Restaurante e<br />

Churrascaria Boi na Brasa foi<br />

sinônimo de sucesso nos anos 60<br />

46 | Nova Era Jovens e<br />

independentes, eles passam,<br />

lavam, cozinham e cuidam<br />

das finanças<br />

Economia<br />

29| Informe Mercado alerta<br />

empresários para retração do<br />

crédito<br />

31| Bebida Torcedores juntam útil ao<br />

agradável e consomem mais<br />

bebidas em época da Copa<br />

PÁG. 14<br />

Empresário Graciano R. Affonso<br />

mostra orgulhoso a chegada do<br />

Chevrolet em Araraquara (1929)<br />

32 | Televisores Vendas de TVs<br />

para assistir as partidas da Copa<br />

aumentam 50%<br />

66 | Shopping Jaraguá<br />

Previsto para ser entregue em<br />

meados de 2015, o Shopping<br />

Jaraguá está com o ritmo<br />

acelerado e sua expansão<br />

poderá ser concluída antes<br />

do prazo.<br />

Revolução de 1932<br />

44 | Voluntários araraquarenses<br />

RCI presta homenagem aos soldados<br />

constitucionalistas da Revolução de 32;<br />

cerca de 20 araraquarenses estiveram<br />

presentes na linha de frente no combate<br />

PÁG. 44<br />

Bandeira do Estado de São Paulo<br />

Sindicato Rural<br />

50| Caboclinho Querido<br />

Mathias Vianna, grande produtor<br />

rural, será homenageado pelo<br />

seu dia em festa do Sindicato<br />

52| Família Benedette<br />

Reginaldo e Marlene Benedette,<br />

exemplos de empreendedorismo<br />

Arquitetura & Construção<br />

61 | Decorando ambientes<br />

Cuidado com as cores claras. Elas<br />

podem ser vilãs se não souber<br />

usar corretamente<br />

Colecionadores fanáticos<br />

68 | Tem de tudo<br />

Tem história em quadrinhos, álbuns da<br />

Copa, bonecos Playmobil, discos dos<br />

Beattles e muito mais desses<br />

apaixonados por coisas assim<br />

Willian começou<br />

aos 10 anos<br />

com revista do<br />

Homem Aranha<br />

PÁG. 68<br />

O PP de Araraquara, em respeito<br />

ao compromisso assumido com a<br />

sociedade, de renovação política,<br />

apresentou alguns de seus novos<br />

filiados. Em reunião realizada no<br />

dia 28 de junho, o progressista de<br />

84 anos, Fulvio Accorinte, filiado<br />

ao partido desde a sua fundação,<br />

abraçou Herbert Luiz Barbosa,<br />

da Juventude Progressista, com<br />

apenas 20 anos. Segundo Fulvio,<br />

a troca de experiências entre<br />

gerações fortalece a democracia<br />

progressista. Tá certo.<br />

Partners entrando firme no mercado de consultoria<br />

Profissionais da Partners<br />

Consultoria: Amleto<br />

Landucci Júnior, Deives<br />

Baptistella, José Luiz<br />

Monnazzi e Eduardo<br />

Nogueira Monazzi,<br />

na comemoração dos<br />

80 anos da ACIA,<br />

apresentaram os serviços<br />

realizados pela empresa.<br />

Por sinal, hoje é um<br />

dos mercados<br />

mais promissores<br />

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Documento<br />

56 | Samuel Brasil Bueno<br />

Historiador relembra em sua<br />

página a trajetória de Roque<br />

José Hage, o primeiro locutor<br />

esportivo da cidade,<br />

na Rádio Cultura<br />

Saúde<br />

70 | XTerra Ilhabela<br />

Carlinhos Tavares fala sobre o XTerra<br />

Brazil, que em <strong>2014</strong> foi em Ilhabela,<br />

com Triathlon individual e em equipe.<br />

Os araraquarenses da Absolute Fit<br />

foram em peso para acirrar a disputa<br />

Futebol Amador<br />

71 | Paulista Futebol Clube<br />

Em tempos de Copa do Mundo, a<br />

RCI conta a história do Paulista,<br />

pois nele nasceu Maurinho, o<br />

“flexa” araraquarense que jogou<br />

na Copa de 54 na Suíça.<br />

Maurinho, ponta-direita<br />

do Paulista FC, atuou<br />

também na Seleção<br />

Brasileira em 1954,<br />

na Suíça<br />

PÁG. 77<br />

Zi, Marcelo, Renato e Edna<br />

PÁG. 56<br />

Roque José Hage<br />

sempre foi muito<br />

querido por<br />

colegas de<br />

imprensa e<br />

também da antiga<br />

Telefônica onde<br />

trabalhou por<br />

muitos anos.<br />

Bem lembrada a<br />

homenagem.<br />

PÁG. 71<br />

Variedades<br />

77 | Em foco<br />

Os fatos e as pessoas que<br />

circulam em eventos da cidade<br />

86 | Luiz Carlos Bedran<br />

Colunista da RCI fala sobre<br />

ciência e religião. Tema é muito<br />

debatido em todas as esferas<br />

e mexe com as crenças da<br />

população<br />

DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

Sônia Maria Marques<br />

Iniciativas de negócios ajudando<br />

os pequenos negócios<br />

Como parte das ações da ACIA na comemoração dos seus 80<br />

anos de fundação está o Programa Empreender, iniciativa que<br />

ajuda o micro e pequenos empresários a se estabelecerem no<br />

mercado ou se capacitarem, colocando sua empresa em evidência<br />

através de bons negócios. O Programa Empreender, com o<br />

apoio do SEBRAE, como tem sido divulgado, reúne empresas de<br />

um mesmo segmento para abordar os problemas do dia a dia e a<br />

partir daí, elaborar um plano para que sua funcionalidade interna<br />

e externamente sejam verificadas, resultando em adequação e<br />

é claro, em lucratividade. Esse Programa do Empreender, assim<br />

como outros criados pela ACIA, tem o único propósito de fazer<br />

bem ao empreendedor, sua empresa e consequentemente, ao<br />

público consumidor.<br />

Paralelamente outros movimentos acontecem na cidade<br />

com o objetivo de fazer prosperar os pequenos empreendedores.<br />

Por exemplo: parceria entre o Sindicato da Indústria de Panificação<br />

e Confeitaria de Araraquara e Região (Sipcar) e Prefeitura,<br />

fez nascer o Programa - Produtos do Campo -, beneficiando<br />

produtores rurais e padarias da cidade. O projeto conta com 400<br />

produtores do Assentamento Monte Alegre e visa auxiliar na venda<br />

dos produtos de segunda a sexta-feira, das 6h às 11h, em<br />

espaços cedidos por algumas panificadoras. Há também o projeto<br />

da Feira Noturna, funcionando as quintas-feiras, na Estação<br />

Ferroviária, onde os produtores rurais colocam à venda os seus<br />

produtos para o público consumidor. Como se vê, são propostas<br />

de apoio aos pequenos empreendedores.<br />

SAIBA COMO DISCRIMINAR O IMPOSTO NA NOTA<br />

Cartilha elaborada pela SMPE esclarece pontos referentes ao<br />

Decreto nº 8264/14, que regulamenta a lei que garante aos<br />

cidadãos o conhecimento mais claro da carga tributária<br />

incidente sobre cada produto e serviço que consomem.<br />

Para o Presidente da Associação<br />

Comercial e Industrial de Araraquara<br />

Renato Haddad,<br />

as penalidades para as<br />

empresas que não discriminarem<br />

o valor ou a porcentagem<br />

dos impostos<br />

em nota/cupom ou afixarem<br />

em local visível no<br />

estabelecimento, somente<br />

serão aplicadas a partir de<br />

01/01/2015.<br />

A prorrogação deu-se<br />

através da Medida Provisória<br />

649, de 05 de junho,<br />

em virtude da exigência<br />

de se informar, separadamente, os<br />

impostos federais, estaduais e municipais.<br />

Assim, a partir de 01/01/2015,<br />

penalidades poderão ser impostas<br />

aos estabelecimentos, inclusive<br />

a de multa, respeitando-se,<br />

sempre, o princípio<br />

da dupla visita, já que<br />

o texto da Lei 12.741/12<br />

tem caráter meramente<br />

informativo e que, por<br />

isso, não se presta a finalidade<br />

de natureza fiscal<br />

ou financeira.<br />

Portanto, a recomendação<br />

é para que,<br />

desde já, os empresários<br />

que possuam sistemas<br />

de informática procurem<br />

realizar a adaptação e, para os<br />

menores, afixar em local visível o<br />

valor ou a porcentagem dos impostos.<br />

REVISTA<br />

<strong>ED</strong>IÇÃO N°<strong>108</strong> - <strong>JULHO</strong> / <strong>2014</strong><br />

Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni<br />

Supervisora Editorial: Sônia Marques<br />

Redação: Rafael Zocco, Jean Cazellotto<br />

Depto. Comercial: Gian Roberto, Silmara Zanardi,<br />

Marcos Assumpção, Marcello Furtado<br />

Design: Mário Francisco, Carolina Bacardi,<br />

Fernando Oprime, Bete Campos<br />

Tiragem: 5 mil exemplares<br />

Impressão: Grafinew - (16) 3322-6131<br />

A Revista Comércio & Indústria é distribuida gratuitamente<br />

em Araraquara e região<br />

INFORMAÇÕES ACIA: (16) 3322 3633<br />

COORDENAÇÃO, <strong>ED</strong>ITORAÇÃO, R<strong>ED</strong>AÇÃO E PUBLICIDADE<br />

Fone/Fax: (16) 3336 4433<br />

Rua Tupi, 245 - Centro<br />

Araraquara/SP - CEP: 14801-307<br />

marzo@marzo.com.br<br />

Acesse www.aciaararaquara.com.br e tire suas dúvidas<br />

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<strong>ED</strong>ITORIAL<br />

Pedágio caro num país que<br />

adora pão, circo e futebol<br />

Faltando pouco para se saber se é bom negócio “pedagiar”<br />

o caminho do céu, mesmo porque o inferno está<br />

cheio de gente bem intencionada, eis que, primeiro de julho<br />

acordou com o aumento da tarifa no pedágio da Rodovia<br />

Washington Luís, a mais próxima de nós. Aqui já era então<br />

a tarifa mais cara do Estado de São Paulo. No entanto, o<br />

aumento deste mês - 5,51%, praticado na Washington Luís<br />

ficou acima dos índices nas outras praças (5,29%).<br />

Quando se diz que o inferno está repleto de pessoas<br />

bem intencionadas é evidente que existe um tom de ironia,<br />

pois as concessionárias levantam a voz para explicar que<br />

pistas bem conservadas necessitam de investimentos. Só<br />

que melhorias se aplicam em anos eleitorais e rodovias tecnicamente<br />

seguras são enaltecidas por quem trafega por<br />

elas. Como o povo tem memória curta, logo esquece e acaba<br />

pagando a conta das campanhas eleitorais. É assim que a<br />

coisa funciona.<br />

Não há como negar que para os motoristas que usam as<br />

estradas paulistas, a diferença anunciada no final do mês<br />

passado vai pesar no bolso do consumidor quando julho terminar.<br />

Até então o impacto passará batido, já que a euforia<br />

pela Copa do Mundo está acima de todas as coisas. E, sinceramente,<br />

não há período melhor para se anunciar coisas<br />

assim do que uma Copa do Mundo.<br />

Em nosso país já se tornou regra aumentar imposto no<br />

silêncio da madrugada; político aprovar ampliação do seu<br />

salário no canto do galo. Tudo que é ruim é feito desta forma:<br />

na escuridão. O povo está dormindo mesmo. E quando ele<br />

acorda vem “o susto, a xingação, porque são corruptos, canalhas”<br />

e assim vai estrada a fora, ou melhor rodovia a fora,<br />

com ou sem pedágio. É assim que nos habituamos a viver,<br />

assaltados, indignados, porém, plenamente acomodados.<br />

Quanto mais escândalos, mais o povo<br />

acha que o governo está sendo transparente.<br />

Nos acostumamos com o engodo<br />

praticado.<br />

Efeito cascata no aumento da tarifa do pedágio<br />

A concessionária Triângulo do Sol, que administra o pedágio<br />

de Araraquara na rodovia Washington Luís, subiu 5,51%. Dos R$<br />

12,90 cobrados até 30 de junho, o valor passou para R$ 13,60.<br />

Já a concessionária Autovias, que administra o pedágio da SP-255,<br />

em Guatapará (Araraquara a Ribeirão Preto), reajustou a tarifa em<br />

5,17%. De R$ 11,50 passou para R$ 12,10.<br />

Quem dá a cara pra bater se somos acomodados? Se aceitamos<br />

receber um salário mínimo do tamanho que é, aceitamos pagar<br />

juros e encargos contratuais a cartões de crédito e bancos que<br />

ultrapassam os 12% ao mês e porque aceitamos que a Caderneta<br />

de Poupança renda apenas 0,5%?<br />

Em sã consciência, quem vai gritar neste momento com a Copa<br />

do Mundo nos sufocando? Estamos verdadeiramente acomodados<br />

para assistir os espetáculos armados nos estádios construídos com<br />

dinheiro de quem... do próprio povo? E todos nós, indistintamente<br />

somos acomodados porque permitimos que nossos idosos passem<br />

mais de 10 horas em uma fila para receber ou dar entrada em sua<br />

aposentadoria depois de terem trabalhado tanto.<br />

E ontem pensava eu no meu canto, calado, perplexo, na bola<br />

que bateu na trave do Brasil na disputa dos pênaltis, nas palavras<br />

ditas pelo professor Eloy Braga, certa vez: somos acomodados porque<br />

aceitamos que o Comitê de Política Monetária do Banco Central<br />

aumente todos os meses a taxa básica de juros e que isso provoque<br />

um efeito cascata na economia, fazendo-nos pagar os juros mais<br />

altos do mundo em todos os setores do mercado. Somos acomodados<br />

porque aceitamos pagar mais de 40% do valor de tudo o que<br />

compramos em impostos.<br />

A expressão caipira nos leva a dizer que - tudo que tinha que<br />

subir, subiu agora. Ninguém chia. Terminou a Copa do Mundo, como<br />

vem a eleição, surgem as promessas do “vou fazer isso, fazer aquilo,<br />

aumentar o vale isso, vale aquilo”. O pedágio difícil que se diz<br />

por aí, faz parte da nossa rotina, da vida do brasileiro movido a pão,<br />

circo e futebol. Eternamente seremos acomodados.<br />

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eportagem de capa<br />

Thermoar é marca de qualidade<br />

para atender grandes empresas<br />

Acompanhando o avanço da<br />

tecnologia e tendo em seu leque<br />

de serviços projetos específicos<br />

para a instalação de aparelhos<br />

de ar condicionado em grandes<br />

empresas, a Thermoar assume<br />

em seu segmento, posição de<br />

destaque no mercado paulista,<br />

sendo um orgulho para a cidade.<br />

A Thermoar, líder em vendas e manutenção<br />

de ar condicionado em Araraquara, completa<br />

16 anos em <strong>2014</strong> com uma enorme<br />

variedade de produtos e soluções para as empresas,<br />

de pequeno a grande porte. Empresa<br />

idônea, ela atende Araraquara e qualquer cidade<br />

do estado de São Paulo.<br />

O proprietário Marco Aurélio Boiani iniciou<br />

sua carreira em Bauru, após concluir a Faculdade<br />

de Engenharia Mecânica pela Universidade<br />

Estadual Paulista “Júlio de Mesquita<br />

Filho” daquela cidade. Trabalhou por um ano<br />

em uma empresa de venda e assistência de<br />

ar condicionado. Em poucos meses, foi promovido<br />

e logo depois abriu o seu próprio negócio<br />

em Araraquara.<br />

“Quando comecei a trabalhar em Bauru,<br />

viajava muito para a região de Araraquara, então<br />

conhecia bastante esse mercado. Sentia<br />

falta de uma empresa especializada em obras<br />

grandes, com sistema de ar condicionado central.<br />

Foi aí que resolvi abrir a Thermoar. Por<br />

muitos anos coloquei a mão na massa com<br />

mais um funcionário. Entrava em forros, me<br />

sujava, mas valeu a pena”, explica<br />

Boiani, orgulhoso com os resultados<br />

obtidos ao longo do tempo.<br />

Atualmente, a Thermoar emprega<br />

18 funcionários que passam<br />

constantemente por treinamentos<br />

e palestras. Segundo o empresário,<br />

é um investimento com retorno<br />

garantido. “Ao menos uma vez por<br />

mês, damos uma palestra rápida<br />

para nossos colaboradores de como<br />

Frota de veículos da Thermoar,<br />

atendendo a população do Estado<br />

de São Paulo há 16 anos, e<br />

sempre oferecendo bom preço e<br />

produtos de qualidade<br />

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Os irmãos Marco Aurélio Boiani e Marcelo Ricardo Boiani, proprietários da Thermoar em<br />

Araraquara; uma tradição em projetos para grandes obras, condicionadores de ar central,<br />

residencial e comercial<br />

se comportar na casa dos clientes e como<br />

tratá-los, além de palestras motivacionais.<br />

Com certeza, a empresa tem um retorno significativo<br />

dos clientes por conta disso. Devemos<br />

investir na equipe Themoar para conseguir ganhar<br />

a confiança dos nossos clientes. É uma<br />

segurança ter pessoas capacitadas para manusear<br />

e instalar nossos produtos. Faz toda a<br />

diferença para eles. Às vezes não é questão de<br />

pagar um pouco mais, mas sim ter um produto<br />

de qualidade com uma assistência e manutenção<br />

que valerá o investimento”.<br />

Há três anos, a Thermoar se tornou uma<br />

das poucas empresas do interior especializada<br />

em ar condicionado para atender os requisitos<br />

de grandes empresas, na instalação e<br />

manutenção de ar condicionado central com<br />

documentos regularizados, como o Plano de<br />

Manutenção e Controle (Pmoc), regulamentado<br />

pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária<br />

(Anvisa). Empresas como a Nestlé, Unimed,<br />

JBT e outras potências instaladas em Araraquara,<br />

exigem cursos de especialização e regulamentação<br />

junto à Anvisa para poder dar<br />

assistência em seus produtos,<br />

como o ar condicionado.<br />

Além dos produtos para<br />

grandes obras, a Thermoar<br />

também vende e instala condicionadores<br />

de ar para residências<br />

e empresas de pequeno<br />

porte.<br />

A Thermoar desde 2011 é<br />

uma empresa especializada<br />

em ar condicionado que tem<br />

todos os requisitos para<br />

atender grandes empresas<br />

O prédio da Thermoar na Avenida 36<br />

Há dois anos, Marco Boiani fez uma parceria<br />

com a Carrier, maior fabricante de ar condicionado<br />

no Brasil. “Com essa parceria, nos tornamos<br />

a Casa Carrier e revendedor autorizado<br />

desta e outras marcas em Araraquara, como<br />

Midea, Springer e Toshiba. Isso traz inúmeros<br />

benefícios, pois conseguimos um atendimento<br />

melhor direto com a fábrica, preços mais baixos<br />

e atendimento personalizado aos nossos<br />

clientes”, explica Boiani.<br />

A Thermoar recebeu por cinco anos consecutivos<br />

o prêmio Top Of Mind, como a melhor<br />

empresa de manutenção e instalação de ar<br />

condicionado de Araraquara. A pesquisa do<br />

prêmio é feita por porcentagem de entrevistados<br />

aleatoriamente na rua que, sem indução,<br />

citam uma marca ou produto específico que<br />

vem à memória, ao serem questionados sobre<br />

as propagandas que se lembram em uma categoria<br />

nos últimos 30 dias.<br />

Com uma grande variedade de produtos<br />

em sua loja, a Thermoar já fez obras importantes<br />

como a instalação de condicionadores<br />

de ar central na Unidade de Terapia Intensiva<br />

(UTI) do Hospital São Paulo, em Araraquara; Tonin<br />

Hipermercados, inaugurado a pouco mais<br />

de um ano na cidade; a nova obra da Santa<br />

Casa, em fase de construção; Caixa Econômica<br />

Federal na Fonte, em Ibaté e também em<br />

Américo Brasiliense; a nova agência do Banco<br />

do Brasil em Itirapina, lojas e hipermercados<br />

em todo o litoral paulista, além de outras grandes<br />

obras em todo o Estado.<br />

Visite o Show Room da Thermoar - em<br />

seu horário de atendimento - das 8h às 18h<br />

e conheça todos os seus produtos e serviços.<br />

Solicitação de orçamentos sem compromisso.<br />

ATENDIMENTO THERMOAR<br />

Av. Pe. Francisco Sales Colturato (36), 1262<br />

Fone: (16) 3331 2242<br />

www.thermoar.com.br<br />

9


aniversário da acia<br />

A história haverá de falar por nós!<br />

A ACIA, através da sua diretoria,<br />

fez em <strong>2014</strong>, ao comemorar 80<br />

anos de fundação, uma festa que<br />

ficará marcada por muito tempo<br />

em nossas lembranças. Mais que<br />

a festa, o reconhecimento pelo<br />

que cada empresa associada e<br />

homenageada por seu antigo<br />

tempo de filiação fez pela nossa<br />

terra. Só há uma forma de<br />

retribuir a elas esse trabalho:<br />

muito obrigado, vocês são 10!<br />

Após quase três meses de preparativos,<br />

a Associação Comercial e Industrial de Araraquara<br />

realizou no dia 28 de junho o evento comemorativo<br />

ao seu octagésimo aniversário de<br />

fundação. A entidade surgiu em 1934, tendo<br />

como seu primeiro presidente o farmacêutico<br />

Benevenuto Colombo; sua origem se deu por<br />

conta de protestos contra a elevação dos impostos<br />

estabelecida pelo Interventor de São<br />

Paulo, Armando Salles de Oliveira, para minimizar<br />

os custos oriundos da Revolução Paulista<br />

de 1932.<br />

Oitenta anos depois o filme parece ser o<br />

mesmo: o Impostômetro que aparece no site<br />

da ACIA mostra que este ano o brasileiro já pagou<br />

cerca de 900 bilhões de reais em busca<br />

de uma sociedade mais justa, através de aplicações<br />

corretas na Educação, Saúde e Segurança,<br />

setores que afligem a estabilidade da<br />

qualidade de vida do nosso povo.<br />

“Essa é uma das razões que leva a Associação<br />

Comercial e Industrial de Araraquara<br />

a existir e o seu foco está centrado cada vez<br />

mais em ter que participar das discussões políticas<br />

e sociais, visando defender o bem-estar<br />

da classe empresarial e também a população<br />

em seu todo”, afirma o presidente Renato<br />

Haddad. Ele tem o privilégio de ser o “presidente<br />

dos 80 anos da entidade”, com uma<br />

diretoria unida e participativa.<br />

As 10 empresas homenageadas - que se<br />

mantiveram altaneiras escrevendo sua história<br />

na vida da ACIA e da cidade - ajudaram e<br />

continuam ajudando no desenvolvimento econômico,<br />

gerando empregos e divisas, unidas<br />

pelos laços familiares, prosperando com sua<br />

luta para possibilitar às novas gerações, um<br />

caminho de sucesso, tal como o que lhes foi<br />

deixado por seus antepassados.<br />

10 10<br />

SEGUE<br />

Renato Haddad,<br />

prresidente da ACIA


Fotos/eventos: Marcello Furtado e José Augusto<br />

EMPRESAS<br />

HOMENAGEADAS<br />

A Associação Comercial e Industrial de<br />

Araraquara agradece a colaboração e a<br />

participação das empresas que se<br />

dispuseram em estar representadas no<br />

evento, que marcou os 80 anos de sua<br />

fundação. É uma demonstração de<br />

apreço à iniciativa que tem o objetivo de<br />

fortalecer a classe empreendedora e<br />

ampliar o companheirismo entre os<br />

empresários da cidade.<br />

PATROCÍNIO<br />

Graciano<br />

Filiação: 07/01/1935<br />

Maria Teresa Smirne e Geórgia Affonso,<br />

vice-presidente da Graciano R. Affonso<br />

Lupo<br />

Filiação: 01/03/1935<br />

Marlene Porsani e Carlos Alberto Mazzeo,<br />

diretor industrial da Lupo<br />

Banco do Brasil<br />

Filiação: 15/04/1939<br />

Smirne<br />

Filiação: 01/05/1935<br />

Roberto Abud e Reinaldo Smirne, diretor da<br />

Smirne Madeiras e Materiais para Construção<br />

Ademar Ramos e Rogério Aparecido Idino,<br />

superintendente regional do Banco do Brasil<br />

Escritório São Paulo<br />

Filiação: 01/03/1949<br />

Antônio Junquetti e Marcos Henrique Duó,<br />

diretor do Escritório São Paulo de Contabilidade<br />

Essências Crisci<br />

Filiação: 01/03/1949<br />

Damiano Barbiero Neto e Fernando Simões<br />

Crisci, diretor da Fábrica de Essências Crisci<br />

Irmãos Michetti<br />

Filiação: 15/12/1953<br />

Geraldo José Cataneu e Bento Michetti,<br />

fundador da Casa Michetti e Hotel Uirapuru<br />

Sorveteria Biju<br />

Filiação: 09/12/1954<br />

Dagmar Bizzinotto e Nanci Sinabucro<br />

Dakuzaku, proprietária da Sorveteria Biju<br />

Padaria do Lima<br />

Filiação: 12/04/1956<br />

Luis Petroni e Emilio Afonso Rodrigues Lima,<br />

proprietário da Padaria do Lima<br />

Nigro<br />

Filiação: 24/05/1956<br />

Marcelo de Mattos Frigo e Arcângelo Nigro<br />

Neto, diretor industrial da Nigro Alumínio<br />

11 11


HOMENAGENS AOS<br />

EX-PRESIDENTES<br />

Em sua festa de 80 anos, a ACIA<br />

homenageou 10 dos 22 presidentes que<br />

fazem parte da sua história, como forma<br />

de reconhecimento e gratidão ao que<br />

cada um realizou. A permanência<br />

de ex-presidentes em nosso convívio<br />

levou a Associação Comercial a<br />

homenagear também os ex-presidentes<br />

falecidos, caso de Benevenuto Colombo,<br />

fundador e primeiro presidente,<br />

que teve a representá-lo sua neta Maria<br />

Auxiliadora Colombo.<br />

Jair Martineli e Apparecido Dahab<br />

(1978 a 1980)<br />

Carlos Renato Segura e Péricles Medina Júnior<br />

(Péricles Medina - 1980 a 1984)<br />

Maria Auxiliadora recebe flores de Léa<br />

Haddad, esposa de Renato Haddad<br />

Edes Dalmo de Oliveira e Joel Roberto Aranha<br />

(1984 a 1989)<br />

Renato Haddad e Ivo Dall’Acqua Júnior<br />

(1989 a 1992)<br />

Marcos Henrique Duó e Pedro Augusto Lia<br />

Tedde (1992 a 1998)<br />

Reinaldo Dias de Lima e Jorge Lorenzetti Neto<br />

(1998 a 2001)<br />

Maria Teresa Smirne e Sônia Maria Corrêa<br />

Borges (2001 a 2004)<br />

Damiano Barbiero Neto e Samuel Brasil<br />

Bueno (janeiro a junho de 2003)<br />

Geraldo José Cataneu e José Carlos Pascoal<br />

Cardozo (julho a novembro de 2008)<br />

12 12<br />

Antônio Junquetti e Valter Merlos<br />

(2004 a 2010)


