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Dicas para andar de Stand up

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Apresenta

Introdução ao Stand Up Padlle

Flavio Paiva


SUP SURF

Vai pegar onda? Se a sua intenção é surfar, você vai

precisar de uma prancha menor. Cada vez mais

parecida com a prancha de surf, a prancha de SUP Surf

traz a performance da pranchinha para o stand up.

Os menores modelos podem ter menos de 8 pés. Com

pouca flutuação, uma pessoa leve até consegue remar

bem na prancha, mas, no geral, não é um

modelo indicado para remadas mais longas.

FUNBOARD

Está começando? Essa é uma prancha que funciona

para qualquer situação, seja para pegar ondinhas ou

para remadas um pouco mais longas.

Com comprimento um pouco maior do que a prancha de

SUP Surf, entre 10 e 12 pés, ela se torna um pouco

mais rápida e, sendo um pouco mais larga e com borda

maior, ela facilita o equilíbrio. Como uma prancha

intermediária, ela é uma ótima opção para iniciantes,

mas não satisfaz quem busca performance, no surfe ou

na remada.

Remadores mais pesados devem optar por tamanhos

maiores. Uma Funboard de 12 pés comporta bem um

remador de até 120 kg, enquanto uma prancha de 10

pés funciona melhor para um remador de até 75 kg.

CRUISER

Quer ir longe? Com pelo menos 12,6 pés de

comprimento e uma boa largura (entre 31 e 33

polegadas), essa é uma prancha mais confortável para

remadas longas. Ela tem velocidade, equilíbrio e ainda

espaço na superfície para levar alguma mochila ou coisa

do tipo, o que é bem útil para longas distâncias. É

também uma boa opção para os praticantes de SUP

Fishing.


RACE

Quer ir rápido? Uma Race é melhor escolha para

quem quer competir, mas é preciso ter experiência

para remá-la. A prancha de Race tem cerca de 14

pés e está cada vez mais estreita, chegando a ter 24

polegadas de largura em alguns modelos. Por conta

desse desenho, o equilíbrio nela é bastante difícil,

mas a performance é ótima. Há pranchas de Race

mais adequadas para downwind e modelos mais

indicados para remadas em água parada.

WHITE WATER

Vai descer corredeiras? O modelo whitewater

(corredeira) é o mais indicado para você.

Com comprimento entre 10,6 e 12,6 pés, essa

prancha é normalmente inflável ou de polietileno,

sendo mais resistente para a modalidade.

Escolher uma prancha de stand up paddle não é nada fácil, principalmente

para quem ainda não está familiarizado com o universo das pranchas,

seus materiais e medidas. Para facilitar a escolha, defina bem o que você

mais quer fazer com a prancha e dê prioridade para isso. Quer surfar?

Quer fazer travessias longas? Quer competir?

Para cada objetivo, existe um modelo de prancha mais adequado –

comece a decisão por aí.

Agora vamos falar por aqui sobre os diferentes materiais que você pode

encontrar em um SUP, um assunto que costuma ser nebuloso para quem vai

comprar a primeira prancha.

O material usado na prancha, seja na estrutura ou acabamento, influencia

na resistência, peso e, claro, no preço que será cobrado.

Por isso, é legal entender um pouco disso tudo para escolher a sua prancha.


Pranchas de EPS (Isopor)

As pranchas feitas de bloco EPS (isopor) são hoje a maioria no mercado.

Elas existem em vários tamanhos, modelos e podem ter praticamente a cor

e desenho que você quiser. O bloco de EPS é normalmente revestido por

resina epóxi e fibra de vidro, uma fórmula para chegar em uma prancha

relativamente leve e resistente. Quando mais camadas de fibra, mais

resistente será prancha, porém mais pesada também.

Hoje muitas pranchas, principalmente as Importadas, vêm com algum

diferencial na laminação ou algum reforço extra com outros materiais em

partes mais frágeis da prancha. A fibra de vidro, por exemplo, é substituída

ou reforçada por fibra de carbono (mais resistente e leve), kevlar (bastante

resistente) ou bambu (que deixa a prancha com aspecto de madeira) – são

materiais de ponta que refletem na qualidade e preço do SUP. Está em alta,

também entre as pranchas importadas, a laminação à vácuo, que dá um

acabamento melhor e maior resistência à prancha.

As pranchas de EPS também existem no modelo soft top. São pranchas que

têm a superfície “macia” (em comparação à superfície rígida da maioria das

pranchas). É uma prancha que não exige tantos cuidados, muito

recomendada para iniciantes ou para escolas de SUP.

Também é uma boa opção para os adeptos do SUP yoga.

