Revista Mistérios de Órunmilá - 03
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
FEVEREIRO.2017
EDIÇÃO N° 3
Radiestesia
Entrevista com
Dirceu Galhardi
Célia domingues
A empreendedora
do carnaval
Quiromancia
Saiba sobre a arte que diz o futuro
a partir das suas mãos
Carnaval
E suas diferentes
manifestações culturais
FELICIDADE
Maçonaria
A simbologia da
Franco-Maçonaria
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA. PROIBIDA A VENDA
Encontro nas águas de Niterói
Fev .
2017
SUMÁRIO
02 Saúde
DST: Prevenir é o melhor remédio
04 Eventos
Encontro nas águas de niterói
05 Religião
CEIF: Umbanda de princípios originais
08 Cultura para todos
Cantares Bantos em Minas Gerais
09 Culinária
Comer nos indentifica
10 Entrevista
Célia Domingues: A empreendedora do carnaval
12 Entrevista
José Beniste
14 Entrevista
Dirceu Galhardi: Radiestesia
16 Entrevista
Carlos Ciriaco Sowzer: Capoeira
18 Gente que abraça gente
Espalhando amor por aí
22 Carnaval
Bate bola
24 Carnaval
O carnaval e suas diferentes manifestações
29 Homenagens póstumas
Cultura para todos
20
26
28
CARNAVAL
A festa que faz bem!
E a felicidade,
o que é?
A busca
constante pela
felicidade
34 Esoterismo
Quiromancia
33 Esoterismo
A simbologia da Franco-Maçonaria
36 Espaço Verde
Reaproveitamento de alimentos
38 Distribuidores
42 Infantil
44 Agenda cultural
45 Grandiosa festa de pai António da
Amaralina
Chegamos ao n°
3 da Revista, e só
poderíamos abranger
nesse n° o tema
ALEGRIA, pois retrata
a nossa satisfação
diante esse trabalho.
Além, de falar da folia,
entrevistas e matérias
que enriquecem o nosso conhecimento, estamos
aumentando o espaço para você leitor participar
e fazer parte da nossa família. Já iniciamos as
colunas de Destaque Mirim, Poesia e agora a
culinária Sagrada. Envie o seu material para o
nosso e-mail revistamisteriosdeorunmila@gmail.
com para publicarmos!
Aguardamos vocês!
Nara Barcellos
Diretora geral
Agradecimentos
Iyawo IFA Beatriz Melo
Narinha de Iyemoja, Carlinhos de Osalá,
Iyá Leke, Iya Paula de Odé, Gisele de Nana,
Paula Santana, Thiago, Cristina Amadeu e Pai
Dedeco
“Agradeço em especial ao
Babalawo Afisi Famuiwa, somente um
amigo mostra IFA para uma pessoa”
- Sandro Fatorerá
Presidente- Sandro Fatorerá Diretora geral
- Nara Barcellos
Design - Felipe Perrot e Luiz Revisão de
texto - Roberval Barcellos
Assessoria de imprensa - Thiago Fotografia
- Ogan Júnior
Vendas de publicidade - Ogan Júnior -
Telefone - (21) 98780-7140 |Vendas de
publicidade - Alexander Oliveira -
Telefone - (21) 9929-93422
5000 exemplares distribuídos
Erratas: (1) Clara Gaspar foi iniciada no Ilê ase
omim opara, pela Yalorisa Odoromim de osun
que contou com a presença de ogan Bangbala
como pai pequeno e mãe Maria moreira como
mãe pequena.
(2) Egbomi Luana e João Pedro de Aira , filhos
da iyalorisa Márcia de Oxoguia.
PREVENIR É O MELHOR REMÉDIO
O Carnaval é uma das épocas mais esperadas e comemoradas do ano, mas é nesse período onde
ocorre o aumento no número de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s) e outras doenças causadas
pelo contato direto e Íntimo entre as pessoas, como viroses respiratórias, conjuntivites, hepatites e
mononucleose – conhecida popularmente como a doença do beijo.
Principalmente durante as festividades carnavalescas, tomar os cuidados necessários e saber se prevenir
é fundamental para quem quer evitar futuros problemas com a saúde
As doenças mais comuns que podem ser transmitidas durante o Carnaval são:
DSTS
Nessa época do ano é muito alto o índice de pessoas que contraem Hepatite B e doenças sexualmente
transmissíveis (DSTs), como a AIDS e o Papiloma vírus Humano (HPV). Por isso, o uso do
preservativo é imprescindível. No caso do HPV, a camisinha não garante 100% de proteção, pois as
lesões podem ser microscópicas.
CONJUNTIVITE
Nesse período há um maior número de casos da doença devido ao aumento do contato com diversas outras pessoas, muitas das quais
previamente infectadas. Além disso, as altas temperaturas – os raios ultravioletas baixam a imunidade – e a falta de cuidado com a higiene das
mãos, que são levadas sujas aos olhos, proporcionam o desenvolvimento da doença.
HEPATITES
Grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser
causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas
e genéticas.
No Carnaval umas das principais formas de contágio é compartilhar utensílios. Se a pessoa estiver com o
vírus, o indivíduo que beber no mesmo copo, por exemplo, pega. Outra forma pela qual a hepatite A pode
ser transmitida é consumir alimentos e bebidas contaminados.
No caso dos vírus B, C e D a transmissão também pode ser sanguínea, a exemplo pratica sexo
desprotegido, por compartilhamentos de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros
objetos que furam ou cortam.
HERPES
A principal característica são as feridas ao redor dos lábios, mas nem sempre os sintomas
aparecem, tornando mais difícil a identificação de problemas. Não tem cura. O vírus fica no
organismo de quem teve contato, mas nem todos desenvolvem os sintomas.
Sífilis: Causada por bactéria, é considerada uma doença sexualmente transmissível. Contudo, em sua
fase secundária, é altamente contagiosa através do beijo.
VIROSES RESPIRATÓRIAS
Geralmente acometem os foliões nos primeiros dias pós-festa. Os sintomas são: febre, diarreia, náuseas, tontura e sensação de fraqueza.
DOENÇA DO BEIJO (MONONUCLEOSE)
A mononucleose infecciosa é uma doença benigna, mas em
alguns casos a apresentação clínica se dá de forma mais severa. Os
principais sintomas são: febre, dor de garganta, gânglios (ínguas)
submandibulares, dores nas articulações, prostração vermelhidão na
pele e aumento do baço. O vírus pode permanecer no organismo por
um longo período, porém a doença se manifesta apenas uma vez.
Por isso não se iluda, é importante todos esses cuidados! É claro!
Sexo com segurança! O uso de preservativo é primordial. Ah,
outra coisa, mantenha sempre a higiene.
Tomando todos os cuidados necessários você pode aproveitar
bem o carnaval!
Texto: Beatriz Melo
Fonte de consulta: Secretaria estadual de saúde
SINTOMAS
• Dor de garganta
• Fadiga
• Inchaço dos gânglios
• Tosse
• Perda de apetite
• Inflamação do
fígado
• Hipertrofia do Baço
VACINAÇÃO
Não existem vacinas para
prevenir a mononucleose
DIAGNÓSTICO
Para confirmar o
diagnóstico clínico,
existe o Monoteste,
um exame de sangue
que só apresenta
resultados confiáveis,
a presença de
linfócitos atípicos,
quando o paciente
tem mais de 4 anos
de idade e está na
segunda semana da
doença
PREVENÇÃO
• Não partilhe a mesma comida
e o mesmo copo
• Evite o beijo na boca de
desconhecidos
ENCONTRO NAS ÁGUAS DE NITERÓI
Evento realizado por “União Espiritualista de Umbanda Afro
Brasileira do Estado do rio de janeiro” em sua sexta caminhada.
Todos os anos em 29 de Dezembro desde 2010.
A União possui 40 anos de existência, sendo presidida a 8 anos
por Pai Sr. Carlos Novo, sendo composta por 16 diretores e com sua
sede na Rua Saldanha Marinho Nº 230 em parte do terreno do Centro
Espírita Cabana da Vovó Ana esta fundada em 24/06/1963; presidida
nos últimos 20 anos por Mãe Dulce de Xango (80 anos de idade).
Celebridades presentes e participantes
Centro Espírita São Jorge e São Miguel Arcanjo (Pai Carlos Novo),
irmã Pepa (c.e. Tujupiara), (Pena Branca), Pai Mauro, Mãe Dina, Pai
Crecio, Ile de Mãe Vania, c.e. Xango das almas, Mãe Iraci, Pai Enilton,
Ile Ase Ogunja, c.e. Cabocla Jurema, c.e. Pai Benedito de Angola, Ile
Ase D’Osun, c.e. N.Senhora da Conceicão, casa de mãe Osun e Xango
(pai Tião), c.e. Pai Cristiano, c.e Caboclo Ubirajara, Pai Joel, Mãe Iara.
Pai Sr. Carlos Novo (a direita com mão estendida)
Maçonaria presente com os batedores do Motoclube da Facção Bode
de Niterói.
Carreata com público estimado
em seu trajeto de 300 pessoas.
Chegando a Praia de Icaraí, local de
seu evento principal, um público de
aproximadamente 1000 pessoas já
aguardavam a carreata para seu festejo.
As 23:30 foi encaminhado os barcos
com as oferendas para Yemonja.
Evento contou com apoio dos órgãos:
Prefeitura de Niterói, Conselho
Municipal de Promoção de Igualdade
Racial, SEOP, NITTRANS, SEXEC,
CEPPIR, SEC. Cultura de Niterói,
Neltur.
04 Mistérios de Órunmilá Fevereiro 2017
Colaboração e cobertura: Alexander Freitas
PERGUNTAS E RESPOSTAS
CEIF
“UMBANDA DE PRINCIPIOS ORIGINAIS ”
Não gostamos e não adotamos o termo “Pura”. Chamar de Pura seria
indelicado para as casas cruzadas com as nações do Candomblé, dando
a entender que essas seriam “impuras”. A gratidão à essas casas pela
manutenção, pela sobrevivência da nossa Umbanda merece todo nosso
carinho e gratidão.
O CEIF quando fundado respeitou os princípios originais da Umbanda.
Não temos atabaques, apenas canto. Não temos imagens, apenas flores.
Não temos corte de animais, apenas oferendas de flores e frutas. Não
temos trabalhos de magia, apenas o fortalecimento individual através dos
aconselhamentos das entidades.
Nossas giras são curtas, duram em torno de 2 horas, NUNCA entrando
pela madrugada. Temos também a Sessão de Mesa. Mesa de Umbanda,
chamada de Mesa da Irmã Paula onde são feitas preces para irmãos
encarnados, desencarnados e psicografias. Todo o nosso atendimento é
gratuito, pois entendemos que caridade não se cobra.
Misterios de Orumila: Como foi fundado o centro?
CEIF: O CEIF foi fundado pela iniciativa do iluminado casal Antonio e Zulmira,
a pedido dos seus respectivos mentores espirituais, Seu Tupi e Irmã Paula.
Nessa jornada, eles tiveram grande apoio de casais amigos, a se destacar
Dona Manola e Seu Gledstone, que de início cederam sua casa em Inoã e
depois acharam a atual sede na Tijuca, Rua José Higino 146, no Rio de Janeiro.
Misterios de Orumila: Qual é a entidade que é Chefe da casa?
CEIF: A casa foi fundada por ordem do Seu Tupi. Ele definiu as firmezas e fez
todo o assentamento do terreiro. Ele é o Chefe da casa! Com o falecimento
do médium, Seu Antonio, em 2012, as responsabilidades de condução do
terreiro foram passadas para o Caboclo da Lua e eu como seu médium,
assumi a responsabilidade de administrar o CEIF.
Misterios de Orumila: A casa já sofreu com vândalos ou perseguições?
CEIF: Já sofremos invasões para pequenos furtos, mas nada que fosse
diferente do que, infelizmente, vive a nossa cidade. Casos de vandalismo ou
discriminação religiosa, graças a Deus, ainda não tivemos.
Misterios de Orumila: Quais são as atividades religiosas da casa?
CEIF: O CEIF tem atendimentos, consultas, conforme escala divulgada
mensalmente, todas as segundas à noite e quartas à tarde. Nas quintas temos
o nosso desenvolvimento mediúnico, sendo exceção a primeira quinta-feira
do mês, que está reservada para a Mesa da Irmã Paula. Nosso atendimento
é gratuito e trabalhamos com giras de Caboclos, Pretos Velhos, Crianças e
Guardiões.
Misterios de Orumila: Vocês desenvolvem algum projeto social?
CEIF: Não temos nenhum trabalho próprio, mas apoiamos projetos
conhecidos da casa. Fazemos o recolhimento de donativos e visitas fraternas
a orfanatos e asilos.
Misterios de Orumila:A casa conta com quantos médiuns ?
CEIF: O corpo mediúnico gira em torno de 90 médiuns, contando os que já
estão prontos para o atendimento e os ainda em desenvolvimento.
Misterios de Orumila: Como pode ser feito algum tipo de doação ou
parceria com a casa?
CEIF: A nossa casa se sustenta unicamente pelas mensalidades pagas pelos
médiuns. Nenhum trabalho é cobrado. Administramos com muita seriedade
e transparência. Estamos com todas as nossas obrigações regularizadas,
balanços e impostos em dia! Doações são sempre bem-vindas. Nossa Diretoria
está à disposição daqueles que quiserem e puderem ajudar a casa.
Misterios de Orumila: Durante todos esses anos, muitos fatos marcantes
aconteceram, vocês podem citar alguns?
CEIF: A fundação, dia 5 de Agosto de 1993, sem sombra de dúvida é a nossa
“pedra fundamental”. Eu cheguei no CEIF em 2000 e nesses pouco mais de
16 anos pude presenciar momentos de muito trabalho, alegrias e algumas
provações.
Em 2012, com o falecimento do nosso Presidente Antonio, passamos por
momentos muito difíceis. Alguns médiuns representativos saíram dando
as costas à Casa. Foram momentos de muitos questionamentos, duvidas e
provações.
Trabalhamos muito, sem nos preocupar com a dúvida e com o medo. Eu e
Olivia organizamos tudo que precisava. Hoje, após vencermos a transição,
estamos com a casa fortalecida e uma Diretoria atuante, jovem, apaixonada e
vibrante. Temos certeza que a casa está firme para mais 25 anos!
Misterios de Orumila: Considerações finais. Fale um pouco sobre a umbanda
pura e cruzada?
CEIF: Acho importante abordar o tema, pois existe muita confusão sobre
o assunto e a nossa mídia televisiva não ajuda em nada. Muitas são as
expressões usadas para tentar explicar as linhas de atuação dos templos
dentro da nossa Umbanda. Umbanda pura, branca, oriental, cruzada e já ouvi
até Umbandomblé...
Para entender precisamos retornar no tempo e confirmar que a primeira
manifestação intitulada Umbanda foi registrada em Niterói, num Centro
Kardecista, no início do século passado, na incorporação do Irmão Zélio
de Morais. Muitos estudiosos já procuraram, no Brasil e na África, o termo
Umbanda e nenhum deles teve sucesso. Fato é que a Umbanda nasceu numa
mesa kardecista e no Brasil!
Sabemos também que não foi bem recebida pelos irmãos kardecistas pois
o costume era receber nesse culto professores, doutores, cientistas e não
pretos velhos ou caboclos. Num ato de pura fraternidade, o Candomblé, com
seu rito secular, sedimentado ao longo dos muitos anos na África e depois no
Brasil, abriu suas portas para acolher a nossa Umbanda.
O que num primeiro momento foi a sobrevivência do culto de Umbanda,
no segundo, trouxe uma mistura que criou o cenário constatado nos dias
de hoje, muita mistura e descaracterização da forma original da Umbanda.
Afinal, uma cultura milenar acaba tendo muito mais peso e influência sobre
uma que está nascendo, se plasmando, no cenário terrestre.
A nossa casa, o CEIF, trabalha com a Umbanda original.
Não gostamos e não adotamos o termo “Pura”. Chamar de Pura seria
indelicado às casas cruzadas com as nações do Candomblé, dando
a entender que essas seriam “impuras”. A gratidão à essas casas pela
manutenção e pela sobrevivência da nossa Umbanda merece todo nosso
carinho e gratidão.
O CEIF quando fundado respeitou os princípios originais da Umbanda.
Não temos atabaques, apenas canto. Não temos imagens, apenas flores.