serviços<br />

Dádiva Eventos fez sucesso<br />

na Festa de 80 anos da ACIA<br />

O Baile de Aniversário da<br />

Associação Comercial e Industrial<br />

de Araraquara ganhou nota<br />

máxima com a decoração<br />

organizada pela Dádiva Eventos<br />

que há 10 anos está no mercado<br />

regional. Toda suntuosidade foi<br />

elogiada pelos participantes do<br />

importante acontecimento social.<br />

Uma das mais conhecidas<br />

empresas de decoração<br />

e organização de eventos na<br />

região de Araraquara, a Dádiva<br />

Eventos, está presente<br />

no mercado desde 2003.<br />

Este ano, Inês Maccagnan e<br />

Silvia Maccagnan proprietárias,<br />

comemoram mais uma<br />

conquista.<br />

Foi a Dávida Eventos que<br />

fez o trabalho de decoração<br />

do salão de festas do Clube<br />

Araraquarense, onde aconteceu a comemoração<br />

aos 80 anos de fundação da ACIA. O mais<br />

importante acontecimento social da cidade<br />

nos últimos anos, contou com a presença de<br />

empresários e políticos da cidade, além de<br />

um show exclusivo com o grupo Demônios da<br />

Garoa.<br />

Toque de requinte em cada espaço decorado pela Dádiva Eventos<br />

De acordo com Inês e Silvia, é um evento<br />

de alto nível para a divulgação da marca.<br />

“Estamos realizadas e orgulhosas com nossa<br />

presença na decoração desta festa tão bonita<br />

para a cidade de Araraquara, além de ser uma<br />

ótima oportunidade para mostrar o nosso trabalho”.<br />

A Dádiva Eventos oferece decoração,<br />

organização, assessoria e cerimonial para<br />

festas com conhecimento ministrado pela<br />

conceituada cerimonialista de São Paulo,<br />

Vera Simão.<br />

As sócias falam orgulhosas sobre a especialização<br />

da empresa. “A equipe tem formação<br />

em decoração de interiores pela Escola<br />

Panamericana de Artes de São Paulo, mas a<br />

nossa paixão é a cenografia, considerada o diferencial<br />

da Dádiva Eventos”.<br />

É verdade que já temos um relacionamento<br />

forte com as cidades da região, porém,<br />

estar presente na vida social de Araraquara é<br />

um fato significativo para o fortalecimento da<br />

nossa marca. “Participamos deste evento em<br />

que estão envolvidos mais de 400 empresários<br />

e esta foi sem dúvida, uma grande oportunidade<br />

para que o público pudesse conhecer<br />

o trabalho que desenvolvemos”.<br />

Ambientes finissimamente preparados para os mais diversos acontecimentos<br />

Dádiva Eventos<br />

Avenida Fioravante Bertachini, 633<br />

Residencial Olivio Benassi – Matão<br />

Telefones: (16) 3382 7929 / 99703-5663<br />

13


Chegada do Chevrolet 1929 à<br />

Graciano R. Affonso que teve sua<br />

concessionária por muitos anos<br />

na Rua São Bento esquina com<br />

Avenida Brasil<br />

valores da nossa terra<br />

Graciano R. Affonso (07/01/1934)<br />

As empresas associadas mais antigas da Acia<br />

Uma prova de resistência ao tempo<br />

Como é fantástica esta cidade,<br />

antes de chão batido, ruas<br />

estreitas, passadas largas de<br />

quem por ela andava, seguindo<br />

apenas o clarão da madrugada.<br />

Embarcar no sonho gerado pelo<br />

ronco do moderno calhambeque,<br />

a olhar estão três ou quatro<br />

“muleques”, e dentro desta<br />

novidade sob rodas, os senhores<br />

a imaginar como seria 80 anos<br />

depois esta morada.<br />

Engraçado que tudo vai surgindo<br />

como que por acaso. Aqui, lá, as<br />

obras do homem se<br />

amontoam num piscar de olhos,<br />

e num sopro tudo se transforma.<br />

É o mistério advindo das mãos<br />

divinas, pois tudo surge e pouco<br />

ou quase nada fica na memória.<br />

Mas um dia do passado se<br />

precisa, e para tê-lo de<br />

volta é imprescindível<br />

recriar ruas,<br />

avenidas, prédios,<br />

praças, mas nem tudo<br />

tem a mesma graça do<br />

Selo comemorativo aos 80<br />

anos de fundação da ACIA,<br />

elaborado pela agência Marzo<br />

que aquilo que foi gerado pelo<br />

suor e o amor de quem nunca<br />

imaginou, ser esta uma herança<br />

advinda das mãos calejadas por<br />

essa gente que tanto trabalhou.<br />

14


Smirne Madeiras e Materiais para Construção (01/05/1935)<br />

Fábrica de Meias Lupo (01/03/1935)<br />

Banco do Brasil (15/04/1939)<br />

Irmãos Michetti (15/12/1953) Escritório São Paulo (01/03/1949)<br />

Em seu primeiro ano<br />

de atividades, 1934,<br />

a ACIA contava com<br />

52 empresas associadas.<br />

O critério de escolha para as<br />

homenagens realizadas no<br />

dia 28 de junho durante seu<br />

Baile de Aniversário,<br />

foi premiar as mais antigas,<br />

que ainda permanecem<br />

em atividade.<br />

Essências Crisci (01/03/1949)<br />

Sorveteria Biju (09/12/1954)<br />

Indústrias Nigro<br />

(24/05/1956)<br />

Padaria do Lima (12/04/1956)<br />

15


concessionária chevrolet<br />

graciano r. affonso<br />

Dos velhos aos novos tempos, a Graciano<br />

deu um enorme salto na história regional<br />

Graciano da Ressurreição Affonso<br />

sempre foi um dos empresários<br />

mais audaciosos de Araraquara,<br />

com visão empreendedora que<br />

o torna uma figura lendária no<br />

mundo dos negócios. A empresa<br />

é a mais antiga associada da<br />

ACIA: janeiro de 1935.<br />

CONCESSIONÁRIAS CHEVROLET / GRACIANO R. AFFONSO<br />

Graciano da Ressurreição<br />

Affonso, fundador da<br />

empresa, já falecido, nasceu<br />

em Concelho de Bragança,<br />

Portugal, em 6 de<br />

março de 1900, integrando,<br />

com a família, o contingente<br />

de portugueses que<br />

chegou ao Brasil, na condição<br />

de imigrante, sem escolaridade.<br />

Em 3 de janeiro de 1926, conquista em<br />

São José dos Campos, seu primeiro empreendimento,<br />

concessionária autorizada para comercializar<br />

veículos Chevrolet nessa região. A marca<br />

Chevrolet se instalara no Brasil pouco antes, um<br />

ano, em 26 de janeiro de 1925.<br />

Pouco tempo decorrido de sua nomeação,<br />

conseguiu a transferência da Concessionária<br />

Chevrolet para a região de Araraquara, onde se<br />

mudara, instalando-se inicialmente na Rua Carlos<br />

Gomes, depois na Avenida Brasil e atualmente<br />

na Avenida Sete de Setembro.<br />

A trajetória de Graciano sempre foi pautada<br />

de muito sucesso, fruto de intensa dedicação<br />

pessoal. Merecem registros, como<br />

principais empreendimentos sua condição de:<br />

Concessionário Chevrolet, Usina de Açúcar e<br />

Álcool, cinco famosos e charmosos cinemas<br />

na cidade.<br />

O grupo familiar constitutivo da Graciano R.<br />

Affonso S/A Veículos teve como presidente, dirigente<br />

e acionista principal, o empresário Jorge<br />

Affonso, cargo que exerceu desde abril de 1988.<br />

Hoje é presidente do grupo, sua esposa Marlene<br />

Sualdini que assumiu o cargo em 2013, tendo<br />

a Drª Geórgia Affonso como vice-presidente,<br />

José Augusto Silva, diretor comercial e Airton Roque,<br />

diretor financeiro. Vale ressaltar, no campo<br />

automotivo, realizações paralelas com adicionais<br />

concessões Chevrolet, instaladas nas cidades de<br />

Bariri; Ibitinga (brevemente em sua nova e moderna<br />

instalação); Itápolis e Matão .<br />

Araraquara<br />

Bariri<br />

Itápolis<br />

A matriz em Araraquara que está situada<br />

na Avenida Sete de Setembro, bairro do Carmo<br />

e face à demanda e exigência mercadológica,<br />

tem passado por inúmeras fases, sempre<br />

acompanhando as evoluções de mercado;<br />

atualmente projeta a modernização das instalações,<br />

do sistema de telefonia, de informática,<br />

nas dependências de sua oficina, com a<br />

Ibitinga<br />

Matão<br />

implantação do serviço Premium, onde o cliente<br />

fala diretamente com o mecânico, com hora<br />

previamente agendada, salão de veículos novos<br />

e usados. A reformulação se deve ao empenho<br />

de todo quadro diretivo, que mantém<br />

o lema - Cliente Totalmente Satisfeito - que<br />

coincide com seus objetivos e a importância<br />

da marca Chevrolet.<br />

16


angelo smirne<br />

Smirne Madeiras e Materiais para Construção<br />

Com a força do trabalho escreveu<br />

seu nome na história da cidade<br />

A vida do italiano Angelo Smirne<br />

sempre foi de sonhos e muitas<br />

realizações, pontuada pelo<br />

caráter, trabalho e vontade de<br />

vencer. Para isso pode contar<br />

com a colaboração e a<br />

dedicação dos seus filhos.<br />

Angelo Smirne, nascido em Nemoli, sul da<br />

Itália (22 de outubro de 1900), chegando ao<br />

Brasil em 1909, foi morar com o pai Francesco<br />

Smirne, imigrante que já estava instalado<br />

há mais de uma década em Rincão. Quando<br />

completou 18 anos, veio para Araraquara e começou<br />

a trabalhar em uma marcenaria.<br />

Em 1922 casou-se com Maria Cortez e em<br />

meados de 1924, abriu sua própria marcenaria,<br />

nos fundos da casa do sogro na Avenida<br />

D. Pedro II, onde a Smirne se mantém até hoje.<br />

Angelo criou a fábrica de Rastelos e Vassouras<br />

Estrela e o manuseio da madeira o<br />

fez se especializar em esquadrias. Alguns<br />

anos depois, decidiu fechar a fábrica e abrir a<br />

Smirne Madeiras, que além das esquadrias<br />

se especializou em portas, janelas, poltronas<br />

para terraços, utensílios domésticos, armários<br />

para banheiro e cozinha.<br />

Geraldo e Ronaldo, os filhos mais velhos,<br />

começaram a trabalhar com o pai, muito cedo<br />

na marcenaria. Quando o primeiro completou<br />

18 anos, Angelo passou parte da empresa<br />

para o filho, que se transformou em Angelo<br />

Smirne & Filho. O mesmo fez com Ronaldo,<br />

passando a empresa a se chamar Angelo<br />

Smirne & Filhos. Ele tinha então, a ajuda de<br />

seus dois filhos, e com os negócios crescendo,<br />

vieram os outros dois, Arnaldo e Romualdo,<br />

que trabalharam juntos por décadas, partindo<br />

para o ramo da construção civíl e loja de<br />

Angelo e sua<br />

esposa Maria<br />

materiais para construção.<br />

A Smirne foi pioneira em construções de<br />

grandes edifícios e condomínios em Araraquara<br />

e Matão, ficando claro o grande sonho de<br />

Angelo: que a família morasse perto, uns dos<br />

outros. Então na década de 80 foi construído<br />

um edifício para a família, na Rua Carlos Gomes<br />

esquina da Avenida D. Pedro II, que em<br />

homenagem ao patriarca leva o nome de Edifício<br />

Angelo Smirne.<br />

Geraldo filho mais velho, apaixonado por<br />

marcenaria, continuou trabalhando até 1999,<br />

onde veio a falecer no ano seguinte aos 76<br />

anos.<br />

Hoje a Smirne está na quarta geração,<br />

atuando fortemente no ramo da marcenaria,<br />

com máquinas modernas direcionadas para<br />

a indústria moveleira e no comércio em geral.<br />

Angelo e Geraldo deixaram exemplos de<br />

honestidade, trabalho e muito sacrifício, que<br />

foram acatados por Reinaldo e Heloisa, que<br />

hoje atuam na empresa com muito amor e<br />

zelo. Este ano a Smirne completa 90 anos,<br />

motivo de muito orgulho para todos que nela<br />

sempre atuaram com afinco e respeito.<br />

Geraldo<br />

Smirne<br />

Ronaldo<br />

Smirne<br />

Os filhos de Angelo Smirne: Arnaldo,<br />

Wanda, Ana Maria, Maria Aparecida,<br />

Geraldo (falecido), Ronaldo e Romualdo A Smirne na Av. Dom Pedro II, 793<br />

Heloisa e Reinaldo, filhos de Izabel e<br />

Geraldo Smirne, assumiram a Smirne<br />

Madeiras e Materiais para Construção,<br />

dando continuidade aos negócios iniciados<br />

pelo avô Angelo Smirne em 1924<br />

17


Achiles Adérico<br />

Bazone<br />

Salvador Martins<br />

Bonilha<br />

Escritório São Paulo de Contabilidade em<br />

sede própria na Rua Padre Duarte<br />

história contábil<br />

Escritório São Paulo<br />

71 anos em busca da inovação<br />

Excelência em assessoria contábil, o Escritório São Paulo conquistou<br />

merecidamente seu espaço em 71 anos de atividades.<br />

Em 1943, o sonho de ingressar no mundo<br />

empresarial fez com que os amigos Salvador<br />

Martins Bonilha e Achiles Adérico Bazone tomassem<br />

a iniciativa, abrindo as portas de uma<br />

das principais empresas de consultoria e contabilidade<br />

de Araraquara: o Escritório São Paulo.<br />

Alguns anos depois, Lourival Letício e José<br />

Marcos Duó, como co-fundadores, assumiram<br />

a empresa, preservando os traços administrativos<br />

que deram à empresa essa estrutura que<br />

atravessa 71 anos.<br />

O empenho, profissionalismo, transparência<br />

e dedicação sempre foram qualidades que<br />

fazem do Escritório São Paulo uma referência<br />

no meio de assessoria e consultoria contábil<br />

de Araraquara, gerando soluções para seus<br />

clientes através de serviços que atendem às<br />

suas necessidades, além de uma atuação dinâmica<br />

pautada no respeito à individualidade<br />

do cliente. Para isso, o ESPC está sempre em<br />

busca do conhecimento e informatização.<br />

Desses novos tempos, tem participado<br />

do processo de transformação da empresa,<br />

um corpo técnico formado por profissionais<br />

graduados, pós-graduados e experientes. Da<br />

sua diretoria, hoje fazem parte os empresários<br />

Marcos Henrique Duó, Wladimir Carlos Bersanetti<br />

Rodrigues e Marco Aurélio Schiavon.<br />

Além disso, o ESPC também investe em<br />

seus colaboradores, mantendo sua tradição<br />

de profissionalismo de alto nível. Seus departamentos<br />

trabalham de forma integrada, num<br />

processo ágil, em acordo com as formalidades<br />

e legislações. E mais: para desempenhar suas<br />

atividades com superioridade, a tecnologia e<br />

seus aplicativos de última geração são pontos<br />

constantes de investimentos.<br />

Tudo isso para que o Escritório São Paulo<br />

possa exercer com responsabilidade suas<br />

atividades, atendendo de maneira estratégica<br />

seu amplo quadro de clientes, que vão de<br />

indústrias a prestadores de serviços, do co-<br />

Wladimir C. B. Rodrigues<br />

Marcos Henrique Duó<br />

mércio varejista ao atacadista, de empresas<br />

a instituições, de associações a grupos autônomos.<br />

Lourival Letício José Marcos Duó Os colaboradores do Escritório São Paulo de Contabilidade<br />

