Jornal do Servidor - Praia Grande | Ed. 22 | Março 2020

CULTURA E TURISMO
Servidor cria escultura
“O Grito da Amazônia”
Neuton é um artista autodidata e criou a obra de arte
inspirado em um artista polonês
Eentre as tarefas do dia a
dia, o cuidado com a manutenção
do Palácio das Artes,
o funcionário público Neuton
Santos encontra inspiração para
criar obras de arte. E sua última
criação chamou tanta atenção
que agora compõe a decoração
de um dos setores da Prefeitura
de Praia Grande: a antessala do
gabinete do prefeito.
Aos 53 anos, 28 deles dedicados
ao serviço público
municipal, Neuton é um artista
autodidata. A convivência com
a arte durante o expediente de
trabalho despertou a paixão
pela pintura, escultura e criação
de cenários teatrais.
O trabalho nomeado como “O
Grito da Amazônia” foi criado
para uma instalação de apresentação
na abertura do 26º Salão
de Artes Plásticas, mostra que
reúne diversas linguagens de
artistas de todo o país. Esculpida
em madeira, com acabamento
em tinta e carvão, a obra remete
ao trabalho do artista polonês
naturalizado brasileiro Franz
Krajcberg, grande entusiasta de
causas ambientais.
O TRABALHO FOI NOMEADO COMO “O GRITO DA AMAZÔNIA”
“Me interessei muito pela obra
desse artista, que tem trabalhos
em pintura, escultura e
fotografia, especialmente pelas
expressões que retratam os
problemas ambientais. Estudei,
pesquisei, sempre com a ajuda
do professor Osmário Barreto,
responsável pela divisão de
Artes Visuais do PDA, e resolvi
arriscar a criação”.
Foram 15 dias de trabalho
intenso. “Tive uma dedicação
especial a esse trabalho porque
produzi especialmente para
a abertura do Salão de Artes,
como uma forma de chamar a
atenção para o desmatamento
e problemas ambientais na
Amazônia. Rapidamente, a
obra se tornou um sucesso
entre os visitantes do Salão
de Artes Plásticas. Para a surpresa
do artista, um fã levou o
trabalho para fora dos muros
do Palácio das Artes. “Durante
uma visita, o prefeito Alberto
Mourão conheceu a obra, e
gostou tanto que pediu para
que ficasse exposta no gabinete.
Aceitei na hora, porque
acredito que o artista cria para
que mais e mais pessoas
possam ter acesso à arte”,
edição 22 | março 2020
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