Não temos corte de animais, apenas oferendas de flores e frutas. Não
temos trabalhos de magia, apenas o fortalecimento individual através dos
aconselhamentos das entidades. Nossas giras são curtas, duram em torno
de 2 horas, NUNCA entrando pela madrugada. Temos também a sessão de
Mesa. Mesa de Umbanda, chamada de Mesa da Irmã Paula onde são feitas
preces para irmãos encarnados, desencarnados e psicografias. Todo o nosso
atendimento é gratuito, pois entendemos que caridade não se cobra.
Misterios de Orumila: As sessões da irmã Paula como acontecem ? É
psicografia?
CEIF: A sessão de mesa acontece sempre nas primeiras quintas-feiras do mês,
exceto entre o reveillon e o carnaval. Nesse período é feito recesso.
A Mesa é uma reunião de preces, reflexão e de psicografia. São feitos
cantos, preces, passes coletivos e ao final, são distribuídos água fluidificada e
flores.
Quanto à psicografia, vale a pena falarmos sobre um ponto muito
interessante. Na maioria das vezes, quando falamos de psicografia, temos a
ideia de que as mensagens são SEMPRE para as pessoas que estão aqui do
nosso lado. De maneira, direcionada, como se fosse um Correio espiritual.
O que presenciamos ao longo desses anos é que muitas, muitas vezes, as
manifestações acontecem para auxiliar os que estão do outro lado, ainda no
plano espiritual, com mensagens de desabafo, pedidos de perdão, pedidos
de esclarecimento e orientações. As necessidades existem nos dois planos
e a ajuda acontece em mão dupla, daqui pra lá e de lá pra cá. Vale a pena
conhecer!
JANEIRO FEV/MAR MAIO
Oxossi, perto do dia
de São Sebastião.
Fazemos um recesso
perto do Carnaval
Saudação aos
Pretos Velhos
JUNHO SETEMBRO DEZEMBRO
Festa Junina do
CEIF.
Calendário de Eventos
Saudação as
Crianças!
Encerramento na praia.
Vamos a praia do Leme
INFORMAÇÕES DE CONTATO
CENTRO ESPIRITUALISTA IRMÃOS DE FÉ
Rua : Jose Higino 146 - Tijuca
Fevereiro 2017 Mistérios de Órunmilá 05
Cantares Bantos em Minas Gerais
A
riqueza dos elementos de origem banto
na cultura brasileira é ainda muito pouco
conhecida, embora seja facilmente perceptível
para aqueles que reconhecem a importância dos africanos
na construção da nossa sociedade e da nossa cultura.
O cancioneiro preservado em tradição oral na região de
Minas Gerais e registrado em algumas publicações atesta a presença das
línguas africanas do grupo banto na formação do português brasileiro,
distanciando-o do português europeu. Tratando-se de línguas sem escrita,
na época em que foram trazidos para o Brasil, seus falantes certamente
as misturaram entre si e com a língua portuguesa, incorporando palavras
de uma língua na outra e produzindo alterações nas formas das palavras
e também nas construções das frases.
Essas misturas podem ser facilmente percebidas nos cantos
que eram entoados no dia-a-dia das minas de ouro e diamante nos
séculos XVIII, XIX e até quase a metade do XX, e, ainda hoje, nos
cantos entoados nas festas do Reinado de Nossa Senhora do Rosário em
Minas Gerais.
Os vissungos, como eram chamados os cantos do garimpo na
região diamantina, foram registrados em 1928 pelo pesquisador Aires da
Mata Machado Filho e divulgados a partir de 1943 no livro de sua autoria
O Negro e o Garimpo em Minas Gerais.
Capas do livro O Negro e o Garimpo em Minas Gerais, de Aires da Mata Machado Filho: José Olympio, 1943; Civilização
Brasileira, 1962; Itatiaia, 1985.
Esta publicação traz os 65 cantos que ele coletou, em forma
de notação musical, nos povoados de São João da Chapada e Quartel
de Indaiá, no município de Diamantina. Segundo o pesquisador, esses
cantos eram entoados em língua benguela. A palavra vissungo, de origem
banto, ocisungu em umbundo, língua de Benguela, província ao Sul de
Angola, significa ‘cantos’, como afirma a etnolinguista Yeda Pessoa de
Castro, no livro Falares africanos no Brasil.
Segundo Aires, o canto fazia parte de diversos momentos da
vida dos negros da região diamantina:
Os negros no serviço cantavam o dia inteiro. Tinham cantos especiais para a manhã,
o meio-dia e a tarde. Mesmo antes do sol nascer, pois em regra começava o serviço alta
madrugada, dirigiam-se à lua, em uma cantiga de evidente teor religioso.
A vida árdua dos africanos escravizados no garimpo era de algum
08 Mistérios de Órunmilá Fevereiro 2017
modo compensada pelo canto coletivo, como observou, por exemplo,
o viajante Saint Hilaire:
Uma passagem escrita pelo botânico francês Augustin Prouvençal de
Saint-Hilaire (1770-1853), que viajou pelo Brasil nos anos de 1816-22 e publicou
posteriormente um relato detalhado de sua viagem em diversos volumes, parece
constituir a referência mais antiga aos cantos dos garimpeiros. Ele se espantou que
os mineradores tivessem que realizar seu árduo e contínuo trabalho com as pernas
constantemente na água e recebessem comida de má-qualidade, duas circunstâncias
que os levavam à deterioração física: ‘Agrupados em grandes números, tais infelizes
homens se divertem em seu trabalho, cantam em coro os hinos (cânticos) de sua terra
nativa.
A publicação de Aires, além da transcrição, em notação musical,
dos vissungos, ou cantos, realizada com a colaboração de Araújo
Sobrinho, contém um glossário de palavras da língua benguela à época
ainda falada naquela região. Aqui está mantida exatamente a ordem da
publicação, mantendo o critério de classificação proposto por Aires:
Padre nosso (cantos 1 e 2); Ao nascer do dia (cantos 3, 4, 5 e 6); Canto
do meio dia (canto 7); Cantigas de multa (cantos 8, 9, 10 e 11); Cantigas
de caminho (cantos 13, 14, 15, 16 e 17); Cantigas de Rede (canto 18 e
19); Gabando Qualidades (canto 20); Cantigas de Multa (cantos 12 e 21);
Diversas (cantos 22 ao 51 e do 58 ao 65); A jangada secando água (cantos
54, 55, 56 e 57).
A mais importante consideração que emerge do registro desses
cantos é o fato de que o cantar pertence a todas as atividades do dia. Por
meio da voz, os homens vivem uma temporalidade em contínuo, que une
o passado, o presente e o futuro, pela memória da ancestralidade. Nos
cantos registrados por Aires da Mata Machado Filho, podemos perceber a
presença de palavras de línguas africanas misturadas ao português, como
no canto “Pedindo licença para cantar”. Nesse canto, pede-se licença ao
mais velho (curiandamba), ao cozinheiro (curiacuca), ao senhor moço e
ao dono da terra. O texto dessa canção contém a forma sinhô (em lugar
de senhor), variação comum no português brasileiro, e já incorporada
na literatura, seguindo a gramática das línguas banto, em que as palavras
nunca terminam por consoante.
Este canto expõe a importância do ato de cantar e o respeito
que se deve aos ancestrais. O vissungo presentifica as vozes e silêncios da
ancestralidade, trazendo à vida presente, em território brasileiro, a cultura
banto. No ambiente do garimpo, o trabalho deixou de ser coletivo e assim
o canto coletivo também foi ficando escasso. No início dos anos 2000,
Seu Pedro de Almeida, morador de Quartel do Indaiá e conhecedor de
muitos vissungos, de garimpo e de carregar defuntos em rede, dizia que
já não era possível cantar vissungo, por falta de “respondedô”.
Os Reinados de N. S. do Rosário, irmandades religiosas que todo ano
festejam com as guardas, ou ternos, de Congo e Moçambique, a chegada
daquela que protege os negros, esses reinados são hoje, em Minas,
os principais espaços de preservação dos cantos de tradição oral que
vêm da África. O capitão, à frente, puxa o canto, ou “joga verso”, e o
coro, composto de 15, 20 pessoas organizadas em duas alas, responde,
repetindo os últimos versos, batendo tambores. Nos Reinados de N. S.
do Rosário as palavras dos mestres ainda encontram coro, como nos
tempos dos nossos mais velhos, em África.
Guarda de Moçambique no Reinado de N. S,
do Rosário em Belo Horizonte. Foto de Ilka
Boaventura. Capas do livro O Negro e o Garimpo
em Minas Gerais, de Aires da Mata Machado
Filho: José Olympio, 1943; Civilização Brasileira,
1962; Itatiaia, 1985.
Colaboração de : Andréa Adour da Camara - andreaadour@musica.ufrj.br
Sônia Queiroz - queirozsonia@yahoo.com.br
COMER NOS IDENTIFICA
Todas as culturas têm suas comidas típicas, na maior parte
das vezes, vinculadas ao que a Natureza local disponibiliza e permite
produzir com mais abundância. Assim, comunidades à beira do mar,
ribeirinhas, os povos das florestas, dos campos, das montanhas, criaram
e criam pratos diversos que agregam ou se modificam quando migram
para outras regiões, dependendo das matérias-primas disponíveis no
lugar. O comer, em síntese, é ato de identificação e
inter-relacionamento sócio-cultural. “Quando se fala
em alimentação é impossível dissociá-la da cultura,
já que o alimento faz parte do complexo processo
de formação de identidade cultural de um povo.
O ato alimentar não é apenas uma condição
biológica para manter-se vivo, comer constitui
em um ato impregnado de significados que são
incorporados aos alimentos desde o preparo até o
consumo. O alimento está tão incorporado à cultura
que algumas regiões do Brasil são conhecidas pela
culinária e não por suas paisagens exuberantes a exemplo
da Bahia que tem como símbolo do estado a baiana do acarajé com
seu tabuleiro repleto de cocadas, caruru, vatapá e o famoso acarajé. Em
torno da mesa, são consagradas as confraternizações, são transmitidos
valores culturais, são rememoradas nossas raízes e reforçadas as relações
afetivas.”
Na história da Humanidade, as colheitas anuais de cereais, por
exemplo, são objeto de festividades intensas na maioria das culturas ao
redor do mundo. Na maior parte das vezes, as comemorações foram se
entrelaçando a ritos e dogmas religiosos, na medida em que o alimento
assumiu um caráter sagrado no decorrer da construção sócio cultural
da Humanidade. Para as religiões, o alimento é um forte instrumento
ideológico e cultural. A maioria delas tem regras claras e dogmáticas
quanto aos hábitos alimentares dos adeptos, sobre o que comer, o que
não comer, quando, onde e como comer. Ser judeu é não comer carne
de porco; ser hinduísta é ser vegetariano. No Cristianismo, ancorado na
culpa, há o caráter penitenciário de não comer carne em um determinado
período do ano.
Para outras, o alimento tem uma relação direta com o plano etéreo,
como no Candomblé, em que ele representa um fundamento em
si no estabelecimento do vínculo com Olódùmarè (Deus). É nas
comidas ofertadas e compartilhadas que está o grande Axé, a energia
poderosa; a força de cada um dos Orixás concedida por Olódùmarè.
“As comidas oferecidas são elemento de aproximação entre o fiel e seu
Orixá, momento de estabelecer uma profunda intimidade, dividindo
o alimento, as alegrias, e os dissabores com eles. No Candomblé, o
alimento é uma força de oração, é um ritual, é um fundamento. Em dias
de festa nas casas de Candomblé, a refeição é um importante momento
sócio-religioso. Após as danças rituais dos Orixás, grandes mesas são
armadas e farto banquete é oferecido a todos os convidados. Comidas
pertencentes ao cardápio dos Orixás ou comidas comuns, chamadas
de “comidas de branco”, são servidas obedecendo a uma sequência
hierárquica. A oferta de alimentos e a variedade de pratos convidam a
todos os adeptos ou visitantes a consumir os assados, as frituras de dendê
e muitas outras comidas. Em dias de festa, compartilhar as comidas com
os Orixás é parte da comunicação que se estabelece entre os Deuses e a
comunidade.”
Do milho ao sorgo
Quando foram trazidos à força pelos brancos ocidentais, os
africanos escravizados trouxeram com eles os hábitos alimentares
de suas origens, intimamente vinculados aos pratos prediletos
do panteão africano, e que sofreram mudanças pelas diferenças
do que as terras brasileiras ofertavam à época. O sorgo, ou Òsi,
em yourubá, foi um dos ingredientes substituídos pelos negros
escravizados. Usado em muitos pratos oferecidos aos Orixás, o
sorgo deu lugar ao milho que passou a reinar também na cozinha
dos Deuses yourubas. “Pensou em comida de Orixá, em banquete para
Ele ou Ela, o milho está presente, com certeza”, diz a Iyá Kekerê do Ilê
Omiojuaro, Doya Moreira Costa.
O milho branco ou canjica, por exemplo, é o ingrediente único do acaçá,
um bolinho que agrada a todo o panteão do Candomblé. É feito com massa
de farinha de milho branco cozido em água, sem sal, e envolto em folhas
de bananeira. “É comida votiva do Oxalá, mas pode ser ofertada a qualquer
outro Orixá”, ensina Mãe Doya. Com o milho branco também se faz o êbo
para Oxalá, explica, bastando cozinhá-lo sem qualquer tempero até ficar
macio. É comida sagrada, sendo comum sua oferta nos rituais aos outros
Orixás em rituais da Umbanda, especialmente na Almas de Angola.
Já o milho vermelho ou de galinha cozido, com uma pitadinha de sal, coco
seco cortado em lascas para enfeitar compõe o axoxô, muito apreciado por
Oxóssi, o Caçador. “Com ele também se prepara o ado, comida da Deusa
do Amor, Oxum. Deixa o milho vermelho um tantinho de molho, escorre,
torra em panela bem quente, mói e tempera com mel. Isso é uma delícia”,
avisa Mãe Doya. E a pipoca que se chama doburu em youruba, que é o milho
torrado e estourado na areia numa panela de barro bem quente, é a comida
por excelência do Senhor da Terra, das Doenças e Curas, Obaluwaiyê.
Saiba mais visitando a página da Doyana’s Culinária de Terreiro:
https://goo.gl/CpI3pb
Acaça Axôxo Ebô
Doburu
Milho
Fevereiro 2017 Mistérios de Órunmilá 09
CÉLIA DOMINGUES
A EMPREENDEDORA DO CARNAVAL
Ela se encantou com o mundo do carnaval aos 8 anos desfilando
na ala das baianinhas e hoje promove a lavagem das baianas no
carnaval na Sapucaí.
Mistérios de Orunmilá: Como foi o seu inicio no mundo do
carnaval?
Célia Domingues: Eu nasci no morro do Telégrafo, uma
comunidade na Mangueira e comecei a desfilar aos 8 anos de
idade. Mesmo a minha família não sendo frequentadora da
escola, eu me identificava com todo aquele esplendor, aquela
expressão cultural e desfilava na ala das baianinhas.
Aos 16 anos saí da comunidade da Mangueira, mas já trazia
intrinsecamente a percepção de que o carnaval era de interesse
da comunidade e continuei a interagir com esse mundo do
carnaval, pois observei que existia muito trabalho para se fazer
no carnaval e que existiam poucas pessoas com empregos na
comunidade.
Naquela época não se usava o termo “desigualdade social”,
mas eu já observava essa diferença.
Quando fui trabalhar na empresa Leite de Rosas, que era
vizinha da comunidade da Mangueira, eu tive a oportunidade de
participar de um programa social esportivo e fui me aproximando
ainda mais da escola. Continuava a desfilar na Escola e quando
Elmo, meu marido, foi presidente da Mangueira, ele cedeu a
parte social para eu administrar e como filha dessa comunidade,
o carnaval se tornou uma crescente em apoio à comunidade.
Mistérios de Orunmilá: Quais são as suas atividades no
momento?
Célia: Desde que o meu marido se tornou presidente da Mangueira
fiquei muito envolvida com projetos sociais. Percebi que no
mundo do carnaval existia dificuldade para os carnavalescos
conseguirem profissionais qualificados, pois eles empregavam
as pessoas da comunidade sem treinamento, sem técnica e por
isso havia uma perda muito grande de material e de eficiência
necessária para movimentar esse espetáculo. E assim surgiu a 1°
oficina que fizemos de qualificação profissional para o carnaval.
Esse trabalho foi crescendo e com ele surgiram novas
técnicas. Em 1998 nasce a AMEBRAS (Associação de Mulheres
Empreendedoras do Brasil).