18


19


essências crisci<br />

Henrique João Baptista Crisci<br />

Tudo começou com ele em 1944<br />

Bons tempos aqueles em que<br />

andávamos pelo centro da<br />

cidade e sentíamos o aroma de<br />

baunilha que escapava pelas<br />

chaminés da Fábrica de Essências<br />

Crisci. Tudo isso faz parte de um<br />

passado de quem ajudou a<br />

construir a história da nossa terra.<br />

Fábrica de Essências Crisci: é desta forma<br />

que Araraquara passou a ter a partir de primeiro<br />

de janeiro de 1944, uma das empresas<br />

mais conceituadas no setor em todo o Estado<br />

de São Paulo. Seu fundador, Henrique João<br />

Baptista Crisci, ao constituir a fábrica, decidiu<br />

denominá-la - Henrique B. Crisci e 20 anos<br />

depois (64) ela se transformou em Essências<br />

Crisci, nome perpetuado no campo industrial.<br />

A atividade inicial da empresa era produzir aromas<br />

para balas, doces e refrigerantes, além de<br />

extratos para bebidas.<br />

Henrique, nascido em São Paulo em 30 de<br />

junho de 1906, casado com Ruth Rodrigues<br />

Ramos Crisci e pais de Sônia, Norma, Marcos<br />

Henrique e José Henrique, faleceu aos 76<br />

anos (1982). Bem antes (1967), o filho Marcos<br />

Henrique Crisci, formado em Química pela<br />

Unesp, com título de bacharel e licenciado em<br />

Química, assumiu o controle da empresa.<br />

“O nosso objetivo era dar continuidade ao<br />

trabalho implantado nos anos 40”, comenta<br />

Marcos Crisci com orgulho. Sempre envolvido<br />

pela produção de aromas e extratos, aliou a<br />

experiência adquirida à sua formação profissional<br />

e vislumbrou de forma continuada, a<br />

expansão dos negócios.<br />

A Essências Crisci desde a sua fundação<br />

em 1944, funcionou na Rua Gonçalves Dias,<br />

682, centro de Araraquara. Em novembro de<br />

2005, visando a ampliação da sua produção,<br />

a empresa passou a operar em seu novo prédio<br />

na Avenida Ermano Biancardi, 474, no V<br />

Distrito Industrial.<br />

Logomarca da<br />

empresa<br />

Com a mudança, Marcos Crisci deu novo<br />

formato à gestão administrativa, contando<br />

com a participação do filho Fernando Simões<br />

Crisci, cirurgião dentista, casado com Juliana<br />

e pais de Enrico e Maria Fernanda. Marcos e<br />

a esposa Dulce Simões Crisci têm também o<br />

filho Marcos Henrique Crisci Filho, cirurgião<br />

plástico, casado com Paula e pais de Bruno e<br />

Luca.<br />

Em janeiro passado, a Essências Crisci<br />

completou 70 anos de atividades, o que demonstra<br />

a maneira ética e responsável com<br />

que atua no mercado brasileiro.<br />

Marcos Henrique<br />

Crisci dando<br />

sequência ao<br />

trabalho do pai<br />

Henrique João<br />

Baptista Crisci<br />

Novo prédio da Essências Crisci, no V Distrito<br />

Industrial, abriga a expansão da fábrica<br />

Fernando, filho<br />

de Dulce e Marcos<br />

participando<br />

da gestão<br />

administrativa<br />

da empresa<br />

Antigo prédio da<br />

empresa na Rua<br />

Gonçalves Dias<br />

“A empresa teve acrescida<br />

em sua fabricação produtos<br />

químicos aromáticos e<br />

linha completa de produtos<br />

para sorvetes”<br />

20


Era 1952, quando Guido Michetti que<br />

atuava na cidade no ramo da construção civil<br />

há alguns anos, decidiu incorporar novo ramo<br />

de atividade aos seus negócios. Juntamente<br />

com seus filhos Bento, o mais velho e Vicente,<br />

instalou em 6 de janeiro de 1953, a empresa<br />

Irmãos Michetti Ltda “para a exploração do<br />

comércio de materiais em geral para construções<br />

e fábrica de ladrilhos e artefatos de<br />

cimento” conforme o contrato social.<br />

A empresa foi instalada em prédio próprio,<br />

localizado à Avenida D. Pedro II, 1022, passando<br />

a atender uma clientela que aos poucos foi<br />

ampliando consideravelmente. O nome fantasia<br />

que a identificava prontamente era Casa<br />

Michetti. Ela permanece no mesmo endereço<br />

até os dias atuais, onde ainda funciona sob<br />

outra denominação - BVM (Bento e Vicente Michetti)<br />

Materiais para Construção.<br />

Durante 25 anos os irmãos estiveram à<br />

frente dos negócios. Em 1978 transferiram<br />

para a segunda geração a administração da<br />

empresa. Um novo contrato social definiu noirmãos<br />

michetti ltda.<br />

Bento e Vicente Michetti<br />

Uma família chamada trabalho,<br />

ousadia e amor à terra natal<br />

A família Michetti faz parte da<br />

história de Araraquara pelo<br />

notável desempenho de Guido,<br />

depois seus filhos Bento e<br />

Vicente, os netos e agora os<br />

bisnetos. Poucos são os que<br />

tiveram envolvimento tão forte<br />

quanto eles, fruto do trabalho e<br />

dedicação para com a cidade.<br />

Hotel Uirapuru, grande empreendimento da<br />

família em 1965, bem no centro da cidade<br />

Casa Michetti na Av. D. Pedro, dos irmãos<br />

Bento e Vicente - notável saga<br />

empreendedora em Araraquara<br />

Guido com os filhos Bento e Vicente na<br />

inauguração do Hotel Uirapuru em 1965,<br />

um envolvimento com a comunidade e que<br />

só merece elogios<br />

vos ramos de atividade e a denominação da<br />

empresa: BVM Construtora Comercial e Industrial<br />

Ltda. Com esta razão social atuou até o<br />

ano de 2007 quando se subdividiu em duas<br />

empresas: BVM Construtora Ltda e BVM Materiais<br />

para Construção Ltda, as quais ainda<br />

atuam no mercado, estando agora em parte,<br />

sob a direção da 3ª geração.<br />

A TRAJETÓRIA DOS IRMÃOS<br />

Em maio de 1965, os irmãos Bento e Vicente<br />

inauguraram o Hotel Uirapuru, adaptando<br />

um prédio de apartamentos que haviam<br />

construído, mudando sua finalidade e implantando<br />

um novo segmento de trabalho. Localizado<br />

no centro da cidade, na Praça Dª Judith<br />

Lupo, teve seu endereço alterado quando de<br />

sua ampliação. Hoje localiza-se na Avenida<br />

Portugal, 156.<br />

Dada a carência de hotéis na cidade naquele<br />

período, os índices de ocupação eram<br />

elevados, o que levou os irmãos a construir no<br />

terreno contíguo, um novo prédio, desta vez<br />

com projeto próprio para hotelaria. Essa nova<br />

ala foi inaugurada em 1968.<br />

Seis anos mais tarde, em 1974, em razão<br />

da demanda, incorporaram mais uma ala ao<br />

hotel, construindo no terreno ao lado da segunda<br />

ala já implantada, um novo prédio,<br />

Fachada do Shopping Uirapuru, construído<br />

na Maurício Galli<br />

mais amplo dos que os anteriores. Adquiriram<br />

também uma outra área anexa para a implantação<br />

do estacionamento.<br />

Atuaram desde 65, ativamente no Hotel,<br />

pois deixando as atividades comerciais da<br />

Casa Michetti, dedicaram-se a este ramo de<br />

trabalho, até que as forças físicas permitiram.<br />

Entre os momentos de expansão do ramo<br />

de hotelaria, eles incorporaram outro estabelecimento<br />

para hospedagem: a Estância Uirapuru,<br />

em 1966. Hoje a administração do hotel<br />

está a cargo de uma empresa especializada:<br />

RAH Administração Hoteleira, com sede em<br />

Fortaleza.<br />

Eduardo Michetti, o engenheiro que partiu<br />

de forma prematura (2006), buscava formas<br />

de fortalecer os negócios criados pelo pai<br />

(Bento) e Vicente (tio).<br />

21


antônio lima<br />

Padaria e Confeitaria do Carmo<br />

Pioneira no bairro, mantém à sua<br />

frente uma tradição bem familiar<br />

Sendo uma das panificadoras mais populares da cidade, a Padaria do<br />

Lima, como se tornou conhecida, é um cartão de apresentação do<br />

setor pela maneira com que sempre se conduziu. São 63 anos de vida<br />

mantidos pelo ideal e disposição de uma conceituada família: Lima.<br />

Desde 1951, a Padaria do Lima funciona<br />

neste ponto da Rua João Gurgel<br />

A história da família Lima no ramo da panificação<br />

começa antes da fundação da padaria,<br />

no ano de 1915, quando Emilio Rodrigues,<br />

sogro do saudoso Antônio, “seo Tonico Lima”,<br />

funda a Padaria Hespanhola, na Rua Padre<br />

Duarte. Quatro décadas depois, junto aos irmãos<br />

Demerval e Euclides Custódio de Lima,<br />

“seo Tonico” inaugura a Padaria Lima, e onde<br />

seu sogro chega a colaborar com a vasta experiência<br />

no ramo.<br />

Fundada em 29 de junho de 1951, a Padaria<br />

Lima deu início às suas atividades na<br />

Rua João Gurgel, bairro do Carmo, onde até<br />

hoje está funcionando. “Na década de 50,<br />

havia poucas padarias na cidade e região, e<br />

a Padaria Lima se encarregava de distribuir<br />

diferentes tipos de pães em Araraquara, Matão,<br />

Rincão, Santa Lúcia, Nova Europa e outras<br />

cidades próximas”, comenta Emilio Afonso Rodrigues<br />

de Lima, que dá continuidade ao trabalho<br />

familiar.<br />

Para atender a essa<br />

demanda, os irmãos Lima<br />

investiram em fornos e equipamentos<br />

de alta produção,<br />

movidos a lenha e a diesel,<br />

e numa estrutura de logística<br />

e recursos humanos. Na ocasião,<br />

a Padaria Lima também<br />

focava as suas atividades<br />

em confeitaria industrial e<br />

fornecia seus produtos para<br />

diversos estabelecimentos<br />

comerciais da região.<br />

Na década de 70, alguns<br />

anos após o falecimento<br />

de Euclides, os irmãos Demerval<br />

e Tonico, também<br />

proprietários da Casa Lima<br />

(armazém de secos e molhados),<br />

dividiram os negócios, e Tonico passou<br />

a administrar a padaria, com a ajuda de sua<br />

esposa Odette e seus filhos Antônio Carlos<br />

(Pipo), Maria do Rosário (Zaia) e Emilio.<br />

Na ocasião, Emilio<br />

adquiriu parte da<br />

padaria, e uma outra<br />

sociedade familiar<br />

foi estabelecida.<br />

Junto à sua entrada,<br />

vieram as novas tendências,<br />

e produtos<br />

como massas frescas,<br />

pães embalados,<br />

pizzas e salgados<br />

em geral foram<br />

introduzidos na produção.<br />

Por mais de<br />

três décadas, a padaria<br />

manteve esse<br />

segmento.<br />

Padaria Hespanhola<br />

fundada por Emilio<br />

Rodrigues (sogro de<br />

Tonico Lima) em 1915,<br />

com a massa feita em<br />

máquina movida à<br />

eletricidade<br />

Ao completar 50 anos em 2001, Lima foi<br />

homenageado pelo Moinho Santista<br />

Com o falecimento de seus pais e irmã,<br />

e com a saída do irmão, Emilio mantém-se à<br />

frente da padaria, e atualmente foca na produção<br />

de pães. Está preparando a empresa<br />

para novos desafios, com planos de entrada<br />

da nova geração Lima para dar continuidade à<br />

história da família.<br />

Emilio e suas<br />

filhas Maria<br />

Angélica e Maria<br />

Livia, prestam<br />

essa singela<br />

homenagem a<br />

Maria Helena,<br />

esposa e mãe<br />

carinhosa que<br />

faleceu em<br />

outubro de 2013.<br />

Ela sempre teve<br />

importante<br />

participação no<br />

sucesso do marido<br />

e da Padaria do<br />

Lima<br />

Maria Helena (in<br />

memorian) ao lado do<br />

marido Emilio<br />

22


sorveteria biju<br />

Saburo e Sadako Sinabucro<br />

Receita original desde 1947<br />

Não são apenas os clientes araraquarenses que se valem do privilégio<br />

em estar tão próximos da fabricação de um sorvete da mais alta<br />

qualidade: a tradição consegue trazer fregueses de várias partes do<br />

Estado de São Paulo. E o segredo nasceu pelas mãos de dona Amélia.<br />

A história da Sorveteria<br />

Biju parte desde o período da<br />

imigração japonesa no Brasil,<br />

quando a família Sinabucro,<br />

como a maioria dos imigrantes<br />

japoneses, morava e trabalhava<br />

no campo.<br />

Em 1944, o casal Saburo e Sadako Sinabucro<br />

(conhecida como Dona Amélia) oficializaram<br />

sua união e, em 1947, Saburo decidiu<br />

deixar o sítio situado ao norte do estado de<br />

São Paulo para procurar um local na região<br />

de Araraquara onde pudesse residir e estabelecer<br />

um comércio. Após localizar um ponto<br />

satisfatório no encontro da Rua Voluntários da<br />

Pátria com a Avenida XV de Novembro, resolveu<br />

trazer toda a sua família.<br />

Família Sinabucro, década de 50<br />

família, juntamente com seus oito filhos. Em<br />

1987, após o casamento da quarta filha Nanci<br />

com o jovem Claudio Dakuzaku, que também<br />

era proprietário de uma sorveteria, a família<br />

decidiu encerrar as atividades como bar e passou<br />

a dedicar-se apenas aos sorvetes. A partir<br />

de então, o estabelecimento recebeu o nome<br />

de “Sorveteria Biju”.<br />

Em 2009, com o falecimento de Claudio<br />

Dakuzaku, a Sorveteria Biju passou a ser dirigida<br />

pelas irmãs Nanci e Mariusa, que ainda<br />

mantêm a tradição e prezam pela qualidade<br />

dos produtos e ótimo atendimento, marca registrada<br />

da casa.<br />

Nanci e seu avô<br />

Cristina e as irmãs Nanci e Mariusa<br />

Nestes 67 anos de funcionamento, além<br />

de atender clientes de Araraquara e região,<br />

a Sorveteria Biju conquistou apreciadores de<br />

São Paulo e também de outros estados.<br />

Inicialmente denominado como “Bar e<br />

Sorveteria Independência”, o estabelecimento<br />

oferecia bebidas, salgados e doces feitos<br />

pelas habilidosas mãos de Dona Amélia, além<br />

de sorvetes de massa e picolé. Os sabores da<br />

época eram: nata, coco, ameixa, flocos, chocolate<br />

e o famoso creme suíço. Todos seguem a<br />

receita original até os dias atuais.<br />

Em 1972, com o falecimento de Saburo,<br />

Dona Amélia tomou a frente dos negócios da<br />

Em 1997, a sorveteria entrou em processo<br />

de ampliação dos seus negócios<br />

Netos de Sadako e Saburo: Aline, André,<br />

Fred e Paula<br />

Familiares em 1997<br />

Passar pela Rua Voluntários da<br />

Pátria esquina com a Avenida<br />

XV de Novembro é um convite<br />

para saborear o melhor<br />

sorvete da cidade. A qualidade<br />

é incrível, buscando nos<br />

remeter aos tempos em que<br />

dona Amélia preparava a<br />

massa e Saburo permanecia<br />

no atendimento.<br />

23<br />

Sorveteria Biju - <strong>2014</strong>


24


Final dos anos 70.<br />

Arcângelo Nigro<br />

mostra orgulhoso a<br />

panela produzida em<br />

1943 e a moderna<br />

Eterna, primeira<br />

panela de pressão<br />

fabricada pela<br />

indústria na cidade.<br />

Do sonho à realidade dos nossos tempos<br />

A história da Nigro começa em tempos difíceis,<br />

na segunda guerra mundial, onde Arcângelo<br />

Nigro, casado com Maria Cavicchioli Nigro<br />

e os filhos Francisco, Hugo, Beatriz e Pedro<br />

resolveram sair da cidade de Itápolis onde residiam,<br />

e escolheram Londrina, no Paraná. Lá,<br />

já morava seu irmão Antônio com a família. Porém,<br />

em uma breve passagem por Araraquara,<br />

quis o destino que aqui ele se estabelecesse e<br />

começasse um novo negócio, o de reutilização<br />

de latas (óleo, massa de tomate e outras embalagens).<br />

Pai e filhos foram pioneiros nesse<br />

trabalho de reciclagem, hoje uma preocupaarcângelo<br />

nigro<br />

Nigro Alumínio<br />

A qualidade assina presença<br />

em todas as partes do mundo<br />

Desde 1943 a Nigro mescla a<br />

sua poderosa marca ao nome da<br />

nossa cidade e ambas parecem<br />

se definir como sendo um<br />

único nome. A construção deste<br />

conceito se alicerça na ousadia,<br />

coragem e qualidade dos seus<br />

produtos, motivo de orgulho<br />

para Araraquara.<br />

Nos anos 40, a<br />

Nigro já tinha<br />

seu papel social:<br />

as pessoas<br />

recolhiam e<br />

vendiam para<br />

a empresa<br />

instalada em<br />

frente ao Extra,<br />

as latas que<br />

depois seriam<br />

canecas e<br />

outros<br />

utensílios<br />

domésticos<br />

ção mundial, já que o desenvolvimento das<br />

empresas também deve estar baseado em<br />

responsabilidade ambiental.<br />

Os vizinhos acolheram os Nigro’s dando<br />

as boas vindas e as amizades se fortaleceram<br />

com as famílias Rossi, Magnani, Stemberg<br />

(Antônio, primeiro funcionário da empresa),<br />

Luiz Manelli, Professor Machadinho, Dr. Mazzi,<br />

Tarallo e outras pessoas que aqui moravam.<br />

Toda família contribuía para o progresso.<br />

Os filhos contavam as latinhas e as peças cortadas<br />

enquanto Arcângelo ficava até<br />

altas horas da noite na garagem martelando<br />

as canecas e soldando as alças.<br />

As chapinhas das vassouras eram<br />

entregues para a fábrica do Mário e<br />

João Dosualdo em Américo Brasiliense.<br />

Assim, surgiam novas parcerias.<br />

A nona Beatriz com seus filhos<br />

Roque, Pascoal, Antônio, Arcângelo<br />

e Vicente, pouco tempo antes da<br />

fábrica ser fundada pela família<br />

em nossa cidade<br />

O casal Maria Cavicchioli e Arcângelo Nigro<br />

com os filhos Francisco, Hugo, Pedro e Beatriz<br />

Mais tarde vieram os regadores e os baldes.<br />

A primeira panela artesanal, fundida no quintal<br />

com alumínio derretido, ficou na memória.<br />

Cada produto feito era uma comemoração. A<br />

fábrica foi crescendo e se tornando conhecida<br />

na cidade e região. Foram tempos de muita<br />

luta e trabalho.<br />

A primeira grande conquista foi a abertura<br />

da loja na cidade, na Rua São Bento, em frente<br />

ao antigo Seminário dos Padres Redentoristas,<br />

hoje local do Extra. Os regadores eram pendurados<br />

na frente e nos fundos ficava a pequena<br />

fábrica. Novos produtos tais como: chuveiros,<br />

forninhos, tachos de cobre e panelas já eram<br />

produzidos. O crescimento da empresa levou<br />

Arcângelo a construir a sede da Nigro em<br />

1958, na Avenida Arcângelo Nigro, 166.<br />

Anos mais tarde seu filho Francisco Nigro<br />

assumiu a fábrica e hoje a indústria possui<br />

mais de 20 mil metros quadrados, fabrica<br />

mais de 300 itens, sendo 500 mil peças mês,<br />

desenvolvidos com alta tecnologia, atendendo<br />

normas de segurança nacionais e internacionais.<br />

Entre seus produtos estão panelas, caçarolas,<br />

frigideiras, formas e a sofisticada e segura<br />

Panela de Pressão Eterna, exportada para<br />

vários países da América, Europa e Oriente.<br />

Este ano a Nigro comemora 71 anos de<br />

existência e de muito trabalho, levando a marca<br />

de Araraquara para todo o País e para o<br />

Mundo.<br />

25


aniversário da acia<br />

A palestra de<br />

Golfeto<br />

Professor Antônio<br />

Vicente Golfeto<br />

fez explanação<br />

sobre a Economia<br />

Regional e Nacional<br />

No mês do seu aniversário a<br />

ACIA busca parceiros e consegue<br />

realizar importante evento<br />

visando a integração dos seus<br />

associados à vida da entidade.<br />

A vinda de palestrante de renome<br />

deu a ela o fortalecimento para<br />

investir em novos encontros.<br />

Duas palestras abriram na segunda quinzena<br />

de junho (24), as festividades de 80 anos<br />

de fundação da Associação Comercial e Industrial<br />

de Araraquara. Sua criação se deu no dia<br />

30 de junho de 1934, na antiga União Syria,<br />

proximidades da Praça da Matriz. “Uma data<br />

importante e da qual me sinto orgulhoso em<br />

participar na condição de presidente”, disse o<br />

empresário Renato Haddad ao abrir o evento<br />

que marcou oficialmente o início das comemorações.<br />

Renato lembrou que foi eleito em<br />

2010 e releito em 2013, sendo o vigésimo segundo<br />

presidente da entidade e era motivo de<br />

enorme alegria estar envolvido por uma data<br />

tão significativa.<br />

A primeira palestra foi com Rogério Marcos<br />

de Oliveira Volpini, consultor do SEBRAE-SP,<br />

tendo como tema as Tendências e as inovações<br />

no Varejo e os rumos do varejo no Brasil<br />

e no mundo. Segundo ele, as tendências que<br />

mexeram com o varejo em Nova Iorque agora<br />

vão movimentar a nossa região, apontando a<br />

Retail´s Big Show, da NRF (National Retail Federation),<br />

em Nova Iorque, como um caminho<br />

a ser seguido, pois sendo a maior exposição<br />

comercial do mundo, apresenta as principais<br />

novidades para o varejo.<br />

Daniel Palácio<br />

Alves, gerente<br />

regional<br />

do SEBRAE,<br />

parceiro<br />

da ACIA<br />

O SEBRAE-SP e a ACIA mostraram<br />

durante o evento, as soluções<br />

mais inovadoras que foram destaque<br />

na feira, para o empresário movimentar<br />

ainda mais seus negócios<br />

por aqui.<br />

“Eu juntamente com os demais<br />

empresários que participaram da<br />

missão além de visitarmos a feira,<br />

fomos às lojas de Nova Iorque. Fui<br />

a uma loja e fábrica de chocolate<br />

no bairro do Brooklyn, e logo na<br />

entrada, o cliente se depara com<br />

sacos de cacau e já sente o aroma<br />

do doce, isso é o que se chama<br />

de “Venda Sensorial”, lá também<br />

existia uma mesa pronta com vários produtos<br />

para degustação, muito interessante.”, disse<br />

Volpini.<br />

Outro exemplo citado por ele foi um novo<br />

conceito de loja, onde vários empresários de<br />

diferentes segmentos dividem o mesmo espaço<br />

físico, modelo também encontrado no bairro<br />

do Brooklyn. “Este caso é bem interessante.<br />

Era uma loja de roupas, uma barbearia e cafeteria,<br />

isso é chamado de “Varejo Colaborativo”.<br />

Três diferentes empresas no mesmo local,<br />

algo que com certeza irá otimizar o tempo do<br />

cliente, pois lá ele encontra tudo que busca.”,<br />

explicou.<br />

A “Rice to Riches”, foi outra loja citada durante<br />

a palestra. A empresa fica no bairro do<br />

Soho, e se especializou na comercialização de<br />

arroz doce. “Acredito que uma franquia desta<br />

aqui no Brasil iria ser um sucesso; o arroz doce<br />

não é simples, como estes que conhecemos,<br />

ele possui diferentes coberturas e recheios<br />

como: chocolate, caramelo, frutas, e é vendido<br />

em potes com colheres diferenciadas.”, afirmou<br />

o gerente.<br />

Para Rogério Volpini, o empresário tem<br />

que posicionar e buscar sempre o diferencial<br />

para a empresa, independente do segmento,<br />

conquistar e fidelizar o cliente.“Os empreendedores<br />

têm que buscar o diferencial para negócios.<br />

Lembre-se que a tecnologia está cada<br />

26


Gilberto Gomes,<br />

gerente regional<br />

dos Correios<br />

A participação dos Correios no aniversário da ACIA<br />

Marcos Grosso,<br />

gerente dos<br />

Correios em<br />

Araraquara<br />

Gilberto Gomes, gerente regional dos<br />

Correios (sede Ribeirão), participou do evento<br />

mostrando satisfação em manter parceria<br />

com a ACIA e ter essa proximidade com as empresas<br />

locais. Aos empresários, o gerente dos<br />

Correios em Araraquara, Marcos José Grosso,<br />

ressaltou os novos serviços mantidos pelo órgão,<br />

um deles a “Logística Reversa”, que é o<br />

serviço de remessa de documentos e mercadorias<br />

em devolução, sem ônus ao remetente,<br />

para serem entregues exclusivamente no<br />

endereço indicado pelo cliente, podendo ser<br />

uma localidade diferente do endereço de sua<br />

sede, comentou.<br />

Grosso também apresentou como novos<br />

serviços o Exporta Fácil, Banco Postal e o envio<br />

eletrônico de cartas e telegramas.<br />

dia mais presente e os consumidores estão<br />

mais exigentes também, por isso o ambiente<br />

empresarial necessita de mudanças. O empresário<br />

deve parar e refletir sempre pois cliente<br />

feliz compra muito mais, então trate-o com<br />

atenção”, finaliza Volpini.<br />

Rogério Volpini,<br />

do SEBRAE-SP<br />

Auditório da ACIA<br />

A economia regional<br />

Crescimento e desenvolvimento econômico<br />

são algumas das principais preocupações<br />

das pessoas atualmente. Há um processo de<br />

interiorização dos recursos econômicos e financeiros,<br />

que buscam cidades menores que<br />

reúnem condições ideais de desenvolvimento<br />

de negócios. Municípios ou regiões que saem<br />

na frente ao melhorar sua atratividade para<br />

esses negócios, podem fazer a diferença a<br />

partir de agora.<br />

Foi desta forma que o palestrante Vicente<br />

Antônio Golfeto iniciou a palestra sobre Economia<br />

Regional e Nacional. O seu trabalho foi<br />

acompanhado com interesse pelo público que<br />

compareceu ao auditório da ACIA. “Só elogios<br />

ao palestrante e ao tema colocado em discussão”,<br />

disse o presidente Renato Haddad.<br />

Falar sobre a economia regional foi muito<br />

importante, pois é nela que Araraquara está<br />

inserida. Hoje a estrutura industrial do município<br />

está baseada na agroindústria, representada<br />

pelo binômio cana e laranja. Outros<br />

setores de destaque da economia local são os<br />

setores metal-mecânico, indústria têxtil, tecnologia<br />

de informação, aeronáutico e serviços,<br />

com empresas que empregam<br />

mão-de-obra intensiva.<br />

Golfeto chegou a dizer que “Araraquara<br />

é um município privilegiado na<br />

área de transporte de cargas. Rodovias<br />

importantes para o Estado e para<br />

o Brasil cortam o município, como as<br />

SP-255 (norte/sul) e SP-310 (leste/<br />

oeste). Araraquara também abriga um<br />

dos principais terminais ferroviários de<br />

carga do País, ligando regiões produtoras<br />

(centro-oeste) e exportadoras (capital paulista<br />

e portos marítimos).<br />

Pesquisa realizada pela “Folha de S. Paulo”<br />

mostrou que cidades menores agora estão<br />

no radar de empresas que, antes, tinham<br />

como alvo municípios com mais de 500 mil<br />

habitantes. Empresas como construtoras e<br />

concessionárias de automóveis de luxo já vêm<br />

considerando cidades com até 100 mil habitantes<br />

como foco de negócios.<br />

“O critério de população é uma referência,<br />

não uma regra fechada, mas serve de ponto<br />

de partida na avaliação para abertura de negócios.<br />

Fatores como renda e potencial de<br />

consumo vêm em seguida na elaboração do<br />

estudo de viabilidade”, informa a reportagem.<br />

No encerramento, o palestrante foi muito<br />

cumprimentado por quase 95 empresários<br />

que tomaram parte do encontro.<br />

PATROCÍNIO<br />

27


política<br />

Massafera anuncia que o Estado<br />

flexibilizará os prazos do ICMS<br />

O deputado estadual Roberto<br />

Massafera tem cumprido extensa<br />

agenda de ações que o envolve<br />

em busca de benefícios para<br />

Araraquara e região, visando<br />

o desenvolvimento econômico<br />

que gera empregos e amplia a<br />

sustentabilidade dos municípios.<br />

Texto e Fotos: Douglas Bras<br />

O governador Geraldo Alckmin aprovou<br />

este ano, um proposta de flexibilização de prazos<br />

de recolhimento de ICMS idealizado por<br />

empresários de Araraquara e defendida pelo<br />

deputado estadual Roberto Massafera junto<br />

ao Legislativo e Executivo paulista.<br />

Ainda neste ano de <strong>2014</strong>, a ACIA (Associação<br />

Comercial e Industrial de Araraquara) está<br />

completando 80 anos de fundação. Nasceu<br />

em 30 de junho de 1934 com a missão de lutar<br />

contra a crescente carga tributária imposta<br />

pelo governo interventor de Armando Sales de<br />

Oliveira em São Paulo.<br />

A coincidência de datas mostra mais do<br />

que um acaso da história. A oportunidade do<br />

governador Geraldo Alckmin indica que as motivações<br />

que levaram os empresários de Araraquara<br />

a se associarem em 1934 continuam<br />

legítimas e pertinentes.<br />

“O governo paulista vem gradativamente<br />

adotando medidas para a desoneração dos<br />

impostos em vários setores, desde gêneros alimentícios,<br />

couros e calçados, têxtil, vestuário,<br />

autopeças, informática e muitos outros. Essa<br />

política tem inúmeros benefícios. Ela reduz<br />

os preços para o consumidor final, aquece a<br />

economia, gera emprego, aumenta os investimentos<br />

em São Paulo, incentiva a formalidade<br />

entre as empresas, resultando em mais arrecadação<br />

para o Estado”, comenta Massafera.<br />

Trabalho realizado por Massafera merece os cumprimentos do Governador Geraldo Alckmin<br />

Com apoio do deputado Roberto Massafera,<br />

o Estado aumentou para até 75 dias o<br />

prazo para recolhimento de ICMS, medida<br />

que está em vigor desde janeiro. Isso beneficiou<br />

222 mil empresários que, muitas vezes,<br />

tinham que pagar o imposto antes mesmo de<br />

receber pela venda, gerando ainda mais encargos<br />

financeiros.<br />

A proposta, segundo Massafera, nasceu<br />

de um debate com empresários de Araraquara,<br />

especialmente os diretores da Nigro Alumínios,<br />

Francisco e Arcângelo Nigro Neto. A<br />

mudança estimula a economia e aumenta a<br />

competitividade da indústria paulista.<br />

Outro que faz aniversário este ano é a<br />

revista Comércio & Indústria. Dirigida pelo jornalista<br />

Ivan Roberto Peroni, sua missão é vocalizar<br />

as propostas e demandas dos empresários<br />

de Araraquara. “Parabéns a toda equipe<br />

do Ivan Roberto que faz da revista da ACIA, um<br />

veículo de diálogo pelo desenvolvimento<br />

regional, de São Paulo e<br />

do País”, comentou Massafera.<br />

Massafera conseguiu na Assembleia,<br />

sensibilizar os demais parlamentares e ter o<br />

apoio de Alckmin para aprovar proposta de<br />

flexibilização de prazos do recolhimento de<br />

ICMS, idealizado por empresários de<br />

Araraquara e região<br />

Roberto Massafera visitou a<br />

Nigro Alumínios, conceituada<br />

empresa da cidade que<br />

comemorou aniversário de<br />

fundação sendo recebido pelos<br />

diretores Francisco e Arcângelo<br />

Nigro Neto<br />

Massafera no rádio anuncia suas ações<br />

28


FATOS E FOTOS<br />

O PERIGO MORA AO LADO<br />

Abandono total da Praça de São Geraldo, uma<br />

das mais tradicionais e até mesmo cartão postal<br />

da cidade. Está certo que o problema é do Poder<br />

Público, contudo, a comunidade religiosa bem<br />

que podia ajudar a prefeitura a encontrar uma<br />

saída.<br />

Lavagem da pista que circunda o Parque Infantil<br />

para que as pessoas possam caminhar tem um<br />

custo significativo: são dois caminhões a transportar<br />

água nas madrugadas, lavando os 800<br />

metros do arruamento, buscando eliminar a sujeira<br />

ocasionada pelas aves que habitam a linda<br />

paisagem. No total são quase 50 mil litros d’água<br />

por dia.<br />

ACERTANDO OS PONTEIROS<br />

Carol e Alex,<br />

na Câmara<br />

Os professores Ana Carolina Soares dos Santos e<br />

Alexandre Papandré, em maio foram até a Câmara<br />

Municipal para falar sobre a regularização da forma<br />

de contratação dos profissinais que atuam nos projetos<br />

Saúde na Praça e Hidroterapia, mantidos pela<br />

Secretaria Municipal de Esportes. Pela nova forma de<br />

contratação, cada professor de educação física criou<br />

uma MEI – Microempresa Individual -, que assegura<br />

todos os direitos trabalhistas, pondo fim a uma<br />

irregularidade que era praticada havia 12 anos pela<br />

Fundesport, cujos profissionais de Educação Física<br />

eram contratados através do termo de adesão como<br />

atletas amadores. Quer dizer, contratados para uma<br />

coisa, registrados por uma outra forma.<br />

Frase<br />

O trabalho não é uma<br />

commodity. Por isso não<br />

pode ser automaticamente<br />

regulado pelo mercado<br />

como se faz com o ouro,<br />

a soja ou o petróleo. O<br />

trabalho requer regulamentação<br />

das instituições<br />

que levam em conta as<br />

suas dimensões econômicas<br />

e humanas.<br />

MANTENDO A TRADIÇÃO<br />

José Pastore,<br />

professor<br />

Alunos do curso de Jornalismo da Uniara preparam<br />

seu TCC sobre o “auge do rádio esportivo<br />

de Araraquara nos anos 60”. Assunto muito<br />

bem focado, pois de fato, foi nesta década que os<br />

grandes locutores e repórteres esportivos surgiram<br />

na cidade.<br />

Cidade no clima das festas juninas e agora julinas.<br />

Nesta época sentimos o importante trabalho<br />

que se faz nas escolas de Ensino Infantil, Fundamental<br />

e Integral do município. As festas típicas<br />

são uma excelente oportunidade de aproximar a<br />

família à realidade do aluno. Além da comida, bebida<br />

e brincadeiras tradicionais, os familiares têm<br />

este momento para conhecer o espaço da criança<br />

e conversar com o educador, além de prestigiar a<br />

apresentação do filho em uma coreografia trabalhada<br />

especialmente para este dia. Hoje são atendidos<br />

cerca de 20 mil estudantes nos 40 Centros<br />

de Educação e Recreação (CER/creches), 15 Escolas<br />

Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs) e<br />

oito Centros de Educação Integral (CE), por meio<br />

da Secretaria Municipal da Educação.<br />

Secretária da Educação, Arary Ferreira,<br />

visitando escolas durante festa junina<br />

JOSÉ JORGE GUIMARÃES<br />

Vítima de infarto, faleceu no dia 8 de junho<br />

em nossa cidade, o engenheiro José Jorge Guimarães,<br />

ex-gerente da Cetesb local. Casado com<br />

Eliane Aparecida Carizia Guimarães (diretora do<br />

CER Adelina Leite Amaral, da Vila Vicentina), Guimarães<br />

também atuava como professor de engenharia<br />

das Faculdades Logatti<br />

Texto assinado pelo presidente Renato Haddad,<br />

da ACIA, corre solto nas redes sociais, em anúncio<br />

elaborado por Mário Francisco, da agência<br />

Marzo: “desaqueça sua gaveta e aqueça um ser<br />

humano. O frio está aí. As pessoas necessitadas<br />

não podem esperar. Ligue que a ACIA vai buscar<br />

sua doação. Qualquer quantidade. Qualquer endereço<br />

da cidade”. Muito bom.<br />

Araraquara se orgulha em receber mais um<br />

selo: “Município Livre do Analfabetismo”. A condição<br />

para receber o certificado é que o índice de<br />

alfabetizados no município seja superior a 96%, a<br />

partir da faixa etária dos 15 anos. Dados apontam<br />

a redução do analfabetismo da população<br />

de Araraquara de 5,2% para 3,6% em 10 anos.<br />

A Prefeitura já recebeu da Câmara Municipal<br />

sinal verde para vender três terrenos, mediante<br />

licitação, na modalidade concorrência. Eles têm<br />

323, 367 e 392 metros quadrados. São terrenos<br />

que vieram para a posse do Município, resultado<br />

de execução fiscal procedida contra particulares<br />

e não se prestam à implantação de nenhum<br />

equipamento público ou comunitário devido às<br />

dimensões reduzidas das três áreas. Elas estão localizadas,<br />

respectivamente, no Parque do Carmo<br />

e duas delas no Iguatemy.<br />

29


informe<br />

Mercado alerta empresários<br />

para retração do crédito<br />

É preciso se antecipar e buscar novas possibilidades de parcerias para garantir<br />

