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Unidade 6

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SUJEITOS HISTÓRICOS Unidade 6

Unidade 6: Sujeitos históricos


Sujeitos Históricos

Autoria: Max David Rangel Cassin

Orientação: Professora Doutora Vivian Zampa

Sumário

Apresentação da Unidade 03

Considerações Iniciais 05

Abordagem teórica 05

O sujeito histórico tradicional 05

Repensando o conceito sujeitos históricos 09

O que aconteceu depois dessa mudança? 10

Propostas de atividade 16

Considerações finais 32

Referências 33

2/34

Agradecimento especial à Professora Mestra Adna Gomes Oliveira, doutoranda do PPGH UNIVERSO.


3/34

Apresentação da Unidade

“Sujeitos Históricos” é o tema da Unidade

6, a última do Curso de Extensão “Ensino

de História nas séries iniciais: conceitos,

problema e métodos”

Essa unidade foi pensada a partir das

transformações advindas da historiografia

mais recente e do entendimento de que o

conceito Sujeitos Históricos, em uma

dimensão ampliada, deve ser pensado

desde os primeiros contatos dos alunos

com o ensino de História, na perspectiva

de que eles compreendam que fazem parte

dela e que podem transformá-la. Conforme

pontuam Pinsky e Pinsky:

“Nosso aluno, cada aluno, tem de se

perceber como um ser social, alguém que

vive numa determinada época, num

determinado país ou região, oriundo de

determinada classe social, contemporâneo

de determinados acontecimentos. Ele

precisa saber que não poderá nunca se

tornar um guerreiro medieval ou um faraó

egípcio. Ele é um homem de seu tempo, e

isso é uma determinação histórica. Porém,

dentro do seu tempo, dentro das

limitações que lhe são determinadas, ele

possui a liberdade de optar. Sua vida é

feita de escolhas que ele, com grau maior

ou menor de liberdade, pode fazer, como

sujeito de sua própria história e, por

conseguinte, da História Social do seu

tempo. Cabe ao professor, utilizando-se

dos métodos históricos [...], aproximar o

aluno dos personagens concretos da

História, sem idealização, mostrando que

gente como a gente vem fazendo História.

[...] O verdadeiro potencial transformador

da História é a oportunidade que ela

oferece de praticar a “inclusão histórica”.

(PINSKY; PINSKY, 2013, p. 28).


Unidade 6

Sujeitos históricos

Objetivos

1. Compreender diferentes dimensões

do saber histórico escolar,

relacionados ao conceito Sujeitos

Históricos, nas primeiras séries do

Ensino Fundamental.

2. Discutir e problematizar conceitos

historiográficos tradicionais em

contraste com a Nova História.

3. Identificar e analisar as

metodologias aplicadas ao ensino

de História em relação aos recursos

didáticos.

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Considerações Iniciais

Esta Unidade tem por finalidade discutir o

conceito sujeitos históricos, tendo como

referência os debates e a produção acadêmica

na área de História, bem como a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação, que parte do

princípio de que todos são sujeitos históricos,

uma vez que a História não pode ser pensada

como uma construção apenas de heróis ou

vilões. Há que se pensar, desta forma, na

participação dos inúmeros e diferentes

agentes sociais, individuais e coletivos, que

nela estão inseridos.

Partindo desses pressupostos, a Unidade

“Sujeitos Históricos” tem como objetivos:

• Analisar a visão tradicional do conceito

Sujeitos Históricos;

• Discutir os debates e as novas leituras

do referido conceito;

• Apresentar exemplos de sujeitos

históricos intensamente trabalhados na

História do Brasil e que são referências

em feriados e datas comemorativas;

5/34 Unidade 6: Sujeitos históricos

• Problematizar o “Heroísmo” de

determinados sujeitos Históricos no

Brasil;

• Identificar sujeitos históricos que por

muitos anos ficaram invisíveis na

História do Brasil; e

• Apresentar a proposta de atividades

que problematizem o conceito Sujeitos

Históricos.

Abordagem teórica

O sujeito histórico

tradicional

De uma forma geral, a História oficial firmou

uma determinada hegemonia de escrita que

valorizava a superioridade determinados de

homens e grupos. Essa ideia prevaleceu

durante muito tempo, sem atentar para

outros personagens, mantendo sempre a

história dos “vencedores” como a que

deveria ser estudada.


Tal lógica contribuiu para que muitos

historiadores considerassem que somente os

reis, presidentes, generais, príncipes e outros

grandes nomes é que faziam História,

pensando-os como os únicos sujeitos

históricos.

No século XIX, o nascimento do Instituto

Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), com

a finalidade de desenvolver a produção de

uma identidade cultural, social e política para

o Império, inaugurou a tradição do estilo

europeu para ensinar e escrever a História do

Brasil, no pós- independência, a partir de uma

tendência que se estenderia até a primeira

metade do século XX.

