Shotguns and Sorcery - Justiça em VIlagoblin
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Licenciado para Vítor Nascimento. vitordrades@gmail.com
sotaque nobre, e disse “Sem chance”. Eu reconheci imediatamente o dono dela. No mesmo instante,
uma luz surgiu atingindo eu e Sig em um feixe atordoante.
Congelei. Parte de mim queria dar a volta e encarar aqueles caras de frente, mas a parte mais
inteligente já sabia quem estava na entrada do beco nos esperando. Esta parte tinha uma forte
ressalva contra ser desintegrado por oficiais excessivamente zelosos na execução de suas
devidamente merecidas funções.
Sig estremeceu sob a luz e finalmente olhou diretamente dentro dos meus olhos.
Ele se assemelhava muito pouco com um assassino. Ao invés disto, parecia uma criança de pele
verde, aterrorizada e com dentes tortos. Ele ficou tenso e eu senti que perderia a cabeça. Eu balancei
sutilmente a cabeça, apenas o suficiente para que ele visse, mas não o bastante para que os elfos
sanguinolentos por trás da luz pudessem utilizar como desculpa para poupar o Império das
perturbações de um julgamento.
“Qual seria o problema, Capitão Yabair?” Falei em minha voz mais inocente.
“Afaste-se deste orc imundo, Gibson,” disse Yabair. “E fique com as mãos para cima.”
Eu larguei a camisa do Sig e fiz o que foi pedido. Enquanto isto, deixei minha varinha cair pela
manga. Se Yabair e seus amigos viram, foram polidos demais para mencionar.
Encarei Sig nos olhos e depois me voltei para o outro extremo do beco, torcendo para que ele tivesse
entendido a dica. Havia limites quanto ao que eu poderia fazer por ele naquele momento. Ele
precisaria dar conta do resto.
Eu me virei na direção da luz brilhante e protegi meus olhos com a mão enquanto tentava enxergar
além dela. “Sei que isto parece ruim”, eu disse enquanto caminhava lentamente na direção dos
guardas, tentando acalmá-los.
Eu não havia sequer terminado a frase quando Sig girou sobre os calcanhares e disparou na outra
direção. Seus pés marcavam um ritmo de pânico nas pedras do calçamento atrás de mim. Dei o
melhor de mim para ignorá-lo e continuar seguindo em frente, esperando bloquear a visão dos
guardas.
“Parem ele!” bradou Yabair.
Eu joguei as mãos para cima e parei. “Ei, não vou a lugar algum. Estou bem aqui.”
A luz saiu de cima de mim e foi atrás de Sig. Eu me desloquei, tentando manter meu corpo dentro do
feixe enquanto um par de elfos vestidos no elegante carmesim da Guarda do Dragão Imperial
partiram em carga atrás de Sig. Eu cambaleei e estiquei meu pé na tentativa de tropeçar os guardas,
mas não atingi o objetivo. Mais rápidos e leves do que jamais serei, eles se esquivaram de mim
como o vento e dispararam atrás do orc em fuga.
Eu me virei para olhar para os guardas e balancei a cabeça em pena por Sig. Ele precisaria de um
milagre para fugir deles e levando em consideração como eu havia o encontrado parado sobre o