A AMEBRAS é uma instituição de mulheres para mulheres,
ou seja, para empoderar e articular. Essa instituição foi feita para
a mulher se encontrar e se qualificar para o mundo profissional,
para o mercado de trabalho. Esse trabalho resgata a dignidade,
distribui renda e coloca o cidadão no mercado de trabalho, e
são pessoas que trabalham com “paixão” porque acreditam e
confiam no que fazem.
A AMEBRAS otimiza, economiza e contribui para a qualidade
do espetáculo do carnaval sempre crescer.
10 Mistérios de Órunmilá Fevereiro 2017
Hoje, a AMEBRAS é responsável pela qualificação de
profissionais avançados, não primários, e colocamos esses
profissionais à disposição das Escolas de Samba e nas
produtoras de eventos.
Além de todo esse trabalho, ainda temos uma linha de
produtos que chamamos de Souvenir do Carnaval, que é uma
produção de economia criativa que permite ao profissional
trabalhar em casa e ter sua produção comercializada em
pontos de vendas. As artesãs conseguem receber uma renda
e a cultura do carnaval é representada nessa renda para cada
pessoa que adquiriu e leva para sua casa um “pedacinho do
mundo do carnaval”.
Mistérios de Orunmilá: Quais os desafios nesse carnaval?
Célia: A crise financeira! Esse ano está sendo um ano atípico,
mais difícil que os outros, mas usamos ainda mais a criatividade
e colocamos os nossos ideais na frente das dificuldades.
Queremos passar o carnaval com a certeza que fizemos o
melhor e conseguimos no final, todos estão satisfeitos com o
espetáculo. O carnaval é agregador por isso, todos precisam
colaborar porque a crise não nos assusta, mas precisamos
saber lidar com ela. Passar pela festa todos unidos e aguardar
o próximo desafio.
Mistérios de Orunmilá: Existe alguma atividade que a senhora
esteja envolvida no pós-carnaval?
Célia: Já temos todo o planejamento de 2017 e já está em
execução. Temos os cursos avançados de carnaval em
janeiro e fevereiro quando estaremos aplicando o trabalho já
qualificado e em março iniciamos com novas turmas.
Temos metas e propostas que são avaliadas por nós e fomos
aos nossos parceiros, pois, como não temos dinheiro público
nem patrocinadores, nós sobrevivemos com os negócios que
buscamos. Matamos um leão por dia
Diretora do Afoxé Ómó ifá homenageando Célia Regina com a flâmula da instituição
em agradecimento ao convite para o desfile da lavagem da Maquês da Sapucaí
Mistérios de Orunmilá: Fale um pouco sobre os objetivos da
abertura do carnaval com a lavagem das baianas?
Célia: Eu e o Elmo, meu marido e diretor do carnaval da LIESA,
sempre tivemos muito carinho pelas baianas e queríamos que
essas mães baianas, essas mulheres, avós de famílias, tivessem
um momento exclusivo de visibilidade nessa festa magna que
é o carnaval.
E sabemos que essas mulheres são poderosas e a exemplo
da lavagem da escadaria do Senhor do Bonfim, nos veio a
ideia de lavar a Sapucaí, para trazer sorte para todas as Escolas
que passam por ali e agradecer por esse espetáculo tão bonito
e democrático, em um espaço que possibilita que todos se
sintam iguais, porque reúne pessoas de classes sociais e
culturais diferentes que se integram no carnaval. A lavagem
surgiu do respeito a todas as religiões e que não é só um
momento para pedir e sim para agradecer a esse movimento
que é muito importante, pois além de valorizar e agregar,
também contribui para o crescimento da nossa cultura.
Mistérios de Orunmilá: A AMEBRAS é somente para o Rio de
Janeiro? É exclusivo para o carnaval carioca?
Célia: A AMEBRAS tem um projeto avançado de qualificação
e recebemos o ano inteiro pessoas de outros estados em
nossas oficinas para orientação e capacitação. Já fomos para
outros estados mostrar essa qualificação e sua importância.
Já estivemos em Florianópolis e em São Paulo onde fizemos
um trabalho com a Rede Cidadã, que é uma ONG que vem
crescendo, e trabalhamos também com um grupo LGBT para
inserir em um mercado que não é discriminativo, diferente
das entrevistas convencionais das grandes empresas. Já fomos
para Fortaleza, pro sul e recentemente para Salvador onde
participamos de um Seminário que falava sobre o Carnaval e
Escolas de Samba, onde fomos recebidos pela Superintendente
da Secretaria de Política de Mulheres, Mônica Kallile, lá também
fomos ao gabinete do prefeito Arcemi Neto, e estamos na fase
de elaboração de um projeto para mulheres em Salvador para
qualificar sua arte e escoar seus produtos fazendo o retorno em
renda e sustentabilidade.
Esse trabalho sempre é muito bem recebido e já foi requisitado
em outros estados e até fora do país, como na Argentina,
aonde temos um trabalho de qualificação, inclusão e resgate
de familiar.
O nosso trabalho ajuda na união e reconstrução da
família através da qualificação das pessoas, de capacitação
e oportunidades de trabalho, gerando renda e fazendo com
que as pessoas se sintam dignas e capacitadas para disputar
uma vaga no mercado de trabalho e viver com dignidade. A
AMEBRAS tem uma função que vai além da qualificação, que
é um trabalho resgate e preservação da cidadania de pessoas. E
esse é o nosso troféu!
Quem é Célia Regina Domingues?
• Vice presidente do conselho da
mulher empresária da associação do
Rio de Janeiro.
• Conselheira da Associação das
Mulheres de Negócio do Rio de
Janeiro.
• Membro do Conselho da Mulher da
cidade do Rio de Janeiro.
www.amebras.org.br
amebras.rj@gmail.com
Tel: (21) 2516-7707 / 3149-8500
Colaboradora: Nara Barcellos | Fotografia: Ogan Junior
Fevereiro 2017 Mistérios de Órunmilá 11
JOSÉ BENISTE
Pesquisador, historiador, escritor, conferencista. José Beniste detém um
dos mais fantásticos acervos gravados do país, coletados por ele em
entrevistas com centenas de pessoas que fizeram, testemunharam e
contam a história do Candomblé e demais religiões de matriz africana,
além de ter produzido ampla literatura especializada nos temas. Fundou,
em 1982, o curso Brasil-Nigéria de língua yoruba, sob os auspícios do
cônsul da Nigéria, Alhaji Muhammadu Fufore, ministrando aulas da língua
yoruba e cultura religiosa. Foi iniciado no Candomblé Ketu em 1984,
pela Iyalorixá Mãe Cantu de Airá Tola, do Ilê Axé Opó Afonjá.
Mistérios de Orunmilá: Como o senhor entrou para o Candomblé e se
transformou num pesquisador da religião?
José Beniste: Eu entrei no Candomblé por acaso. Nasci em uma família
de práticas religiosas judias, estudava latim e hebraico. Minha primeira
experiência religiosa com a cultura afro brasileira foi quando presenciei
uma incorporação de uma entidade em minha casa. Me assustei ao ver
aquela senhora se debatendo e ficando diferente. Mas, me propus ser
educado quando a entidade pediu para sentar e fumar. Ela não aceitou
cadeira, então tirei o tampo de vidro de uma mesa que tinha ali e ficou
a madeira. Ela gostou e sentou. Ofereci meu cachimbo e fumo inglês.
A entidade se chamava Pai Manoel de Angola Congo. Eu sempre fui
questionador e fiquei matutando: “Mas como ele nasceu em Angola
e viveu no Congo?” Esta entidade falou que eu seria alguém muito
conhecido. Lá vieram meus pensamentos: “Será que vou ser ator de TV
ou algo parecido?”. Mas, guardei aquelas palavras. Depois, minha esposa
tinha que fazer uma operação de vesícula e cabeça e uma conhecida
disse a ela para ir ao Centro Espírita para se consultar. Ela fez a cirurgia
espiritual no Centro Espírita Pedro Ernesto e obteve a cura, e passou a
ir nas sessões. Eu a levava e ficava do lado de fora esperando. Quando,
na quarta vez, o dono do Centro veio me chamar pessoalmente para
entrar. Aceitei e percebi a dimensão do culto, com olhar apurado
até para descrer que o cheiro de arruda que havia seria alguém da
assistência mexendo escondido em sua bolsa. Claro que não era. A
minha desconfiança havia se tornado crença. Me cuidei muito neste
Centro. Daí em diante, eu que era um pesquisador de filosofias, galáxias
planetárias e estas coisas mais, me tornei um pesquisador da cultura
religiosa afro-brasileira. Muito bonita diga-se de passagem. Eu era um
empresário da indústria, a religião chegou a mim de forma inesperada e
sem programação, meu interesse pela religião foi mais fugaz em saber os
porquês; como eu queria entender este processo. Eu tinha muito material
coletado e pesquisado. Isto me levou a ser convidado para fazer um
programa de rádio. Naquela época (década de 70), os programas eram
densos, sem inteiração e eu não gostava do formato. Elaborei um sistema
interativo de entrevistas presenciais e gravadas com os pais e mães de
Santo, ogans e ekedjis e assim fui me inserindo. Quando despertou a
vontade de conhecer um candomblé, um amigo meu me disse: “Beniste,
tem uma casa de candomblé, muito boa por sinal, porém lá só tem
velhos e creio que não vão te deixar gravar nada”. Fui ao Ilê Axé Opon
Afonjá de Coelho da Rocha. Fiquei maravilhado com aquela casa, com
as pessoas e realmente havia muitos velhos ogans, Ebome Dila, aprendi
muito com ela, muitas conversas foram feitas naquele tempo. Era
gostoso. E, finalizando com Mãe Kantulina, minha Mãe de Santo.
Eu já havia pesquisado muita coisa, mas a língua me interessava um
pouco mais, porque como cantar e fazer sem saber o que está sendo
falado, eu não me conformava com aquilo. Então, comecei a fazer meu
próprio dicionário que resultou no livro. A vida de escritor também
veio como a religião. Naquela época eu administrava aulas de Yoruba
12 Mistérios de Órunmilá Fevereiro 2017
na Tijuca. Saudades desse tempo, era gostoso ver o entusiasmo das
pessoas. Tinha uma aluna que era dona de uma editora que me disse:
“professor isso aqui dá um bom livro, não sei se irá vender muito, mas
acho que dá”. E é o livro Orun Aiye, meu livro mais vendido! Com
ele fui gostando de compilar minhas curiosidades. Eu registro tudo,
gravado e escrito, gosto muito, e assim foi saindo mais alguns que
vocês conhecem. Isso tudo com investimento meu.
Mistérios de Orunmilá: Quais foram suas referências religiosas, quem
foram seus iniciadores?
José: Mãe Kantulina, sou Ogan de Iyemojá Ogunté e sou de Osala,
mas não esqueço da entidade do Centro Espírita. E muitas outros
que abriram suas portas para mim, como Pai Joãozinho da Goméia,
uma pessoa muito educada, um dos candomblés mais ricos e mais
importante naquela fase, eu nunca vi tanta gente como havia no
terreiro da Golméia, era uma multidão incrível, lá em Copacabana
em Caxias nas festas que ele realizava, as ruas ficavam lotadas de
gente. Também Paulo da Pavuna, Pai Valdomiro de Sango, do Parque
Fluminense – outro cujas festas reuniam tanta gente que mal dava
para caminhar no terreiro. Mestre Didi, também conversei muito com
ele; Ogan Bangbala, meu amigo. Certa vez, perguntei a Bangbala qual
cantiga para fazer os orós de Omolù. Ele cantou, depois fui traduzir
antes de fazer o que seria certo. E ele canta perfeitamente o Yoruba,
pois eu havia conseguido traduzir e entender certinho o que iria
desempenhar, com aquela cantiga. Isso não é fabuloso?
Mae Bida de Iyemoja também tinha um terreiro em Cascadura,
maravilhosa, com sabedoria. Conheci muita gente que não tinha
estudo formal, mais tinha uma sabedoria infernal. A gente tinha que
ouvir, calar a boca e raciocinar. Que coisa linda né, o candomblé
é muito rico neste ponto. Seu Nino de Ogum também, com o
candomblé em Camarim. Mininazinha, Mãe Beata, Mãe Regina.
Conheci também seu Adernam, Álvaro Pé Grande, seu Miguel
Deondá, que sucedeu seu João da Golméia muito importante e
interessante um detalhe importante ele quando soube que iria
falecer deu o santo de todos os filhos de santo, pagou seu enterro
e morreu com dignidade indo para Salvador, então tem estes casos
de candomblé que me entusiasmou bastante. Foram tantas pessoas,
Mestre Didi, e atualmente a Mãe Estela de Osoosi. Eu converso muito
com ela. Ela deu uma outra visão às mães de santo, ao criar uma
escola quando assumiu o Opo Afonjá.
Mistérios de Orunmilá: Existem diferenças entre os sacerdotes das
religiões de matrizes africanas e os de outras religiões?
José: Os sacerdotes das diferentes religiões seguem os princípios da
sua religião. Cada qual seguindo a filosofia, ritos e mitos pertencentes
a visão de mundo da sua prática religiosa. Para o budismo, você nasce
para ser feliz, e fim. Se não está, este é problema seu: resolva. A
mesma coisa nós. Cada um age com sua condição de vida e segue seu
Axé. Um dia, Paulo da Pavuna me chamou para mostrar o quarto que
fez para Iansã. Lindíssimo! Ele comentou que estavam falando que
ficou muito luxuoso. Eu falei, por que não podemos fazer o que há de
melhor para eles, eu acho que está certo.
Mistérios de Orunmilá: O que mais lhe deu orgulho na religião e o que
mais lhe encantou no culto aos Orixás?
José: De tudo que eu vivi e conheci, o que mais me orgulha são as
amizades que construímos ao longo do tempo. Todos os Pais e Mães
de Santo que abriram suas portas para mim e com muita gentileza me
prestavam apoio as minhas curiosidades. Conheci senhoras zeladoras
convictas em sua crença, e que nada as impedia em suas atividades.
Muita coisa me encantou. Marocas de Obalúwàiyé, filha de santo de
Abedé, com terreiro em Caxias, embora com um problema físico,
pois havia perdido uma de suas pernas, soube se conduzir com muita
competência. Senhorazinha de Sango, tinha um problema no pé, que
a impedia de caminhar. Quando Sango chegava, largava as muletas
e ficava e pé, e dançava e ninguém entendia como ela conseguia se
equilibrar. Todos tentando ampará-la, mas não precisava, ela não caia e
nem cambaleava. Ela era incrível.
Mistérios de Orunmilá: Algo que gostaria de mudar da forma como é
praticada atualmente?
José: Muita coisa já mudou e ainda continuará mudando. Antigamente
o piso dos terreiros eram de chão de terra, com o tempo foi se
colocando piso. O telhado também. É natural que algumas coisas sejam
aprimoradas com o tempo, com a invenção de algumas máquinas e o
desenvolvimento da sociedade. Mas, se você tem posse para fazer um
quarto bacana para seu Santo, eu acho ótimo e muito lindo.
Eu acho que o Candomblé deveria se abrir mais para as pessoas. É
praticamente só festa do Candomble. Só festa e jogo de búzios. As
pessoas não conversam umas com as outras. Assim, aquela dúvida pode
tanto levar você para um bom terreiro ou não. Nós não conversamos
com as entidades, como na Umbanda se conversa com os pretos e
pretas velhas e caboclos que tem aquele contato emocional com a
pessoa. Isso é bom sentir.
Mistérios de Orunmilá: O senhor tem um grande acervo e é professor de
língua yoruba, fale um pouco sobre ambas.
José: O acervo é composto de fotos, inúmeras gravações, documentos e
literatura diversa que revelam momentos importantes da religião e seus
personagens. O idioma yoruba foi conseguência de interesse pessoal
em melhor entender a religião através das expressões utilizadas nas
casas de candomblé. Não podemos entender um povo, sem conhecer
a sua forma de linguagem. É um idioma que se utiliza de metáforas,
analogias, e interpretações próprias de símbolos que retratam suas
histórias. O aprendizado evoluiu a ponto de ser convidado pelo Consul
da Nigéria, na época com o consulado na Praia de Botafogo, Muhamad
Fufore, a ministrar um Curso em 1984. A ideia persistiu até os dias
atuais.
Mistérios de Orunmilá: De seus entrevistados, qual o que mais marcou?
