12.03.2020 Views

Kevin Mitnick - A Arte de Enganar

Kevin Mitnick - A Arte de Enganar

Kevin Mitnick - A Arte de Enganar

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

18

A Arte de Enganar

Tudo isso criou a base para a terceira ligação. Grace tinha tudo o que precisava para ligar para a

CreditChex, para se passar como representante de um de seus bancos clientes, o National, e simplesmente

pedir as informações que estava querendo.

Com habilidades para roubar informações tão boas quanto aquelas que um trapaceiro tem para

roubar o seu dinheiro, Grace tinha talentos bem treinados para ler as pessoas. Ele conhecia a tática

comum de esconder as principais perguntas entre aquelas mais inocentes. Ele sabia que uma pergunta

pessoal testaria a disposição da segunda funcionária em cooperar antes de pedir inocentemente o

número do ID de Comerciante.

O erro do primeiro funcionário ao confirmar a terminologia para o número do ID do CreditChex

foi um erro quase impossível de ser evitado. As informações são tão conhecidas dentro da indústria

bancária que elas parecem não ter importância — o próprio modelo da inocência. Mas a segunda

funcionária, Chris, não deveria ter sido tão disposta a responder perguntas sem verificar se o interlocutor

era de fato quem dizia ser Ela deveria pelo menos ter anotado seu nome e número e ter ligado

novamente. Dessa forma, se mais tarde surgisse alguma dúvida, ela teria um registro do número do

telefone usado pela pessoa. Neste caso, uma ligação como essa tomaria muito mais difícil para o

atacante disfarçar-se de representante do CreditChex.

Teria sido melhor ainda ligar para o CreditChex usando um número que o banco já tinha em seus

registros — não um número fornecido pelo interlocutor — para verificar se a pessoa realmente trabalhava

lá, e se a empresa eslava realmente fazendo uma pesquisa com os clientes. Dados os detalhes

práticos do mundo real e as pressões de tempo sob as quais a maioria das pessoas trabalha hoje em

dia. seria muito esperar esse tipo de ligação telefônica de verificação, exceto quando um empregado

suspeita de que algum tipo de ataque está sendo realizado,

A ARMADILHA DE ENGENHEIRO

E de conhecimento geral que as empresas caça-talentos usam as táticas da engenharia social para

recrutar talentos corporativos. Este é um exemplo de como isso pode acontecer.

No final dos anos de 1990, uma agência de empregos não muito ética conseguiu um cliente novo,

uma empresa que estava procurando engenheiros elétricos com experiência na indústria de telefonia,

O pivô do projeto era uma senhora dotada de uma voz rouca e um modo sexy que ela havia aprendido

a usar para desenvolver a confiança inicial e afinidade pelo telefone.

A senhora resolveu atacar um provedor de serviços de telefonia celular para saber se ela poderia

localizar alguns engenheiros que estivessem tentados a atravessar a rua e ir trabalhar para um

concorrente. Ela não podia ligar para a telefonista e dizer "Quero falar com alguém que tenha cinco

anos de experiência como engenheiro". Em vez disso, por motivos que ficarão claros em alguns

instantes, ela começou o assalto aos talentos buscando uma informação que parecia não ser nada

sigilosa, uma informação que a empresa dá para quase todas as pessoas que a pedem.

A primeira ligação: a recepcionista

Usando o nome Didi Sands, a atacante fez uma ligação para os escritórios da empresa

de telefonia celular. Esta foi parte da conversação:

Recepcionista: Boa tarde. Sou Marie. posso ajudar?

Didi:

Você pode me passar para o Departamento de Transportes?

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!