tranquilidade numa eventual crise do mercado financeiro.<br />

Empresários e comerciantes precisam<br />

ficar atentos pois o mercado financeiro, principalmente<br />

o que diz respeito à concessão de<br />

crédito, começa a se fechar e apresentar um<br />

cenário cada vez mais restrito. Há uma crise<br />

emergente vindo por aí e é importante que os<br />

empresários se previnam, buscando alternativas<br />

no mercado, afunilando parcerias que vão<br />

ao encontro com suas expectativas. Empresas<br />

que não se anteciparem a isso e deixarem<br />

para última hora, poderão precisar de uma<br />

parceria com certa urgência e pelo pouco relacionamento,<br />

ficarão a ver navios.<br />

O mercado portanto sugere que as empresas<br />

já se mobilizem, pois o aumento exponencial<br />

das taxas de juros levará a uma escassez<br />

de crédito e será uma realidade a partir das<br />

eleições.<br />

Mas onde buscar apoio num momento<br />

como esse sem depender das instituições<br />

financeiras abrindo esse leque de relacionamento?<br />

Uma das opções mais viáveis atualmente<br />

são os serviços oferecidos por empresas<br />

de factoring.<br />

Basicamente atuando na antecipação de<br />

recebíveis, como cheques pré-datados, duplicatas<br />

e contratos, essas empresas possuem<br />

um atendimento mais personalizado e com<br />

menos burocracia. E o mais importante, começando<br />

a operar com antecedência, os empresários<br />

já estabelecem uma relação sólida<br />

de parceria e confiança, imprescindíveis<br />

nesse tipo de<br />

negócio e que futuramente<br />

lhes garantirá o crédito necessário<br />

numa eventual crise.<br />

Além disso, as taxas são<br />

altamente convidativas e<br />

os negócios fechados com<br />

mais rapidez e segurança.<br />

COM QUEM CONTAR<br />

O gorverno federal prevê retração<br />

na concessão de crédito por parte<br />

de bancos públicos e privados caso<br />

o Supremo Tribunal Federal (STF)<br />

considere Inconstitucional o<br />

cálculo de correção das<br />

cadernetas de poupança<br />

durante os planos<br />

econômicos das<br />

décadas de 80 e 90.<br />

A Federal Invest é a<br />

maior rede de factoring do<br />

país, conta com mais de 90<br />

unidades e está presente<br />

em 22 Estados brasileiros. Há 20 anos tem<br />

auxiliado empresários e comerciantes a alavancarem<br />

seus negócios, prestando um serviço<br />

também de consultoria financeira, ampliando<br />

as possibilidades de sucesso, tanto no caso<br />

da empresa estar passando por uma crise momentânea<br />

ou até mesmo quando precisa aumentar<br />

seu capital de giro para investimentos<br />

mais prósperos e lucrativos.<br />

Em Araraquara, a unidade da Federal Invest<br />

também vê com alerta esse momento<br />

econômico do país. Segundo o advogado, es-<br />

pecialista em Direito Empresarial pela FGV/SP,<br />

e administrador da agência Federal Invest de<br />

Araraquara, Rodrigo de Freitas, as altas taxas<br />

de juros dos bancos vão retrair o mercado e<br />

podem comprometer a administração dos negócios<br />

de muitas empresas.<br />

"Até o ano passado tivemos um período<br />

de liberação de crédito facilitada pelas grandes<br />

instituições financeiras, mas elas trabalham<br />

essencialmente com o sobe e desce do<br />

mercado. Portanto, é preciso abrir o leque de<br />

opções nesse momento e formar parcerias<br />

com instituições que apresentem outras possibilidades<br />

de crédito e que estejam atentas<br />

aos alertas do mercado, conhecendo todos<br />

os cenários para auxiliar seus clientes durante<br />

essa movimentação".<br />

Portanto, empresários e comerciantes<br />

que se prevenirem sentirão<br />

menos essas oscilações financeiras<br />

e garantirão um<br />

período linear, enquanto<br />

Reduzir um quarto<br />

do capital do sistema<br />

financeiro nacional<br />

com impactos para<br />

concessão de crédito,<br />

significa uma retração<br />

de crédito na ordem de<br />

R$ 1 trilhão<br />

Federal Invest de Araraquara.<br />

as que não se anteciparem<br />

passarão por turbulências.<br />

"As factorings hoje são um<br />

setor extremamente importante<br />

no mercado e garantem<br />

a saúde econômica de<br />

muitas empresas, que passam<br />

a não depender exclusivamente<br />

de instituições<br />

financeiras. Diversificar é<br />

a palavra de ordem nesse<br />

momento para garantir<br />

uma gestão de qualidade<br />

dos negócios", conclui o<br />

administrador da unidade<br />

SERVIÇO:<br />

F<strong>ED</strong>ERAL INVEST ARARAQUARA/SP<br />

Rua Padre Duarte, 151 - Sala 101<br />

Centro, Araraquara/SP - CEP 14801-310<br />

(16) 3397-4131 / 3397-4121<br />

E-mail: araraquara@federalinvest.com.br<br />

30


consumo<br />

Em tempos de Copa<br />

o torcedor bebe mais<br />

Beber e comemorar, lema<br />

adotado pelo torcedor que<br />

aproveitou as promoções<br />

surgidas na cidade.<br />

Teve lugar que apostou<br />

na promoção de “oferecer<br />

um chope a cada gol<br />

marcado pelo Brasil”.<br />

Na primeira fase do<br />

torneio foram 8 rodadas<br />

de graça para os clientes.<br />

A euforia da torcida durante a<br />

participação do Brasil na fase<br />

inicial da Copa do Mundo, levou<br />

rentabilidade para o interior dos<br />

bares e choperias. A lamentação<br />

ficou por conta da exclusão<br />

de Araraquara como subsede<br />

do torneio.<br />

Não são apenas os televisores que estão<br />

em alta para o araraquarense durante a disputa<br />

da Copa do Mundo. No ramo de consumo<br />

semi e não duráveis, houve uma queda de<br />

3,9% em relação ao mês de abril deste ano<br />

com o do mesmo período do ano passado; a<br />

fabricação de bebidas subiu cerca de 2,5% no<br />

mês que antecedia o início da Copa.<br />

"Cerveja, chope e refrigerante estão impulsionando<br />

o resultado, deixando transparecer<br />

que estes produtos têm importante relação<br />

com o evento. O setor vinha com um comportamento<br />

negativo, com impostos encarecendo<br />

o bem final. Então a opção foi trabalhar mais<br />

com a expectativa de um aumento na demanda<br />

por conta do evento, do que propriamente<br />

um aumento do consumo", diz o gerente André<br />

Macedo, da Coordenação de Indústria do<br />

IBGE.<br />

No ano, o aumento na produção de be-<br />

bidas alcoólicas foi de 3,6%, enquanto que a<br />

fabricação de não alcoólicos expandiu 0,3%.<br />

"Ou seja, claramente aqui, são a cerveja e o<br />

chope que estão com maior pressão", comenta<br />

Macedo, em uma análise considerada<br />

global, porém, proporcional de cidade para<br />

cidade.<br />

Como atrativo, diversos bares e restaurantes<br />

de Araraquara apostaram na Copa do<br />

Mundo para receber mais clientes em seus<br />

estabelecimentos, com promoções durante os<br />

jogos do Brasil, como uma rodada de chope<br />

grátis a cada gol brasileiro, open bar ou até<br />

mesmo caipirinhas. Cláudio Borba, proprietário<br />

do Villa’s Bar, enaltece que a realização do<br />

torneio trouxe uma nova fidelidade.<br />

“Quando fazemos promoções, a nossa<br />

intenção é aumentar o número de clientes,<br />

ainda mais neste período de Copa do Mundo.<br />

Durante os jogos do Brasil, tivemos um acréscimo<br />

de 30% no faturamento”, detalha Borba.<br />

Já a On Off Club optou por uma promoção<br />

durante o open bar. A cada gol brasileiro era<br />

acrescentada mais uma hora de evento. Adriano<br />

Moreira Deltrani, proprietário da casa, comemorou<br />

a clientela conquistada durante este período<br />

de Copa do Mundo. “O intuito foi de fidelizar<br />

esses clientes para que mantenham a frequência.<br />

A média de público durante os jogos do Brasil<br />

foi de 400 pessoas”, conta Deltrani.<br />

Apesar do sucesso, o proprietário lamenta<br />

por Araraquara não ter sido escolhida<br />

como subsede para a Copa. “Tenho<br />

amigos que lucraram muito dentro<br />

de uma cidade subsede. Araraquara<br />

e outros estabelecimentos perderam<br />

uma grande oportunidade com isso”,<br />

declara.<br />

Villa’s Bar transformou a rua no seu<br />

estádio de futebol para acolher os<br />

torcedores<br />

31


comércio<br />

O meu mundo<br />

parece maior<br />

Animados com a Copa do<br />

Mundo e interessados em ter um<br />

aparelho de tamanho superior, o<br />

interesse por televisores de muitas<br />

polegadas aumentou em mais de<br />

250% na cidade.<br />

A expectativa para a Copa do Mundo fez<br />

com que a fabricação de televisores aumentasse<br />

em contrapartida com a produção industrial,<br />

que caiu em 5,8% no mês de abril<br />

em relação ao ano passado, segundo dados<br />

informados pelo Instituto Brasileiro de Geografia<br />

e Estatística (IBGE). "Essa situação em<br />

si justificaria a maior produção em função da<br />

expectativa de consumo bem maior nesse<br />

período", explicou André Macedo, gerente da<br />

Coordenação de Indústria do IBGE.<br />

Eletrodomésticos da linha marrom, que incluem<br />

os aparelhos de televisão, registraram<br />

um aumento de 20,9% na produção em abril,<br />

em relação ao mesmo mês de 2013, sendo o<br />

único destaque positivo na categoria de bens<br />

duráveis. Quando o item procurado é televisor,<br />

que é um bem bastante durável, as pessoas<br />

não se preocupam só com o preço, mas sim<br />

com a relação custo-benefício proporcionada<br />

pela tecnologia e funcionalidade oferecidas<br />

pelo aparelho.<br />

"Nitidamente, a alta da linha marrom é puxada<br />

pela produção de TVs. O fator Copa do<br />

Mundo é preponderante para explicar essa<br />

expansão. Não tem como dissociar uma coisa<br />

da outra", afirmou Macedo.<br />

As vendas também tiveram um bom aumento.<br />

Em uma loja de varejo no centro da<br />

cidade, houve um aumento de 10% para 40%<br />

Cansado da TV de 29 polegadas e com<br />

vontade de adquirir um modelo maior<br />

para assistir aos jogos da Copa do<br />

Mundo, o aposentado Benedito Alves<br />

aproveitou uma promoção oferecida<br />

por uma rede de varejo e em março<br />

comprou uma TV de 43 polegadas.<br />

Ele ainda conserva a televisão antiga,<br />

mas não esconde a empolgação com<br />

a nova. Para ele o mundo parece ser<br />

bem maior.<br />

meses antes do início da Copa. Para o sociólogo,<br />

Edmundo Alves de Oliveira, o aumento é<br />

justificado em decorrência da compra coletiva<br />

que acontece entre os consumidores.<br />

“Um consumidor é motivado pelo outro.<br />

Através de uma compra bem sucedida, as<br />

pessoas acabam se motivando e comprando<br />

o mesmo produto. A estratégia de marketing<br />

de uma loja, por exemplo, acaba incentivando<br />

para que isso aconteça. Isso motiva o nosso<br />

mercado”, destaca Oliveira.<br />

A tendência é que as compras aumentem<br />

ainda neste mês. Em contato com a assessoria<br />

da Via Varejo, empresa que administra as<br />

redes Casas Bahia e Ponto Frio, as vendas de<br />

TVs podem aumentar cerca de 50% com suas<br />

promoções, que começaram com a expectativa<br />

da Copa e continua, devido a promoções<br />

realizadas mesmo com o final do evento.<br />

Nas Casas Bahia<br />

a procura por<br />

televisores a partir<br />

de 40 polegadas<br />

aumentou muito<br />

depois do Dia das<br />

Mães. Se na Copa<br />

de 2010 o interesse<br />

das pessoas era por<br />

substituir os<br />

aparelhos de tubo<br />

por outros mais<br />

finos e modernos<br />

de LCD e Plasma,<br />

agora, o interesse<br />

são TV’s maiores e<br />

mais tecnológicas.<br />

32


33


dia do panificador<br />

Singela homenagem ao<br />

pão nosso de cada dia<br />

Ao todo são quase 150 padarias<br />

na cidade, empregando cerca<br />

1600 colaboradores. O setor da<br />

panificação se espalha por todos<br />

os cantos e se mostra a agregar<br />

produtos como hortifruti para<br />

aumentar o faturamento.<br />

Para comemorar o Dia do Panificador, o<br />

SIPCAR (Sindicato da Indústria de Panificadores<br />

e Confeitarias de Araraquara) organizará<br />

um café da manhã neste dia 7, às 9h, no<br />

auditório da ACIA.<br />

Maria do Carmo Caldeira Rufino, presidente<br />

do SIPCAR, ressalta a importância de<br />

um panificador em nosso dia a dia. “O setor<br />

de panificação gera muitos empregos, desde<br />

micro e médias empresas; algumas padarias<br />

contam com sete ou até mesmo 40 funcionários,<br />

sendo, muitas delas, famílias que gostam<br />

e estão no ramo de panificação a algumas gerações.<br />

São verdadeiros heróis”, declara.<br />

Grande parte das panificadoras se dedica<br />

a projetos sociais e Maria do Carmo reconhece<br />

a importância destes trabalhos para a comunidade.<br />

“Apoiamos a ideia da realização de<br />

eventos sociais através da panificação, com o<br />

objetivo em incentivar o desenvolvimento da<br />

economia familiar, como o que está sendo realizado<br />

em algumas panificadoras, cedendo espaço<br />

para os assentados e pequenos agricultores<br />

venderem seus produtos de horticultura.<br />

Durante o café da manhã, serão entregues<br />

banners e selos a mais cinco padarias<br />

que passarão a fazer parte do projeto “Produtos<br />

do Campo”, realizado pela SIPCAR em<br />

parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura<br />

e com a Fundação ITESP – Instituto de<br />

Panificadora Cristal, na Vila Xavier, tem a tradição da Família Flório<br />

Terras do Estado de São Paulo, que tem como<br />

objetivo incentivar a venda de produtos através<br />

da agricultura familiar.<br />

É das padarias que vem o aroma, aguçando<br />

o desejo de saboreá-lo, sem contar quando<br />

ele também está em nossos lares. É quase<br />

que uma obrigação consumir um pãozinho<br />

sem respeito algum. “Se não fossem os panificadores,<br />

o nosso dia a dia não seria a mesma<br />

coisa”, argumenta Maria do Carmo.<br />

O PÃO FRANCÊS<br />

A partir de 1910, o brasileiro ia pelo menos<br />

uma vez ao ano a Paris para ficar por<br />

dentro das atualidades. No Rio de Janeiro, até<br />

então capital do Brasil, o número de cafés e<br />

Reportagem: Rafael Zocco<br />

panificadoras crescia, acostumando a servir<br />

os clientes com estilo e elegância. Porém, os<br />

pães produzidos tinham as cascas e miolos<br />

escuros, criando um mal-estar entre os clientes.<br />

É da Europa que veio a mudança.<br />

Muitos viajantes deram a ideia aos panificadores<br />

de fazerem o pãozinho de casca<br />

dourada e miolo branco, como eram feitos<br />

na França. Através dessas características, os<br />

panificadores criaram uma nova receita e apelidaram<br />

de “pão francês”, o pão que conhecemos<br />

até hoje.<br />

Hoje em dia, dizem que o nosso pão francês<br />

é um dos melhores do mundo e que alguns<br />

estrangeiros procuram copiar a receita<br />

do nosso pão “tipo francês”, que chamam de<br />

“pão brasileiro”.<br />

Maria do<br />

Carmo,<br />

presidente do<br />

Sindicato de<br />

Panificadores e<br />

Confeitarias na<br />

cidade, pronta<br />

para prestar<br />

homenagens<br />

à classe neste<br />

mês de julho<br />

Antônio César Rodrigues<br />

e a esposa Rosana Yuri<br />

produzem e entregam o<br />

pão nosso de cada dia<br />

34


Sônia e Márcio Corvello, proprietários da<br />

Panificadora Cristal<br />

FAMÍLIA FLÓRIO<br />

Araraquara teve grande contribuição com<br />

a panificação graças à família Flório. Benedito<br />

Flório foi quem semeou o sonho dos pães fresquinhos<br />

na antiga Rua do Tesouro, hoje Bento<br />

de Barros, na Vila Xavier, em 1945. Os filhos<br />

seguiram seus passos e da mesma forma, foram<br />

impulsionados pelo trabalho e orgulho em<br />

servir a cidade.<br />

Um dos frutos de Benedito é a Panificadora<br />

Cristal, presente há mais de 30 anos em<br />

Araraquara, sendo sinônimo de tradição da<br />

família Flório. Márcio Corvello, sobrinho de Benedito,<br />

é quem administra a padaria, ajudando<br />

em seus momentos a dona Sônia Corvello,<br />

uma das filhas que Benedito criou quando<br />

ainda era vivo.<br />

“A panificadora nasceu em 1977. Meus<br />

tios, Euclides Fogal e Aparecida Flório Fogal<br />

eram os proprietários. Um dia eles conversaram<br />

com o meu pai e disseram que não queriam<br />

continuar mais com a padaria, perguntando<br />

a mim se eu queria ser o novo dono, já<br />

que meus primos não queriam continuar no<br />

negócio. Aceitei na hora”, conta Márcio.<br />

Nascida na Avenida Padre Antônio Cezarino,<br />

hoje a panificadora Cristal está instalada<br />

em dois pontos na cidade: Rua Almirante de<br />

Tamandaré, 367, na Vila Xavier, e a mais nova<br />

unidade, localizada na Avenida Alberto Santos<br />

Dumont, 922, no Jardim Eliana.<br />

Márcio conta também como entrou no<br />

ramo da panificação. “Praticamente nasci um<br />

panificador. Quando criança eu estava sempre<br />

dentro das padarias da família. Eu já vivia de<br />

padaria”, relata. Hoje, o panificador ressalta a<br />

importância da profissão e o esforço contínuo<br />

da família no dia a dia.<br />

“Aqui todo dia é sinônimo de inovação. É a<br />

mistura de talento com a inspiração. Graças a<br />

isso, ampliamos os nossos estabelecimentos<br />

pensando no melhor”.<br />

SONHANDO GRANDE<br />

Diferentemente da tradição Flório, outros<br />

panificadores buscam seu espaço na cidade<br />

e se arriscam neste sonho. Proprietários da recém-inaugurada<br />

Panificadora Raíssa, no São<br />

Geraldo, o casal Rosana Yuri e Antônio César<br />

Rodrigues é formado no Curso de Panificação<br />

do Espaço Kaparaó, em parceria com o SENAI.<br />

Nascidos em São Paulo, foram donos de<br />

lanchonete e, mais tarde, moraram no Japão<br />

por 17 anos. “Quando estava no Japão, Rosana<br />

veio para Araraquara conhecer a cidade.<br />

Mexendo na Internet, encontrei um pequeno<br />

salão no São Geraldo e decidimos abrir o negócio<br />

aqui mesmo”, conta Antônio.<br />

Ainda iniciando como panificador, Antônio<br />

elogia a profissão e espera adquirir mais experiência<br />

no ramo. “É uma satisfação exercer<br />

esta função. A cada dia é um conhecimento a<br />

mais sobre a panificação. O crescimento está<br />

acontecendo dentro do esperado”, detalha.<br />

35


comportamento<br />

Quando os filhos seguem<br />

os passos dos pais<br />

Em Araraquara, diretores de<br />

empresas estão passando a<br />

responsabilidade de cargo aos<br />

filhos, ainda jovens, como forma<br />

de lhes indicar o caminho da<br />

prosperidade. Os exemplos das<br />

famílias Ramos e Tedde já se<br />

ampliam como também uma<br />

forma segura de preservar os<br />

traços administrativos ou então<br />

produtivos vindos através dos<br />

tempos. Quer dizer: em time<br />

que ganha não se deve mexer.<br />

Reportagem: Jean Cazellotto<br />

Em 1986 nasceu a Fort-Lar, grande empresa<br />

de alumínio que fabrica panelas de<br />

pressão, canecas e outros produtos, nas mãos<br />

de Ademir Ramos da Silva, empresário bem<br />

sucedido da cidade.<br />

O êxito do grupo, ele diz que é a determinação,<br />

a responsabilidade e fazer a diferença<br />

no mercado. “Ninguém faz nada sozinho, então<br />

precisamos de outras pessoas e é por isso<br />

que minha família está aqui comigo hoje. E só<br />

posso fazer isso, porque eles me ajudaram e<br />

todos tiveram comprometimento, humildade e<br />

responsabilidade.”<br />

Atualmente, todos os<br />

membros da família trabalham<br />

na empresa – esposa e<br />

mais três filhos. Maria Aparecida<br />

Cardoso Ramos da Silva,<br />

mulher de Ademir, é responsável<br />

pelo setor administrativo<br />

e a filha Flávia Ramos<br />

da Silva, pelo departamento<br />

comercial. O filho mais velho,<br />

Fabrício, comanda a produção<br />

da fábrica e Vinicius<br />

está à frente da empresa de<br />

laminação de alumínios, no distrito industrial.<br />

Ademir diz orgulhoso que criou três “gigantes”,<br />

se referindo aos filhos, para assumir qualquer<br />

responsabilidade dentro do seu império construído<br />

ao longo de quase 30 anos de muito trabalho.<br />

“Qualquer crise que a empresa tenha,<br />

O casal Maria Aparecida-Ademir Ramos da Silva com os filhos Vinicius, Flávia e Fabrício<br />

eles estão altamente capacitados para solucionar<br />

com o menor impacto possível”.<br />

Questionado se pretende sair do comando<br />

geral da Fort-Lar, Ademir Ramos é direto.<br />

“Nunca. Ficarei aqui até quando não for mais<br />

possível. A diferença é que não preciso mais<br />

acordar às 5h da manhã e ficar até às 22h. Já<br />

fiz muito isso, agora é a vez<br />

dos meus filhos”, responde<br />

aos risos.<br />

Outro caso semelhante<br />

é da família Tedde. Pedro e<br />

os filhos atualmente são donos<br />

de quatro empresas, que<br />

formam o grupo TeddeWork.<br />

“Meu pai, Miguel Tedde, era<br />

advogado junto com a minha<br />

mãe. Às vezes, algumas pessoas<br />

apareciam no escritório<br />

pedindo para que ele fizesse<br />

um contrato de aluguel de<br />

imóveis, na década de 70. Depois de um tempo,<br />

minha mãe viu que era uma lacuna que<br />

precisava ser preenchida na cidade. Araraquara<br />

tinha a necessidade de uma imobiliária.<br />

Criamos então uma sala a parte do escritório<br />

e começamos a mexer apenas com aluguel.<br />

Ademir diz orgulhoso<br />

que criou três gigantes,<br />

se referindo aos filhos,<br />

para assumir qual for<br />

a responsabilidade<br />

dentro do seu império<br />

construído ao longo de<br />

quase 30 anos de muito<br />

trabalho.<br />

O interior da Fort-Lar que recentemente<br />

inaugurou seu novo prédio na Avenida<br />

Major Antônio Mariano Borba, no Jardim<br />

Portugal<br />

36


Depois crescemos para vendas e, quando me<br />

formei em engenharia civil, implementamos a<br />

Tedde Empreendimentos”.<br />

A ascensão da família continua. Em 1991,<br />

Pedro abriu com mais um sócio a Work Serviços,<br />

prestadora para faxinas e limpezas em<br />

geral e a MTS Segurança, etc. “Meu filho mais<br />

velho, o Pedro Tedde Junior, se formou em Direito<br />

e dois anos mais tarde, o sócio quis sair<br />

do negócio. Eu comprei a parte dele e passei<br />

para o Junior”, diz Pedro, orgulhoso.<br />

Alguns anos depois foi a vez de Felipe<br />

Haddad Tedde, assumindo junto com o pai<br />

a Tedde Imobiliária. “Ele se formou em administração<br />

de empresas e me ajuda com as<br />

responsabilidades da imobiliária. O caçula<br />

Raphael está em intercâmbio para aprender<br />

novas línguas e, voltando, se formará em administração<br />

de empresas também”, diz Pedro.<br />

As empresas TeddeWork se mudaram<br />

para um único prédio na Avenida Padre José<br />

de Anchieta, centralizando todos os serviços.<br />

Em linhas gerais, qualquer pai se sente<br />

orgulhoso em transferir essa responsabilidade<br />

ao filho, buscando não apenas indicar um caminho<br />

de sucesso, mas principalmente alcançar<br />

qualidade de vida , que julga ser necessária,<br />

mostrando cansaço após muitos anos de<br />

trabalho.<br />

O empresário Pedro Lia Tedde com os filhos Felipe e Pedrinho na nova sede do Grupo<br />

TeddeWork (antiga Arauto, na Vila Melhado) onde estão concentradas as quatro empresas<br />