José: Conheci muitos zeladores que me deram a oportunidade de
entrevistá-los e que já não estão mais conosco, como Ninô de Ogun,
Aderman, Djalma, Gayaku Luiza, Runyó, Nicinha do Bogun, Ekedi Jilú,
Dila, Bida, Luis da Muriçoca, Miguel Falefá, Neive Branco, Mãe Cantu,
Olga de Alaketu, Omidarewa, Regina Bangboxe, Menininha, Kitala,
Encarnação, Caçula, Djalma de Lalu, e tantos outros. Todos foram
importantes! Eu percebia a emoção deles em lembrar fatos e pessoas
de sua época. Mãe Runyó do Bogun, cantando cantiga de jeje; Manuel
Falefá contando fases de sua época em mais de três horas de entrevista.
Aderman de Yansãn, era filho de Álvaro com Terreiro na Pechincha, era
1º Sargento da Marinha, correu o mundo em suas viagens, tornando-se
uma pessoa culta e que tinha o objetivo de ser cantor lírico. Até que
Yánsàn se manifestou e disse que tudo o que havia aprendido ficaria para
o seu saber, mas não faria uso de nada disto. A missão seria a de cuidar de
sua cabeça e de muitas cabeças que viriam no caminho. Mantive com ele
quase duas horas de entrevista, contando coisas de zeladores, passagens,
curiosidades da época. Faleceu três meses após a gravação.
Mistérios de Orunmilá: Projetos para o futuro?
José: Dar continuidade aos estudos e projetos diversos. O acervo deverá
ser organizado para um repasse futuro, a todos os interessados. Não
pretendo mantê-los sob a minha guarda, pois eles pertencem à religião.
E, neste ano, vou lançar meu novo livro, que conta a história dos terreiros
de candomblé do Rio de Janeiro, suas ligações com os terreiros bahianos,
sacerdotes. Já está prontinho.
Obras de Beniste:
Òrun Áiyé - O encontro de dois mundos, Editora Bertrand Brasil - 1997
Jogo de Búzios - Um encontro com o desconhecido, Editora Bertrand Brasil - 1999
As águas de Oxalá - Áwon omi Òsàlá, Editora Bertrand Brasil - 2001
Mitos Yorubás - O Outro Lado do Conhecimento, Editora Bertrand Brasil - 2006
Dicionário Yorubá Português, Editora Bertrand Brasil - 2011
Colaboradora: Iya leke
Fevereiro 2017 Mistérios de Órunmilá 13
RADIESTESIA
DIRCEU GALHARDI
Mistérios de Orunmilá: Qual é a origem da Radiestesia?
Dirceu Galhardi: A Radiestesia teve sua origem na Rabdomancia,
que era todo conhecimento na cromoterapia, na fitoterapia, na
acupuntura etc. Essas terapias eram tidas no passado como bruxaria.
As primeiras manifestações rabdomantes vem desde a idade préhistórica,
onde usavam a forquilha e a varinha, chegando a usar
o pêndulo. Em 1821 uma comissão científica alemã descobriu
que no ano 2000 a.C., aproximadamente, o imperador chinês Yu
descobriu a água ou as veias do dragão (rios subterrâneos) por
meio da Rabdomancia para satisfazer a sede do seu povo. Foram
também descobertas através de exploradores franceses em 1949,
nos Montes Atlas (Argélia – África), na caverna de Tassili, desenhos
pré-históricos que datavam 8000 a.C., mostrando um painel que
o homem muitas vezes precisava caçar um elefante ou animal de
grande porte, mas seus armamentos eram inoperantes. Daí, usava
do vuduísmo, maltratando aquele animal desenhado na caverna com
facas, estiletes etc, e que, com isso, o animal ficava energeticamente
enfraquecido e se deixava capturar pelo povo pré-histórico. Essa
técnica era exatamente uma ação rabdomante.
Muitos povos, como os gregos, os hindus, os romanos e árabes
utilizavam a Rabdomancia em grande escala.
O significado da palavra Rabdomancia era Rabdus (vara) e Manteia
ou Mancia (adivinhação). Logo, era adivinhação através da vara.
Na Idade Média, a Rabdomancia era considerada bruxaria. Em
1518, Lutero proibiu o uso da varinha por ser um instrumento
intermediário do diabo e do comércio ilegal.
Mistérios de Orunmilá: Quais foram os primeiros/principais
radiestesistas?
Dirceu: Em 1899, a Rabdomancia passou a ser chamada Radiestesia,
em que Radius (latim) é igual a raios e Aesthesis (grego) é igual a
sensibilidade. Logo, sensibilidade aos raios, tendo como grandes
criadores e colaboradores, os padres franceses Bouli e Bayard.
Como naquele momento era a Igreja que estava reconhecendo a
Radiestesia como ciência, o nome Rabdomancia caiu em desuso.
14 Mistérios de Órunmilá Fevereiro 2017
Mais tarde, outros radiestesistas se destacaram como Abade
Mermet e Emile Cristophe, na França, criando em 1922 a
Associação Internacional Francesa dos Amigos da Radiestesia e
em 1950 foi criado o Sindicato Nacional dos Radiestesistas.
Mistérios de Orunmilá: Fale um pouco sobre suas experiências
dentro da aplicação da Radiestesia. Pode ser questões que o
intrigaram, algum passar “mal”, algo que era antigo etc.
Dirceu: Quanto as minhas experiências dentro da Radiestesia, foi
bastante interessante, pois como sou projetista em Arquitetura e
construção, especializei-me no Feng Shui para que meus projetos
pudessem trazer a felicidade para as famílias e empresários através
de um bom layout (disposição do mobiliário), das melhores
cores ambientais etc. Porém há casos em que eu me deparo com
imóveis que foram palco de grandes tragédias como incêndios,
criminosos ou não, falecimento de pessoas por doenças graves,
assassinatos, suicídios e outras coisas que me fazem pesquisar
muito e curar de vez essas falhas, trazendo a boa energia que
só encontro com a aplicação da Radiestesia. Hoje, sinto-me
profissionalmente muito bem, pois além de grande estudioso do
assunto, respeito e procuro encontrar para cada tipo de energia
que deparo uma harmonização sem que haja choques energéticos
e que seja bom para todos. É obvio que para muitos trabalhos o
cliente contratante nem sempre me põe a par do que realmente
aconteceu, e que só os instrumentos e minha sensibilidade vão
me auxiliar para um bom resultado.
Mistérios de Orunmilá: Quais os principais instrumentos/
equipamentos utilizados pelo radiestesista?
Dirceu: Os principais instrumentos são:
• Para a prospecção d`água na abertura de poços artesianos ou
convencionais, a forquilha confeccionada em galho verde de
goiabeira ou varetas de bambu. Em locais onde haja aveleira, esta
é preferencial.
• Para o rastreamento em terrenos ou interior dos imóveis para
descobrir malhas geo-patogênicas (pontos doentios do subsolo),
pontos eletromagnéticos, ocultação de armas ou até objetos com
energia de pessoas falecidas, usamos o dual-rod e pêndulo cônico.
• Para pesquisas sobre cromotipo ou cores trazidas pelas pessoas
desde o seu nascimento, usamos os pêndulos cromático e cônico.
• • Para descobrirmos se uma pessoa está com um problema
energético em determinado ponto do corpo, usamos o aurameter
(medidor de aura).
• Para fazermos trabalhos radiestésicos à distância, usamos o
teleradiador e a pilha cósmica ou radiestésica.
• Para pesquisas empresariais ou pessoais com respeito a decisões
a serem tomadas, usamos o tabuleiro magnético.
Além dos instrumentos usamos algumas curas como gráficos
radiônicos cobreados para acelerar resultados radiestésicos.
Mistérios de Orunmilá: O que uma pessoa precisa para ser um
radiestesista?
Dirceu: Fazer um bom curso de Radiestesia, pesquisar e ler muitos
livros sobre o assunto.
Mistérios de Orunmilá: Como você se interessou pela Radiestesia?
Dirceu: Eu trabalhava numa empresa multinacional no setor de
projetos. Certo dia eles precisaram abrir um poço artesiano para a
captação d´água para o processo industrial. Então a chefia pediu-me
que descobrisse qual seria o ponto ideal para a perfuração com uma
empresa especializada em perfuração de poços. Eu não tinha como
me arriscar em dizer qual o melhor ponto, daí descobri que grandes
empresas de prospecção de petróleo usam radiestesistas. Telefonei
para um deles e acompanhei todo o seu trabalho. Fui convidado por
ele para um curso de Radiestesia com duração de um ano, fiz algumas
viagens de pesquisas na Europa e Estados Unidos, comprei muitos
livros e até instrumentos radiestésicos que não existem no Brasil
como a Antenne de Lecher (França) e o pêndulo fixo (Califórnia).
Mistérios de Orunmilá: Quais foram suas referências de estudo?
Dirceu: Minhas referências foram registros de resultados de meus
trabalhos informados pelos clientes, aumento da bibliografia e
arquivamento de experiências antigas de radiestesistas do passado.
Hoje tenho uma apostila de Radiestesia com o nome “Radiestesia
Prática”, registrada na Fundação Biblioteca Nacional e num Cartório
de Títulos e Documentos no Rio de Janeiro, em novembro de 2002.
Mistérios de Orunmilá: Existe correlação da Radiestesia com a
Cromoterapia?
Dirceu: Existe uma correlação muito grande. Em meus cursos de
Cromoterapia passo a técnica pendular para que o aluno possa,
através da palma da mão de quem está sendo consultado, descobrir
com os pêndulos cônico e cromático o cromotipo da pessoa, isto
é, aquela cor que estava em alta frequência no momento de seu
nascimento. Além disso, com o pêndulo o cromoterapeuta pode saber
sobre alguns gráficos se a pessoa está com excesso ou deficiência de
determinada cor para equilibrá-la.
Mistérios de Orunmilá: Quais foram seus trabalhos mais importantes
como radiestesista?
Dirceu: A harmonização da cidade do Rock para o “Rock in Rio
2001”, inúmeros trabalhos para a localização de pessoas, animais e
objetos desaparecidos, além de ter trabalhado como professor nos
cursos de férias e extensão na Universidade Estácio de Sá (RJ) de
1997 a 2008, nos cursos de Radiestesia, Cromoterapia e Feng Shui e
no SARJ/CREA (Sindicato dos Arquitetos do Rio de Janeiro) com o
curso de Medicina da Habitação por oito anos consecutivos. Escrevo
artigos para diversos jornais, revistas e sites sobre a Radiestesia.
INSTRUMENTOS DE RADIESTESIA
FORQUILHA
DUAL-ROD
PÊNDULO CROMÁTICO
PÊNDULO CÔNICO
TELERADIADOR
AURAMETER
PILHA CÓSMICA
Colaboradora: Gisele Veit
Fevereiro 2017 Mistérios de Órunmilá 15
16 Mistérios de Órunmilá Fevereiro 2017
Capoeira
“UM POUCO DA CAPOEIRA EM
SALVADOR“
Carlos Ciriaco Sowzer dos Santos, nascido no
bairro de Matatú de Brotas em Salvador, este
baiano bacharel em direito, ligado às tradições
afro-brasileira (crenças e costumes), praticante
da capoeira, nos concedeu a presente entrevista
sobre a capoeira;
Misterios de Orumila: Carlos, conta pra nós como se deu sua
iniciação na capoeira?
Carlos Ciriaco: Na adolescência, como a maioria dos jovens,
passei a frequentar campos de futebol e outros locais públicos,
onde estávamos expostos às agressões praticadas por rapazes
violentos, cuja diversão era bater nos outros mais fracos,
conforme ocorreu comigo. Eu fui espancado por um desordeiro,
além disso, tive de escutar mais um “sermão” proferido por
meu Pai, ao chegar em casa com o meu nariz quebrado: “Meu
filho se você ouvisse os conselhos do seu nego velho, ninguém
quebraria a sua cara, (...) já disse pra você aprender capoeira,
mas você não quis Agora vai pra campo de bola pra deixar
capadócio limpar a mão em seu rosto que sua mamãe dá beijo!
Você tá fazendo o papel de bobo!”
Assim que sarou o meu nariz, fui à procura de informações,
sobre um local para aprender capoeira; recebi a ajuda de Renato
“Sariguê”, que residia no mesmo bairro em que eu moro e era
aluno do mestre Bimba. Sua academia era no Terreiro de Jesus,
Centro Histórico de Salvador, onde fui aprender a capoeira
regional. Posso afirmar, sem sombra de duvida, que foi uma
das melhores decisões que tomei na vida. Daí em diante, nunca
mais me quebraram (década de 1970).
Misterios de Orumila: Partindo do princípio de que você alcançou
grandes mestres de capoeira em atividade, na sua visão, qual era
o conceito do capoeirista naquela época?
Carlos Ciriaco: Uma pessoa que desenvolveu habilidade,
bastante agilidade e destreza para transformar a sua fraqueza em
força, a inércia em ação, com capacidade de enfrentar o perigo
com serenidade e presteza. Ser arisco e cauteloso, ser leal e
destemido, ter respeito por todos, não desdenhar do adversário,
estar preparado para as surpresas que a vida nos reserva, e que
poderia surgir como festa de aniversário para nos fazer sorrir,
ou um ataque traiçoeiro do malfeitor que poderia tentar tirar
até sua vida sem motivo, quer seja por pura maldade ou sinistra
recreação.
Misterios de Orumila: Você tem conhecimento de capoeiristas
contemporâneos que saíram pelo mundo à fora disseminando
essa arte?
Carlos Ciriaco: Sim vários, como Edvaldo Carneiro e Silva (Mestre
Camisa Roxa), Mestre Ezequiel, Reginaldo Nascimento da Silva
(Mestre Flecha), Raimundo Cesar de Almeida (Mestre Itapuã),
Hélio Carneiro Campos (Mestre Xaréu), Renato Souza da Silva
(Mestre Sariguê), Boaventura Batista Sampaio (Mestre Boinha),
Josué Menezes (Mestre Soló), Manoel Nascimento Machado
(Mestre Nenel), José Tadeu Carneiro Cardoso (Mestre Camisa),
Mestre Acordeon, Mestre Salário Mínimo, Mestre Gelon, Mestre
Marcos Alabama, Mestre João Pequeno, Mestre Boca Rica, Mestre
Pelé da Bomba, Mestre Lua e outros mais.
Misterios de Orumila: Quais os desafios que esta arte centenária
enfrenta nos dias de hoje em Salvador para melhor desenvolverse?
Carlos Ciriaco: A capoeira é uma das principais manifestações
da cultura brasileira, é praticada atualmente em mais de 160
(cento e sessenta) países, de todos continentes, é reconhecida
mundialmente sob a ótica cultural, artística, lúdica, esportiva,
educacional, eficiente arte marcial (luta empregada na defesa
pessoal) e importante instrumento de inclusão social. Entretanto,
aqui no berço da capoeira, paradoxalmente refluem os mesmos
problemas, as mesmas dificuldades, os mesmos obstáculos
enfrentados há meio século: a falta de recursos financeiros, de
informações, falta de políticas publicas voltadas para a capoeira.
Outras vezes, quando os governantes acenam com ajuda para
a capoeira, esbarramos na burocracia, problemas de gestão,
descontinuidade dos projetos, falta de incentivo, inclusive falta
de patrocínio por parte de empresas privadas, desconhecimento,
preconceito, alguns, estereótipos etc...
Misterios de Orumila: Da para citar alguns locais onde poderemos
apreciar uma verdadeira roda de capoeira em Salvador?
Carlos Ciriaco: Sim, temos algumas tradicionais. Vou citar apenas
2: Fundação Mestre Bimba - situada no Pelourinho – Centro
Histórico de Salvador – Bahia.
Forte da Capoeira – situado no Largo de Santo Antônio Além do
Carmo - Centro Histórico de Salvador – Bahia.
Misterios de Orumila: Pode nos deixar uma mensagem?
Carlos Ciriaco: Peço a Olodumaré benção para Sandro e os
demais integrantes da Revista e do Afoxé Ómó Ifá, bem como para
os seus familiares, desejo que no ano de 2017 todos realizem seus
projetos, progridam, tenham boa saúde, paz, amor e harmonia.
Colaborador: Hamilton Sowzer
ESPALHANDO AMOR POR AÍ
Mistérios de Orunmilá: O que é o Espalhando Amor Por Aí?
Sabrina Salomon: Espalhando Amor Por Aí é um sonho que está em
andamento. Um projeto que ajuda o próximo, seja ele criança, idoso,
famílias ou animais. O intuito é ajudar, literalmente, a espalhar amor em
todos os lugares.
Mistérios de Orunmilá: Como surgiu essa idéia e a quanto tempo?