A matéria História era uma ferramenta

importante para fazer a ligação dos jovens e

das crianças do presente com o glorioso

passado brasileiro, através da nomeação de

determinados sujeitos “importantes”. Sujeitos

esses que ganharam destaque, a partir de

uma escrita comprometida com o Estado e

que, assim, engajava-se na valorização de

seus grandes feitos.

sujeitos históricos na História do Brasil

foram homens e poucas mulheres

considerados como grandes seres, ou

heróis, e que se tornaram padrões a serem

seguidos, uma vez que, na visão positivista

que influenciava a sociedade brasileira até

esse momento, a história deveria ser

analisada apenas como crônicas de

acontecimentos ditos superiores.

Muitas vezes esses sujeitos foram

construídos como os mais importantes com

o intuito de incutir valores e normas de

comportamento na população. Para que isso

fosse realizado, foi necessário fazer a ligação

com o passado, a partir de “mitos” e/ou

“tradições”.

Com a finalidade de firmar essa ideia, essa

forma da escrita da história usava algum

personagem, fato de um passado real, ou

ainda, quando necessário, forjava,

formalizava e ritualizava, através de

repetições, a construção de símbolos e

imagens ou a institucionalização dos dias de

feriado, a partir do empenho para construir

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Os personagens que foram destaques como


elos com um passado glorioso. (CARVALHO,

1990)

No Brasil, assim que a República foi

constituída, os grupos que estavam no poder

procuraram envolver a população, através da

criação de símbolos e da elevação de

determinados sujeitos históricos, com o intuito

de despertar neles um sentimento coletivo,

para a construção de uma identidade, pois os

republicanos queriam apagar a imagem do

monarca D. Pedro II, que era considerado no

imaginário de muitos o pai de todos os

brasileiros, e também da família imperial.

(CARVALHO, 1990)

A construção de um imaginário popular

através de mitos, símbolos, alegorias e rituais

é o que há de mais preciso para que um

governo seja reconhecido, principalmente em

épocas de mudanças políticas e sociais, pois

dessa forma não só se conquista a razão, mas

também a emoção do povo. Por meio de

grandes homens, objetivos, aspirações,

inimigos e medos, traduzidos na história,

organiza-se o passado, o presente e o futuro

de uma sociedade. Essa construção foi

determinante para que a imagem de

determinados sujeitos históricos fosse

organizada como a de heróis, que passaram

a fazer parte da história tradicional do Brasil.

Uma forma encontrada pelo Estado de

cultuar fatos e acontecimentos considerados

relevantes, bem como reforçar a imagem de

determinados sujeitos históricos, apresentase

com a instituição de feriados e datas

comemorativas. No Brasil, de uma forma

geral, e de forma mais específica nos

primeiros anos do Ensino Fundamental,

destacam-se as seguintes:

• 21 de abril – Nesta data temos

um feriado nacional, que

comemora o Dia de Tiradentes.

Joaquim José da Silva Xavier, o

Tiradentes, foi um alferes que

participou da Inconfidência Mineira

e o único, dentre os revoltosos

participantes do movimento julga-

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dos, a assumir a autoria da

insurreição e a ser executado

pela coroa real portuguesa.

Tiradentes ganhou destaque no

período republicano como uma

figura heroica, que resistiu

contra o domínio colonial dos

portugueses em Minas Gerais,

tornando-se, assim, símbolo de

um grande líder que havia lutado

pela implantação das ideias

republicanas e pelo seu povo no

Brasil.

• 22 de abril – Data que faz

referência à chegada de Pedro

Alvares Cabral à América

Portuguesa, com suas

embarcações, em 1500. Neste

dia, comemora-se o chamado

“Descobrimento do Brasil”.

• 13 de maio – Data alusiva à

Abolição da escravidão, ocorrida

em 1888. De uma forma geral,

quem ganhou mais destaque

nessa data como a “redentora”

foi a princesa Isabel Cristina

Leopoldina Augusta Micaela

Gabriela Rafaela Gonzaga de

Bourbon-Duas Sicílias e Bragança,

mais conhecida como princesa

Isabel do Brasil.

• 25 de agosto - Comemoração

do Dia do Soldado. Essa data

nasceu de uma homenagem ao

marechal Luis Alves de Lima e

Silva, mais conhecido como

Duque de Caxias, um militar que

ganhou o codinome de “O

Pacificador”, por proteger o

império luso-brasileiro em

momentos de revoltas populares.

O dia do Soldado, portanto, é

comemorado na data de

nascimento de Caxias.

• 15 de novembro – Feriado

relacionado à Proclamação da

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República. De uma maneira geral,

por meio de imagens e de textos,

nessa data é destacada a ação do

marechal Manoel Deodoro da

Fonseca, como o líder do

movimento que pôs fim à

monarquia no Brasil.

Perceba que nas datas comemorativas e

feriados acima mencionados, determinados

sujeitos históricos são destacados, como se

fossem os principais e, por vezes, únicos a

representar acontecimentos de relevo na

história do Brasil. Esses mesmos sujeitos,

geralmente, são tratados como verdadeiros

heróis nos materiais didáticos.

