ARTE EM ESTADO CRÔNICO
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passeio com alguns toques da boa gaiatice de um cearense que, por já ter sido
tão zoado, acredita que seja mais que justo e natural mangar um pouquinho da vida
alheia."
Renato Ângelo:
“Minha participação neste projeto não está condicionada a uma inquestionável
expertise ou autoridade de especialista para tratar de tantas e tão complexas artes.
Não tenho competência para uma apreciação técnica de obras ou mesmo de exegese
estética transartística. O que busquei com os contos e poemas aqui constantes foi
uma visão das produções artísticas submetidas ao filtro peculiar de alguém que vive
em uma esquina particular do mundo. E é dessa esquina-encruzilhada do mundo,
cheia de perigos e prazeres, liberdades e ameaças autoritárias, vodus e despachos
anarcocapitalistas, prédios que desabam sem terremoto, memórias afetivas e
Alzheimers seletivos, o locus de onde falo.
Minha contribuição se deu a partir de um viés muito próprio da experiência
do homo cearensis post-modernum, com todas suas idiossincrasias, teimosias,
imperfeições e sotaques. Uma espécie de crônica afetivo-reflexiva sobre as artes
consumidas a partir de um cantinho do mundo chamado Fortaleza: uma cidade
encruzilhada.”
Duarte Dias: (sobre este escritor, escreve Alder Teixeira no texto de
apresentação presente no livro em foco)
"São emblemáticos sobre a relação entre as diferentes linguagens artísticas,
com ênfase na poesia, no teatro e no cinema, os textos assinados por Duarte Dias.
Com um domínio notável da carpintaria textual em termos da crítica formal, sem
jamais incorrer em estímulos acadêmicos desnecessários, Duarte conduz o leitor a
descobertas por demais pertinentes acerca das linhas de força que dão ao teatro de
Shakespeare, por exemplo, a atualidade que possui. Vai além, estabelece