Sabrina: Eu, Sabrina Salomon, ajudo desde pequena. Sempre fui a
orfanatos, asilos e comunidades. Em 2012, eu tive a ideia de pedir ajudar de
outras pessoas para realizarmos festas em datas comemorativas. Foi então
que a Gabi, uma amiga minha, deu a ideia do nome, a Tati deu a ideia de
criar rede social para o projeto ficar mais visível, e assim fui colocando em
prática tudo que eu já fazia antes, porém com festas para alegrar.
Mistérios de Orunmilá: Quantas pessoas integram o grupo?
Sabrina: Não tem uma quantidade certa de pessoas, mas reparei que do dia das crianças de 2015 para 2016,
foram quase as mesmas pessoas, ou seja, estou conseguindo manter quase as mesmas pessoas no projeto.
Cada um deles ajuda como pode: um doa dinheiro, outro pede doação para amigos e familiares, outro
empresta carro, outros vão no dia para ajudar etc.
Mistérios de Orunmilá: Como é o trabalho realizado por vocês?
Sabrina: O Espalhando Amor Por Aí ajuda fazendo festas em datas comemorativas, ajuda doando
roupas e alimentos durante o ano. Geralmente ajudamos a Comunidade do Salgueiro, na Tijuca,
pois conheço alguns moradores e temos total liberdade para fazer ações lá. Ajudamos moradores
de rua e em outras comunidades também.
Mistérios de Orunmilá: O projeto possui parcerias?
Sabrina: Há alguns anos o IITAB (Instituto Irê de Tradições Afro Brasileiras) tem nos ajudado
com leite em pó, fraldas, roupas, brinquedos e utensílios para nossas festas e este ano tivemos a
Escola de Dança Carlinhos de Jesus na festa de Natal, mas a ideia é que cada vez mais pessoas
conheçam e alguém possa nos ajudar a fazer doações mensais.
Mistérios de Orunmilá: Que comunidades são beneficiadas com o projeto? E de que forma?
Sabrina: Comunidade do Salgueiro é a fixa, onde doamos brinquedos, leite, fraldas, alimentos e
roupas. Já ajudamos outras comunidades em Nova Iguaçu, Dona Marta em Botafogo, Moradores
do Jacaré, moradores de rua e há pedidos externos de pessoas que precisam de alguma coisa.
Mistérios de Orunmilá: Qual a faixa etária das crianças do projeto?
Sabrina: Crianças de 1 até 13 anos. Menores de 1 ano ganham fraldas e leite.
Mistérios de Orunmilá: Como são feitas as doações para o projeto?
Sabrina: Infelizmente não temos um lugar fixo para guardarmos as doações, mas se Deus quiser,
futuramente teremos um local onde poderemos ter psicólogos, dentistas, professores, todos fazendo caridade e atendendo as crianças. Aceitamos
doações de roupas em bom estado, leite em pó, fraldas de criança e geriátricas, alimentos não perecíveis e brinquedos novos ou em ótimo estado.
DOAÇÕES
Itaú
Agência: 2981
Conta poupança: 08064-7/500
Sabrina Salomon de Souza
18 Mistérios de Órunmilá Fevereiro 2017
INFORMAÇÕES DE CONTATO
Instagram: @espalhandoamor_por_ai
Facebook: Espalhando Amor Por Aí
INSTALAÇÕES E COMÉRCIO DE MATERIAIS
CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO LTDA - ME
SERVIÇO DE BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL – CURSO DE BRIGADISTAS – PROJETOS – INSTALAÇÕES DE
CANALIZAÇÃO E
REDE DE SITEMA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO – PLANO DE ESCAPE
SPRINKLER – SISTEMA FIXO DE Co2 – PARA-RAIO – IGNIFUGAÇÃO – VENDAS DE EXTINTORES – MANGUEIRAS
ESGUICHOS E REGULARIZAÇÃO JUNTO AO CBMERJ
CBMERJ - RG. 02-110 / CBMERJ - RG. 06-021
www.firemanbpc.com.br
comercial@firemanbpc.com.br
(21) 3259-7726 - 96047-9744 - 7801-6903
Poema dos leitores
A fé que ativa a beleza.
A realeza vai passar.
Segue o cortejo de Iyemojá,
Para seus filhos jamais chorar.
Meu presente vou levar para o mar.
Ela me chama sem reservas
doando alegrias e paz.
Lindo demais!
Irei ao cais!
Divina mãe,Iyemojá.
Odoiyá!
- Iyá Leke
ENVIE SEU POEMA PARA revistamisteriosdeorunmila@gmail.com.br
Carnaval: a festa que faz bem!
Alardeiam sambistas e poetas que carnaval
e felicidade caminham de mãos
dadas. Essencialmente, porque nos quatro dias
da festa a ordem é brincar, e milhões de adultos
se permitem a agir feito um bando de crianças
soltas num campo depois de meses aprisionadas
num colégio interno. “O carnaval é uma
celebração de si próprio. Uma celebração do
corpo, do amor, da sensualidade, da sexualidade,
de tudo que constitui o centro do que chamamos
riso e alegria”, defende o pesquisador antropólogo
e escritor Roberto da Matta, que em 1979 publicou
‘Carnavais, Malandros e Heróis’ (Editora Rocco).
Mas, isso não basta para definir esse furacão de
alegrias que encanta o mundo e é parte essencial
da identidade do povo brasileiro.
O carnaval é pleno de pequenas e grandes
felicidades, mesmo quando há desilusões, como
quando a Escola de Samba do coração não fica em
primeiro lugar, ou um amor termina na quarta-feira
de cinzas, porque há o sentido de pertencimento
a um coletivo, como se todos que estão nas ruas
brincando, desfilando ou apenas assistindo suas
escolas ou blocos, dividissem exatamente os
mesmos anseios, e assim, se harmonizassem por um
breve espaço de tempo, numa pausa na realidade
para apreciar e dar espetáculo, livres do cotidiano,
livres para ser um personagem ou representarem
a si mesmos de verdade. “No carnaval você pode
se igualar por meio de certos costumes, tais como
usar máscara e tornar-se um anônimo, vestir
uma fantasia e viver um papel que na vida real
não tem condição”, afirma Da Matta, que situa
o carnaval como um ritual de inversão, orgástico,
uma licença bem estabelecida no tempo – logo
depois da quaresma católica – numa sociedade
aristocratizada e hierarquizada como a brasileira.
É certo que a incorporação do carnaval à
identidade brasileira é fruto de um processo
político e midiático que o tornou motivo de orgulho
e lugar de pertencimento para o brasileiro, como
explica Sarah Teixeira Soutto Mayor, doutoranda
do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar
em Estudos do Lazer, da Universidade Federal
de Minas Gerais (UFMG). “O carnaval é um de
seus valores, exportados e propagandeados para
o mundo todo. Mesmo que não seja unânime o
gosto pela festa, a imagem e o discurso têm certo
20 Mistérios de Órunmilá Fevereiro 2017
poder de congregar toda uma nação, numa espécie de
homogeneização. Somos representados mundo afora
como o país do samba e do futebol e isso tem uma
grande carga de simbolismo para a constituição do
brasileiro”, ressalta Sarah, para a qual isso compõe um
mecanismo de pertencimento e de identificação. “O
brasileiro é ensinado desde cedo a gostar de carnaval.
Aqueles que não se identificam com a prática causam
espanto e têm a sua ‘brasilidade’ contestada”, explica.
Nessa linha de caracterização do que move quase todo
brasileiro a amar o carnaval desde criança, Ana Lúcia
Modesto, Doutora em Ciências Sociais e Professora
do Departamento de Sociologia da UFMG, enfatiza os
elementos culturais que nos formaram. “O brasileiro é
um povo de festa. Fomos formados por povos festivos,
pessoas dadas às brincadeiras e a comemorar por meio
desse tipo de evento. Uma parte dos portugueses que
vieram mais do interior de Portugal tinha marcantes
festas populares, como o Dia de Reis. Os povos
africanos são cheios de rituais, danças e músicas.
Trabalham cantando, inclusive. E para os índios a
festa também é fundamental: um marco forte ao qual
recorrem para celebrar ancestrais nas épocas mais
importantes”, explica Ana Lúcia, pesquisadora de
manifestações culturais nas ruas e sociologia urbana.
Para ela, o brasileiro tem uma enorme capacidade de
rir de si mesmo. “Fazemos graça com tudo. Temos
facilidade de passar do lado sério para o outro e o
carnaval é uma pausa na realidade pesada que nos
envolve. Essa capacidade de rir de nós mesmos, de
brincar, é algo que faz com que as pessoas se ajustem à
realidade da vida fugindo um pouco dela”, argumenta.
Descarga química
Fisicamente, o cérebro dos foliões e
carnavalescos durante as festividades
momescas permanece sob uma intensa
descarga dos elementos químicos que
provocam a sensação de felicidade –
bem estar, euforia, alegria contagiante
e coletiva – e os mantém num estado de
sonho, segundo metáfora usada pelo
psiquiatra e professor de Farmacologia
da Universidade Federal do Ceará (UFC),
David Lucena. “Quando a gente está
sonhando, as áreas cerebrais no córtex
pré-frontal que passam o dia todo nos
freando, impondo limites e regras sociais,
deixam de agir e recebem menos fluxo
sanguíneo.
O fluxo fica mais concentrado no sistema
límbico, responsável pelas emoções.
Por isso sonhamos que estamos fazendo
coisas que não faríamos normalmente. O
carnaval é composto por quatro dias de
sonho. A inibição da parte cerebral mais
racional e a ativação de áreas responsáveis
pela emoção e pelo humor se dão
quando o corpo, ainda na ansiedade pelo
Carnaval, começa a produzir e transmitir
os neurotransmissores dopamina,
serotonina, endorfina, adrenalina e
noradrenalina, que agem em conjunto e
cada uma dessas substâncias provoca uma
reação no organismo e é responsável pelo
estado de euforia próprio do carnaval. A
endorfina, por exemplo, é o que mantém
os foliões de pé na maratona carnavalesca
de quatro dias, enquanto a dopamina,
neurotransmissor da alegria, ativa as
lembranças, cria novas e motiva a viver a
experiência.
E, apesar da Quarta-Feira de Cinzas,
o cérebro ainda leva um tempo para se
“ajustar” novamente na realidade, sair do
sonho. Se as experiências foram boas – e
sempre tem lembrança boa de carnaval –
a dopamina permanece agindo, deixando
gravada a sensação, deixando saudade
e vontade de chegar logo o próximo
fevereiro, porque “...a felicidade é como a
pluma que o vento vai levando pelo ar, voa
tão leve, mas tem a vida breve, precisa que
haja vento sem parar”.
Fevereiro 2017 Mistérios de Órunmilá 21
BATE BOLA
A Entrevista do Carnaval Suburbano Carioca
A Fantasia de Bate-Bola (Clóvis), é bastante
comum nos subúrbios cariocas no dias de Carnaval.
Bate-Bola ou Clóvis é o nome de uma Fantasia
Carnavalesca, principalmente os das Zonas Norte
e Zona Oeste.
Nos primórdios, a fantasia de Clóvis se
assemelhava muito a de Palhaço, porém, incluindo
máscaras. Batendo no chão com suas bexigas de
boi, presas por uma corda a uma vara ou cabo, os
Bate-bolas, eram e são a alegria da criançada, nos
tradicionais carnavais de ruas ainda tradicionais
nas Zonas Norte e Zona Oeste.
Com o tempo a endumentária foi
encorporando novas características e, atualmente,
os grupos de Clóvis, podem ser classificados em
diversos tipos, tais como “Bola e Bandeira”, “Leque
e sombrinha”, “Sombrinhas e Bonecos”, entre
outros
Lei Municipal 02 de outubro de 2012 - Elton
Babú .
A QUANTOS
ANOS EXISTE
A TURMA DA
MAGIA?
PORQUE
CRIARAM A
TURMA?
FALE DE ALGUMAS
CARACTERÍSTICAS
DA TURMA?
A turma Magia de Marechal Hermes existe à 17 anos. Foi fundada em
2001 por Pierre Sales, que é o atual presidente. A turma iniciou com
30 componentes e durante esse tempo de existência o número de
componentes varios.
A turma foi criada com a intenção de valorizar a cultura suburbana e a
inovação.
Pierre está em constante busca por fantasias cada vez mais modernas
porém sem fugir do que é tradicional no bate bola. Como exemplo de
inovação e criatividade temos o bate bola de 2013 onde a sombrinha
(objeto tradicional) foi modernizada de forma radical, dela saiam
bolinhas de sabão. Na sombrinha de 2014, colocamos uma pirâmide
que girava e acendia. No bate bola de 2015 acrescentamos o LED no
macacão e o tablet na casaca.
8º Ano da Turma
9º Ano da Turma
Preparação das Casacas
22 Mistérios de Órunmilá Fevereiro 2017
Pagina no Faceboock : turmamagia.mh
VOCÊS
PARTICIPAM
DE ALGUM
TIPO DE
CONCURSO?
O QUE A
MAGIA TEM
DE SURPRESA
PARA ESSE
CARNAVAL?
Quando o carnaval acaba alguns bairros fazem
concursos para eleger o bate bola mais bonito e toda a
comunidade participa.
Esse ano, a Turma Magia de Marechal não estará diferente.
Teremos novidades no macacão e nossa sapatilha
será substituída por um tênis moderno. Nossa casaca
também receberá um toque especial. O que vocês
poderão ver em Fevereiro de 2017.
VOCÊS SÃO
EM NÚMERO
DE QUANTOS?
MULHERES
PARTICIPAM?
Somos em um total de 20 membros. Por ser uma turma
de muitos homens casados, as mulheres participam
tanto da confecção da fantasia, saem na turma ou
criam fantasias femininas com o mesmo tema da turma.
Acontece o mesmo com os filhos dos componentes.
O QUE VOCES
ESPERAM
PARA O
FUTURO DO
BATE BOLA?
COMO ESTÁ A
ORGANIZAÇÃO
DO CARNAVAL
PARA AS
TURMAS DE
BATE-BOLAS?
Nós, da turma Magia de Marechal Hermes acreditamos
que assim a cultura carnavalesca suburbana irá sempre
estar presente no Carnaval carioca e esperamos que a
verdadeira arte seja conhecida e respeitada por toda a
sociedade
Não a uma organização dos órgaos oficiais mas cada
turma se organiza do seu jeito para a divulgação de
sua fantasia.
Trabalho Manual com Gliter no Barracao da
Turma
1º Ano da Turma
Fevereiro 2017 Mistérios de Órunmilá 23
O carnaval
O carnaval não é uma manifestação cultural criada
pelos brasileiros, apesar de muitos associarem as festas de
Momo a uma tradição criada no Brasil. Já existiam festas
carnavalescas desde a antiguidade, como as do boi Ápis e os
bacanais realizados em nome do deus Baco, regadas a muito
vinho, comida e libertinagem. Por incrível que pareça, o grande
“inventor” do carnaval foi a Igreja Católica.
No ano de 604, o papa Gregório I fez com que os fiéis
passassem por um período de grande rigor espiritual, através de
jejuns e vivendo de forma bastante austera durante quarenta dias,
a chamada quaresma. Portanto, haveria nos quarenta dias que
antecedem a sexta feira santa um momento em que os católicos
deveriam viver de forma austera e com várias abnegações.
Como os fiéis ficariam muitos dias sem poder comer
carne, sendo autorizados somente peixes para se preparar para
a Páscoa, foi criado um período antes da quaresma conhecido
como “adeus a carne”, ou a festa da carne, que se popularizou
como carnaval. Assim, a institucionalização da quaresma, fez
com que o carnaval também se institucionalizasse, pois passou
a ganhar um calendário próprio que está diretamente vinculado
à Páscoa.
No Brasil, o carnaval foi trazido pelos portugueses,
com o entrudo. No século XVI, o entrudo já era praticado em
terras brasileiras. Era caracterizado, principalmente, por atirar
limões de cheiro uns nos outros. Os limões de cheiro eram
feitos de cera e no seu interior podiam ser colocados vários
tipos de recheios como água, essências, mas também urina e
outras coisas. Todas as pessoas podiam brincar de entrudo, seja
nas ruas ou dentro de suas próprias casas. Era uma brincadeira
muito popular, em que todas as classes sociais podiam participar.
Até mesmo os escravos participavam do entrudo.