Repensado o conceito

sujeitos históricos

A Escola dos Annales movimento

historiográfico iniciado na década de 1920, foi

uma das responsáveis pela mudança na

maneira de se enxergar os sujeitos

históricos, uma vez que aproximou a

História de outras ciências sociais

(Sociologia, Psicologia, Economia, Geografia

e etc.) e de seus métodos, transformando,

assim, a maneira de fazer pesquisa, até

então vinculada diretamente aos

documentos oficiais e grandes personagens

da história. (BURKE, 1997)

A partir dessa nova dimensão, a

historiografia contemporânea inseriu o

cotidiano dos homens em suas práticas,

chegando a um novo entendimento sobre

quem eram os sujeitos históricos. Essa

forma de olhar a História, através dos

“novos” sujeitos históricos, contribuiu para

que a escrita da história viesse a ser

repensada.

O que havia, de forma tradicional, era uma

espécie de culto aos heróis. Porém, a partir

de novas dimensões da História, iniciou-se a

problematização de determinados fatos

históricos, tornando-se perceptível que havia

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homens comuns que também eram sujeitos

históricos e que muitos daqueles valorizados

pela história tradicional não eram tão heróis

assim.

Com o passar do tempo, os historiadores

perceberam que os heróis não eram os únicos

a fazer história, mas que pessoas anônimas,

sem grandes destaques, chamadas de

comuns, como as mulheres, os idosos,

negros, eu, você e etc. também a fizeram e a

fazem. A partir desta perspectiva, todos

somos sujeitos históricos.

No Brasil, no campo da educação básica, essa

releitura foi realizada, sobretudo, a partir dos

anos de 1990, quando foram efetuadas

algumas mudanças nas Diretrizes para o

ensino de História, deixando-a, assim, mais

aberta ao pensamento crítico e reflexivo.

O que aconteceu depois

dessa mudança?

A partir de uma nova perspectiva da História,

influenciada pelos Annales, pela pesquisa de

novas fontes e pela produção advinda dos

cursos de Pós-Graduação da área no Brasil,

determinados heróis e acontecimentos

gloriosos passaram a ser repensados. Vejamos

um exemplo: O fato de dizer que a chegada

de Pedro Alvares Cabral ao Brasil foi um

“Descobrimento”, conforme discutido na

unidade anterior, acaba desprezando a história

de milhares de anos de povos nativos que

viveram nessa terra, e, ainda, da História

desse território ter tanto ou mais haver com

os nativos, sujeitos históricos ativos na

trajetória do país, do que com os europeus

que aqui chegaram.

A partir desta mudança de perspectiva, os

pesquisadores passaram a valorizar mais os

índios e sua História, para aprofundar os seus

estudos sobre o território brasileiro, a cultura

desses povos, bem como a de seus

antepassados.

A problematização da História, tendo por base

o alargamento da concepção sobre os sujeitos

históricos, contribuiu para uma releitura da

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Unidade 6: Sujeitos históricos


cultura brasileira. Por meio do estudo da

culinária, da dança e do idioma falado no

Brasil, por exemplo, historiadores analisaram a

relevante contribuição das culturas africana e

indígena no país, em contraposição ao

destaque então dado à contribuição europeia.

As novas abordagens, fontes e metodologias

empregadas nas pesquisas dos historiadores

levaram, portanto, a algumas revisões sobre

os chamados “Sujeitos históricos clássicos” do

Brasil. Vejamos alguns exemplos:

• Tiradentes não foi o herói

republicano que o governo pós

1889 procurou construir. A luta

realizada em Minas Gerais, no

século XVIII, não era uma luta pela

independência e pela adoção da

República no Brasil, mas por uma

causa própria da região,

relacionada ao rompimento das

relações com Portugal, o fim das

dívidas existentes com a Metrópole

e a separação da Colônia. Todavia,

após a proclamação da República,

a construção da identidade de um

novo regime, distante da memória

imperial, tornou-se urgente.

Segundo José Murilo de Carvalho

(1990), alguns candidatos foram

estudados para serem elevados à

categoria de heróis. Nesse

processo, Joaquim José da Silva

Xavier, o Tiradentes, foi pensado

como o sujeito teria a maior

possibilidade de mobilizar o

sentimento nacional em torno do

novo modelo político republicano.

Assim, segundo o autor, ocorreu

um processo de verdadeira

sacralização do alferes, que

chegou a ter a sua imagem

associada à de Jesus Cristo, o que

pode ser observado na tela

Tiradentes esquartejado, do pintor

Pedro Américo, de 1893:

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As perguntas que devemos fazer são:

Tiradentes agrega, de fato, as características

de um herói republicano? Esse sujeito

pensou na construção de uma República

para todo país? Por que outros sujeitos

históricos, como Frei Caneca e os

participantes da Revolta dos

Alfaiates/Conjuração Bahiana (que por sinal

também tiveram quatro líderes mulatos

esquartejados) não foram alçados à figura

de heróis republicanos? Em que medida o

fato de ser militar, branco, pertencente à

maçonaria e à classe média de Minas Gerais

não contribuiu para a construção da imagem

de Tiradentes como o grande herói

republicano?