formadas com perfil familiar<br />

37


sincomercio<br />

Rotatividade:<br />

Uma vilã à atividade econômica<br />

A exemplo do que ocorre no<br />

Brasil, a nossa cidade também<br />

enfrenta o mesmo problema:<br />

a rotatividade no emprego.<br />

No passado essa situação não<br />

acontecia com tanta frequência,<br />

no entanto, a geração atual<br />

quer tudo imediatamente. Entra<br />

em um lugar onde não vendo o<br />

crescimento surgir rapidamente,<br />

desanima, é passa a ser natural<br />

buscar a mudançade serviço.<br />

- Uma das variáveis mais corrosivas às<br />

empresas, e ao dinamismo da economia em<br />

geral, é a rotatividade da mão de obra. Conhecida<br />

também como “turnover”, a rotatividade é<br />

a movimentação de trabalhadores medida por<br />

determinado período, em relação ao estoque<br />

de mão de obra de uma economia ou setor,<br />

em local específico.<br />

De forma bem direta, a rotatividade significa<br />

custo. Quanto maior for a movimentação de<br />

trabalhadores no quadro funcional de um estabelecimento,<br />

maior será o custo financeiro<br />

e burocrático para admissão e desligamento<br />

dos funcionários, e, consequentemente, maior<br />

será o investimento para o treinamento de novos<br />

colaboradores. Quatro principais custos<br />

são os mais comuns para mostrar quanto a<br />

alta rotatividade é prejudicial às empresas:<br />

1. Custos de recrutamento/seleção;<br />

2. Custos de registro/documentação;<br />

3. Custos de integração/treinamentos;<br />

4. Custos de desligamento.<br />

Além da lista acima, podem ser listadas<br />

diversos outros fatores negativos com o alto<br />

turnover da mão de obra: Queda na produtividade,<br />

perda de capital intelectual, aumento de<br />

processos trabalhistas, entre outros.<br />

Como pode ser observado no quadro abaixo,<br />

tabela 1, a movimentação do mercado de<br />

trabalho araraquarense é superior aos 80 mil<br />

(admissões + desligamentos). Em São Carlos<br />

a movimentação gira em torno dos 70 mil e<br />

em Rio Claro cerca de 60 mil. A movimentação<br />

pode significar o quão aquecido encontra-se o<br />

mercado de trabalho, porém, também pode,<br />

em alguns momentos, ser sinal da alta rotatividade<br />

da mão de obra.<br />

Jaime Vasconcellos - Economista e Assessor de<br />

Imprensa do Sincomercio Araraquara<br />

Pesquisador do Núcleo de Conjuntura e Estudos<br />

Econômicos (NCEE) / UNESP Araraquara<br />

Se antigamente trabalhadores<br />

conquistavam a<br />

aposentadoria por tempo<br />

de serviço em um único<br />

local de trabalho, hoje a<br />

permanência não é o fator<br />

mais comum para alcançar<br />

este objetivo. A rotatividade<br />

no mercado de trabalho é<br />

um dos maiores problemas<br />

enfrentados pelos<br />

empresários, principalmente<br />

nas indústrias.<br />

Segundo a RAIS (Relação Anual de Informações<br />

Sociais) de 2012 e o CAG<strong>ED</strong>, ambos<br />

os bancos de dados do Ministério do Trabalho,<br />

atualmente a economia de Araraquara possui<br />

76.517 trabalhadores com carteira assinada.<br />

Sua rotatividade ficou em 4,4% no último mês<br />

de abril. No ano, a média é de 54%. Dentre<br />

os setores que possuem as maiores taxas de<br />

rotatividade são: Construção Civil (7,4% em<br />

abril ou 98% ao ano) e o Comércio (5,4% em<br />

abril ou 65% ao ano). Nestas médias, em uma<br />

abordagem mais simplista, em menos de dois<br />

anos teríamos todo o mercado de trabalho<br />

local renovado. O comércio segue esta média<br />

e a construção civil metade deste tempo.<br />

Em São Carlos e Rio Claro, em 2013, a rotatividade<br />

total do mercado de trabalho formal<br />

ficou em, respectivamente, 45,5% e 49,3%. É<br />

inimaginável prever ganhos de eficiência, qualidade<br />

e de produtividade com tamanha volatilidade<br />

de mão de obra.<br />

Segundo a tabela 2, ao lado, em Araraquara<br />

a queda no número de desligamentos sem<br />

justa causa nos últimos três anos está em con-<br />

38


A concorrência vem também<br />

da busca pelo negócio próprio.<br />

Pequenas empresas são criadas<br />

para atender a demanda da<br />

indústria e impulsiona outra<br />

atividade econômica: a da<br />

prestação de serviços.<br />

As pessoas estão se<br />

espertando para ter<br />

o negócio próprio, há muitas<br />

facilidades para entrar no<br />

mercado e o profissional<br />

autônomo está mais popular.<br />

traposição ao crescimento do número de desligamentos<br />

a pedido do empregado. Este último<br />

tipo de desligamento, a pedido do trabalhador,<br />

deve crescer 25,8% entre 2010 e <strong>2014</strong>. Para<br />

isso, basta o número de desligamentos deste<br />

tipo continuar a crescer na média deste primeiro<br />

quadrimestre, e, com isso, encerrar ano<br />

acima dos 12,4 mil. Tal realidade (aumento do<br />

desligamento a pedido) também é observada<br />

em São Carlos e Rio Claro. Este fenômeno é<br />

sinal claro do aquecimento do mercado de trabalho.<br />

Com o mercado de trabalho aquecido,<br />

há uma busca constante dos trabalhadores<br />

em busca a melhores postos de trabalho. Por<br />

muitas vezes, a busca por um salário minimamente<br />

maior faz com que o trabalhador troque<br />

de estabelecimento e/ou setores. Questões<br />

como ambiente de trabalho, infraestrutura e<br />

planos de carreira são outros importantes fatores<br />

que impactam a rotatividade da mão de<br />

obra.<br />

O problema deste aquecimento é o custo<br />

elevado dessa movimentação ao empresariado.<br />

Ainda mais na realidade de negócios brasileira,<br />

burocrática, vigorosamente tributada e<br />

lenta. Neste caso, o micro e pequeno estabelecimento<br />

têm, devido às margens cada vez<br />

mais exíguas, uma situação ainda mais grave.<br />

Em média um funcionário de<br />

linha de produção fica de seis<br />

meses a um ano na mesma<br />

indústria. É raro o caso<br />

daquele que está<br />

há dois anos.<br />

Por uma pequena<br />

quantidade financeira<br />

a mais no salário, ou algum<br />

outro benefício, o trabalhador<br />

troca de emprego.<br />

Algumas atitudes podem ser vitais para<br />

queda da rotatividade da mão de obra. Pelo<br />

lado das empresas, a remuneração é apenas<br />

um fator atrativo ou repulsivo. O bom ambiente<br />

de trabalho, aliado a uma política de gestão<br />

interna tendem a potencializar a relação com<br />

os colaboradores. A criação de uma sinergia<br />

entre os desempenhos individuais dos funcionários<br />

e a realidade empresarial é estratégica<br />

para manter e aperfeiçoar o quadro funcional<br />

do estabelecimento. No caso do empregado,<br />

é cada vez mais tácito que o investimento em<br />

sua qualificação, aliado a um plano de carreira<br />

e visão de longo prazo, é correlato a posições e<br />

salários melhores dentro de uma organização.<br />

A visão imediatista pode ser um risco para<br />

avaliação profissional de qualquer colaborador,<br />

principalmente em um ambiente bastante<br />

concorrencial do mercado de trabalho, como é<br />

atualmente o brasileiro.<br />

Alternativa que não dizima, mas reduziria<br />

o impacto da alta rotatividade da mão de obra<br />

é uma maior flexibilização da legislação trabalhista<br />

brasileira. Arcaica e inflexível, a mesma<br />

condiciona ao empregador e colaborador uma<br />

realidade lenta, custosa e extremamente burocrática.<br />

Uma simplificação seria de extrema<br />

utilidade à dinamização econômica do mercado<br />

de trabalho brasileiro<br />

39


jurídico<br />

O custo das decisões trabalhistas<br />

Em outra oportunidade,<br />

neste espaço, foram expostos<br />

breves pontos sobre a importância<br />

das negociações<br />

coletivas estabelecidas por<br />

sindicatos de empresas e<br />

trabalhadores para fixação<br />

de normas que sejam de interesse<br />

comum dos grupos<br />

que representam.<br />

São eles – os sindicatos<br />

– que conhecem a realidade das partes envolvidas para<br />

a aplicação de obrigações ou ampliação de direitos e, por<br />

isso, devem atuar na composição dos interesses opostos<br />

acomodando as necessidades de ambas nos limites de<br />

suas possibilidades.<br />

Interessante estudo dos professores André Portela e<br />

Eduardo Zylberstajn, da Fundação Getúlio Vargas de São<br />

Paulo (FGV-SP), encomendado pela FECOMERCIO-SP, demonstra<br />

que algumas decisões emanadas do Poder Judiciário<br />

afetam as regras que foram pactuadas livremente por<br />

sindicatos de empregados e empregadores, via negociação<br />

coletiva.<br />

Em verdade, a pesquisa tem por referência as súmulas<br />

do Tribunal Superior do Trabalho – TST que indicam o<br />

entendimento pacificado daquele tribunal sobre os temas<br />

jurídicos por ele apreciados.<br />

O assunto toma relevância na medida em que, apesar<br />

de as súmulas não possuírem força de lei, a última instância<br />

judicial de discussão de controvérsia jurídico-trabalhista<br />

é o TST e o entendimento pacificado por suas decisões<br />

anteriores deverá prevalecer ao final da maioria das ações<br />

apreciadas por aquela justiça especializada.<br />

No referido trabalho da FGV, seus autores examinam o<br />

impacto das súmulas do TST no custo do trabalho no Brasil<br />

e a apuração de resultados é feita a partir de situações<br />

hipotéticas disciplinadas por aquelas decisões. Trata-se de<br />

pesquisa bem detalhada demonstrando em números os<br />

prejuízos advindos das súmulas em três temas escolhidos<br />

pelos professores: intervalo intrajornada para repouso e<br />

alimentação, início da contagem da duração da jornada de<br />

trabalho e estabilidade para gestantes nos contratos por<br />

tempo determinado.<br />

As súmulas do TST, conhecidas como “persuasivas”, devem<br />

servir de instrumento protetivo às partes, no que concerne<br />

à segurança jurídica daqueles que precisam se socorrer<br />

do Poder Judiciário para fazer valer seus direitos. Ocorre<br />

que, segundo a pesquisa, na seara trabalhista, em alguns<br />

casos, a imposição de entendimento sumular acaba por<br />

afetar direta e prejudicialmente empresas e trabalhadores.<br />

Pois bem. Deixando de lado os dois últimos assuntos,<br />

objetos da pesquisa, e tratando apenas do intervalo intrajornada,<br />

pode-se observar que o maior problema é a imposição<br />

de rigidez nas regras previstas em súmulas, que<br />

anulam acordos e convenções coletivas e impossibilitam a<br />

negociação sobre questões que são de interesse coletivo, conforme<br />

a Súmula 437, item II, quando assim determina: “II - É<br />

inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho<br />

contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada<br />

porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança<br />

do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da<br />

CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva.”<br />

Com a decisão do TST de declarar a nulidade dos acordos e<br />

convenções coletivas com previsão de redução do tempo para<br />

repouso e refeição, trabalhadores e empregadores podem, em<br />

muitas situações, sofrer prejuízos.<br />

Não é incomum ser de interesse dos empregadores a redução<br />

do horário de refeição e repouso de seus colaboradores<br />

para atingir maior eficácia na produção de seus produtos ou na<br />

prestação de seus serviços e também, de outra parte, não é<br />

incomum ser do interesse dos trabalhadores tal redução para<br />

que possam usufruir maior tempo para os estudos, o lazer ou<br />

o convívio familiar. A conciliação de tais interesses se fazia por<br />

acordo ou convenção coletiva, porém, após 27/09/2012, com<br />

a edição da nova regra sumular, a negociação para a referida<br />

redução, na prática, foi proibida. Em tal panorama, aponta o<br />

referido estudo:<br />

“Para o empregador, os custos se dividem entre: (I) diretos:<br />

associados ao dispêndio adicional que seria evitado caso<br />

a decisão judicial não impedisse uma solução superior, com<br />

ganhos mútuos para as partes; (II) custos processuais (ou ‘passivo<br />

comum’): relativos aos gastos com acesso e intermediação<br />

judiciária para responder a descumprimentos de preceitos normativos;<br />

(III) passivo oculto: originário da insegurança jurídica<br />

associada às leis e à justiça trabalhistas.<br />

Diferentemente do passivo comum, sua variante ‘oculta’<br />

não decorre do descumprimento da legislação, mas de uma<br />

mudança de entendimento dos dispositivos legais pelos tribunais,<br />

com possível retroatividade (no máximo cinco anos) caso<br />

se decida pela condenação...<br />

Para o empregado, os custos envolvem, usualmente, perda<br />

de bem-estar associada à inviabilidade de acordar bilateralmente<br />

uma solução mais cômoda ou mais econômica...”<br />

Como se vê pelo trabalho da FGV-SP, a interferência do Poder<br />

Judiciário nas relações de trabalho, tal como realizada pelo<br />

item II da Súmula 437, do TST, que anula acordos e convenções<br />

sindicais, com efeito retroativo, não contribui para o ambiente<br />

de negócios no Brasil, gera incertezas e custos que não são suportáveis<br />

aos investidores e retarda o progresso do país.<br />

Infelizmente, possui razão o jornalista Celso Ming ao afirmar,<br />

em artigo publicado em sua coluna no “Estadão”, em<br />

05/10/2013, que tal cenário “faz parte daquilo que o ex-ministro<br />

da Fazenda Pedro Malan chamava de ‘passado incerto’.”<br />

Enfim, a permanecer este quadro jurídico, os empresários,<br />

os trabalhadores e a sociedade perdem, os investimentos se<br />

retraem e o que era para servir de salvaguarda da segurança<br />

jurídica – leia-se: súmula – se desmancha no ar.<br />

Dr. Iran Carlos Ribeiro<br />

Advogado do SINCOMERCIO Araraquara<br />

40 40


ca-suco<br />

Onde a notícia<br />

chega na frente<br />

Final dos anos 70; a cidade com<br />

quase 100 mil habitantes era<br />

marcada por um processo de<br />

transformação comercial. Neste<br />

clima é que surge a Ca-Suco<br />

pelas mãos da Família Cardozo.<br />

Foi em 1978 que “os Cardozo” decidiram<br />

criar no centro emergente de Araraquara a<br />

Ca-suco, lanchonete que surgia com a novidade<br />

do café expresso. Simultaneamente,<br />

a família comandava uma loja de materiais<br />

esportivos, a J. Cardozo, que se tornou ponto<br />

de referência no mercado. Assim, José Roberto<br />

Cardozo dirigia a loja e os irmãos Elias<br />

e José Carlos administravam a Ca-Suco, que<br />

foi ganhando espaço e poder na comunicação<br />

- quase que em tempo real.<br />

Trinta e seis anos são passados e a lanchonete<br />

que mantinha concorrência brava com o<br />

“café feito em coador no Bar do Pernambuco”,<br />

continua com o mesmo perfil, apimentando<br />

Elias, Zé Carlos<br />

e Zé Roberto<br />

unidos na<br />

preservação<br />

da histórica<br />

lanchonete<br />

sua fonte noticiosa nos anos eleitorais. Uns<br />

aproveitam e fazem do local uma central de<br />

notícias. A Ca-Suco se transformou em referência<br />

pelas próprias características que criou<br />

ao longo do tempo.<br />

Sua identificação com a cidade é marcante<br />

em quase quatro décadas de serviços, fato<br />

que José Roberto, Elias e José Carlos fazem<br />

questão de preservar. O atendimento é rápido<br />

e impecável, comentam políticos, empresários,<br />

bancários, lojistas, empreendedores,<br />

artistas, enfim, todos que apreciam um bom<br />

cafezinho, sucos e salgadinhos. Parabéns família<br />

Cardozo.<br />

41


gastronomia<br />

Prontos para ir ao<br />

Boi na Brasa<br />

Passava um pouco das 10 horas da noite. Nos tempos em que<br />

o AM era o coqueluche das rádios, Orlando Gaspar ligava seu<br />

surrado Philips na Tupi de São Paulo e os poucos clientes que ainda<br />

estavam no “Boi na Brasa” ouviam Joel de Almeida, parceiro de<br />

Vinicius de Morais em algumas músicas, mandar mensagens para<br />

o querido ouvinte em Araraquara. O ambiente coincidia com a<br />

familiaridade da época e a simplicidade de Orlando, vista na<br />

inauguração da churrascaria.<br />

O restaurante e churrascaria Boi na<br />

Brasa foi inaugurado em 1967 e já iniciou<br />

suas atividades com casa cheia e pessoas<br />

importantes da elite de Araraquara.<br />

Sua história começou com a criação do<br />

atual Escritório de Contabilidade Gaspar,<br />

na Rua Nove de Julho (Rua 2), onde hoje<br />

é a Emy Cosméticos. Os irmãos Gaspar<br />

O fusca quase em frente ao Boi na Brasa<br />

fazia parte daquele cenário de 1966<br />

eram os responsáveis<br />

por tocar o negócio que<br />

a família iniciara. Rosário<br />

e Arnaldo ficaram com o<br />

escritório e, na divisão de<br />

terreno, Orlando decidiu<br />

abrir uma churrascaria – o<br />

Boi na Brasa.<br />

Felício Gaspar, um dos<br />

filhos de Orlando, ainda<br />

menino participou de toda<br />

a trajetória do negócio do<br />

pai. “Eu ia lá quase todos<br />

os dias e via meu pai trabalhar.<br />

Ficava fascinado<br />

com todas aquelas pessoas<br />

que frequentavam<br />

a churrascaria e a casa<br />

sempre estava cheia”, diz orgulhoso. Um<br />

dos cinco garçons que serviram as mesas<br />

da churrascaria naquele ano foi Argemiro<br />

de Freitas e hoje com 80 anos de idade,<br />

relembra da inauguração. “Muitas pessoas<br />

compareceram no dia da abertura.<br />

Era tanta gente que não tinha lugar para<br />

todos. Eu ajudava bastante na churrasqueira,<br />

que era a especialidade da casa,<br />

e também saladas que eram deliciosas.<br />

Foi uma época de coisas boas”.<br />

Nas fotografias daquele tempo, aparecem<br />

importantes pessoas do meio político<br />

e empresários, como o prefeito falecido<br />

Rômulo Lupo. “Até o prefeito foi prestigiar<br />

a nossa comida”, diz Freitas, rindo.<br />

Argemiro foi garçom do local por pouco<br />

mais de um ano e se lembra de que<br />

trabalhava muito. “Éramos cinco garçons<br />

e servíamos muitas horas por dia, principalmente<br />

durante o final de semana.<br />

A casa abria às 9h da manhã e fechava<br />

Marcondes Machado,<br />

diretor da Rádio Cultura,<br />

cumprimenta o amigo<br />

Orlando Gaspar<br />

O prefeito Rômulo Lupo<br />

desata a fita inaugurando o<br />

restaurante; Antônio Carlos<br />

Araujo grava para a Rádio<br />

Cultura divulgar o evento<br />

na Parada de Notícias,<br />

enquanto o Cônego<br />

Aldomiro Storniollo espera<br />

para proceder a benção das<br />

instalações, sob os olhares<br />

do delegado de polícia<br />

Nelson Barbosa<br />

42


Waldemar De Santi, então<br />

vereador, não poderia faltar<br />

ao evento e logo levou um<br />

convidado muito especial: o<br />

amigo Ivo Martinez que na<br />

época também estava<br />

envolvido na política local<br />

Logomarca da casa<br />

sempre depois das 22h, mas tínhamos<br />

algumas regalias como comer e beber a<br />

vontade depois que o restaurante fechava.<br />

O ‘seo Orlando’ não controlava”.<br />

Freitas ainda diz como era o chefe.<br />

“Era uma família unida e todos nos tratavam<br />

muito bem. O pequeno Felício ficava<br />

lá para aprender com a gente. Além disso,<br />

muitos jogadores de times importantes<br />

que vinham jogar em Araraquara contra<br />

a Ferroviária, almoçavam ou jantavam lá.<br />

Personalidades importantes do esporte<br />

paulista compareciam para experimentar<br />

nossa comida e os serviços”, relembra Argemiro<br />

com saudades.<br />

O Boi na Brasa encerrou suas atividades<br />

em 1976, depois de quase dez anos<br />

de existência. “Meu pai estava cansado,<br />

já dava os primeiros sinais da doença e<br />

não aguentava mais tocar o negócio. Ele<br />

baixou as portas com o restaurante lotado.<br />

Autoridades, delegados, políticos, empresários,<br />

jogadores de futebol e pessoas<br />

ligadas ao esporte do interior e capital<br />

que frequentavam a casa, se entristeceram<br />

com a notícia, mas infelizmente não<br />

tinha o que fazer”, conta Felício.<br />

Orlando morreu em abril de 2004, em<br />

consequência de um acidente vascular<br />

cerebral.<br />

O restaurante sempre lotado<br />

O garçom Argemiro de Freitas<br />

Após conquistar o<br />

título de campeã da<br />

Segunda Divisão em<br />

66 e no ano seguinte<br />

ser campeã do<br />

Interior, Orlando<br />

Gaspar fechou a casa<br />

para servir os atletas<br />

e os diretores da<br />

Ferroviária a pedido<br />

de Aldo Comito. Entre<br />

os convidados, Olavo<br />

Pereira de Córdis e os<br />

jornalistas Ivan<br />

Roberto Peroni e<br />

Adilson Telarolli<br />

43


linha de frente<br />

As costureiras da<br />

Revolução de 32<br />

Araraquara também relembra<br />

o feriado estadual de 9 de Julho<br />

que marcou o início do combate<br />

entre São Paulo e Minas Gerais,<br />

com apoio de outros estados<br />

do sul, para elaborar uma nova<br />

constituição e deportar Getúlio<br />

Vargas. Daqui, 20 soldados<br />

partiram; ficaram as costureiras<br />

que confeccionaram as roupas<br />

dos combatentes.<br />

O ano era 1932. A história quase todos<br />

conhecem. A guerra entre São Paulo e Minas<br />

Gerais, ocasionada por movimentos políticos<br />

entre Washington Luís e Getúlio Vargas, deixou<br />

900 mortos de acordo com números oficiais,<br />

mas estimativas apontam que foram mais de<br />

duas mil pessoas. Mato Grosso do Sul apoiava<br />

São Paulo, que lutava contra Minas Gerais, Paraná<br />

e Rio Grande do Sul.<br />

Araraquara participava de modo muito singelo.<br />

Apenas 20 pessoas se voluntariaram a<br />

As mulheres que<br />

ajudaram na costura<br />

em 1932<br />

participar da disputa entre os estados.<br />

O dentista Jamil Massud diz que, quando<br />

tinha por volta de 15 anos, leu um livro comprado<br />

por sua mãe, escrito por repórteres<br />

do jornal A Gazeta. O livro, hoje raridade não<br />

encontrada em local algum, contava o que<br />

os profissionais da imprensa presenciaram<br />

na Revolução de 1932. “Depois dos policiais<br />

terem matado quatro estudantes<br />

de Direito, a Guerra explodiu”,<br />

diz.<br />

Celeste Monteiro Massud,<br />

mulher de Jamil, relata a passagem<br />

de seu irmão Alfredo<br />

Monteiro pelas trincheiras em<br />

Barretos. “Ele tinha apenas 14<br />

anos, fugiu de casa e se voluntariou<br />

para participar da revolução.<br />

Pequeno, ele achava<br />

que seria uma aventura”.<br />

Dona Celeste relembra<br />

uma história que sua mãe, Orminda Monteiro,<br />

sempre falava das travessuras de Alfredo.<br />

“Minha mãe era portuguesa, com sotaque<br />

forte. Era dona do Grande Hotel, na Avenida<br />

São Paulo proximidades do Terminal de Pas-<br />

Celeste<br />

e Jamil<br />

sageiros e também de um barzinho pequeno<br />

que ficava em frente. Nesta época, não podia<br />

se vender nada. Praticamente não podíamos<br />

ficar abertos. Certo dia chegou um trem com<br />

os presos paulistas. Desceu um tenente que<br />

foi até ela e quis comprar um cálice de pinga. A<br />

minha mãe estava tão desesperada que pediu<br />

ao homem que fosse até o trem e perguntasse<br />

pelo filho Alfredo Monteiro,<br />

e aí venderia a pinga. O tenente<br />

passou de vagão por vagão,<br />

mas não encontrou o menino.<br />

Mesmo não o encontrando, ela<br />

não vendeu o cálice para o homem,<br />

ela deu a garrafa toda”,<br />

conta sorrindo da situação.<br />

O menino Alfredo permaneceu<br />

em Barretos por quase<br />

três meses, quando a mãe<br />

descobriu onde ele estava por<br />

meio de um amigo, que lhe<br />

entregou uma carta contando seu paradeiro.<br />

“Mamãe disse ao meu pai com seu jeito português<br />

“tragas o menino, mas não batas nele”,<br />

e graças a Deus tudo acabou bem”.<br />

Já com a família Massud, um fato curioso<br />

Os soldados<br />

paulistas em duas<br />

situações: antes<br />

da partida para o<br />

campo de luta e a<br />

visita dos oficiais<br />

de São Paulo a nossa<br />

cidade para inspeção<br />

e recepção através<br />

do prefeito<br />

Antenor Borba<br />

44 44


Em 1932 a cidade<br />

se concentrou na<br />

Praça Pedro de<br />

Toledo, antigo<br />

Largo da Câmara,<br />

para um desfile<br />

que marcaria a<br />

despedida dos<br />

pracinhas inscritos<br />

para defender o<br />

Estado de São<br />

Paulo na chamada<br />

revolução paulista.<br />

Os participantes<br />

foram em direção<br />

ao centro.<br />

Colaboração:<br />

Museu Imagem e Som de Araraquara<br />

também ocorreu. O pai de Jamil era proprietário<br />

de uma casa de secos e molhados em<br />

Iaras, próximo a Águas de Santa Bárbara, por<br />

onde passavam as tropas paulistas em ataque<br />

à região Sul do país. “Quase no fim das batalhas,<br />

fugindo das forças federais que vinham<br />

do Paraná, um soldado passou na mercearia<br />

que tínhamos e trocou a farda e uma arma<br />

por uma camisa e uma calça, para disfarçar<br />

e não sofrer ataques. Infelizmente não sabemos<br />

o que houve com o material, porque isso<br />

já faz muito tempo, mas seria uma relíquia que<br />

poderíamos guardar ou doar para algum museu”,<br />

finaliza Jamil.<br />

Thyrson de<br />

Almeida Leite,<br />

pai do Pancho<br />

O ex-soldado Thyrson de Almeida Leite,<br />

em 2012, com 99 anos de idade,<br />

participou de uma homenagem aos 80 anos<br />

da revolução. A solenidade em frente ao<br />

monumento localizado na Praça do<br />

Soldado Constitucionalista, na Avenida Bento<br />

de Abreu, lembrou os cinco soldados da<br />

cidade que morreram em combate: Bento<br />

de Barros, Diógenes Muniz Barreto, Joaquim<br />

Alves, José Cezarini e Waldomiro Machado.<br />

Outra homenagem, foi a transformação da<br />

Rua do Comércio - a principal da cidade -<br />

em Rua Nove de Julho.<br />

45


nova era<br />

Universitários e<br />

independentes<br />

Felipe cuida da<br />

casa, trabalha e<br />

estuda durante<br />

a noite<br />

Cresce em Araraquara o índice<br />

de universitários que falam ser<br />

independentes, porém felizes,<br />

em busca de novos caminhos.<br />

Ainda jovens, saem do conforto<br />

da casa dos pais cada vez mais<br />

cedo, procurando estabilidade<br />

financeira e futuro promissor.<br />

Em uma época remota, os adolescentes<br />

fugiam de casa para se casar ou viver uma<br />

aventura. Muitas vezes a regressão ao lar não<br />

era possível, pois se tratava de uma afronta<br />

aos pais. Hoje o mundo é outro e, cada vez<br />

mais cedo, os jovens procuram sua independência<br />

financeira, liberdade e não têm medo<br />

de errar.<br />

Em números oficiais, o Censo realizado<br />

pelo IBGE em 2010 mostra que Araraquara ti-<br />

Thiago diz que a maior dificuldade ao sair<br />

da casa dos pais, foi aprender a cozinhar<br />

46


Smaniotto consegue um tempo para fazer<br />

trabalhos entre todas as tarefas do dia<br />

nha 208 mil habitantes. Segundo estimativas<br />

da instituição, em 2013 a cidade já contava<br />

com 222 mil moradores. Grande parte destes<br />

números é de estudantes de cidades variadas<br />

da região e todo o país, que vêm para cá em<br />

busca da graduação e outras especializações.<br />

O estudante Felipe de Assis Smaniotto<br />

está em Araraquara há quase um ano. “Sou<br />

de Brotas e me mudei para cá em busca de<br />

novas oportunidades de trabalho. Este ano<br />

comecei a cursar Design Digital e vejo novos<br />

rumos na área profissional”, explica.<br />

Ainda de acordo com Smaniotto, a cidade<br />

é um início de carreira. “Apesar de ainda continuar<br />

sendo um tanto quanto pacata, digo isso<br />

pelo seu espírito de cidade pequena, existem<br />

vantagens de estar aqui. Araraquara, pra mim,<br />

é uma ponte de onde se começam as estradas,<br />

onde posso sair dela e encontrar uma<br />

oportunidade melhor pela região”.<br />

Thiago Guedes, 27 anos, é natural de Ibitinga<br />

e está em Araraquara há pouco mais de<br />

seis meses para cursar Engenharia Civil. “Mudei<br />

para cá porque viajava todo dia e com a<br />

correria de trabalhar e estudar, a viagem estava<br />

se tornando cansativa. Planejei bastante<br />

antes de morar aqui, mas acho que vale a<br />

pena, pois consigo ver as chances de trabalho<br />

na minha área, que é a construção civil”, diz.<br />

Segundo ele, uma das maiores dificuldades<br />

ao mudar-se para Araraquara foi deixar<br />

os amigos. “Não foi fácil deixar um lugar onde<br />

conheço todo mundo e vir para uma cidade<br />

maior onde não conhecia ninguém. Aprendi<br />

a cozinhar e me virar sozinho. Além disso, o<br />

apoio dos meus pais foi muito importante no<br />

momento da decisão da mudança. Sou o filho<br />

do meio, de três, mas fui o primeiro a sair de<br />

casa”, diz Thiago.<br />

As dificuldades<br />

encontradas por<br />

jovens que resolvem<br />

ser independentes e<br />

viver – e conviver –<br />

novas experiências,<br />

é a distância com o<br />

ambiente familiar e os<br />

gastos para visitá-los.<br />

Oportunidades de<br />

crescer como pessoa e<br />

profissionalmente são<br />

as vantagens dessa<br />

decisão.<br />

47


O encontro<br />

dos núcleos<br />

No final de junho, no auditório<br />

da ACIA, foi realizado o primeiro<br />

encontro de empreendedores<br />

ligados ao ramo de materiais de<br />

construção (25). No dia seguinte<br />

se deu a reunião do setor de<br />

vestuário. No dia 30 foi a vez<br />

dos minimercados. Eles fazem<br />

parte do Programa Empreender.<br />

Núcleo de Materiais<br />

para Construção<br />

Na reunião realizada<br />

com os três núcleos que<br />

fazem parte do Programa<br />

Empreender em parceria<br />

com o SEBRAE, os<br />

pontos foram abordados<br />

através do coordenador<br />

José Carlos de Barros,<br />

agente do Empreender<br />

da ACIA. O foco das palestras<br />

foi, além dos participantes<br />

se conhecerem,<br />

também analisar os problemas inerentes<br />

ao ramo de cada atividade e elencar os prós<br />

e contras no dia a dia de cada empresa. Nas<br />

reuniões, cada participante, conforme fichas<br />

passadas, identificava os problemas que<br />

podem ocorrer na empresa e qual seria<br />

o rumo ideal para o bom funcionamento<br />

interno do estabelecimento.<br />

O Programa Empreender da ACIA,<br />

que tem parceria com o SEBRAE, oferece<br />

aos empresários que participam,<br />

uma nova visão sobre gestão de suas<br />

empresas, diagnosticando todos os pontos,<br />

principalmente os negativos, para<br />

que sejam sanados, resultando num<br />

aumento de suas participações no mercado.<br />

Thiago Ferreira Silveira, Analista do SE-<br />

BRAE Araraquara, explicou as formas como<br />

se dá o auxílio a essas empresas, com visitas<br />

para identificação dos pontos que precisam de<br />

atenção e aferindo em visitas posteriores, os<br />

resultados ou dificuldades encontradas.<br />

Para o presidente da ACIA, Renato<br />

Haddad, “esse projeto dá aos empreendedores<br />

um estímulo para que possam alavancar<br />

seus negócios, de maneira sadia, focando no<br />

crescimento, com lucratividade, é óbvio, mas<br />

a partir do programa, num ambiente de funcionalidade,<br />

onde se criam muitas oportunidades.<br />

O resultado desse investimento, será<br />

observado pelo consumidor”.<br />

Barros com os<br />

Minimercados<br />

48


Dia do Agricultor<br />

<strong>JULHO</strong>/<strong>2014</strong><br />

• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS COM<br />

PULVERIZADOR COSTAL MANUAL<br />

14/07/<strong>2014</strong> até 19/07/<strong>2014</strong><br />

• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS COM<br />

TURBO PULVERIZADOR<br />

15/07/<strong>2014</strong> até 17/07/<strong>2014</strong><br />

21/07/<strong>2014</strong> até 23/07/<strong>2014</strong><br />

29/07/<strong>2014</strong> até 31/07/<strong>2014</strong><br />

• APROVEITAMENTO DE ALIMENTOS<br />

03/07/<strong>2014</strong> até 04/07/<strong>2014</strong><br />

• ENCONTRO- APOIO ÀS<br />

COMUNIDADES RURAIS<br />

26/07/<strong>2014</strong> até 26/07/<strong>2014</strong><br />

AGRO<br />

N E G Ó C I O S<br />

CURSOS<br />

• PROCESSAMENTO ARTESANAL<br />

DE PAES<br />

01/07/<strong>2014</strong> até 02/07/<strong>2014</strong><br />

• TURISMO RURAL - PONTO DE<br />

VENDA DE PRODUTOS (MÓDULO V)<br />

10/07/<strong>2014</strong> até 25/07/<strong>2014</strong><br />

• USO DE CONDIMENTOS NA<br />

GASTRONOMIA<br />

16/07/<strong>2014</strong> até 17/07/<strong>2014</strong><br />

• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS COM<br />

TURBO PULVERIZADOR<br />

21/07/<strong>2014</strong> até 23/07/<strong>2014</strong><br />

• JOVEM AGRICULTOR DO FUTURO -<br />

MODULO V<br />

14/07/<strong>2014</strong> até 31/07/<strong>2014</strong><br />

• TURISMO RURAL - PONTO DE<br />

VENDA DE PRODUTOS (MÓDULO V)<br />

01/07/<strong>2014</strong> até 28/07/<strong>2014</strong><br />

REALIZAÇÕES:<br />

Coordenador SENAR/SP Araraquara:<br />

Mário Roberto Porto<br />

INFORMATIVO<br />

edição julho <strong>2014</strong><br />

No dia 26, uma homenagem<br />

aos nossos produtores rurais<br />

Com realização do Sindicato<br />

Rural e patrocínio do SEBRAE SP,<br />

evento em homenagem ao Dia<br />

do Agricultor (26 de julho)<br />

recebe apoio da CATI, Canasol,<br />

Faesp/Senar, Itesp, Secretaria<br />

Municipal de Agricultura e<br />

Defesa Agropecuária de<br />

Araraquara.<br />

“São dois grandes companheiros, merecedores<br />

da nossa confiança, respeito e admiração;<br />

há em cada um deles a ética e a devoção<br />

ao trabalho”. É desta forma que o presidente<br />

do Sindicato Rural de Araraquara, Nicolau de<br />

Souza Freitas, define o perfil dos empresários<br />

do campo - Mathias Vianna e Reginaldo Benedette,<br />

que serão homenageados no SEST SE-<br />

NAT, no dia 26 de julho.<br />

Para a diretoria do Sindicato Rural é importante<br />

este reconhecimento ao trabalho<br />