Outra tradição carnavalesca trazida pelos portugueses
foi o Zé Pereira, muito popular na cidade do Rio de Janeiro
durante o século XIX. Há diferentes versões para criação do
chamado Zé Pereira, no entanto, é importante ressaltar que
24 Mistérios de Órunmilá Fevereiro 2017
e suas diferentes manifestações culturais
nenhuma delas foi comprovada. A maioria dos pesquisadores
afirma que essa brincadeira foi introduzida por um português
de nome José Nogueira, que caminhava nas ruas. Porém, aqui
temos uma controvérsia, pois alguns afirmam que andava sozinho
e outros, acompanhado, tocando um bumbo imenso. Os “Zé
Pereiras” produziam com suas batidas, um barulho imenso e eram
organizados por homens que se vestiam de forma aleatória, ou seja,
com qualquer tipo de roupa. Os melhores grupos de Zé Pereira
eram aqueles que produziam mais barulho.
No século XIX, vão surgir as grandes sociedades
carnavalescas, que criam os bailes carnavalescos, de inspiração
europeia, principalmente nas sociedades inglesas e francesas. As
primeiras sociedades carnavalescas criadas na cidade do Rio de
Janeiro, pelas elites cariocas, foram o Congresso das Sumidades
Carnavalescas e a Sociedade Carnavalesca União Veneziana. Foi
a partir das grandes sociedades que foram criados os chamados
bailes de mascarados. Esse tipo de manifestação carnavalesca é
totalmente diferente, tanto dos entrudos quanto do zé pereira,
pois eram mais ordeiras e organizadas, sendo diferente da bagunça
provocada pelo populacho nas ruas. As elites que viviam no Brasil
e, principalmente na cidade do Rio de Janeiro, então capital do
Império, consideravam o carnaval realizado pelas sociedades, como
a grande festa carnavalesca praticada no Brasil. Durante um bom
tempo, que vai de meados do século XIX até o início do século
XX, as sociedades carnavalescas foram consideradas os principais
grupos de desfile no carnaval brasileiro. Os desfiles promovidos por
essas sociedades carnavalescas e a dimensão que tomaram, fez com
que surgissem as chamadas Grandes Sociedades, em que podemos
destacar os Tenentes do Diabo, criado em 1855, os Democráticos,
de 1867 e os Fenianos, de 1870. Todos esses clubes, como também
foram denominados, competiam entre si, e foi a partir deles que o
carnaval começou a se espetacularizar.
Com a modernização da cidade do Rio de Janeiro, no
início do século XX, através da reforma urbana implementada
pelo Prefeito Pereira Passos, grandes avenidas foram abertas,
como a Beira Mar e, principalmente, a Avenida Central, atual
Rio Branco. Com a entrada dos automóveis e a remodelação da
cidade, surgiu um novo tipo de folia praticada na cidade do Rio de
Janeiro, o desfile de Corso. Esse tipo de folia, pelas suas próprias
características, estava diretamente vinculada à burguesia, pois era a
camada da população que dispunha de automóvel, que desfilavam
com as pessoas fantasiadas e também eram ornamentados. Quando
um passava ao lado do outro havia uma “batalha” de confetes e
serpentinas, que era o ponto alto desse festejo carnavalesco.
A população mais elitizada observava os cordões como
um grupo desordeiro e que não representava o “verdadeiro”
carnaval. Como cordões importantes da cidade do Rio de Janeiro,
temos o Estrela de Dois Diamantes e Filhos da Primavera. No
ano de 1918 surge o chamado Cordão do Bola Preta, que não era
apropriadamente um cordão, mas um bloco.
Outro tipo de organização carnavalesca importante foram
os ranchos, que se destacavam dos cordões, por uma visão elitista
da época (início do século XX), por ser formado por pessoas mais
“ordeiras”. Eram caracterizados pela sua organização e luxo. Muitos
pesquisadores atribuem sua chegada ao Rio de Janeiro a Hilário
Diferente das grandes sociedades carnavalescas, os
cordões eram formados, predominantemente por pessoas das
classes sociais menos favorecidas. O nome cordão, provavelmente
se deve ao fato do cortejo desfilar delimitado por cordas.
Neste, os integrantes vinham em filas. Segundo o pesquisador
Felipe Ferreira, os termos cordões e blocos eram genéricos para
esse tipo de formação até 1910. Os cordões, por serem formados
por uma população, em sua grande maioria de origem negra,
carregavam as influências de culturas de matrizes africanas.
Os cordões foram uma tradição herdeira dos cucumbis.
Jovino Ferreira, no entanto, já existiam ranchos na cidade antes da
chegada desse personagem. Os ranchos trouxeram várias inovações
para seus desfiles, que posteriormente seriam utilizados pelas escolas
de samba, como os mestres de harmonia e a porta estandarte, que deu
origem às porta-bandeiras. As tias baianas tinham influência direta
sobre os ranchos, pois elas abençoavam esses grupos carnavalescos. É
importante ressaltar o rancho carnavalesco Ameno Resedá, que com
um desfile esplendoroso, em 1917, foi colocado por Jota Efegê como
o rancho que foi escola, comparando o seu desfile ao das grandes
agremiações carnavalescas.
Há uma grande controvérsia em relação à origem do samba.
Alguns defendem que ele tenha surgido na Bahia e outros no Rio de
Janeiro. Como manifestação cultural urbana, sem dúvida, ele é carioca.
No entanto, devemos ressaltar que a influência baiana se faz presente
no samba nascido em terras cariocas. Quanto às escolas de samba,
diferente da controvérsia existente em relação ao surgimento do
samba, não há dúvida, é uma criação genuinamente carioca.
O nome escola de samba também é revestido de polêmicas.
Ismael Silva, importante sambista e compositor do Estácio,
diz que ele foi o responsável por essa denominação. Por
outro lado, o radialista Almirante apresenta nova versão,
diz que teria surgido pela popularização do tiro de guerra.
Um dado interessante sobre as escolas de samba é que
todas deveriam ser registradas como grêmio recreativo.
Isso se deve ao controle que as autoridades mantinham
sobre as agremiações para que as camadas populares não as
utilizassem como forma de organização política. Segundo a
historiografia das escolas, o primeiro concurso entre elas foi
em 1929, realizado pelo Alufá Zé Espinguela, em sua casa,
em 1929. Participaram desse concurso três conjuntos, um da
Mangueira, outro do Estácio e o de Oswaldo Cruz, sendo
campeão este último que tinha entre seus integrantes Paulo
da Portela e Heitor dos Prazeres. No ano de 1932, o prefeito
Pedro Ernesto oficializa o desfile das escolas de samba
e o primeiro concurso foi organizado pelo jornal Mundo
Esportivo, sendo a Mangueira a primeira campeã de um
desfile oficial. Mesmo oficializadas, as escolas
de samba só foram desfilar no principal palco do
carnaval carioca, a Avenida Rio Branco, no ano
de 1957. Antes disso desfilaram na Praça Onze
e na Avenida Presidente Vargas. Chegaram até
mesmo a desfilar em um tablado na mesma
Presidente Vargas. A partir desse momento, o
carnaval promovido pelas agremiações passou
a ser a principal manifestação carnavalesca
do Rio de Janeiro e de maior visibilidade do
Brasil, sendo os desfiles considerados o maior
espetáculo a céu aberto do planeta. A partir
desse período, as escolas de samba passaram
por grandes modificações, tanto no seu
ambiente administrativo quanto estético, com a
entrada de pessoas externas as suas tradições e
isso é colocado nas agremiações através de dois personagens,
o sambista e o sambeiro. Os terreiros viraram quadras, os
desfiles ganharam gigantismo e visibilidade internacional.
No entanto, as escolas de samba continuam e sempre
continuarão sendo importantes lugares e polos da tradição
da cultura popular carioca, devido ao papel dos sambistas
ali presentes e ao poder de suas Velhas Guardas que ainda
guardam as tradições da ancestralidade vinda dos escravos de
origem africana.
Colaborador: Alexandre Xavier Pinho
Fevereiro 2017 Mistérios de Órunmilá 25
“(...)Mas, quando falo dessas pequenas
felicidades certas, que estão diante
de cada janela, uns dizem que essas
coisas não existem, outros que só
existem diante das minhas janelas
e outros finalmente, que é preciso
aprender a olhar, para poder vê-las assim.”
Cecília Meireles –extraído do poema A Arte de Ser Feliz
os lugares, a mortalidade infantil caiu drasticamente - em 1960, segundo
a Organização Mundial da Saúde, de cada cinco crianças nascidas,
uma morria antes dos cinco anos; hoje, 19 de cada 20 sobrevivem. O
analfabetismo atinge 15% da população mundial, contra 44% na década
de 80 do século XX. A pobreza extrema também foi reduzida em 75%,
dizem os números, e as guerras diminuíram.
E A FELICIDADE, O QUE É?
Alegria, bem estar, paz consigo mesmo, e com os outros, saúde,
prosperidade, um amor, um trabalho que faça sentir bem, amigos, família.
Afinal, de quantos desejos e anseios é feita a felicidade humana? O que
é felicidade? Como ser feliz? As respostas são muitas e a maioria delas,
durante milênios, foi seara exclusiva de filósofos, com os gregos à frente
durante séculos. De lá para cá, estes questionamentos foram abraçados
pelas mais diversas áreas de estudo, passando a ter valor essencial no
desenvolvimento da civilização humana, hoje totalmente globalizada e sob
uma velocidade e intensidade de informação e comunicação inéditas em
toda a sua história.
Já se sabe que há uma descarga enorme de elementos químicos em
nosso cérebro que produzem e distribuem a sensação de bem estar, que
traduziria em termos genéricos o significado de felicidade para o ser
humano. Também é fato comprovado e objeto de estudos científicos, que
depois de ter as necessidades básicas supridas de forma satisfatória – boa
comida, casa, educação, condições de cuidar da saúde, lazer – o que pode
ser comprado ou acumulado em posses materiais não faz diferença, ou
seja, não significa mais felicidade. Sob este ponto de vista, a Humanidade
deveria estar se sentindo “mais feliz”. “As pessoas, em todos os cantos
do mundo estão mais ricas, gozam de mais saúde, são mais livres, têm
mais educação, estão mais pacíficas e desfrutam de uma maior igualdade
do que nunca antes. Todas as estatísticas indicam que melhoramos.
Em geral, a Humanidade se encontra melhor que nunca”, argumenta o
cientista cognitivo Steven Pinker, professor da Universidade de Harvard,
em entrevista ao jornal espanhol El País. Se se levar em conta somente os
dados estatísticos, não há o que contestar: adultos vivem mais em todos
26 Mistérios de Órunmilá Fevereiro 2017
De onde vem, então, a sensação de que estamos indo direto para um
despenhadeiro caótico e que nunca saímos da barbárie? Segundo dados
da Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão, reconhecida
como a doença deste século, avança, atingindo mais de 350 milhões
de pessoas de todas as idades, com maior número de mulheres, sendo
a principal causa de incapacidade em todo o mundo. Nos estágios
mais graves, pode levar ao suicídio. Cerca de 800 mil pessoas morrem
por suicídio a cada ano e esta é a segunda maior causa da morte de
pessoas com idade entre 15 e 29 anos. O quadro é tão alarmante, que a
campanha referente ao Dia Mundial da Saúde deste ano (7 de abril) tem
como tema a conscientização sobre a doença.
A explicação, em parte, estaria justamente no fato de que a humanidade
se tornou mais exigente, e porque a felicidade, embora seja sentida e
projetada de forma individual, não pode se expandir sem o sentido
coletivo que a impregna. Diariamente, somos bombardeados com
informações de todos os lugares do mundo. Vemos os horrores
da guerra se espalhando, milhões de refugiados, a fome e a miséria
assolando países africanos e batendo na porta ao nosso lado, o meio
ambiente se degradando pela ação humana provocando tragédias
em todos os lugares e ficamos sabendo também que apenas 1% da
população global concentra uma riqueza equivalente ao que possuem os
outros 99% dos quase 8 bilhões de seres humanos. A sensação de que
mesmo as pequenas felicidades podem se dissipar de repente, assombra
até os mais otimistas eventualmente.
Crianças em Burundi na África
AGENDA HOLÍSTICA
Em 2011, a felicidade foi elevada pela ONU ao status de Direito
Humano Fundamental, a ser assegurado através do Estado de Direito,
e ingressou definitivamente nas tabulações estatísticas econômicas
bancadas por agências de avaliação para investidores e na agenda dos
teóricos da Economia. Também ganhou data comemorativa, o 20
de março, Dia Internacional da Felicidade. Mesmo assim, as nações
continuam a perseguir o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)
como meta de desenvolvimento, as corporações inexoravelmente
buscam aumentar seus lucros, e as pessoas se exaurem para ganhar mais
dinheiro, engolidas pelo círculo vicioso do consumismo.
O Relatório da Felicidade Mundial do ano passado (World Happiness
Report 2016), ranking da ONU adotado a partir de 2012, se dedicou, pela
primeira vez, a medir as consequências da desigualdade na distribuição
do bem-estar. Até então, o estudo afirmava que a felicidade fornecia
melhores indicadores de bem-estar do que renda, pobreza, educação,
saúde e boa governança, medidos separadamente. Entretanto, os
pesquisadores entenderam agora que desigualdade de bem-estar é algo
bem mais amplo do que mensurar apenas “desigualdade”. Eles afirmam
que pessoas são mais felizes quando vivem em sociedades com menos
“desigualdade de felicidade”, ou seja, quando não há uma disparidade
grande entre os números daqueles que se consideram felizes e os que
se dizem infelizes. A chamada “desigualdade de felicidade” aumentou
nos 157 países estudados nos últimos anos. É o caso do Brasil, que
embora esteja em 17º lugar entre os mais felizes, porém, está entre
os que têm a felicidade pior distribuída entre os indivíduos. Assim
como é um país com renda desigual, apesar de ter um dos maiores
PIBs do mundo, o Brasil é um país com felicidade desigual e alta
felicidade total. “Medir a felicidade e alcançar o bem-estar das pessoas
deve estar na agenda de cada nação, de maneira que todos consigam
alcançar as metas estabelecidas pelos Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável”, assinalou Jeffrey Sachs, diretor do Earth Institute, da
Universidade de Columbia, durante o lançamento do relatório, na Itália.
“Na verdade, os próprios objetivos incorporam a ideia de que o bemestar
humano deve ser alimentado através de uma abordagem holística,
que combina elementos econômicos, sociais e ambientais. Ao invés
de ter uma abordagem restrita, focada exclusivamente no crescimento
financeiro, devemos promover sociedades que são prósperas, justas e
ambientalmente sustentáveis”, explicou.
Os países que aparecem nos dez primeiros lugares do ranking de
2016 são os mesmos que encabeçaram a lista na edição de 2015.
Houve apenas uma pequena troca de posições. Oito deles ficam no
Hemisfério Norte sendo cinco deles na Escandinávia, onde existe um
grande comprometimento com as questões ambientais e a luta contra
as mudanças climáticas. As últimas colocações do ranking ficam para
aqueles lugares onde existe uma desigualdade social e econômica brutal
na sociedade – a grande maioria no continente Africano e regiões que
passam por graves conflitos armados, como a Síria.
INSPIRAÇÃO
Ao sul da Ásia, na fronteira entre China e Índia, próximo às montanhas
do Himalaia, fica um dos menores países do mundo, o Reino do Butão.
Sua população de cerca de 750 mil pessoas é majoritariamente budista e
vivem principalmente da agricultura, do trabalho com a terra. A energia
é gerada através de hidrelétricas e o excedente da produção é exportado
para a vizinha Índia. O turismo no local é restrito porque paga-se uma
taxa diária altíssima para visitar o país, com o intuito de preservar o
meio ambiente.
Já no século passado, na década de 70, o Butão refutou o uso do
indicador econômico global PIB – Produto Interno Bruto – que analisa
as riquezas econômicas do país para avaliar seu desenvolvimento e
progresso. Começou a utilizar então o conceito de Felicidade Interna
Bruta (FIB) para analisar o bem-estar da população. O termo foi criado
pelo rei Jigme Singye Wangchuck, em resposta a críticas que afirmavam
que a economia do seu país crescia miseravelmente, marcando o seu
compromisso de construir uma economia adaptada à cultura do país,
que é baseada nos valores espirituais budistas.