• Da mesma forma, historiadores,

após analisarem diferentes fontes,

chegaram à conclusão de que a

princesa Isabel não deve ser

considerada a “princesa redentora”,

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Fonte:

https://institutopoimenica.com/2012/07/09/tiradente

s-esquartejado-pedro-amrico/

Unidade 6: Sujeitos históricos


profundamente engajada na

causa da abolição. Pelo contrário,

existem indícios, de acordo com a

historiadora Mary Del Priore

(2013), a assinatura da Lei Áurea

foi motivada mais pela pressão de

grupos internos e externos, do

que por um entendimento próprio

de não mais escravizar. Por outro

lado, é possível verificar a

atuação intensa de abolicionistas

negros, tais como Luiz Gama,

José do Patrocínio e André

Rebouças, que pouco são citados

nos materiais didáticos.

Retrato da Princesa Isabel por Joaquim José

Insley Pacheco, 1887

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Unidade 6: Sujeitos históricos


A princesa Isabel deve ser pensada,

portanto, com a redentora e maior defensora

da causa da abolição da escravidão? Padre

Antônio Vieira, por exemplo, destacou-se, no

século XVII, como um integrante da ordem

dos Jesuítas que defendeu o direito dos povos

nativos, combatendo a exploração e a

escravidão desses grupos, bem antes da

abolição acontecer.

Esperança Garcia, por outro lado, foi uma

mulher negra, escrava em terras piauienses,

que escreveu uma carta para o governador da

então Província de São José do Piauí,

denunciando os maus tratos que os negros

sofriam. Em 2017, Esperança recebeu o título

de primeira mulher advogada do Piauí, pela

OAB desse estado. A carta de Esperança

Garcia, de 1770, é considerada uma das mais

antigas a fazerem denúncias contra os maus

tratos que os negros sofriam.

e Silva, o Duque de Caxias.

Longe de ser um militar

“Pacificador”, estudos o apontam

como um genocida, que teria

participado de milhares de mortes

em ações de repressão a

manifestações contra o governo

regencial e imperial, tais como a

Balaiada, as revoltas liberais, a

Farroupilha e, também, a Guerra do

Paraguai.

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• Outro sujeito histórico clássico

revisitado pelos historiadores que

merece atenção é Luís Alves de Lima

Fonte: Divisão de Gravuras e

Fotografias da Biblioteca do Congresso dos Estados

Unidos, nº cph.3a03345.


Oficialmente nomeado pelo decreto federal Nº

51.429, de 13 de março de 1962 como o

patrono do exército brasileiro, devemos

questionar até que ponto a designação “O

pacificador” pode estar vinculada, sem uma

problematização maior, a um indivíduo

que promoveu táticas de destruição em

massa, que levaram, por exemplo, a morte de

milhares de pessoas na revolta da Balaiada.

• Novos estudos e interpretações

também questionam a liderança do

Marechal Manoel Deodoro da

Fonseca na proclamação da

República, tendo em vista que

Benjamin Constant, Quintino

Bocaiuva, Ruy Barbosa, Campos

Sales e Floriano Peixoto, dentre

outros, são apontados como

indivíduos que tiveram maior

participação no movimento que

deu início à República do que o

próprio marechal. Vale destacar

que Deodoro nunca foi republica-

no, mas sim monarquista. Por

outro lado, também é fundamental

ressaltar os questionamentos e

críticas ao modelo Imperial que

vinham sendo feitas pelos

integrantes do Partido

Republicano, desde 1870.

• Analisando a história tradicional

do “Descobrimento do Brasil”,

através das perspectivas dos

índios como sujeito histórico, fica

descaracterizada a visão de

“descobrimento”, pois se o

território já possuía uma

população indígena, organizada

em tribos, é possível verificar que

os europeus invadiram o território

indígena, submetendo os nativos à

escravidão e a maus tratos, de

forma distante da considerada

“descoberta”.

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Unidade 6: Sujeitos históricos


Cabe destacar, portanto, que as novas leituras sobre a História do Brasil, nas últimas

décadas, ampliaram o conceito de sujeito histórico para além dos grandes nomes, o que

acabou levando os historiadores a se aprofundarem no estudo da história de pessoas até

então anônimas. Nesta dimensão, os sujeitos históricos são todos os indivíduos que

participam do processo histórico. Somos todos nós!

Parte 2: Propostas de atividades

Como Trabalhar o Conceito de “Invasão do Brasil”?

• Selecione um texto que mostre que os índios já se encontravam aqui antes dos

portugueses chegarem. Faça uma leitura junto com os seus alunos, destacando que o que

houve não foi um descobrimento, mas sim uma invasão.

Trabalhe com eles o significado das seguintes palavras:

Descobrimento: Encontrar o que era desconhecido.

Desconhecido: Não se tem nenhum conhecimento sobre.

