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Percursos organizadospor setoresO percurso é circular, começa e acaba em VilaChã de Ourique. O início, como já referimos,dá-se no parque de merendas (perto da AssociaçãoComunitária de Assistência Social de Vila Chã deOurique), desce para Vale de Algares, que temquatro setores, depois passa para a zona do Ripilau,onde tem os setores cinco e seis e dá-se aquia separação dos percursos de trail e de caminhada,com a corrida a fazer-se na zona do Ripilau, maispara o lado do Vale de Santarém, e a caminhada avoltar, novamente, para Vila Chã de Ourique.O percurso da caminhada, atualmente, está todoidentificado e não é fácil perder-se por ali, nomeadamentequando vão em grupos organizadosporque vai sempre alguém conhecedor do percursoa acompanhar a caminhada (à frente e atrás do grupo).Miguel Ribeiro e Francisco Monteiro fazem acorrida. Já na caminhada vai Florbela Ribeiro (irmãde Miguel), Tiago Ribeiro e Anabela Santos.No dia em que embarcámos nesta aventura, foiAnabela que acompanhou o grupo. Tiago tambémfoi, mas não resistiu em seguir mais à frente comum grupo de amigos da sua idade, todos a rondaros 12 anos, por perto de outros adultos, tambémeles já repetentes nestas andanças. Escusado serádizer que nós, estreantes, ficámos mais para trás,mas nunca nos sentimos sozinhos e sem apoio.Mas, facilmente, as distâncias entre caminhantes ecorredores são feitas em segurança, em termos detransmissão da doença que vem afastando as pessoas,nos últimos meses, porque cada um tem o seuritmo e, dificilmente, se criam ajuntamentos, atéporque os organizadores tentam que os grupos nãoultrapassem as vinte pessoas.A caminhada faz-se, em média, em duas horas e40 minutos e a corrida faz-se em duas horas e acabampor passar pelo grupo dos caminhantes. Nodomingo em que fizemos a caminhada, FranciscoMonteiro, depois de concluir a corrida, apareceu(fresquinho) junto dos que ficaram mais para trásna caminhada (onde nos incluímos), acompanhando-osnos restantes cerca de mil metros queainda tinham pela frente.De referir que tanto Francisco como Miguel(que já arrecada alguns títulos nacionais desde queiniciou a prática a modalidade, em 2013) corremnoutro campeonato, que é como quem diz: sãoverdadeiras máquinas! E foi o facto de praticaremtrail e de competirem, nomeadamente em provasnacionais, que os levou a trabalhar este espaço emVila Chã de Ourique. “Normalmente, eu deslocava-metodas as semanas à serra do Montejuntopara fazer um percurso de trilho”, diz Miguel. Atéque teve a ideia – e esboçou-a em papel – de levaravante este trabalho na sua terra, com a ajuda deFrancisco, que nem pestanejou perante tal desafio.“Esta crise da pandemia passámo-la lá!”, contaFrancisco. >>>revista dada • 15