O economista Dasho
Ura, vice-presidente
do Conselho Nacional
do Butão, presidente
do Centro para os
Estudos do Butão, um
centro multidisciplinar
de pesquisas fundado
pelo Programa de
Desenvolvimento das
Nações Unidas (PNUD)
para formular as análises
estatísticas do FIB, e
membro da Comissão
do FIB do Ministério do
Planejamento daquele
país, usa a imagem de
uma roda para explicar
o cálculo do FIB - no
centro dela está a meta
final: a satisfação com a
Dasho Ura
vida, a felicidade propriamente dita; os meios para chegar a ela são
os raios do círculo, entre eles: uso equilibrado do tempo, vitali¬dade
comunitária e sustentabilidade. O trabalho não remunerado, como
cuidar de crianças e idosos - atividades desconsideradas na contagem de
“produção de riqueza” do Produto Interno Bruto (PIB) -, por exemplo,
é valorizado por essa medição. Na constituição do Butão, ratificada em
2008, entre os cinco primeiros artigos aparecem temas como cultura,
herança espiritual e meio ambiente. De maneira clara, o governo se
responsabiliza por proteger e preservar florestas e a biodiversidade do
reino. Mais recentemente, em junho deste ano, os butaneses entraram
para o livro Guinness de Recordes ao plantar 50 mil mudas de árvores
em apenas 60 minutos. Cerca de 75% do território do Butão é coberto
por florestas.
Guerra na Síria
Fontes:
https://goo.gl/hZumWO
https://goo.gl/ra4b7l
http://www.felicidadeinternabruta.org.br/
Colaboradora: Mirela Maria
Fevereiro 2017 Mistérios de Órunmilá 27
BUSCA CONSTANTE
A referência filosófica mais
antiga de que se dispõe sobre esta
determinação humana instintiva
de “ser feliz” e definir o que seja
isso, é um fragmento de um texto
de Tales de Mileto, filósofo e
matemático grego que viveu entre
as últimas décadas do século 7 a.C.
e a primeira metade do século 6
a.C. Segundo ele, é feliz “quem tem
corpo são e forte, boa sorte e alma
bem formada”. A expressão “boa
sorte” era fundamental na cultura
Tales de Mileto grega daqueles tempos, pois eles
acreditavam que dela dependia a sua
felicidade.
A pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina, Gisele
Leite, no artigo “Reflexões sobre o conceito de felicidade na sociedade
contemporânea”, conta que nas páginas iniciais da obra de Heródoto,
“A história” - obra mais antiga da história do Ocidente - há relato
sobre Croesus, rei da Lydia, que durante diálogo com o sábio Sólon
demonstrou a central preocupação com a felicidade (eudaimonia).
“Croesus afirmava ser feliz por não lhe faltar nenhuma posse (bens
materiais), enquanto Sólon argumentava que só era possível atribuir o
adjetivo “feliz” após a análise de toda a vida de uma pessoa, ou em
outras palavras, após a morte. Um defendia uma felicidade medida
em momentos e por meio de avaliação objetiva, enquanto o outro
na avaliação total da vida e por meio da demonstração de valores
subjetivos. Enquanto que um apontava que a vida podia ser conquistada
em posses, o outro defendia que os acasos da vida seriam cruciais para
fazer alguém feliz.”
De Heródoto em diante, a felicidade passou a ter sentidos mais
complexos, e também entrou definitivamente para o mundo das
pesquisas científicas no final do século XX. Nas primeiras décadas,
a jovem psicologia a abraçou. Uma das obras mais importantes de
Freud, “O mal-estar da cultura”, de 1930, contém o desenvolvimento
das reflexões freudianas de felicidade, por ele considerada como
algo inteiramente subjetivo, impossível de ser apreendida por meios
objetivos.
Na década de 80, os estudos sobre o que pode fazer as pessoas felizes
se aprofundaram. Entre as constatações, o fato de que a felicidade
alheia é contagiante e que as amizades são fundamentais para o ser
humano. O médico e sociólogo Nicholas Christakis, pesquisador
da Universidade Harvard (EUA), constatou que a felicidade de cada
pessoa depende não somente das suas próprias escolhas e ações, mas
também das opções e atitudes daqueles que nem sequer conhece. Os
resultados do acompanhamento de 4.700 voluntários por mais de 20
anos, publicados no British Medical Journal, revelaram que os sentimentos
positivos de alguém podem, por exemplo, melhorar o humor
28 Mistérios de Órunmilá Fevereiro 2017
do cônjuge, do irmão dele e de amigos e vizinhos desse irmão. Esse
“efeito ressonante” aumenta o grau de satisfação pessoal em 34% e
perdura por até um ano. “Por longo tempo mensuramos a saúde de um
país olhando para o seu Produto Interno Bruto (PIB); mas, por incrível
que pareça, se o amigo de um amigo de um amigo seu fica feliz, isso tem
impacto em sua felicidade”, afirma o cientista político James H. Fowler,
da Universidade da Califórnia, co-autor desse estudo. Não é à toa que as
pesquisas atestam que um elemento fundamental para o ser feliz são as
amizades, a qualidade e durabilidade dos relacionamentos interpessoais.
Além disso, parece que Freud foi contrariado, pelo menos em parte,
no começo deste terceiro milênio. Em 2014, cientistas britânicos
elaboraram uma equação que dizem ser capaz de prever a felicidade,
ainda que momentânea. A fórmula de pesquisadores da Universidade
College London (UCL) leva em conta expectativas sobre o futuro e
conquistas do passado. De acordo com os resultados da pesquisa, tudo
depende da diferença entre as expectativas e os resultados. Quanto
maior e mais positiva for essa diferença, mais felizes nos sentiremos.
Se vamos a um restaurante e a comida supera nossas expectativas, por
exemplo, é imediata a sensação de bem-estar. Tomografias realizadas
nas pessoas que participaram da pesquisa revelaram que a felicidade
estava relacionada a atividade nas áreas do cérebro ligadas à produção
de dopaminas, denominadas neurotransmissores da alegria, porque
induzem o bem-estar. São elas que fazem a ponte entre as regiões
cerebrais onde são recebidas e decodificadas as emoções.
Etimologia da palavra
A felicidade - eudaimonia (grego), felicitas (latim) - Relaciona-se também
com a autonomia, o bom, a esperança, liberdade, prazer e Sumo Bem. Para
mencionar alguns exemplos etimológicos, o termo moderno do inglês,
“happiness” tem a sua raiz no antigo inglês médio “happ” que significa
sorte, acaso, isto é, o que “happens” (acontece) no mundo. Da mesma
forma, o francês “bonheur” (felicidade), e “hereux” (feliz) têm na sua raiz
a velha palavra francesa “heur”, que significa sorte, acaso. A palavra italiana
“felicità”, a palavra espanhola “felicidad” e a portuguesa “felicidade”, todas
vêm do latim “felix” (afortunado) e “felicitas” (sorte, fortuna.)
Texto: Mirela Maria
TATA FOMUTINHO
Antônio Pinto De Oliveira, conhecido como
Tata Fomutinho.
Iniciado para Orixa Oxum por Maria
Angorense, fundou o Ceja Nassô , no bairro de
Santo Cristo - RjJ, depois mudou-se para Madureira,
na Estrada do Portela e logo depois para São João
de Meriti, onde se estabeleceu. Tata Fomutinho foi
muito ajudado por Mejitó no seu trajeto no Rio de
Janeiro, entre os filhos de Tata Fomutinho podemos
citar:Pai Jorge de Iemanjá, Pai Zezinho da Boa
Viagem, Mãe Belinha e Amaro de Xangô.
Tata Fomutinho, foi de extrema relevância para a
història do culto Jeje no Brasil.
PAI NEZINHO DA
MURITIBA
Manuel Cerqueira de Amorim, o pai
Nezinho de Muritiba era iniciado para
o Orixa Ogum. Também conhecido
como Nezinho “Bom de Pó “ devido seus vasto
conhecimento de folhas e raizes e outros elementos
necessários para magia.
O Babalorisa Nexinho da Muritiba foi iniciado
por Maria da Gloria Nazareth, antecessora a Mãe
Meninazinha do Gantois e ele era o Baba Egbé do
Gantois.
Entre as pessoas inicadas por pai Nezinho podemos
citar as saudosas Gayaku Luiza, Mãe Baratinha de
Osum e Mãe Bida de Iyemaja.
Fevereiro 2017 Mistérios de Órunmilá 29
ANUNCIE AQUI
Não deixe de registrar sua festa ou evento, divulgue!
Contato:. (21) 98780-7140 / (21) 9929-93422
QUIROMANCIA
Montes, linhas e sinais estampam sua personalidade e seu futuro.
A arte de ler as mãos tem origem misteriosa. Acredita-se que desde o
princípio da Humanidade já se usava a leitura das mãos para conhecer
o futuro. No entanto, foi na Antiguidade que encontraram fortes
evidências de sua existência, principalmente na China, onde ainda
hoje é usada na Medicina, e no Egito, onde os faraós não travavam
uma guerra sem antes consultar seus magos e saber o que o destino
reservava ao seu povo.
Na idade Média, a Quiromancia (do grego quiro/cheirós, que quer
dizer mãos, e mancia/manteiós, adivinhação) era tida como bruxaria,
principalmente na Inglaterra. Mas na Alemanha, na mesma época,
foi objeto de estudos científicos. Com o decorrer do tempo, essa arte
mística sofreu influência da Astrologia, por isso algumas partes da
mão recebem o nome de planetas, tais como monte de Vênus, linha de
Saturno, etc.
Mas foram os ciganos que espalharam e popularizaram a Quiromancia
pelo mundo e é tão forte na cultura desse povo que quando se pensa em
leitura de mãos, logo nos vem à mente a imagem de uma cigana. Aliás,
a adivinhação é uma das atividades exclusivas das mulheres ciganas e
aprendemos desde pequenas com nossas mães, depois passarmos este
ensinamento para nossas filhas e assim por diante.
A Kirologia (ou Quirologia) baseia-se na interpretação de toda
uma série de sinais contidos em ambas as mãos com o objetivo de
adquirir conhecimento sobre a pessoa. Está baseada numa série de
características arbitrariamente relacionadas como as linhas, formato e
protuberâncias das mãos, mas não está baseada nem corroborada por
pesquisas científicas comprovatórias. A leitura das mãos tem de ser feita
como um todo, por esta razão é necessária uma interpretação que tenha
em conta as relações entre as linhas e sinais.
Esclarecimento que tem sido dado desde o início do século, mas até
hoje poucos entenderam, a Quirologia (do grego quiro = mão; logia
= estudo) é o estudo ou conhecimento adquirido através das mãos e
pouco tem a ver com a popular Quiromancia. Na Quirologia, a linha de
pensamento é o estudo e não a intuição.
Suas mãos revelam mais coisas do que você pode imaginar!
Para maiores informações acesse o site:
www.loriemanoela.webnode.com.br
Texto: Lori Emanoela
Quem é Lori Emanoela?
Kiróloga
LEITURA NO COPO D’ÁGUA
Terapeuta vibracional, pesquisadora
da matriz Humana, Sensitiva,
apresentadora do programa Tenda da
Lori, TV Jornal Destaque (youtube),
colunista do Jornal Destaque Esteio
RS, única cigana do projeto Mais
Educação em todo Brasil, realizando
oficinas de Dança Cigana baseado
na tradição e trabalhando valores
humanos, entre outras coisas.
Kiróloga, consultora de cartas ciganas, oráculo estelar quântico,
professora de dança cigana, Mestre Reiki, criadora do Sistema Fractal.
Promotora Popular em Saúde, ativista cultural e de Direitos Humanos,
Educadora Social, Conselheira Municipal de Promoção da Igualdade Racial,
Conselheira Municipal da Mulher, Criadora e Pesquisadora do sistema
“Aplicabilidade da dança cigana e os hemisférios cerebrais”, palestrante em
escolas, universidades e grupos, divulgadora da cultura cigana, facilitadora
em Workshop e encontros voltados à valorização humana.
Autora e Facilitadora em dinâmicas de grupo pelo método fractal,
estabelecendo propósitos diante ao grande papel humano, observando que
é na simplicidade que construímos as conquistas diárias.
Uma mulher, mãe cigana empoderada, construindo e conquistando os
espaços de poder que é de direito!
Grata por todos os ensinamentos que cada um compartilha comigo. Um
pé na bunda também impulsiona para frente!
34 Mistérios de Órunmilá Fevereiro 2017
MAÇONARIA
A Simbologia da Franco- Maçonaria
Chegamos assim à primeira metade do século XVII,
onde assistimos ao surgimento do movimento herméticocristão
ao qual se convencionou chamar de “Iluminismo
Rosa-cruz”. Esse movimento, que concedia uma importância
especial à invocação dos nomes divinos hebreus e cristãos,
assim como às analogias e correspondências entre os três
mundos ou planos da manifestação universal-corporal,
anímico e espiritual - viria a ser decisivo para a gestação da
Maçonaria especulativa. Os rosacrucianos, dentre os quais se
encontravam autênticos homens de conhecimento do porte
de Robert Fludd, Michel Maier e Juan Valentín Andreae
(autor de As Bodas Químicas de Christian Rosenkreutz),
eram, por assim dizer, o braço exterior e visível da enigmática
“Ordem da Rosa-Cruz”, da qual tomaram o nome.
Esta sociedade hermética era composta por doze membros
(número primordial) que permaneceram sempre no mais
completo anonimato, justificado pelas condições, cada mais
vez mais adversas, provocadas pelo poder exercido de forma
autoritária pela maior parte da nobreza e do dogmatismo
inquisitorial. Esse “Colégio Invisível da Rosa-Cruz”, como
igualmente se denominava, herdou, graças a organizações
filo-templárias como a Fede Santa à qual pertenceu Dante, o
essencial do simbolismo do Templo.
Durante os primeiros anos do século XVII, o movimento
rosacruciano estendeu as ideias herméticas por diversos
Estados e Principados do Europa central, especialmente
na Boêmia e no Alto e Baixo Palatinado, fomentando um
florescente, mas breve, período no qual se tentou perpetuar
a cultura tradicional do Ocidente. Não obstante, tudo ficou
truncado quando o movimento rosacruciano foi cruelmente
dissolvido - como no caso dos templários - durante a
“Guerra dos Trinta Anos”, acontecimento este que supôs
que a “Ordem da Rosa-Cruz”, inspiradora desse movimento,
desapareceu da Europa buscando refúgio na Ásia [1].
Por isso muitos estudiosos estabelecem conexões dos
antigos maçons com os Cavaleiros Templários e rosas cruzes,
atribuindo aos primeiros a origem da maçonaria.
Fotografia de Bhafomet: Titulo mau compeeendido
pelos cristão como demônio é na verdade rico em
simbolos alquimicos
Templo da AMORC em Curitiba - PR
Simbolo mistico da ordem Rosa Cruz
Autor: Luiz Alves
Fevereiro 2017 Mistérios de Órunmilá 35
REAPROVEITAMENTO
DE ALIMENTO
Monalisa Galiza - Nutricionista
Nos dias de hoje, o reaproveitamento de
alimentos e imprescindível.
Estudos mostram que 30% da produção
mundial de alimentos são desperdiçadas
no cultivo, na colheita, no armazenamento,
transporte e demais fatores que levam
a falta de conscientização da população
sobre o desperdício dos alimentos.
A população precisa ser conscientizada
sobre os valores nutricionais porque essa
falta de conhecimento é o que leva ao
desperdício. Porém, a educação nutricional
começa em casa, mas a população precisa
conhecer os alimentos que farão bem
ou mal para a saúde, para tanto seguem
algumas dicas para reaproveitar sobras de
alimentos.
Se sobrou feijão, este pode virar tutu,
bolinhos, ou feijão tropeiro, enquanto
sobras de arroz podem virar bolinho,
risoto e arroz de forno. As cascas, talos e
folhas podem ser utilizados em receitas.
FERNANDA MULULU
Você tem o hábito de aproveitar
a casca dos alimentos?
Nelas é possivel encontar nutrientes
importantes como vitaminas, minerais
antioxidantes, alem de fibras
alimentar.
A casca do abacaxi, por exemplo
ajuda na digestão de proteinas,
devido a presença da bromelina, e
é rica em vitaminas C. É possivel
reaproveita-la em forma de suco,
bastendo a casca no liquidificador
com água e gelo.
Aproveite o domingo para fazer
um suco da casca do abacaxi!
RECEITA
MODO DE PREPARO:
Doce de Casca de Banana.
5 copos de cascas de banana nanica, bem
lavadas e picadas
2 copos de meio de açúcar
Cozinhe as cascas em pouca água até
amolecerem. Retire do fogo, escorra, reserve
o caldo do cozimento e deixe esfriar. Bata as
cascas e o caldo no liquidificador e passe
por uma peneira grossa. Junte o açúcar e
leve novamente ao fogo baixo.
Mexa sempre, até o doce desprender do
fundo da panela.