Invasão: Ato de entrar em um local ocupando-o pela força.

Analise essas três palavras, para que eles possam perceber as suas diferenças, e, assim,

analise novamente o texto que foi aplicado em aula. Procure problematizar exemplos

simples da vida cotidiana, sempre com perguntas, incitando-os a pensarem:

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Ex: Uma pessoa, que você não conhece, arrombou a porta da sua casa, entrou sem a sua

permissão, pegou o seu computador e levou embora sem te pedir. O que essa pessoa fez?

Invadiu ou descobriu?

Objetivo: Mostrar que não houve descobrimento algum, mas sim uma invasão.

Resultado Esperado: Que o aluno entenda que pelo fato de já haver pessoas nessa terra,

antes da chegada dos portugueses, a terra não foi “descoberta”.

• Faça uma brincadeira de palavras cruzadas com os alunos, elabore perguntas sobre o que

foi analisado e comete-as:

Exemplos:

1 – Quem já morava aqui antes dos portugueses chegarem?

2 – Quem escravizou os índios?

3 – Quando alguém entra em algum local, usando a força e sem pedir permissão, qual

o nome que se dá?

4 – Qual foi o país que invadiu a terra dos índios?

5 – Os portugueses pertenciam a qual continente?

6 – As pessoas que nascem em uma terra são chamadas de?

Objetivo: Observar se os alunos conseguiram acompanhar a linha de raciocínio proposta,

com relação à problematização do conceito “Descobrimento”.

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Resultado Esperado: Que os alunos consigam problematizar o conceito “Descobrimento”.

Como analisar a Importância dos povos nativos para a nossa História?

• Trabalhe a ideia de que a história indígena é um tema que merece destaque, devido tanto

à importância da contribuição de seus diferentes grupos para a construção da chamada

cultura brasileira, como pelo fato de poucas comunidades nativas ainda viverem no Brasil.

Busque um texto que discuta o gosto dos povos nativos pelas artes e sua agricultura. Leia

junto com eles em sala de aula e mostre a herança deixada por esses grupos.

O que podemos destacar como herança dos povos nativos?

Artes: Pinturas corporais, artes plumária, músicas e danças, etc.

Utensílios: Redes, vasos de cerâmicas, panelas de barro, etc.

Fabricação com Madeira: Barcos, assentos de madeira, esteira de palha, cestos,

etc.

Agricultura: Plantação do feijão, da mandioca, do cará, da batata-doce, e da

abóbora, dentre outros.

Objetivo: Mostrar a importância da arte, cultura, utensílios, palavras indígenas e como

elas influenciam nossa sociedade até hoje.

Resultado Esperado: Que através da atividade, os alunos consigam identificar o legado

dos povos nativos.

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Como trabalhar a Escravidão no Brasil?

• Selecione um texto sobre a Escravidão. Uma sugestão é a adaptação do verbete

“Escravidão” de Kalina Silva e Maciel Silva (2009). Leia junto com os alunos em sala de aula e

explique que não havia escravidão, de forma comercial no Brasil antes das chegadas dos

portugueses, pois os índios, que eram nativos da terra, trabalhavam para o seu sustento e

não em uma perspectiva mercantil.

Os portugueses quando aqui chegaram, com o intuito de extrair riquezas, iniciaram a prática

da utilização da mão de obra escrava, a partir dos povos nativos, e, depois, diante de

dificuldades e da possibilidade de obterem mais lucro com o comércio escravo, inseriram o

Brasil na rota do mercado da escravidão negra, que já existia em outros continentes,

passando a realizar o comércio com escravos do continente africano.

Problematizações sugeridas

Mostre como viviam os escravos africanos e descendentes de africanos, como eram tratados

pelos seus senhores e acrescente o fato de viverem uma condição diferente.

Comente com eles sobre como era feita a travessia, do continente africano para o americano,

nos navios negreiros.

Mostre que os negros eram arrancados a força da sua família, de seus amigos e de sua terra,

sendo levados para lugares que não queriam ir e, para trabalhar, forçadamente.

Apresente os escravos como importantes sujeitos históricos na trajetória do Brasil, a partir

do seu trabalho, da sua resistência e do seu legado para as gerações futuras.

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Objetivo: Mostrar que a história do nosso país tem uma experiência triste e violenta, mas

marcada pela resistência e pelo trabalho de inúmeros sujeitos históricos, os escravos, que

esforçaram-se na produção econômica e dos itens necessários ao dia a dia da sociedade.

Resultado Esperado: Que eles entendam que no Brasil houve escravidão e que tenham o

entendimento que não podemos tratar mal as pessoas pelo fato de terem uma cor de pele

diferente da nossa.

• Baseado no texto que foi lido sobre a escravidão, use a brincadeira da “Forca” para fazer

perguntas, pois isso é uma forma de fazer os alunos interagir com o exercício.

Exemplo

Eles trabalhavam sem direito a salário, eram castigados com violência pelos seus

senhores e buscaram diferentes formas de resistir a essa dura realidade. Quem eram

eles?

