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Agenda novembro-dezembro do DDC

Agenda cultural do Departamento de Difusão Cultural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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MÚSICA

NÚCLEO DE ESTUDOS DA CANÇÃO

NOVEMBRO

A escuta, a canção e o silêncio: matéria da educação

- Simone Rasslan

Em sua última edição de 2019, O Núcleo da

Canção da UFRGS recebe a artista e educadora

musical Simone Rasslan para uma palestraperformance

em que apresenta sua pesquisa de

Doutorado em Educação pela UFRGS.

Este trabalho é um estudo que articula silêncios

e constituição de si por dentro de práticas

documentadas numa coleção de canções

populares brasileiras. É um exercício de escuta.

É com ele que produzo com as canções dois

ambientes que formam, igualmente, diferentes

formatos de registro: um trabalho de escritura e

uma experiência de releitura. Escrevo sete textos

ensaísticos e sete arranjos musicais gravados em

áudio. Tal resultado será compartilhado com o

público num formato de sarau/recital.

NÚCLEO DE ESTUDOS DA CANÇÃO | A ESCUTA, A

CANÇÃO E O SILÊNCIO: MATÉRIA DA EDUCAÇÃO

COM SIMONE RASSLAN | MEDIAÇÃO DE CAROL

ABREU E LÍGIA PETRUCCI

Data: 21 de novembro, às 19h

Local: Centro Cultural da UFRGS

Entrada Franca

Com as canções me posiciono. Pode parecer

“cafona”, mas o fato é que elas são em mim, eu

sou nelas. O tema do silêncio, espalhado sob

várias formas – como fala, como escritos, como

imagem –, também se faz ouvir na tessitura

das canções, por dentro delas. Tal aproximação

– entre canção e silêncio – atribui à escuta a

condição para o nascimento deste trabalho:

juntamente com a escrita ensaística, a escuta

atua, de modo central, como método que vai

sendo inventado, na medida em que se faz.

Percebo, como professora de música e como

artista, que o fazer musical, ao reconhecer o

silêncio como sua produção intrínseca, exercita

a invenção de sujeitos determinados. Tal

reconhecimento se amplia para os modos de

aprender e de ser em relação com o outro, em

transubstanciação com o meio, em confronto

erótico com o mundo. Um mundo que é silêncio

e som e que “grita” cada vez mais para ser

ouvido como se, em nossa anestesia, tivéssemos

perdido tal capacidade. Cogito reconhecer o

silêncio, desde o ponto de vista da arte, como

espaço de constituição de si, que pode ser

praticado na música e daí lançado para outros

espaços da vida, de modo a constituir um ethos,

sendo assim conhecimento útil, ethopoiético.

O que as artes, especialmente a música, estão

fazendo nesse sentido?

Simone Rasslan

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