Toca do Caçador
Direção: Ogã Flávio
Todos os bichos para sua obrigação com qualidade
MENOR
PREÇO
FORNECEMOS CABRITOS NO ATACADO PARA
OUTROS ESTADOS, PREÇOS ESPECIAS PARA LOJISTAS
MERCADÃO DE MADUREIRA
AV. Min. Edgar Romero, 239
Gal. G - Loja 222 Tel:. (21) 2450-0612
sac@tocadocacador.com.br
DISTRIBUIDORES
RIO DE JANEIRO
ILÊ ORISÁ
Comércio de artigos religiosos
Mercadão de Madureira - Av. Ministro Edgard Romero,
239 - Galeria G. Loja 220
CASA DO TITIO
Comércio de artigos religiosos
Mercadão de Madureira - Av. Ministro Edgard Romero,
239
ILÊ ORISÁ
Comércio de artigos religiosos
Mercadão de Madureira - Av. Ministro Edgard Romero,
239 - Galeria G. Loja 220
MERCEARIA FÁTIMA DOS RAMOS LTDA
Mercadão de Madureira - Av. Ministro Edgard Romero,
239 - Galeria F - Loja 211
CASA OLIVEIRA
Armarinho e bordados
Mercadão de Madureira - Av. Ministro Edgard Romero,
239 - Galeria D - Loja 207
CASA OXALÁ MENINO
Mercadão de Madureira - Av. Ministro Edgard Romero,
239 - Galeria C - Loja 230
DISTRIBUIDORA CABRA BRANCA LTDA
Aves - Ovos e Pequenos animais
Mercadão de Madureira - Av. Ministro Edgard Romero,
239 - Galeria G - Loja 228
O MUNDO DA MAGIA
Artigos religiosos
Mercadão de Madureira - Av. Ministro Edgard Romero,
239 - Galeria F - Lojas 222 e 224
O REI DOS ORIXÁS
Mercadão de Madureira - Av. Ministro Edgard Romero,
239 - Galeria H - Loja 201
ILÊ D’ANGOLA
Artigos religiosos
Mercadão de Madureira - Av. Ministro Edgard Romero,
239 - Galeria C - Loja 222 e 224
MERCADÃO DA FÉ
Av. Ministro Edgard Romero, 250 - Loja A
OBÁ DAS LOUÇAS
Louças em geral
Madureira Shopping Days - Av. Ministro Edgard
Romero, 244 - Loja 117
ODÙDUWÀ CENTRO CULTURAL
Av. Ministro Edgard Romero, 239 - Loja 115 - Madureira
TOCA DO CAÇADOR
Distribuidor de Aves e Animais
Mercadão de Madureira - Av. Ministro Edgard Romero,
239 - Galeria G - Loja 222
Rua Conselheiro Galvão, 594 - Turiaçu
BAZAR ESPAÇO DOS ORIXÁS
Artigos Religiosos
Av. Dom Helder Câmara, 8369 - Piedade
IMPÉRIO DOS ORIXÁS
Artigos de Umbanda e Candomblé
Av. João Ribeiro, 50 - Loja B - Pilares
38 Mistérios de Órunmilá Fevereiro 2017
FLORA DA UMBANDA LTDA
Artigos religiosos em geral
Rua Adolfo Bergamini, 20 A-B - Engenho de Dentro
KOISAS DO SANTO
Artigos religiosos em geral
Rua Adolfo Bergamini, 14 - Engenho de Dentro
TARÔ CIGANO
Artigos religiosos em geral
Rua Constança Barbosa, 140 - Loja F - Méier
FÁBRICA DE BARRO LISO E MARAJOARA
Rua Mabá, 611 - Jardim América
MARIA AMÁLIA ARTIGOS RELIGIOSOS
Rua Maria Amália, 394 - Loja B - Tijuca
DDRAGÃO REDE ORIXALÁ
Rua Barão de Mesquita, 831 - Andaraí
UM PONTO DE EQUILÍBRO
Praça Saens Pena, 45 - Loja 206 - Tijuca - Shopping 45
DIVINO
Artigos religiosos em geral
Rua Óbidos 141 - Vila Valqueire
VELAS DO MÉIER E VELAS BOM JESUS
Rua Lucídio Lago - 115 Méier
BAZAR DO BOIADEIRO
Ferragens, ferramentas e elétricos
Praia do Reconcavo, 702 - Sepetiba
SEIXAS
Artigos de Umbanda e Candomblé
Av. Vicente de Carvalho, 248 - Vaz Lobo
BAZAR OXUMARÉ LTDA
Artigos religiosos em geral
Rua Magalhães Couto, 76 A-B - Méier
FLORA DA UMBANDA LTDA
Artigos religiosos e esotéricos
Rua Adolfo Bergamini, 20 A-B - Engenho de Dentro
VELAS ARCO-ÍRIS
Artigos religiosos em geral
Rua Augusto Vasconcelos, 26 - Compo Grande
BAZAR TALISMÃ
Artigos religiosos em geral, especialidade cigana
Engenheiro Trindade, 46A - Campo Grande
PENA DOURADA
Artigos religiosos e esotéricos
Estrada da Posse, 3835, Loja B - Campo Grande
MESQUITA
IMPÉRIO DA UMBANDA LTDA
Artigos religiosos em geral
Rua Prefeito José Paixão,1885 - Centro Mesquita
ATACADÃO XANGÔ ALAFIM LTDA
Artigos religiosos em geral
Rua Mister Waltkins, 256 - Mesquita
CANTINHO ESOTÉRICO
Artigos de Umbanda e Candomblé
Av. Gov. Celso Peçanha, 519 - Mesquita
BELFORD ROXO
AS ROSAS DE YEMANJÁ
Artigos de Umbanda e Candomblé
Rua José Haddad, n° 111/113 - Centro B. Roxo
- RJ
MIRONGA
Rua João Fernandes Neto, 1436 - Loja 7 - Centro
SÃO JOÃO DE MERITI
CASA ONIRÉ
Rua Abadala Naja, 122 - Loja A - Centro
CASA ZÉ PILINTRA
Rua Coronel de Carvalho, 25. Centro de São João
do Meriti (feirinha da Pavuna)
PAULINHO DA FEIRINHA
Rua Coronel de Carvalho, 13. Centro de São João
do Meriti (feirinha da Pavuna)
AKIN PRODUTOS AFRICANOS
IMPORTADOS
VELAS BOM JESUS
Rua Abdala Naja 76. Centro de São João do Meriti
ARMAZÉM DOS ORIXÁS
Av. Dr. Arruda Negreiros 136/148
QUEIMADOS
ILÊ AXÉ DE BATALHA
Av Irmãos Guinle, 1181, loja 13 - Centro
MARICÁ
CERÂMICAS TORRES LTDA.
Rod. Amaral Peixoto, Km 14, Lt. 03 - Inoa -
Maricá
CASA DE ERVAS D’OMULU E BAZAR
SÃO LÁZARO
Est. De Itaipuacu, Av. Caio de Figueiredo, 30 -
Inoa - Maricá
CASA DO PRÍNCIPE
Rua 06. Bairro Chacara de Inoa, Nº 01 - Maricá
SÃO LÁZARO
Rua Pereira Nunes, 310, Loja 07/08 - Centro
MERCADÃO DE MARICÁ
Rua Abreu Sodré, 215, Loja 03 - Centro
ANTIGUIDADES & MIX
Av. Amaral Peixoto, KM 15,5 - Inoã
NILÓPOLIS
BAZAR CIGANA X OGUM LTDA
Artigos religiosos em geral
Rua Mena Barreto, 13 - Nilópolis - RJ
LUA CHEIA
Artigos religiosos em geral
Rua Antônio José Bittencourt, 131 - Centro
Nilópolis
NOVA IGUAÇU
CASA NICE
Artigos Religiosos em geral
Rua José Hipólito de Oliveira, 114
IMPÉRIO DE MARIA PADILHA
Artigos Religiosos em geral
Av. Marechal Floriano Peixoto, 2411
PALÁCIO DE OGUM
Artigos de Umbanda e Candomblé
Av. Marechal Floriano Peixoto, 2135 - Centro
PEDREIRA DE XANGÔ
Artigos de Umbanda e Candomblé
Estrada de Adrianópolis, 2657 - Corumbá
BAZAR DOS ORIXÁS
Artigos Religiosos
Rua Profª Marli de Carvalho Pereira, 38 - Miguel
Couto
DUQUE DE CAXIAS
LOJA ASE SANGO
Artigos de Umbanda e Candomblé
Rua 31 de Março, Qd.60 Lt.17 - Loja C - Parque
Paulista
FÁBRICA DE VELAS ARCO-ÍRIS
Artigos religiosos em geral
Av. Presidente Vargas, 113 A - Centro Duque de
Caxias
Filial Vila da Pena - Praça Rubey Wanderley, 09 -
Largo do Bicão
ESTRELA DO PARQUE PAULISTA
Aviário
Av. 31 de Março Lt. 17 Qd.60 - Parque Paulista -
Duque de Caxias
BARRACA DOS BICHOS DO SEU DAVI
Feira de Caxias
CANTINHO DE OGUM
Artigos religiosos em geral
Av. Presidente Vargas, 325 - Loja 4 - Centro
Duque de Caxias
Av. Presidente Vargas, 325 - Galeria A, Loja 5 e
7 - Centro Duque de Caxias
Filial Ilha do Governador - Estrada do Galeão,
800 - Cacuia - Ilha do Governador
CASA JOSÉ PILINTRA E POMBA GIRA
DAS ALMAS
Artigos de Umbanda e Candomblé
Rua Sete de Setembro, 77 - Centro D. Caxias
NITERÓI
CANTINHO DA VOVÓ
Rua Visconde do Rio, 225 - Centro/Galeria
CASA COMBATE
Rua Visconde de Itaboraí - Centro
ESQUINA DA MACUMBA
Rua Visconde de Uruguai, 288, Loja 01 - Centro
MERCADÃO DE NITEROI
Rua São João, 95 - Centro
SÃO PAULO
LUAR
Distribuidora de artigos religiosos
Rua Bom Pastor, 2190 - SP
ASÉ BOX
Ervas medicinais e espirituais
Rua Herbart, 47 - Mercado Municipal da Lapa -
Lapa
BOUTIQUE DOS ORIXÁS
Artigos religiosos
Rua Ribeiro Junqueira, n° 212 - Irairim
GUARULHOS
CASA MADÉ
Artigos esotéricos
Av. Emílio Ribas, 1902- Gopouva - Guarulhos -
São Paulo
NATAL
LIVRARIA ESPÍRITA AUTA DE SOUZA
Av. Eng. Roberto Freire, 3132 - Lj - J24 - Praia
Shopping
SALVADOR
PALÁCIO DE OXOSSI
Av. Oscar Pontes, s/n, Quadra 9, Box 48/50 -
Salvador
TELMA ORIXÁ
Rua Carlos Gomes, 977 - Salvador
PALÁCIO DE OYO
Feira de são Joaquim, Rua principal Qd. 1 Loja 01
Água de Meninos- Salvador
ILÊ DE ÒDÉ
Feira de são Joaquim, Rua principal Loja esquina
próxima aos bichos - Salvador
CASA XANGÔ
Feira nova de são Joaquim, 48, Primeira loja na
entrada da feira - Salvador
CASA PRETO VELHO
Feira nova de são Joaquim, Rua principal n° 06 -
Salvador
TSARA CIGANA ROSA DOS VENTOS
Av Oscar Pontes s/n box B03, Feira de São
Joaquim - Salvador
KATUKA
Praça da Sé 05, Loja A5, Edifício Themis, Térreo
- Salvador
PALÁCIO DOS ORIXÁS
Feira de são Joaquim, Rua principal Qd. 1 Loja 01
Água de Meninos- Salvador
CASA DONA DAS ÁGUAS
Feira Nova - Galpão Água de Meninos - Bloco 106
ILÊ DE ÒDÉ
Artigos religiosos em geral
Rua Principal, Loja 04 e 05 - Feira de São Joaquim
CASA PRETO VELHO
Artigos religiosos em geral
Rua Principal, Nº 06 - Feira Nova de São Joaquim
BARRACA CHAPÉU DE COURO
Artigos de Candomblé e Umbanda em geral
Praça 1º de Maio, Box 82 - Mercado da Sete Portas
IVANICE BORDADOS
Rua do Tesouro, Nº 3, Loja 01 - Centro
KATUKA AFRICANIDADES
Moda africana
Rua Guedes de Britto, Nº 01 - Praça da Sé
EWA MODA
Moda Africana
Praça da Sé, Nº 04 - Pelourinho
BRASÍLIA
AROMAS DO REI
Produtos artesanais
QNG 26 LT 01 LJ 01
Taguatinga do Norte (em frnte ao Taguacenter)
RIO GRANDE DO SUL
FLORA KOLESAR BANCA 45
Produtos artesanais
Mercado público central - Entrada da praça glênio
Perez
SEJA UM DISTRIBUIDOR!
DISTRIBUA VOCÊ TAMBÉM A REVISTA MISTÉRIOS DE ÓRUNMILÁ GRATUITAMENTE EM SEU ESTABELECIMENTO
LIGUE PARA (21) 98780-7140 / (21)9929-93422
PROIBIDA A VENDA DA REVISTA
www.donamayara.com.br
A FEITICEIRA DA ILHA
•Aconselhamentos
•União de casais
•Separação
•Quebra de inveja
•Limpeza espiritual
•Fracassos nos Negócios
Trabalhos garantidos com seriedade,
orientação espiritual.
Consultas para orientação e questões
espirituais, amorosos, comerciais
ou algo que você julgue difícil de
solucionar.
Vamos ajudá-lo a renovar
suas energias para um melhor
desempenho em sua vida amorosa,
profissional e social.
NÃO CONFUNDA!
NOSSO TRABALHO É SERIO!
•Filhos Problemáticos
•Venha nos consultar
“Para os verdadeiros guias de luz e força,
não existem problemas sem solução”
Atendimento também em Petrópolis na Rua barão de Tefé número 58 apto
302, Centro de Petrópolis
nos dias de Terça, Quinta e Sábado - (24) 99264-1874
Estrada do Galeão, 1571 AP 201
TEL: 2462-4881/98190-6915
ANUNCIE AQUI
Interreligiosidade, filantropia e cultura. Divulgue!
Contato:. (21) 98780-7140 / (21) 9929-93422
Ogan Arthur de Xango, tem
8 anos de idade e 5 anos de
confirmado para a Oya de
sua avó carnal , a iyalorisa
Neném de Oya do axé
Vitória de oya, foi iniciada em
13/12 /12, pelo babalorixá Aguese
do Axé Engenho Velho.
Vitoria e filha pequena do
Babalorixá Marquinhos de
Palmares.
Envie fotos de suas crianças
autorizando o direito de
para o
revistamisteriosdeorunmila
As crianças que são destaque
serão homenageadas em
um presente
42 Mistérios de Órunmilá Fevereiro 2017
JOGO
CORRIDA DE
CARNAVAL
As gêmeas,
Sophia de iyemoja
e Lara de xango, são
iyawo iniciadas pela iyalorisa,
Neném de Oya do Axé Bangbose.
Hoje, as irmãs estão com 3 anos
de santo e 4 anos de idade.
com uma pequena descrição
imagem para a publicação
@gmail.com
da revista Mistérios de Órunmilá
Setembro de 2017 e receberão
surpresa.
Luiz Felipe de osumare, iniciado
em 2012, e filho carnal da iyalorixa
Paula de Ode e filho de santo do
babalorixá Ronaldo de iyemoja do
Opo Afonjá. Hoje, Felipe está com
15 anos de idade.
Você vai precisar de:
1 dado
2 botões
REGRAS DO JOGO
•Cada jogador escolhe um botão.
•O primeiro jogador lança o dado e
anda o número de cadas indicadas
no dado.
•Vence o jogo aquele que primeiro
chegar na bandeira
Fevereiro 2017 Mistérios de Órunmilá 43
Grandiosa festa de pai
Antonio ´ da Amaralina
Os filhos amigos e adeptos do
Candomblé estavam apaixonado
por mãe Iemanjá de pai António da
Amaralina
Telefone 3467-4159
3904-9321
44 Mistérios de Órunmilá Fevereiro 2017
MURAL DA AGENDA CULTURAL
Fevereiro 2017 Mistérios de Órunmilá 45
ANUNCIE CONOSCO
REVISTA MISTÉRIOS DE ÓRUNMILÁ
Interreligiosidade, filantropia e cultura
Ligue para: (21) 98780-7140
(21) 9929-93422