Qual o nome da embarcação em que negros escravizados viajavam da África para o

Brasil? m

Quem escraviza os negros africanos?

Antes dos negros serem escravizados, quem os portugueses escravizaram no Brasil?

Quais foram os sujeitos históricos que mais trabalharam nas lavouras de cana de

açúcar, na mineração e nas lavouras de café, de forma a contribuir para crescimento

econômico do Brasil colonial e Imperial?

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Objetivo: Desenvolver o entendimento dos alunos sobre a escravidão e seus desdobramentos.

Resultado Esperado: Que os alunos respondam as perguntas, de uma maneira descontraída,

porém mostrando a seriedade do assunto.

• Faça a leitura de um texto com os seus alunos, mostrando como era a vida de um escravo no

seu cotidiano no engenho, na lavoura ou na casa grande. Explique para eles o que eram

esses três locais.

Analise com a turma a forma e o tempo de trabalho dos escravos. Mostre como o trabalho era

forçado, sem direito a salário ou folga, além da violência dos castigos praticados, sobretudo

para os que agiam com rebeldia. Ressalte, ainda, o que era entendido como “rebeldia” para o

senhor do escravo. Por esse motivo, muitos cativos foram punidos e assassinados.

Depois, faça um círculo de bate papo entre os alunos e comece a indagar se eles acham essa

uma forma correta de tratar outra pessoa, por apenas ter uma cor de pele ou condição

diferente? Independente de qual for à resposta, indague o porquê dela.

Objetivo: Indicar que a escravidão constitui um fato marcante e doloroso da História do Brasil,

que apresenta desdobramentos até a atualidade.

Resultado Esperado: Que eles respondam as perguntas feitas no bate papo e reflitam sobre

a escravidão.

21/34 Unidade 6: Sujeitos históricos


Como refletir sobre a Importância dos escravos africanos para a nossa sociedade?

• Elabore um exercício de “Coluna 1” e “Coluna 2” onde a segunda deve ser preenchida com o

número da primeira.

Exemplo:

1. Instrumento Musical: Atabaque, Batuque, Berimbau, Agogô e etc...

2. Dança: Samba e Maxixe e etc..

3. Palavra: Dodói e Neném e etc...

4. Alimento: Cocada, Cachaça, Acarajé, Feijoada, Vatapá e etc...

Objetivo: Refletir sobre a influência da cultura africana na formação cultural brasileira.

Resultado Esperado: Que eles consigam fazer o preenchimento das colunas e identificar o

quanto existe da cultura africana no seu dia a dia.

Como trabalhar o que foi/é e a Importância da Cultura Yorubá?

• Converse com os alunos sobre a cultura Yorubá. Explique que, em função do tráfico de

escravos para o Brasil de diferentes populações africanas ligadas a essa cultura entre os séculos

XVI e XIX, muitos de seus traços – tais como a língua, a música e a religião – foram difundidos

em nosso país.

Destaque que traços dessa cultura, atualmente, podem ser observados na música, na dança e

no artesanato, podendo ser identificados nas músicas baianas e em outros estilos que usam os

instrumentos de percussão, como os atabaques e os Agogôs.

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Ouça em sala de aula músicas baianas, de capoeira e sambas de raiz, para que eles possam

observar a sonoridade dos instrumentos.

Objetivo: Mostrar a importância da cultura africana Yorubá e sua contribuição para a

construção da cultura brasileira.

Resultado Esperado: Que eles percebam, através das músicas, o quanto temos da cultura

Yorubá em nossas danças e músicas.

Como trabalhar a desconstrução dos Sujeitos Históricos tradicionais?

Exercício 1:

Para trabalhar a questão da desconstrução dos “Sujeitos Históricos Clássicos” e o surgimento

dos novos sujeitos históricos, assista, com os seus alunos, ao desfile da Escola de Samba

Estação Primeira de Mangueira de 2019, com o enredo “História para ninar Gente Grande”.

Trabalhe com eles a identificação dos sujeitos históricos retratados no enredo, através de

imagens, perguntando quem são os sujeitos indicados no desfile:

Comissão de frente da Mangueira – Gabriel Nascimento/Riotur

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A TV Escola também produziu um bom material sobre os sujeitos históricos que, por vezes, não

são citados nos livros didáticos. Esse material, adequado às séries iniciais do Ensino

Fundamental I, está disponível nos sites abaixo:

Link: https://www.youtube.com/watch?v=AKOb4TRb9Tk

Fonte:

https://cdnbi.tvescola.org.br/contents/img/series/14

17029835463.jpg

24/34

Fonte:

https://i.ytimg.com/vi/Wn4chNdW7Q4/hqdefault.jp

g

Unidade 6: Sujeitos históricos


Como refletir sobre o movimento abolicionista?