que ambos realizam: “Temos que reconhecer,<br />

e também valorizar a ação de cada um,<br />

pois juntos expressam um ideal, se mostram<br />

audaciosos e escrevem uma brilhante página<br />

da história rural brasileira”.<br />

O evento terá início às 8h com credenciamento<br />

e café da manhã; às 8h30, pronunciamentos<br />

e homenagens a Mathias Vianna e<br />

Reginaldo Benedetti (Sindicato Rural) e Hilário<br />

Rodrigues, da CATI; às 9h30, Missa Sertaneja<br />

e 10h45 – “Dedo de prosa” com Debate sobre<br />

Mercado Rural com interação do público<br />

através de Luiz Felipe, mediador e consultor<br />

especialista de Agro do ER; em seguida, visita<br />

aos expositores de máquinas, equipamentos e<br />

insumos.<br />

HOMENAGEADO DA CATI<br />

Hilário Rodrigues sempre foi agricultor<br />

familiar, cresceu com o pai agricultor, na mesma<br />

propriedade na qual trabalha atualmente.<br />

Com assessoria técnica da Casa da Agricultura<br />

de Araraquara - <strong>ED</strong>R Araraquara - CATI, plantou<br />

café, laranja, cana, hortaliças, feijão irrigado<br />

e cereais. Por questão de sobrevivência, e<br />

após o crescimento de seu filho, expandiu a<br />

área de plantio arrendando terras para cultivo<br />

de milho, o que faz até hoje, com dedicação,<br />

honestidade e perseverança.<br />

TRADIÇÃO DO EVENTO<br />

A exemplo do ocorrido em 2013, o evento<br />

deste ano terá sucesso semelhante e uma<br />

demonstração disso - diz Nicolau - é o investimento<br />

que o SEBRAE faz em nosso trabalho, a<br />

quem somos gratos pela confiança.<br />

Nicolau de<br />

Souza Freitas,<br />

presidente do<br />

Sindicato Rural<br />

49


mathias vianna<br />

O caboclinho da cidade grande<br />

nos confins do sertão brasileiro<br />

Se dermos uma busca no Google, o aplicativo de pesquisa mais<br />

usado na Internet em todo o mundo, o nome do agropecuarista<br />

Mathias Vianna não estará citado. O que surge são homônimos ou<br />

sobrenomes de outras pessoas ou escritórios de advocacia. E para<br />

quem tem pouco mais de 25 anos, este fato deve fazer todo o<br />

sentido. Afinal, “há vida fora da internet”. E quanta vida!<br />

e todos, do Mathias (o mais velho) até a Beth<br />

(a caçula), criaram raízes na Morada do Sol.<br />

Mathias formou-se em Engenharia de<br />

Agrimensura na escola de Engenharia e Agrimensura<br />

- Logatti; abriu em sociedade com<br />

os irmãos Job e Juarez a Vianna Engenharia<br />

Topográfica, que por muitos anos mediu terras<br />

por todos os cantos do país, num trabalho árduo,<br />

especialmente nas décadas de 1970 e<br />

1980, quando não era nada fácil a locomoção<br />

e ainda sem as facilidades das ferramentas de<br />

informática e da magia do GPS. Assim proporcionou<br />

oportunidades para iniciação a muitos<br />

colegas da profissão. Casou-se com dona Diva<br />

Marli Piquera Lozana e teve três filhos, Patrícia,<br />

Fabiano e Eduardo.<br />

Filho de Antonio Figueiredo Vianna e Leopoldina<br />

Siqueira Vianna, mais velho de nove<br />

irmãos, líder nato, sempre acompanhou o pai<br />

no trabalho com a terra e já aos sete anos de<br />

idade tinha seu próprio negócio: ir vender na<br />

cidade os ovos das galinhas de uma tia querida<br />

para ganhar os seus trocados.<br />

Natural de Cabo Verde, mas com a infância<br />

vivida nas zonas rurais dos municípios de<br />

Cabo Verde e de Divisa Nova (MG), herdou do<br />

avô paterno o nome e uma agenda, que guarda<br />

a sete chaves num cofre, onde estão os<br />

apontamentos da vida naqueles tempos e naquele<br />

lugar. São detalhes compartilhados com<br />

aquela gente mineira acolhedora, que valoriza<br />

a família acima de tudo demonstrando os valores<br />

que acompanham por toda a vida.<br />

Para “estudar os filhos”, os progenitores<br />

com toda a família mudaram-se para Muzambinho<br />

(MG) e a adolescência se passou por<br />

aquelas bandas. Já adulto jovem, enfrentou a<br />

vida na cidade grande. Foi a São Paulo estudar<br />

e trabalhar por alguns anos, juntamente com<br />

o irmão Tote.<br />

Ainda vieram tantas outras mudanças,<br />

tantos outros negócios: gado, batata, madeira,<br />

cana, café, Piracicaba, Botucatu, Campo<br />

Mourão, Ituiutaba; até se fixar com a família<br />

em Araraquara, no final dos anos 50. Antonio<br />

adquiriu as terras da fazenda Goiabal, vizinha<br />

de onde hoje se encontra a represa do Náutico<br />

Avô paterno<br />

Mathias<br />

de Souza<br />

Vianna<br />

Os pais de<br />

Mathias em<br />

1937<br />

Mathias, seis<br />

meses de idade<br />

Fotos: Acervo familiar<br />

Alguns dos irmãos mineiros foram visitar<br />

“outros pastos”, mas o Mathias, que sempre<br />

acompanhou o pai e registra a mesma característica<br />

empreendedora dele, foi buscar desafios<br />

em Rondônia, Mato Grosso e Goiás. Neste<br />

último estado, a criação de gado de corte e de<br />

leite acabou ganhando destaque em sua atividade<br />

profissional, deixando a agrimensura, de<br />

cuja história e currículo constitui um capítulo a<br />

parte, com muitos feitos e realizações.<br />

Enquanto manteve fazendas no Centro<br />

Oeste, fez diversas experiências e empreendeu<br />

novidades nas regiões por onde passou:<br />

biodigestor, ordenha mecânica, pastejo rotacionado,<br />

irrigação, melhoramento genético,<br />

diversidade de pastagem, semiconfinamento<br />

e tantas outras ações o tornaram referência<br />

por onde andou.<br />

Mais recentemente, transferiu-se para a<br />

região do Triângulo Mineiro, com a fazenda Talismã,<br />

próxima a Iturama. Nela o trabalho novamente<br />

é com gado, mas a lavoura da cana<br />

se aproxima rapidamente. Há um ano e meio<br />

50


Antonio e a esposa Leopoldina com<br />

os filhos (da direita para esquerda)<br />

Mathias, Aristóteles, Luiza,<br />

Antonio, Job, Juarez e Paulo<br />

(no colo), em 1949<br />

Valter Logatti, diretor da Escola de<br />

Engenharia e Agrimensura Logatti,<br />

entrega o diploma de Engenheiro<br />

Agrimensor a Mathias em 1969<br />

viu seu primeiro neto, Davi, nascer e espera a<br />

chegada de mais um, o Mateus.<br />

Apesar das andanças e buscas de oportunidades<br />

em outras praças, manteve sempre<br />

como referência o orgulho de ter fincado os<br />

pés em Araraquara, berço da esposa e dos<br />

filhos, razões de sua vida. Aqui, é a sede principal<br />

de todas suas atividades profissionais<br />

ligadas à agrimensura; desenvolveu diversas<br />

ações ligadas à sua vocação agropecuária;<br />

com dedicação e apreço, compartilhou com<br />

o pai Antonio, a transformação<br />

da Goiabal,<br />

de gleba bruta de cerrado,<br />

em propriedade<br />

produtiva, efetuando<br />

vários experimentos<br />

e implantando desde<br />

cultivo de mandioca<br />

e amendoim, até gramíneas<br />

de variedades<br />

pouco conhecidas e<br />

pesquisadas na época<br />

(1959), quando<br />

terras de cerrados característicos<br />

da Goiabal,<br />

ainda se destinavam<br />

exclusivamente à<br />

exploração de madeira (natural) e criação de<br />

gado nas veredas. Depois, dedicou-se à cafeicultura<br />

e formou produtiva lavoura de café,<br />

onde hoje é perímetro urbano (proximidades<br />

da praça rotatória sobre a Rodovia SP 310).<br />

Sua vocação com a terra, também se estendeu<br />

a demais níveis. Esteve sempre ligado<br />

ao meio rural, com destaque junto ao Sindicato<br />

Rural, sua menina dos olhos; participou<br />

ativamente de duas gerações na vida do Sindicato.<br />

Família reunida na Fazenda Goiabal em<br />

1966 com o Clube Náutico ao fundo<br />

Mathias, seguindo<br />

os passos do pai<br />

Na primeira de saudosos e também autênticos<br />

companheiros, presenciou o desligamento<br />

do Sindicato e Comapa; quando cada entidade<br />

passou a seguir seu destino distintamente e, em<br />

consequência, o Sindicato passou uma etapa<br />

com dificuldades de sobrevivência.<br />

Na segunda, tendo participado mais efetivamente,<br />

presidiu a entidade quando ainda<br />

em etapas de dificuldades; contando sempre<br />

com a colaboração, o prestigio e a presença<br />

efetiva dos companheiros, alguns saudosos<br />

e os demais de cuja presença, orgulha-se de<br />

ser hoje colaborador e continuar gozando do<br />

respeito e amizade.<br />

Certamente, essas histórias não estão no<br />

Google, estão acessíveis através de um outro<br />

aplicativo, não tão novo assim, mas muito eficiente:<br />

a prosa, e prosa da boa!<br />

Ah, isso o “seo” Mathias tem de sobra!<br />

Sorte de quem pode usufruir de uma boa conversa<br />

com ele.<br />

PS: Se quiserem encontrá-lo no Facebook<br />

usem como contato a página da esposa, afinal,<br />

avós são capazes até de abrir uma conta<br />

no facebook só pra ver as estripulias dos<br />

netos.<br />

HOJE<br />

Casal Diva e Mathias com os filhos Patrícia<br />

(sentada), Fabiano (esposa Adriana) e<br />

Eduardo (esposa Flávia)<br />

Sob olhares dos pais Antonio e Leopoldina,<br />

os familiares reunidos: Paulo, André, Luiza<br />

e Elizabeth (em pé), Antonio (falecido),<br />

Mathias, Job (falecido), Juarez e Aristóteles<br />

Mathias e Diva, na<br />

Fazenda Talismã em<br />

Minas (maio <strong>2014</strong>)<br />

Casamento<br />

em 1969<br />

51


Reportagem: Jean Cazellotto<br />

reginaldo benedette<br />

Abençoadas mãos que afagam<br />

esse nosso pedaço de chão<br />

O amor à terra e a<br />

disposição para o trabalho<br />

tornaram Reginaldo<br />

Benedette um ser humano de<br />

valor inestimável. É com essa<br />

força que ele semeia coragem<br />

e ousadia, se tornando um<br />

próspero agricultor com várias<br />

propriedades, as quais têm<br />

a visão familiar, envolvendo<br />

esposa e filhos. No Dia do<br />

Agricultor ele recebe a<br />

homenagem do Sindicato<br />

Rural de Araraquara.<br />

Reginaldo Benedette nasceu em Morro<br />

Agudo, a 160 quilômetros de Araraquara,<br />

em uma família pobre, com muitos irmãos<br />

e um pai rígido com o intuito de transformar<br />

seus filhos em pessoas de bem. Ao longo do<br />

tempo, se tornou um importante agricultor<br />

na região. Os pais Alberto e Lydia Rastelli<br />

Benedette criaram seis filhos à base de carinho,<br />

amor, mas principalmente educação<br />

e respeito ao próximo.<br />

Os Benedette começaram seus negócios<br />

como arrendatários, ainda em Morro<br />

Agudo, com plantação de soja, milho e<br />

amendoim, mas na primeira metade da<br />

década de 70, a família sofre um baque.<br />

Os irmãos Adevair e Luiz Carlos morrem em<br />

um acidente de carro. Com esse episódio,<br />

o pai decidiu mudar para Araraquara, e assim<br />

tentar esquecer o ocorrido e recomeçar<br />

uma nova vida.<br />

Compraram então, a Fazenda Santa<br />

Helena com aproximadamente 370 alqueires<br />

(quase nove milhões de metros quadrados),<br />

mais tarde arrendados para usinas<br />

de cana da região. Após a morte do pai em<br />

1994 e da mãe quatro anos mais tarde, a<br />

família desmembrou as terras e criou várias<br />

fazendas, entre elas a Sucuri e Inhumas,<br />

de propriedade de Reginaldo, com cerca de<br />

150 alqueires.<br />

Após concluir o curso<br />

de Agrimensura na escola<br />

de Engenharia e Agrimensura<br />

– Logatti, Reginaldo<br />

se casou com Marlene<br />

Aparecida Xavier Benedette<br />

em 1977, dois anos<br />

após concluir o curso. O<br />

pai dela era corretor e,<br />

Reginaldo Benedette em seu Sítio Nossa<br />

Senhora Aparecida, em 2002<br />

logo depois do início do namoro, os patriarcas<br />

mudaram-se para Goiatuba, no Estado<br />

de Goiás. O casal decidiu juntar o útil ao<br />

agradável e começava ali uma linda e longa<br />

história de amor. Reginaldo e Marlene tiveram<br />

dois filhos – Marcelo e Daiane.<br />

Marcelo se formou em Direito, mas<br />

abandonou a profissão para seguir os passos<br />

do pai. Hoje ele administra a Fazenda<br />

Rondônia, próximo a Gavião Peixoto.<br />

Daiane se formou em Letras – junto<br />

com a mãe Marlene –, e hoje é professora e<br />

vice-diretora de um colégio em Araraquara.<br />

Reginaldo aos<br />

sete anos de idade<br />

Os pais Lydia Rastelli e<br />

Alberto Benedette, ainda<br />

em suas propriedades em<br />

Morro Agudo<br />

52


Casamento de Marlene<br />

e Reginaldo em 1977<br />

Boas oportunidades apareceram e a<br />

família comprou o sítio Nossa Senhora<br />

Aparecida, próximo ao distrito de Bueno<br />

de Andrada. Depois da primeira aquisição,<br />

compraram terras vizinhas, como o Santa<br />

Marlene, São Reginaldo e outras.<br />

Reginaldo Benedette, criado no campo,<br />

se lembra da vida difícil e das condições<br />

que tinha na década de 50 e 60. “A gente<br />

(irmãos) estudava e depois ia ajudar meu<br />

pai na roça. Muitas vezes ficava com raiva<br />

e não entendia o que se passava, mas hoje<br />

eu me curvo diante da imagem dele, porque<br />

eu agradeço tudo o que ele me fez. Sou<br />

eternamente grato porque sou quem sou<br />

graças a ele”.<br />

Selfie da família Benedette com a pequena Mikaella, primeira neta do casal<br />

O BRAÇO FORTE<br />

Reginaldo tem a ajuda do funcionário<br />

Rébio Teodoro da Silva, que cuida das fazendas<br />

unificadas em Araraquara. “Tenho<br />

que ter alguém olhando as propriedades,<br />

não pode ficar sem ninguém. Mas eu confio<br />

muito nele, é meu braço direito e um exemplo<br />

de funcionário”, fala Benedette.<br />

Rébio conta da sua relação com o patrão.<br />

“Quando ele (Reginaldo) ficou ruim dos<br />

pulmões por causa do cigarro, eu chegava a<br />

esconder os maços dele e isso gerou muita<br />

confusão, mas ele parou de fumar com a<br />

minha ajuda”.<br />

Reginaldo diz que os conflitos já aconteceram,<br />

mas o respeito com Rébio está acima<br />

de qualquer coisa<br />

Sítio na cidade de Bom Jardim do Goiás;<br />

anos mais tarde, foi comprado por<br />

Mathias Viana, colega de campo<br />

que também será homenageado<br />

no dia 24 de julho pelo<br />

Sindicato Rural de Araraquara<br />

TERCEIRA GERAÇÃO<br />

Os irmãos Marcelo e Daiane estão na<br />

terceira geração da família envolvidos nas<br />

atividades rurais com a produção de canade-açúcar.<br />

Reginaldo mudou<br />

o plantio diversas vezes. “Já<br />

plantamos cana, café e voltamos<br />

para a cana, com grande<br />

parte das terras arrendadas<br />

para uma usina da região”,<br />

diz.<br />

Em novembro de 2013<br />

nasceu a primeira neta do casal.<br />

Filha de Marcelo, a pequena<br />

Mikaella Amaral Xavier Benedette<br />

é a alegria da família.<br />

Sítio Santa Marlene é o principal das<br />

propriedades da família Benedette, com<br />

sede e piscina<br />

Reginaldo no Sítio<br />

Nossa Senhora Aparecida,<br />

o primeiro a ser adquirido<br />

em Araraquara em 2002<br />

Casal Benedette com um quadro da vista aérea das<br />

propriedades, próximo a Bueno de Andrada<br />

53


feira noturna<br />

Novidade<br />

na praça<br />

O que você acha de uma<br />

feira noturna em Araraquara?<br />

A experiência acontecerá a partir<br />

deste mês, das 18h às 22h,<br />

todas as quintas-feiras, na<br />

Estação Ferroviária.<br />

Os produtores rurais e os assentados de<br />

Araraquara estão recebendo novo espaço<br />

para comercialização dos seus produtos,<br />

que passam a estar inseridos em uma feira<br />

noturna. Com o horário fora do habitual, o<br />

que se pretende é atender consumidores<br />

que não têm o costume de ir às feiras<br />

diurnas, para comprar itens como verduras,<br />

frutas e legumes de qualidade.<br />

A princípio, produtores e assentados<br />

serão os mesmos que já ficam instalados na<br />

Praça Pedro de Toledo, nas panificadoras e<br />

no Terminal Rodoviário, assegura Marimar<br />

Guidorzi, coordenadora da Secretaria da<br />

Agricultura de Araraquara. “A tendência<br />

é dar mais espaço para outras famílias<br />

se instalarem também com suas bancas<br />

e terem uma renda com as vendas. É<br />

claro que para o consumidor também é<br />

interessante, pois encontrarão variedades<br />

e comodidade”, comenta a coordenadora.<br />

Além da feira noturna, o espaço da<br />

Estação Ferroviária contará também com<br />

uma praça de alimentação, música e<br />

lazer durante seu funcionamento. O local<br />

passou por reformas para trazer mais<br />

conforto, segurança ao ambiente, com<br />

amplo estacionamento. “Por conta de se<br />

instalar nesse ponto central da cidade,<br />

esperamos um bom público as quintasfeiras,<br />

oferecendo muitas alternativas para<br />

a população”, conta Guidorzi.<br />

Marimar Guidorzi, coordenadora da<br />

Secretaria da Agricultura com Roberto Vieira<br />

Júnior e sua filha Lidia Vieira<br />

A Secretaria da Agricultura de<br />

Araraquara de acordo com o projeto,<br />

promoverá várias palestras antes e depois<br />

das feiras aos produtores e assentados,<br />

mostrando a importância de como gerir a<br />

carreira de agricultor e da importância no<br />

atendimento ao consumidor.<br />

O produtor rural da agricultura familiar,<br />

Roberto Vieira Junior trabalha há 4 anos<br />

na feira da Praça Pedro de Toledo e vê com<br />

otimismo o espaço conquistado para todos.<br />

“A nossa expectativa é excelente. Conheço<br />

muitas pessoas que não vão à feira de<br />

manhã por causa do horário”, lembra.<br />

Vendedor de legumes, hortaliças e<br />

frutas, Vieira também elogia a proposta<br />

elaborada pela Secretaria em ter um local<br />

de grande referência para a população.<br />

“A Estação Ferroviária é um ótimo ponto.<br />

O trânsito não será problema, e a feira<br />

terá espaços para música e lazer no seu<br />

decorrer”, acrescenta.<br />

Os produtores que têm interesse em<br />

fazer cadastro e participar da feira noturna,<br />

devem procurar a Secretaria da Agricultura,<br />

localizada na Av. Padre Antônio Cezarino,<br />

808 – Vila Xavier. Outras informações pelo<br />

telefone (16) 3301-6161.<br />

Reunião<br />

da feira<br />

noturna<br />

54


negócio do campo<br />

Os hortifrútis<br />

em padarias<br />

Várias panificadoras da cidade<br />

decidiram apostar no sucesso do<br />

programa Negócio do Campo<br />

que visa comercializar hortifrutis<br />

de famílias rurais.<br />

Araraquara está criando um programa praticamente<br />

inédito para fortalecer o trabalho<br />

dos assentados, ou então, de pequenos produtores<br />

rurais. Lançado há três meses através<br />

da parceria da Secretaria Municipal da Agricultura,<br />

Sindicato da Indústria de Panificação e<br />

Confeitaria de Araraquara e Região (Sipcar) e<br />

Fundação Instituto Itesp do Estado, o Programa<br />

Negócio do Campo – Produtos do Campo<br />

vem ganhando força.<br />

Na segunda quinzena de junho outras<br />

quatro panificadoras da cidade passaram a<br />

integrar o projeto. Cinco estabelecimentos já<br />

participavam desde o lançamento. Além dessas,<br />

a expectativa é de que a partir de julho<br />

mais uma panificadora passe a integrar o programa<br />

que promove a realização de feiras de<br />

hortifrútis na área de comércio das padarias.<br />

As novas panificadoras que receberam as<br />

feiras são a Altos da Vila, Pão Caseiro, Tabapuã<br />

e América, que atenderão em sistema de rodízio,<br />

de terça a domingo, junto com as panificadoras<br />

Fada, Vale do Sol, Estrela, Pérola e Azul.<br />

COMO FUNCIONA<br />

Lançado no dia 15 de abril, o Programa<br />

Negócio do Campo – Produtos do Campo disponibiliza<br />

pontos de venda para que pequenos<br />

produtores rurais, em forma de rodízio, possam<br />

expor seus produtos para serem adquiridos<br />

diretamente pelo consumidor final. Não<br />

deixa de ser uma proposta inovadora e uma<br />

conquista para Araraquara, pela qualidade<br />

dos produtos oferecidos com preços acessíveis<br />

à população.<br />

Para o secretário municipal da Agricultura,<br />

Fernando Guzzi, o “grande mérito do programa<br />

é a venda direta dos produtos para o consumidor”,<br />

quando ele for de manhã à panificadora.<br />

Da feira para<br />

a padaria<br />

Solange Torres, na Padaria Pão Caseiro,<br />

vendendo seus produtos<br />

OS DIAS E OS LOCAIS DAS FEIRAS<br />

Terça-feira:<br />

Panificadora Fada - Avenida Antonio Ferreira<br />

Filho, 499, Jardim das Hortênsias.<br />

Panificadora Pão Caseiro – Rua Mauricio Galli,<br />

1696, Jardim Imperador<br />

Quarta-feira:<br />

Panificadora Vale do Sol - Rua Atílio Jurisato,<br />

110, Vale do Sol<br />

Panificadora Tabapuã – Avenida Otaviano de<br />

Arruda Campos, 929, Jardim Tabapuã<br />

Quinta-feira:<br />

Panificadora Estrela - Alameda Paulista, 1906,<br />

Grande Vila Xavier<br />

Panificadora América, Avenida Taquaritinga, 84,<br />

Jardim América<br />

Sexta-feira:<br />

Panificadora Pérola - Mauricio Galli, 4033,<br />

Jardim Selmi Dei<br />

Domingo:<br />

Panificadora Azul - Avenida Badia Miguel Saba,<br />

222, Parque Cecap.<br />

Panificadora Altos da Vila - Alameda Paulista,<br />

1208, Grande Vila Xavier<br />

Fernando Guzzi,<br />

atual secretário<br />

municipal da<br />

Agricultura,<br />

assegura que<br />

o consumidor<br />

pode mudar o<br />

hábito: ir logo<br />

cedo à padaria<br />

e aproveitar<br />

para comprar<br />

produtos<br />

hortifruti<br />

55


SEU NOME ESTÁ NA RUA<br />

TEXTO: SAMUEL BRASIL BUENO<br />

ROQUE JOSÉ HAGE<br />

Roque, o bom amigo<br />

para todas as horas!<br />

O rádio deu a ele o jeito de se<br />

expressar de forma objetiva e<br />

segura. Estes traços sempre<br />

foram seus aliados para se<br />

tornar amigo, conselheiro e<br />

também, brilhante profissional<br />

da Telefônica, depois Telesp.<br />

Nascido em Araraquara, Roque José Hage<br />

desembarcou num 4 de agosto de 1929 e ele<br />

mesmo num certo dia, contou pra gente sua<br />

história, resumidamente: “Nasci na Morada<br />

do Sol onde fui menino com uma infância muito<br />

feliz; aqui cursei grupo e ginásio. Em 1974<br />

bacharelei-me na Faculdade de Direito da cidade<br />

e ingressei na OAB”.<br />

Roque era asim, simples. Gostava muito<br />

de prozear e nas vezes que falava da sua vida,<br />

seus olhos pareciam expressar elevada dose<br />

de orgulho. E das coisas que fez lembrava<br />

com carinho, como em 1947 quando participou<br />

do Campeonato Colegial no Estádio Municipal<br />

do Pacaembu e ali conquistou o título<br />

de vice-campeão estadual de salto em altura e<br />

também na demonstração de ginástica coletiva<br />

no dia 7 de setembro do mesmo ano.<br />

Em 1948 ele começou a carreira de jornalista<br />

n’O Imparcial e três anos depois (1951),<br />

ingressou no quadro de correspondentes da<br />

Fundação Cásper Líbero. Não demorou muito<br />

Sorrir assim, marca<br />

registrada de Roque<br />

José Hage<br />

tempo e Roque - como era carinhosamente<br />

chamado na cidade - assumiu o cargo de diretor<br />

da sucursal da “A Gazeta” e da “A Gazeta<br />

Esportiva”. No início de 1952 entrou na Rádio<br />

Cultura como locutor esportivo.<br />

Seu envolvimento com a comunidade<br />

sempre foi muito grande: em 1971 se tornou<br />

sócio-fundador do Lions Clube de Araraquara<br />

– Fonte Luminosa e seu segundo presidente.<br />

Durante 40 anos foi redator e responsável por<br />

uma página de esportes no jornal O Imparcial.<br />

Além disso, se transformou em comentarista<br />

esportivo na Rádio Morada do Sol.<br />

Roque José Hage e Iracy formaram uma<br />

família muito querida que participava dos<br />

movimentos sociais da cidade<br />

56


Embora fanático pelo rádio, foi na CTB<br />

(Companhia Telefônica Brasileira) e Telesp que<br />

Roque José Hage fez sua carreira, exercendo<br />

por muitos anos a função de gerente. A maneira<br />

fácil com que se comunicava o levou a<br />

ser presidente, secretário e tesoureiro da Associação<br />

Telefônica Beneficente, da diretoria<br />

do Clube Telesp de Araraquara, bem como<br />

vice-presidente do Hospital e Maternidade<br />

Gota de Leite e Hospital da Mulher de Araraquara<br />

e conselheiro da Associação Ferroviária<br />

de Esportes.<br />

Também foi na Associação dos Cronistas<br />

Esportivos de Araraquara (ACEA) que Roque<br />

brilhou como um dos seus mais importantes<br />

diretores e até hoje, a velha guarda do rádio<br />

relembra o trabalho do antigo companheiro<br />

com muito carinho.<br />

Em 10 de novembro de 1992, um enfarto<br />

do miocárdio cessou as batidas generosas<br />

do coração do brilhante profissional. Ele não<br />

resistiu a uma segunda intervenção cirúrgica.<br />

Naquele dia o rádio esportivo da cidade, por<br />

tudo que Roque José Hage realizou, ficou mais<br />

pobre e triste.<br />

Roque deixou viúva a professora Iracy<br />

Ferraz Hage e os filhos Any Marise, casada<br />

com José Carlos Borgonovo; Dr. Ricardo Ferraz<br />

Hage, casado com Tereza Magnani Hage;<br />

O casal Iracy-<br />

Roque, com seus<br />

filhos Ricardo, Any<br />

Marise, Eduardo e<br />

Any Márcia,<br />

integrantes de uma<br />

das mais<br />

conceituadas<br />

famílias em nossa<br />

cidade<br />

Dr. Eduardo Ferraz Hage, casado com Mariza<br />

Cristina Faria Hage e Any Márcia, casada com<br />

Silvio Marasca.<br />

Recebeu homenagens póstumas da Câmara<br />

Municipal de Araraquara, da Câmara<br />

Municipal de Rincão, da Assembleia Legislativa<br />

do Estado de São Paulo, do Clube Araraquarense,<br />

da OAB Secção de São Paulo e demais<br />

entidades esportivas, filantrópicas e de clubes<br />

de serviço de Araraquara.<br />

Roque José Hage não passou em brancas<br />

nuvens pela terra; foi feliz, foi um excelente<br />

companheiro, um maravilhoso pai de família,<br />

um homem dedicado à sociedade, deixando<br />

um enorme rastro de saudade, característica<br />

de quem passa por esta vida em busca da prática<br />

do bem.<br />

Merecidamente seu nome está na rua:<br />

em 8 de dezembro de 1994, a Praça conhecida<br />

como Faveral, recebeu seu nome (situada<br />

na Vila José Bonifácio entre as ruas Henrique<br />

Lupo e Japão e avenidas Mariângela Pucci<br />

Ananias e Infante D. Henrique. O autor do projeto<br />

que deu o nome de Roque José Hage à<br />

Praça, foi o vereador Elias Damus, fato ocorrido<br />

a 2 de janeiro de 1993. O prefeito Roberto<br />

Massafera promulgou a lei 4.393 de 21 de<br />

setembro de 1994 efetivando a homenagem.<br />

Familiares de Roque José Hage reunidos na inauguração da Praça em 1994<br />

Roque em 1974, na confraternização d’O Imparcial<br />

57


cremação em araraquara<br />

Entre o temor de ficar em baixo da terra ou pavor<br />

de ser queimado, o que em vida pode ser melhor?<br />

Empresa da cidade iniciou em 2011, vendas de planos<br />

para cremação e diz que a adesão tem crescido muito<br />

nos últimos meses. Só no ano passado em Araraquara<br />

foram 20 cremações, superando os anos anteriores.<br />

Muito usado em países desenvolvidos e<br />

uma forte cultura no mundo ocidental, a cremação<br />

de corpos ainda é um tabu a ser vencido<br />

no Brasil. Nos Estados Unidos, por exemplo,<br />

essa técnica pós-funeral é mais difundida<br />

que aqui.<br />

Em Araraquara, o serviço funerário Fonteri<br />

é pioneiro na venda de pacotes crematórios.<br />

Começou em 2011, com apenas dez cremações<br />

durante todo o ano. Em 2012 o número<br />

caiu um pouco, chegando a seis, porém no<br />

ano seguinte, em 2013, foram 20 cremações<br />

realizadas. Até o mês de maio, nove pessoas<br />

haviam sido cremadas este ano.<br />

Segundo o proprietário da empresa, João<br />

Luiz Roveri, obter um plano funerário traz uma<br />

série de benefícios. “A pessoa deve pensar em<br />

longo prazo. Primeiro no falecimento de um<br />

ente querido, depois pensar que no momento<br />

da dor, a funerária irá prestar todo o serviço<br />

ao corpo. É o conforto financeiro, pagando em<br />

parcelas e também o conforto emocional”, explica.<br />

Ainda de acordo com Roveri, para lançar<br />

este serviço na cidade, foi feita uma pesquisa<br />

de mercado, realizada por um grupo da Unesp.<br />

“Descobrimos que havia a necessidade deste<br />

serviço em Araraquara, e então implantamos.<br />

É um trabalho de formiga”.<br />

Quem não tem um plano funerário e quer<br />

contratar a empresa no momento da morte,<br />

o sepultamento custa a partir de R$ 2.300<br />

reais. A cremação pode custar R$ 3 mil.<br />

Pesquisas realizadas no Brasil provam que<br />

a cremação de cadáveres traz um ganho para<br />

o meio ambiente, pois não há risco de contaminar<br />

o solo, no caso do sepultamento.<br />

Fernanda Miranda já fez<br />

sua opção: ser cremada<br />

e ter as cinzas do corpo<br />

atiradas ao mar, cuja<br />

força é tão grandiosa que<br />

influencia até mesmo<br />

religiões e mitos, como é<br />

o caso de Iemanjá, que na<br />

Umbanda é considerada a<br />

rainha das águas e recebe<br />

oferendas todos os anos.<br />

DEBATES EM RELIGIÕES<br />

De acordo com o Preletor da<br />

Igreja Internacional da Graça de<br />

Deus, do pastor R. R. Soares, Sebastião<br />

Barbosa, a bíblia diz que<br />

os ossos devem ser preservados<br />

sempre. “Estou dizendo conforme<br />

a Bíblia diz, os ossos devem ser<br />

preservados em qualquer ocasião.<br />

Quando Jesus Cristo foi crucificado,<br />

nenhum osso foi quebra-<br />

Professor Rodolpho Telarolli,<br />

falecido em 2001, em vida, optou<br />

pela cremação e seu desejo foi<br />

realizado no Crematório de Vila<br />

Alpina, o primeiro do Brasil. Ele<br />

se dedicou à pesquisa da história<br />

local com muito rigor e como forma<br />

de homenagear a cidade em que<br />

nasceu, suas cinzas foram jogas em<br />

frente à Esplanda das Rosas,<br />

na Rua São Bento.<br />

58


materiais cerâmicos<br />

Varela preside<br />

congresso na Itália<br />

João Luiz Roveri, da Fonteri<br />

do. A igreja evangélica não apoia esta decisão.<br />

Se a pessoa tiver ciência de espírito, jamais<br />

permitirá que seja cremado”.<br />

O diretor comercial Sergio Sanchez é Espírita<br />

e se declara a favor da cremação. “Em minha<br />

opinião, deve-se levar em consideração o<br />

conhecimento, a religião e o grau de maturidade<br />

de cada pessoa diante deste processo”. A<br />

cultura espírita diz que é necessário aguardar<br />

um prazo de, ao menos, 48 horas para que<br />

o espírito se desligue totalmente do corpo. A<br />

cremação só deve ser realizada depois desse<br />

tempo. “O grande Mentor Espiritual Emmanuel<br />

diz ser necessário um tempo para efetuar o<br />

processo da cremação, afirmando que neste<br />

período, os benfeitores têm mais tempo para<br />

ajudar ao espírito a se liberar do despojo físico<br />

de forma mais serena e equilibrada, não sofrendo<br />

assim de "imediato" as interveniências<br />

que a cremação exige”, finaliza. Sanchez deixa<br />

claro que a resposta é de caráter estritamente<br />

pessoal.<br />

A igreja católica não tem um posicionamento<br />

contra ou a favor da cremação, segundo<br />

o Padre Marcelo de Souza, da Matriz de<br />

São Bento. “O catolicismo não deixa imposto<br />

se é permitido ou não. Apesar das tradições de<br />

se velar corpos dentro da igreja (antigamente),<br />

hoje o católico tem a opção de poder escolher<br />

sem ser condenado”.<br />

A coordenadora de conteúdo Fernanda Miranda<br />

diz que quer ser cremada. “Me assusta<br />

a ideia de ter um corpo deixado em um caixão<br />

e que haverá a decomposição. Eu quero ser<br />

cremada e já pedi à minha família que minhas<br />

cinzas sejam jogadas no mar. Tenho uma ligação<br />

muito forte com o mar; é onde me sinto<br />

melhor e sinto também que Deus existe”, explica<br />

Miranda, que é espírita.<br />

Leirislaine Lima é dona de casa e afirma<br />

ter receio de ser sepultada e também cremada.<br />

“Pensar que meu corpo ficará em um lugar<br />

escuro, em baixo da terra, fico apavorada.<br />

Porém, ser queimada também me preocupa,<br />

mas acho que não vou sentir nada. Meu único<br />

desejo é que meus órgãos sejam doados,<br />

independente de sepultada ou cremada. O importante<br />

é ajudar outras vidas”, finaliza.<br />

Alguns crematórios contam com estrutura especial para atender aos familiares no momento<br />

de despedida de seus entes queridos<br />

59<br />

Professor José<br />

Arana Varela,<br />

da Química<br />

Araraquara<br />

José Arana Varela, diretor-presidente do<br />

Conselho Técnico-Administrativo da Fapesp<br />

e professor titular do Instituto de Química<br />

da Unesp, Campus de Araraquara, presidiu<br />

a sessão de abertura do 13th International<br />

Ceramics Congress, realizado em junho na<br />

cidade de Montecatini Terme, na Toscana, na<br />

Itália. Ele foi o primeiro pesquisador brasileiro<br />

a ser convidado para coordenar a sessão de<br />

início do evento científico que integra o International<br />

Conference on Modern Materials<br />

and Technologies.<br />

Organizada desde o fim dos anos 60 na<br />

Itália, a série de conferências foi lançada<br />

com o objetivo de estreitar as relações entre<br />

os pesquisadores da área de materiais dos<br />

países do Leste Europeu e os do bloco ocidental,<br />

em um momento em que a troca de<br />

informações entre eles estava restringida em<br />

razão da Guerra Fria.<br />

“O evento do Cimtec reuniu nesta edição,<br />

pesquisadores de aproximadamente 80 países,<br />

incluindo o Brasil”, comentou Varela. Em<br />

razão da própria gênese, a conferência acabou<br />

se tornando a mais internacional da área<br />

de materiais cerâmicos hoje.<br />

“Os simpósios do congresso cobriram<br />

praticamente todas as áreas de pesquisa<br />

em materiais cerâmicos”, disse Reginaldo<br />

Muccillo, pesquisador do Instituto de Pesquisas<br />

Energéticas e Nucleares (Ipen).<br />

Muccillo foi um dos mais de 20 palestrantes<br />

brasileiros no evento – entre eles,<br />

pesquisadores com projetos de pesquisa<br />

apoiados pela Fapesp.


