Cartaz Cinza e Laranja de Dia do Trabalho (1)
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o próprio adjetivo ultramarina para
classificar essa história aponta para a pré
noção de que era a parte da história da
Europa que se desenvolveu além mar, além
de seus limites territoriais. Nesse sentido o
ato de usar desses fatos da história
positivistas para escrever histórias que o
autor vai chamar de menos maiúsculas, isto
é, menos monumentais e ainda que fictícias
que promovam uma difusão da cultura dos
povos moçambicanos, angolanos, nigerianos
como nos excertos usados, ou de quaisquer
povos que tenham sido silenciados pelo
fazer histórico do século XIX. Daí a
importância da literatura africana pós
colonial: ela não só questiona a história dita
oficial, como também reivindica o direito de
reescrita da história da África, pauta
importantíssima para o fortalecimento de
historiadores africanos e a iniciativa de
construir uma historiografia com métodos e
fontes alinhados às possibilidades
geográficas e culturais do grande continente.
MAIO 2020
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Essa quebra de paradigmas
metodológicos vai considerar fontes
como a oralidade e arqueologia, além de
criticar a documentação escrita sobre a
África que, além de partir da invasão do
continente, não é guardada e nem foi
produzida pelos povos tematizados nela.
Evidenciando a “justa medida dos laços
internos [da literatura] com a história
geral da África” (MAZRUI, 2010,p. 664)
http://baudashistoriasepoemas.blogspot.com/2010/06/contosafricanos.html