É importante que a prancha tenha uma válvula de respiro. É uma peça que

permite que o bloco do EPS “respire”, reduzindo os efeitos do calor sobre

ele (apesar de você gostar da combinação sol e praia, a prancha não é

muito amiga da primeira parte).


PRANCHAS OCAS DE CARBONO

Algumas pranchas de race usam uma construção

bastante diferente. São as pranchas ocas feitas

praticamente só de carbono (podem levar kevlar

também). Elas são mais leves e, em contrapartida,

são as mais caras do mercado.

INFLÁVEIS

A prancha inflável é uma ótima solução para quem

quer viajar com a prancha e não se preocupar

muito com o transporte. O mercado das infláveis

evoluiu bastante e hoje elas existem em

praticamente todas as medidas, do surf ao race.

O método de fabricação, no entanto, não varia

tanto entre uma prancha e outra.

Em geral, são feitas com várias camadas de tecido

de pvc.

PLÁSTICO

As pranchas de plástico são normalmente

muito estáveis, sendo usadas principalmente

por iniciantes e praticantes de SUP

fishing. Algumas inclusive já vêm com o

suporte para pesca. São mais baratas do que

pranchas de EPS, custando entre R$ 2000 e

R$ 2500.

SOFT

Mais uma opção de prancha mais em conta. As

pranchas de soft são indicadas sobretudo para escolas

de SUP e praticantes de SUP yoga (uma alternativa às

pranchas de soft top). A durabilidade dela, no entanto,

é inferior. Elas são feitas de um material semelhante

ao das pranchas de bodyboard e geralmente vêm em

tamanhos menores (9’8 ou 10’6 pés).


MADEIRA

As clássicas pranchas de madeira estão

voltando à moda. A ideia é buscar

inspiração para a construção da prancha lá

nas origens do surfe. Elas geralmente são

ocas e tem a laminação em epóxi. As

pranchas de madeira sem dúvida ganham

em termos de acabamento, mas são mais

pesadas do que as pranchas de EPS.

Funcionam bem para uma remada

recreativa, mas não para algo que exige

mais performance.

PASSO A PASSO PARA INICIANTES E DICAS PARA EQUILIBRIO

Ao contrário do que vai passar pela sua cabeça na primeira tentativa de ficar

em pé no pranchão, remar de stand up paddle é bem fácil. Basta ter as

instruções certas e ir com calma. Para quem está se preparando para uma

primeira remada, seguem aqui algumas orientações.


1. Embarque na prancha primeiro de joelhos. Os

seus joelhos devem ficar no centro da

prancha, que fica normalmente na altura do

suporte que você usa para carregá-la.

2. Uso o apoio dos braços para se levantar.

Você posicionará os pés onde antes estavam os

seus joelhos.

3. Agora você vai começar a remar. Você

deve segurar o remo com uma mão na

extremidade e a outra um pouco abaixo (para

achar uma distância boa entre as mãos,

segure o remo horizontalmente acima da

cabeça e faça um ângulo de 90º em cada

cotovelo). Coloque a pá do remo inteira na

água um pouco à sua frente, com o remo

paralelo aos seu corpo e o braço de baixo

esticado, e puxe o remo na sua direção.

Quando a pá estiver ao lado do seu corpo, tire o remo da água e

comece a remada novamente. O remo sempre entra na água do mesmo

lado da mão que está embaixo (se a mão direita estiver embaixo, você

coloca o remo do seu lado direito).

4. Para seguir reto, você deverá alternar

remadas dos dois lados. Para mudar o remo de

lado, não cruze os braços. A mão que está em

cima deve passar para baixo, e a de baixo vai

para cima. Para ir reto, tente sempre remar com o

remo bastante paralelo a você, sem incliná-lo.

5. Se quiser virar a prancha, você pode remar de

um lado só até virar a prancha para a direção em

que você quer seguir. Reme só do lado esquerdo

para virar para a direita. Reme do lado direito para

virar para a esquerda.


Depois que você aprender esses passos básicos, você pode aprender

outros estilos de remadas, formas mais rápidas de virar a prancha e

aperfeiçoar todos os movimentos.

EQUILÍBRIO

Aqui vão algumas dicas extras caso você tenha mais dificuldade para se

manter de pé no pranchão:

* Antes de ficar de pé, reme um pouco de joelhos, com o quadril

levantado. Assim você já vai sentir bem o balanço da prancha e começar

a achar o seu ponto de equilíbrio. Se for remar no mar, você pode

começar a remada com os braços, deitado e com o remo embaixo do

peito, e ajoelhar depois que passar a marola.

* Quando for levantar, olhe para o bico da prancha ou para frente. Evite

olhar para os pés.

