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Moda & Negócios EDIÇÃO 12

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Fisioterapia Thaísa Batista<br />

Fisioterapia em<br />

Mastectomia<br />

O<br />

câncer de mama é o tipo de câncer mais comum<br />

entre as mulheres, correspondendo a<br />

cerca de 25% dos novos casos a cada ano, de acordo<br />

com o INCA (Instituto Nacional de Câncer). Ainda<br />

de acordo com o INCA a estimativa é de 57.960<br />

novos casos de câncer de mama para 2016. Ao ser<br />

diagnosticada, a mulher, dependendo do caso, será<br />

submetida a tratamentos como quimioterapia, radioterapia<br />

e a mastectomia. A Mastectomia é uma<br />

cirurgia da retirada da mama utilizada para o tratamento<br />

do câncer de mama. Atualmente a Mastectomia<br />

radical modificada é a mais utilizada, onde<br />

teremos a retirada da glândula mamária e a linfandectomia<br />

axilar, porém com a preservação de um<br />

ou dois músculos peitorais.<br />

A fisioterapia atua independente do tipo de cirurgia da<br />

mama e em todas as fases (pré-tratamento, durante o tratamento,<br />

após o tratamento, em casos de recidiva da doença<br />

e nos cuidados paliativos), promovendo<br />

uma recuperação das<br />

funções do braço, prevenir e/<br />

ou diminuir as complicações e<br />

consequentemente melhorar a<br />

qualidade de vida das pacientes<br />

acometidas. Cada fase irá trazer<br />

suas necessidades, sintomas<br />

e alterações nas atividades de<br />

vida de cada paciente, onde o<br />

profissional fisioterapeuta irá<br />

atuar.<br />

No pré-operatório o fisioterapeuta tem como objetivo identificar<br />

quais são as alterações já existentes na paciente e<br />

também possíveis fatores de risco para complicações no pós<br />

-operatório. Tirar dúvidas e orientar sobre cuidados com o<br />

braço e sobre as modificações que a cirurgia trará para a sua<br />

vida, para evitar ao máximo complicações no pós-operatório.<br />

No pós-operatório existe uma dificuldade de movimentação<br />

do braço acometido, com a dor e com as alterações<br />

de sensibilidade que a paciente possa ter. Aqui a paciente<br />

se torna mais dependente de terceiros para suas atividades<br />

diárias. A formação de Linfedema (inchaço no braço ao lado<br />

da mama, devido a retirada dos gânglios linfáticos que drenavam<br />

um liquido chamado linfa existente em nosso corpo),<br />

aderências, fibroses e alterações respiratórias também são<br />

A fisioterapia atua<br />

independente do tipo de<br />

cirurgia da mama e em<br />

todas as fases<br />

comuns nessa fase, por isso se faz tão importante a entrada<br />

imediata do fisioterapeuta, ou seja, logo após a cirurgia,<br />

onde poderemos trabalhar com a respiração e prevenir e/<br />

ou minimizar complicações com<br />

orientações. Após a retirada<br />

dos pontos, de acordo com as<br />

limitações apresentadas pela<br />

paciente podem ser realizados<br />

exercícios para movimentação<br />

do braço, Linfoterapia (drenagem<br />

linfática manual, técnica de<br />

enfaixamento, exercícios linfocinéticos,<br />

cuidados com a pele,<br />

orientações de autocuidados,<br />

uso de compressões elásticas,<br />

tais como luva, braçadeiras, meias e linfotaping);<br />

A reabilitação precoce após a retirada da mama só traz benefícios<br />

para o paciente, por isso é importante sua divulgação.<br />

Procure por um profissional capacitado.<br />

Curiosidade: O câncer de mama não acomete apenas as mulheres,<br />

mas os homens também, porém nos caso dos homens<br />

é algo raro, apresentando apenas 1% do total de casos da<br />

doença.<br />

Thaisa Batista Pereira Silva<br />

Bacharel em Fisioterapia; Especialista em Fisioterapia Dermato<br />

Funcional e Cosmetologia; Especialista no método de Linfotaping<br />

e em Fisioterapia Pélvica; Responsável pelo setor de Fisioterapia<br />

Pélvica na Clínica Multifisio.<br />

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