• Para trabalhar a luta abolicionista no Brasil, para além da ação da princesa Isabel, podemos

utilizar as imagens de Luiz Gama, José do Patrocínio e André Rebouças, dentre outros, a partir de

um jogo da memória, mostrando as imagens e perguntando os nomes e quem foi cada um deles:

Luiz Gama José do Patrocínio André Rebouças

Fonte:

http://www.geledes.org.br/esq

uecer-jamais/179-esquecerjamais/21221-presidente-daoab-lanca-exposicao-sobreadvogados-abolicionistas

Fonte: Fotografia em "História

da Literatura Brasileira"

(1916), de José Veríssimo

(1857 - 1917) - domínio

público (public domain)

Fonte: Retrato de André

Rebouças, por Rodolfo

Bernardelli

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Unidade 6: Sujeitos históricos


• Apresentamos, abaixo, o exemplo de uma mulher negra, pouco conhecida na história, que foi

pioneira na denúncia da escravidão no Brasil, por meio de seus escritos, cuidadosamente

pensados no século XIX.

Maria Firmina dos Reis

“Maria Firmina dos Reis era uma maranhense, filha da portuguesa Leonor

Felipa dos Reis com um escravo africano João Esteves, o que a tornava a primeira

escritora afrodescendente a publicar um livro num Brasil de contexto ainda

escravocrata. Além desse pioneirismo, outros se avolumam na vida dessa autora,

como ser a primeira concursada para ser professora da região de São Luiz e a

responsável pela abertura da primeira escola mista do Brasil que teve pouco tempo

de funcionamento real, mas conta como primeira tentativa. Seu livro Úrsula foi

publicado em 1859, ou seja, pouco tempo depois da Lei Euzébio de Queiroz, que

proibia o tráfico negreiro atlântico, ter sido promulgada. Assinava o livro como

“Uma Maranhense” e narrava a história de amor trágica entre a personagem

homônima ao título e o jovem Tancredo”. (MOTA, Sara Cesar Brito. Sequência

didática para uma educação antirracista em perspectiva decolonial: conceitos

fundamentais, roteiro urbano e fontes literárias. Mestrado Profissional em Rede

Nacional PROFHISTORIA, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2020, p.

74)

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Unidade 6: Sujeitos históricos


• Segue, abaixo, um exemplo de texto e exercícios que podem ser aplicados para os alunos

desenvolverem reflexões sobre o Movimento Abolicionista e a abolição da escravidão:

Abolição da escravatura

A decisão de abolir a escravatura não se deu da noite para o dia, levou muitos anos e

passou por muitas revoltas. Alguns movimentos como a Inconfidência Mineira e a

Conjuração Baiana que tinham como proposta substituir a mão de obra escrava pelo

trabalho livre. Mas a estrutura agrária brasileira era contra, e ao invés disso eles queriam

intensificar o tráfico de escravos, pois isso garantia mão de obra barata.

Em 1.831 foi promulgada a lei que declarava livres os negros que entrassem no Brasil a

partir daquela data, mas esta lei nunca foi obedecida.

Em 1.850 o tráfico foi proibido, mas isso também foi inútil.

Em 1.871 foi aprovada a Lei do Ventre Livre, que declarava livre os filhos dos escravos

nascidos a partir daquela data. Esta lei dizia que as crianças tinham que ficar com as mães

que eram escravas.

Em 1.885 surgiu a Lei dos Sexagenários, que declarava livres os escravos com mais de 60

anos.

Em 13 de maio de 1.888 a Princesa Imperial Regente D. Isabel, assinou a Lei Áurea, que

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Unidade 6: Sujeitos históricos


abolia a escravidão no Brasil. Isso aconteceu aproximadamente às 15 horas, no Paço da

Liberdade. Para assinar a Lei, a Princesa utilizou uma caneta de ouro e pedras preciosas,

oferecida pelos abolicionistas.

Fonte: https://acessaber.com.br/atividades/atividade-de-historia-abolicao-da-escravatura-5o-ano/

Abaixo, um exemplo de questões sobre a Abolição da escravidão no Brasil, para serem

respondidas com base na leitura do texto acima. (De preferência com alunos do 5º ano)

Para pensar...

1. Cite dois movimentos abolicionistas que precederam a abolição da escravidão no

Brasil.

2. Que Lei foi promulgada em 1831? Ela foi obedecida?

3. O que determinava a Lei dos Sexagenários? Será que ela beneficiou muitos escravos?

4. A Princesa Isabel pode ser considerada a única responsável pela abolição da

escravidão no Brasil?

5. Faça um desenho sobre a importância dos escravos para a História do Brasil.

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Unidade 6: Sujeitos históricos


Como trabalhar a Inconfidência Mineira?

• Para trabalhar a Inconfidência Mineira, leia um texto, junto com os alunos, que explique o

contexto do movimento em Minas Gerais em 1789.

Destaque que houve um movimento de independência, mas que era restrito a Minas Gerais, pois

boa parte dos mineradores dessa região tinha uma dívida gigantesca com a coroa, que não

conseguia pagar. Para piorar a situação, o governo instituiu a “Derrama”, que era a cobrança

forçada dos impostos que estavam atrasados.