* Comece a remar assim que levantar. A pá na água e o movimento te

darão mais equilíbrio.

* Mantenha os seus pés fixos na prancha. No início, um pequeno

movimento dos pés pode ser suficiente pra te derrubar.

* Flexione um pouco os joelhos para ter maior estabilidade.

* É importante que você use uma prancha adequada para o seu tamanho

e altura. Pessoas mais altas e mais pesadas terão dificuldade em

pranchas menores.


Dicas para melhorar a remada no stand up padlle

Aprender a subir na prancha e sair remando é fácil. Mas, para um passeio

ou treino de SUP mais agradável, é importante prestar atenção em cada

movimento. Uma remada boa significa melhor desempenho, menos

cansaço e ajuda a evitar lesões.

1. Tamanho do remo

Antes da remada propriamente dita, escolha bem

o remo. É importante usar um remo adequado ao

seu tamanho. Uma boa opção são os remos

ajustáveis, mas, se você quer competir, é bom ter

um remo cortado para a sua altura. E qual é a

altura do remo? Fique em pé e estenda o braço –

o final do remo (manopla) deve bater na sua

articulação do punho. Remos de carbono são

ótimos, pois são mais leves e vão ajudar no

desempenho.

2. Pegada do remo

Para acertar a sua pegada, segure o remo com

uma mão na manopla e coloque o remo acima

da cabeça. A outra mão vai um pouco abaixo

da primeira, de forma que, nessa posição,

exista uma ângulo de 90º nos cotovelos. Você

pode fazer uma marca no remo nesse ponto

onde vai a segunda mão para facilitar na hora

de trocar o remo de lado durante a remada.


3. Aproveite a remada

Quando começar a remada, coloque a pá

do remo ao lado da prancha o mais para

frente que conseguir. Assim o movimento

vai render mais. Faça uma pequena

rotação do quadril para o lado em que está

o remo e acompanhe a remada com o

corpo.

4. O que não fazer

A mão que está na manopla empurra o

remo para frente e a outra mão puxa o

remo. Um erro comum é usar apenas uma

das mãos para realizar a força. Para evitar

dores e lesões nos ombros, a mão que

segura a manopla não deve ultrapassar a

linha dos olhos.

5. Duração da remada

Tire o remo da água logo que ele chegar

ao lado do quadril. Ao ultrapassar essa

linha, ele começa a frear o movimento. Ou

seja, você vai se cansar mais e andar

menos.

6. Como lidar com o vento

Em dias de vento forte, facilite a sua vida.

Para voltar à posição inicial, o remo deve

cortar o vento. A pá deve sair rente à água e

deitada para diminuir o atrito com o vento.


Evoluir no stand up

Além de muito treino, o principal é aproveitar o máximo cada remada“. E

como fazer? A dica é pegar a água bem lá na frente, fazer o giro do corpo

acompanhando a remada e, o mais importante, remar com o core (região do

abdômen e lombar). Concentrando a força só nos braços, você se cansa

logo e não anda tanto.

Para quando estiver fora d´água, a dica é justamente fortalecer o core.

“Ele que dá estrutura pra segurar o corpo inteiro. Se você tiver essa parte

forte, vai conseguir ter uma performance muito melhor”. Fazendo exercícios

que trabalham a musculatura do corpo todo, ao invés de exercícios que

trabalham músculos isolados (como se faz geralmente em academia).

“O ideal é ter bastante músculo envolvido no mesmo exercício e fazer

sempre pensando em fortalecer o abdômen ao mesmo tempo, contraindo a

região.”

Então vale caprichar em exercícios como flexão, abdominal, barra paralela

(se não conseguir fazer sozinho, pode pedir a ajuda de alguém ou prender

um elástico no joelho e na barra pra facilitar) e abdominal prancha.

Se estiver levando o stand up bem a sério, uma boa é procurar um

treinamento funcional.


SITES E APLICATIVOS PARA REGISTRAR AS SUAS REMADAS

Fazer um registro de suas remadas de stand up paddle é uma boa ideia

para verificar o seu avanço na prática e também para lembrar depois de

suas aventuras com o pranchão. Alguns sites e aplicativos podem ajudar a

fazer esse registro e, ao mesmo tempo, fornecer mais informações sobre a

remada.

Veja algumas opções:

APLICATIVOS

Se for levar um celular, há uma série de aplicativos que você pode usar

para checar o seu desempenho durante e depois da remada. Sports

Tracker, RunKeeper e MotionX são alguns deles. Eles gravam a rota do

passeio, calculam a distância percorrida, a velocidade média e o tempo de

remada. Além disso, você pode usar esses aplicativos para tirar fotos (além

de ficar no celular, as imagens ficam armazenadas junto com as outras

informações sobre a remada).


