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do solo em nível local, além de possibilitar alternativas econômicas para os grupos locais envolvidos,<br />

garantindo a participação dos grupos locais no processo decisório do projeto. Isso poderia influenciá-los na<br />

proposição de políticas públicas que reconhecessem sua diversidade cultural e assegurassem o tempo<br />

necessário para consolidação do processo de manejo florestal comunitário, clareando a relação necessária para<br />

se estabelecer tempo para o projeto e tempo para as comunidades manejarem seus recursos florestais. Esse<br />

processo poderia levar a políticas públicas que seriam verdadeiramente respeitadas e tornariam os grupos<br />

locais fortes aliados do governo no uso mais sustentável dos recursos naturais.<br />

6<br />

BLANDYTT, Lucinaldo da Silva. Trabalho infanto-juvenil no uso do manguezal e a educação<br />

fundamental. 2002. 165 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Mestrado em Agriculturas Familiares e<br />

Desenvolvimento Sustentável, Centro Agropecuário, Universidade Federal do Pará, Belém, 2002.<br />

Orientador: Orlando Nobre Bezerra de Souza<br />

RESUMO: O trabalho infantil não representa uma categoria importante para a formação da renda na área<br />

manguezal. Apenas a agricultura, o beneficiamento do caranguejo e a pesca comercial se configuram como<br />

atividades rentáveis para crianças em idade de seis a quatorze anos, pois se dedicam a atividades de trabalho<br />

voltadas para a subsistência familiar. As crianças são incentivadas pelos familiares ao trabalho a partir dos<br />

quatro anos de idade, porém, somente aos sete anos, para o trabalho dedicado aos meninos e aos cinco para o<br />

trabalho dedicado às meninas, é que o trabalho infantil vai assumir importância para a sobrevivência familiar.<br />

O recrutamento para o trabalho não acontece, até os quatorze anos diretamente entre os agentes mercantis e<br />

as crianças. Quem lhes incumbe de participar do processo de exploração da força de trabalho são seus<br />

familiares. Para os adolescentes, o trabalho remunerado representa uma forma de recrutamento indispensável<br />

para o auto-sustento. Para 40% das crianças, é um grande empecilho para os estudos, pois se ocupam em<br />

atividades sem remuneração, nos três horários, de ensino do dia, dificultando a freqüência à escola. Para<br />

crianças e adolescentes, em sua situação socioeconômica e educacional, em que estão inseridos na área<br />

manguezal de Bragança, a participação, por meio da transdisciplinaridade, enquanto elemento efetivador da<br />

sustentabilidade, seria uma alternativa para se penetrar o ciclo de pobreza ao qual são condenados a participar<br />

e que sua família vem perpetuando de geração a geração.<br />

7<br />

COSTA, Rosana Giséle Cruz Pinto da. Queimadas, mudanças ecológicas e transformações nas<br />

atividades agroextrativistas da fronteira agrícola amazônica: o ponto de vista dos pequenos produtores<br />

de duas localidades na região de Paragominas-PA. 2002. 158 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Mestrado<br />

em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável, Centro Agropecuário, Universidade Federal do<br />

Pará, Belém, 2002.<br />

Orientadora: Ima Célia Guimarães Vieira<br />

RESUMO: As queimadas na Amazônia vêm compondo o cenário das mudanças ambientais no dinâmico<br />

processo de "ocupação" das áreas de fronteira. Mais precisamente a partir da década de 80, elas começam a<br />

despertar interesse dos pesquisadores, principalmente pela incidência de queimadas acidentais, que difere da<br />

queimada desejada pelo efeito causado à sociedade local, nacional e internacional. No entanto, as<br />

interpretações realizadas têm procurado enfatizar as abordagens de causa e efeito no debate mais ecológico<br />

ou econômico, deixando de compreender a influência do aspecto sociocultural na evolução dessas mudanças.<br />

Neste sentido, é que priorizamos a percepção e a interpretação dos pequenos produtores, os migrantes "de<br />

fora" e os "daqui" com a observação de suas ações e reações sobre o meio ambiente ao qual estão inseridos.<br />

Pois hoje, o grande desafio colocado às ciências naturais é a inclusão da análise sociocultural dos sujeitos nos<br />

estudos sobre as mudanças ambientais. Uma necessidade real, já que os estudos ecológicos clássicos<br />

apresentam limites e esse outro elemento pode contribuir com informações para a compreensão da<br />

problemática e na definição de políticas de desenvolvimento para a região. São fundamentais porque as óticas<br />

dos sujeitos partem de uma percepção totalizadora do real espaço em transformação e porque suas dimensões<br />

de análises são diferentes da realizada pelo pesquisador. Daí o ponto de partida dessa abordagem, em que a<br />

história de vida, os objetivos da migração e os caracteres socioculturais específicos de cada grupo social são

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