na estrada<br />

Tricicar na<br />

FISPAL<br />

Indústria da cidade ganha<br />

espaço no mercado e amplia<br />

sua participação em feiras para<br />

fortalecimento da marca.<br />

Sergio Dal Negro, Maiara Dal Negro,<br />

Izabela Costa e Jussara Santos na feira<br />

A Tricicar, empresa<br />

de renome em Araraquara,<br />

no segmento<br />

de triciclos, esteve presente<br />

em São Paulo, no<br />

Center Norte, no período<br />

de 24 a 27 de junho,<br />

participando da Fispal<br />

Food Service, Feira<br />

Internacional de Produtos<br />

e Serviços para<br />

a Alimentação Fora do<br />

Lar, em sua 30ª edição.<br />

No evento, a Tricicar apresentou em seu<br />

stand, três triciclos, sendo um, a grande novidade<br />

no mercado, pois é o primeiro triciclo<br />

nacional com marcha a ré e sistema de transmissão<br />

por cardan e diferencial. Os outros, um<br />

furgão com corrente normal e mais um com<br />

caçamba de entregar gás, também fizeram<br />

parte da exposição.<br />

Sergio Dal Negro, proprietário da empresa,<br />

diz que os triciclos já estão sendo comercializados<br />

na Tricicar desde junho e as vendas<br />

têm sido um sucesso. “Participar de eventos<br />

como a FISPAL é importante para a divulgação<br />

do produto e da nossa marca, nos dando a<br />

certeza da conquista de uma fatia ainda maior<br />

dentro do mercado”, comenta.<br />

O crescimento da Tricicar em Araraquara<br />

Luana Sparapan, Franciane Azevedo, Maiara e Sergio Dal Negro<br />

se dá justamente no momento em que dezenas<br />

de empresas chegam para participar do<br />

nosso desenvolvimento econômico. Parabéns<br />

aos sócios Sergio Dal Negro e Ailton Dal Negro.<br />

A novidade está na praça: o pioneirismo<br />

de um triciclo nacional com marcha a ré e<br />

sistema de transmissão por cardan<br />

e diferencial<br />

60


designer<br />

Cores claras trazem frescor e<br />

amplitude, mas exigem cuidados<br />

A suavidade das cores chama atenção neste apartamento. O truque<br />

decorativo usado exige atenção extra com a limpeza, mas é ideal<br />

para refletir a luz e conferir mais claridade aos espaços.<br />

A grande preocupação<br />

hoje em dia no<br />

momento da<br />

construção ou reforma<br />

é realmente dar aos<br />

ambientes uma grande<br />

claridade. Para isso se<br />

criam projetos especiais<br />

em busca de um visual<br />

onde a luz predomina<br />

em perfeita harmonia<br />

com a pintura.<br />

O projeto comandado por Cilene Monteiro<br />

Luppi, designer de interiores, tinha<br />

como prioridade, além da luminosidade,<br />

incluir aspectos de sustentabilidade num<br />

apartamento de dois andares. Para tanto,<br />

a designer valorizou o uso da luz natural<br />

(por meio de janelas e portas bem posicionadas),<br />

a economia de água (com a escolha<br />

dos metais e tubulações) e a eficiência<br />

energética (no uso de L<strong>ED</strong> e lâmpadas<br />

fluorescentes, além da dimerização dos<br />

sistemas). A integração das áreas<br />

sociais foi mais um aspecto importante<br />

na reforma, deixando o imóvel<br />

mais amplo e confortável.<br />

Forros de gesso rebaixados em<br />

diferentes níveis, divisórias de vidro,<br />

painéis de marcenaria e pisos<br />

diferentes ajudaram a delimitar os<br />

espaços. O imóvel de ampla metra-<br />

gem ganhou ainda alternativas para aproveitar<br />

melhor os espaços. Nichos embutidos<br />

em painéis de gesso e na marcenaria,<br />

estiveram presentes em ambientes como o<br />

living e os dormitórios.<br />

Houve a recomendação de que as cores<br />

claras exigiriam um maior cuidado em<br />

relação a limpeza. Porém, os proprietários<br />

aceitaram o desafio e deixaram o apartamento<br />

com tons suaves, o que proporcionou<br />

mais clareza nos ambientes.<br />

Os tons aplicados na pintura e a<br />

influência da luz no ambiente<br />

61


arquitetura<br />

Conheça a casa de Oscar, o craque<br />

da seleção brasileira em Americana<br />

A casa de veraneio do meio-campista Oscar, em Americana (SP),<br />

privilegia as áreas de lazer, onde se destacam a ampla piscina de<br />

formas orgânicas e o espaço gourmet, sob a laje de concreto. O<br />

projeto de arquitetura é de Aquiles Kílaris.<br />

Fotos: Leandro Farchi<br />

A mansão do atleta Oscar<br />

Quando o meio-campista da seleção<br />

brasileira Oscar era apenas um menino e<br />

dava os primeiros passos no mundo do futebol,<br />

um dos seus sonhos era construir uma<br />

carreira sólida para poder comprar uma<br />

casa como as que ele via na área nobre<br />

de Americana, 175 km de Araraquara. Os<br />

anos se passaram, ele se transformou em<br />

uma das estrelas do clube inglês Chelsea e<br />

agora, já casado, decidiu que era hora de<br />

investir no seu antigo desejo e construir uma<br />

casa de veraneio em sua terra natal.<br />

A tarefa de dar formas concretas às<br />

ideias do jovem jogador ficou sob a responsabilidade<br />

do arquiteto Aquiles Kílaris,<br />

que criou para o atleta e sua esposa, uma<br />

residência de 670 m², divididos em dois<br />

pavimentos, localizada em um condomínio<br />

fechado.<br />

A arquitetura combina linhas curvas<br />

e formas orgânicas ao estilo neoclássico,<br />

com frontões, molduras e frisos na fachada.<br />

Como a residência é utilizada somente nas<br />

férias, o ponto de partida do projeto foi criar<br />

uma área de lazer completa e espaçosa,<br />

com piscina, espaço gourmet, gazebos, jardim<br />

e grandes varandas.<br />

ARQUITETURA IMPONENTE<br />

A implantação no terreno de 1.200 m²<br />

se deu com base em um estudo sobre a<br />

posição do sol e as melhores condições de<br />

ventilação. Aquiles conta que a preocupação<br />

era garantir que as varandas permanecessem<br />

a maior parte do tempo na sombra e<br />

a piscina o máximo possível exposta ao sol.<br />

Para dar maior imponência à construção,<br />

o projeto também elevou a cota da<br />

casa em relação à rua. A estrutura de concreto<br />

armado com lajes pré-fabricadas permitiu<br />

criar amplos vãos livres e um pé-direito<br />

que, na área do mezanino, chega a seis metros<br />

de altura. No lado interno, os ambientes<br />

integrados e as amplas aberturas favoreceram<br />

a entrada de luz natural e a ventilação<br />

Neste living, a arquiteta Brunete Fraccaroli<br />

recorreu ao fundo claro, à simetria, à<br />

moldura no teto e à cortina drapeada para<br />

dar o tom neoclássico. Na decoração do<br />

estar, as mesas laterais estilo império<br />

convivem com peças contemporâneas e<br />

orientais. Para arrematar, almofadas com<br />

estampas inspiradas na natureza.<br />

62


Oscar, um dos principais atletas da<br />

seleção brasileira de futebol com<br />

Ludimila que se tornou sua mulher<br />

aos 17 anos de idade. O casal<br />

mantém a casa de veraneio em<br />

Americana<br />

cruzada, dando um toque ainda maior de<br />

requinte.<br />

As áreas sociais se distribuem no térreo.<br />

As duas salas de estar, a de jantar, a cozinha,<br />

a sala de almoço e o home theater se voltam<br />

para o jardim. No segundo andar estão a<br />

suíte do casal, com uma generosa varanda,<br />

e as dependências de hóspedes.<br />

tos e nos bordados das almofadas - e<br />

à capital britânica, onde o jogador<br />

tem residência fixa. A designer Iara<br />

Kílaris conta que era fundamental<br />

garantir a sensação de aconchego a<br />

todos os ambientes, além do luxo. Tal<br />

necessidade orientou a escolha dos<br />

móveis - sobretudo os estofados - e<br />

acessórios, como tapetes, cortinas e<br />

papéis de parede.<br />

O projeto de iluminação também foi<br />

trabalhado visando o conforto, oferecendo<br />

a possibilidade da criação de diferentes climas.<br />

Enquanto a luz direcionada ajudou a<br />

valorizar elementos marcantes da arquitetura<br />

e do paisagismo, como as palmeiras e a<br />

piscina.<br />

TOQUES DE REALEZA<br />

Em função do perfil dos proprietários -<br />

um casal jovem na faixa dos 20 anos - a<br />

decoração buscou um estilo mais contemporâneo,<br />

com predominância de mobiliário e<br />

revestimentos neutros. No piso, mármores e<br />

porcelanato polido se alinham à arquitetura<br />

com sofisticação.<br />

Na decoração, se destacam as referências<br />

à realeza - com símbolos como coroas em pra-<br />

O sobrado mostra uma decoração fantástica<br />

Madeira wenge e tecidos<br />

encorpados foram utilizados na<br />

decoração do home theater, na casa<br />

de Oscar. Além do sofá reclinável,<br />

o ambiente conta, ainda, com um<br />

painel ilustrado com a imagem da<br />

Tower Bridge, de Londres, cidade<br />

onde Oscar e sua esposa vivem. O<br />

projeto de arquitetura é de Aquiles<br />

Kílaris e o design de interiores, além<br />

do paisagismo, têm a assinatura de<br />

Iara Kílaris. (Leandro Farchi<br />

(Divulgação)<br />

63


obra pública<br />

A deterioração do<br />

nosso Terminal<br />

Câmara Municipal pressiona a<br />

concessionária de um dos mais<br />

importantes bens públicos, hoje<br />

apresentando aspecto crítico,<br />

assustando usuários e depondo<br />

contra cidade.<br />

Bastou o vereador Tenente Santana denunciar<br />

“o certo abandono vivenciado na estrutura<br />

do Terminal Rodoviário” para que a Riera<br />

Empreendimentos, empresa responsável<br />

pela administração do espaço se manifestasse.<br />

Em abril de 2012, o município concedeu a<br />

ela os direitos de exploração por 30 anos.<br />

“Usuários nos mandaram fotos mostrando<br />

as condições dos banheiros e fomos lá conferir.<br />

A situação realmente não é boa, na verdade,<br />

o local está em péssimas<br />

condições”, disse o vereador.<br />

No banheiro masculino alguns<br />

espaços estão interditados<br />

com fitas e madeira. Os<br />

azulejos estão desgastados<br />

e falta iluminação. Torneiras<br />

têm defeitos e em outros locais<br />

ela nem existe. As portas<br />

estão também deterioradas<br />

e as paredes estão com concreto<br />

aparente.<br />

Quase duas mil pessoas<br />

circulam diariamente pelo<br />

Terminal Rodoviário, aumentando<br />

nos feriados em até<br />

50%. O prédio inaugurado<br />

em 1978, gestão do prefeito Waldemar De<br />

Santi, era um cartão postal. Há dois anos a<br />

Riera assumiu a administração; as mudanças<br />

previstas ainda não surtiram efeito e quem<br />

precisa usar o banheiro encontra dificuldades.<br />

O contrato previa ainda uma revitalização<br />

do prédio avaliada em R$ 2 milhões e com<br />

prazo de realização de cinco anos. As primeiras<br />

mudanças, no entanto, deveriam ser as<br />

reformas dos banheiros, troca do piso, pintu-<br />

O Terminal Rodoviário é uma das principais<br />

obras realizadas pelo prefeito Waldemar<br />

De Santi em 1978. Possui pouco mais de 20<br />

agências federais e estaduais<br />

ra, sinalização, além da acessibilidade. Mas,<br />

por enquanto, pouca coisa aparente foi feito.<br />

Rampas estão interditadas, a banca de revistas<br />

segue desativada e não houve mudança<br />

no visual prometido.<br />

Logo após as denúncias apresentadas<br />

pelo vereador Natalino Santana, a empresa<br />

anunciou que deve começar o mais rápido<br />

possível as obras de reforma dos banheiros. O<br />

diretor administrativo da Riera, Rodrigo Takami,<br />

e o gerente do terminal,<br />

Cláudio de Oliveira Gomes,<br />

estiveram na Prefeitura Municipal<br />

para detalharem os<br />

investimentos já realizados e<br />

as obras a serem feitas.<br />

Segundo Takami, a empresa<br />

está cumprindo o<br />

cronograma estabelecido<br />

inicialmente para as obras e<br />

já realizou a reforma do telhado,<br />

a troca de todos os sistemas<br />

elétrico e hidráulico, a<br />

pintura e a organização da<br />

estrutura dos serviços.<br />

Quanto a segurança do<br />

terminal, Takami diz que ainda<br />

existe vandalismo nos banheiros da rodoviária,<br />

principalmente durante a madrugada,<br />

apesar da segurança privada. Ele solicitou a intermediação<br />

da Prefeitura e da Câmara Municipal<br />

para que a ronda policial seja ampliada.<br />

O lastimável estado em que se encontram<br />

os banheiros do Terminal Rodoviário de<br />

nossa cidade. É preciso mais fiscalização.<br />

64


casa cor sp<br />

Expo em São Paulo<br />

termina em julho<br />

Com convites especiais em mãos,<br />

os arquitetos de Araraquara têm<br />

feito da Casa Cor a passarela<br />

da moda para apreciar as<br />

tendências da construção civil.<br />

Foi no dia 28 de maio que a Casa Cor abriu<br />

suas portas em São Paulo. A 27ª edição de<br />

uma das mais famosas exposições de designer<br />

e arquitetura do país teve um grande agito<br />

O espaço Deca marca<br />

a volta do arquiteto<br />

Sig Bergamin à Casa<br />

Cor. O profissional fez<br />

um loft na praia.<br />

envolvendo quem gosta<br />

de decoração. Só que a<br />

feira termina neste mês<br />

de julho, mostrando que<br />

valeu a pena todo tipo de investimento. Por<br />

exemplo: ela chega ao seu final apresentando<br />

uma grande novidade: os participantes foram<br />

selecionados por um comitê curador, formado<br />

pela designer Claudia Moreira Salles, a diretora<br />

de relacionamento da Casa Cor, Cristina<br />

Ferraz, o fotógrafo Tuca Reinés, o consultor de<br />

arquitetura e decoração Roberto Dimbério e o<br />

empresário e curador de arte Waldick Jatobá.<br />

São 77 ambientes com o tema “Morar Bem”.<br />

Entre os participantes estão os arquitetos Sig<br />

Bergamin, que retornou à mostra depois de<br />

A Casa Weekend, na Casa Cor, é o espaço<br />

perfeito para o “dolce far niente”. Projeto de<br />

Olegário de Sá e Gilberto Cioni.<br />

sete anos de ausência, Olegário de Sá, Gustavo<br />

Calazans, David Bastos, Jóia Bergamo,<br />

Esther Giobbi, o designer de interiores Gilberto<br />

Cioni e o escritório Arkitito.<br />

Outro diferencial é a exposição com 17 peças<br />

de mobiliário do acervo do MoMA, Museu<br />

de Arte Moderna de Nova York. Entre os móveis<br />

estão a poltrona Mole, de Sergio Rodrigues, e<br />

a cadeira Panton. As luminárias do projeto A<br />

Gente Transforma, de Marcelo Rosenbaum,<br />

exibidas pela primeira vez na Semana de Design<br />

de Milão, também estão na mostra. Pelo<br />

terceiro ano consecutivo a Casa Cor também<br />

tem um viés solidário: a cada ingresso inteiro<br />

vendido, 1 real está sendo destinado ao Instituto<br />

Ayrton Senna (projetos sociais).<br />

65


expansão<br />

Shopping Jaraguá<br />

Sua nova face<br />

Com 30% da obra de seu<br />

terceiro projeto de expansão já<br />

concluída, o Shopping Jaraguá<br />

Araraquara começa a ganhar<br />

novo perfil, dando perspectiva<br />

do que será o revitalizado<br />

empreendimento a partir de<br />

março de 2015, com 70 novas<br />

lojas e ampla praça de eventos.<br />

Araraquara terá em 2015, o que há de<br />

mais moderno em varejo, lazer, conveniência,<br />

serviços e entretenimento, pela beleza do projeto<br />

de expansão do Shopping Jaraguá, localizado<br />

em uma região considerada, hoje, pólo<br />

técnico e de inovação, com um milhão de habitantes<br />

e intensos investimentos. O shopping,<br />

em nova fase, acompanha o desenvolvimento<br />

do Centro Paulista. Sua expansão vem atender<br />

uma demanda encontrada na cidade para um<br />

mix de lojas ainda mais qualificado, com marcas<br />

de renome no mercado nacional.<br />

Com o término das obras, que tiveram<br />

início em junho de 2013, o Shopping Jaraguá<br />

Araraquara terá mais 12.647 m² de área bruta<br />

locável (ABL), com mais três âncoras, entre<br />

elas a Riachuelo e a Renner já confirmadas,<br />

três megalojas, 70 lojas satélites, além de<br />

uma nova praça de eventos e um piso superior<br />

que acomodará um moderno cinema (som e<br />

imagem de última geração com opções 3D) e<br />

um restaurante.<br />

A nove meses para a entrega das obras,<br />

a comercialização também segue em ritmo<br />

acelerado no estande<br />

de vendas, localizado no<br />

próprio shopping, com<br />

funcionamento em horário<br />

comercial. Com 49%<br />

de ABL já comercializada,<br />

o shopping terá franquias<br />

como: Rock&Ribs, Atelier<br />

Mix, Casa Pilão, Maglee,<br />

Labellamafia, Deni Tenis,<br />

As obras avançam para<br />

a total transformação do<br />

Shopping Jaraguá em<br />

Araraquara<br />

Parcial da expansão do shopping<br />

Madeleine, Provanza, Caracol Chocolates, Ice<br />

By Nice e World Tênnis, além de mais uma<br />

unidade da Polishop e da transferência da<br />

Bonetto’s para a nova área.<br />

Restando apenas paisagismo, sinalização,<br />

gradil e entrada, o novo estacionamento, com<br />

95% de sua obra já concluída, oferecerá aos<br />

clientes 900 vagas adicionais que, somadas<br />

as 623 hoje disponíveis, trarão comodidade e<br />

facilidade de acesso ao empreendimento.<br />

Com assinatura do escritório de arquitetura<br />

Collaço e Monteiros, hoje com mais de 20<br />

shopping projetados, a nova área do shopping<br />

terá um visual moderno, com corredores espaçosos<br />

e aproveitando a iluminação externa. A<br />

ampla praça de eventos, com 850 m² e iluminação<br />

natural, terá estrutura para acomodar<br />

atrações de portes variados, sendo mais um<br />

ponto de encontro de eventos culturais para a<br />

população da região.<br />

“Este novo passo do Jaraguá Araraquara<br />

reforça nosso compromisso com a população<br />

da cidade e região de sempre oferecer o<br />

melhor em atendimento e opções de varejo e<br />

lazer”, afirma Andréia Quércia, diretora executiva<br />

das Organizações Sol Panamby, controladora<br />

do empreendimento, entusiasmada com<br />

a receptividade que teve no município.<br />

66


Emerson Nunes, apresentado à imprensa<br />

como novo superintendente do shopping<br />

À frente do planejamento e desenvolvimento<br />

da expansão está a Lumine, que traz<br />

sua experiência em shopping centers para a<br />

nova fase do Jaraguá Araraquara. “Até 2015, a<br />

cidade receberá investimentos no setor hoteleiro<br />

e de turismo de negócios e pólo tecnológico<br />

regional. Nesse cenário, a população e visitantes<br />

contarão com um shopping totalmente<br />

equipado, moderno e com mais opções”, ressalta<br />

Cláudio Sallum, sócio diretor da Lumine.<br />

REFERÊNCIA NA REGIÃO<br />

Além dos moradores de Araraquara, Matão,<br />

Américo, São Carlos, Boa Esperança e<br />

demais cidades da região, o Shopping Jaraguá<br />

Araraquara costuma também receber a<br />

frequente visita de uma intensa população flutuante.<br />

Dos universitários que passam a viver<br />

na cidade aos profissionais estimulados pelo<br />

constante turismo de negócio, impulsionado<br />

pela presença de indústrias multinacionais, o<br />

Shopping Jaraguá Araraquara tem percebido<br />

um crescente aumento no seu fluxo de pessoas.<br />

Segundo Telmo Mendes, gerente geral<br />

Telmo Mendes, gerente geral do Shopping<br />

Jaraguá em nossa cidade<br />

do Shopping Center da Sol Panamby, “com<br />

a expansão, o shopping irá gerar mais empregos<br />

para a cidade. Também teremos um<br />

acréscimo nas vendas e consequentemente<br />

melhores resultados de vendas para os lojistas.<br />

A previsão é aumentar em 80% o fluxo de<br />

visitantes do shopping após a conclusão da<br />

expansão, quando todas as novas lojas estiverem<br />

em operação”.<br />

O empreendimento também se destaca<br />

por seus resultados em vendas. Com índices<br />

superiores à média do setor no Brasil, o faturamento<br />

do Shopping Jaraguá Araraquara cresceu<br />

17% em 2013 em relação ao ano anterior,<br />

8,4% a mais que o mercado nacional de shopping<br />

(8,6%), dado este da Associação Brasileira<br />

de Shopping Centers (ABRASCE).<br />

Pertencente às Organizações Sol Panamby,<br />

o Shopping Jaraguá Araraquara, localizado<br />

a quatro quilômetros do centro da cidade, conta<br />

hoje, com área de 12.535 m² de ABL, reunindo<br />

cinco âncoras e um mix de 100 l ojas/<br />

quiosques de vários segmentos que foram<br />

enriquecidos em sua última expansão, em dezembro<br />

de 2010.<br />

Simone Soriano, coordenadora de marketing do<br />

Jaraguá na apresentação do andamento das obras<br />

67


Gilberto Garcia<br />

Júnior, maluco<br />

por figurinha<br />

comportamento<br />

Adorável paixão dos colecionadores<br />

nos tempos de Copa do Mundo<br />

Colecionar ou colecionismo,<br />

além da ideia básica de entreter,<br />

é uma arte e uma ciência, e<br />

desenvolve o aprendizado, sendo<br />

para muitos uma apreciada<br />

atividade cultural por excelência.<br />

A palavra entra e sai de moda,<br />

depende da época, como agora<br />

na Copa do Mundo.<br />

Muitas pessoas veem objetos como forma<br />

de consumo ou não se dão conta de como<br />

aquilo pode acrescentar no seu cotidiano. Outras<br />

transformam isso em seu principal desejo<br />

por toda uma vida. Assim são os colecionadores.<br />

Não importa se é selo, figurinha, revista,<br />

moedas ou até carros. A paixão move sentimentos<br />

e traz nova postura em seu dia a dia.<br />

Com a Copa do Mundo na reta final, vários<br />

colecionadores ainda insistem em preencher<br />

um, dois ou mais álbuns. Além de colecionar,<br />

a pessoa acaba tendo um contato didático,<br />

educacional e cultural sobre o item, o que é<br />

importante para o usuário.<br />

Aos seis anos de idade, Gilberto Garcia Jr.<br />

deu início a sua coleção de figurinhas do Campeonato<br />

Brasileiro de 1999. O até então garoto,<br />

tomou gosto pela coisa, surgindo a sua primeira<br />

coleção da Copa do Mundo, em 2002,<br />

quando o Brasil foi pentacampeão. “Dentro da<br />

minha coleção, o álbum predileto é, sem dúvi-<br />

68<br />

das, o da Copa do Mundo de 2002, quando foi<br />

disputada na Coréia do Sul e Japão”, relembra<br />

Garcia, hoje com 21 anos.<br />

E foi dali que surgiu a figurinha que ele<br />

considera a mais valiosa. “Com certeza é a<br />

do Ronaldo. Ninguém acreditava nele, mas<br />

conseguiu calar a boca de todo mundo, sendo<br />

o artilheiro do torneio e dando a Copa para o<br />

Brasil. Essa vale ouro”, enfatiza.<br />

Alguns devem achar desta atividade algo<br />

elitista. Muito pelo contrário. A coleção parte<br />

do tamanho do bolso de um colecionador e o<br />

começo das coleções se dá de forma espontânea,<br />

com um interesse do colecionador pelo<br />

objeto que mais lhe atrai, e com o tempo, a<br />

sua coleção toma forma e rumo, para que<br />

assim, ele possa aumentá-la dentro de suas<br />

possibilidades.<br />

Ronaldo, figurinha valiosa no álbum de 2022


A coleção começou em 1998, quando<br />

Maria descobriu que a fábrica de brinquedos<br />

Estrela pararia de produzir o Playmobil no<br />

Brasil. Passei a comprar todos os que encontrava<br />

pela frente. Não queria que deixassem<br />

de existir, lembra ela. Contando bonecos e<br />

acessórios, já são mais de 5 000 peças.<br />

Muitos deles vieram de fora do país, como<br />

A gratificação proporcionada a um colecionador<br />

com o seu item não tem preço. O<br />

Brasil ainda está longe deste reconhecimento<br />

de uma forma geral. Nem o Guinness Book<br />

pode salvar este raro momento. Outros colecionadores<br />

de itens raros mostraram à nossa<br />

reportagem o amor e carinho por seus objetos<br />

de desejo.<br />

Willian Lopes de Abreu começou a sua<br />

afeição por quadrinhos logo aos 10 anos<br />

quando ganhou a sua primeira revista do Homem-Aranha.<br />

“Na época eu estava acompanhando<br />

a minha mãe em uma viagem e, então,<br />

o ônibus parou em um posto onde havia<br />

uma banca dentro. Adquiri a edição nº 115 do<br />

Homem-Aranha e a partir daí começou o gosto<br />

em colecionar quadrinhos”. Hoje, Abreu possui<br />

mais de 2 mil quadrinhos em sua coleção<br />

num armário dividido em três portas, repleto<br />

de histórias.<br />

Apesar de suas coleções de Batman,<br />

X-Men, entre outros, Abreu destaca um quadrinho<br />

atípico dos mais tradicionais em sua<br />

os noivinhos franceses<br />

que sua mãe<br />

encontrou em Paris.<br />

Conseguir um item<br />

que você queria muito<br />

é sensacional, afirma.<br />

Há dois anos, Maria<br />

criou uma conta no<br />

aplicativo Instagram<br />

(Iloveplaymo) com fotos<br />

dos homenzinhos<br />

em cenários reais.<br />

Quando viaja, leva<br />

duas malas cheias dos bonecos para clicá-los.<br />

Hoje, tem mais de 100 000 seguidores.<br />

Seu trabalho foi parar na fan page oficial<br />

da Playmobil. É outra forma de realização,<br />

diz ela, que toma cuidado para não perder<br />

o bom-senso e ultrapassar a medida. Conheço<br />

pessoas que se endividam por causa de<br />

uma coleção, mas não é meu caso, garante.<br />

coleção. “O meu título favorito é o Preacher, do<br />

escritor irlandês Garth Ennis. É uma escolha<br />

totalmente pessoal pelo conjunto da obra. É<br />

tudo tão adoravelmente de mau gosto (risos)”,<br />

conta Abreu.<br />

O colecionador não tem<br />

como objetivo, lucrar com os<br />

pertences. A aquisição de conhecimento<br />

do assunto faz<br />

com que ele domine a sua<br />

área. Caso venha um lucro<br />

financeiro, será de maneira<br />

natural, mas a verdadeira<br />

origem da riqueza será o<br />

acúmulo de valores vindos<br />

de suas coleções.<br />

Bacharelado e licenciado<br />

em Letras, Sérgio Mendes<br />

coleciona moedas. Possui<br />

cerca de 2.600 peças<br />

em seu acervo. A primeira<br />

ganhou ainda garoto, uma<br />

moeda de 400 réis de 1901<br />

A histórica edição 115, onde a<br />

vida de colecionador começou<br />

para Willian Lopes de Abreu<br />

69<br />

de seu primo, na qual considera a mais importante<br />

de seu seleto grupo.<br />

“Desde então comecei a colecionar. No começo<br />

eu apenas pegava algumas, mas a partir<br />

dos 15 anos, eu comecei a catalogá-las e<br />

hoje sou um colecionador”, declara Mendes. A<br />

graça da moeda não é o valor monetário, mas<br />

o papel daquilo em uma sociedade e os símbolos<br />

nela usados. “Numismática, a ciência<br />

que estuda a moeda, auxilia em outros campos.<br />

Logo, o numisma acaba sendo um pouco<br />

historiador e economista também”, complementa<br />

Mendes.<br />

Figurinhas, quadrinhos, moedas. A constelação<br />

é gigantesca, um buraco negro, podendo<br />

achar diversas galáxias de coleções. E<br />

o embalo para tudo isso? Não poderia faltar<br />

uma trilha sonora. Luis Roberto Neves é um<br />

grande apaixonado pelos Beatles. “Eu tinha<br />

uns 10 anos quando eu ouvi a primeira música<br />

dos Beatles. Estava passando por uma loja<br />

de discos em São Carlos junto com minha tia<br />

e pedi para que ela comprasse para mim. Era<br />

um compacto simples que tinha “She Loves<br />

You” de um lado e “I’ll Get You Do” do outro.<br />

A partir dali começou uma paixão minha pelo<br />

grupo”.<br />

Hoje, com um programa na Uniara FM<br />

chamado Beatlemania, Neves conta a história<br />

de cada música e álbum toda semana.<br />

Luis Roberto, que também é músico, não tem<br />

um álbum preferido dos garotos de Liverpool,<br />

mas ele ressalta um que fez história. “Se eu<br />

tivesse que citar um álbum para representar<br />

toda a carreira da banda, em que os quatro<br />

aparecem como compositores maduros e músicos<br />

excepcionais, este álbum seria o “Abbey<br />

Road”, o último que eles gravaram”.


COLUNA<br />

ESPORTE É AVENTURA<br />

Carlinhos Tavares<br />

Absolute Fit<br />

16 3114 8664<br />

Olá, queridos<br />

leitores!<br />

Nesta edição vou<br />

falar do XTERRA<br />

BRAZIL de Ilhabela,<br />

a etapa preferida<br />

dos atletas, cujo<br />

circuito percorre<br />

todo Brasil.<br />

Por sua dificuldade técnica e paisagens<br />

incríveis, o XTERRA ILHABELA conquista a<br />

cada ano mais e mais participantes. Neste<br />

evento de Ilhabela contamos com várias modalidades,<br />

dentre elas:<br />

- Triathlon individual e equipe: nesta prova<br />

os atletas nadam 1,5km no mar e saem<br />

da água. Na sequência inicia-se o percurso<br />

de Montain Bike, que em Ilhabela é conhecido<br />

como o mais técnico percurso de todo o<br />

circuito XTERRA. Ao término da bike, os atletas<br />

finalizam a prova com uma corrida trail de<br />

8km, percorrendo terrenos acidentados e com<br />

muitas subidas e pedras soltas.<br />

- Night Run 21 km e 7 km: nesses percursos,<br />

as dificuldades estão nas trilhas estreitas<br />

no meio do mato e na visibilidade, já que ela é<br />

realizada à noite e todos os altetas necessitam<br />

de lanterna pessoal para enxergar o solo. A largada<br />

de ambos dá-se na praia.<br />

Também temos as corridas Endurance de<br />

50 e 80km. Um mega desafio!<br />

Na minha opinião, o XTERRA BRAZIL em<br />

Família Absolute Fit<br />

Ilhabela é uma mistura de sensações e emoções,<br />

fazendo a junção do que existe de melhor<br />

na natureza, como praias, montanhas,<br />

paisagens lindas. Mas a melhor palavra para<br />

descrever este magnífico evento é Desafio!<br />

Neste ano a Absolute Fit esteve representada<br />

em Ilhabela por 23 alunos que se divertiram<br />

muito! Passamos grandes momentos<br />

juntos, tivemos vários participantes na Night<br />

Run, duas equipes no Triathlon e um atleta no<br />

Triathlon Individual. Foi um show! Não podemos<br />

deixar de mencionar o bom desempenho<br />

de todos, dando destaque a uma de nossas<br />

equipes de triathlon, que pelo segundo ano<br />

consecutivo ficou na 2º colocação no triathlon<br />

por equipes, demonstrando seu potencial em<br />

meio a outras 29 equipes.<br />

Queridos leitores, nunca deixem de correr<br />

atrás de algo em que acreditem, tenham apenas<br />

uma certeza: os desafios que parecem ser<br />

os mais distantes, são os mais recompensadores.<br />

Se você se animou, venha para a Absolute<br />

Fit ampliar a nossa família que não para<br />

de crescer! Cuidaremos de toda sua preparação<br />

física e emocional para que você possa<br />

realizar grandes desafios pessoais, porque<br />

Esporte é Aventura!<br />

Para saber mais, como dicas de treino ou<br />

outras informações, curta nossa página no Facebook<br />

(www.facebook.com/absolutefit). Neste<br />

canal você poderá interagir, compartilhar fotos e<br />

fazer perguntas.<br />

Família Absolute<br />

Leonardo Cezare e Aluísio di Nardo<br />

Simone, Vitória, Lucas e Natália Soares<br />

Equipe Absolute Fit - Carlinhos Tavares,<br />

Edmilson Marques e Davi Dezotti<br />

70


grandes clubes da nossa terra<br />

Aos domingos o galo cantava,<br />

imponente e todo poderoso<br />

Logomarca na camisa do<br />

time, bordada uma a uma<br />

por dona Tita Bersanetti<br />

Das famílias Bersanetti, Da Valle,<br />

Arruda Camargo, Alonso Martinez<br />

a Souza e Silva, e tantas outras<br />

importantes da comunidade, a<br />

história do Paulista Futebol Clube é<br />

uma só: de amor à camisa, fidelidade<br />

aos seus princípios e de glórias<br />

no campo de luta. Foi assim sua<br />

existência por mais de 70 anos. O<br />

que se mantém acesa é essa chama<br />

Em pé: Carioca, Duda, Aderico, Nengo, Robertão, Camilo, Nelson<br />

Agachados: Armando, Bicudo, Zequinha (goleiro), Clarim e Ministrinho<br />

de esperança de que algum dia<br />

poderá voltar. Sonho que da mesma<br />

forma acalenta a ADA que o sucedeu.<br />

O clube nascido em 1930 possuía<br />

um invejável time de futebol, de onde<br />

saiu Maurinho, que jogou pela seleção<br />

brasileira na Copa do Mundo de<br />

1954 na Suíça.<br />

SEGUE<br />

71


paulista, seu começo<br />

Em campo<br />

está o Galo<br />

“Da fusão realizada nos clubes<br />

Gaúcho e 24 de Outubro de<br />

nossa cidade, é que resultou<br />

numa continuação feliz, a<br />

organização do selecionado<br />

Paulista Futebol Clube, cuja<br />

diretoria eleita em assembleia,<br />

na sede do Centro Hespanhol<br />

há poucos dias, foi constituída<br />

tendo Felix Lopes de Castro<br />

como seu primeiro presidente”.<br />

Reportagem: Rafael Zocco<br />

O primeiro time do Paulista, no amistoso realizado contra o Ruy Barbosa, de São Carlos,<br />

em 28 de dezembro de 1931: Em pé: Bento Cemitério, Carioca, Baid, Turquesa, Gouvêa,<br />

Loloarena e Tucci. Agachados: Freitas, Monte, Armandinho, Romeu Cefaly e Cocodé. Deitado:<br />

