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Shotguns and Sorcery - Justiça em VIlagoblin

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para ser libertada para servir, finalmente, à seu propósito.

“Não faça isto, Gibson”, disse Yabair. “Para o seu bem, interrompa este encantamento e guarde a sua

varinha.”

Naquele momento, eu não queria nada além de liberar minha varinha e explodir Yabair em pedaços

tão pequenos e carbonizados que seria impossível encontrar todos eles. Eu teria feito isto. Cheguei

muito perto de fazê-lo.

Mas Kai colocou uma mão no meu ombro. “Esqueça, Max,” ele disse. “O elfo está certo. Sig está

morto. Matando Yabair aqui, na delegacia, você acabará da mesma maneira.”

Tentei dizer a mim mesmo que não importava, que eu precisava fazê-lo. Meu senso de justiça exigia.

Mas olhei para Yabair e sabia que estava errado.

Ele não matou Sig. A Cidade do Dragão o matou, e todos nós tivemos nossa parte nisto.

Eu baixei minha varinha e cuspi aquela sílaba final no chão.

Kai estendeu uma mão para Yabair, mas o elfo a ignorou e levantou-se por sua própria conta.

“Isto está terminado,” Yabair afirmou enquanto limpava o sangue das mãos em seu uniforme

carmesim. “Parta agora e isto fica entre nós.”

“Você não quer saber quem matou seus guardas?” disse Kai.

Yabair enrugou o nariz e estremeceu-se com a dor. Ele puxou um lenço do bolso e limpou o rosto.

“Mais do que qualquer outra coisa,” ele disse. “Mas no que compete à Guarda do Dragão neste

momento, encontramos nosso assassino e ele foi à justiça por suas próprias mãos.”

Eu pensei em socar Yabair no nariz novamente, mas Kai segurou-me pelo braço e me puxou para fora

da sala. Yabair não nos disse adeus.

Na rua, Kai saiu em passadas largas, desafiando-me a acompanhá-lo.

“Que diabos foi aquilo lá trás?” eu disse, perseguindo-o. “Desde quando é você que me segura, e não

o contrário?”

Ele deu de ombros e continuou caminhando. “Você entendeu errado, Max. Acabou.”

“O que você quer dizer?”

Ele não falou nada. Eu segurei-o pelo ombro e o puxei até um beco imundo, fora do caminho do

tráfego na rua.

“Eu disse, ‘o que você quer dizer?’”

“Deixa quieto, Max.”

Licenciado para Vítor Nascimento. vitordrades@gmail.com

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