Nesse processo, os inconfidentes defendiam o fim dos impostos sobre o ouro, o perdão das

dívidas com Portugal, o fim do domínio da coroa portuguesa, a fundação de uma universidade em

Vila Rica, a abertura de escolas públicas e a instituição da República em Minas Gerais.

Os planos deram errados, pois um dos inconfidentes, Silvério Reis, o denunciou às autoridades

portuguesas que governavam Minas Gerais e todos foram presos.

Como um exemplo de punição para quem cometesse o crime de “Lesa Majestade”, a coroa

decidiu enforcar o alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes, no dia 21 de

abril de 1792, no Rio de Janeiro.

A construção da imagem de Tiradentes como um herói, todavia, se deu depois da proclamação

da República. Assim, a elite política então constituída procurou associar Tiradentes diretamente

às origens da causa republicana no Brasil e à ideia de salvação, diretamente ligada à construção

de traços, no campo da pintura, que o aproximavam de Jesus Cristo. O objetivo era criar um

herói republicano e reforçar a sua proximidade com a população.

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Como problematizar a Proclamação da República no Brasil?

Selecione e reflita sobre os diferentes sujeitos históricos que se destacaram na luta pelo fim da

Monarquia e instituição da República no Brasil. Ressalte que outros indivíduos, além e muito mais

do que o Marechal Deodoro da Fonseca, também foram essenciais nesse processo.

Benjamin Constant Quintino Bocaiuva Ruy Barbosa

Fonte:

https://www.guiadeniteroi.com

/wpcontent/uploads/2013/07/Beja

min-Constant-03-273x300.jpg

Fonte: Retrato feito por

Augusto Petit, de Quintino

Bocaiúva, político que deu

nome ao bairro (Crédito:

Wikimedia Commons)

Fonte:

http://1.bp.blogspot.com/-

4gRMyqCR_-w/Ti-MvPpUNI/AAAAAAAABCM/HAOUr9

UUjLA/s1600/rui-barbosa.jpg

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Unidade 6: Sujeitos históricos


Floriano Peixoto Campos Sales Deodoro da Fonseca

Fonte: Governo do Brasil -

Galeria de Presidentes –

domínio público

Fonte:

http://www.brasil.gov.br/imag

ens/linha-do-tempo/linha-do-

tempo-presidentes/1898-

campos-salles-

1/image_preview

Fonte: Governo do Brasil -

Galeria de Presidentes –

domínio público

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Capa do jornal "A Republica", trazendo o manifesto Republicano de 1870, assinado por diferentes

indivíduos (sujeitos históricos) que, de forma precursora, passaram a lutar pela derrubada do

regime monárquico e pelo estabelecimento de uma República no Brasil.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A proposta desta unidade foi discutir o conceito “Sujeitos Históricos”, apontando para aqueles

que são mais conhecidos na História do Brasil, de forma problematizada, com vistas à

construção da percepção de que todos os indivíduos que fazem parte da história

desempenham um papel importante em seu processo. Intentou-se, desta forma, questionar

a perspectiva da história dos grandes homens e feitos, por meio de reflexões e de atividades,

baseadas na lógica de que todos somos sujeitos históricos e podemos transformar a

realidade.

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Referências

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: história, geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997. Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro051.pdf>. Acesso em: 05 jun. 2019.

BEZERRA, Holien G. “Ensino de História: Conteúdos e Conceitos Básicos”. IN: KARNAL, Leandro (org.)

História na Sala de Aula: Conceitos, práticas e propostas. – 6ª Ed. – São Paulo: Contexto, 2010.

BURKE, Peter. A Escola dos Annales (1929-1989): a Revolução Francesa da Historiografia. São Paulo:

Fundação Editora da UNESP, 1997.

CARVALHO, José Murilo de. A formação das almas: o imaginário da República no Brasil. São Paulo:

Companhia das Letras, 1990.

HOBSBAWN, Eric J. RANGER, Terence. A Invenção das Tradições. Tradução de Celina Jardim Cavalcante.

11º edição. Rio de Janeiro / São Paulo. Paz e Terra, 2017.

MAXWELL, Kenneth R. A Devassa da Devassa: A inconfidência mineira, Brasil – Portugal, 1750-1808.

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MOTA, Sara Cesar Brito. Sequência didática para uma educação antirracista em perspectiva decolonial:

conceitos fundamentais, roteiro urbano e fontes literárias. Mestrado Profissional em Rede Nacional

PROFHISTORIA, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2020.

PINSKY, Jaime; PINSKY Carla B. Por uma História prazerosa e consequente. In.: KARNAL, Leandro (Org.).

História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 6ª ed. São Paulo: Contexto 2013.

PRIORE, Mary del. O Castelo de Papel: Uma história de Isabel de Bragança, princesa imperial do Brasil,

Gastão de Orleans, conde d’Eu. Brasil. 2013.

34/34 SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Unidade Henrique. 6: Sujeitos Dicionário históricos de conceitos históricos. São Paulo : Contexto,

2009.

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