Alfredo Tucci (goleiro)<br />

te da equipe do Ruy Barbosa Futebol Clube,<br />

de São Carlos. A histórica peleja (*) realizada<br />

no Estádio Municipal terminou empatada em<br />

2x2, tendo Lolo, atacante da equipe araraquarense,<br />

como principal destaque com dois gols.<br />

O Paulista jogou com Tucci, Monte e Cocodé;<br />

Branco, Armando e Romeu; Bonucci, Carioca,<br />

Dictinho, Júlio e Lolo. Muitos desses jovens<br />

atletas vieram da extinta Associação Atlética<br />

Araraquara (AAA), com o objetivo de representar<br />

Araraquara no Estado de São Paulo.<br />

O tricolor (branco, vermelho e preto) tinha<br />

uma rotina de treinamentos quase como time<br />

profissional, realizados no Estádio Municipal<br />

todas as terças, quintas e sextas-feiras, pois<br />

Através de uma nota publicada no jornal<br />

O Diário, em dezembro de 1930, Araraquara<br />

tomou conhecimento que estava oficializado o<br />

nascimento de um grande time, um dos pioneiros<br />

no futebol da cidade. A nota deixava de<br />

contar a importância que a família Bersanetti<br />

teve no esporte amador regional e com os heróis<br />

da Revolução de 32. O time chamado de<br />

Paulista foi precursor do nascimento da Associação<br />

Desportiva Araraquara (ADA), até a chegada<br />

da Associação Ferroviária de Esportes.<br />

De tudo isso o Paulista fez parte.<br />

Fundado em 3 de dezembro de 1930, o<br />

“Galo”, como também era conhecido, realizou<br />

logo no dia 28 o seu primeiro jogo oficial diana<br />

diretoria do clube preocupava-se em acertar<br />

amistosos com equipes fortes, buscando notoriedade<br />

na cidade e região. Assim, em 1931,<br />

surge a primeira diretoria do Paulista, formada<br />

por Félix Lopes de Castro (presidente honorário),<br />

Carlos Bersanetti (presidente), José<br />

Gomes Nunes (vice), Joaquim S. Marques (1º<br />

secretário), Quirino Queiroz (2º secretário), Manoel<br />

Joaquim Pacheco (1º tesoureiro), Luiz Soller<br />

(2º tesoureiro), Triphônio Guimarães (orador),<br />

Antônio de Checci (1º diretor esportivo)<br />

e Orlando Cunha Monte (2º diretor esportivo).<br />

Isso fez com que os amantes do futebol<br />

na cidade reacendessem velhas paixões pela<br />

pelota (*) e a rivalidade acirrada com a criação<br />

de outros times, dispostos a medir forças com<br />

o esquadrão tricolor, como aconteceu no dia<br />

1º de fevereiro de 1931, quando o Paulista jogou<br />

com o Sul América da Vila Xavier, vencendo<br />

por 2x0, com gols de Nico e Lolo.<br />

Com o Paulista em alta, outras facções<br />

do futebol local foram se encorajando para<br />

constituírem novas equipes a fim de desafiar<br />

o tricolor. Uma antiga agremiação, inativa há<br />

alguns anos, ressurgiria para testar a força do<br />

time do “seo” Bersanetti - o Palestra Itália.<br />

* peleja (jogo) e pelota (bola), são termos antigos<br />

criados pela crônica esportiva<br />

Nesta montagem feita pelo Foto Tucci em<br />

1938, temos Orlando Da Valle, que<br />

manteve uma fábrica de bebidas em<br />

Araraquara (antigo FQF) até a década de<br />

70, junto com outros campeões do futebol<br />

amador daquele ano. Também aparece o<br />

Carioca, diretor esportivo do clube mais<br />

querido da cidade.<br />

72


o mais querido<br />

A sorte de<br />

um lado só<br />

A União Syria de Araraquara<br />

mantinha em frente à Praça da<br />

Matriz um dos poucos salões<br />

sociais da cidade. E foi lá, em<br />

1931, que aconteceu uma<br />

pesquisa para se apurar qual<br />

o clube mais popular em<br />

Araraquara. O Paulista teve mais<br />

de 250 votos. Três anos depois<br />

também na União Syria, era<br />

fundada a Associação Comercial<br />

e Industrial de Araraquara.<br />

Em 13 de dezembro de 1931, a cidade<br />

com pouco mais de 20 mil habitantes, começava<br />

a fervilhar com o futebol amador. Era no<br />

centro velho que se formavam as “rodinhas” e<br />

nelas a conversa tinha um foco: a fundação do<br />

Paulista Futebol Clube.<br />

No final de setembro, o comerciante João<br />

Lupo, que mantinha uma relojoaria nas proximidades<br />

da Santa Cruz, garantia que se<br />

realmente fosse organizado um Campeonato<br />

Amador ele daria o troféu. Seria oficialmente<br />

a disputa do primeiro torneio realizado pela<br />

Federação Esportiva de Araraquara, contando<br />

com a participação de quatro equipes: Paulista,<br />

Palestra Itália, Brasil e Usina Tamoyo. João<br />

Lupo apressou-se em encomendar o troféu<br />

em São Paulo.<br />

Na partida inaugural disputada entre Palestra<br />

e Brasil, ocorreu uma peculiaridade. Foi<br />

necessária a troca de árbitro por duas vezes,<br />

ou seja, três juízes apitaram um mesmo jogo<br />

diante dos ânimos exaltados. A partida terminou<br />

empatada em<br />

1x1.<br />

Chegava então<br />

a vez do Paulista FC<br />

estrear diante da<br />

1931. Laerte foi considerado por seus gols,<br />

o ídolo do Paulista e um dos responsáveis<br />

pela transformação do Galo no time mais<br />

popular da cidade segundo a pesquisa feita<br />

na barraca de festa da União Syria<br />

equipe do Tamoyo no dia 20 de dezembro. Com<br />

uma sonora goleada de 10x1, gols marcados por<br />

Laerte (6), Fibiela (3) e Lolo, o tricolor precisava de<br />

um empate para se garantir na decisão do torneio<br />

da cidade. No dia 30 de dezembro, a barraca da<br />

União Syria (festa realizada na cidade), organizou<br />

um concurso popular para saber qual era o clube<br />

mais simpático de Araraquara. O Paulista ganhou<br />

com 284 votos. O carinho que o time recebia era<br />

inimaginável.<br />

Chegou o dia do derby entre Paulista e Palestra<br />

Itália, a quarta partida do torneio. O Paulista<br />

conseguiu o empate que precisava para<br />

chegar à decisão: 1x1. O gol saiu dos pés de<br />

Laerte. Já Abílio fez para a equipe alviverde. O<br />

Galo, como passou a ser chamado, jogou com<br />

Tucci, Monte e Cocodé; Armando, Ramona e<br />

Zico; Lolo, Adérico, Fibiela, Laerte e Gouveia.<br />

No dia 17 de janeiro de 1932, Paulista e<br />

Brasil decidiram o campeonato. Com dois gols<br />

de Laerte, o grande nome da equipe na competição<br />

com 9 gols, o Paulista conquistava o<br />

primeiro título de sua história e da cidade, levantando<br />

a “Taça João Lupo”, que por quase<br />

um mês ficou exposta na loja do comerciante<br />

para mostrar que a promessa fora cumprida.<br />

O Paulista já<br />

nos anos 40,<br />

foi se tornando<br />

no celeiro de<br />

craques que<br />

abasteceria<br />

a futura<br />

Ferroviária<br />

Em pe: Monte, Madalena, Cascão, Humaitá, Tiana e Rafael.<br />

Agachados: Souza, Lexe, Elvo, Zé Ferino e Milton<br />

73


Maurinho,<br />

na seleção<br />

em 1954,<br />

na Suíça<br />

o nosso flecha<br />

Maurinho, do Paulista<br />

para a Seleção Brasileira<br />

Saiu do Paulista o primeiro e um dos únicos jogadores que atuaram<br />

pelo Brasil em campeonatos mundiais. Ele era Maurinho, o “flecha”.<br />

6<br />

de julho de 1933 nascia, em Araraquara,<br />

Mauro Raphael, o Maurinho,<br />

um menino que quando ainda cursava a escola<br />

primária, já esbanjava habilidade com<br />

a bola no pé diante de seus colegas. E não<br />

deu outra. Pequenino e rápido, começou sua<br />

carreira no Paulistinha, time infantil do Paulista,<br />

em 1948, com apenas 15 anos de idade.<br />

Chamando atenção de dirigentes, foi integrado<br />

ao elenco principal no mesmo ano e disputou<br />

sua primeira partida contra a equipe<br />

do Amparo (SP), no Estádio Municipal. O tricolor<br />

venceu a partida por 5x3, com Maurinho<br />

substituindo o ponta-esquerda Ivan e sendo o<br />

destaque da partida.<br />

Porém, a principal partida de Maurinho<br />

com a camisa do Paulista aconteceria no dia<br />

23 de julho de 1950, em amistoso diante da<br />

equipe do Palmeiras, de Oberdan Cattani (falecido<br />

em 20 de junho último) e tantos outros<br />

craques no Estádio Municipal. Todos acreditavam<br />

que o Palmeiras venceria facilmente. Mas<br />

não foi da maneira que se imaginava.<br />

O Palmeiras venceu por 5x3. E quem<br />

roubou a cena? O menino Maurinho, com 17<br />

anos, fazendo os três gols do tricolor. Logo<br />

após a partida, dirigentes do alviverde ficaram<br />

interessados em seu futebol rápido e alegre.<br />

Porém, por ser menor de idade, o Palmeiras<br />

desistiu de levá-lo para São Paulo. No final de<br />

1950, o Guarani de Campinas, que acabara<br />

de subir para a divisão especial do Campeonato<br />

Paulista, acertou a sua contratação.<br />

MAURINHO, A PRIMEIRA REVELAÇÃO<br />

Os personagens: Maurinho, era ainda um<br />

garoto de 16 para 17 anos e vivia somente<br />

para sua Araraquara. Amadeu Ceregatti diretor<br />

e “olheiro” do Guarani, viajava muito na<br />

época pelo interior de São Paulo vendendo a<br />

cerveja “Mossoró, produzida em Campinas.<br />

Como homem de vendas bem sucedido, Amadeu<br />

era elegante e sempre ia aos engraxates<br />

para deixar impecável seus sapatos.<br />

Certo dia em Araraquara, engraxando seus<br />

sapatos e “papeando” com os engraxates no<br />

Salão d’Onofre (Hotel Municipal) e falando de<br />

futebol, foi alertado pelos garotos que um deles<br />

era muito “bom de bola”; e foi então que resolveu<br />

assistir um jogo de fim de semana em<br />

nossa cidade, e deslumbrado com o futebol<br />

do garoto Maurinho, o levou para Campinas,<br />

ficando ele hospedado na casa da família de<br />

Amadeu que cobriu todos os gastos.<br />

Maurinho sentia falta de sua família e de<br />

seus amigos. Nos treinamentos no campo velho<br />

do Guarani na Rua Barão Geraldo de Rezende,<br />

“o Pastinho”, havia momentos em que<br />

China, o centro avante que viera do São Paulo<br />

FC para se consagrar no Guarani, gritava com<br />

Maurinho que chegava a chorar, sendo consolado<br />

por Otto Vieira, técnico naquela época.<br />

Logo Maurinho se tornou titular e nunca mais<br />

deixou a ponta-esquerda do time.<br />

Certa vez, no Pacaembu, jogavam às 11<br />

horas da manhã Corinthians 0 x Guarani 1, gol<br />

do avante Romeu. Após o jogo um torcedor do<br />

Corinthians falou: “Eu vim aqui para ver este<br />

ponta-esquerda jogar”. Realmente Maurinho<br />

foi um sucesso e a primeira revelação do Guarani<br />

para o futebol brasileiro acabou sendo<br />

vendido ao São Paulo.<br />

No São Paulo, Maurinho - jogador bi-destro<br />

foi para a ponta direita porque Canhoteiro era<br />

absoluto na ponta esquerda do tricolor. Daí prá<br />

frente, Maurinho brilhou com a camisa do São<br />

Paulo: em 7 anos entrou em campo 347 vezes<br />

e marcou 136 gols, o nono maior artilheiro da<br />

história do clube. Ganhou os títulos paulistas<br />

de 1953 e 57.<br />

Neste último, na finalíssima contra o Corinthians,<br />

ele marcou o terceiro gol na vitória de 3<br />

a 1. No lance, antes de chutar a bola, perguntou<br />

ao goleiro adversário Gilmar dos Santos<br />

Neves, em qual canto queria o drible: deu uma<br />

finta desconcertante e fez um golaço. Furioso,<br />

depois do jogo, Gilmar saiu correndo atrás de<br />

Maurinho querendo agredi-lo. O juiz Alberto<br />

Gama Malcher proibiu então que os são-paulinos<br />

dessem a volta olímpica no Pacaembu,<br />

já que os ânimos da torcida e dos jogadores<br />

74<br />

corintianos estavam exaltados.<br />

Consolidado no futebol, Maurinho chegou<br />

à seleção brasileira disputando a Copa<br />

do Mundo de 1954, na Suíça, se tornando o<br />

primeiro jogador da cidade a participar do torneio.<br />

Ele jogou contra a Hungria, episódio que<br />

ficou conhecido como a “Batalha de Berna”.<br />

Os húngaros eliminaram a seleção nas quartas<br />

de final por 4x2. Maurinho disputou 14 jogos<br />

pela seleção e marcou 4 gols.<br />

Depois do São Paulo, Maurinho foi contratado<br />

pelo Fluminense, onde seguiu brilhando<br />

e conquistou o Campeonato Carioca de 1959.<br />

Após três anos nas Laranjeiras, de 1958 a<br />

1961, Maurinho se transferiu para o Boca<br />

Juniors. Lá, ajudou o time mais popular da<br />

Argentina a ser campeão em 1962. Voltou ao<br />

Brasil em 1964, teve uma rápida passagem<br />

pelo Vasco da Gama e encerrou a carreira no<br />

Fluminense. Maurinho tinha apenas 31 anos<br />

quando pendurou as chuteiras. Ele faleceu em<br />

São Paulo em 28 de junho de 1995.<br />

Mazinho, na Câmara<br />

Municipal, quando<br />

vereador nos anos 70<br />

Omar de Souza e Silva foi vereador e<br />

presidente da Câmara Municipal em nossa<br />

cidade e presidente e um dos principais<br />

dirigentes do Paulista, durante décadas,<br />

depois do Dr. Antonio Alonso Martinez


Lelei, filho de Tita e<br />

Ministrinho, junto com<br />

Dinho, filho de Ninim,<br />

e Desastre, filho de<br />

Carlos Bersanetti<br />

amor além da vida<br />

A influência do Paulista<br />

na vida dos Bersanetti<br />

A Família Bersanetti ainda hoje<br />

tem o Paulista FC como peça<br />

importante da família. Carlos<br />

foi um dos fundadores e mesmo<br />

tendo ficado cego, ia ao Estádio<br />

Municipal acompanhar os jogos<br />

do time nos anos 40.<br />

Todo grande clube tem o seu apaixonado,<br />

aquele que é devoto, ajuda-o como se fosse<br />

um filho, quer sempre o melhor para ele.<br />

Leva-o para se divertir em diversos lugares na<br />

companhia de outros amigos e fanáticos. Este<br />

foi Carlos Bersanetti, o primeiro presidente do<br />

Paulista Futebol Clube. Homem dedicado e<br />

que transmitia aos seus descendentes todo o<br />

amor que dispensava ao tricolor.<br />

Proprietário na época de um armazém<br />

de secos e molhados, na Av. Sete de Setembro<br />

com a Rua Humaitá, acomodava pessoas<br />

da zona rural, sítios e fazendas, além de ser<br />

o principal ponto de encontro dos jogadores.<br />

“Seo” Carlos auxiliava economicamente a<br />

equipe de futebol, juntamente com os doutores<br />

Octávio de Arruda Camargo e Alonso Martinez<br />

Perez. Nas décadas de 30 e 40, o Paulista<br />

reinava absoluto em Araraquara.<br />

Porém, algo acontece na vida de seu presidente.<br />

Em 1941, Carlos Bersanetti é acometido<br />

por uma cegueira repentina. Poderia ser<br />

o fim da linha para o pai acompanhar o filho<br />

Wilson Carlos Albino,<br />

o Mirandinha<br />

(Paulista FC) nos jogos. Poderia se não fosse a<br />

sua adorável filha, Rosa Bersanetti, a Tita.<br />

“Mesmo com o meu avô cego, minha mãe<br />

Tita o levava em todos os jogos do Paulista no<br />

Estádio Municipal. Eles chegavam e já havia<br />

um espaço reservado atrás do gol de entrada<br />

para que pudessem acompanhar o jogo. Minha<br />

mãe era uma espécie de rádio para ele.<br />

Narrava todos os lances que acontecia no<br />

campo e, dependendo de como estava o jogo,<br />

Dona Tita com os filhos Lelei e Miradinha, na<br />

festa de formatura (Direito, em 1977)<br />

75<br />

meu avô aplaudia ou xingava os jogadores<br />

(risos)”, conta Wilson Carlos Albino, o Mirandinha,<br />

filho de Rosa e ex-conselheiro do clube.<br />

Rosa casou-se com Waldemar Albino, o<br />

Ministrinho, que na época jogava pelo Paulista.<br />

Além de Wilson, criou os filhos Wanderley e<br />

Wladimir Manoel Albino, continuando a dinastia<br />

da família Bersanetti. Sua paixão pelo Paulista<br />

sempre foi muito grande e assim preservava<br />

o ideal do seu patriarca Carlos Bersanetti.<br />

Seus quatro filhos homens foram jogadores e<br />

vestiram a camisa do Paulista: Ninin, Heitor<br />

(Bicudo), Dindão e Desastre.<br />

“Minha família foi fundamental para o esporte<br />

amador, assim como outras. De todos os<br />

familiares, minha mãe teve papel importantíssimo,<br />

pois era os olhos do meu avô. Ela é<br />

quem bordava os distintivos nas camisas do<br />

Paulista e posteriormente da ADA, tanto que<br />

sempre foi considerada a “madrinha” do Paulista<br />

e também da ADA”.<br />

E de toda a história, a Família Bersanetti<br />

lembra bem: o clube participou em cinco ocasiões<br />

das divisões de acesso do Campeonato<br />

Paulista de Futebol, a Segunda Divisão (atual<br />

Série A2), entre os anos de 1948 e 1954, ausentando-se<br />

nos anos de 1952 e 1953. Apenas<br />

disputando o amador na cidade até 1963,<br />

sagrou-se campeão em 1971, última vez, sob<br />

a presidência de Mazinho. Era considerado o<br />

Galo da Cidade pelos campeonatos consecutivos<br />

conquistados no Amador de 1930 a 1944,<br />

e também possuidor de um grande patrimônio,<br />

conforme consta no livro nº 59, folhas 33<br />

e 35 no Registro de Imóveis de Araraquara:<br />

área de 183m de frente por 145m de fundo<br />

(quase 27mil m², a Chácara do Paulista, dividida<br />

posteriormente entre 34 associados que<br />

mantinham o título patrimonial).<br />

Sendo a primeira equipe profissional da<br />

cidade de Araraquara, o Paulista teve anos de<br />

glória na região, protagonizando alguns dos<br />

maiores jogos nos anos de 1940 e 50. Com<br />

o surgimento da Ferroviária e ADA, o Paulista<br />

acabou ficando em terceiro plano, entrando<br />

em decadência.<br />

Carlos<br />

Bersanetti,<br />

fundador e<br />

primeiro<br />

presidente<br />

do Paulista.<br />

A família deu<br />

continuidade<br />

ao seu<br />

trabalho.<br />

* Parte desta reportagem tem informações<br />

contidas no livro “Araraquara Futebol e Política”,<br />

de Luis Marcelo Inaco Cirino.


capacitação<br />

Elas aprendem a fazer<br />

o gostoso pão caseiro<br />

Projeto social de grande valor<br />

permite que as pessoas possam<br />

se capacitar para fazer pão. A<br />

proposta totalmente gratuita, se<br />

desenvolve em locais adequados<br />

para facilitar o aprendizado.<br />

O Sindicato Rural e o SENAR - Serviço<br />

Nacional de Aprendizagem Rural - organizam<br />

os cursos com instrutores cadastrados no<br />

SENAR, e são realizados em lugares adequados<br />

ao tema, geralmente, os de alimentação,<br />

como os de pão, no Restaurante Popular por<br />

apresentar boa infraestrura. Há aqueles que<br />

são feitos em Assentamentos ou em outros<br />

lugares conforme o conteúdo do curso exigir.<br />

As inscrições para os cursos são feitas<br />

através dos Sindicatos Rurais, e incluem trabalhadores,<br />

proprietários, e pessoas relacionadas<br />

à área rural, mas as vagas podem ser<br />

preenchidas também por pessoas da área<br />

urbana, interessadas em aprender, aprimorar<br />

e futuramente, como resultado, ter uma<br />

alternativa de renda e perspectiva de melhor<br />

qualidade de vida, assegura o coordenador do<br />

SENAR, Mário Porto.<br />

Dentro da sua área de atuação como instrutora<br />

do SENAR na área de alimentação,<br />

Mirna Pickel Perez tem ministrado cursos<br />

voltados para o Processamento Artesanal de<br />

Pães, com informações completas sobre panificação.<br />

Em abril, uma das etapas foi cumprida<br />

com 20 participantes de idade acima de 16<br />

anos. O curso teve duração de 16 horas.<br />

Pelo projeto, nas aulas, os alunos recebem<br />

alimentação do dia, material didático, e participam<br />

da preparação, ocorrendo a integração<br />

de todo grupo.<br />

Mirna Pikel Perez,<br />

Instrutora e Mário<br />

Porto, coordenador,<br />

ambos do SENAR<br />

com os alunos do<br />

curso que ensina o<br />

processamento<br />

artesanal de pães,<br />

realizado pelo<br />

SENAR e Sindicato<br />

Rural, na cozinha<br />

do Restaurante<br />

Popular<br />

76


POR: MARCELO FURTADO<br />

Empresários da cidade se<br />

reuniram no Araraquarense<br />

para a festa de 80 anos da<br />

ACIA. O jantar foi servido pelo<br />

excelente Buffet Karam e a<br />

decoração do salão ficou por<br />

conta de Dádiva Eventos.<br />

Família Lima em noite de homenagem: Paula, Lucas, Talitha, Fátima, Preto Cardozo,<br />

Angélica, Rafael Reina, Livia e Emílio (Padaria do Lima)<br />

Lebrão Caires<br />

e Maria Rita<br />

Gerson<br />

Monteacutti e<br />

Cristina<br />

Carlos Dahab<br />

e Renata<br />

Fernandes<br />

Caê Caraccio<br />

e Teresa<br />

Isabelle e<br />

Apparecido<br />

Dahab<br />

Renato<br />

Haddad<br />

e Léa<br />

Rosa e<br />

Mariza<br />

Camargo<br />

A festa da ACIA para<br />

comemorar seus 80<br />

anos de fundação foi<br />

um grande sucesso.<br />

Alegria por todos<br />

os cantos num belo<br />

ambiente e com<br />

assinatura da Dádiva<br />

Eventos. O patrocínio<br />

do Sebrae-SP, Banco<br />

do Brasil, Correios,<br />

Vilage Marcas e<br />

Patentes, Jucesp, foi<br />

fundamental para<br />

que a ACIA atingisse<br />

seus objetivos.<br />

Parabéns.<br />

77<br />

Maria Teresinha<br />

e Samuel Brasil<br />

Bueno


PROMOÇÃO<br />

O BOX É NOSSO<br />

CARNE COM BATATA<br />

IMPERIAL EXECUTIVO JR.<br />

Por apenas<br />

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indicadas. Taxa de entrega não inclusa. Área de entrega restrita. Fotos ilustrativas.<br />

Célia Merlos, Tamara Lima, Adriana Braga, Cristiane Santarelli, Eliana Toloi, Roberta<br />

Bombarda Jirolli, Maria Inês Bombardi, Miriam Andrade e Márcia Francisco<br />

aquara Revista Cia 8X14,2.indd 1<br />

5/27/14 10:32 AM<br />

O diretor comercial<br />

José Augusto Silva<br />

e a vice presidente<br />

Geórgia Affonso, da<br />

Graciano R. Affonso,<br />

na festa da ACIA<br />

Carlos Murad e Milene<br />

O diretor industrial<br />

da Lupo, Carlos<br />

Alberto Mazzeo com<br />

a esposa Silvia, na<br />

festa de entrega da<br />

comenda Mérito<br />

Empresarial da<br />

ACIA à empresa<br />

78


Natasha e<br />

Rafael Cruz<br />

Tuffy Haddad e<br />

Whadya<br />

Eva e Luiz Antônio Barreto da Silva<br />

Jorge<br />

Lorenzetti<br />

e Ligia<br />

Antonio Deliza Neto,<br />

presidente do Sincomercio<br />

e Ivo Dall’Acqua Junior,<br />

conselheiro da Fecomercio<br />

Péricles Medina<br />

Júnior e Mara<br />

Aparecido Berto<br />

Antônio Carlos<br />

Tavares e Gi<br />

Olliver<br />

79


Marcos Assumpção<br />

e Adriana<br />

Casal<br />

Marisa e<br />

Pedro<br />

Lia Tedde<br />

Berenice Munhoz,<br />

Maria Regina<br />

Ramos e Adélia<br />

Arnosti<br />

Ana Maria e Artur<br />

Wormhoudt<br />

Renee Dália e Poli Arnosti<br />

Renata e Rodrigo Marasca<br />

Família Morvillo: Giuseppe Júnior, Gaetano Neto, Giuseppe Neto e Giuseppe<br />

80


O enlace matrimonial de Graziela<br />

e José Janone Júnior movimentou a<br />

sociedade araraquarense no dia 20 de<br />

junho. O evento aconteceu no Jeca Tatu.<br />

Janone Júnior assina Sunrise.<br />

O casal arrumou as malas para lua de<br />

mel no sul do Brasil e volta a viajar em<br />

dezembro para a Itália.<br />

José Janone e esposa Jane Lúcia Vitória<br />

Janone; Dênis Henrique Janone e esposa<br />

Taísa Toledo Piza Janone<br />

Momento<br />

emocionante<br />

da cerimônia<br />

81


Bárbara<br />

Baptista<br />

mostrando<br />

seu charme e<br />

sua beleza<br />

Cinira Fuzaro e família Lia: Isabela, Marisabel, Cristina e<br />

Nicolino Lia, em evento realizado na cidade<br />

Tania Roque, José Carlos Alves, o Tuto<br />

e o garotão Morylo Victor Alves<br />

Mário Francisco, o Chiquito<br />

(Revista Comércio & Indústria)<br />

e Sônia Scuttari, voluntários na<br />

festa da APAE<br />

Rosimeire, Sérgio Luis e a aniversariante<br />

Monique Baptista. Família em noite de<br />

desfile no Clube Araraquarense<br />

Em junho tivemos o fechamento de uma<br />

das mais antigas pastelarias da cidade:<br />

a Rochoson, na Avenida 36. É pena, pois<br />

nos fins de semana as famílias ali se<br />

reuniam. Era muito bom!<br />

Camila Duarte e Victor Diniz, curtindo essa<br />

joia rara chamada Alice<br />

Sônia Maria Marques, Jean Cazellotto e<br />

Rafael Zocco, da RCI, no Arraiá da APAE<br />

Sucesso absoluto de<br />

seu público e<br />

organização. Parabéns<br />

APAE pelo seu Arraiá<br />

da Solidariedade<br />

realizado em junho.<br />

Damiano Barbiero<br />

Neto fez um grande<br />

trabalho, ao lado de<br />

Nenê Ferrenha, seus<br />

colaboradores e<br />

voluntários.<br />

82


O empresário Mário<br />

Roberto Mendonça ao<br />

lado de três princesas<br />

na Festa Junina do<br />

COC: Letícia (Ângela e<br />

Estevão), Giovanna<br />

(Tatiane e Daniel); Lara<br />

(Viviane e Ivan<br />

Roberto Peroni). O<br />

amigo Mendonça é vovô<br />

da Giovanna.<br />

O Senac Araraquara<br />

recebeu em junho,<br />

o estilista Alexandre<br />

Herchcovitch, uma<br />

das principais<br />

referências da moda<br />

do Brasil, para<br />

ministrar a palestra<br />

Educação e Moda.<br />

Foi um sucesso.<br />

A notável dedicação de José Carlos Porsani à sua<br />

querida SABSA, fazendo a entrega de kaftas na barraca<br />

que a entidade armou na festa do COC. Ao seu lado,<br />

para também ajudar a SABSA, a sua irmã Márcia<br />

Marlene Benedetti e a filha<br />

Daiane, afivelando as malas<br />

rumo aos Estados Unidos<br />

para breve temporada, tendo<br />

antecipadamente o sinal de<br />

férias vividas com alegria.<br />

Cristina Figueroa com sua afilhada<br />

Mariah Silva Pavan e a filha Vitorya na<br />

festa junina do COC<br />

Thaís e o pai coruja, Nilton<br />

Gonçalves, o Boca, no Arraiá da<br />

Solidariedade da APAE<br />

Mônica Braga, diretora pedagógica do COC e André<br />

Lourenço, assessor de imprensa do colégio, durante a<br />

festa realizada em junho com muito sucesso. O evento,<br />

por sinal, mantém a tradição de ser um dos mais<br />

típicos, graças à organização e alegria das crianças<br />

83


A Nigro realiza todos os<br />

anos sua Missa de São<br />

Pedro, que já se tornou<br />

tradicional, acompanhada<br />

por seus colaboradores,<br />

diretores e convidados. O<br />

ato religioso é visto como<br />

uma ação de graças pelo<br />

êxito positivo em mais um<br />

ano de trabalho. A<br />

consultora de Negócios,<br />

Heloisa Nascimento,<br />

participou da cerimônia<br />

representando a Revista<br />

Comércio & Indústria. Na<br />

foto, Heloísa ao lado dos<br />

empresários Arcângelo<br />

Nigro Neto, Geraldo José<br />

Cataneu e Francisco Nigro.<br />

Patricia e José Mauro Gonçalves, no<br />

concorrido coquetel da Unigastro<br />

Gabriela Ribeiro, Livia Cordeiro, Dorani Cordeiro,<br />

Elen Lima e Isabella Jorge (Equipe Unigastro)<br />

Karen Sassakai, Cristiane Canhoto e Sonia Piva,<br />

secretárias Unigastro<br />

Orgulho para os pais Léa e Renato<br />

Haddad participarem da entrega da<br />

carteira de advogado ao filho<br />

Renatinho. O ato aconteceu na sede<br />

da OAB em Araraquara. Parabéns.<br />

Lucia e Farid Jacob Abi Rached,<br />

Souham e Jorge Bedran<br />

e Jorge Hage Zbeidi na festa<br />

de apresentação das novas<br />

instalações da Unigastro<br />

84


ANIVERSÁRIOS<br />

<strong>JULHO</strong><br />

A diretoria da ACIA cumprimenta todos os aniversariantes<br />

DATA NOME EMPRESA DATA NOME EMPRESA<br />

01/07<br />

01/07<br />

01/07<br />

02/07<br />

02/07<br />

03/07<br />

03/07<br />

03/07<br />

04/07<br />

04/07<br />

04/07<br />

04/07<br />

05/07<br />

05/07<br />

05/07<br />

05/07<br />

05/07<br />

05/07<br />

05/07<br />

06/07<br />

06/07<br />

06/07<br />

06/07<br />

06/07<br />

06/07<br />

07/07<br />

07/07<br />

07/07<br />

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12/07<br />

12/07<br />

Aristóteles de Melo<br />

Leda Maria de Souza Apolônio<br />

Antônio Akira Matsumoto<br />

Carlos Henrique Murad<br />

Airton Roberto de Ponte<br />

Izabella dos Santos Perdonatti<br />

Luiz do Carmo Credendio<br />

Atílio Luiz Mori<br />

Paschoal Malara Júnior<br />

Carlos Alberto Menin<br />

Antônio Carlos Julianeti<br />

Maria Aparecida da Silva<br />

Valquírio Ferreira Cabral Júnior<br />

Érica Samaha Gritti<br />

Ana Rosa Malara Caparelli<br />

Ivo Eduardo Moroni<br />

Andréia Cury de Andrade<br />

José Benedito Pilon<br />

Sônia Maria Corrêa Borges<br />

José Antônio Neves<br />

Sônia Aparecida Masson Silva<br />

Alessandra dos Santos<br />

Márcia da Silva Bonavina<br />

Marlene Porsani<br />

Roberto Ambrósio<br />

Isabela T. Carrascoza Juarez<br />

Sérgio Bonini<br />

Ildemar Luiz Kurmann<br />

Alexandre Edgar de Rizzo<br />

Rubens Benedito de Oliveira<br />

Clélio Bacaglini<br />

Agnaldo G. Freires<br />

Kátia Murakami<br />

Carlos Augusto Staufackar<br />

Marcelus de Freitas Biagioni<br />

Luis Augusto Cirelli<br />

Angélica Regina R. Araújo<br />

Rosimeire Aparecida Lujan<br />

Ângelo Smirne Neto<br />

Carlos Eduardo Pucca<br />

Aparecido Antônio Rodela<br />

Natália Leite Coletti<br />

Luciano Abelhaneda<br />

José Henrique Pelegrini<br />

Jair Aparecido Martineli<br />

Diskfone - 3303 3000<br />

Kambé Embalagens - papel e plástico<br />

Rosângela Flores<br />

Moto Fácil<br />

De Ponte Celulares<br />

Boticário<br />

Art Matic<br />

Amalfi Mori & Filhos<br />

Irmãos Malara Rodas<br />

Modulus Informática<br />

Casa do Tapeceiro<br />

Marrie Modas<br />

Lupo<br />

Importronics<br />

Art Final<br />

Pavisolo<br />

Vivenda Nobre<br />

Jopasa<br />

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Foto e Vídeo<br />

Motores Araraquara<br />

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Sérgio Bonini Jóias e Relógios<br />

Unimarcas<br />

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Cantina Vetor<br />

Lanchonete Araraquara<br />

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Gráfica Esperança<br />

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Vira Volta<br />

13/07<br />

14/07<br />

14/07<br />

14/07<br />

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29/07<br />

30/07<br />

31/07<br />

31/07<br />

Flávia Antunes<br />

Antunes Persianas<br />

Christine Pierre Gibim<br />

Imobiliária Araraquara<br />

Sidinei Oltremare<br />

Iesacred<br />

Frederico José Abranches Quintão Hot Sign Comercial<br />

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Oreste Ferreira<br />

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Locoara<br />

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Thiago Acquarone Gomes Imobiliária São Paulo<br />

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Sebastião do Carmo Mesquita Solcred<br />

Paulo Cézar Gatti<br />

Esacon<br />

Luiz Carlos da Silva<br />

Luis Carlos da Silva<br />

Rodolfo Messali<br />

Peixe e Cia<br />

Ana Maria Lopes dos Santos Primotex<br />

Arnaldo Marques Pereira<br />

Bar e Mercearia Tuti<br />

Daniel Janone Pereira<br />

Recarga e Cia<br />

Gabriel de Paiva<br />

Panfletos & Cia<br />

Claire Ap. Sodre Cosma<br />

Kumon Unidade Santa Angelina<br />

Marli Pedroso Marcola<br />

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Vera Lúcia da Cunha Lapena Auto Eletro Carlão<br />

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85


Luís Carlos<br />

Desde o início da civilização, há mais ou<br />

menos uns 10.000 anos, o ser humano<br />

tem se deparado com uma série de dúvidas<br />

a respeito do mundo em que vive e, principalmente,<br />

sobre ele mesmo. Porém, por<br />

mais que ele especule sobre a sua existência,<br />

por mais que ele tente desvendar o mistério<br />

das coisas, por mais que ele procure<br />

conhecer o desconhecido, dificilmente tem<br />

conseguido chegar a uma conclusão pacífica<br />

sobre as indagações que o tem perturbado<br />

nesse tempo todo.<br />

Entretanto, para alguns tem sido até<br />

fácil. Basta apenas acreditar num ente supremo,<br />

que tudo provê, e crer que, além<br />

desta nossa “insignificante” vida terrena,<br />

haverá outra onde ele poderá ser mais feliz<br />

do que talvez o tenha sido nesta. Já para<br />

outros tem sido muito mais difícil, pois, se<br />

ele não crê na primeira hipótese, forçosamente<br />

deve acreditar que só se vive uma<br />

vez e então, terminada sua breve existência<br />

em nosso planeta, nada mais sobrará.<br />

Nada mesmo.<br />

O primeiro caminho que o homem tem<br />

seguido tem sido o da religião; o outro, o<br />

da ciência. O impasse entre essas duas<br />

correntes ainda continua atual, apesar das<br />

inúmeras conquistas científicas que se têm<br />

verificado ao longo de todos esses séculos.<br />

Entretanto, mesmo entre aqueles que<br />

procuram a segurança na religião, na crença<br />

e na fé, sempre remanescem dúvidas<br />

quando as inevitáveis circunstâncias da<br />

vida os levam no mais das vezes a se sentir<br />

inseguros e fragilizados. E quando se achava<br />

que a ciência, a partir do Renascimento<br />

e do Iluminismo no século 18 conseguiria<br />

resolver todos os problemas do homem e<br />

até desvendar alguns dos mais profundos<br />

mistérios da natureza, ao contrário do que<br />

se pensava, mais e mais dúvidas foram<br />

surgindo nos últimos dois séculos.<br />

Mas como ninguém quer ficar na dúvida,<br />

porque esta leva à insegurança, a maioria<br />

das pessoas não quer nem mesmo refletir<br />

superficialmente sobre o assunto, porque,<br />

para essa extrema maioria, basta tão somente<br />

procurar viver sem maiores preocupações,<br />

minimizando os problemas. Viver,<br />

pura e simplesmente. Aproveitar ao máximo<br />

B<strong>ED</strong>RAN<br />

Sociólogo e articulista da Revista<br />

Comércio & Indústria de Araraquara<br />

Ciência e Religião<br />

a vida, comer, beber, amar e divertir-se enquanto<br />

pode, porque não desconhece que a<br />

vida não é eterna.<br />

Outros, porém, alguns poucos que querem<br />

descobrir o significado das coisas, não<br />

se conformam com a sua atroz insignificância<br />

e então procuram confortar seu pensamento<br />

ou suas angústias tentando descobrir<br />

fórmulas que os satisfazem, dentro da<br />

liberdade, do livre-arbítrio de que supostamente<br />

possam ter ou do destino fatal a que<br />

estão sujeitos.<br />

É isso que a Humanidade tem se deparado<br />

durante todo esse tempo em que o<br />

homem começou a desfrutar do ócio, a ter<br />

tempo e condições para refletir. Ou ele parte<br />

para a religião ou então para a ciência. Mas<br />

quando, nem uma e nem outra conseguem<br />

satisfazê-lo suficientemente, aí ele procura<br />

o caminho da filosofia.<br />

Porque é na filosofia que ele tenta escapar<br />

do dogmatismo da fé e também do<br />

dogmatismo da fé na ciência, levada até as<br />

suas últimas consequências. Mas isso não<br />

quer dizer que também ele conseguirá escapar<br />

das eternas dúvidas e dos mistérios<br />

eternos que ainda envolvem a existência do<br />

homem na sociedade em que vive.<br />

Ao contrário do que se poderia imaginar,<br />

mesmo as descobertas filosóficas mais surpreendentes,<br />

mesmo as ideias e as interpretações<br />

dos grandes filósofos em todos<br />

os tempos, têm conduzido o ser humano a<br />

muito mais dúvidas ainda, as infinitas dúvidas.<br />

Mas como ele está fadado a pensar, a<br />

raciocinar e a usar da razão, que é da sua<br />

própria condição humana, não há como escapar<br />

dessa sua eterna sina.<br />

Por isso, apesar do possível conforto<br />

espiritual que a religião poderia nos proporcionar,<br />

apesar de todas as descobertas<br />

científicas que têm levado o homem a viver<br />

melhor, ou pelo menos, aparentemente melhor<br />

em sua vida material - e isso já é uma<br />

discutível dúvida filosófica -, ainda assim<br />

restam as eternas indagações humanas,<br />

que, tanto a religião, quanto a ciência ou<br />

a filosofia estão tentando responder, mas<br />

que ainda estão bem longe de conseguir<br />

desvendá-las.<br />

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