O Run Keeper e o Sports Tracker são muito parecidos. Acho o

RunKeeper um pouco mais simpático por conta de seu layout. Nos dois,

há a opção de atividade de remo (selecione ‘paddling’ ou ‘rowing’).

O MotionX é o único que tem especificamente a atividade de stand up

paddle. Ele tem também algumas funcionalidades a mais, fornece as

suas coordenadas de localizações, compartilha a sua localização, tem

bússola, entre outras ferramentas. Para segurança, é o mais interessante.

Se quiser apenas gravar o seu trajeto, acho os dois outros mais práticos.

É importante levar em conta que esses aplicativos consomem muita

bateria. Se você for fazer uma remada mais longa e não quiser correr o

risco de ficar na mão, essa provavelmente não é a melhor opção.

SITES

Se não for levar o celular na remada ou quiser poupar bateria, você pode

registrar a sua remada no SUP Trotters, uma rede social para praticantes de

SUP. Lá, você informa, depois da remada, o local em que remou, o trajeto, qual

prancha usou, sobe as fotos e vídeos que fez durante a remada e coloca os

seus comentários.

Aliás, mesmo se você usar algum dos aplicativos durante a remada, é legal

cadastrar os seus passeios mais diferentes também no SUP Trotters, pois vira

uma fonte de informação para outros remadores.

Outra opção é simplesmente usar o MyMaps. Você pode criar o seu mapa,

traçar a rota e, em cima da rota, acrescentar alguns pontos com comentários,

fotos, vídeos, etc.


Dicas para se preparar para uma longa distancia

É só aprender a remar que logo você começará a fazer planos para

passeios cada vez mais longos. Um pulo até a próxima praia, uma

remada até alguma ilha e por aí vai. Para colocar os planos em prática,

no entanto, é importante se preparar.

Veja aqui as dicas:

1. Treine para o seu objetivo

Sem preparo físico, fica difícil. Não é porque você consegue percorrer

uma distância correndo ou de bike que conseguirá fazer o mesmo

percurso também de SUP. Na remada, vários fatores diferentes entram

em jogo e podem fazer com que o trajeto exija mais de você. Sem o

preparo adequado, além de correr o risco de ter uma experiência

desagradável, você poderá ter algum tipo de lesão depois. Para

iniciantes, uma remada de 10 km já é um bom desafio.

2. Mas é para treinar mesmo, ok?

De acordo com o objetivo, vale a pena consultar um personal para

estruturar o seu treino. Geralmente mesclo os treinos na água com trabalho

funcional, focando em aumentar a resistência. Ter um simulador de remo

para fortalecer ou uma bola de pilates para treinar equilíbrio são algumas

opções legais para quem não consegue remar com frequência ou mesmo

para complementar o treino.

3. Conheça bem o trajeto

Busque o máximo de informações possível sobre o seu trajeto. Procure

mapas, entre em contato com o pessoal local ou com alguém que já fez a

remada que você pretende fazer.


4. Aproveite o percurso

Quando estiver pesquisando a rota, você pode já programar algumas

pausas. Aproveite tudo o que o trajeto tem a oferecer – e aproveite

também para descansar.

5. Planeje a sua alimentação

Dependendo do seu desempenho, uma remada de 10 km pode levar até

três ou quatro horas. Pensar na sua alimentação e hidratação de antes e

durante a remada é essencial para você evitar problemas.

É bom conhecer o que funciona ou não com você para evitar qualquer

enjoo no meio do passeio.

6. Escolha o equipamento adequado

Um equipamento adequado facilita bastante a remada. Para sua remadas

mais longas, Leandro usa sempre modelos de pelo menos 12´6

pés (cruiser ou race). Pranchas menores funcionam também, claro, mas

vão te dar um pouco mais de trabalho.

7. Faça a mochila

Além de cuidar do que precisar para alimentação/hidratação, veja o que

mais vale levar para garantir a sua proteção. Chapéu, protetor solar ou

uma lycra com proteção são indicados. Um celular ou algum tipo de

localizador vai bem para qualquer emergência.

8. Cheque a previsão

Seja a sua remada em rio, represa ou mar, cheque a previsão do tempo.

Fique atento à previsão de chuva, velocidade e direção do vento, presença

de neblina e, no caso de mar, as correntes e o swell.

9. Respeite os seus limites

Pegou tudo? Não se esqueça então do mantra: respeite os seus limites.

Boa remada!


Flavio Paiva-Waterman

Vencedor de duas etapas do Circuito capixaba/ 2016

Personal Coach:

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